esposa amante

8/12/2019 Esposa Amante

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CAPÍTULO I

Adam — chamou Bianca numa voz suave e persuasiva —, eu... hã... bem, esou

com um prob!eminha, sabe" # vou precisar de sua a$uda...

Adam seniu um %rio na espinha. &irou'se deva(ar, en)uano coninuava servindo'se

de um drin)ue. Aca

bara de enrar em casa, depois de um dia di%*ci!. Pas

sara a arde nas

corridas de cava!os de +andic-. ão )ueria ouvir mais um dos prob!eminhas deBianca.

Pensou numa s/rie de possibi!idades. Ta!vez e!a i

vesse bri(ado com a!(um pobre

coiado na rua. Ou dera odo o seu dinheiro a uma boa causa. Ou...

Os o!hos de Adam percorreram a sa!a. C/us, ser0 )ue e!a oura vez reco!hera na rua

um (ao ou um vira'!aas" Por)ue isso Bianca %azia sempre, mesmo sabendo )ue o

condom*nio não permiia a presen1a de bichos nos apar

amenos. 2empre sobrava para

Adam o encar(o de !evar a pobre criaura 3 associa1ão proeora dos animais. 4e

pois, e!a

o perse(uia com um o!har acusador.



2eniu um cero a!*vio ao consaar )ue a espa1osa sa!a de esar não reve!ava sinais

de nenhum vira'!aas. 5as, depois, o %rio na espinha aumenou.

#ra bom )ue e!a não esivesse (r0vida da)ue!e 6!

imo namorado muscu!oso, e

)uisesse )ue Adam, seu o!o co!e(a de aparameno, pa(asse pe!o aboro. Isso não.

7ua!)uer coisa, menos isso.

—

Por %avor, Bianca, o )ue %oi dessa vez" Os %rios o!hos cinzenos de Adam

re%!eiam %rusra

1ão ao conemp!ar a mu!her )ue amara e odiara no decorrer dos 6!imos

vine e oio anos. ão, não eram vine e oio. Apenas vine e r8s. #!e s9 a havia co

'

nhecido no primeiro dia de au!a. o $ardim da in%:ncia. a /poca, Adam inha cincoanos.

#sava chorando num cano da c!asse, sozinho, )uando uma (aroinha de )uaro

anos se apro;imara, os o!hos azuis imensos. Tinha o cabe!o preo e espesso preso com

%ia verme!ha num rabo'de'cava!o. Passa

ra'!he o bra1o ao redor dos ombros r8mu!os e o

con



%orara. 4issera'!he para não se preocupar. Tomaria cona de!e. # )ue não se

preocupasse< sua mãe era pro%essora na)ue!a esco!a.

A)ue!a pe)uena sabichona, dis%ar1ada de an$inho da (uarda, sabia a/ mesmo onde

%icavam os banheiros, um dea!he de (rande impor:ncia. Adam acabou se ornandoseu

escravo. # ainda o era.

Conemp!ou'!he os imensos o!hos azuis, aparenemen

e inocenes. # não p=de

dei;ar de se derreer odo.

—

ão / nada ruim — e!a disse, enando passar ran)ui!idade. — &erdade.

—

#não / peri(osa — e!e resmun(ou.

Bianca vivia brincando com %o(o. 7uando crian1a, andava s9 com meninos, buscava

emo1>es %ores. 2em

pre subindo na 0rvore mais a!a do )uina!, sempre em dispua com

os (aroos, nos espores. # sobres

saindo'se em udo. #ra capaz de correr mais r0pido,

pu!ar mais a!o e arremessar mais !on(e do )ue )ua!

)uer menino da c!asse.



Por/m, no (in0sio udo mudara. A puberdade des

perara'!he a idenidade %eminina.

5esmo deerminada e a!enosa, !evava desvana(em na a!ura, no peso e no amanhoao

enar compeir com os (aroos.

Bianca não crescera mais do )ue um mero e ses

sena cen*meros. Tinha uma

%i(ura es(uia e ossos de!icados. Apesar disso, !uara pe!o direio de $o(ar no ime

mascu!ino de %uebo!, ornando'se a me!hor ari

!heira de odas as emporadas.

—

&oc8 não vai enar uma va(a no ime mascu!ino ausra!iano de %uebo!, vai" —

e!e per(unou, mordaz. Bianca ainda se enconrava basane envo!vida com o mundodos

espores. # com os esporisas. 2e havia uma coisa (aranida nesse mundo, era aara1ão

)ue e!a senia por ombros !ar(os e b*ceps raba!hados. Com a ine!i(8ncia, não se

incomodava ano. Apenas com m6scu!os. ?osava de homens a!os, o )ue era ir=nico,



considerando sua bai;a esaura.

#mbora Adam medisse mais de um mero e oiena, e ivesse um corpo bem'%eio,

Bianca parecia não perce

b8'!o. #!e $amais conse(uiria ain(ir os e;i(enes padr>es da

ami(a. # nunca !he desperaria o ineresse se;ua!. Adam sabia disso pois e!a mesma

reve!ara, com uma dose brua! de %ran)ueza bem'inencionada. o vi(/

simo primeiro

anivers0rio de Bianca, e!e desperdi1ara duas d6zias de rosas, enando seduzi'!a uma

6!ima vez. Con%essou ser !ouco por e!a, )ue dec!arou er'!he amor %raerna!. Amizade. #

s9.

2eria me!hor, para Adam, %icar %ora da vida de Bian

ca. #nreano, e!e não

conse(uia. #ra seu me!hor ami

(o, de vez em )uando empresava'!he um ombro ami(o

para chorar, e dinheiro nas ocasi>es em )ue o desespero a %or1ava a pedir.

—

ão se$a o!o — e!a o repreendeu. — ão %a1o mais essas coisas. Conhe1o



minhas !imia1>es. ão posso $o(ar com meninos ão (randes.

Apenas no (ramado, Adam pensou. ada a impedia de $o(ar com e!es no )uaro. #,

)uano maiores %ossem, me!hor.

—

C!aro — e!e disse, e se serviu do u*s)ue.

—

&oc8 me %az parecer ão... ão...

—

5a!uca" Irrespons0ve!" Impu!siva"

#!a era udo isso. # muio mais< carinhosa, diverida, se!va(em e maravi!hosa. Adam

er(ueu o copo e enornou uma boa dose de @ohnn a!-er. 2eniu a bebida )uei

mar'!he

a (ar(ana. #sava preparado para ouvi'!a.

Bianca conraiu os !0bios e aperou os o!hos azuis. Isso !he deu ares orienais e um

cero e;oismo. As %aces p0!idas e o !on(o cabe!o preo preso 3 nuca a!i

menavam

%anasias. Adam sempre a ima(inava como (uei;a. 2ua (uei;a. #specia!mene )uando

usava a)ue!e )uimono %!orido, verme!ho e branco.

7ue %anasia boba, pensou, pesaroso. Bianca esava !on(e de ser uma (uei;a.

—



&oc8 não sabe se diverir, hein" — e!a conra'aacou. Adam bu%ou e aravessou a

sa!a acarpeada. 2o!ou o corpo na po!rona de couro casanho.

—

o )ue pensa ao mudar de rumo a cada insane" — e!e rerucou. — #sava se

diverindo )uando veio a mim no ano passado, sem um osão e sem um eo" Doi

diverido )uando o namorado pi!anra a abando

nou" Considera diversão er de recorrer

aos ouros na hora do apero"

—

ão preciso recorrer a nin(u/mE #, %i)ue sabendo, eu abandonei meus

namorados pi!anras. ão o conr0rio.

—

Pe!o menos em a!(uma coisa concordamos. Todos eram pi!anras. &a(abundos.

—

Ta!vez — e!a concordou, risonha — mas amb/m eram !indos.

—

2uponho )ue se$a verdade. A%ina!, a)ui, voc8 / a especia!isa nessas coisas. —

Adam bebeu o reso do u*s)ue. 2eniu'se bem por er demonsrado indi%eren

1a, apesar de



a simp!es id/ia de ver Bianca inima

mene !i(ada a ouro o homem o corroer por denro.

— 5as, vo!ando ao assuno, )ua! / o pe)ueno pro

b!ema" 2em rodeios. # nada de

arimanhas %emininas.

—

Cero, enão, apressadinho. #u esava enando !he %a!ar de uma %orma suave.

unca ima(inei )ue isso pudesse aconecer. a primeira vez )ue deparei com uma

siua1ão dessas, não precisei envo!v8'!o. 5as a(ora a!(o inesperado aconeceu. ão

enho a!erna

iva. — Bianca senou'se na borda do so%0, o!hou'o carinhosa e sup!icane, a

voz macia. — Por %avor, não se zan(ue comi(o.

Por um mi!/simo de se(undo Adam seniu'se ocado. 5as !o(o a %ria rea!idade o

acordou. 7uase sucumbira 3 %ra)ueza. Bianca iria us0'!o mais uma vez. #ra incorri(*ve!.

—

&amos, di(a !o(o.

Os o!hos de!a não esconderam a surpresa %rene 3 rea1ão ão dura. #ndireiou'se, e

pareceu e)ui!ibrar o peso dos ombros. #ra o (eso *pico anes de propor um desa%io. O



)uei;o empinado, os o!hos a!ivos, !0bios cerrados.

—

ão precisa me %a!ar nesse om.

—

#s0 bem. 5as di(a !o(o o )ue houve.

—

5uio bem. 4iz respeio 3 minha mãe.

—A!(o errado"

A mãe, vi6va, reornara 3 #sc9cia havia a!(uns anos. Dicara muio s9 ap9s a more

do marido, num acidene de carro. # enão, seis meses ar0s, descobrira esar com

c:ncer.

Bianca era a 6nica %i!ha. 4epois de erminar a %a

cu!dade, via$ou pe!o mundo com

uma mochi!a nas cos

as. ão era !0 muio companheira. Apenas reornava para raba!har

a!(uns meses e $unar dinheiro su%i

ciene para a pr9;ima avenura.

—

#!a piorou" — Adam per(unou, preocupado. — Precisa de dinheiro para ir visi0'



!a"

—

ão, mamãe es0 muio me!hor. # h0 uma chance de o c:ncer não vo!ar a se

mani%esar. A!/m do mais, nem erminei de !he pa(ar a 6!ima passa(em...

&erdade, e!e pensou. # era por esse moivo )ue Bianca permanecera ano empo

no mesmo empre(o, no mesmo endere1o. Adam não inha d6vidas de )ue, as

sim )ue e!a

!i)uidasse a d*vida, pariria em oura aven

ura. Uma e;pedi1ão pe!o Fima!aia, a!vez.

—

#não )ua! / o prob!ema" ão enendo.

—

#!a vem me visiar. &ai %icar uns )uinze dias. O v=o che(a no pr9;imo s0bado 3

arde... da)ui a uma semana. 5eus ios se $unaram e !he compraram a passa(em a

2idne.

—

Bem, )ua! / o drama" &oc8 devia esar radiane... Ah, enendoE 7uer hosped0'!a

a)ui, cero" Tudo bem, não me oponho. 5a! paro em casa, e no seu )uaro h0 duas

camas.



—

#se / o prob!ema — e!a resmun(ou.

Adam piscou, con%uso.

—

As camas do seu )uaro são um prob!ema"

—

2im.

—

Por )u8"

—

Por)ue mamãe não vai enender se eu ocupar uma de!as.

—

Como assim" #!a suspirou.

—

Bem, mamãe pensa )ue esamos casados. au

ra!mene vai achar )ue dormimos

$unos, na sua cama.

—

#!a... pensa )ue... nos casamosE

—

ão me o!he assim. ão ive a inen1ão de pre$u

dicar nin(u/m. 5as )uando

esive !0, em maio, e!a es

ava ão ma!... Tene enender. 5amãe )ueria me ver sosse(ada,



de pre%er8ncia com voc8. 5eni para dei;0'!a %e!iz. 4isse )ue es0vamos noivos, presesa

nos casar. 7uando vo!ei a 2idne, não ive op1ão< precisei dar coninuidade 3 his9ria.

#nviei a!(umas %oos se!eivas do casameno de 5iche!!e, dizendo ser o nosso.

Adam sacudiu a cabe1a, incr/du!o.

—

Como p=de %azer uma coisa dessas" &oc8 não esava nem vesida de branco

na)ue!e diaE

—

O meu ra$e de dama de honra era rosa'c!aro. Poderia passar por um vesido de

noiva. A!/m disso, mamãe me conhece e sabe )ue eu $amais se(uiria a radi1ão... #ssa

coisa de casar de branco, e udo o mais.... # voc8 esava muio chi)ue no seu erno de

padrinho. Parecia o noivo. Doi muia sore a)ue!e er sido o casameno de sua irmã.Toda

a %am*!ia esava presene. # iramos anos reraos $unos...

—

Oh, nãoE

—

Oh, sim. 5amãe comenou )ue voc8 esava muio e!e(ane. Lembra'se da)ue!es



!en19is de seda )ue e!a man

dou e )ue dei a voc8" #ram... nosso presene de casameno.

Adam aperou o copo com %or1a, %urioso. #videne

mene, Bianca $amais ima(inara

)ue e!e acabaria des

cobrindo a %arsa. a cera, pensara )ue a mãe morreria muio anes

de essa menira des!avada ser descobera. Bianca era assim. unca pensava nas

conse)u8n

cias. 2empre mer(u!hava de cabe1a em )ua!)uer des

vario. Pouco se

imporava com o reso.

Isso %icara evidene em seu d/cimo s/imo aniver

s0rio, )uando !he pedira )ue a

!ivrasse da vir(indade. ão buscava romance. #ra s9 curiosidade. # o cansa1o de ser a

6nica menina vir(em do (rupo.

a)ue!a /poca, os meninos não se ineressavam muio por e!a. Bianca aribu*a isso

aos seios pe)uenos, mas o caso era ouro. #!es apenas a viam como co!e(a, e nãocomo



ob$eo de dese$o.

Adam era o 6nico )ue a amava. Bianca sabia disso. O )ue desconhecia, )uando !he

pedira o %avor, era )ue na)ue!a ocasião amb/m e!e era vir(em.

Consran(edor, ser vir(em aos dezoio anos... Os co

!e(as se diveriam 3s suas

cusas o empo odo.

