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EXPRESSE-SE! Publicação Gratuita | http://NativaMagazine.wordpress.com Vulto Histórico Francisco Sarmento Pimentel SAÚDE Tétano: Doença tão grave com prevenção tão simples Pág. 26 Pág. 24 Pág. 08 ESPECIAL Animais em Risco Entrevista a Marta Leal CUIDADOS BÁSICOS DE SAÚDE COM O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO Uma publicação Pág. 10 KIWI O Fruto Estrela PROPRIEDADES RECEITAS HISTÓRIA CULTIVO Pág. 16 Património igreja de são pedro de abragão Revista Regional | n.º 8 | Setembro 2010 | ISSN 1647-6026 NOVOS AUTORES | ESCRITA Sombras no Jardim do meu Sossego Pág. 22 Um Herói da Liberdade e da Aviação em Portugal

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!

Publicação Gratuita | http://NativaMagazine.wordpress.com

Vulto Histórico Francisco Sarmento Pimentel

SAÚDE Tétano: Doença tão grave com prevenção tão simples

Pág. 26

Pág. 24

Pág. 08

ESPECIALAnimais em RiscoEntrevista a Marta Leal

CUIDADOS BÁSICOS DE SAÚDE

COM O SEU ANIMAL DE ESTIMAÇÃO

Um

a pu

blic

ação

Pág. 10

KIWIO Fruto EstrelaPROPRIEDADES

RECEITAS

HISTÓRIA

CULTIVO

Pág. 16

Património igreja de são pedro de abragão

Revista Regional | n.º 8 | Setembro 2010 | ISSN 1647-6026

NOVOS AUTORES | ESCRITA Sombras no Jardim do meu Sossego Pág. 22

Um Herói da Liberdade e da Aviação em Portugal

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NVSM SETEMBRO 2010S U M Á R I O

N V S M | S E T 2 0 1 002 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

04. NOTÍCIAS

08. SAÚDETétano

Doença tão Grave com

Prevenção tão Simples

10. ESPECIALAnimais em Risco

Entrevista: Marta Leal

Cuidados Básicos de Saúde

com o Seu Animal de Estimação

16. NUTRIÇÃOKiwi: O Fruto Estrela

20. ETIQUETABoas Maneiras à Mesa

Tipos de Recepção

22. ESCRITASombras no Jardim

do meu Sossego

Gosto. Paredes tem muita vida, o comércio e transportes necessários, o acesso à auto-estrada, um parque lindíssimo, é limpo, sentimo-nos no campo e na cidade ao mesmo tempo.

INÊS BALTAR, PAREDESCONTABILISTA

[Ana, à esq.] Sim, é uma cida-de diferente, criativa... [Fátima, à dta.] e calma, mas por outro lado ainda há aqui muitos pre-conceitos que devem desaparecer.

ANA COELHO, DESEMPREGADAFÁTIMA RODRIGUES, ESTUDANTE

PAÇOS DE FERREIRA

Tenho todo o gosto em viver em Lousada, por vários moti-vos. É uma terra muito acolhe-dora e bonita.

LUÍS DE BESSA PEIXOTO PEREIRANATURAL DE FIGUEIRAS,

RESIDENTE EM SILVARES, LOUSADASECRETÁRIO DE JUSTIÇA

APOSENTADO

ESCREVA-NOS E SEJA COLABORADOR DA NATIVA: [email protected]

Gosta de viver no seu concelho/cidade?OPINIÃO

PÚBLICA

10 22

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HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

PUBLICAÇÃO MENSALSetembro 2010 – N.o 8

DIRECTORA E EDITORASílvia Anjos

REDACÇÃO, EDIÇÃO E PROPRIEDADEMatéria Impressa®

Sílvia T. G. Anjos, Unip. LdaNIPC 508966744

REDACÇÃOR. Eng. Edgar Oliveira, 1774590-592 Paços de FerreiraTel./Fax: 255 892 [email protected]://NativaMagazine.wordpress.com

PUBLICIDADE & MARKETINGTel.: 255 892 [email protected]

[email protected]ço de Assinatura 20 €

IMPRESSÃOGráficas AnduriñaTIRAGEM5000 exemplares

Publicação PeriódicaN.º DL: 305144/10N.º Registo ICS: 125811N.º ISSN: 1647-6026

24. PERSONALIDADEFrancisco Sarmento Pimentel

Um Herói da Liberdade

e da Aviação de Portugal

O presente número da NATIVA Magazine é dedicado aos pequenos animais que tão dependentes estão de nós e que nos oferecem companhia e bons momentos sem pedir muito em troca. Os animais de estimação devem ser, tal como o nome indica, devidamente estimados, por isso falámos com Marta Leal, uma jovem pacense que se dedica de corpo e alma a resgatar esses bichinhos abandonados. Publicamos ainda conselhos relevantes sobre como tratar bem do seu cachorro ou gatinho, compilados por uma veterinária.

Alertamos para que tenha em atenção o seu boletim de vacinas, verifique sobretudo a do tétano, saiba mais sobre as propriedades e outras curiosidades do kiwi, fique a conhecer um histórico aviador felgueirense e leia a nostálgica novela de mais um autor de Lousada, que lhe propomos para este início de Outono.

BOM SETEMBRO! Sílvia Anjos, Directora

Amigos especiais

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26. PATRIMÓNIOIgreja de São Pedro

de Abragão

28. CONTACTOS ÚTEIS

30. AGENDAAstrologia & Provérbios

31. DIVERSÃOKids

Passatempos

Curiosidades

A NATIVA VALE DO SOUSA MAGAZINE É IMPRESSA EM PAPEL RECICLADO.

A NATIVA VALE DO SOUSA MAGAZINE ESTÁ INTEGRALMENTE DISPONÍVEL ONLINE PARA LEI TURA E IMPRESSÃO EM:HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

EDITORIAL

FOTO DA CAPA:

PHAEWILK

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Nativa Vale do Sousa

2426

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EXPOSIÇÃO EM PAREDES DE TRABALHOS PARA PROJECTO AUTÁRQUICO

Na Casa da Cultura de Paredes vai

encontrar expostos os 46 trabalhos

concorrentes aos dois primeiros

concursos públicos lançados por esta

autarquia no âmbito do programa

“Paredes: Cidade Criativa para o

Design”.

N O T Í C I A S

Com a assessoria técnica da Ordem dos Arquitectos da Secção Regional do Norte (OASRN), o primeiro concurso público a ser lançado recebeu um total de sete propostas, tendo como objec-tivo a elaboração do projecto para a “Porta do Design Hub”.

Bastante mais participado, com um total de 39 trabalhos validados pelo júri, o segundo concurso público diz respeito à instalação da “Incubadora para o Design de Mobiliário e Artes Decorativas e Oficinas Criativas”.

ENCONTRADOS NOVOS VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS ROMANOS EM LOUSADA

Foram encontrados na Casa Romana do Castro de S. Domingos, em Lousada, novos vestígios da ancestral habitação existente. Esta zona de interesse arqueológico fica situada em Cristelos, ocupando uma área de cinco hectares. Os achados mais antigos aí recolhidos, remontam ao século IV antes de Cristo.

Está a ser impresso, em Lousada,

um livro em tudo fora de normal,

que será lançado durante o mês de

Setembro.

O excêntrico autor Orlando Pinto é o criador desta obra que mede qua-se dois metros de al-tura e três de largura e custa 1500 euros.

O seu conteúdo encerra meia centena de traba-lhos artísticos nas áreas do desenho abstracto, pensamentos e poesia livre. Estará em exposição na loja Rabiscos e Telas no Centro Comercial Pelourinho, no centro de Lousada.

http://livrogigantelousada.blogspot.com

Livro gigante vai ser apresentadoem Lousada

Orlando Pinto, escritor lousadense, conta já com 10 livros publi-cados entre 1991 e 2007. O seu novo projecto está a dar que falar!

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NOVIDADES URBANÍSTICAS ESTÃO PREVISTAS PARA O CENTRO DA CIDADE DE FELGUEIRAS, ONDE A RESPECTIVA CÂMARA MUNICIPAL VAI CONSTRUIR A PRAÇA DR. MACHADO DE MATOS E UM PARQUE DE ESTACIONAMENTO. UMA DAS RECLAMAÇÕES ATÉ AGORA MAIS OUVIDAS EM FELGUEIRAS, PRENDIA-SE COM A INEXISTÊNCIA DE LOCAIS DE ESTACIONAMENTO CONDIGNOS.

CENTRO DA CIDADE DE FELGUEIRAS VAI SER RENOVADO

Durante o mês de Agosto foi possível apreciar a exposição de aguarelas denominada “Imagens de Penafiel”, do pintor Vítor Carneiro, que esteve patente ao público no Museu Municipal de Penafiel.

Sabe por que razão se diz “Falar pelos cotovelos” e

“Fazer das tripas coração”? Conhece a origem das expres-

sões “Muito riso pouco siso” ou então “Comer queijo faz

esquecer”? A obra “Sabedoria Milenar – A Sério e a Brin-

car” explica estas e muitas outras

expressões e provérbios através da

riquíssima sabedoria milenar que

serve de base à Medicina Tradicio-

nal Chinesa.

O seu autor, Lio Monk (Aurélio Marques), é um conhecido e pres-tigiado professor e terapeuta de Medicina Tradicional Chinesa. É tam-bém licenciado em Inglês-Alemão, tendo estudado Chinês e ensinado línguas durante 12 anos no ensino público, designadamente em Pare-

des, cidade onde também dá consultas.O lançamento deste livro decorreu dia 13 de Agosto, no

Etnia Café Bar em Penafiel. Houve ainda música ao vivo pela banda de Lio, os Rebel Monkeys.

POR QUE RAZÃO DIZEMOS EXPRESSÕES TAIS

COMO “FALAR PELOS COTOVELOS”?

O ARTISTA CONSEGUE CAP-TAR E TRANSMITIR UM SENTIMENTO DE NOSTAL-GIA QUE EMANA DE LOCAIS EMBLEMÁTICOS DESTE BELO CONCELHO.

“Imagensde Penafiel”

VÍTOR CARNEIROPelo pintor

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Dezassete anos após as últimas escavações na Citânia de Sanfins, esta estação arqueológica, das mais significativas da cultura castreja do Noroeste peninsular e da Proto-história europeia, volta a ser alvo de escavações de âmbito científico.

Entre os dias 30 de Agosto e 10 de Setembro, participam nestas escavações cerca de 20 alunos do Curso de Arqueologia da Facul-dade de Letras da Universidade do Porto, juntamente com alguns voluntários dedicados.

