especial avelãs de caminho

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especial Avelãs de Caminho A Casa Cultural de Ave- lãs de Caminho está sob a alçada da Junta de Fregue- sia e foi instalada em outu- bro de 2007, no antigo posto da GNR. Com a saída daquela for- ça militar da freguesia, a Junta de Freguesia decidiu transformar o espaço numa infraestrutura vocacionada para a Cultura. Localizada no centro da povoação, junto ao IC2, este espaço integra uma peque- na biblioteca, com sala de leitura e Espaço Internet. Embora tenha tido maior fulgor quando surgiu, hoje, a Casa Cultural continua de portas abertas à comunida- de, mas é aqui que também desenvolvem o seu traba- lho, o Grupo de Cantares “Sons de Avelãs” e a Asso- ciação Cultural Avelense - 1514 . “Este espaço foi cria- do pela Junta de Freguesia para dinamizar e promover a cultura e o lazer”, revela o autarca César Andrade, de- bruçando-se sobre a peque- na biblioteca, criada graças ao esforço de muitos fre- gueses que cederam parte do espólio existente. “No início, como era no- vidade, vinha muita gente buscar livros. Agora, são menos os que aqui vêm”, diz, admitindo também que o Espaço Internet também já teve mais adesão. “Tive- mos de controlar melhor este espaço, que nem sem- pre era usado para os me- lhores fins”, avançou ain- da, admitindo também que este decréscimo na pro- cura poderá estar relacio- nado com o facto de, ago- ra, a Casa Cultural não ter funcionário permanente e sempre que alguém preci- sa de ali ir ter de procurar a chave junto dos elementos da Junta de Freguesia. “Tínhamos uma pessoa aqui colocada pelo Centro de Emprego. Como os dois últimos pedidos de pessoal foram recusados, a Junta de Freguesia optou por abrir o espaço sempre que é so- licitado”, sendo certo que o espaço abre, diariamen- te, durante as tardes e noi- tes, uma vez que aqui tam- bém têm funcionado cursos de pintura e bordados, mas também as formações das Novas Oportunidades. A Associação Social de Avelãs de Caminho (ASAC) foi fundada a 19 de abril de 1993 e, de lá para cá, não mais parou de crescer. Neste momen- to, a falta de espaço físi- co, tanto ao nível do in- terior como do exterior, é a maior dor de cabeça da direção, sem esquecer a necessidade de fazer avançar, a curto prazo, o restauro do edifício que começa a acusar o peso da idade, mas também a necessidade de concluir a certificação das respostas sociais, estando ainda em projeto a criação de uma nova resposta social. “Lutamos, diariamente, com falta de espaço, no- meadamente na cozinha, lavandaria, arrumos e não possuímos uma zona onde os nossos utentes possam usufruir de espaços aber- tos, espaços verdes” refe- riu a JB Leonilde Rasga, presidente da direção da ASAC. Com lotação esgotada na maioria das valências, a instituição, localizada no centro da localidade, paredes meias com a sede da Junta de Freguesia, in- tegra, presentemente, no apoio à Infância: CAF, 23 crianças; Creche, 20 bebés e em CATL, 24 crianças. Na terceira idade, a situa- ção é mais dramática, de- vido à longa lista de espe- ra para a valência de Lar. Neste momento, o Cen- tro de Dia tem 19 utentes e o Lar 30, ultrapassando o limite dos acordos com a Segurança Social, tendo apenas o Serviço de Apoio Domiciliário inscritos 10 idosos. Leonilde Rasga e Mar- garida Neves, direto- ra-técnica, revelam que, para levar a bom porto a gestão de uma instituição com estas características, é necessário muito con- trole, boa dose de imagi- nação, dinamismo e pre- sença permanente. Numa época de crise e de dificuldades crescen- tes que o país e a região atravessam, a ASAC de- bate-se também com al- guns constrangimentos de ordem financeira, de- correntes de certa forma da realidade do país. Daí que também esta institui- ção assista a um crescen- te aumento de despesas e a uma diminuição das re- ceitas, fruto das dificulda- des sentidas por várias fa- mílias e utentes em cum- prirem com o pagamento das mensalidades. Mesmo assim, a insti- tuição vai lutando diaria- mente, por levar a bom porto os projetos em cur- so. Com 19 anos de vida, a proximidade da insti- tuição com a população é uma realidade. A forte ligação com as gentes da terra é evidente, já que não faltam a um evento pro- movido pela instituição. Por outro lado, é reco- nhecida localmente a qua- lidade dos serviços presta- dos pelos colaboradores da instituição. “O calor humano e o bom relacio- namento entre direção, colaboradores, utentes, famílias e comunidade ajudam, assim, a supe- rar a maior parte das di- ficuldades”, confessa Le- onilde Rasga, avançando ainda que os principais apoios são os subsídios da Segurança Social, al- guns donativos de parti- culares, de associações de emigrantes bairradinos e locais. ASAC é um pilar no seio da população Problema Falta de espaço é o maior constrangimento Rua das Flores, n.º 65 | AVELÃS DE CAMINHO | T.: 234741290 | [email protected] Atendimento público 2ª Feira das 21h00 às 22h30 A Casa da Cultura recebe várias iniciativas De posto da GNR a Casa Cultural Apadrinhada pela Junta de Freguesia, a Escola de Música funciona praticamente todos os dias - incluindo sábados do lado da manhã - permitindo que mais de uma dezena de crianças tenham acesso a au- las de música (viola, acordeão e flauta) com um professor credenciado. Criada em 2009, o balan- ço do trabalho realizado é bastante positivo, reconhe- ce o autarca César Andrade, que recorda que, quando este projeto foi lançado, começou com apenas cinco alunos. “A Junta fez um esforço para criar este espaço e tem cedido instrumentos por for- ma a dar todas as condições para ocupar as crianças”, diz. Com muita paciência, em- penhoededicação,esteproje- to tem dado bons frutos, pro- va disso os espetáculos já re- alizados. “As crianças atuaram a 17 de dezembro, na festa de Na- tal, na Casa do Povo, e foi muito bonito de ver”. Escola de Música é uma mais valia textos Catarina Cerca PUB Jornal da Bairrada 23 | fevereiro | 2012 20