Adam se enco!heu ao !embrar'se da embara1osa e;

peri8ncia de !ivrar Bianca da

vir(indade. Dicara ner

voso. Aerrorizado. Tivera medo de machuc0'!a, de ain(ir o

or(asmo cedo demais, e a/ mesmo de não saber usar correamene o preservaivo.

O ao em si %ora um desasre comp!eo. #!e a machu

cara e udo erminara depressa

demais. # o preserva

ivo... e!e nem se)uer sabia como conse(uira co!oc0'!o. 4esse

modo, o )ue devia er sido o momeno mais si(ni%icaivo de sua vida rans%ormara'se na

e;peri8n

cia mais caasr9%ica e humi!hane.



Ainda podia se !embrar da e;pressão de Bianca, du

rane o ao de dez se(undos. A

dor se(uida por a!(uns momenos de %rusra1ão desesperadora, cu!minando com a!(o

ainda pior... a!*vio, )uando udo erminou.

#!a não senira prazer. Permanecera em si!8ncio en

)uano e!e %u(ia para casa,

senindo'se derroado e vazio. O 6nico %ao posiivo, a seu ver, %oi )ue, nos anos

se(uines, Bianca perdeu o ineresse por se;o. 4ecero conc!uiu )ue não devia se

preocupar com o assuno. 5as, no 6!imo ano da %acu!dade, o pro%essor de aresmarciais

omou esse desineresse como desa%io. #m

penhou'se em mosrar'!he )ue a e;peri8ncia

da)ue!a primeira noie nada inha a ver com se;o.

?rande amane, especia!isa na are do amor, cai

vou Bianca. #, depois do sr. Dai;a'

Prea, e!a passou a acrediar )ue a e;cia1ão e o prazer eram sin=nimos de um corpo

bem'raba!hado e muscu!oso.

Adam sempre enava mosrar'!he )ue não era mais o menino desa$eiado de



dezoio anos. #!a, por/m, nun

ca !he dava oporunidades. 5aninha'o a dis:ncia.

#!e a dese$ava. 4emais. ão podia nem pensar em dividir a cama sem poder oc0'

!a. # sabia )ue Bianca e;i(iria isso, caso e!e concordasse em paricipar na %arsa do

casameno. O cen0rio esava a!/m do supor0ve!. ão podia %azer isso. +e!a;ou osdedos

em vo!a do copo e o co!ocou sobre a mesa !aera!. #r(ueu'se da po!rona.

—

ão — disse, o roso duro como pedra, a voz %ria e impessoa!. — ão.

# pariu a passos !ar(os pe!o corredor, em dire1ão ao )uaro.

CAPÍTULO II

—

O )ue )uer dizer com não"

—

7ue não vou omar pare nisso. &oc8 invenou esse casameno, não %oi" A(ora,

er0 de criar o div9rcio.

Bianca recuperou o %=!e(o, surpresa. Favia um miso de desespero e irria1ão em

seu semb!ane. Pois bem, $0 ivera o pressenimeno de )ue seria di%*ci!. # esava maisdo

)ue ceraE

5as, por denro, ainda inha a sensa1ão de poder %az8'!o mudar de ideia. 5iche!!e



sempre dizia )ue era capaz de manipu!ar o ami(o. Bianca não (osava muio da

a%irma1ão, por/m não podia ne(ar'!he um %undo de ver

dade. 4a mesma %orma, não podia

discordar )uando 5i

che!!e dizia )ue Adam coninuava apai;onado.

Bianca muias vezes se senia cu!pada por se apro

veiar da)ue!a pai;ão não'

correspondida. um passa

do recene, usara descaradamene a seu %avor a)ue!a a%ei1ão.

Ainda o %azia, embora o a!erasse a ser $uso consi(o mesmo, sem nurir esperan1as de

mudar'!he os senimenos. #!a o amava muio, mas sem dese$o.

a verdade, a(ora )ue pensava a respeio, não inha mais cereza se Adam ainda a

amava. Tesemunhara um e;enso des%i!e de namoradas desde )ue %ora morar com e!e<

Todas !oiras, de pernas !on(as e seios avana$ados, consumiam'na de inve$a. 2e oami(o

maninha a ve!ha pai;ão, sabia esconder mui*ssimo bem.

#ssa consaa1ão a incomodou. #sivera ano empo cera do amor de Adam... #ra

como um b0!samo se



creo, em muias ocasi>es. Asse(urava'!he )ue merecia ser amada,

)ue era mais do )ue apenas uma mu!her bonia passando pe!a vida de diversoshomens.

Dranziu a esa. ão esava preparada para abrir mão do seu saus de pai;ão

secrea de Adam. 2aber )ue e!e sempre esaria a!i, para ampar0'!a, era um %aor de

se(uran1a em sua vida. #!e era a rocha onde podia escorar'se )uando udo o mais

desmoronava.

2eniu um ipo de p:nico. ão conse(uiria suporar se e!e a irasse de sua vida.

Para sempre. #saria per

dida. Conudo, se Adam $0 não a amava mais, isso acabaria

aconecendo.

GTa!vez Adam não ese$a !oucamene apai;onadoG, corri(iu'se. G5as se impora

comi(oG, conso!ou'se.

4a mesma %orma, Bianca se imporava com e!e. Pro

%undamene. Favia sido %is(ada

no primeiro dia de au!a, no $ardim de in%:ncia, )uando o vira chorando copiosamenenum

cano da c!asse. 4urane odo o empo do co!/(io, senira'se compe!ida a omar cona



de!e. 5ei(o, mas ão desen(on1adoE

Aos dezesseis anos, Adam crescera de repene, pernas !on(as e desa$eiadas,

cabe!o o!eoso e espinhas. Tão pouco araene... o 6!imo ano da esco!a, a apar8ncia

me!ho

rou, mas e!e era *mido e sem (ra1a com as meninas. uma ocasião, Bianca

ouvira'o comenar, com os ami(os, sua %a!a de sucesso para com o se;o oposo.

2enira pena de!e. 4ecidira sacri%icar a pr9pria vir

(indade para a$ud0'!o. #ra o

m*nimo )ue podia %azer por seu me!hor ami(o.

2uas !embran1as se dissiparam )uando enrou no )uaro de Adam a empo de v8'!o

baer a pora do banheiro con$u(ado da su*e. Ouviu'o ravar o rinco e abrir o chuveiro.

A ideia de esmurrar a pora não !he pareceu apro

priada. 4ecidiu esper0'!o sair do

banho. #n)uano a(uardava, apanhou as roupas su$as espa!hadas.

2acudiu a cabe1a, incr/du!a. #!e não cosumava ser ba(unceiro. em ma!'

humorado. #ra ca!mo, %rio e con

ro!ado. Ine!i(ene e reservado, (osava de ordem em

udo. #ra pes)uisador de maem0ica na universidade de 2idne. 2eu hobb era



desenvo!ver sisemas para (anhar nas corridas de cava!os.

Aparenava sucesso, pois diri(ia uma B5. O sa!0rio '(anho na universidade não

seria su%iciene para esse !u;o, e sua %am*!ia inha poucas posses. Como a de!a.

Bianca co!ocava uma meia denro de cada sapao )uando a pora do banheiro se

abriu. Uma nuvem de vapor emer(iu, e de denro de!a saiu Adam. &esia um roupão

aoa!hado verme!ho, comprido e (rosso. Os %rios o!hos cinzenos enconraram os de!a.

—

Isso não vai a$ud0'!a.

—

Isso o )u8"

—

Arrumar minhas coisas. em adiana vir com conversa doce. &oc8 passou dos

!imies, e dessa vez não vou !ivr0'!a da di%icu!dade. 2ua mãe ainda h0 de viver muios

anos, e não vou passar o reso de meus dias represenando o pape! rid*cu!o de marido

so%redor.

—

+id*cu!oE — e!a repeiu. — 2o%redorE

O esbo1o de um sorriso rou;e bri!ho ao o!har (!acia! de Adam.



—

&oc8 não acredia, honesamene, )ue um homem de verdade vai )uerer ser seu

marido, não /" 2omene um o!o ou um maso)uisa se presaria a esse pape!.

Bianca piscou, chocada. #sse era o doce e mei(o Adam"

—

ão se surpreenda, )uerida — e!e coninuou, in

di%erene, e a!isou os cabe!os

mo!hados. — ão me di(a )ue acredia nas beseiras de minha irmã a res

peio de minha

pai;ão por voc8...

—

#u... — Bianca abriu a boca para responder, mas a %echou em se(uida.

—

5iche!!e / uma rom:nica — e!e disse, a voz c*nica. — Admio $0 %ui !ouco por

voc8. a universi

dade, ainda me ape(ava a essa pai;ão. 5as $0 superei. ?ra1as a voc8,

)ue me mosrou a rea!idade na noie de seu vi(/simo primeiro anivers0rio. 4ese$0'!a

era

perda de empo. A parir da!i, rans%ormei minhas o!as %anasias em %aos. Com ouras

mu!heres. 4esde enão, não o!ho para r0s.



Bianca seniu'se apunha!ada por a)ue!as pa!avras. # pe!as ima(ens por e!as

invocadas.

—

7uer dizer )ue me seni respons0ve! 3 oa" — (riou, zan(ada. — Di)uei me

cu!pando por er parido seu cora1ão, )uando na verdade voc8 esava...

—

... a$udando oura mu!her mais (raa a ser %e!iz" — e!e su(eriu, sarc0sico.

—

7uem era e!a" A abomin0ve! Trac"

—

ão. #ra Laura.

Bianca %icou sem pa!avras. Laura não perencia 3 urma. #ra ami(a de uma ami(a

de uma ami(a. #s

ivera na %esa por acaso. Uma !oira esoneane, com um corpo

espeacu!ar.

—

ão acredioE — Bianca e;c!amou, %erida pe!a rai1ão do )ue pensava ser um

amor %ie!.

—

ão" Pobrezinha... — O sorriso de Adam não era nada doce. — +oubaram seu



piru!io, )uerida" 2eu ami(uinho não vai mais paricipar do $o(o"

—

Ora, seu... seu...

#!e esendeu o bra1o e !evanou'!he o )uei;o. ão se parecia em nada com o Adam

)ue Bianca conhecia e amava.

—

2u(iro )ue v0 andando, do1ura, e rae de inven

ar uma his9ria nova para conar

3 mamãe. #sou cero de )ue vai conse(uir. Tem criaividade e ima(i

na1ão para isso. 2e

não conse(uir, poder0, por e;emp!o, dizer a verdade.

O ar con%uso e perdido de Bianca %oi !o(o subsiu*do por indi(na1ão.

—

ão acredio numa pa!avraE &oc8 andou bebendo" Perdeu odo o dinheiro nas

corridas" &oc8 não / assimE

Adam se(urou'!he os ombros e a senou na cama

.

—

2im, andei bebendo — respondeu num om seco —, e ho$e perdi muio dinheiro

nas corridas, o )ue não me a(radou. 5as es0 en(anada em pensar )ue não souassim.



2ou um novo Adam.

—

O novo AdamE — e!a repeiu sem emo1ão.

—

Dui muio o!o com voc8. ão !he rou;e bene%*cio a!(um. 29 a %iz pensar )ue

pode me manipu!ar, me comandar. Bem, não / mais assim, do1ura. Acordei, e $0 %az

a!(um empo. Apenas não inha me mani%esado. A(ora esou sendo direo.

—

Por )ue não disse nada anes" Por )ue s9 a(ora"

—

Por)ue conheci uma pessoa. A!(u/m com )uem enciono me casar. ão posso

me unir a uma pessoa %in(indo esar casado com oura, concorda"

Bianca seniu seu mundo ruir. Adam esava apai

;onado" Ia se casar" Doi

surpreendida por um apero no peio e um %rio na barri(a.

—

ão posso acrediarE Adam se !evanou, rindo.

—

4i(a... em )ue não acredia"

Bianca se er(ueu com es%or1o, as pernas remu!as.

—



ão acho )ue enha conhecido a!(u/m. &oc8 não rou

;e nenhuma (aroa para

casa ese m8s. #s0 invenando.

Por/m, Bianca !embrou'se de odas as noies em )ue Adam havia dormido %ora.

Presumira )ue e!e per

manecera na universidade. A(ora descobria a verda

deira

e;p!ica1ão para a)ue!as aus8ncias.

#!e ornou a rir.

—

&oc8 es0 se superando, sabia" 2abe, eu não rou

;e 2ophie a)ui por)ue )uero

um re!acionameno du

radouro. ão ive chances com minhas ouras namo

radas por)ue

e!as sabiam )ue divido ese aparameno com voc8. Dicavam enciumadas, cheias de

suspeias. ada do )ue eu dissesse poderia convenc8'!as )ue nos

sa amizade /

meramene p!a9nica. @uravam )ue /ra



mos amanes. Impressão )ue voc8 a!imenava

de!ibe'radamene, devo acrescenar.

—

ão / verdadeE — e!a ne(ou, sabendo esar menindo.

enhuma da)ue!as mu!heres eram boas para Adam. Bianca apenas )uis proe(8'!o.

—

&oc8 nunca me dese$ou — e!e coninuou com %ir

meza, o o!har demonsrando uma

raiva conida. — 5as não )ueria )ue mais nin(u/m me ivesse. 2empre %oi uma menina

e(o*sa e (ananciosa. hora de parar de pensar s9 em si mesma.

—

5as eu não sou assimE — e!a rec!amou, odiando a)ue!e novo Adam. — #sava

pensando em minha mãe )uando conei... o )ue conei. — 2eus o!hos %icarammare$ados.

L0(rimas de 9dio, não de pesar. — &oc8 não em o direio de me dizer essas coisas

medonhas. #s0 sendo odiosoE

—

A verdade sempre d9i.

A verdade, e!a pensou, era )ue Adam iria se casar com oura. #sse pensameno era

como uma ada(a em seu peio. 5as... por )u8" ão )ueria se casar com e!e. ão



)ueria

se casar com homem a!(um.

Casameno, na opinião de Bianca, era a more em vida para a!(u/m como e!a.

esse aspeco, pu;ara pe!o pai, )uerendo e;cia1ão e diverimeno o empo odo. ão!he

a(radava a ideia de se acomodar, er um ma

rido, %i!hos.

O pai havia se casado num arroubo de pai;ão, para depois passar vine anos

buscando sais%a1ão %ora do !eio con$u(a!. Bianca suspeiava ser como e!e. Ainda não

inha enconrado um homem )ue a ivesse caivado por mais de seis meses. @amais

enconraria.