FEIRA DO FUTURO EM PENAFIEL

LEIA AS ÚLTIMAS NOTÍCIAS DO VALE DO SOUSA NA INTERNET EM:HTTP:// NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

Escavações regressam

à Citânia de Sanfins

Nos dias 31 de Julho e 1 de Agosto, o Mosteiro de Vilela

recebeu mais uma edição da sua Feira Medieval, oportu-

nidade aproveitada por muitos para recuar no tempo e

reviver o ambiente e as tradições de épocas longínquas.

O programa incluiu desfiles de cavaleiros, malabaristas e cuspidores de fogo, jogos tradicionais, teatro e danças medievais, bem como as indispensáveis tasquinhas onde se pôde provar as mais diversas e irresistíveis iguarias.

Feira Medieval em Vilela

Almoço naRelvaem Paredes

O Pelouro da Cultura do Município

de Paredes organizou, no último do-

mingo de Agosto, mais uma edição do

Almoço na Relva. Inspirado no quadro

de Manet “Le déjeuner sur l’herbe”,

este evento original atraiu muitas

famílias ao piquenique realizado no

Parque da Cidade.

Para a organização, o objectivo con-sistiu em promover a participação dos paredenses numa iniciativa que teve

lugar “num local onde podem desfrutar do convívio, tranquilidade e fruição da natureza que aquele excelente es-paço proporciona”. Não faltou ainda a indispensável animação com ranchos folclóricos, bandas filarmónicas, teatro, pintura, entre outras actividades.

Organizada pela Obra de Assistência Social da Fre-

guesia de Sobrosa, a 5.ª edição da Mostra de Artesana-

to, evento cultural e gastronómico, realiza-se entre os

dias 3 e 5 de Setembro, no Jardim Soverosa.

D o p r o g r a m a constam actuações da Banda Musical de Vilela, do Grupo de Bombos “Amigos do Salão Paroquial de Sobrosa”, do Grupo Folclórico de Dan-ças e Cantares do C.C.D. Sobrosa, bem como um desfile

de moda, um espectáculo da artista Célia Sousa, entre outras iniciativas.

Sobrosa é uma das 24 freguesias do concelho de Pare-des, sendo habitada por uma população de cerca de três mil habitantes, na sua maioria jovens.

5.ª MOSTRA DE ARTESANATO DE SOBROSA

INSPIRADO EMPINTOR FRANCÊS

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A escadaria frontal ao Museu Municipal – Museu do

Móvel encheu-se de público para assistir à animação das

“Noites de Verão”, iniciativa da Junta de Freguesia de Paços

de Ferreira, em parceria com a Câmara Municipal.

A Serenata de Coimbra, protagonizada pelo Grupo “Ba-ladas de Coimbra” e a actuação do Grupo de Cavaquinhos de Paços de Ferreira, foram pontos altos do programa. Tiago Babo, presidente da Junta de Freguesia da sede do concelho mostrava-se entusiasmado, no final do espectáculo, “quer pela presença de gente de todas as idades, o que comprova o interesse na realização deste tipo de actividades, quer pelos imensos emigrantes que, no seu período de férias, gostam de marcar presença activa na vida da sua terra, o que nos motiva a levar por diante esta animação”.

Noites de Verão

O Instituto Politécnico do Porto (IPP), o 5.º maior

estabelecimento de ensino superior do país e o maior

instituto politécnico nacional, assinou no princípio deste

mês um protocolo com a Câmara Municipal de Paços

de Ferreira para a criação de ensino superior público

neste concelho.

Será na futura Cidade Tecnológica (Esquadra 12) que virão a ser leccionados Cursos Superiores (licenciaturas, pós-graduações e mestrados) em diversas áreas relacionadas com as necessidades e características da localidade e região.

O IPP escolheu também Paços de Ferreira para instalar o seu Centro de Transferência de Tecnologia, que funciona no Porto, e que irá prestar apoio os empresários no desen-volvimento de novos produtos.

Pedro Pinto, Presidente do Município, congratula-se com esta novidade valorizadora de Paços de Ferreira, es-clarecendo em comunicado oficial que, “ao longo dos anos,

a Câmara Municipal sempre mostrou toda a disponibilidade e vonta-de em garantir a insta-lação de ensino superior no Concelho, tendo feito sempre tudo o que esta-va ao seu alcance para o conseguir”.

ENSINO SUPERIOR EM PAÇOS DE FERREIRA

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S A Ú D E

08 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

TÉTANODOENÇA TÃO GRAVE COM PREVENÇÃO TÃO SIMPLES

POR ANTÓNIO LUÍS MOREIRA

MÉDICO | [email protected]

Sabia que uma simples ferida feita no jardim

de sua casa pode revelar-se letal, caso não tenha

em dia a vacina do tétano?

O tétano é uma doença causada por um bacilo (micróbio), o Clostridium Tetani, produtor de esporos, podendo estes persistir no solo durante meses ou anos. Os bacilos vivem nos intestinos dos animais como reservatório (homem, equinos, bovinos, etc.), não pro-vocam doença mas passam para o solo através das fezes desses animais e aí ficam, sob a forma de esporos, durante meses ou anos. A transmissão faz-se por inoculação desses esporos nas feridas, desde as mais pequenas como picadas, passando por queimaduras, até às

cirurgias ou mesmo durante o parto pelo cordão umbilical, quando as condições de higiene não são eficazes.

O que provoca a doença é uma toxina que se fixa aos neurónios motores periféricos e se propaga por transporte

dentro dos próprios neurónios (intraneuronal). A esta toxina chama-se tetanospasmina. O tem-po de inoculação é muito variável, numa média de 3 a 10 dias, mas pode demorar meses, ficando os esporos “guardados” nos tecidos já parcialmente cicatrizados à espera de se poderem manifestar.

O tétano é uma doença grave com mortalidade ainda hoje muito alta (10 a 80%). A sua clínica caracteriza-se por contracções musculares muito dolorosas, que se iniciam quase sempre na face provocando o trismus, podendo envolver todos os músculos estriados incluindo os da respiração.

O tratamento é realizado em meio hospitalar nas unidades de cuidados intensivos. Envolve, entre outras medidas, a limpeza da lesão de entrada dos esporos, medidas de suporte nomeadamente à respiração, vacina antitetânica e imunoglobulina humana antitetânica.

TRATAMENTO

MESMO QUEM TEVE A DOENÇA E A CONSEGUIU VENCER TEM DE CONTINUAR A TOMAR A VACINA AO LONGO DA VIDA, PORTANTO A DOENÇA DO TÉTANO NÃO CONFERE IMUNIDADE.

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Apesar da gravidade da doença, existe uma maneira de prevenir o seu aparecimento: a vacinação. Cum-prindo o Programa Nacional de Vacinação (PNV) esta doença pode ser evitada com uma simples inoculação de 10 em 10 anos após os 13 anos de idade, sendo antes dessa idade iniciada aos 2 meses juntamente com as outras vacinas do PNV.

Agora que acabou de ser alertado por este texto, procure o seu Boletim

de Vacinas e verifique se as suas e as dos seus familiares estão actualizadas.

E atenção aos idosos – é a população onde há mais indivíduos não vacinados

e das que tem pior prognóstico se apanhar a doença.

Se necessitar de actualizar a sua vacina, telefone ou dirija-se ao seu Centro

de Saúde, marque visita com o seu Enfermeiro de Família e só volta a ter de

pensar neste assunto daqui a 10 anos.

POR FAVOR, CONTE ESTA HISTÓRIA AO SEU VIZINHO!

Esta vacina consiste em administrar o Toxoide (Toxina atenuada). É das mais inócuas e das que menos efeitos adversos apresenta devendo ser dada mesmo durante a gravidez.

PREVENÇÃO

A exposição aos bifenilos policlorados (PCB), nos primei-ros anos de vida, pode reduzir a resposta imunitária das crianças às vacinas contra o tétano e a difteria, indica um es-tudo publicado no jornal Environmental Health Perspectives.

Os PCB são um conjunto de mais de duzentas substân-cias químicas que começaram a ser produzidas nos anos 50

e foram utilizadas num vasto número de produtos, como as tintas plásticas e tratamentos da madeira. São poluen-tes muito persistentes e perigosos para a saúde humana, sendo a sua utilização proibida nos EUA e na Europa.

Exposição aos PCB enfraquece resposta a algumas vacinas

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A N I M A I S E M R I S C O

10 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

MISSÃO ÁRDUA MAS POSSÍVEL:SALVAR ANIMAIS ABANDONADOS

Marta Leal

Nativa Vale do Sousa Magazine

(NVSM): Como surgiu o seu envolvi-

mento com o Refúgio das Patinhas? Marta Leal (ML): Conheci o grupo

quando recorri aos seus serviços. Foi a Cláudia, do Refúgio, que me ajudou numa situação de um cão que estava no liceu de Paços e que ia para o canil. Tirei-lhe fotografias, liguei para várias associações e foi o Refúgio das Patinhas que me respondeu. Assim comecei a envolver-me com o seu trabalho.

NVSM: Desde quando tem consci-

ência do seu interesse e carinho pelos

animais?

ML: Sempre tive cães e gatos em casa, fui criada com eles por perto. Mas só a partir daquele momento é que me apercebi da realidade. Antes disso via um gato na rua, levava-o para casa e ficava com ele. Agora já fotografo os animais e tento arranjar-lhes donos. Sei que há pessoas que querem adoptá-los, mas que infelizmente não é para os tratar bem.

O REFÚGIO DAS PATINHAS É UM PROJECTO PARTICULAR DINAMIZADO POR UMA EQUIPA DE NOVE PESSOAS. NÃO SENDO UMA ASSOCIAÇÃO, TRABALHA COM OS RECURSOS QUE OS SEUS ELEMENTOS DISPONIBILIZAM E, COMO TAL, TODAS AS CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS SÃO BEM-VINDAS.O GRUPO ACTUA NA ZONA DO GRANDE PORTO, ACOLHENDO E TRATANDO ANIMAIS EM MÁS CONDIÇÕES, PERMITINDO-LHES O ACESSO A CUIDADOS VETERINÁRIOS E UMA BOA ADAPTAÇÃO A UMA CASA, BEM COMO PROMOVENDO A ESTERILIZAÇÃO DAS FÊMEAS.

ENTREVISTA A MARTA LEAL, MEMBRO DO REFÚGIO DAS PATINHAS

NVSM: Houve alguma dessas expe-

riências que a tenha marcado?

ML: Ainda há pouco tempo houve um caso, em Portugal, de um maluco que adoptava gatos para depois os

matar. Até publicou fotos no Facebook. Tive uma situação do género com uma cadela, que recolhi em Alfena. Fotogra-fámos a cadela, divulgámos no nosso site e apareceu um interessado. Eu e a minha irmã fomos a Grijó para lhe entregar o animal. Encontrámo-nos, mas ele não queria dizer onde mora-va. Sugeriu que se lhe déssemos ali a cadela até aproveitava para dar um passeio com ela no regresso a casa. Nós afirmámos que só a entregávamos em casa dele e lá arranjámos uma desculpa e viemos embora. Como estranhámos o comportamento fomos investigar. Descobrimos que ele andava a violar cadelas. Depois deitava-as para a linha

de comboio. Chegou a ir ao Midas, que é uma associação de Matosinhos, e dis-se que era enfermeiro e queria adoptar cadelas; foi a outra associação e aí disse que era arquitecto. Era um rapaz de

vinte e tal anos, de olhos azuis. Parecia uma pessoa completamente normal. Quando olho para a tal cadela penso na sorte que ela teve por não a termos deixado ficar com ele.