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Dinamismo e solidariedade aproximam associações da comunidade

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especial Avelãs de CaminhoA Casa Cultural de Ave-

lãs de Caminho está sob a alçada da Junta de Fregue-sia e foi instalada em outu-bro de 2007, no antigo posto da GNR.

Com a saída daquela for-ça militar da freguesia, a Junta de Freguesia decidiu transformar o espaço numa infraestrutura vocacionada para a Cultura.

Localizada no centro da povoação, junto ao IC2, este espaço integra uma peque-na biblioteca, com sala de leitura e Espaço Internet.

Embora tenha tido maior fulgor quando surgiu, hoje, a Casa Cultural continua de portas abertas à comunida-de, mas é aqui que também desenvolvem o seu traba-lho, o Grupo de Cantares “Sons de Avelãs” e a Asso-ciação Cultural Avelense - 1514 .

“Este espaço foi cria-do pela Junta de Freguesia para dinamizar e promover a cultura e o lazer”, revela o autarca César Andrade, de-bruçando-se sobre a peque-na biblioteca, criada graças ao esforço de muitos fre-

gueses que cederam parte do espólio existente.

“No início, como era no-vidade, vinha muita gente buscar livros. Agora, são menos os que aqui vêm”, diz, admitindo também que o Espaço Internet também já teve mais adesão. “Tive-mos de controlar melhor este espaço, que nem sem-pre era usado para os me-lhores fins”, avançou ain-da, admitindo também que este decréscimo na pro-cura poderá estar relacio-nado com o facto de, ago-ra, a Casa Cultural não ter funcionário permanente e

sempre que alguém preci-sa de ali ir ter de procurar a chave junto dos elementos da Junta de Freguesia.

“Tínhamos uma pessoa aqui colocada pelo Centro de Emprego. Como os dois últimos pedidos de pessoal foram recusados, a Junta de Freguesia optou por abrir o espaço sempre que é so-licitado”, sendo certo que o espaço abre, diariamen-te, durante as tardes e noi-tes, uma vez que aqui tam-bém têm funcionado cursos de pintura e bordados, mas também as formações das Novas Oportunidades.