—

4i(a'me, )uem / 2ophie"

—

Oh, não vou dizer — Adam respondeu com um riso seco. — &ou man8'!a bem

!on(e de voc8.

—

Onde dormem $unos"

—

ão / da sua cona. Acaso eu !he per(uno onde %az amor com seu namorado"



—

Pode per(unar, se )uiser. 4ere- e eu ermina

mos. #!e esava come1ando a me

aborrecer.

—

Oh, o )ue aconeceu" O coiadinho não ador

meceu !o(o em se(uida" Doi %or1ada

a conversar com o sr. 56scu!os"

Bianca sorriu. #ra uma descri1ão e;aa de 4ere-, ha!ero%i!isa pro%issiona!, com

mais m6scu!os do )ue c/rebro.

—

A!(o assim — e!a admiiu.

2eus o!hares se enconraram, e a)ue!a ani(a ca

marada(em, )ue !hes susenara a

amizade por odos esses anos, veio 3 ona. #!a sempre conara udo ao ami(o, e nuncao

chocara. Adam a ouvia e dava bons conse!hos. @amais a condenara.

Insinivamene, esendeu a mão para ocar'!he o bra1o.

—

2ophie não precisa %icar sabendo. 5amãe vai vo!

ar !o(o 3 #sc9cia. Por %avor...



ão )uero esra(ar'!he a via(em, conando a verdade a(ora. 4epois )ue e!a se %or,

escrevo'!he e cono udo. ão vai %icar preso a mim. Promeo.

Bianca prendeu a respira1ão en)uano e!e a observava. GPor %avor di(a )ue simEG,

sup!icava em si!8ncio. Adam suspirou.

—

&oc8 nunca desise, não /" 4ei;e'me e;p!icar mais uma vez. ão vou posar de

marido %e!iz para sua mãe. ão vou permiir )ue durma em minha cama. A não ser )ueeu

ese$a !on(e. ão esarei a sua disposi1ão, nem vou dan1ar con%orme a sua m6sica.

O desaponameno de Bianca s9 %oi superado pe!o p:nico.

—

O )ue direi a e!a"

—

Invene a his9ria )ue )uiser. 2e$a convincene. Ter0 de esco!her< ou diz a

verdade, ou invena uma separa1ão empor0ria, um div9rcio iminene. Acredi

e'me

)uando di(o )ue erei onde dormir durane esa )uinzena. em precisa se preocuparcom

isso. — Bian



ca o encarou en)uano e!e a conduzia para %ora do )uaro. — A(ora, se não

se imporar, preciso me vesir. &ou sair.

# rancou a pora ar0s de!a.

CAPÍTULO III

Adam %echou os o!hos e encosou a cabe1a na pora. Por )ue menira da)ue!e $eio"

ão inha a menor inen1ão de pedir 2ophie em casa

meno. A!/m do mais, s9 a

conhecera havia uma semana. Tamb/m não ia sair a)ue!a noie. 2enia'se e;auso,

depois do %iasco nas corridas. ão )ueria nada a!/m de se aconche(ar diane da

e!evisão, os p/s suspensos, comendo uma das ineressanes re%ei1>es preparadas por

Bianca.

#!a era uma e;ce!ene cozinheira, e sempre o mimava com seus praos. Uma das

vana(ens de 8'!a por pero. 5as a(ora udo %ora arruinado. 2e permanecesse a)ue!a

noie em casa, eria de dormir na coberura. ão marcara nada com 2ophie. 5as(osaria

de 8'!o %eio.

Uma noie de amor com e!a o %aria irar Bianca da mene, ao menos por a!(umas

horas. A!a e cheia de curvas, cabe!os !on(os e !oiros, )uadris avana$ados e seios



enormes, 2ophie era comp!eamene di%erene de Bianca. Aspirane a ariz, usava ocorpo

para consruir a carreira. 2em maiores compromissos.

#!e a havia conhecido no cassino 4ar!in( Farbour, no s0bado anerior. A mo1a

raba!hava como croupier nos %inais de semana. @u!(ara'o um (rande $o(ador, apos

ando

mi!hares de d9!ares. 4e cera %orma, esava cera.

O $o(o sempre rendera (anhos a Adam. 5as sua apro;ima1ão com as bancas era

%ria e maem0ica. Bianca se surpreenderia com a )uanidade de dinheiro )ue e!e(anhara

ao !on(o dos 6!imos anos... @u!(ava )ue o ami(o s9 aposava em corridas de cava!os.

Tam

b/m ima(inava )ue perdia muio mais do )ue (anhava.

As corridas de cava!os eram ren0veis, em pe)uenas doses, mas o dinheiro (ra6do

vinha dos cassinos. Bian

ca não inha conhecimeno de )ue e!e via$ava a 5e!'bourne,

Fobar, Ade!aide. em sabia das mu!heres incrive!mene araenes )ue se airavam a



seus p/s, na)ue!as ocasi>es.

Convenienemene, a aberura de um cassino novo em 2idne !he o%erecera uma

op1ão mais pr9;ima. o $o(o e no amor. a noie em )ue conhecera 2ophie, Adam

e;perimenava um novo sisema na mesa de b!ac-$ac-, embora a concenra1ãoesivesse

em oura pare. Pensava em Bianca, )ue passava o %im de se

mana no !iora!, com o

namorado.

2ophie o %iara depois de er !he dado as caras. Faviam %!erado, e e!e a !evara para

casa, onde %icaram $unos a/ o dia se(uine. Adam não pensara em Bianca a/ acordare

ver o!hos casanhos no !u(ar dos azuis. # cabe!os !oiros em vez de preos.

5a(oado pe!a !embran1a, a%asou'se da pora e %oi ao c!ose. A a(onia aumenou

en)uano esco!hia a rou

pa. Per(unou'se se a!(um dia iria se casar.

#ra prov0ve! )ue não, pensou, amar(urado. 4urane oda a vida, s9 )uisera uma

6nica mu!her< Bianca. Como poderia aceiar uma subsiua"

ão, coninuaria a sair sem compromisso com odas as !oiras a/ che(ar aos oiena



anos. #não, eria de pa(ar por a)ui!o. 2onharia em como seria a vida se não ivessesido

ão ine;periene aos dezoio...

O!hou para o $eans surrado e pensou nas roupas e!e(anes )ue comprara e

arrumara na coberura, em vez de co!oc0'!as no pora'ma!as do carro. +oupas )ueusava

em sua vida secrea de $o(ador e amane e;

raordin0rio. Os ernos ia!ianos. Os pi$amas

pre

os e os robes de seda pura.

2acudiu a cabe1a, incr/du!o. 2ua vida não era rea!. Um dia eria de acabar. #ra um

$o(o. Ainda )ue um $o(o ren0ve!, en)uano ivesse cora(em e sabedoria. Por/m, não

passava de um $o(o. 2ervia para in%!ar'!he o e(o e a cona banc0ria. # a%asar'!he os

pensamenos da esressane rea!idade.

A rea!idade esava a!i, do !ado de %ora da)ue!a pora, esperando por e!e, )uerendo

%az8'!o mudar de ideia, aceiar ser um marido de menira.

Teria de ser %ore. @0 se senia cu!pado. Come1ava a %ra)ue$ar. Pensamenos



enadores invadiram'!he a mene. ão poderia se diverir com a %arsa" 4eiar ao !adode

Bianca 3 noie e %anasiar" Ta!vez e!a %icasse ão (raa )ue permiisse... ouras coisas.

Adam ran(eu os denes. ão )ueria (raidão. 7ueria o )ue e!a dava de bom (rado a

ouros homens< dese$o e pai;ão. 2eu corpo nu e ar%ane sob o de!e, imp!orando )ue não

parasse, a!ucinada...

Procurou corar as emo1>es, vesiu um pu!=ver e $urou não arredar um mi!/simo de

sua decisão inicia!. 5esmo )ue Bianca %icasse de $oe!hos e imp!orasse.

Gão vamos ão !on(eG, uma voz inerior aconse!hou. Bianca de $oe!hos seria uma

cena poderosa e persua

siva demais. Pena )ue $amais aconeceria. #!e %aria )ua!)uer

coisa para 8'!a 3 sua merc8. 7ua!)uer coisaE

Bianca dei;ou o )ue %azia na pia da cozinha assim )ue ouviu a pora do )uaro de

Adam baer. Oh, c/us. #!e parecia zan(ado. O )ue %azer" 7ua! a me!hor %orma de

apro;ima1ão"

Ape!ar pe!a compai;ão, e!a decidiu, e correu a en

conr0'!o. Perdeu a concenra1ão

por um insane, ao v8'!o com roupas surradas.



—

OhE — e;c!amou. — #não não vai sair com a %uura noiva" — per(unou ir=nica,

e imediaamene mordeu o !0bio. Drase errada.

—

&amos %icar em casa — e!e disse, paciene —, assisir a a!(uns v*deos e re%!eir

sobre o si(ni%icado da vida.

Bianca %icou surpresa diane do sarcasmo. ossa, e!e esava mesmo de mau humorE

Ta!vez devesse dei

;ar o ape!o 3 compai;ão para o dia se(uine.

5as, e se Adam não vo!asse para casa no dia se

(uine" &inha se ausenando cada

vez mais, por per*odos mais !on(os... Obviamene %icava na casa de 2ophie.

—

Adam, podemos conversar" — e!a per(unou, num om %orma! e (eni!. — 2ei )ue

es0 muio zan(ado comi(o, e sino muio. #u devia er'!he conado anes.

—

&oc8 não devia era er menido a sua mãeE

—

2im, em razão. 2ino muio.

—

+econhecer o erro não basa.



Bianca seniu um apero no peio. Por )ue e!e in

sisia em ornar as coisas ão

di%*ceis" A%ina!, seriam apenas duas semanas de %in(imeno. 4epois, Adam poderiacasar

com a)ue!a... 2ophie.

—

&oc8 sempre disse )ue eu podia conar com seu apoio — e!a proesou, amuada.

—

# pode. as coisas s/rias. Bianca o reprovou em si!8ncio.

—

#u %aria, se %osse por voc8.

—

Daria o )u8"

—

Din(iria ser sua esposa.

—

Da!a s/rio" uma ideia ineressane. 5as não preciso de uma esposa de

menira. Lo(o, !o(o vou er uma de verdade.

Bianca ainda não conse(uia aceiar a)ue!a ideia. #nre noivado e casameno, muia

coisa podia dar er

rado. 2e 2ophie %osse i(ua! 3s ouras, Adam não ardaria a se cansar da



re!a1ão. enhuma da)ue!as su

posas namoradas sabia ao menos %erver 0(ua para um

ca%/.

—

Pois enão, )ue devo dizer 3 mamãe" Adam enco!heu os ombros.

—

O prob!ema / seu.

—

ão posso conar a e!a )ue meni.

—

&ou %azer uma coisa. Dicarei %ora durane os )uin

ze dias. 4i(a a sua mãe )ue

esamos separados em

porariamene. #, depois, escreva dizendo )ue nosso casameno

não deu cero. 7ue esamos divorciados.

—

#!a vai %icar muio chaeada.

—

29 se voc8 %icar. Cone )ue %oi uma separa1ão ami(0ve!, e )ue coninuamos bons

ami(os. o me!hor )ue posso %azer.

Bianca aperou os !0bios, eviando dizer o )ue pen

sava de!e e da)ue!a amizade. As



caras esavam na mesa. A(ora sabia a/ onde ia o amor do ami(o.

—

sua 6!ima pa!avra"

—

2im, /.

—

#não, não )uero mais sua a$uda. ão / o homem )ue eu ima(inava ser. Assim

)ue mamãe vo!ar 3 #s

c9cia, vou procurar ouro !u(ar para morar.

O si!8ncio s6bio de Adam deu a!(uma esperan1a a Bianca. Podia $urar )ue vira

arrependimeno em seus o!hos. 5as e!e !o(o se mosrou %rio oura vez.

—

Acredio )ue se$a me!hor para odos os envo!vidos. #!a seniu vonade de chorar.

Ou (riar. Ou ambos.

#m vez disso, encarou'o %riamene.

—

unca mais vou !he pedir coisa a!(uma. ão en

)uano eu viver. em mesmo !he

diri(irei a pa!avraE

Adam endureceu o semb!ane.

—



Per%eio.

—

ão inha id/ia de como voc8 era impres0ve!E

# $u!(uei )ue me amasseE Adam sorriu, ma!icioso.

—

As coisas )ue somos obri(ados a ouvir... — disse, sarc0sico.

—

#u não o conhe1o mais. Fo$e, não passa de um esranhoE

—

Um esranho" — e!e repeiu, im9ve!. — 2im, acho )ue em razão.

#, com um sorriso endiabrado nos !0bios, apanhou as chaves do carro e saiu.

CAPÍTULO I&

Bianca maneve a pa!avra. ão pediu mais nada a Adam durane oda a semana.

em se)uer !he diri(iu a pa!avra. O )ue, por sina!, %oi muio %0ci!< e!e não apareceu em

casa.

Passou pe!o aparameno no domin(o 3 noie, para pe(ar a!(umas roupas, avisou'a

de )ue iria %icar %ora por umas r8s semanas e pariu novamene.

Doram os see dias mais so!i0rios e rises da vida de!a. 2enia muio a %a!a do

ami(o. Cero, não se da

vam assim ão bem, mas Adam cosumava passar a!

(umas noies



em casa durane a semana. # no domin(o 3 arde sempre %icavam $unos. Bianca(osava

da com

panhia, a!/m de adorar cozinhar para e!e. Adam !he dava moiva1ão de viver.

#specia!mene a(ora, )ue er

minara com 4ere-.

Pensando bem, nem sabia o )ue a ara*ra 3)ue!e mone de m6scu!os. O corpo era

a!/ico, bonio de ver e (ososo de ocar, mas era s9. A(ora, e!a buscava a!(o mais.

7ueria um namorado ine!i(ene, a!/m de muscu!oso.

A!/m disso, uma vozinha *nima !he dizia coisas )ue pre%eria não ouvir. 7ue era uma

mu!her super%icia!. #(o*sa. # era. Caso conr0rio, eria %icado conene por saber )ue

Adam esava apai;onado e ia se casar. #m vez disso, ressenia'se com a simp!es

!embran1a da con

versa. A id/ia da e;is8ncia de 2ophie a ma(oava. Odiava'a.