NVSM: Preocupa-se sempre em

saber se o animal será bem tratado

pelo adoptante?

ML: Quando dou os animais quero ver como eles ficam e tento acompa-nhá-los. Tenho uma ficha de adopção para ficar com os dados das pessoas. A Cláudia tem uma lista de maus adoptantes. No Refúgio das Patinhas procuramos sempre ver ao máximo se eles ficam bem.

NVSM: Está a concluir o seu cur-

so de Biologia. Planeia continuar a

dedicar-se desta forma aos animais

abandonados?

ML: Faltam-me três cadeiras para terminar, vou fazer os exames agora em Setembro. Gostava muito de continuar a fazer o que faço, só que isto é um bo-cadinho cansativo, em prejuízo da vida própria. Não há tempo para mais nada. Então agora, nas férias, não param de me ligar. As pessoas vão de férias e não podem ficar com os cães, adoptaram o cão há um ano e já querem devolvê-lo. Esta semana foi complicado.

Telem. 915 408 [email protected]

www.refugiodaspatinhas.org

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HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM 11S E T 2 0 1 0 | N V S M

«Muitos destes animais são adoptados por habitantes da Holanda e Alemanha, onde não há cães abandonados devido a legislação mais rigorosa. Eles es-colhem os animais que querem adoptar a partir de fotografias. Depois vem um camião buscá-los ou viajam de avião. Arran-jam-se padrinhos que custeiem as passagens e tratamos dos respectivos passaportes.»

NA HOLANDA PREFEREMOS CÃES PELUDOS,POR ISSO GOSTAM DE MIM!

A WENDI FOI ENCONTRADA NUM CAIXOTE DO LIXO, TINHA APENAS DIAS. FOI CRIADA A BIBERÃO E AGORA ESTÁ UMA GATA TRAQUINA.

NVSM: Possuem algum espaço

reservado aos cães que recolhem?

ML: O Refúgio funciona em casa de várias pessoas, entre Lousada, Penafiel, Porto e Paços de Ferreira. A Cristina cobre Penafiel e ainda Lousada. A Ana está mais ligada a Paredes, Penafiel e Porto. A Fátima também é de Penafiel.

NVSM: Para isso têm de ter con-

dições em casa para acolher esses

animais.

ML: Eu já fui ao limite, mesmo. E tem de haver limites, senão nem eles têm qualidade de vida. Neste momento tenho em casa 19 cães e 23 gatos. A minha irmã e a minha mãe ajudam-me muito.

NVSM: Quando já esgotaram a

capacidade, mas vos aparece mais um

animal, o que fazem?

ML: Tentamos sempre pôr comida e água na zona onde os animais estão e procuramos arranjar-lhes donos. Foto-grafamos os animais e publicamos no site. A Cláudia, que é de Leça da Palmei-ra, é que trata do site e das divulgações.

NVSM: Que tipo de apoio têm

recebido?

É sobretudo devido aos particulares que conseguimos ajudar os animais. Temos três cães que recentemente re-tirámos do canil e que estão em hotel, graças a padrinhos. Mas precisávamos que as pessoas contribuíssem mais.

Algumas lojas e clínicas veterinárias ajudam-nos com preços especiais e facilidades de pagamento, se bem que não gostem que o divulguemos pois outros clientes não entendem e querem o mesmo tratamento, mas eles têm de compreender.

NVSM: E quando um animal vai

parar ao canil?

ML: Muitas pessoas desconhecem que há capturas de animais na rua. Deixam andar os seus animais de es-timação à vontade e depois eles vão parar ao canil. Outras pensam que se trata duma espécie de hotel para cães. Cansaram-se do cão e então levam-no para o canil municipal, com a cestinha e o ossinho, porque pensam que ele vai lá ficar até morrer naturalmente. Não têm ideia que um canil os abate em oito dias. Ainda por cima os animais

sofrem com saudades dos donos que não o merecem. Alguns ficam agressi-vos, pois já não confiam em ninguém.

Eu passava lá o meu tempo quando devia estar a preparar-me e a fazer os exames, foi por isso que deixei algumas cadeiras para trás. Ver os animais no canil e depois chegar a casa, saber que iam ser abatidos no dia seguinte e não conseguir fazer nada, é traumatizante, dói muito. Por isso tive de me desligar um bocadinho do canil.

NVSM: O que sugere que possa ser

melhorado neste âmbito?

ML: Têm [no canil] de fotografar os

«Há pessoas que pensam que ganhamos dinheiro com isto, porque não acre-ditam em caridade.»

»

ESPAÇO EM CASA DE MARTA LEAL

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12 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

ADVERTÊNCIAS PARA FUTUROS ADOPTANTES

«Às vezes ligam-nos para adoptar um cãozinho bebé e não se importam que seja fêmea se não houver um macho disponível. Mas quando aos seis meses vem a parte do cio, devolvem-na porque já não a querem. A esterilização é aconselhada, no entanto há mil e uma maneiras de evitar ninhadas.»

FACTOR MONETÁRIO

«O preço médio para esterilizar uma gata é de 120 euros. Através da Animais de Rua [Porto] pode candidatar-se o animal que foi encontrado abando-nado para arranjar um padrinho que lhe pague a esterilização. Se não o conseguir, esta associação consegue preços mais em conta.

Quando uma pessoa vai adoptar e vê que não tem possibilidades, em vez de optar pela fêmea devia esperar mais um bocadinho pelo macho.» ML

A DUQUESA, QUE ENTRETANTO FOI ADOPTADA E AGORA SE CHAMA FO-FINHA, FOI ATROPELADA EM PAREDES. SOFREU UMA PERFURAÇÃO DA BEXIGA E PARTIU A BACIA. A CIRURGIA DUROU 7 HORAS! A EUTANÁSIA CHEGOU A SER ACONSELHADA, MAS ELA SOBREVIVEU E ESTÁ FANTÁSTICA.

O GATO RUIVO PRÍNCIPE FOI ENCONTRADO NUM SACO DE SERAPILHEIRA NO LIXO. PERDEU UM OLHO DEVIDO A UMA INFECÇÃO GRAVE. AO FIM DE CINCO ANOS FOI ADOPTADO.

«Os gatos são muito esquisitos com a comida. Apreciam a da Purina, gostam da Friskies e Whiskas, mas rejeitam as outras ra-ções. São capazes de passar o dia com fome ou vomitam tudo no dia seguinte! Os cães comem qualquer coisa. A dr.ª Olga [Leite, do GCI da C. M. Paços de Ferreira] dá-me um grande auxílio, porque pede ração à base do Intermarché. A Anita, das lojas Tico & Teco em Lordelo e I Love My Pet em Paredes, também nos ajuda muito, não só com a comida como com os serviços, a preços especiais.» ML

PODEMOS DAR UMA

AJUDA OFERECENDO:

> MEDICAMENTOS FORA DE VALIDADE (AINDA SERVEM PARA OS ANIMAIS)

> JORNAIS

> AREIA

animais, para lhes dar uma oportunida-de de serem reclamados ou adoptados. Essas fotografias, que são publicadas na página da autarquia na Internet, também devem ser actualizadas.

NVSM: Não será complicado fazer

tudo isso em oito dias?

ML: Não se eles tiverem uma pessoa responsável. Quando há captura, que normalmente é à segunda-feira, foto-grafam logo na carrinha e depois nesse próprio dia colocam no site. Mas, se o consultar, vê que ainda aparecem foto-grafias de cães que já foram abatidos.

NVSM: Para além das adopções

também há o acolhimento.

ML: O problema das famílias de aco-lhimento é que de um momento para o outro dizem que já não o podem ser e não nos dão tempo para arranjar outra solução. Assim também não pode ser.

NVSM: Deve sentir uma satisfação

enorme quando consegue salvar

estes animais...

ML: Compensa todas as tristezas!

«Quando adoptam um animal as pessoas têm de ter consciência de que se trata de um companheiro para a vida. Ele tem de ir ao veterinário periodicamente e pode ficar doente. Não é por fazer chichi onde não devia que o vão logo devolver. Não é um objecto que quando a gente

se farta deita para um caixote do lixo ou quando se vai de férias se abandona no meio da estrada. Depois, quan-do voltam de férias, vão ver se o cão ainda lá está. Se estiver levam-no de volta, caso contrário também não se importam. Há ainda aqueles que adoptam e não percebem nada de animais. Até perguntam se ele bebe água.» ML

EVITE SER UM MAU DONO

»

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Hoje em dia é frequente

integrarmos na nossa família

um animal de estimação. No

entanto um animal não é um

objecto do qual nos podemos

descartar. Consequentemente,

a sua adopção deve ser um acto

de grande responsabilidade e

ponderação.

Em primeiro lugar é importante con-siderar que animal escolher. Há quem prefira os cães. São animais muito leais e extremamente dedicados aos donos. No entanto são mais barulhentos, me-nos independentes e podem tornar-se destrutivos num apartamento se deixa-dos muito tempo sozinhos. Cães gran-des dão mais despesas (de alimentação, de saúde), precisam de mais espaço e, de uma forma geral, vivem menos tem-po. A outra opção comum são os gatos, que são animais mais independentes e suportam melhor estadias em casa sem companhia. Podem no entanto, se não castrados, marcar território em casa ou desaparecer do seu lar por longos períodos de tempo. Os animais exóti-cos (sejam eles répteis, mamíferos ou aves) por seu lado, exigem cuidados de

maneio muito rigorosos e cuidados de saúde especializados para que possam ter boa qualidade de vida. A adopção do animal deve ser sempre uma deci-são tomada por toda a família.

Uma vez escolhido o animal a adop-tar, é sempre importante aconselhar-se com o seu veterinário sobre os cuida-dos de saúde e de alimentação que cada animal necessita. De uma forma sucinta, enumeram-se de seguida al-guns cuidados básicos a ter com o seu animal de estimação.

DESPARASITAÇÃO INTERNA

A desparasitação interna consiste na administração de um comprimido ou de uma pasta desparasitante com o intuito de eliminar parasitas inter-nos (vulgarmente conhecidos como

lombrigas ou ténias). A desparasitação deve iniciar-se a partir dos 15 dias de idade e ser repetida quinzenalmente até aos 3 meses de idade. A partir desta idade deve ser feita mensalmente até aos 6 meses. A partir dos 6 meses, a des-parasitação deve ser feita 3 a 4 vezes por ano. É importante que o despara-sitante utilizado seja um medicamento veterinário e que a dose usada seja adequada ao peso do animal.