A Associação Social de Avelãs de Caminho (ASAC) foi fundada a 19 de abril de 1993 e, de lá para cá, não mais parou de crescer. Neste momen-to, a falta de espaço físi-co, tanto ao nível do in-terior como do exterior, é a maior dor de cabeça da direção, sem esquecer a necessidade de fazer avançar, a curto prazo, o restauro do edifício que começa a acusar o peso da idade, mas também a necessidade de concluir a certificação das respostas sociais, estando ainda em projeto a criação de uma nova resposta social.

“Lutamos, diariamente, com falta de espaço, no-meadamente na cozinha, lavandaria, arrumos e não possuímos uma zona onde os nossos utentes possam usufruir de espaços aber-tos, espaços verdes” refe-riu a JB Leonilde Rasga, presidente da direção da ASAC.

Com lotação esgotada na maioria das valências, a instituição, localizada no centro da localidade, paredes meias com a sede da Junta de Freguesia, in-tegra, presentemente, no apoio à Infância: CAF, 23 crianças; Creche, 20 bebés e em CATL, 24 crianças. Na terceira idade, a situa-ção é mais dramática, de-

vido à longa lista de espe-ra para a valência de Lar. Neste momento, o Cen-tro de Dia tem 19 utentes e o Lar 30, ultrapassando o limite dos acordos com a Segurança Social, tendo apenas o Serviço de Apoio Domiciliário inscritos 10 idosos.

Leonilde Rasga e Mar-garida Neves, direto-ra-técnica, revelam que, para levar a bom porto a gestão de uma instituição com estas características, é necessário muito con-trole, boa dose de imagi-nação, dinamismo e pre-sença permanente.

Numa época de crise e de dificuldades crescen-tes que o país e a região atravessam, a ASAC de-bate-se também com al-guns constrangimentos de ordem financeira, de-

correntes de certa forma da realidade do país. Daí que também esta institui-ção assista a um crescen-te aumento de despesas e a uma diminuição das re-ceitas, fruto das dificulda-des sentidas por várias fa-mílias e utentes em cum-prirem com o pagamento das mensalidades.

Mesmo assim, a insti-tuição vai lutando diaria-mente, por levar a bom porto os projetos em cur-so.

Com 19 anos de vida, a proximidade da insti-tuição com a população é uma realidade. A forte ligação com as gentes da terra é evidente, já que não faltam a um evento pro-movido pela instituição.

Por outro lado, é reco-nhecida localmente a qua-lidade dos serviços presta-dos pelos colaboradores da instituição. “O calor humano e o bom relacio-namento entre direção, colaboradores, utentes, famílias e comunidade ajudam, assim, a supe-rar a maior parte das di-ficuldades”, confessa Le-onilde Rasga, avançando ainda que os principais apoios são os subsídios da Segurança Social, al-guns donativos de parti-culares, de associações de emigrantes bairradinos e locais.

ASAC é um pilar no seio da populaçãoProblema ∑ Falta de espaço é o maior constrangimento

Rua das Flores, n.º 65 | AVELÃS DE CAMINHO | T.: 234741290 | [email protected] Atendimento público 2ª Feira das 21h00 às 22h30

A Casa da Cultura recebe várias iniciativas

De posto da GNR a Casa Cultural

Apadrinhada pela Junta de Freguesia, a Escola de Música funciona praticamente todos os dias - incluindo sábados do lado da manhã - permitindo que mais de uma dezena de crianças tenham acesso a au-las de música (viola, acordeão e flauta) com um professor credenciado.

Criada em 2009, o balan-ço do trabalho realizado é bastante positivo, reconhe-ce o autarca César Andrade,

que recorda que, quando este projeto foi lançado, começou com apenas cinco alunos.

“A Junta fez um esforço para criar este espaço e tem cedido instrumentos por for-ma a dar todas as condições para ocupar as crianças”, diz.