Come1ou a %icar deprimida 3 medida )ue os dias se arrasavam. ovembro era um

m8s %raco na se1ão de conabi!idade da empresa onde raba!hava. Ocupava a posi1ãode



conse!heira %isca!, por/m o nome soava mais imporane do )ue era de %ao. Bianca

apenas presava assessoria sobre imposos aos c!ienes, a!/m de preparar'!hes as

dec!ara1>es de rendimenos.

Breve eria de achar um ouro empre(o. A)ue!e pa

(ava bem, mas era muio

aborrecido. 29 permanecera ne!e por ano empo por)ue devia dinheiro a Adam. Ao!on(o

do dia, nos muios momenos !ivres, s9 con

se(uia pensar em um coisa< o )ue dizer 3 mãe

sobre o casameno"

As noies eram piores. Levava horas e horas para adormecer, as ideias va(ando em

c*rcu!os. Passou a paricipar de au!as e;ras de aer9bica odas as noies. 5a!hava ano

)ue deveria dormir como uma pedra.

5as, ao conr0rio, passava as horas virando de um !ado a ouro. A cu!pa aumenava

a irria1ão. # a ir

ria1ão a consumia $0 na )uara'%eira.

2e ao menos Adam ivesse cooperado... 2e não esi

vesse apai;onado por 2ophie...



2e ainda amasse Bianca...

a )uina'%eira 3 noie, a consci8ncia passou a per

urb0'!a. #ra uma pessoa

super%icia! e e(o*sa. 29 pen

sava em si pr9pria. ão devia er menido 3 mãe. A menira

nunca %ora o me!hor caminho. A sinceridade sempre se reve!ara a me!hor po!*ica.

7uando conse(uiu dormir, na )uina'%eira, $0 deci

dira !i(ar para Adam, na

universidade, no dia se(uine. Pediria perdão e promeeria conar oda a verdade 3mãe.

2e e!e vo!asse para casa.

a madru(ada de se;a'%eira, o e!e%one ocou e Bianca sa!ou da cama, cera de

)ue era o ami(o. A%i

na!, uma amizade como a de!es não podia erminar assim. 4ecero

Adam se senia ão cu!pado )uano e!a, pensou en)uano corria a/ o apare!ho. O

cora1ão dis

parou ao irar o %one do (ancho.

—

A!o" Adam, / voc8"

Ao %a!ar, percebeu )ue se en(anara. Os ru*dos da !inha !he mosravam )ue se



raava de uma chamada inernaciona!.

—

Acho )ue não, menina — disse uma voz mascu

!ina. — A)ui / o io 2ear.

—

Tio 2ear"

Bianca seniu um apero no peio. Aconecera a!(u

ma coisa de errado com a mãe.

#!a esava morrendoE

O san(ue !he sumiu das %aces. Teve de se apoiar na mesa do e!e%one.

—

O )ue houve"

—

ão ire conc!us>es precipiadas. 2ua mãe es0 9ima. Apenas pe(ou um v=o

anerior ao previso. &ai che(ar ho$e, por vo!a das cinco da arde. #s0 udo bem" Podeir

busc0'!a"

—

2im, c!aroE — e;c!amou Bianca, o a!*vio %azendo'a senir'se me!hor.

—

Um ami(o nosso conse(uiu pass0'!a 3 c!asse e;e

cuiva desse v=o, sem nenhum



cuso adiciona!. 2eria boba(em não aproveiar.

—

Com cereza.

—

ão vou me demorar mais, menina. #sa !i(a1ão es0 me cusando um dinheirão.

Cuide bem da sua mãe.

—

Cuidarei, io 2ear. # obri(ada por a$udar com o dinheiro da passa(em.—

ão %oi nada. #!a merece. A/ !o(o.

—

A/ !o(o.

Bianca des!i(ou o e!e%one, sais%eia, embora um pouco en$oada. A che(ada

iminene da mãe rou;e 3 ona um pensameno. Pior do )ue er menido a e!a seria

encar0'!a para conar a verdade.

Percebeu enão )ue não conse(uiria. Prosse(uiria com a his9ria do casameno. #ra

me!hor )ue Adam não aparecesse. ão !i(aria para a universidade, nem pediria perdão.

29 eria de invenar uma descu!pa p!aus*ve! para $usi%icar'!he a aus8ncia.

7uem sabe pudesse dizer )ue a universidade o en

viara numa missão inesperada 3



H%rica... Para ensinar c0!cu!o aos pi(meus carenesE

s cinco e )uinze da)ue!a arde, Bianca esacionava o carro no esacionameno do

ermina! inernaciona! do aeroporo. 2enia'se a(iada e con%usa. ão %ora di%*ci! sairmais

cedo do servi1o, por/m o carro !he dera a!(um raba!ho. 4epois de %icar parado sob oso!

de novembro, não )ueria pe(ar. #!a precisou chamar um mec:nico para conser0'!o.

Por sore, era apenas su$eira no carburador. 5esmo assim, a!(um empo %oi perdido,

e a hora do rush che

(ou. Por esse moivo, Bianca demorou mais do )ue o previso para ir

do escri9rio ao movimenado 5asco. O re!9(io marcava cinco e vine e cinco )uandoe!a

che(ou ao pr/dio re%ri(erado do ermina!.

&eri%icou os hor0rios de che(ada de voos no monior suspenso. O avião aerrissar0

havia dez minuos. Bian

ca se apressou a/ o porão B, senindo'se aca!orada e a%!ia. A

mãe ainda eria de passar pe!a a!%:nde(a. Doi a/ o oa!ee, reocar a ma)uia(em e

penear os cabe!os. Prendeu'os no opo da cabe1a com uma presi!ha azu!'escura. A



mãe

sempre a recriminava por não se arrumar, não era" Pois na)ue!a arde eria uma

surpresa.

Bianca vesia um cosume bem %eminino de saia e b!usa, com %!ores azuis e ma!vas.

5ordeu o !0bio in

%erior en)uano !avava as mãos, ima(inando se o ani(o ane! de

amizade, presene de Adam, passaria por uma a!ian1a de casameno. ão possu*amuias

$9ias, e a)ue!a havia sido a op1ão de 6!ima hora.

+espirando %undo e recobrando o %=!e(o, Bianca sorriu ao se ver no espe!ho.

Precisava maner a ca!ma, ou a mãe noaria )ue a!(uma coisa esava errada. 5aPeer'

son conse(uia perceber de !on(e meniras e menirosos. Bianca se surpreendeu ao

che(ar ao porão B. A mãe $0 esava !0, o o!har em busca de um roso co

nhecido. Lo(o viu

a %i!ha, e seus o!hos se encheram de !0(rimas. Bianca amb/m seniu as p0!pebras mo

'

!hadas en)uano corria a abra1ar a mãe. A 6nica pes

soa a conhec8'!a e a compreend8'!a



de %ao.

A/ a)ue!a semana, pensara o mesmo de Adam. 5as esava en(anada. # do*a

muio er de admiir isso.

5ãe e %i!ha permaneceram unidas num !on(o e si

!encioso abra1o. As pa!avras não

eram necess0rias. 5esmo por)ue nenhuma das duas conse(uia %a!ar. Di

na!mene, Bianca

a%asou'se um pouco, apenas o su

%iciene para conemp!ar 5a. — &oc8 es0 9imaE —

e;c!amou. # esava mesmo. ão se parecia em nada com a mu!her so%rida e %raca,

esendida numa cama de hos

pia!, de seis meses ar0s. #sava mais encorpada, o roso

corado e um bri!ho inenso nos be!os o!hos azuis. Bianca permaneceu im9ve!, umsorriso

nos !0bios. A mãe se recuperara. Por/m, no %undo de seu cora1ão, ainda resavam

a!(umas d6vidas. Temia )ue a !ua con

ra a doen1a ainda não ivesse erminado. #m



razão disso, não %aria nem diria nada )ue a pudesse aborrecer.

—

Onde es0 Adam" — per(unou 5a. — #sacio

nando o carro"

Bianca en(o!iu em seco, sorriu e pariu para a men

ira mais recene<

—

a verdade, e!e não p=de vir. In%e!izmene, sua visia coincidiu com uma s/rie de

pa!esras nos #sados Unidos. Adam eve de paricipar. Dicou muio desaponado, masa

via(em era muio imporane para sua carreira.

—

Oh, )ue pena... #u esperava v8'!o oura vez. 2abe como adoro a)ue!e (aroo.

2empre soube )ue e!e era a esco!ha cera para voc8. Dico %e!iz )ue enha percebidoisso.

?osaria )ue %osse com e!e 3 #sc9cia. 7uero apresen0'!o ao reso da %am*!ia.

—

#u... sim, c!aro, mamãe. — ão sabia mais o )ue dizer. Come1ou a senir raiva

de Adam, por 8'!a %eio passar por a)ui!o. # por %or10'!a a menir da)ue!e $eio por)uinze

dias, en)uano se diveria com a nova na



morada. — &amos sair da)ui — disse, meio

brusca.

A mãe !he !an1ou um o!har duro e inuiivo.

—

F0 a!(uma coisa errada, )uerida" Bianca sorriu, para despisar.

—

#rrado" O )ue poderia esar errado"

—

ão sei...

#!a omou o bra1o da mãe e riu, zombeeira.

—

2ua bobinhaE ão me sino ão %e!iz assim h0 anos. &amos nos diverir ano...

Tirei duas semanas de %o!(a do servi1o. &amos pinar 2idne de verme!hoE

Bianca come1ou o re!ao de udo o )ue havia p!a

ne$ado para as duas. 7uando $0

esavam a caminho no carro, o o!har de preocupa1ão de 5a desaparecera porcomp!eo.

—

7ue aparameno maravi!hosoE — e!o(iou a sra. Peerson, ao sair para a sacada.

—

2im, / mesmo — concordou Bianca, um ano surpresa.

a rea!idade, não se imporava com a)ue!as coisas. Para e!a, um !ar si(ni%icava

apenas um banheiro, uma cama con%or0ve! e uma cozinha, para preparar as re%ei1>es.



Por/m, depois do comen0rio da mãe, p=s'se a o!har ao redor. O aparameno era

espa1oso e moderno, as paredes muio brancas, o $o(o de so%0s em couro cas

anho,

carpee be(e ave!udado, dea!hes de bom (oso. #savam a a!(uns )uareir>es da praia

de Co!!aro, e a visa para o oceano Pac*%ico era esupenda.

Apesar de não perencer 3 cae(oria !u;o, o im9ve! cie dois dormi9rios era muio

con%or0ve!.

—

# de voc8s ou / a!u(ado" — per(unou a sra. Peerson, virando'se.

Bianca mordeu o !0bio diane da per(una. #ra de Adam ou a!u(ado" ão sabia.

unca ivera a curiosi

dade de per(unar. em e!e a oporunidade de !he conar. 4evia ser

o proprie0rio, pensou. Por isso a dei;ava viver de (ra1a a!i. 5as não inha cereza.

—

Ainda esamos pa(ando — respondeu, caue!osa. A mãe %oi a/ a cozinha, onde

Bianca come1ara a preparar ch0.

—

Pensa em er %i!hos !o(o" — per(unou 5a, esperan1osa.

Bianca seniu um apero no peio. 2abia onde a mãe )ueria che(ar. Provave!mene,



inha o dese$o de ser av9 anes de morrer.

—

Ainda não — respondeu, sem (ra1a.

—

&oc8 sabe )ue pode demorar a en(ravidar, não sabe"

—

2im, sei.

Bianca s9 mensruava a!(umas vezes por ano. o come1o da)ue!e ano, havia

omado p*!u!a, no es%or1o de re(u!ar o cic!o mensrua! e aumenar o n*ve! de esr9(eno.

Conudo, os e%eios co!aerais, en$oo e on

ura, a %izeram parar havia cerca de r8s

semanas. #sava cera de )ue a mensrua1ão ari%icia! )ue se se(uira ao raameno

seria

a 6!ima por muios meses.

2uspirou ao pensar na %rusra1ão )ue senia em re

!a1ão ao pr9prio corpo. 4aria udo

para ser uma ama

zona com seios (randes, pernas !on(as e um cic!o mens

rua! re(u!ar.

Todos os meses. Como um re!9(io.



—

Ta!vez voc8 precise omar a)ue!as p*!u!as de %er

i!idade — su(eriu 5a —,

embora e!as possam resu!ar em mais de um %i!ho. ão acho )ue v0 )uerer isso.

—

Com cereza não.

Bianca $0 achava di%*ci! !idar com um beb/ de cada vez. ão podia nem ima(inar

(/meos.

—

Adam )uer muios %i!hos"

—

&amos mudar de assuno" Adam e eu esamos casados h0 poucos meses. Aceia

um biscoio para acompanhar o ch0" O $anar ainda vai demorar.

A sra. Peerson enendeu a resposa e encerrou o assuno. Anes, por/m, deu uma

boa o!hade!a na %i!ha. Bianca suspeiou de )ue o si!8ncio repenino %osse em

por0rio.

Passou a emer pe!o reso da )uinzena.

As horas se passaram depressa. Anoieceu. O $anar de (a!inha ai!andesa com

arroz %oi um sucesso. #!a esperava )ue a mãe %osse dormir cedo, em razão do %uso



hor0rio, mas 5a insisia em se acosumar !o(o ao hor0rio de 2idne. Assisiram enãoa

um %i!me na e!evisão anes de se preparar para dormir.

Bianca preparou um choco!ae )uene. #n)uano o saboreavam, reso!veram senar'

se no so%0 e assisir ao noici0rio nourno. Come1aram a ver uma repora(em cobrindo a

pr/'esr/ia de um novo %i!me ausra!iano.

Favia apee verme!ho, !imusines brancas, %ãs (ri

ando e, evidenemene, asros e

esre!as. Fomens (ar

bosos e so%isicados, em smo-in(s soberbos, e mu!heres

(!amourosas em vesidos de bai!e e;a(erados. Um mundo %a!so, Bianca pensava,)uando

de repene um roso conhecido encheu a e!a.

#!a não p=de acrediar no )ue via. #ra Adam, ves

indo um da)ue!es smo-in(s

soberbos, abra1ado a uma da)ue!as mu!heres (!amourosas, com um vesido de !am8

dourado, decoado.

—

ão / Adam" — inda(ou 5a, con%usa.



—

Oh, por %avor, dei;e'me ouvir issoE — Bianca a repreendeu, desesperada para

ouvir o )ue dizia o !ocuor.

