espírito de eurípedes ou simplesmente espírito eurípedes

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  • 8/14/2019 Esprito de Eurpedes Ou Simplesmente Esprito Eurpedes

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    Diferena entre alma, Esprito e homem Em importante estudo publicado na Revista Espritade 1864, pp. 138 e 139, Allan Kardec estabeleceu com clareza a distino que existe entre alma, Espritoe homem.

    A alma diz o Codificador , a bem dizer, o princpio inteligente, imperceptvel e indefinidocomo o pensamento, que no podemos conceber isolado da matria de maneira absoluta. Emboraformado de matria sutil, o perisprito dela faz um ser definido, limitado e circunscrito sua

    individualidade espiritual.Desse modo, podemos dizer: a unio da alma, do perisprito e do corpo material constitui oHOMEM; a alma e o perisprito separados do corpo constituem o ESPRITO. Nas manifestaes no ,pois, a alma que se apresenta s. Ela est sempre revestida de seu envoltrio fludico. Portanto, nasaparies no a alma que se v, mas o perisprito, do mesmo modo que, quando se v um homem, v-se o seu corpo, mas no o pensamento ou o princpio que o faz agir.

    Em resumo conclui Kardec : a alma o ser simples, primitivo; oEsprito o ser duplo; o homem o ser triplo.

    Apliquemos o ensinamento acima ao caso de Jsus Gonalves, que teve, conforme sabemos, quatroconhecidas encarnaes anteriores quela em que ficou conhecido como Jsus Gonalves. Uma delas foio clebre cardeal Richelieu.

    Como designar, desse modo, o Esprito que animou essas personalidades? claro que poderemos design-lo Esprito de Jsus Gonalves ou Esprito do cardeal Richelieu,

    expresses que designam com clareza a entidade a que nos referimos, porque, em verdade, Jsus ouRichelieu foram nomes dados ao homem, um ser triplo, e no ao Esprito, um ser duplo, naconceituao kardequiana a que acima nos referimos.

    Em outras palavras, o nome adotado pelo homem no pode ser simplesmente transferido aoEsprito que o animou na ltima existncia, porque esse nome no diz respeito ao desencarnado, queteve outros nomes em existncias anteriores, mas ao encarnado. Por isso, um equvoco dizermosEsprito Jsus Gonalves, como fez a Editora O Clarim ao publicar as trs obras que Clia XavierCamargo psicografou escritas pelo extraordinrio poeta que nos legou o livro Flores de Outono.

    Os maiores vultos do Espiritismo escreviam como Kardec

    Em um assunto como este que aqui tratamos bastar-nos-ia o exemplo dado pelo Codificador doEspiritismo e isto por duas boas razes:

    1a. Kardec sabia como ningum utilizar o vocabulrio indispensvel compreenso da doutrina porele codificada, fato que o levou at mesmo a criar alguns neologismos, como os vocbulos perisprito,Espiritismo, espiritista etc.

    2a. O Codificador foi um educador devotado ao ensino de vrias disciplinas, inclusive da lnguafrancesa, sendo autor de uma Gramtica Francesa Clssica. No era, portanto, um autodidata ou umnefito em assuntos de linguagem.

    Ocorre, porm, que os maiores vultos do Espiritismo, a exemplo de Chico Xavier, tambm se

    referiam aos Espritos valendo-se da forma adotada por Kardec. (Quanto ao mdium Chico Xavier, leiao artigo ao lado.)Eis alguns exemplos que ilustram o que afirmamos.1. Lon Denis:Um outro amigo de Stead, o Sr. Chedo Mijatovich, ministro plenipotencirio da Srvia em

    Londres, viu o Esprito de Stead e lhe falou por alguns instantes. (O Alm e a Sobrevivncia do Ser,FEB, p. 60.)

    Na sesso seguinte, o Esprito de Eduardo, dirigindo-se me, disse: No compreendeste que fuieu quem impeliu a mdium a colher aquela flor e a oferec-la a ti, em minha lembrana? (Ibidem, p.56.)

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    Depois de tratar dos esforos empregados nesse sentido pelos Espritos de Gurney, Hodgson eMyers, em particular, o orador acrescenta... (Ibidem, p. 51.)

    A linguagem da mdium, correta e escolhida quando desperta, tornava-se confusa, arrastada,semeada de lapsos e de expresses regionais durante o sono magntico, quando o Esprito de Sofiaintervinha em nossas sesses. (Cristianismo e Espiritismo, FEB, p. 192.)

    Era por intermdio de um deles (...) que se manifestava o Esprito do cnego Xavier Mouls,sacerdote de grande valor e acrisoladas virtudes, a quem se deve a vulgarizao do magnetismo e do

    Espiritismo nos corons do vale. (Ibidem, p. 242.)2. Gabriel Delanne:Seus convidados de ento eram os Espritos de Sedaine, Svign, Sapho, Molire, Shakespeare, e

    foi no meio destes que ela morreu. (O Fenmeno Esprita, FEB, p. 55.)O Esprito de Bertie, que apenas acabara de abandonar o seu corpo, entra na sala, fazendo girar a

    maaneta da porta. (A Alma Imortal, FEB, p. 126.)Apesar de to minuciosas precaues, o Esprito de Katie e o da Sra. Fay se mostraram como de

    ordinrio, o que provou a perfeita independncia da apario. (Ibidem, p. 254.)A primeira letra batida lhes fez crer que conseguiriam o que desejavam; (...) era o Esprito de Lvia

    que batia, dizendo obrigado. (Ibidem, p. 73.)3. Carlos Imbassahy:Este fato probante, testemunhado por Crookes com relao ao Esprito de Katie King, deu-se

    vrias vezes com Euspia e vrios foram os experimentadores que o verificaram. (O Espiritismo luzdos fatos, FEB, p. 211.)