Com muita paciência, em-penho e dedicação, este proje-to tem dado bons frutos, pro-va disso os espetáculos já re-alizados.

“As crianças atuaram a 17 de dezembro, na festa de Na-tal, na Casa do Povo, e foi muito bonito de ver”.

Escola de Música é uma mais valia

textos∑ Catarina Cerca

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Jornal da Bairrada23 | fevereiro | 2012

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FREGUESIA DE AVELÃS DE CAMINHO | ESPECIAL

O Boccia, em Avelãs de Caminho, é um projeto que surgiu em 2006, quando se tentou dinamizar a moda-lidade na zona da Bairrada. Na altura, a equipa, apesar da inexperiência, partici-pou no I Torneio de Boc-cia da Bairrada (onde es-tiveram presentes mais 15 equipas) e venceu este 1.º Torneio, depois de dispu-tar a final com a equipa “já veterana” na modalidade, da Santa Casa de Oliveira do Bairro.

Após este primeiro êxito em competições, aumen-tou o interesse, pelo que mais pessoas passaram a integrar o grupo com vis-ta à participação em cam-peonatos de dimensão na-cional.

Graça Veiga (Gerontó-loga) e Maria João Santos (Psicóloga) são as responsá-veis/treinadoras que deram corpo ao projeto e é Graça Veiga que faz a JB um ba-lanço muito positivo, ten-do em conta a importân-cia desta modalidade para combater a solidão, o iso-lamento, a tristeza, promo-vendo o convívio, a união, a partilha e a boa disposição.

“O sucesso deve-se ao facto desta faixa etária se identificar com a modali-dade, e por ela ser uma no-vidade e não estar depen-dente de estereótipos”, re-fere, acrescentando que se trata de uma modalidade que permite, a pessoas com limitações distintas, jogar sem problemas.

“Temos casais a jogar e até a treinar, ao serão, em casa”, evidenciando a im-

portância e forma séria como encaram a modalida-de. Os jogadores e adeptos comentam jogos adversá-rios, delineiam estratégias, ensaiam jogadas e até criti-cam decisões dos árbitros. É assim que as equipas de praticantes de boccia da fre-guesia de Avelãs de Cami-nho encaram a modalidade que, implantada na fregue-sia, é cada vez mais querida e acarinhada por todos.

Atualmente, integra-na 15 elementos de Avelãs de Caminho e Mogofores, ha-vendo interesse de outros elementos do concelho em integrarem a equipa. Habi-tualmente, os treinos reali-zam-se na Casa do Povo de Avelãs de Caminho, às ter-ças-feiras, das 14h30 às 17h.

Nesta época, participam, pela terceira vez consecuti-va, no campeonato nacio-nal, nas provas individuais e em grupo, estando previs-ta ainda a participação na Taça de Portugal, individu-

al e equipas. De destacar os resultados obtidos na época passada, onde as equipas se classificam entre os 20 me-lhores nos Campeonatos Nacionais, obtendo o 2.º e 7.º lugares nas provas regio-nais, nas classificações de equipas, igualando os bons resultados nas provas indi-viduais.

Graça Veiga realça o fac-to de “todas as sessões se-rem proporcionadoras de um convívio entre os técni-cos e jogadores, facultando a sinalização de problemas pessoais, assim como mo-mentos de convívio e entre-ajuda dos jogadores e técni-cos, sendo uma forma de transformar estas equipas, num grupo forte e unido”.

O apoio da comunidade é igualmente notório: “nas saídas para competições, as equipas são acompanhadas por dezenas de apoiantes, que sofrem, aplaudem ou criticam as jogadas, mas orgulhosamente ouvem

o nome da sua terra a ser referenciado, por pesso-as de todo o país, quando chegam ao local do jogo”, acrescenta.