ão parou nem para pensar como a)ui!o iria a%ear a his9ria de o suposo marido

esar nos #sados Uni

dos, rea!izando ino%ensivas pa!esras...

—

# eis 2ophie La 2a!!e che(andoE — saudou o !ocuor. — Dez um pe)ueno pape!

nese novo e au

dacioso %i!me, mas esperamos )ue a!(um produor per

ceba )ue o p6b!ico

espera ver mais da (!oriosa ariz num %uuro pr9;imo. 2em mencionar o )ue esamos

vendo esa noie, c!aroE 7ue vesido !indoE # )uano a seu e!e(ane acompanhane"ão o

reconhe1o. Ta!vez se$a um dos produores do sho. 2aberemos mais a seu respeio

durane o resane da noie, na %esa p9s'esr/ia. 5aneremos voc8s in%ormados.

Bianca se en%ureceu en)uano observava Adam pas

sar o bra1o com inimidade ao

redor da errive!mer%e e;uberane criaura, de cinura de pi!ão.



—

Bianca, a)ue!e não / Adam" — insisiu 5a.

#!a não respondeu, os o!hos %i;os na e!a. 5ais espe

ci%icamene, no o!har sorridene

e apai;onado com )ue Adam conemp!ava a)ue!a mu!her de roso per%eio, es

co!ando'a

para o inerior do earo. @amais percebera como o sorriso de!e era se;. em como era

bonio.

4esde )uando o ami(o se ornara ão bonio"

—

Bianca" — a mãe inerrompeu'!he os pensamen

os, impaciene.

—

2im, / Adam.

—

5as... mas...

—

O pi!anraE — acrescenou e!a, irada, sem se imporar com mais nada. #sava

possu*da por um ci6me doenio.

#sse 6!imo senimeno a %ez !evanar'se e caminhar a(iadamene pe!a sa!a. ão

podia senir a)ui!o. Ci6



me era sinoma de )uem amava. # e!a não amava Adam. ão

da)ue!e $eio. #!e a chamara de possessiva e e(o*sa, o ma!vado. Bianca não o )ueria,

c!aro. 5as não (osaria de v8'!o com mais nin(u/m.

—

7uerida — a mãe disse com %irmeza, en)uano se !evanava e des!i(ava a

e!evisão. — &oc8 pode parar por um insane e me e;p!icar o )ue es0 aconecendo"Bianca se es%or1ou para recuperar o conro!e. +e

composa, decidiu conar oda a

verdade. ão preen

dia %in(ir )ue Adam a rocara por a)ue!a be!dade !oira, embora

senisse )ue isso %osse verdade.

—

2ino muio, mamãe. ão %ui comp!eamene sin

cera com voc8.

—

Bem, isso / evideneE Adam não via$ou para os #sados Unidos. # não es0

rea!izando pa!esra a!(uma.

—

# o )ue parece — concordou Bianca, enre denes.



—

#!e a abandonou, não %oi" # em um caso com a)ue!a arisaE

—

Creio )ue / isso mesmo.

—

ão acredioE Pensei )ue Adam %osse di%erene. Isso s9 vem demonsrar )ue a

maioria dos homens não / con%i0ve!, especia!mene )uando e;ise uma mu'J!her

araene envo!vida. Como a (aroa bonia )ue s9 eve de piscar para seu pai saircorrendo

ar0s.

Bianca suspirou, cansada. #sava acosumada a ou

vir sobre a in%ide!idade do pai

desde a in%:ncia, e não )ueria escuar ouro sermão acerca da %a!a de %ibra mora! dose;o

mascu!ino.

Fora da verdade, decidiu, resi(nada.

#sava preses a come1ar a con%issão comp!ea )uan

do o ru*do da chave na pora

da %rene !he roubou a concenra1ão.

Ambas vo!aram'se a empo de ver Adam enrando, ainda vesido com o smo-in(.



5as o n9 da (ravaa'borbo!ea esava des%eio. #!e se surpreendeu ao ver 5aPeerson.

Coninuava ão be!o )uano na e!evisão, Bianca eve de admiir, con%usa. ão

conse(uia parar de encar0'!o, e se per(unava como não havia percebido isso anes.

Pe!a primeira vez, encarou'o como um homem adu!o.

O roso, apesar de não ser c!0ssico, era ine(ave!

mene muio bonio< as %ei1>es

m0scu!as e e;pressivas, combinadas aos ine!i(enes o!hos cinzenos, !he con

cediam um

ar maduro e con%iane. Os cabe!os casa'nho'escuros, )ue uma vez e!e usaracompridos

e sem core de%inid, esavam soberbamene corados, emo!

durando o roso. A boca, e!a

noou, possu*a um be!o %ormao, com o !0bio in%erior !i(eiramene mais (rosso.

Bianca (osava de homens com bocas sensuais. 5as odiou a)ue!es pensamenos

er9icos. Aborrecida con

si(o mesma, bai;ou o o!har e o se(uiu, procurando desesperada

por um de%eio )ue pudesse criicar.

+eparou no smo-in( caro, de seda misa, preo e muio araene. 4ecidiu, ma!dosa,



)ue a maioria dos homens %icaria bem com a)ue!a roupa. #ra como uma varinha de

condão. 7uem )uer )ue vesisse o ra$e, acabaria %icando maravi!hoso. um passe de

m0(ica.

#!a %iou os ombros !ar(os. ão enconrou nenhum amassado, nem nas man(as,

nem na e!e(ane ca!1a )ue escondia as pernas !on(as. Dranziu a esa ao en

ar !embrar a

6!ima vez )ue o vira de shor. ão conse(uiu. #!e raramene usava a)ue!e ipo deroupa.

A irria1ão aumenou )uando Bianca se deu cona de )ue nunca havia nadado com

e!e. Por )ue ainda não inham ido ao mar $unos"

Os o!hos cinzenos e surpresos de Adam enconra

ram os de Bianca. #!e consu!ou o

re!9(io de parede. 5eia'noie.

Cindere!a, pensou Bianca com %eroz sarcasmo, havia dei;ado o bai!e e reornado

para casa.

CAPITULO &

Adam s9 precisou de poucos se(undos para perceber o )ue ocorrera. A sra.

Peerson che(ara mais cedo do )ue o previso. # sua che(ada havia arrasado por



comp!eo a his9ria mirabo!ane in

venada por Bianca acerca da aus8ncia do GmaridoG.

#!e )uase desaou a rir. #ra um %ina! per%eio para uma noie horr*ve! de uma semana

horrenda. A 6nica coisa boa %oram as noies passadas no cassino, onde (anharaincr*veis

somas de dinheiro.

A ironia era )ue reornara na enaiva de a$udar a ami(a. A consci8ncia !evara a

me!hor. # esra(ara udo, obviamene.

Diou Bianca, pedindo descu!pas, mas %oi recebido por um o!har %urioso. O )ue e!a

eria dio sobre o ca

sameno dos dois" Adam esremeceu s9 de pensar.

—

O!0, sra. Peerson — cumprimenou, com um sor

riso in(/nuo. — #s0 com 9ima

apar8ncia. — O )ue era verdade.

5a sempre o adorara. A/ a)ue!e momeno...

—

O!0 — e!a disse, %irme. — #s0 com cara de cu!

pado. #spero )ue enha

reconhecido o seu erro e pe1a perdão a Bianca.



—

Perdão"

#!e o!hou na dire1ãp da ami(a, buscando uma e;

p!ica1ão. 2em sucesso.

—

ão adiana bancar o sr. Inocene — Bianca o repreendeu. — 9s o vimos no

noici0rio nourno, es

co!ando a ador0ve! 2ophie.

#!e eve de se coner mais uma vez para não rir. A)ui!o ceramene iria imprimir uma

mancha em seu comporameno....

Dosse como %osse, inha de admiir )ue o o!har de'saprovador da mãe de Bianca o

enchia de cu!pa e o dei;ava desconcerado. # não havia %eio nada demais!

—

Tenei $usi%icar sua aus8ncia, conando 3 mamãe )ue voc8 esava dando

pa!esras no e;eriorE — (riou Bianca, os o!hos azuis %aiscando, as %aces verme!has. —

5as voc8 esra(ou udo ao aparecer na companhia da)ue!a mu!herE O m*nimo )ue se

esperava era )ue manivesse o caso enre )uaro paredes, mas voc8 %ez )uesão de

e;ibi'!o ao mundo ineiro. Dez com )ue eu parecesse uma idioa, e não vou o!erar issoE

Adam ma! podia acrediar no )ue ouvia. unca a vira ão zan(ada. em ão !indaE #



$amais a vira usando uma saia ão %eminina, esvoa1ando a cada movimeno. Ima(inou'se

des!izando as mãos por suas pernas.

—

7uero )ue v0 emboraE — e!a (riou. — Apanhe suas roupas e v0E

Adam vo!ou a aen1ão aos o!hos de desprezo de Bianca. A %anasia se desmanchou

%rene 3 rea!idade. O prazer desapareceu. O cora1ão endureceu. 7uem e!a pensava

)ue

era, obri(ando'o a viver a)ue!e pape!ão diane de 5a"

4ecidiu paricipar do $o(o. 5esmo por)ue Bianca $urara )ue não o usaria oura vez.

#!e a adverira. 4evia 8'!o escuado.

—

ão enho a menor inen1ão de ir a !u(ar a!(um. #sa / minha casa, e voc8 /

minha esposa. &o!ei e não vou sair.

Bianca nem se)uer se vo!ou diane do conra'aa)ue. Adam eve de admirar'!he a

espiriuosidade. #!a $amais aceiava uma derroa.

—

&erdade" Posso saber o )ue causou essa mudan

1a" a semana passada, disse



)ue ia embora para sempre. A/ conou )ue se casaria com 2ophie. ão sei por )ue...

—

Os homens não se casam com mu!heres assim. Apenas as !evam para cama.

Adam ouviu a sra. Peerson suspirar, chocada. Bian

ca nem percebeu. #sava com o

san(ue )uene. ão podia disin(uir se a raiva inha como causa a menira ou a

conrariedade. 4ecidiu coninuar o aa)ue. ?os

ava de v8'!a assim. #ra como se Bianca

se imporasse com e!e.

—

Por )ue se preocupa com o )ue %a1o" unca me amou. 29 se casou comi(o para

a(radar 3 sua mãe. Por )ue não assume isso"

—

verdade" — inerveio 5a, a e;pressão deno

ando cho)ue e desaprova1ão.

—

ãoE — Bianca ne(ou, %uriosa.

—

#não es0 a%irmando )ue me ama"

—

2empre amei — e!a insisiu, as %aces ainda mais ruborizadas.



Adam sabia )ue Bianca $o(ava com as pa!avras. a verdade, re%eria'se ao amor

%raerna! )ue senia. Isso o en%ureceu.

—

#s0 brincando" — inda(ou, %rio. — #sava me amando )uando %oi ao moe! com

a)ue!e homem, no 6!imo %ina! de semana"

—

BiancaE — a mãe o%e(ou, assusada. — &oc8 nãoE

—

Oh, sim, e!a %ez — Adam prosse(uiu, en)uano Bianca abria a boca, em espano.

— O nome de!e / 4ere-. Um ha!ero%i!isa pro%issiona!. Uma parede de m6scu!os. @0deve

conhecer a predi!e1ão de sua %i!ha por homens %ores. #!a nunca escondeu isso.

—

Pensei )ue Bianca ivesse superado. Achei )ue esivesse com a cabe1a no !u(ar.

—

7uem pensa )ue /, %a!ando assim comi(o" — Bianca inerrompeu. — &oc8 e as

!oiras de seios imen

sos... 2ophie não %oi a 6nica, mamãe. Anes de!a, houve muias

ourasE

—

#não admie )ue as percebeu"



—

4i%*ci! seria i(norar, com essas mo1as des%i!ando por a)ui...

Adam riu, ir=nico.

—

Cuidado, )uerida, ou posso pensar )ue es0 com ci6me.

—

4e voc8" — e!a zombou.

Adam não pensou )ue Bianca pudesse ma(o0'!o ainda mais. o enano, en(anara'

se. Diou'a e a odiou. Com uma pai;ão ão inensamene sensua! )uano a amara.

—

#!a es0 e;a(erando, 5a. #ram apenas a!(umas a!unas paricu!ares.

—

#m )ue ma/ria" — Bianca ca1oou. — Kama 2ura"

—

ão. #ssas au!as eu (uardo para voc8 — e!e con'ra'aacou. — @uro, 5a, )ue

desde o meu casameno com sua %i!ha, nunca %ui in%ie!. — Isso era verdade, $0 )ueBianca

s9 anunciara a e;is8ncia do casameno no 6!imo %ina! de semana. — ão )ue eu nãome

sina enado — acrescenou, ma!icioso. — 5inha ado

rada esposa não me em dedicado

muia aen1ão. @0 %az ano empo )ue não dormimos $unos...

Os o!hos de Bianca %aiscaram.



—

2eria di%*ci! dormir com voc8. 5a! p0ra em casaE

—

#sou em casa a(ora — e!e disse, %rio, e observou com prazer como Bianca

!uava para se conro!ar.

—

#não ainda me ama" — e!a per(unou. — enhuma da)ue!as mu!heres eve

impor:ncia" Inc!usive 2ophie"

—

enhuma impor:ncia. &oc8 / a 6nica mu!her )ue amei, amo e amarei.

2eniu'se um o!o ao observar os o!hos arre(a!ados de Bianca. 4eva(ar, e!a sorriu.

Parecia sais%eia. Adam ran(eu os denes. Teria de apa(ar a)ue!e sor

riso, nem )ue %osse

a 6!ima coisa )ue %izesse.

—

7ueridoE — e!a e;c!amou com do1ura desmedida, correndo a abra10'!o e a bei$0'

!o no roso.

—

7uerida — e!e devo!veu asperamene, e, omando'!he o )uei;o, virou'a, bei$ando'

a na boca.

4e!eiou'se com a sensa1ão da)ue!es !0bios e com o $eio re!uane de!a. Como era



bom poder bei$0'!a as

simE 2abia )ue Bianca odiava a)ui!o, mas nada podia %azer. #sava

prisioneira das pr9prias meniras.

A sais%a1ão de Adam era paup0ve!. Ceramene sa

is%azia o *mpeo primiivo

mascu!ino de dominar a mu!her pe!a %or1a %*sica. #specia!mene )uando essa mu!herera

espiriuosa e desa%iadora como Bianca.