    O Esprito de Spencer Stattforde revelou mdium Mme. dEsperance a possibilidade da telefonia,isto 30 anos antes dessa prodigiosa inveno e sendo a mdium ignorante em questes de fsica. (Margem do Espiritismo, FEB, p. 205.)

    Entre outras coisas impressionantes e de carter tcnico, s compreensveis pelos aeronautas, dissemais o Esprito de Irwin, que o seu navio areo tinha quase batido nos telhados de Achy. (Ibidem, p.200.)

    Ento, pela boca da mdium adormecida, o Esprito da Sra. Joubert assim falou... (Ibidem, p.182.)

    Bem razo assistia ao Esprito do Dr. Demeure. (A Misso de Allan Kardec, edio da FederaoEsprita do Paran, p. 61.)

    4. Cairbar Schutel:O Esprito de So Lus deu o seguinte conselho, que muito orientar os estudantes... (Mdiuns e

    Mediunidade, O Clarim, p. 58.)O rei Saul invoca o Esprito de Samuel pela pitonisa de Endor. (Ibidem, p. 68.)Foi ento que apareceram os Espritos de Moiss e Elias. (Ibidem, p. 73.)5. Bezerra de Menezes:Certa noite fui surpreendido com um chamamento vibrante do Esprito de Pamela. (A Tragdia de

    Santa Maria, FEB, p. 53, obra psicografada por Yvonne A. Pereira.)6. Humberto Mariotti:... tengo varios livros de poemas que me permito atribuir al Espritu de Pablo Neruda y de otros

    poetas y escritores. (Kardec, irms Fox e outros, de Jorge Rizzini, EME Editora, p.173.)7. Yvonne A. Pereira:Numa sesso, o Esprito de Llia forma com um sopro, aos olhos dos assistentes, um tecido leve de

    gaze branca... (Devassando o Invisvel, FEB, p. 45.)No ano de 1915, no correr de memorvel sesso a que assistiram nossos pais, (...) o Esprito do Dr.

    Bezerra de Menezes anunciou o advento do Rdio e da Televiso... (Ibidem, p. 177.)8. Martins Peralva:Todo esprita ganharia muito se lesse, meditando, o captulo Histria de um Mdium, do livro

    Novas Mensagens, do Esprito de Humberto de Campos. (Estudando a Mediunidade, FEB, p. 19.)

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    9. Suely Caldas Schubert:Isto nos traz mente, uma vez mais, a referncia que o Esprito de Galileu faz, em A Gnese, das

    questes sobre as quais deveria silenciar, apesar de j as ter aprofundado para si mesmo. (Testemunhosde Chico Xavier, FEB, p. 377.) (Marcelo Borela de Oliveira)

    Como Chico Xavier designava os Espritos

    A forma adotada por Allan Kardec ao designar os Espritos no era estranha a Francisco CndidoXavier, que em vrias situaes, ao designar esse ou aquele Esprito, procedia do mesmo modo como ofazia o Codificador do Espiritismo.

    Eis alguns exemplos comprobatrios dessa assertiva.Em 3 de outubro de 1955, quando j havia completado 45 anos de idade, Chico escreveu, em carta

    dirigida ao presidente da FEB:Nas colees do Aurora, de 1928 a 1932, h numerosos trabalhos do Esprito de Joo de Deus,

    cuja autoria somente pude reconhecer, mediunicamente, em 1931. No conseguiramos as colees dosanos referidos para que eu pudesse fazer um reestudo e minuciosa vistoria? (Testemunhos de ChicoXavier, de Suely Caldas Schubert, p. 332).

    O modo como Chico se refere ao Esprito de Joo de Deus era-lhe um procedimento habitual, como

    demonstra este trecho do prefcio que ele prprio redigiu, em 16 de setembro de 1937, para a aberturado livro Emmanuel, publicado pela Editora da FEB:Lembro-me de que em 1931, numa de nossas reunies habituais, vi a meu lado, pela primeira vez,

    o bondoso Esprito de Emmanuel.Eu psicografava, naquela poca, as produes do primeiro livro medinico, recebido atravs de

    minhas humildes faculdades e experimentava os sintomas de graves molstia dos olhos (Emanuel,prefcio, p. 11).

    A mesma maneira de designar as entidades desencarnadas seria por ele ratificada em 1967 nodepoimento que deu a Elias Barbosa, o qual faz parte da obra No Mundo de Chico Xavier, escrita peloconhecido confrade uberabense:

    Como passou a sua mediunidade psicogrfica dessa fase de indeciso para a segurana precisa?

    Resposta de Chico Xavier: Isso aconteceu em 1931, quando o Esprito de Emmanuel assumiu ocomando de minhas modestas faculdades. Desde a, tudo ficou mais claro, mais firme. Ele apareceu emminha vida medinica assim como algum que viesse completar a minha viso real da vida. (M.B.O.)