Neste momento, a maior carência da equipa é o campo de treino. A Casa do Povo tem um pavimen-to em tijoleira que condi-ciona o percurso das bolas, para além de ser um espa-ço muito frio e desconfor-tável para esta faixa etária. No entanto, são a Casa do Povo local e a Junta de Fre-guesia os principais apoios, ao longo da existência da equipa que conta ainda com o apoio de patrocina-dores. “Na época 2010/2011 foi realizada uma parceria com a Clínica Belorizon-te – clínica de Saúde local, para apoio na aquisição de equipamento e para ques-tões clínicas relacionadas com a modalidade. Este ano, foi pedida a colabora-ção da Câmara Municipal de Anadia, para as despe-sas de deslocação e para a aquisição de um Kit de boc-cia, estando a aguardar res-posta”, diz Graça Veiga que destaca que para a nova época, a começar em mar-ço, as equipas preparam-se para novos desafios. A par-ticipação no Campeonato Nacional e na Taça de Por-tugal voltam a ser priorida-des para as equipas e de forma individual. “Mas, a originalidade reside no fac-to de serem pessoas da co-munidade, da freguesia e não ligadas a uma institui-ção a praticarem a modali-dade com grande dinâmi-ca”, conclui.

Boccia com muitos adeptosModalidade ∑ Promove o convívio salutar e evita o isolamento dos idosos

Tel. 234 743 692 | Fax. 234 743 044 | Tlm. 914 139 254Est. Nac. n.º 1 - 3780-351 AVELÃS DE CAMINHO

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O grupo de cantares “Sons de Avelãs” foi criado no ano de 2006 e tem ajudado a le-var bem longe o bom nome da freguesia, integrando o projeto cultural da Junta de Freguesia. Assim, sob a alça-da desta, este grupo integra 13 elementos, sendo dirigido pelo maestro Joaquim Peixi-nho.

“Sons de Avelãs” é um gru-po de música popular portu-guesa e tem, ao longo destes quase seis anos de vida, alar-gado o seu reportório, que neste momento já é vasto.

“Todos os anos, temos a preocupação de ensaiar no-vos temas musicais para apre-sentar ao público”, avança o autarca César Andrade, tam-bém ele elemento deste grupo que atua, sobretudo em festas e arraiais populares na região, mas também em inúmeros eventos de cariz solidário.

“Sempre que somos solici-tados para atuar em eventos de natureza social/solidários, estamos disponíveis, porque

essa é também uma razão da nossa existência”, revela o autarca, sublinhando que “gostamos muito de sair, de levar bem longe o nome da nossa terra, pois embora não sejamos profissionais, somos um grupo de amigos com uma grande paixão pela mú-sica popular portuguesa”.

A JB, César Andrade adian-ta ainda que “o grupo não tem por finalidade primeira ar-ranjar dinheiro”. Embora a questão financeira seja im-portante - procurando ser o mais autónomos possível - re-conhece que o apoio da Jun-ta de Freguesia tem sido fun-damental na vida do grupo, o mesmo já não se podendo di-zer do apoio da Câmara Mu-nicipal de Anadia, que nem sempre aparece.

O grupo reúne-se às terças-feiras, na Casa Cultural, para ensaiar. Para este ano estão já calendarizadas atuações na Casa do Povo local, mas tam-bém uma saída para Sever do Vouga.

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ESPECIAL | FREGUESIA DE AVELÃS DE CAMINHO

Oficialmente, a APPA-CDM (Associação Portu-guesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Men-tal) de Anadia começou a 22 de janeiro de 1990, com 16 utentes, sete professores destacados da DREC e uma auxiliar, em instalações gen-tilmente cedidas pela Santa Casa de Sangalhos.

A criação desta instituição prendeu-se com a necessi-dade sentida por um grupo de pais de criar no conce-lho de Anadia uma estrutu-ra educativa de apoio local à pessoa com deficiência, uma vez que na altura existia um elevado número de crianças e jovens com deficiência sem qualquer tipo de apoio.

Atualmente, trabalham na APPACDM 80 pesso-as remuneradas e algumas que voluntariamente pres-tam algum serviço à insti-tuição que apoia cerca de 150 cidadãos, entre utentes, formandos e alunos distri-buídos pelas seguintes res-postas: Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), For-mação Profissional, Escola de Ensino Especial, Serviço de Apoio Domiciliário, três Lares Residenciais (Vilari-nho do Bairro, Avelãs de Ca-minho e Montouro-Anadia), afetos ao Edifício sede, em Avelãs de Caminho.