7uando er(ueu os !0bios, surpreendeu'se com o res

peio e a con%usão esampados

no o!har %eminino. 2e

(urou'a com %irmeza pe!os ombros e ornou a bei$0'!a.

2oube enão )ue esse não seria o 6!imo bei$o da noie. 4e %orma a!(uma.

—

Oh, )ue rom:nicoE — 5a murmurou.

—

2e disser mais uma pa!avra — e!e sussurrou, )uando Bianca respirou %undo —

vou conar oda a verdade 3 sua mãe. @uroE

#!a %echou a boca, mas os o!hos diziam muias coisas.

—

Por )ue não vai se deiar, 5a" — e!e su(eriu. — 4eve esar e;ausa. #u e



Bianca %icaremos bem. Temos de a(radecer sua visia, )ue co!ocou ordem nese casa'

meno #s0vamos em dire1ão a um desasre, sabe"

—

o )ue ve$oE

—

ão %iz nada com 4ere- na semana passada — Bianca insisiu, mais parecendo

uma menina pe(a %a

zendo are. — 29 )ueria provocar ci6me em Adam, %az8'!o senir

como / ver )uem amamos com oura pessoa.

Como se e!a soubesseE @amais havia amado nin

(u/m. #m oda a sua vidaE

—

Acho )ue os dois a(iram como crian1as — 5a ponderou. — #são maduros

demais para brincadeiras.

—

Che(a de brincadeiras. Promeo — disse Adam.

—

Dico %e!iz. — 5a boce$ou.

—

&0 se deiar.

—

2im, esou muio cansada. # che(a de bri(as. Adam abra1ou Bianca por r0s,



pu;ando'a para $un

o de si. Conemp!ou'a com imenso carinho.

—

#sarei muio ocupado, bei$ando sua %i!ha, para bri(ar. 5a sorriu, aprovando.

—

Da1a isso. Parece %uncionar. @amais inha viso Bianca ão submissa. Boa noie,

)uerida. Dico ão %e!iz por erem %eio as pazes...

—

2orria, Bianca — e!e sussurrou bai;inho, en)uan

o maninha um sorriso %a!so de

adora1ão.

#!a obedeceu e deu boa'noie 3 mãe. 5as, ma! a pora do )uaro de h9spedes se

%echou, !iberou'se.

—

Como ousa" — A(arrou'o pe!o co!arinho e o ar

rasou a/ a cozinha. — ão inha

o direio de conar sobre 4ere-E 2ei )ue não !i(a para essas coisas, mas eu enho meus

va!ores morais. @amais comeeria adu!/rioE

—

7ue 9imo. Dico %e!iz, especia!mene a(ora )ue esamos casados.

—



ão se$a rid*cu!o. 2abe )ue não / um casameno de verdade.

—

#saremos casados nos pr9;imos )uinze dias. # enciono aproveiar odos os

aspecos posiivos disso. Uma compensa1ão pe!os ne(aivos, di(amos assim.

—

Aproveiar" — e!a repeiu, empa!idecendo. — O )ue )uer dizer com isso"

Adam não sabia ao cero, mas $0 esava endo umas ideias bem e;cianes.

—

O )ue acha" Posso não esar mais apai;onado, mas ainda a )uero. @0 )ue não

posso er as minhas G!oirasG en)uano sua mãe esiver a)ui, erei de me conenar com

voc8.

Adorou o o!har de espano de!a.

—

&oc8 não ousariaE

—

#;perimene.

—

ão vou permiir.

—

ão mesmo" — Adam er(ueu uma das sobran

ce!has e acariciou'!he

audaciosamene o seio es)uerdo.



Bianca deu um sa!o para r0s, mas não conse(uiu impedir )ue e!e senisse o

mami!o enri$ecer conra a b!usa. @amais usava suiã.

A resposa invo!un0ria o provocou.

—

#u... não o )uero assim — e!a disse, enando soar convincene.

Adam apenas sorriu. Bianca não poderia %eri'!o mais. @0 u!rapassara a %roneira

enre amor e 9dio. #nconrara uma nova emo1ão. Poderia %az8'!a dese$0'!o. #savacero

disso.

Por/m não diria nada, ou e!a !uaria conra o sen

imeno. #ra eimosa e or(u!hosa.

—

ão impora. 4eie'se e pense na sa6de, na %e

!icidade de sua mãe. Ou na minha.

A%ina!, sou seu me!hor ami(o, não sou" # voc8 me ama. Ou ao menos $0 me disse isso

in6meras vezes. ão ia )uerer me %azer so%rer por suas meniras, não /"

—

2o%rer" — e!a repeiu, sem enender.

—

Conrariamene 3 ideia )ue %az de mim, sou um homem com enorme dese$o



sensua!. ão posso dei;ar de anecipar com horror uma )uinzena ineira sem se;o. 2e

não )uer )ue eu me desvie, er0 de me maner sais%eio. a cama.

—

#u devia er conado a verdade 3 mamãe...

—

Ta!vez. 5as a(ora / arde.

—

unca / arde.

Adam conemp!ou'!he os !0bios carnudos e come1ou a ima(inar de )uanas

maneiras os )ueria.

—

Oh, eu acho )ue / — disse, envo!vendo'a nos bra1os.

CAPITULO &I

Bianca não podia acrediar no )ue aconecia. Adam a bei$ava, dando'!he imenso

prazer. ão, não era prazer. Pa!avra errada. #sava con%usa demais para senir prazer.

Por/m, não podia ne(ar )ue seu corpo correspondia 3 pai;ão voraz dos !0bios de!e,

3)ue!e abra1o poderoso a envo!v8'!a. 4erreia'se aos poucos, encora$ando'o comavidez.

7uerendo mais.

Adam a arrebaou do chão e a conduziu a/ a sa!ea. Co!ocou'a no enorme so%0.

2em parar de bei$0'!a.



Bianca esremeceu de prazer e de ansiedade.

G2im, pode me ocar assimG, dese$ou. GOh, sim, como / bom... ão pare....G

ão podia mais coner os (emidos de e;cia1ão.

GPor %avor, não permiam )ue e!e pare. Por %avor...G

5as e!e parou. +eirou a mão e !evanou'se. A$eiou as roupas e irou o cabe!o do

roso.

—

A)ui não — disse, os o!hos %rios conemp!ando'!he o roso corado e con%uso. — #

não desse $eio.

Pariu em dire1ão 3 su*e principa! anes mesmo )ue Bianca pudesse or(anizar os

pensamenos. #!a ma! conse(uiu coner o cora1ão disparado ao se !evanar do so%0, o

corpo in%!amado pe!o dese$o.

Correu ar0s de Adam. #nconrou'o $0 na su*e, pen

durando o pa!e9

cuidadosamene no c!ose. ão apa

renava nenhuma in)uiea1ão )uano ao )ue acaba

'

vam de vivenciar. #ra como se não ivesse havido nada de incomum.

a opinião de!a, por/m, udo se reve!ava e;raordin0rio.

—



Adam, eu...

Fesiou, disra*da ao v8'!o despir a camisa branca. O bronzeado da pe!e, os ombros

!ar(os, o 9ra; reco

bero de p8!os ne(ros...

#!e caminhou a/ o ceso de roupa su$a e deposiou a camisa, os movimenos

desacando os m6scu!os ra

ba!hados dos bra1os e das cosas.

—

Anda %azendo muscu!a1ão" — e!a per(unou, res

senida por desconhecer a)ue!e

dea!he.

Um sorriso se %ormou nos !0bios viris.

—

2im, %a1o muscu!a1ão. # condicionameno %*sico. F0 uns dez anos, re(u!armene.

—

OhE — %oi udo o )ue Bianca conse(uiu dizer, o o!har de admira1ão (enu*na a

se(ui'!o para o banheiro con$u(ado.

—

?osaria de se $unar a mim" — e!e per(unou num om %rio e casua!, o!hando

para r0s.

Bianca piscou. 2e (osaria" 2eniu a cabe1a e o co



ra1ão pu!sando com %or1a.

Perdera o chão. ão sabia mais o )ue esperar de Adam, ou de!a mesma. #ra como se

%osse um esranho... um esranho muio se;.

4ese$ava a)ue!e homem. Oh, sim, e como !ouca.

5as aonde udo isso a !evaria" Um re!acionameno com o ani(o Adam, a )uem

pensara conhecer ão bem, acabaria em casameno e %i!hos, em uma re!a1ão es

0ve! de

amor e compromisso. Pois o ani(o Adam a amara de %ao.

5as esse novo Adam escondia ouras perspecivas. Possu*a uma %rieza e uma

dureza )ue e!a não conse(uia e;p!icar ou enender. 2er0 )ue 2ophie o havia re$ei

ado,

provocando'!he aversão 3s mu!heres" Bianca ma! podia acrediar no modo impiedoso

como havia e!e or

cera a his9ria do casameno. #m como a %or1ara a bei$0'!o e a aceiar

seus carinhos.

GOh, vamos !0EG, uma vozinha inerna a inerrompeu. GDor1ando" Adam não a

obri(ou a bei$0'!o. &oc8 eria permiido )ue e!e %izesse )ua!)uer coisa, e ainda eria



imp!orado por mais.G

7ue conc!usão mais surpreendeneE Como e!e con

se(uira ara*'!a sensua!mene

da)ue!a %orma" 4e onde vinha a)ue!a e;cia1ão"

A)ue!a nova e envo!vene sensa1ão a compe!ia a enrar no banheiro. 5as

permaneceu im9ve!, conem

p!ando a nudez do ami(o, pesarosa ao !embrar de como e!e a

havia machucado, havia anos anos.

#nreano, noou )ue Adam ainda não esava e;

ciado, e surpreendeu'se. Como

não, depois de odas a)ue!as car*cias no so%0"

—

#s0 (osando do )ue v8" — e!e inda(ou, $0 no banheiro.

—

2im.

ão era cosume de Bianca ser pudica em re!a1ão a se;o, mas a a%irmaiva veio

numa voz (rave, em razão da (ar(ana seca.

Adam sorriu %riamene en)uano se diri(iu a e!a.

—

#não, o )ue esamos esperando" — per(unou, a voz rep!ea de sarcasmo. —



Aposo como na primeira vez com o ve!ho 4ere- voc8 não demorou ano a se despir.Ou

pre%ere )ue eu !he ire a roupa"

#!a $amais se senira ão devassada. 7ueria ma(o0'!o de a!(uma %orma, mosrar )ue

não seria raada da)ue!a maneira. 5as, ao conr0rio, airou'!he os bra

1os ao redor do

pesco1o, e, na pona dos p/s, bei$ou'o, comprimindo o corpo conra o de!e.

—

2im. — Bianca respirou, o%e(ane, provocando ne!e um arrepio. — 2im, pre%iro

ser despida.

Adam enou em vão coner a e;cia1ão )ue o inva

diu. A(ora Bianca buscava

assumir o conro!e da si

ua1ão. ão permiiria. +eomando o conro!e sobre o dese$o,

a%asou'se o su%iciene para abrir'!he os bo>es da b!usa, se(uro e ran)ui!o.

A visão da)ue!es seios pe)uenos e per%eios, com mami!os inchados e r*(idos,

perurbou'o ainda mais. Por/m, Adam coninuou a despi'!a sem pressa, abrin

do'!he o



z*per da saia, des!izando'a pe!os es(uios )ua

dris a/ o chão.

A(ora, a 6nica coisa )ue o separava de Bianca era uma ca!cinha de seda e renda.

#n)uano irava'!he a pe1a, não conse(uiu mais se(urar a e;cia1ão.

4esvenci!hou'se apressadamene e correu a/ o chu

veiro, acionando as orneiras.

A$usou a emperaura, enando recuperar o conro!e.

5ais uma vez no comando da siua1ão, p=de encar0'!a.

Bianca remia )uando e!e se vo!ou e a conduziu ao chuveiro )uene. 5as não era

de %rio. #ra de e;cia1ão. # de ansiedade.

A 6nica decep1ão de!a era perceber )ue o dese$o de Adam não era ão %ore. 7ueria

v8'!o en!ou)uecido. Apai;onado. A)ue!a %rieza aumenava'!he a vonade de se submeer

por comp!eo a odas as suas %rias imposi1>es se;uais.

Onde esaria o Adam )ue um dia a se(uira por odos os canos como %ie! escudeiro"

A)ue!e )ue eria se co

!ocado a seus p/s"

Favia sumido, e e!a precisava aceiar o %ao. O es

ranho )ue a en!ou)uecia com um



sabonee, acarician

do'!he o corpo odo, )ue brincava com os mami!os, mas'sa(eava os

)uadris, as pernas, in%!amando'a ainda mais, não era o bom e ve!ho Adam.

Bianca remia oura vez )uando e!e des!i(ou o chu

veiro e passou a en;u(0'!a.

Carre(ou'a nos bra1os a/ o )uaro, conemp!ando'a a cada insane. Co!ocou'a sobrea

cama macia. #!a percebeu uma cene!ha de d6vida em seu o!har.

Para Bianca, era arde demais. ão inha mais d6

vidas )uano ao )ue deveriam

%azer. 4ese$ava'o, e de uma maneira )ue $amais e;perimenara. Passou as mãos aoredor

do pesco1o %ore e o envo!veu, bei$ando'o com pai;ão.

#n!a1ou'o com as pernas, aperando o corpo conra o de!e. Adam correspondeu.

Tomou'!he o roso nas mãos e a %iou en)uano %aziam amor de %orma se!va(em.

Bianca %echou os o!hos, enver(onhada por a)ue!e esado de enre(a oa!. Abriu a

boca ao senir )ue o c!*ma; se apro;imava. 2uspirou e (emeu de prazer en)uano se

conorcia, a ensão invadindo odo o corpo.

2aber )ue e!e )ueria observ0'!a ain(ir o pono m0



—

7ue não usei preservaivo. # voc8 não %ez nada para me impedir.

—

OhE — e!a e;c!amou, suave, um %rio a invadir'!he o venre. ão inha o )ue dizer.

ão havia pensado direio.

—

2im, ohE — e!e repeiu, encarando'a. — #spero )ue não se$a sempre assim. 2ei

)ue voc8 oma ani

concepcionais, mas ho$e em dia e;isem ouras coisas envo!vidas, não

/"

Bianca ia conar )ue não esava omando nada, mas se deeve. Presseniu )ue não

eria nada a (a

nhar com mais a)ue!a con%issão. A chance de en(ra

vidar depois de uma

6nica vez era remoa. Podia ser ne(!i(enciada.