DESPARASITAÇÃO EXTERNA

A desparasitação externa consiste na aplicação de produtos (em forma de sprays, pipetas ou coleiras) de forma a eliminar parasitas externos (carraças, pulgas, piolhos, moscas ou mosquitos). Existem vários produtos disponíveis no mercado. É extremamente importante ler as instruções antes da aplicação destes produtos. Há pipetas, sprays ou

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POR JOANA BAPTISTA

MÉDICA VETERINÁRIA

CLÍNICA VETERINÁRIA MATA [email protected]

Cuidados Básicos de Saúdecom o seu Animal de Estimação

E S P E C I A L

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mais tarde (entre os 15 e 24 meses, consoante a raça) e devem ser alimen-tados com ração júnior até mais tarde. Os animais devem ter horários regulares de refeição e a comida não deve ser deixada à disposição (caso o animal não coma a ração em meia hora, esta deve ser retirada e apresentada novamente na próxima refeição). Um cão não deve realizar menos de duas refeições por dia e deve ter sempre água à disposição. Por seu lado, os gatos devem ser alimenta-dos à base de ração seca e húmida. Isto justifica-se pelo facto dos gatos terem tendência a ingerir pouca água. De uma forma geral os gatos controlam melhor a quantidade de comida que ingerem do que os cães. No entanto tem de existir algum controlo de forma a evitar que estes fiquem obesos. Os animais não devem ingerir comida caseira. Esta é mais rica em gordura, açúcares, sal e outros condimentos. Há alguns alimen-tos, inclusive, que são extremamente

A vacinação é um acto médico e tem obriga-toriamente de ser rea-lizada por um médico veterinário.

Uma vez escolhido o animal a adoptar, é sempre impor-tante aconselhar-se com o seu veterinário sobre os cuida-dos de saúde e de alimentação que cada animal necessita.

mesmo. A vacinação contra a raiva é obrigatória no nosso País.

A vacinação de um gatinho pode ser iniciada por volta das oito semanas. O programa vacinal de um gato varia con-soante o animal esteja sempre dentro de casa ou seja um animal que possa contactar com outros gatos.

ALIMENTAÇÃO

Uma boa alimentação é vital para um bom desenvolvimento do seu animal de estimação. Os cães devem ser alimen-tados à base de uma boa ração seca. Inicialmente deve ser disponibilizada ração júnior dividida em várias refeições. Raças grandes atingem a idade adulta

coleiras para aplicação em cães que são extremamente tóxicas para os gatos e que podem provocar a sua morte, quer por aplicação directa quer pelo contac-to com um cão que foi desparasitado. Por outro lado, determinados produtos só podem ser aplicados a partir de determinados pesos ou idades. Antes de aplicar qualquer desparasitante externo é importante aconselhar-se com o seu médico veterinário de forma a escolher a melhor opção para o seu animal e evitar intoxicações.

VACINAÇÃO

A vacinação de um cachorro pode ser iniciada a partir das seis semanas de idade. Para isso os animais já devem estar devidamente desparasitados. O programa vacinal pode variar con-soante a raça do animal (Labradores, Rotweillers ou Cocker Spaniel podem ter programas vacinais mais prolonga-dos) ou consoante o estilo de vida do

»

Telem. 915 408 [email protected]

www.refugiodaspatinhas.orgBRUNA

Porte médio, cerca de 5/6 meses, muito meiga, carente. Tem as orelhas e caudas cortadas (por maldade).

DENNIS

Porte médio/pequeno, cerca de 14/15 meses. Muito meigo, querido e ca-rente. Foi atropelado por isso manca um pouco. É de uma gratidão sem limites.

14 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

PIPOCA

Gatinha tigrada e branca, cerca de 2 anos e meio, sociável com outros animais e com pes-soas. Esterilizada. Resgatada de um caixote do lixo, está de ópti-ma saúde e pronta para adopção.

A

P

ccsum

ADOPTAS-ME?

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tóxicos para os animais, nomeadamente o chocolate, a cebola ou as uvas.

HIGIENE

O banho não está recomendado em animais que ainda não tenham conclu-ído o seu programa vacinal. Quando realizado, deve usar-se champô próprio para cão/gato e deve ter-se o cuidado de retirar bem todos os vestígios de sabão. Após o banho, os ouvidos de-vem ser sempre limpos, com produtos próprios para o efeito. Os animais não devem tomar mais de um banho por

mês sendo que os gatos quase não precisam de banho. No caso dos gatos persas e de cães com crescimento con-tínuo de pêlo (Caniche, Westie...) deve ser realizada uma escovagem diária do pêlo com escova adequada. Os cães com pêlo de crescimento contínuo

devem ser tosquiados idealmente de 4 em 4 meses. Os cães e gatos devem ser escovados mais frequentemente na Primavera e Outono, alturas do ano em que perdem mais pêlo. No caso dos gatos, podem ser administradas pastas que facilitem a eliminação do pêlo ingerido durante a sua higiene.

SAÚDE

Uma boa alimentação, desparasita-ção e vacinação protegem o seu animal de companhia do desenvolvimento de muitas doenças. No entanto, no caso do seu animal ficar doente deverá con-tactar o seu veterinário imediatamente. Nunca deverá administrar medicamen-tos de medicina humana a animais excepto segundo indicação do seu médico veterinário, já que muitos me-dicamentos de uso comum são tóxicos para os animais. O não cumprimento desta regra resulta frequentemente em animais intoxicados pelos próprios do-nos. Um dos exemplos mais frequentes é administração de paracetamol (por exemplo o Benuron™) a gatos. É sempre importante ter em conta que para além das despesas previsíveis (alimentação, vacinação, desparasitação, banhos, alojamento...) podem sempre surgir imprevistos (doenças, acidentes...) que podem desequilibrar o orçamento fami-liar. Aquando da adopção de um animal, é sempre importante ponderar todos estes aspectos e, caso se justifique,

A prevenção é a melhor forma de garantir uma vida longa e saudável ao seu animal. Siga estes con-selhos simples e, em caso de dúvida, contacte o seu Médico Veterinário para mais esclarecimentos.

E S P E C I A L

ponderar a realização de um seguro de saúde que ajude a custear as despesas numa situação de doença.

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N U T R I Ç Ã O

16 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

KiwiO FRUTO ESTRELA

O kiwi (ou quivi, pelo aportuguesamento) é

um dos alimentos mais valiosos para a saúde

humana. Tornou-se tão banal nos nossos dias,

dada a facilidade com que o encontramos em qual-

quer supermercado ou pomar, que muitas vezes nos

esquecemos da sua importância.

A riqueza nutritiva do kiwi provém, em grande parte, das sementes que o constituem e que são ingeridas junta-mente com a polpa. Para além disso, sendo um fruto é naturalmente con-sumido cru, o que permite aproveitar integralmente todos os nutrientes, sem que sejam diminuídos ou destruídos pela cozedura.

BOMBA ANTIOXIDANTE

Este fruto verdinho (ou por vezes amarelo, na variedade dourada) está pois repleto de propriedades nutritivas superiores. É rico em cálcio, magnésio, ferro e especialmente potássio (contri-bui para regular a tensão arterial), que aumentam as defesas do organismo na prevenção de gripes e resfriados. As quantidades razoáveis de fibras solúveis auxiliam na diminuição dos níveis de colesterol no sangue.

Apenas um kiwi tem mais vitamina C do que três laranjas! Ainda por cima possui também uma considerável quantidade de vitamina E, pouca gor-dura e nenhum colesterol. E sabe o que isso significa? Um precioso aliado para manter afastados cancros, doenças car-diovasculares e reforçar o seu sistema imunitário.

O kiwi é uma excelente fonte de vitamina C, vitamina E, potássio e fibras dietéticas. Daí as suas propriedades antioxidantes, efeitos antican-cerígenos, anti-inflamatórios e mesmo levemente laxativos, prevenindo doenças do foro intestinal.

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SABIA QUE UM KIWI:

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17S E T 2 0 1 0 | N V S MHTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

N U T R I Ç Ã O

A sua coloração verde, quando maduro, deve-se à clorofilina, derivada da clorofila, e que é um potente inibidor da Aflotoxina B1, substância cancerígena.

Colhidos já maduros, os kiwis portugueses apresentam características superiores de sabor, sendo mais doces e aromáticos. Tal deve-se não só à sua colheita tardia, como também à conjugação das características de solo e de clima (elevado número de horas de sol), e às técnicas tradicionais

de produção. Contudo, o kiwi constitui apenas 1%

da produção total de frutos frescos do continente. O consumo nacional deste fruto situa-se próximo das 20 mil tone-ladas, o que representa grosso modo o dobro da média da produção nacional.

A mancha privilegiada de produção de kiwi localiza-se na faixa litoral e, so-bretudo, na zona intermédia (concelhos de Amares, Vila Verde, Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Felgueiras e, recentemente, Lousada) da região de Entre Douro e Minho, que contribui com cerca de 80% para a produção nacional.

Existe também uma área importante localizada na zona da Bairrada, na Beira Litoral, a qual corresponde a 18% da pro-dução total. (Fonte: INE)

Esta cultura teve início em Portugal na década de 70. Ponciano Serrano reconhecendo as excelentes condições da região para a produção de kiwis, trouxe de França as plantas com que plantou o seu primeiro pomar. Nos anos 80 verificou-se alguma expansão devido à sua rentabilidade. Em 1992, uma quebra acentuada nos preços pagos ao produtor levou ao abandono de parte dos pomares, fazendo-se sentir uma grande desmotivação nos kiwicultores. Entretanto os preços foram estabilizando e, a partir de 2000, cresceu de novo o in-teresse pela cultura motivado pelas Organizações de Comer-cialização Nacionais e pelo incremento de novas tecnologias de produção, que melhoraram a produtividade e a qualidade. Portugal produz, anualmente, cerca de 12 mil toneladas de kiwis, numa área de mil hectares, com cerca de 300 produ-tores e cinco grandes Organizações de Comercialização. (Fonte: APK)

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COMO COMER UM KIWI

Escolha um fruto maduro, nem muito mole nem muito duro, no ponto. Corte-o a meio com uma faca e coma-o com uma colher, tal como se faz com a papaia ou a meloa. As crianças apreciam muito esta forma de comer o kiwi.