No polo da Mealhada, no Centro de Santo Amaro de Casal Comba, existe ainda um CAO e um Lar Residencial, assim como a APPACDM possui, como suporte a estas respostas so-ciais, um picadeiro, uma pis-cina aquecida e uma quinta,

em Vale de Avim.Madalena Cerveira, pre-

sidente da direção, avança a JB que, “para otimizar os serviços, temos celebrado al-gumas parcerias, das quais destacamos com as Câma-ras Municipais de Anadia e Mealhada, Hotel das Ter-mas da Curia, Estalagem de Sangalhos, GNR, ANDDI em desporto de competição, entre outros”.

Esta responsável avança ainda que a relação com a população é de grande proxi-midade. “A instituição sentiu isso, de forma mais eviden-te, por exemplo, em jantares de angariação de fundos, que realizou. Verificou-se uma boa adesão e partici-pação. Presentemente, tam-bém sentimos essa relação no aumento do número de sócios e afluência à utiliza-ção da piscina, quer através das inscrições, na Fisioclíni-ca Marialva de Anadia, quer em aulas de hidroginástica na própria instituição”, refe-re Madalena Cerveira.

E, se com a população o relacionamento é bom, também o envolvimento dos pais na dinâmica da institui-ção, atualmente, ultrapassa a participação nos órgãos so-

ciais e começa a traduzir-se na vida da organização, de uma forma ativa e direta, de-notando maior sensibilida-de e envolvência num proje-to que também tem que ser deles.

Graças à APPACDM, a vida dos cidadãos por-tadores de deficiência mental, nos concelhos de Anadia, Oliveira do Bairro, Mealhada, Águeda e Canta-nhede mudou significativa-mente, muito em especial ao nível da qualidade de vida, que passou a respeitar um projeto estruturado de de-senvolvimento promotor de competências que visam a sua integração social numa dinâmica de igualdade de oportunidades. “As famílias passaram a ter um cuidado especial e passaram a bene-ficiar de um serviço técni-co mais permanente, muito em particular nas áreas do Serviço Social e da Psicolo-gia da instituição”, acrescen-ta, sublinhando o apoio aos utentes, formandos e alunos, o alargamento dos serviços prestados, através de dife-rentes terapias (fisioterapia, hipoterapia, hidroterapia, psicomotricidade, terapia da fala e terapias ocupacionais)

e cursos de formação pro-fissional com dupla certi-ficação.

Numa época de cri-se, as maiores fragilida-des estão, neste momen-to, no parque automóvel que necessita de ser reno-vado, exibindo algumas viaturas estado avança-do de degradação. “Esta era uma carência que se

colmatava com os apoios das empresas privadas e até das autarquias, que dada a conjuntura económica, não têm sido tão presentes”, diz Madalena Cerveira.

Apesar das dificuldades atuais, Madalena Cerveira considera haver espaço para crescer, aceitando novos de-safios e tentando responder a todas as solicitações que são colocados pelas necessida-des das pessoas com defici-ência mental e suas famílias. “A mudança permanente do mundo obriga a inventar no-vas formas de estar nele e a reabilitação das pessoas com deficiência não se pode re-ver em qualquer forma de comodismo”, adianta. Por isso, o futuro será para con-solidar a liderança dos ser-viços, investindo proativa-mente em novos desafios, novas oportunidades, apos-tando no desenvolvimento profissional dos colabora-dores e implementando me-lhores práticas de gestão e de prestação de serviços.

“Consubstanciamos, as-sim, as nossas visões, missão e políticas, mantendo-nos na vanguarda da reabilitação da pessoa com deficiência”, conclui aquela responsável.

APPACDM promove integração do deficiente mental na sociedade Futuro ∑ Continuar na vanguarda da reabilitação da pessoa com deficiência

A ACRAC - Associa-ção Cultural e Recre-ativa de Avelãs de Ca-minho foi fundada por uma série de pessoas de boa vontade, que inicia-ram um pedido pela po-pulação, sob a forma de títulos de empréstimo, contudo a maior parte deles (a quase totalida-de) seriam, mais tarde, oferecidos sem qual-quer devolução dos montantes empresta-dos. A sua fundação data de 1988, sendo as modalidades promovi-das, o atletismo, o fu-tebol, o tiro ao prato, o auto cross, o motocross e o ciclismo.