5as seniu )ue Adam não %icaria nem um pouco %e!iz, mesmo com essa remoa

possibi!idade. a ver

dade, e!e parecia muio aborrecido.

—



2empre usa preservaivo" — e!a inda(ou.

—

# c!aro )ue simE

—

#não, por )ue não usou esa noie"

Adam aperou os !0bios, ressenido por er de ad

miir )ue havia perdido o conro!e.

—

Creio )ue no %undo eu sabia )ue voc8 omava a p*!u!a. #, a!vez

inconscienemene, eu não )uisesse usar camisinha.

—

Di)ue cero de )ue no %uuro vou e;i(ir )ue use, $0 )ue não posso con%iar em

voc8. 4a mesma %orma como não con%ia em mim. — Bianca se chocou ao ver umsorriso

ma!icioso nos !0bios de Adam. Dicou apreen

siva. — Por )ue es0 rindo"

Onde esava a zan(a de Adam" ?osava de v8'!o zan

(ado. 4ava'!he mais

se(uran1a. 2abia !idar com isso.

—

#sou rindo de voc8 — e!e disse, e esicou a mão a/ o seio, acariciando'!he o

mami!o.



Bianca %icou esarrecida )uando percebeu onde e!e )ueria che(ar. Para!isada a

princ*pio, a%asou'!he a mão no insane se(uine.

—

O )ue es0 %azendo"

—

O )ue acaba de me su(erir — e!e respondeu, senando'se.

—

5as não %iz su(esão a!(umaE

—

2im, %ez. Pediu )ue usasse o preservaivo no %u

uro, su(erindo uma nova sessão

de amor. # acho )ue o %uuro, minha )uerida esposa — e!e murmurou, en

)uano

acariciava'!he os seios —, o %uuro... $0 che(ou.

Bianca recobrou o %=!e(o com es%or1o en)uano Adam a omava nos bra1os e a

empurrava de encon

ro aos ravesseiros. O (rio na (ar(ana %oi aba%ado por um bei$o.

—

7uieinha. ão vai )uerer acordar a mamãe, vai"

#não, a bei$ou por um empo inermin0ve!, a/ Bianca se submeer e se es)uecer

de (riar. Dora do



minada mais uma vez pe!a pai;ão.

CAPITULO &II

Adam !evou a bande$a com o des$e$um para o )uaro. Aperou os !0bios ao

vis!umbrar a nudez de Bianca, )ue, esendida de bru1os sobre a cama, ainda dormia, os

!on(os cabe!os ne(ros espa!hados em desa!inho pe!os !en19is de ceim. #ra o rerao do

eroismo< es(oada por uma noie de amor e de!*cias sensuais.

2e ao menos a mãe pudesse v8'!a na)ue!e insane... 5as a sra. Peerson dormia

um sono ran)ui!o.

Adam co!ocou a bande$a com cuidado sobre o criado'mudo, senou'se na cama e

aproveiou para apreciar as curvas %emininas. ão p=de resisir 3 ena1ão de bei$0'!ana

nuca e descer a !*n(ua por suas cosas.

—

Pare — e!a resmun(ou, a%asando'se. +eraiu o corpo, ainda de o!hos %echados.

Bianca sempre se )uei;ava dos seios pe)uenos e da bai;a esaura, mas, para e!e,

era per%eia. Adorava as %ormas curvi!*neas, os seios )ue cabiam na pa!ma da mão.

O cora1ão disparou ao recordar a noie anerior. 4a %orma como a %or1ara a ceder.

ão podia dizer )ue esava or(u!hoso disso, mas Bianca não !uara por mui

o empo. o



%ina!, )uisera'o ano )uano e!e a )ueria.

# Adam a dese$ara ano... Ima(inara muias coisas ao !on(o dos anos, mas nunca

ivera a oporunidade de %azer. Bem, a(ora muias dessas %anasias inham se ornado

rea!idade. A pai;ão permanecia. O amor. Amava'a mais do )ue nunca. 7ueria 8'!a para

sempre. Como esposa de verdade.5as sabia )ue Bianca $amais seria sua, ou de )ua!

)uer ouro homem, para sempre.

Tivera sore por 8'!a por a)ue!es momenos. O comporameno submisso da noie

anerior não inha nada de e;raordin0rio. A 9r

rida pai;ão, as car*cias mais *nimas nada

si(ni%ica

vam. #!a era assim.

Adam conhecia a verdade. Um con$uno de siua1>es %oruias o haviam !evado a

ain(i'!a em seu ca!canhar de A)ui!es, o se;o. Bianca apenas correspondera.

7uando se senia se;ua!mene ara*da por um ho

mem, ornava'se a/ obsessiva.



%acea. Precisava caivar'!he o ineresse se;ua!. Possu*a uma in%inidade de ouras

%anasias a rea!izar. &ivenciaria odas na)ue!a )uinzena.

4ebai;o do chuveiro, Bianca chorou. @amais se sen

ira ão con%usa. Ou ão

vu!ner0ve!. Ou ma(oada.

O moivo, c!aro, era Adam. ão o Adam ani(o, )ue conhecera e amara por oda a

vida. 5as o esranho senado a!i na cama.

a noie anerior, en)uano %aziam amor, e!e !he (riara o nome. Tivera cereza de

)ue a amava. 5esmo depois, )uando as e;i(8ncias de Adam se ornaram maisousadas,

senira'se con%iane. #savam %azendo amor. ão era apenas se;o. Poderia $urar.2enira

uma pai;ão muio especia! em cada bei$o, cada car*cia.

A(ora não inha mais cereza. A %orma como Adam a encarara, o modo como !he

%a!ara... 2enira'se ão... ma!'amadaE

As !0(rimas aumenaram de vo!ume. Coisa inco'mum ne!a. Pensar )ue havia se

apai;onado por Adam )uando e!e $0 não se ineressava por e!a a incomo

dava demais.



)ue!a semana. Ta!vez %osse por isso )ue Adam dei;ara de am0'!a. A vida

em comum na)ue!e 6!imo ano havia !he abero os o!hos. A(ora, e!e via a verdadeira

Bianca, inconse)uene e super%icia!.

5esmo assim, a super%icia!idade não o impedira de se apro;imar e pari!har da noie

de amor, e!a pensou com raiva, en;u(ando'se. Adam havia se aproveiado da siua1ão.

Tomara !iberdades inima(in0veis. 2em d6

vida esperava ober mais re(a!ias nas noies

se(uines.

O cora1ão de Bianca disparou diane da)ue!a pers

peciva. ão era uma pessoa

dada a $u!(ar as pr9prias %a!has. A ara1ão se;ua! podia ser uma coisa super%i

cia!, mas os

prazeres da carne inham !0 seus araivos. 4essa vez, a cu!pa precisava ser pari!hada.

7uem acrediaria )ue um (aroo desen(on1ado, )ue !he irara a vir(indade anos anes

sem a menor habi!idade, se rans%ormaria num amane %an0sico"

O ci6me broou )uando e!a se !embrou de 2ophie. 2er0 )ue amb/m com a ariz



—

Bom para voc8. 5as não sou seu namorado. 2ou seu marido de menira.

—

# a mesma coisa.

—

Oh, não. em um pouco. 5as, se isso a %az %e!iz, (arano )ue não dormirei com

2ophie nesas duas se

manas. 5esmo por)ue acho )ue sua mãe não aprovaria se eu

sa*sse de casa odas as noies, não /" 2ophie / uma pessoa nourna. A!/m do mais,por

)ue eu pre

cisaria de!a se enho voc8"

Bianca esremeceu diane da ideia. 5as não se sen

iu enver(onhada do )ue havia

%eio. Por )ue deveria"

2empre ivera a mene abera em re!a1ão a se;o. ão era hip9cria. 7uisera %azer

amor com Adam e não ne(aria isso. O novo Adam, por sina!, não era doce e mei(o,nem

esava !oucamene apai;onado por e!a. 4uvidava )ue e!e amasse a!(u/m. #ra um

e(o*sa, sem d6vida.



#ssa conc!usão a !evou a um oura. #ncarou o ami(o.

—

unca pensou em se casar com 2ophie, não /"

—

ão.

—

#não por )ue me disse o conr0rio"

Adam se !evanou e conraiu os ombros. ,

—

a ocasião, achei conveniene.

—

&oc8 meniu para mimE

—

2im, acho )ue meni.

Bianca aba!ou'se diane da con%issão. # do sorriso c*nico. 2er0 )ue a!(um dia o

conhecera de %ao" Onde acabariam as surpresas" Apesar de udo, precisava admiir,

Adam se ornara um homem muio inri(ane. # e;ciane.

—

&ai vo!ar para e!a )uando esa )uinzena ermi

nar" — per(unou, ressenida da

poss*ve! resposa.

—

7uem sabe" Ta!vez. 4epende.



—

4o )u8"

—

4e voc8.

Bianca seniu um arrepio )uando e!e ocou'!he a nuca, pu;ou'a e cobriu'!he a boca

com um bei$o apai

;onado. o in*cio, enou se rebe!ar, mas acabou por se submeer.

2empre ivera uma )ueda por homens decididos.

O bei$o %oi %icando mais suave. Adam su(ou'!he os !0bios com de!icadeza, dei;ando'

a em 8;ase. Poderiam permanecer assim para sempre. ão havia pressa. Um nos

bra1os do ouro, $unos. Bianca $amais senira a!(o seme!hane. #ra !indo demais.

—

Adam — sussurrou, r/mu!a, )uando as bocas se apararam.

—

2im"

—

#u...

Conse(uiu se deer anes de %a!ar o!ices. Precisava parar de con%undir as coisas.

A)ue!as sensa1>es não eram amor. Apenas uma oura %acea do se;o. Uma area ainda

não e;p!orada.



A)ue!e novo Adam riria se !he conasse esar apai

;onada. Ou se promeesse %icar

com e!e para sempre. Bianca )uase riu de si mesma. 7ue o!aE Como se a!(um dia

pudesse promeer uma coisa dessas a a!(u/m...

—

O )ue voc8 )ueria me dizer"

#!a i(norou a decep1ão momen:nea e conemp!ou os o!hos cinzenos com um

sorriso radiane.

—

7ueria apenas saber se eu e mamãe podemos ir 3s corridas com voc8.

CAPÍTULO &III

ão posso ir 3s corridas ho$e. #s

ou muio cansada da via(em — 5a disse. — 5as

voc8s dois devem ir. Dicarei muio bem a)ui. A )ue horas pensam em reornar"

—

A 6!ima corrida / 3s )uaro e meia — Adam in%ormou —, mas cosumo sair

anes. 4iria )ue esa

remos de vo!a !0 pe!as seis. ?osaria de $anar %ora esa noie, 5a"

—

#sa noie não. 5as direi o )ue me a(radaria...

—



as sobrance!has.

—

#não / assim )ue (anha dinheiro nas corridas, não /" A prop9sio, preciso !he

conar. 5amãe achou esranho minhas roupas esarem no )uaro de h9spe

des. 4isse'!he

)ue voc8 em muias coisas e )ue o ar

m0rio era pe)ueno demais para n9s dois. Por )ue

es0 rindo" ão (osou da minha roupa" &oc8 amb/m es0 de $eansE

—

verdade, mas (uardo minhas roupas %inas em ouro !u(ar. &ou me rocar no

caminho. &oc8, minha adorada esposa, amb/m.

s onze horas, )uando enraram na B5, Bianca come1ou com as per(unas<

—

ão (oso desses seus se(redos. 7uero saber...

—

Por )ue não vai $o(ar v=!ei mais arde" — e!e inerrompeu, deerminado a não

sais%azer 3 curiosi

dade %eminina.

#!a suspirou.

—



o come1o, %i)uei um pouco decepcionada, mas depois percebi )ue o imporane

era me %ormar em a!(uma coisa. Poderia praicar espores no meu empo !ivre. # a

universidade %oi %an0sicaE A)ue!es r8s anos %oram os me!hores de minha vida. Tão

diveridos...

4iveridosE Adam discordou em si!8ncio. A)ue!a era a 6nica preocupa1ão de Bianca<

diverimeno. Pois bem, e!e iria se diverir a)ue!a arde. 5a! podia esperarE

—

2im, %oi muio diverido — meniu, escondendo as verdadeiras inen1>es sob um

sorriso %e!ino.

Bianca permaneceu em si!8ncio. Che(aram a orh 2idne e e!e saiu da esrada.

4esceu a rampa de (a

ra(em suberr:nea de um pr/dio. A!i, possu*a um apar

ameno na

coberura.

—

&ai ou não me conar o )ue esamos %azendo" — Bianca inda(ou, sem esconder

a impaci8ncia. — A não ser )ue a pisa de +andic- enha sido rans%erida para uma



nava ao provador.

Adam sorriu, sais%eio. 7ue menina ravessaE # )ue mu!her incr*ve!E A(ora sabia por

)ue a amava ano. enhuma oura era p0reo para Bianca.

#!a vo!ou cinco minuos mais arde, num vesido de seda verme!ho. Um mode!o de

(o!a chinesa e %endas !aerais. #sava e;9ica, !inda e ao mesmo empo ino

cene, )uase

como uma ado!escene. Os p/s desca!1os e o o!har desa%iador. Parecia (osar daroupa,

)ue ain

da não era o )ue Adam esperava.

—

5uio bonio, mas pensei num vesido preo, $uso e curo. # sapaos de sa!o a!o,

por %avor. Preos, com pu!seira no ornoze!o.

Os o!hos azuis de Bianca se arre(a!aram por um insane. A(ora o $o(o esava

passando dos !imies. ao inha cereza sobre se )ueria coninuar.

O o!har a!ivo e desa%iador era ão se; )ue Adam )uase se es)ueceu das corridas.

A coberura esava a!(uns andares acima a imensa cama de casa!, am

b/m... 5as não.

Tinha oura %anasia em mene.



Passaram'se dez minuos anes )ue Bianca emer

(isse novamene do provador.

Adam esava e;ciado diane da perspeciva de v8'!a de preo. # %icou sem %=!e(o)uando

isso aconeceu.

O vesido preo, escanda!osamene curo e co!ado ao corpo, inha um decoe

)uadrado, raso, )ue ma! cobria os seios.

#!e percorreu com o o!har o corpo es(uio, as pernas bem'orneadas, bronzeadas, os

sa!os muio a!os. As pu!seiras ao redor dos ca!canhares aumenavam'!he a

sensua!idade.

unca a vira ão se;. Ou menos inocene.