(

O Kiwi em PortugalKIWI DOURADO

»

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N U T R I Ç Ã O

18 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

N U T R I Ç Ã O

UM POUCO DE HISTÓRIA

A planta do kiwi denomina-se Actinidea (nome científico) e é oriunda da China, do vale do Rio Yantzé. Foi Incarville, um padre jesuíta francês, que a trouxe para a Europa, no séc. XVI. Demo-raram alguns séculos até que, a partir de 1970, a sua cultura começasse a ter expressão em França. Normalmente associamos o kiwi à Nova Zelândia, pois foi neste país que a sua produção mais se de-senvolveu, de tal modo que deu nome a uma das aves autóctones (foto ao lado). Isabel Frazer foi a grande responsável por essa associação, quando em 1906 regressou de uma viagem à China com as primeiras sementes de Actinidea a serem lançadas em solo neozelandês. Neste país, em 1924, foi desenvolvida a variedade Hayward (actualmente existem cerca de 70 espécies do género Actinidea) que produz os kiwis que ainda hoje encontramos no mercado. Recentemente a Nova Zelândia foi destronada pela Itália no pódio dos produtores mundiais de kiwis.

O kiwi é habitualmente comido inteiro como sobre-mesa ou ao pequeno-almoço, mas pode também ser consumido em sanduíches, saladas, puré, sobremesas elaboradas e bebidas.

Na página da Internet da APK (Associação Portuguesa de Kiwicultores) encontra receitas deliciosas com kiwis, tais como: Batido de kiwi, Canapés de kiwi, Flute de espumante com kiwi, Pasta de atum com kiwi, Kiwi com presunto, Salada de frango com kiwi e Tira sabores de kiwi com gelado de limão.

SUMO DE KIWI

INGREDIENTES (1 pessoa): > 2 kiwis cortados em fatias > Meio copo de água > 5 cubos de gelos

PREPARAÇÃO:Junte todos os ingredientes no liquidificador e bata. Para mais de 1 pessoa, prepare-o com o dobro dos ingredientes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

HAIGH CHARLOTTE, TOP 100 ALIMENTOS PARA O SISTEMA IMUNITÁRIO, SINAIS DE

FOGO, 2005, PÁG. 26

WWW.APK.COM.PTWWW.GPPAA.MIN-AGRICULTURA.PT

WWW.KIWIFRUTA.HPG.COM.BRHTTP://PT.WIKIPEDIA.ORG

Tão fácil!

KIWI, A AVE-SÍMBOLODA NOVA ZELÂNDIA

COMPOTA DE KIWI

INGREDIENTES:

> 600 g de kiwi> 2 dl de água > 1/2 vagem de baunilha (ou pau de canela ou estrela de anis) > 400 g de açúcar

TEM UNS KIWIS A FICAREM PASSADOS? EXPERIMENTE

FAZER COM ELES ESTA DELICIOSA COMPOTA.

PREPARAÇÃO:

Descasque os kiwis e corte-os em gomos. De seguida, lamine-os, não muito finamente. Leve a água ao lume com a vagem de baunilha aberta e o açúcar. Quando levantar fervura, acrescente os kiwis. Deixe cozinhar. Quando obtiver ponto de estrada é porque está pronto. Se tiver passado o ponto, junte um pouco de água a ferver. Retire e coloque num recipiente esterilizado. Deixe arrefecer e feche muito bem.

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N U T R I Ç Ã O

SOLO

Deve ser profundo, leve, com baixo teor de ar-

gila e bem drenado. Evite solos que ficam encharcados em épocas chuvosas. Solo ideal: arenoso e rico em matéria orgânica.

PREPARAÇÃO DO SOLO

Faça uma subsolagem profunda, para retirar restos de raízes de culturas anteriores e facilitar a infiltração da água. A correcção da acidez e a aduba-ção devem ser feitas de acordo com a análise de solo.

ADUBAÇÃO

O kiwi responde bem à adubação orgânica, que deve ser anual. A aduba-ção de manutenção deve ser realizada anualmente de acordo com a análise de solo.

ESPAÇAMENTO

Cinco metros entre fileiras e quatro entre plantas.

IRRIGAÇÃO

Embora não supor te solos en-charcados, é muito exigente em água, sendo que em plantios comerciais a irrigação é uma prática indispensável.

Por ser uma planta dióica (flores

masculinas e femininas em indiví-

duos diferentes), o kiwi necessita de

polinizadora. (x-fêmeas/o-machos)

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xoxxoxxoxxoxxoxxoxxo

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SISTEMA DE CONDUÇÃO

O kiwi necessita de um sistema de sustentação para o seu cultivo. Deve ter um mínimo de nove plantas, seis a oito femininas e uma masculina plantada no centro, que serve de polinizadora. Os períodos de floração das plantas masculinas e femininas devem ser coin-cidentes para assegurar a fecundação.

PODA E CONDUÇÃO

Conduzir uma haste única recta, sem se enrolar, bifurcando a 15 cm abaixo do arame. Nesta bifurcação dá-se origem aos dois ramos principais, que serão conduzidos sobre o mesmo arame em sentidos opostos. Sobre es-tes saem os ramos laterais, que são os

produtores, os quais serão substituídos anualmente na poda de frutificação.

ARMAZENAGEM

Pode ser armazenado por vários meses em câmaras frigoríficas, obser-vando-se alguns cuidados como:

ponto de colheita;armazenagem em temperatura de 0º;unidade relativa do ar de 92 a 95%;não guardar junto com outras frutas como a maçã.

Após seis meses desde a sua colheita, o kiwi conserva ainda 90 por cento das suas vitaminas.

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20 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

E T I Q U E T A

Quer impressionar e avaliar melhor se o seu par ideal se sabe comportar? Convide-o(a) para um jantar num restaurante chique, ou prepare-o mesmo em sua casa...

A mesa é um espaço infalível para apurar a elegância e nível de educação de uma pessoa. Sabemos

que faz boa figura em qualquer jantar chique, mas mesmo assim relembramos aqui algumas das

regras mais básicas de etiqueta à mesa. O requinte pessoal passa também pela forma como se come.

Boasmaneiras

à mesa

SENTAR

TALHERES

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GUARDANAPOS

DURANTE A REFEIÇÃO

BEBER

______

OUTRAS REGRAS

FormaisSERVIÇO À FRANCESA: É o mais requintado e como tal reservado a ocasiões especiais (bodas e situações protocolares). O empregado deve estar impecável, usando uniforme e luvas. O mesmo começa a servir a senhora sentada à direita do anfitrião (a con-vidada de honra), em seguida todas as senhoras, por último o anfitrião. Deve trazer a bandeja à esquerda do con-vidado, para que ele mesmo se sirva.

21S E T 2 0 1 0 | N V S MHTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

Os lugares à mesa são marcados com porta-cartões.

SERVIÇO À INGLESA: Também é um serviço requintado. O que o dife-rencia do serviço à francesa, é que o convidado não pega nos talheres da bandeja para se servir, sendo o próprio empregado a fazê-lo.

InformaisSERVIÇO À AMERICANA: Neste serviço, o prato vem preparado e deco-

rado da cozinha, sendo apresentado ao convidado directamente, o qual escolhe o que deseja.

SERVIÇO VOLANTE: Este é o prefe-rido quando se recebe grande número de pessoas e é impossível sentá-las à mesa, ou quando se pretende garantir a informalidade do evento. No entanto, é de bom tom providenciar algumas cadeiras ou poltronas para acomodar pessoas idosas e outros convidados que necessitem de se sentar.

TIPOS DE RECEPÇÃO

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O Contexto

Num vilar da comarca de Louzada tem morada a angústia. Passaram duas semanas desde o embarque do Corpo Expedicionário Português para a cam-panha de guerra que afligia a Europa. Nesse dia, o décimo-sétimo de Janeiro de 1917, Dália Maria de Barros Aristides Bacelar conservou na mão, de manhã à noite, o lenço com que acenou ao seu amado, Carlos Afonso Albuquerque de Riba Sousa, quando o comboio abalava da estação de Novelas sob uma linda au-rora. Adormeceu com o lenço encharcado.

Da estação do telégrafo, na Vila de Louzada, arribam às mãos da donzela do Solar das Camélias curtas mas tormento-sas notícias sobre os acontecimentos béli-cos em França. A pior diz que os alemães usam de gases letais contra os Aliados.

Dália, que está noiva de Carlos, ressente-se da ausência deste, não só por amor mas assaz pela razão. Ipso factu, Carlos é um jovem de espírito tenaz, mas de tez franzina e corpo tísico.

Este herdeiro da Casa de Riba Sou-sa terminou o curso de medicina com distinção, em Coimbra, no início do Verão de 1916. Era a primeira de duas aspirações que o apaixonavam.

Desde a Primavera que Carlos e Dália noivaram. O enlace estava arre-gimentado para finais do Verão e o seu anúncio para o início deste. Mas eis que a comunicação não se fez.

Oito dias após a festa da licenciatura, Carlos foi acometido pelo mal pneumó-nico. Hordas de gente eram dizimadas pelo terrífico tifo enzimático. Contra todos os diagnósticos da medicina e prog-nósticos do mau agoiro, Carlos escapou ao cabo de três penosas semanas. Para gáudio geral e mais ainda dos jovens nubentes, iam casar. Finalmente.

Eis que não. Vinda do Ministério da Guerra e do Ultramar uma missiva convocou sine qua non Carlos de Riba Sousa para o tirocínio militar a fim de embarcar para a guerra.

As Suavizantes Camélias

Nem só Dália padece de saudades extremas e dilacerantes. Mais arriba, distando milha e meia do Solar das Camélias, reside o fidalgo senhor de quase todo o lugar. O Visconde de Riba Sousa. Teme pelas debilidades do filho. Depois de ter tentado livrar o jovem por meios vários, incluindo idas infrutíferas à capital, rendeu-se. Não era crível que um monárquico e acérrimo contesta-tário da adesão de Portugal à guerra levasse avante a dispensa do filho. Entre ir ou fugir, Carlos escolheu a honra. O Visconde não resistiu à comoção e su-cumbiu num colapso que lhe retirou a fala e o andar.

Decorria a Primavera de 1916. O es-plendor de Louzada reflecte-se nas flores que brotam nas ravinas e nos prados e despontam nos canteiros e nos jardins.

É no jardim do senhorial Solar das Camélias que Dália, vistosa mas frágil, procura alento e recobro para a sua mágoa. Inebriada pela dócil luz prima-veril, a jovem deambula pelo jardim com o vagar de quem parece quedar-se ali e sempre. Quando chove recolhe-se ao piano, tocando com mestria trechos de Chopin, de Bach e, vezes sem conta, o seu favorito “Für Elise”, de Beethoven, que a abstrai do mundo de forma tal que nada e ninguém a despertam dessa deriva arrebatadora.

Carlos escreve a Dália sempre que está de licença. Dez dias de folga por mês permitem-lhe viajar da Flandres

até à fronteira com Espanha, donde o correio abala para Portugal.