Criada com o objetivo de desenvolver na fre-guesia a parte Social, Cultural e Desportiva, no decorrer dos anos, foi a parte desportiva que obteve desenvolvi-mento mais significati-vo, tendo-se adquirido, no início do ano 1992, diversos terrenos, com a área de 26.559 m2 (pra-ticamente pago por um número significativo de concidadãos), localiza-dos nas Matas, para im-plantar a associação.

N o d e c o r r e r d o s

anos, e após os terre-nos terem sido aterra-dos com milhares de metros cúbicos de ter-ra, foram construídos um Campo de Futebol, com os respetivos bal-neários, um Bar e seus sanitários e um fosso de Tiro aos Pratos (moda-lidade que mais proje-tou a coletividade), hoje equipado com máqui-na robot, para a prática das modalidades olím-pica e universal, pis-ta para auto cross ou motocross em fase de acabamento.

No respeitante aos eventos verificados no Complexo Desportivo, eles têm sido em nú-mero bastante eleva-do, pois desde casta-nhadas, passeios ciclo-turísticos, futebol, kart cross e tiro aos pratos, tudo tem sido realiza-do com êxito, havendo a salientar o desafogo económico da coletivi-dade que tem em car-teira importantes proje-tos como a implantação de uma quadra de ténis, piscina, pavilhão poli-desportivo e grupo mo-tard, assim hajam ver-bas e boas vontades.

ACRAC quer pavilhão polidesportivo e piscina

Tel./Fax. 234 100 155 - 231 503 605Alagôas - 3780-351 AVELÃS DE CAMINHO

Email: [email protected]

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Jornal da Bairrada23 | fevereiro | 2012

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FREGUESIA DE AVELÃS DE CAMINHO | ESPECIAL

A Casa do Povo de Avelãs de Caminho completa, este ano, Bodas de Diamante (75 anos). Tão significativa data será as-sinalada, em maio, com um jantar comemorativo que está a ser preparado pela direção composta por Jaquelina San-tos, presidente; Herculano Conde, vice-presidente; Rena-to Fernandes, secretário; Ma-ria Angelina Perrães, tesourei-ra e José Pedro Negrão, vogal. “Uma equipa coesa, sempre em sintonia”, diz-nos em entrevista Jaquelina Santos, justificando que esse facto poderá consti-tuir “o segredo para que as ini-ciativas promovidas tenham vindo a aproximar a população da coletividade”.

Balanço muito positivo. Em-bora o primeiro ano de posse tenha sido determinante para legalizar a Casa do Povo, pois foi necessário alterar e atua-lizar estatutos, só no ano se-guinte a direção começou a trabalhar para fora, para a co-munidade, dando corpo a um projeto ambicioso, mas com os pés bem assentes na terra.

O balanço é, por isso, mui-to positivo, mas o objetivo pri-meiro desta equipa foi “man-ter a Casa do Povo com ativi-dades regulares, aproximando a população da instituição”, acrescentou. Um processo len-to, moroso, muito trabalhoso, mas que tem dado bons fru-tos. “Hoje, a população apa-rece, participa e todos juntos dão ânimo e alento à direção que, continua determinada em inovar e proporcionar novas experiências à população que serve”, adianta aquela respon-sável.

As iniciativas têm, por isso, sido várias, mas as mais mar-cantes que têm passado de uns anos para os outros são: o Des-file de Vestidos de Noiva com mais de 20 anos (a realizar em abril); o passeio cicloturístico (a realizar em junho); o progra-ma de exercício “A caminho do

verão sem barrigão”; os cursos de arraiolos e pintura e a Fes-ta do Emigrante, em agosto, aquando dos festejos em hon-ra da padroeira.

Jaquelina Santos sublinha que o programa “A caminho do verão sem barrigão” con-vida a população à prática de exercício físico: caminhadas, ginástica e passeios de bicicle-ta que pretende manter a po-pulação ativa e promovem o convívio.

