especializaÇÃo em contratos cogeae - puc/sp prof. dr. marcus elidius michelli de almeida
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ESPECIALIZAÇÃO EM ESPECIALIZAÇÃO EM CONTRATOSCONTRATOSCOGEAE - PUC/SPCOGEAE - PUC/SPProf. Dr. Marcus Elidius Michelli de Almeida
HISTÓRICOHISTÓRICO
Atos de consórcio para a consecução de empreendimentos que ultrapassam a capacidade
empresarial de cada sociedade envolvida.
Projeto de Lei das S/A de 1976, posteriormente transformado na Lei das S/As, estabeleceu
esse contrato em seus artigos 278 e 279 (originalmente nos artigos 279 e 280).
NATUREZANATUREZA
Típico De colaboração Impõe registro perante o
órgão de empresas mercantis
Sem personalidade jurídica.
REQUISITOS REQUISITOS CONTRATO DE CONSÓRCIOCONTRATO DE CONSÓRCIO
1. DAS PARTES CONTRATANTES
As Companhias e quaisquer outras sociedades podem constituir contrato de consórcio para executar determinado empreendimento.
2. DA AUTORIZAÇÃO PARA CONTRATAR (art. 279, caput)
Autorização a ser dada pelo órgão da sociedade competente para autorizar a alienação de bens do ativo permanente.
• S/A Conselho de Administração (art. 142, VIII – quando o Estatuto permitir) ou da própria Assembléia Geral.
• Demais tipos societários regra imposta a cada uma.
REQUISITOS REQUISITOS CONTRATO DE CONSÓRCIOCONTRATO DE CONSÓRCIO
3. DO REGISTRO DO CONTRATO (art. 279, par. ún.)
Registro do Comércio do lugar da sua sede, devendo a certidão ser publicada (alterações contratuais inclusive).
Mesmo quando tratar de consórcio entre empresas – sociedades simples – o registro deverá ser feito na Junta art. 278 estabelece a companhia e outras sociedades.
Lei nº 6.404/76: índole comercial, mas para o caso de contrato de consórcio é lei GERAL sobre a matéria.
REQUISITOS REQUISITOS CONTRATO DE CONSÓRCIOCONTRATO DE CONSÓRCIO
NOÇÕES GERAISNOÇÕES GERAIS
Conceito: contrato de consórcio é uma comunhão de interesses e de atividades que atente a um objetivo comum.
Objetivo: agregar meios para a consecução de um fim próprio (consórcio operacional) ou para habilitar as consorciadas com a soma de seus recursos e aptidões – a contratarem com terceiros serviços e obras (consórcio instrumental).
O consórcio decorre de um contrato plurilateral firmado entre duas ou mais sociedades com atividades afins e complementares, visando agregar meios capazes de levá-las a desenvolver atividades, pesquisas (consórcio operacional), ou capacitá- las a contratar com terceiros a execução de determinados serviços, obras, ou concessões (consórcio instrumental).
CONSÓRCIO CONSÓRCIO OPERACIONALOPERACIONAL
Quando o objetivo da congregação das sociedades visar o exercício de específica atividade empresarial, que será desenvolvida no âmbito das sociedades consorciadas.
CONSÓRCIO CONSÓRCIO INSTRUMENTALINSTRUMENTAL
Quando o objetivo da congregação das sociedades for contratar, com terceiros, obras (públicas ou privadas), serviços e concessões.
Em regra: licitações e, após vencê-la, para contratar a obra.
Objetivo: convolar-se em uma nova sociedade com propósito específico (SPE), que contratará os serviços ou obras com terceiros.
Extinção: constituição da nova sociedade (SPE) ou, não sendo vencedor
da Licitação, por perda da finalidade.
ABUSO DO PODER ABUSO DO PODER ECONÔMICOECONÔMICO
Leis nº 8.884/94 e 9.021/95Leis nº 8.884/94 e 9.021/95Lei nº 8.884/94: enquadra o consórcio de cartelização na ampla conceituação contida em seu art. 15, sendo que o art. 54 determina submissão ao CADE.
Art. 54: devem ser submetidos ao CADE os consórcios que possam limitar ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência, ou resultar na dominação de mercados relevantes de bens ou de serviços.