Cada carta é um novo alento, uma dose de fôlego para Dália. O ritual da abertura das primeiras cartas acontece no jardim, o seu recanto balsâmico que suaviza a dor, onde a ansiedade inquieta e sôfrega se rende à paz de espírito que se expande em Dália sob as camélias em flor. As benevolentes notícias de Carlos não condizem com a gravidade propalada pela imprensa. Não ignora nem menospreza, mas não lhe interessa a versão oficial, aceita a mentira de Carlos.

Dália abraça as cartas e os postais como se apertasse nos seus braços o seu amado. Tão amarrotadas ficam folhas e envelope que depois de ler e reler, de beijar e acariciar, alisa lenta e delica-damente o papel… Posto tudo direito e devidamente fechado no envelope, encosta-o ora no seu peito, ora no rosto. Quase em estado de transe, com um ténue sorriso nos lábios, Dália fica-se imóvel, desfrutando do sol numa face e na outra o pedaço do seu noivo feito carta…

A leitura apazigua o seu espírito. Depois do meio-dia o seu porto está na sombra das camélias. Lê jornais. O

“Vida Nova”, da vizinha Senhora Apare-cida, ou o “Jornal de Louzada”, de um grande amigo da família, costumam estar no banco do jardim. Junto destes é usual a companhia das obras de Eça de Queirós e Júlio Dinis. Os românticos li-berais são os seus autores favoritos, cujos romances a levitam para longe. Nem mesmo uns inoportunos e inesperados pingos de chuva a despertam facilmente do encantamento que nela provocava a enésima leitura d’ “Os Maias”.

Certa ocasião, lendo debaixo da cen-tenária camélia branca, os pingantes transformaram-se numa copiosa chuva.

Autor:José Carlos Carvalheiras

E S C R I T A

SOCIÓ[email protected]

Sombras no Jardim do meu Sossego

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ali não o encontrava e sem ele não vivia.Vestida de noiva dirige-se à capela

da casa, rogando clemência à Nossa Se-nhora da Boa Viagem, para lhe perdoar o último acto.

Minutos depois Dália é encontrada afogada no lago fronteiro à casa. A aia de Dália foi quem deu com o corpo géli-do, quando a sua atenção foi chamada para um bando de pombas brancas pousado nas bordas do lago. Ainda não se abeirava do sítio e já o bando levan-tara num voo.

Formando um círculo quase perfeito o bando branco ergueu-se em direcção ao firmamento. Nunca antes foram vistas aquelas pombas na propriedade, nem jamais a criada as vislumbrou.

Até falecer, aos 92 anos de idade, Adelaide relatou com uma notável luci-dez o sofrido e apaixonado fadário da noiva-viúva, aos turistas do Solar das Camélias. Fim

A criada Adelaide bradou da janela: “Ó menina, está a chover!” Dália levantou a dócil face, constatando que se molhava abundantemente. Um único gesto rápido ela tomou; recolheu no regaço o volume queirosiano superiormente encadernado pela Lello & Irmão, do Porto, e que Carlos lhe oferecera no Natal. Posto isso, lentamente, com um sorriso de quem se sente apanhada pela tempestade mas feliz por nem isso lhe retirar o prazer inebriante daquela leitura. E andando se dirigiu para a casa, de nada valendo a insistência de Adelaide, que não parava de gritar “Corra, menina!”.

Do Presságio à Consumação

Com o final da Primavera chegou um tórrido Verão. A angústia do silêncio fei-to da falta de cartas de Carlos instalou-se assustadoramente. Por quatro semanas a fio nem cartas nem notícias telegrafadas. Nada dizia como estava a guerra no front, como se não houvesse guerra.

Numa escaldante tarde apaziguada pela sombra das camélias, Dália pers-crutou ao longe um ruído de automóveis. Uma raridade ali. Num raio de muitas milhas só o Visconde tinha tal engenho. O som aproxima-se numa cadência constante. O seu coração batia acele-radamente. Num ápice abeirou-se do portão indagando.

Eram dois veículos. O da frente cla-ramente militar e o de trás era estranho. Estancaram adiante no largo fronteiro ao Solar de Riba Sousa. Então era nítido que o segundo veículo era da Cruz Vermelha.

Quatro oficiais do exército apearam-se do primeiro carro e dirigiram-se para as traseiras da ambulância.

Dália correu desenfreadamente pelo caminho de terra batida que ligava à casa dos Bacelares. Durante a correria gritou o nome que desde 17 de Janeiro não mais pronunciara.

O Tenente Carlos de Riba Sousa falecera em combate. A notícia, há muito temida e agora irreversível, caiu nos corações daquele lugar e das terras circundantes com estrondo. A dor estri-dente de Dália propagou-se em eco pelas vinhas e pinhais, prados e carvalhais.

Ao cabo de dias de um choro lan-cinante, fez-se um silêncio sepulcral. Dália Bacelar fechou-se em si. “Uma certa demência, certamente”, alvitrava o médico, Dr. Rodrigo de Vasconcelos,

“ou talvez um encerramento da fé”, su-geria o pároco Reverendo Manuel Assis.

Após as exéquias, Dália eclipsou-se. Confinada ao seu quarto, só Adelaide, a aia, lá entrava. Parecia optar por desis-tir, para sempre se enclausurando. Mas eis que, quando a quiseram internar em Travanca, insurgiu-se e rebelou-se na sua rebeldia que não se lhe via desde a adolescência. Parecia ter sido o tónico que faltava para fazer a jovem despertar da dormência a que se votara. De facto, desde a extinção de Carlos de Riba Sousa que nenhuma palavra lhe era ouvida.

Debalde tais esperanças da família e da crente Adelaide, a donzela prosseguiu refugiando-se em si mesma. E assim foi definhando, até uma gélida manhã primaveril.

Morrer de Amor

A noiva-viúva da Casa dos Bacelares extinguiu-se a si mesma, na ânsia de ir ter com o seu amado noutras paragens, que N

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24 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

P E R S O N A L I D A D E

No próximo dia 1 de Novembro comemora-se o 80.º aniversário

da primeira ligação aérea entre Portugal e a Índia realizada por

Francisco Sarmento Pimentel. Homem de causas desempenhou,

também, papel relevante no derrube da Monarquia do Norte e

foi opositor do Estado Novo. Escrever sobre esta personalidade

é recordar as primeiras décadas do século XX português caracte-

rizadas pelo impasse político, a instauração do Estado Novo e o

aventurismo lusitano nos céus, após séculos de aventuras no mar.

Francisco Ferreira Sarmento de Moraes Pimentel nasceu na Casa da Torre, fregue-sia de Rande, concelho de Felgueiras, a 7 de Maio de 1895. Era filho de Leopol-do Ferreira Sarmento Pimentel de Lacerda e de Maria Margarida Vei-ga Vaía de Sequeira de Souza Athaíde Rebelo Pavão. Até aos dez anos de idade viveu e estudou na sua terra-natal. Con-tinuou os seus estudos no Colégio de Lamego, seguindo-se a Escola Académica do Porto, a Faculdade de Ciências do Porto, indo estudar no 2.º ano do curso pre-paratório de engenharia para Coimbra. Quando frequentava o 3.º ano foi chamado para cumprir o serviço militar, em Tancos, numa divisão preparada para combater na Primeira Guerra Mundial. Por esta altura, decide concorrer à Escola do Exército. Em 1917 e já com a patente de Alferes, “Fran-cisco da Torre” foi mobilizado para França.

No entanto, a 5 de Dezembro de 1917, dá-se o golpe de estado encabeçado pelo major Sidónio Pais, assumindo o poder através da destituição do Presidente da República Bernardino Machado. Como um dos objectivos do Sidonisno era a re-tirada progressiva de Portugal da grande guerra, o jovem felgueirense, acaba por não partir para França.

POR JOAQUIM COSTA

TÉCNICO SUPERIOR – HISTÓRIA (*)

[email protected]

Acontece que, a 14 de Dezembro de 1918, Sidónio Pais é abatido a tiro, voltan-do o país ao sistema parlamentarista com Canto e Castro. Mas, Portugal continuava

politicamente dividido pairando a sensação de se poder mergulhar numa guerra civil.

Uma das tentativas de resolução deste im-passe foi preconizada a 19 de Janeiro de 1919, quando a Junta do Nor-te proclamou, no Porto, a restauração da Mo-narquia, anunciando a constituição de uma Junta Governativa do Reino, presidida por Pai-va Couceiro. Apesar de parte significativa das

populações nortenhas serem fiéis ao ideal monárquico, o facto é que a Junta Governativa não dispunha de grandes efectivos militares, nem de meios fi-nanceiros para subsistir a uma ofensiva republicana. Não foi assim de estranhar, que pouco mais de um mês após a procla-mação monárquica estava a preparar-se uma contra-revolução que, segundo o historiador Joaquim Veríssimo Serrão, foi seu mentor o capitão João Sarmento Pimentel, irmão de Francisco Sarmento Pimentel. Teria sido neste contexto, que este último colaborou para o derrube da Monarquia do Norte quando comandou uma companhia da Guarda Nacional

Republicana que, na manhã de 13 de Fevereiro, derrotou a polícia política de Sollari Allegro, então Ministro do Reino.

Após este episódio que lhe valeu o reconhecimento nacional, Francisco Sarmento Pimentel opta por pedir licença por tempo ilimitado, para se dedicar às propriedades que a sua família possuía nos arredores de Mirandela. Passados cinco anos é convidado pelo Governador de Bragança para a função de Administra-dor do Concelho de Mirandela. Exerceu o cargo até meados de 1927, demitindo-se após a tentativa frustrada de golpe militar de 3 de Fevereiro desse ano, no qual o seu irmão João Sarmento Pimentel foi figura proeminente, contra a ditadura instau-rada aquando do 28 de Maio de 1926.

Com a entrada no Estado Novo, Francisco Sarmento Pimentel concorre para a aviação onde, uma vez obtido o brevet, foi incorporado na Esquadrilha “República”, com sede na Amadora. Foi a partir daqui que floresce a ideia de fazer uma ligação aérea ainda não realizada, na esteira de Albert Read que, em 1919, con-cretizou a primeira travessia do Atlântico Norte e dos portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral que, em 1922, fazem a travessia do Atlântico Sul, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro.

Para a concretização desta aventura, Francisco Sarmento Pimentel comprou, em Londres, por mil libras, um monopla-no Puss Moth – De Havilland DH 80, 120 CV, de cabine fechada, com dois lugares para tripulantes. De seguida, convidou o capitão Manuel Moreira Cardoso, da freguesia de Pegarinhos, concelho de Alijó, para seu navegador. O avião foi baptizado de “Marão”, por simbologia aos laços regionais dos aviadores, em que a serra do Marão dividia Felgueiras e Alijó.

De mencionar que este foi um pro-jecto particular, financiado pelo aviador

(*) TÉCNICO SUPERIOR NA ROTA DO ROMÂNICO DO VALE DO SOUSA.LICENCIADO EM HISTÓRIA, MESTRE EM CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO.