Inovar constantemente. Mas são também os cursos de pin-tura e bordados que têm trazi-do mais pessoas da comunida-de à Casa do Povo. A JB, Jaque-lina Santos diz que os cursos de artes decorativas, pintura em tecido e de arraiolos foram um sucesso, pelo que no próximo mês de abril vai arrancar o cur-so de arraiolos, estando a dire-ção a ponderar novas forma-ções para cativar mais pessoas, nomeadamente através de um curso em artes florais.

“Tentamos promover cursos que digam algo às pessoas, coi-sas novas, e com professores da terra”, refere, dando conta que a mensalidade é meramen-te simbólica, revertendo a favor da Casa do Povo.

Mas uma das iniciativas mais marcantes foi a criação do des-file de vestidos de noiva, com

mais de 20 anos. Em dois anos já foram realizadas quatro edi-ções desta iniciativa que en-che o salão de festas da Casa do Povo. Uma estratégia para cativar mais pessoas e que tem dado igualmente bons resulta-dos. Em abril próximo será re-alizado mais um desfile, aguar-dando a direção casa cheia.

“Temos de ser muito inteli-gentes para ter atividades que façam as pessoas participar. É preciso inovar constantemen-te”, diz, recordando igualmente o passeio de vespas, em 2011, e a exposição de todos os traba-lhos realizados nos cursos de artes decorativas.

Teatro para todos os gostos. A aposta desta direção passa ainda pelo teatro. Um desafio que tem mostrado o potencial de muitos filhos da terra. A pri-meira experiência aconteceu em 2011, com uma noite de te-atro, com as peças “O tio ma-ravilhas”, trazido a palco por um grupo de Barrô e a peça “O macaco do rabo cortado”, do grupo de pais e encarregados de educação de Avelãs de Ca-minho. Seguiu-se, em dezem-bro desse ano, o espetáculo de variedades (dança, teatro e mú-sica) com forte adesão da po-pulação, o que também acon-teceu já este ano, com a matiné de teatro levada a palco a 29

de janeiro, pelo grupo de Ave-lãs “A sopa de Pedra” e por pe-quenos monólogos por pesso-as da terra.

Para este ano, está ainda em agenda o espetáculo “Os Ta-lentos de Avelãs”, que pretende dar a conhecer os vários talen-tos dos filhos da terra, a reali-zar provavelmente em março, e depois do verão, uma expo-sição de colecionismo, por for-ma a cativar novamente mais população.

Para continuar a levar por diante os projetos, a direção vai começar a cobrar quo-tas, também estas com um valor simbólico de seis euros por ano, ou seja, menos de 50 cêntimos por mês, verba que se destina a ajudar a custear as despesas fixas.

Dinamismo das secções de columbofilia e ciclismo. A sec-ção de columbofilia foi criada em 2006 com objetivo despor-tivo, por forma a permitir que os columbófilos da freguesia e das freguesias vizinhas pudes-sem participar em provas re-gionais e nacionais. Neste mo-mento estão em competição 18 columbófilos, evidencian-do o dinamismo que esta sec-ção encerra já que participa em provas de velocidade, fundo e meio fundo. “Adquirimos uma carrinha que leva 36 jaulas para fazer treinos particulares”, diz Herculano Conde, dando con-ta que a secção ainda não sen-te a crise, tendo ganho vários prémios.

Com apenas três anos de vida, a secção de ciclismo co-meçou com um punhado de amigos. Embora pequena, in-tegra cerca de 20 ciclistas. Pro-move uma prova anual de ci-clismo na freguesia, uma subi-da ao Caramulo, no 1.º de Maio, e os seus atletas participam em circuitos regionais de BTT.

Mais do que desporto, une-os o convívio, sendo também um pretexto para trazer mais gente à coletividade.

Casa do Povo, dinâmica e pujanteAtividades ∑ Direção promove eventos vários para aproximar população da coletividade

A Segredo da direção é a união dos seus elementos

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de António S. Martins

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Jornal da Bairrada23 | fevereiro | 2012

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