esparganose em cão
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Medicina veterináriaPATOL, CLÍN MÉD E TERAP DE ANIMAIS DE PEQUENO PORTE I
Esparganose proliferativa em cão
Relato de caso
Adriane Stravino Vogado
Thalita M. Queté dos Reis
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Caso clínico
• Fêmea
• 21 meses
• 21,4kg
• Claudicação progressiva
no MAD, 2 semanas
• NDN no exame físico
• Tratamento: Carprofeno 4,4mg/kg PO bid – 7d
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• 4 semanas seguintes:
– Não apoio do membro
– Edema subcutâneo: axilas direita e esquerda, se estendendo até metade do membro direito e parte ventral do pescoço.
– Nódulos 1-3 cm firmes
• Exame:
– Hemograma + Bioquímica Sérica → NDN
– Radiografia MAD → inchaço difuso em tecido subcutâneo
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• Tratamento:
– Carprofeno: 10dias
– Ciprofloxacin 15mg/kg PO BID
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• 2 semanas:
– Dor evidente
– Exames: radiografia tórax e hemograma → NDN
– Temperatura alta
• Tratamento:
– Dexametasona 1,5mg/kg IV Único
– Tramadol 2mg/kg BID ou TID
– Amoxicilina 18mg/kg BID
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• Biopsia: músculo tríceps → Fibrose e paniculite crônica
• Radiografia MAD: diminuição do inchaço + linhas radiolucentes
• 10 dias: dor + nódulos novos + inchaço em outras regiões
• 2º biopsia: axila direita – cavidade cística com mais de 100 vermes (10 – 30 mm)
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• Cavidade lavada com solução salina 5L e foi colocado um dreno de penrose.
• Tratamento: Praziquantel 20mg/kg PO SID – 5d
Febendazol 50mg/kg PO SID – 3d
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• 1 semana
- Diminuição do inchaço e dor
- Claudicação
- Rompimento de um cisto
- Radiografia torácica → Nenhum envolvimento torácico
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• Identificação das larvas → Spirometra spp
• Tratamento
- Febendazol
- Cefpodoxime proxetilo
- Metronidazol
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• Ultrasonografia → Infiltrado pleural e peritoneal
• Adicionado Praziquantel ao tratamento
• Retirada do dreno → Líquido serosanguinolento continuou a drenar da ferida aberta
• Durante 3 semanas → inchaço e dor + desenvolvimento de várias fístulas
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• Após 28 dias → Todas as fístulas estavam curadas
• Após a 3ª dose de praziquantel → Dispnéia, febre, hiporexia e novos nódulos
• Toracocentese → 500mL de líquido sanguinolento
- Cultura + antibiograma → Pseudomonas aeruginosa
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• Hemograma + Perfil Bioquímico → anemia leve, hipoalbuminemia e monocitose leve
• Tratamento: Enrofloxacina + Praziquantel
• 2 semanas após → Aumento abominal
• Punção → 2,3 L de líquido serosanguinolento
• Mudança de tratamento: Nitazoxanide + Enrofloxacina + Carprofen
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• Animal continuou com hiporexia e começou a ter vômitos → Administração de metoclopramida
• Proprietários preferiram a eutanásia do animal
• Necrópsia:
- MAD → Muito tecido inflamatório + cistos com vermes
- Atelectasia dos pulmões + líquido sanguinolento na cavidade pleural (contendo muitas bactérias)
- Liquido na cavidade peritoneal
- Aderência entre omento, intestino delgado, baço e estômago
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• Análise dos larvas→ Plerocercóides da ordem Pseudophlidea (spargana)
• As larvas foram amplamente distribuídas em todos os tecidos moles do animal
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Esparganose
Ciclo de vida:
Ovos operculados na água → liberação do coracídio ciliado → ingestão por copépode (Cyclops spp.) → larva procercóide → ingestão do copepóde por um segundo HI → plerocercóide → migração para todos os tecidos do corpo → ingestão do HI → infecção do HD (carnívoro) → adulto (Spirometra) → ovos nas fezes
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• O animal do presente trabalho viveu em uma região pantanosa.
• Nenhum inquérito de infecção e nem mesmo análise da água foi feita no ambiente em que cão tinha acesso.
• Esparganose é uma zoonose.
• Falta opções para tratamento → mau prognóstico
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• Abendazol → Ineficaz
• Praziquantel em dose mais elevada → Eficaz (ineficaz para o cão descrito)
• Mebendazol e Praziquantel → Ineficaz e traz efeitos adversos
• Nitazoxanide → Não pode ser avaliada devido ao estado geral do animal