Um herói da liberdade e da aviação em Portugal

Grandes vultosda Região

Francisco Sarmento Pimentel

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BIBLIOGRAFIA

felgueirense e seus familiares, sem custos para o estado português. Aliás, no dia da partida, Francisco Sarmento Pimentel afirma isso mesmo ao Diário de Lisboa quando refere que “As despesas fizémo-las todas, e o que falta ainda gastar será pago da nossa algibeira”.

A partida deu-se a 1 de Novembro de 1930, às 7h28m, do aeródromo da Ama-dora. No entanto, a viagem não correu como inicialmente estabelecido, tendo demorado mais do que previsto em consequência duma escala prolongada de sete dias em Gaza, devido a problemas técnicos. Chegaram a Goa no dia 19 de Novembro, pelas 13h53m, aterrando no

campo de aviação de Mormugão, onde tiveram um entusiástico acolhimento, sendo mesmo recebidos no Palácio do Governo pelo Governador-geral – Ge-neral Craveiro Lopes – que lhes deu as boas-vindas, enaltecendo o seu feito.

A notícia correu mundo e os dois avia-dores receberam várias condecorações e homenagens: foram agraciados pelo governo português, em 1931, com a Or-dem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e receberam o Troféu da Liga Internacional dos Aviadores. De mencionar, a homenagem em Felgueiras, a 30 de Janeiro de 1931: após recepção nos Paços do Concelho, o evento prosse-

guiu com a inauguração da Rua Francisco Sarmento Pimentel, sessão solene no Teatro Fonseca Moreira, terminando num jantar com as forças vivas do concelho.

A vida deste destemido felgueirense fica, ainda, marcada pela sua oposição ao regime salazarista. Esteve, em 1935, preso quatro meses num forte na zona de Lisboa e mais sete meses no Forte de São João Baptista, na Ilha Terceira, Açores. Informa-do que se quisesse sair em liberdade teria de escolher um outro país para residir, Francisco Sarmento Pimentel escolhe o Brasil, partindo de imediato para o exílio.

Desde a saída forçada do país até à data do seu falecimento, só por três bre-ves ocasiões se deslocou a Portugal, nos anos de 1974, 1979 e, por fim, no ano de

1985. De salientar, que das suas duas pri-meiras deslocações foi, respectivamente, promovido a Coronel e condecorado com a Ordem da Liberdade.

No dia 2 de Agosto de 1988, com 93 anos, falecia em São Paulo, um dos heróis da Primeira República, da aviação e da liberdade em Portugal.

DIÁRIO DE LISBOA. ANO 10, N.º 2934, DE 1 DE NOVEMBRO DE 1930, P.5.DIÁRIO DE LISBOA. ANO 10, N.º 2949, DE 19 DE NOVEMBRO DE 1930, P.8.O JORNAL DE FELGUEIRAS. ANO 19, N.º 974, DE 29 DE NOVEMBRO DE 1930, P.3.O JORNAL DE FELGUEIRAS. ANO 19, N.º 984, DE 7 DE FEVEREIRO DE 1931, P.1,2.O JORNAL DE FELGUEIRAS. ANO 71, N.º 4111, DE 11 DE OUTUBRO DE 1985, P.1,2,17.

PINTO, ARMANDO – MEMORIAL HISTÓRICO DE RANDE E ALFOZES DE FELGUEIRAS. FELGUEIRAS: SEMANÁRIO DE FELGUEIRAS, 1997, P.290-327.SARAIVA, JOSÉ HERMANO (COORD.) – HISTÓRIA DE PORTUGAL. LIS-BOA: PUBLICAÇÕES ALFA, 1988. VOL. 3, P.517-533.SERRÃO, JOAQUIM VERÍSSIMO – HISTÓRIA DE PORTUGAL. LISBOA: EDITORIAL VERBO, 1989. VOL. XI, P.223-226.TEIXEIRA, C. QUINTELA – FINITOS INFINITOS DA FELGERIAS RUBE-AS. FELGUEIRAS, C.Q.T., 1994, P. 85-87.

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LEGENDA DO TRAJECTO

1 DE NOV.: AMADORA (PORTUGAL) – SEVILHA (ESPANHA)2 DE NOV.: SEVILHA – ORAN (ARGÉLIA)3 DE NOV.: ORAN – TUNIS (TUNÍSIA)4 DE NOV.: TUNIS – TRIPOLI (LÍBIA)5 DE NOV.: TRIPOLI – BANGHASI (LÍBIA)6 DE NOV.: BANGHASI – ABOUKIR (EGIPTO)

7 DE NOV.: ABOUKIR – GAZA (FAIXA DE GAZA)14 DE NOV.: GAZA – BAGDAD (IRAQUE)15 DE NOV.: BAGDAD – BUSHIRE (IRÃO)16 DE NOV.: BUSHIRE – YASK (IRÃO)17 DE NOV.: YASK – KARACHI (PAQUISTÃO)18 DE NOV.: KARACHI – DIU (ÍNDIA)19 NOV.: DIU – GOA (ÍNDIA)

SEVILHA

ORAN TUNIS TRIPOLI

BANGHASIABOUKIR

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BUSHIREYASK

CHEGADA: GOA

DIUKARACHI

PARTIDA:AMADORA

ITINERÁRIO DA HISTÓRICA LIGAÇÃO AÉREA ENTRE PORTUGAL E A ÍNDIA

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P A T R I M Ó N I O

Nome: Igreja de São Pedro de AbragãoTipologia: Igreja/Mosteiro Classificação: Monumento Nacional desde 1977 Estilo: Românico nacionalizadoFesta do Padroeiro: São Pedro de Abragão – 29 de JunhoHorário do Culto: Sábado às 16h (Inv.), 18h (Ver.); Domingo às 7 e 11hHorário da Visita: Por marcação – 255 810 706; Preço da Entrada: GratuitoLocalização: Freguesia de Abragão, concelho de PenafielCoordenadas Geográficas: Lat: 41° 9' 26.601" N – Longitude: 8° 13' 20.889" O

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27S E T 2 0 1 0 | N V S MHTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

Igreja de São Pedro de AbragãoMonumento da arquitectura re-

ligiosa, românica e barroca, a Igreja

de São Pedro de Abragão surge docu-

mentada desde 1105, embora tenha

sido totalmente remodelada no sé-

culo XIII, por iniciativa de D. Mafalda,

filha do rei D. Sancho I, O Povoador,

de acordo com a tradição.

Quer a fachada principal, quer a nave, correspondem a uma reedifi-cação da segunda metade do século XVII. Em 1820, foi-lhe acrescentada uma torre sineira. A cabeceira e o respectivo arco cruzeiro constituem os únicos elementos românicos que restam da construção original.

Fonte:

www.rotadoromanico.com

PINTURA POLICROMADA DE INFLUÊNCIA BARROCA

O MODO DE ESCULPIR OS CAPITÉIS CARAC-

TERIZA A ESCULTURA ROMÂNICA. NESTA IGREJA, UM DELES APRESENTA ATLANTES NA ARESTA QUE SE APOIAM EM FOLHAS. OUTRO, AVES ENTRELAÇADAS PELO PESCOÇO.

ROSÁCEA EM FORMA DE ESTRELA DE CIN-CO PONTAS, OSTEN-TANDO DECORAÇÃO EXECUTADA A BISEL.

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CÂMARAS MUNICIPAISFelgueirasTel.: 255318000 [email protected].: 255820500 [email protected]ços de FerreiraTel.: 255860700 [email protected] Tel.: 255788800 [email protected].: 255710700 [email protected]

SEGURANÇA SOCIALFelgueirasTel.: 255310510LousadaTel.: 255810330 Paços de Ferreira Tel.: 255862231 ParedesTel.: 255785885 PenafielTel.: 255718980

CENTROS DE EMPREGO FelgueirasTel.: 255314010 [email protected].: 255710780 [email protected]

ENSINO SUPERIOR CESPU

Tel.: 224157100 [email protected] Escola Sup. de Tecnologia

e Gestão de Felgueiras Tel.: 255314167 [email protected] – Instituto Superior

de Ciências Educativas

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C O N T A C T O S Ú T E I STel.: 255312419 PROFISOUSA – Paços de

Ferreira

Tel.: 255964143

SAÚDEN.º Nacional de Socorro: 112Saúde 24: 808242424Intoxicações: 808250143Hospital Padre AméricoTel.: 255714000Hospital Agostinho RibeiroTel.: 255310820Felgueiras Centro de Saúde Tel.: 255310920 Linha Azul: 255312984 Extensões de Saúde

Barrosas Tel.: 255330149 Jugueiros Tel.: 255346058 Lixa Tel.: 255491858 Longra Tel.: 255341960 Marco de Simães Tel.: 255491864 Regilde Tel.: 253481994S. Jorge de VárzeaTel.: 255312983 Serrinha Tel.: 255491601LousadaCentro de SaúdeTel.: 255912228 Linha Azul: 255811122 Extensões de Saúde

MeinedoTel.: 255829343 Caíde Tel.: 255820120 LustosaTel.: 253584330Paços de Ferreira Centro de Saúde Tel.: 255962506 Linha Azul: 255861133 Extensões de Saúde

Freamunde Tel.: 255880500 ParedesU.C.S.P. de ParedesTel.: 255782318/9U.S.F. Terras de SouzaTel.: 255780640U.S.F. BaltarTel.: 224151669

U.S.F. Nova Era Tel.: 224331525U.C.S.P. de Rebordosa Tel.: 224119640U.S.F. Tempo de Cuidar Tel.: 224157630U.S.F. Lordelo Tel.: 224442720U.C.S.P. de Cristelo Tel.: 255782454PenafielUAG/U.C.S.P. PenafielTel.: 255718530U.S.F. 3 RiosTel.: 255728320U.S.F.S. MartinhoTel.: 255712328U.S.F. São VicenteTel.: 255615536U.C.S.P. de RecesinhosTel.: 255730580U.C.S.P. de AbragãoTel.: 255942170U.C.S.P. de Peroselo Tel.: 255942241 U.C.S.P. de Galegos Tel.: 255729040U.C.S.P. de Paço Sousa Tel.: 255750220U.C.S.P de Rio MauTel.: 255677136U.C.S.P. de Rio MoinhosTel.: 255617010