Dominação de 20% ou mais do mercado relevante: apresentação do contrato, em 03 vias, no prazo de máximo de 15 dias úteis (contados da celebração do contrato), à Secretária de Direito Econômico (SDE), a qual enviará uma via ao CADE e outra à SPE (art. 54, §3º) – multa de 60.000 a 6.000.000 Ufir
Obs: o prazo de 15 dias úteis poderá ser contado da autorização, quando a assinatura, por si só, não autorizar a implantação do consórcio. Ex empresas aéreas / Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC.
DA RESPONSABILIDADE ENTRE DA RESPONSABILIDADE ENTRE OS CONTRATANTESOS CONTRATANTES
Consórcio regularmente constituído (=registrado na Junta Comercial): não se presume responsabilidade solidária entre os participantes.
Luiz Gastão Leães, Fabio Konder Comparato: a solidariedade deveria ser presumida ou, ainda, dever-se-ia adotar o modelo Francês (de 1967), onde a solidariedade é presumida, salvo disposição contratual contrária.
Responsabilidade ilimitada e solidária entre os participantes quando pactuado no contrato de consórcio.
Consorciadas somente se obrigam nas condições previstas no contrato (obrigações, responsabilidades e prestações específicas ) – art.279, IV.
Contratação com o Poder Público
DA FALÊNCIA EM FACE DE UM DA FALÊNCIA EM FACE DE UM DOS CONSORCIADOSDOS CONSORCIADOS
Não se estende aos demais, subsistindo o consórcio com os outros contratantes.
Eventuais créditos do contratante falido serão apurados e pagos na forma prevista no contrato de consórcio.
Esse mandamento decorre da natureza plurilateral do contrato de consórcio (subsistência, mesmo com a saída de um dos participantes).
CLÁUSULAS ESSENCIAIS OU CLÁUSULAS ESSENCIAIS OU OBRIGATÓRIAS OBRIGATÓRIAS (art. 279 e incisos)(art. 279 e incisos)
INC. I – DESIGNAÇÃO DO CONSÓRCIO• É indispensável – vide par. único do artigo.• Deve identificar e distinguir o consórcio perante terceiros.• Deverá ser sempre uma denominação (fantasia), podendo indicar a obra ou o
serviço a que se objetiva: Consórcio Itaipu Binacional• Proteção: DNRC e INPI. INC.II – OBJETO• Consecução de determinado empreendimento.• Propósito específico ou único, não podendo abranger todas as atividades e objetivos
das companhias consorciadas. INC. III – DURAÇÃO – ENDEREÇO – FORO• Prazo: determinado (coincide com o término do empreendimento)• Endereço (porque ausente personalidade jurídica): fixar o domicílio judicial e
negocial do consórcio.• Foro (capacidade processual do consórcio): endereço ou a sede da sociedade líder;
contrato pode estabelecer um foro de eleição; ou ainda pode ser aquele imposto pelo CONTRATANTE no edital de licitação.
CLÁUSULAS ESSENCIAIS OU CLÁUSULAS ESSENCIAIS OU OBRIGATÓRIAS OBRIGATÓRIAS (art. 279 e incisos)(art. 279 e incisos)
INC. IV – DEFINIÇÃO DAS OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES INDIVIDUAIS DOS CONTRATANTES
INC. V – RECEITAS E PARTILHA DOS RESULTADOS
INC. VI – ADMINISTRAÇÃO E REPRESENTAÇÃO
INC. VII – FORMA DE DELIBERAÇÃO
INC. VIII – FUNDO PARA DESPESAS
PARAGRAFO ÚNICO – PUBLICIDADE
DAS CLÁUSULAS ÚTEISDAS CLÁUSULAS ÚTEIS Resilição parcial e exclusão dos
consorciados. Condições de admissão de novos
participantes. Sanções pelo descumprimento de obrigações
assumidas. Previsão de rescisão antecipada e seus
efeitos.
BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA- Novos Contratos Empresariais. Coord. Carlos
Alberto Bittar - Contrato de Consórcio. Mauro Rodrigues Penteado. Ed. RT.- Comentários à lei da S/A, 4º vol., artigos 278 e 279. Modesto Carvalhosa. Ed. Saraiva.- Joint Ventures – Manual Prático das Associações Empresariais. Maristela Basso. Ed. Livraria do Advogado.