CLÍNICAS Clínica de S.to António

Eiriz, PF Tel.: 255862480Lordelo, PRD Tel.: 224442745

FARMÁCIASFelgueiras Farmácia Coelho Costa

Tel.: 255330330Farmácia Estela

Tel.: 255924572Farmácia Helena Freitas

Tel.: 255341002Farmácia J. Reis

Tel.: 255922640Farmácia Rodrigues

Tel.: 255331530Farmácia Sampaio

Tel.: 255924 600Farmácia Reis Jugueiros

Tel.: 255313179Farmácia Mendes

Tel.: 253588699Farmácia Lima

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Farmácia Teixeira

Tel.: 255483137Farmácia Morais

Tel.: 255483359Lousada Farmácia Fonseca

Tel.: 255912141Farmácia Ribeiro

Tel.: 255912231Farmácia Aveleda

Tel.: 255822367Farmácia Silva Rocha

Tel.: 255911588Farmácia Silva Marques

Tel.: 253580510Farmácia Lopes Caçola

Tel.: 255811662Farmácia Amândio

Tel.: 255812680Farmácia Sousa e Silva

Tel.: 255821350Paços de Ferreira Farmácia Antero Chaves Tel.: 255865004Farmácia Moderna

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Tel.: 255965180Farmácia Modelos

Tel.: 255861310 Farmácia Penamaior

Tel.: 255864504Farmácia Frazão

Tel.: 255892079Paredes Farmácia Central da

Sobreira

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Farmácia Nogueira

Tel.: 224442105 Farmácia Ruão

Tel.: 255785572 Farmácia Sr.ª da Guia

Tel.: 224159794 Farmácia Sr.ª do Vale

Tel.: 255755031 Farmácia Vasconcelos

Tel.: 224151610 Farmácia Vitória

Tel.: 255782024 Penafiel Farmácia Castro

Tel.: 255942272Farmácia Cruz Raimundo

Tel.: 255726350Farmácia Regina

Tel.: 255614231Farmácia Guilhufe

Tel.: 255725031Farmácia Barbosa

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Tel.: 255213131Farmácia Miranda

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Tel.: 255212425Farmácia do Sameiro

Tel.: 255713071 Farmácia Stª Casa da Miser.

Tel:. 25524133

PROTECÇÃO CIVILN.º Nacional: 214247100SOS Incêndios: 117Felgueiras Bombeiros Voluntários

FelgueirasTel.: 255926666/255922221 LixaTel.: 255491115/255491957Cruz Vermelha

Tel.: 255313130Polícia Municipal

Tel.: 255318100/106 Guarda Nac. Republicana

Tel.: 255312732

Lixa Tel.: 255490180Lousada Protecção Civil

Tel.: 255820540/255820500 Bombeiros Voluntários

Tel.: 255912119/255912019Cruz Vermelha

Tel.: 255811357Guarda Nac. Republicana

Tel.: 255810470Paços de FerreiraBombeiros Voluntários

Tel.: 255965339FreamundeTel.: 255879115Polícia Municipal

Tel.: 255865598Guarda Nac. Republicana

Freamunde Tel.: 255878320Paredes Bombeiros Voluntários

Tel.: 255788780BaltarTel.: 224153434 Cête Tel.: 255752222Lordelo Tel.: 224447770/224442387  RebordosaTel.: 224157440Cruz Vermelha

Sobreira Tel.: 224332334 Vilela  Tel.: 255872115 Guarda Nac. Republicana

Tel.: 255782644Lordelo Tel.: 224441838Penafiel Bombeiros Voluntários Tel.: 255212122 Entre-os-RiosTel.: 255613393Paço de SousaTel.: 255752228Cruz Vermelha

Tel.: 255213757Polícia Municipal

Tel.: 255712697Guarda Nac. Republicana

Tel.: 255710950Abragão – Paço SousaTel.: 255752132

SERVIÇOS DE FINANÇASFelgueiras

Posto 1 Tel.: 255311981 Posto 2 Tel.: 255482230 LousadaTel.: 255912888 Paços de FerreiraTel.: 255962319 ParedesTel.: 255788630 PenafielTel.: 255718730

TRIBUNAIS JUDICIAISFelgueirasTel.: 255318300 LousadaTel.: 255810270 Paços de FerreiraTel.: 255868900 ParedesTel.: 255788470 PenafielTel.: 255714900 Tribunal do TrabalhoTel.: 255718760 Tribunal Administr. e Fiscal Tel.: 255718060

CARTÓRIOS NOTARIAISFelgueirasTel.: 255310890

Lousada Tel.: 255822145 ParedesTel.: 255785560 Paços de FerreiraTel.: 255962513 PenafielTel.: 255729660

POSTOS DE TURISMO FelgueirasTel.: 255925328 [email protected] LousadaTel.: [email protected] Paços de FerreiraTel.: 255868890 [email protected].: [email protected].: 255712561 [email protected] Termas de S. Vicente Tel.: 255612344Entre-os-RiosTel.: 255614427

CANTINHO INFANTIL

O animal de estimação da Inês é a Mini, uma cadelinha Yorkshire que há pouco foi à tosquia.

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30 N V S M | S E T 2 0 1 0 HTTP://NATIVAMAGAZINE.WORDPRESS.COM

8, Setembro:Dia Internacional da Alfabetização21, Setembro:Dia Int. da Paz22, Setembro:Dia Europeu semCarros

26, Setembro:

Dia Nacional

do Farmacêutico

Dia Europeu das

Línguas

30, Setembro:

Dia Mundial

do Coração

A G E N D A ENVIE AS SUAS SUGESTÕES PARA: [email protected]

CARNEIRO: MAIS VALE UMA AMIZADE SINCE-

RA DO QUE UM AMOR FINGIDO.

TOURO: MAIS VALE UMA CABEÇA BEM FEITA

DO QUE UMA CABEÇA BEM CHEIA.

GÉMEOS: MAIS VALE UMA ESCULHAMBAÇÃO

ORGANIZADA DO QUE UMA ORGANIZAÇÃO

ESCULHAMBADA.

CARANGUEJO: MAIS VALE TER UMA PAZ DES-

VANTAJOSA DO QUE UMA GUERRA LEGÍTIMA.

LEÃO: MAIS VALE UMA ILEGALIDADE JUSTA

DO QUE UMA LEGALIDADE INJUSTA.

VIRGEM: MAIS VALE ACENDER UMA VELA PE-

QUENINA DO QUE LAMENTAR A ESCURIDÃO.

BALANÇA: MAIS VALE UMA PÁLIDA TINTA DO

QUE UMA BOA MEMÓRIA.

ESCORPIÃO: MAIS VALE UMA ROLIÇA SOR-

RIDENTE DO QUE UMA ANORÉCTICA CAR-

RANCUDA.

SAGITÁRIO: MAIS VALE UMA MATRACA FE-

CHADA DO QUE DUAS COMENDO MOSCA.

CAPRICÓRNIO: MAIS VALE UMA BÊBADA CO-

NHECIDA DO QUE UMA ALCOÓLICA ANÓNIMA.

AQUÁRIO: MAIS VALE SER RABO DE PESCADA

QUE CABEÇA DE SARDINHA.

PEIXES: MAIS VALE UM INIMIGO SÁBIO QUE

UM AMIGO IGNORANTE.

Provérbios & Astrologia

recebido pela Corte, no regres-so da sua viagem à Índia.

Dia 20 (1276): O português Pedro Julião (ou Pedro Hispano), o Papa João XXI, é entronizado em

VALE DO SOUSA SETEMBRO 2010

SABEDORIA POPULAR PARA MEDITAR...

EFEMÉRIDES DE SETEMBRO

Dia 12 (1383): D. Fernando cria, na dependência dos municípios, o Corpo de Quadrilheiros, considerado a primeira organização policial em Portugal.

Dia 18 (1499): Vasco da Gama entra solenemente em Lisboa, onde é

Viterbo na Catedral de São Lourenço.

Dia 28 (1878): É uti-lizada, pela primeira vez, em Cascais, a iluminação pública.

ESTE ANO, O DIA MUNDIAL DO MAR CELEBRA-SE A 23 DE SETEMBRO. ESTA É UMA DATA MUITO ESPECIAL PARA UM PAÍS DE ILUSTRES NAVEGADO-RES COMO O NOSSO.

L E

ALL

27 DE SETEMBRODIA MUNDIAL DO TURISMO

Festa do Caldo de

Quintandona

Dias 17, 18 e 19 de

Setembro, compareça nes-

te evento inusitado que

combina música e artes

perfomativas, em Penafiel.

2, SETEMBROA INTERNET

FAZ 41 ANOS

Setembro é um mês sempre a abrir em Paços de Ferreira. O Monte do Pilar recebe o fim-de-semana radical nos dias 18 e 19, com Carrinhos de Rolamentos, Slide, Paint Ball, Rapel e BTT. No dia 24, pelas 22h, assista ao Concerto Festival ExperimentArte, no Parque de Exposições.

SETEMBRO SEMPRE A ABRIR

16 DE SETEMBRO:

DIA INTERNACIONALDA PRESERVAÇÃODA CAMADA DE OZONO

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SODUKU

SOLUÇÃO DO PASSATEMPO DA REVISTA ANTERIOR

Encontre as palavras da lista no emaranhado de letras

OS ESQUILOS SÃO ROEDORES DA FAMÍLIA SCIURIDAE.

Possuem uma dentição fortíssima com que roem sementes com facilidade. As sementes são a sua principal fonte de alimentação, mas também consomem insectos e frutas. ������������ ��������� ���������� ��������� �������������� �� �������������

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O ESQUILO DO DESENHO É PARA COLORIRES!

Nos princípios do séc. XIX,

viajou da Irlanda para a vizinha

Inglaterra, mais em concreto

para Londres, um irlandês iras-

cível e sempre mal-humorado,

chamado Patrick Hooligan.

Por onde andava, Patrick Hooligan semeava a discórdia e resolvia todos os seus problemas com agressões e arruaças. Era um provocador e foi preso por diversas vezes.

Ainda hoje em dia, temos memórias de pessoas como esta, pois ficou-nos de herança o “Hooliganism” ou como o Dicio-nário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa o define, o “holiganismo” praticado por “holíganes”, ou seja as “pessoas pertencentes a um grupo desordeiro que comete actos de violência em locais públicos, sobretudo em encontros desportivos”.

-

o,

ooligan

Patrick, o primeiroHooligan erairlandês

O Outono tem início no dia 22 de Setembro e termi-

na no dia 21 de Dezembro. Com a chegada desta estação,

os dias tornam-se mais curtos e frescos, o vento começa

a soprar e as pessoas voltam a agasalhar-se.

Alguns animais partem para terras mais quentes, como as andorinhas e os patos. Outros, como o esquilo, o urso e as formigas, começam a guardar, nas suas tocas, alimentos para o Inverno.

As uvas estão boas para ser colhidas, os frutos secos como as nozes, as avelãs e as castanhas amadurecem nos bosques. As folhas das árvores mudam de cor para vermelho, dourado e castanho, até que por fim começam a cair.

SABER MAIS SOBRE OS ESQUILOS

A ESTAÇÃO BUCÓLICA:

ALEM: EICHHÖRNCHEN; ESP: ARDILLA; FR: ÉCUREUIL; ING: SQUIRREL

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