Por um insane, ima(inou os homens, nas corridas, a admir0'!a e a dese$0'!a. Dicou

dividido enre e;ibi'!a para o mundo ou (uard0'!a s9 para si. 5as não iria escond8'!ados

o!hares imperinenes.

Doi enão )ue percebeu uma noa de desaponamen

o no o!har de Bianca.

O remorso insan:neo o perurbou. Percebeu )ue não poderia se diverir 3s cusas

do so%rimeno de!a.



—

ão, acho )ue não — disse, pesaroso. — O vesido de seda verme!ho %icou

me!hor. 5as amb/m vou !evar o preo.

Bianca poderia us0'!o numa noie rom:nica. 7uem sabe, na semana se(uine.

Ta!vez um $anar 3 !uz de ve!as na coberura. # depois...

—

2er0 )ue sua... esposa... (osaria de ver a!(umas $9ias para acompanhar os

vesidos" — a vendedora per(unou.

Adam percebeu a enona1ão di%erene dada 3 pa!avra GesposaG. #videne )ue a

mo1a não acrediava )ue %ossem casados.

—

Ta!vez.

—

7ue a! esse con$uno de brincos e brace!ee de crisa! ne(ro" +ea!1ariam ainda

mais a be!eza de!a, não acha"

Bianca reornou com o vesido verme!ho de seda e com os sapaos preos de sa!o.

4epois de acrescenar os brincos e o brace!ee, as d6vidas de Adam aumen

aram. O ar



de inoc8ncia havia desaparecido.

#!a não pareceu se incomodar. Os o!hos azuis esavam mais bri!hanes do )ue

nunca. A/ mesmo ma!iciosos.

—

#u desconhecia seu bom (oso, meu )uerido — Bianca murmurou, %e!ina,

en)uano passava o bra1o pe!o de!e. — Precisamos sair 3s compras mais vezes.@unos.

Adam a observou, sorridene. Por denro, senia'se um o!o. 4evia 8'!a %eio usar o

preo. Combinaria mais com a)ue!a a!ma de vamp.

—

7uando )uiser, )uerida. ão me imporo em (asar, desde )ue possa aproveiar o

va!or do meu dinheiro.

Conemp!ou'a va(arosamene, deendo'se nos seios sem suiã. Ao vo!ar o o!har ao

roso de Bianca, per

cebeu'!he a raiva inensa.

Nimo, pensou. #n%urecida, e!a era ainda mais pas'siona!. a noie anerior,

e;perimenara isso. a cama. @0 )ue não conse(uia con)uisar seu amor, eria de se

conenar com o corpo.

2orriu, riun%ane.

—



&amos embora, )uerida. ão se es)ue1a de pe(ar suas roupas ve!has. &ou

pa(ar as novas.

Doram pe(ar o carro no esacionameno suberr:neo. Bianca não conse(uia parar

de encarar o ami(o, no caminho a/ os e!evadores. #m pare por causa da apar8ncia

e!e(ane, em pare pe!a esranha e;pressão. Favia a!(o de peri(oso e obscurona)ue!es

)uenes o!hos cinzenos. A!(o... perverso.

O %ao de Adam parecer mau re%!eia um ipo de !asc*nio, especia!mene depois de

Bianca er passado a vida oda encarando'o como um ipo comum. #vi

denemene, e!e

esava !on(e disso. O novo Adam podia ser diverido.

—

Poderia me dizer o )ue es0 aconecendo, )uerido" ' e!a per(unou, en)uano

esperavam o e!evador. — Cosuma vesir suas namoradas para as corridas" Ou esa

charada / s9 minha, por a!(um moivo" O sorriso de!e %oi ir9nico.

—

Pare de me aborrecer com essas per(unas. ão !enho a menor inen1ão de

respond8'!as.



A!i esava uma coisa )ue a inri(ava. #sse !ado eni(

m0ico não era *pico da

persona!idade de Adam.

—

O m*nimo )ue pode me conar / onde arrumou esse erno.

—

Por )u8"

—

Por)ue eu )uero saber, oraE &oc8 o a!u(ou" 2im, aposo )ue sim. Como a!u(ou o

smo-in( da noie passada. F0 uma !o$a de a!u(ue! de roupas nese pr/dio, não /"

As poras do e!evador se abriram e e!e enrou, sorrindo.

—

Precisamos ir.

—

4ro(aE

Bianca aperou os !0bios e o se(uiu, meio desa$eiada por causa dos sa!os a!os.

—

Cuidado — Adam disse, esendendo o bra1o pura apoi0'!a.

#!a se es)uivou e o encarou, zan(ada.

—

2e não esivesse com eses sapaos, não eria perdido o e)ui!*brio.

—

ão pedi )ue os usasse com o vesido verme!ho.



cobrindo as co;as. Concenrou'se em não perder o e)ui!*brio sobre os sa!

os de dez

cen*meros.

Adam a admirava com um sorriso c*nico. ?osava do )ue via. Bianca esava

esoneane.

#!a se seniu um ano %rusrada. 2e e!e )ueria uma e;ibi1ão de sensua!idade, eria.

4epois, )ue a(uenasse as conse)u8nciasE

CAPITULO I

Adam não esava se diverindo ano )uano ima(inara. A%ina!, odos os ra

pazes

%!eravam com Bianca.

7uano a e!a, aproveiava cada momeno. 4es%i!ava ao redor da pisa, en)uano os

homens a devoravam com os o!hos. #specia!mene os )uadris, orneados pe!o se;

vesido verme!ho. Um convie ao pecado.

4epois da )uara corrida, Adam seniu'se cheio da

)ui!o. 7ueria ir embora, mas

(anhara oura vez. Um $o(ador não podia dei;ar as corridas en)uano esi



o bra1o, conduziu'a para o meio da mu!idão.

—

Para onde es0 me !evando"

—

Para um !u(ar onde poderemos %icar a s9s. Bianca inerrompeu o passo

repeninamene, )uase perdendo o e)ui!*brio.

—

unca pensei )ue %osse capaz de irar proveio de uma mu!her.

#!e riu.

—

#não, en(anou'se.

#, para mosrar )ue %a!ava s/rio, bei$ou'a na boca. Ao %i0'!a, percebeu )ue poderia

%azer o )ue )uisesse. #!a não se oporia. O pensameno pesou'!he na consci8n

cia, mas

Adam pre%eriu não omar conhecimeno disso.

ão inha i!us>es de )ue a)ui!o %osse durar. Ca!cu

!ava )ue eria a )uinzena

se(uine, a!vez um m8s ou dois, para aproveiar a companhia de Bianca.

5ais cedo ou mais arde a %arsa erminaria. O Adam de sempre sur(iria. # perderia o

encano. 2eria des



carado !o(o em se(uida.

Um desespero inenso o invadiu diane dessa pos

sibi!idade. Doi com di%icu!dade )ue

conse(uiu coner o medo.

—

Che(a de conversa, cero" — imp=s, e diri(iu'se a/ o carro.

&isive!mene irriada, Bianca o se(uiu. ão %ez ne

nhuma per(una durane a vo!a a

orh 2idne. O si!8ncio o enervou. 2eniu'se preocupado com a rea1ão de!a )uando

visse novamene o pr/dio. A coberura. ão preendia conar udo. 5eninos maus $amais

se e;p!icavam. 2imp!esmene se es)uivavam de per(un

as e omavam o )ue )ueriam.

—

Por )ue vo!amos para c0" — Bianca per(unou ao reconhecer o edi%*cio. — &ai

devo!ver o erno" isso"

Adam %ranziu a esa, perp!e;o.

—

7ue conversa / essa" #se erno / meu.

—

Oh, mas pensei )ue %osse a!u(ado...

—



O e!evador ba!an1ou um pouco durane a subida, e Bianca, meio zonza, encosou'se

no peio !ar(o. Adam en!a1ou'!he a cinura, uma das mãos espa!madas so

bre os )uadris.

Doi er(uendo o vesido com as ponas dos dedos.

O azu! dos o!hos de Bianca %icou mais nebu!oso. Os !0bios se apararam.

—

Come1o a enender — e!a sussurrou, numa voz cheia de eroismo. — Ta!vez

devesse me mosrar o )ue em em mene...

—

#sa / a me!hor re%ei1ão chinesa )ue como h0 anosE — e;c!amou 5a, recosada

na cadeira, um sor

riso nos !0bios. — Acho )ue e;a(erei. ão devia er comprado anos

praos, Adam.

—

To!iceE A comida chinesa / assim mesmo. 4a)ui a meia hora voc8 $0 vai senir

%ome de novo. Ouro copo de vinho"

—

29 meade, por %avor.

—

# voc8, Bianca"



—

ão. Para mim, che(a. — #!a apou o copo com a mão e o encarou.

A arde de amores 9rridos havia anu!ado o e%eio do champanhe. unca vivenciara

a!(o seme!hane. Dora oa!mene se!va(em.

Adam a !evara para o aparameno de coberura. enhum dos dois %ora capaz de

esperar. Dizeram amor encosados 3 pora, sem ao menos acender as !uzes. ãoiveram

empo de irar odas as pe1as de roupa.

5as a)ui!o não era udo. Adam a carre(ara nos bra1os a/ a maior cama )ue e!a $0

vira. 4a!i em diane, passou a en!ou)uec8'!a por horas sem %im, sobre uma (rande

e;ensão de !en19is de ceim azu!. Bianca não conse(uia enender como um homem po

'

dia conhecer ão bem uma mu!her. Doi aormenada a/ (emer. # imp!orar.

Dora muio e;ciane. 7uando %ina!mene ain(ira o c!*ma;, a sensa1ão %ora

indescri*ve!.

4epois, deiada sobre os !en19is de ceim, e;ausa, observou o imenso dormi9rio de

arm0rios embuidos espe!hados e $ane!as enormes, com uma incr*ve! visa da enseada.

Conc!uiu )ue não era a primeira vez )ue Adam ui!izava a)ue!e pa!0cio em suas avenu



Podia $urar )ue )ueria mais.

—

#u esava b8bada.

—

Ta!vez. 5as onem 3 noie esava s9bria, do1ura, e pareceu (osar. 4i(a'me a

verdade.

—

5uio bem. ão (oso de me senir usadaE

—

Usada"

—

2im, usada — e!a repeiu, indi(nada. — Tenho cereza de )ue sabe do )ue esou

%a!ando. — Adam desaou a rir, e Bianca %icou mori%icada. — Como pode rir de mim"

&oc8 não passa de um homem insens*ve!, %rio, ca!cu!isa, impiedoso, e eu o odeioE

—

Oh, não, voc8 não me odeia — e!e disse, ainda rindo. — Provave!mene acha )ue

es0 apai;onada por mim. # muia ironia, mas não se preocupe. #m breve isso acabar0.

O amor, para voc8, / uma coisa empo

r0ria. Porano, vou coninuar a oc0'!a, e a %azer

amor com voc8. # muio diverido.



venceu. # rendeu uma )uania e;ce!eneE 7ue acha de comprarmos um carro novo"

—

ão se$a o!o — e!a disse, boce$ando. — Uma pe)uena aposa não vai me render

um carro novo. A não ser )ue voc8 enha aposado uns dois mi! d9!ares.

—

Perdoe'me. Aposei apenas um.

—

Um d9!ar" O )ue vai me comprar com isso" Um carrinho de brin)uedo"

—

ão. Pensei num issan esporivo. Com uma %ai

;a verme!ha na !aera!. &amos.

—

O )u8" — Bianca senou'se na cama anes de se !embrar de )ue esava despida.

— &oc8 en!ou)ueceu" — per(unou, a(iada, e pu;ou o !en1o! para cobrir os seios.

—

5inha 6nica !oucura / voc8, )uerida — e!e res

pondeu, e cobriu'!he a boca com

um bei$o. — ão posso permiir )ue minha (aroa %i)ue arriscando a vida numa !aave!ha,

posso"

Bianca ba!an1ou a cabe1a.

—



apai;onado como e!e. 2abe, durane cero empo ive a/ um pouco de pena. Achava)ue

voc8 nunca corresponderia 3 a!ura.

A conversa rou;e Bianca 3 rea!idade. 5a não sabia )ue Adam não era mais o

rapaz de ani(amene. Tor

nara'se um homem, e muio di%erene do ado!escene servi! do

passado. o presene, sua bondade, sua (e

nerosidade inham um pre1o.

—

A prop9sio — 5a coninuou —, 4ere- !i(ou onem. Tive imenso prazer em !he

in%ormar )ue voc8 havia ido 3s corridas com seu marido. O si!8ncio do ouro !ado %oi

consran(edor.

Bianca %ranziu a esa. Pouco !he imporava se 4e

re- pensasse )ue e!a e Adam

eram casados. Isso, ao menos, iria man8'!o a%asado. Por/m, precisava se !embrar de

!i(ar a secre0ria e!er=nica )uando sa*sse.

Favia, por/m, um prob!ema maior. # se a!(um conhecido aparecesse" 5iche!e, por

sore, esava do ou



ro !ado do pa*s. #nreano, os pais de Adam cos

umavam !i(ar

durane a semana. Precisava %a!ar com e!e. Pedir'!he )ue %izesse as !i(a1>es, paraeviar

siua1>es consran(edoras.

Coninuou mauando no )ue mais precisava ser %ei

o para maner a %arsa. em

noou )uando um cão

zinho aravessou na %rene do carro. Pisou com %or1a no %reio,

derrapou e acabou por arope!ar o coiadinho.

Bianca esacionou, desceu e seniu'se p/ssima por er paricipado do acidene.

Adam, )ue vira udo, am

b/m parara.

—

O )ue aconeceu" &oc8 me assusou, )uerida. #u... #i, es0 ão p0!idaE Oh, não

chore — e!e disse, e a abra1ou. — Prono, prono — enou aca!m0'!a, a!i

sando'!he os

cabe!os e aperando'a. — ão precisa cho

rar. ão %oi nada.

—



assusou um pou

co. 5esmo assim, as chances de en(ravidar eram re

moas. Uma em mi!.

ão va!ia a pena preocupar'se com isso.

—

Adam, )uer )ue o acompanhemos ao veerin0rio" — e!a per(unou.

—

ão, acho )ue não. 2u(iro )ue v0 para casa. 2e puder diri(ir, c!aro.

—

#sarei bem. Da!am poucos )ui!9meros. &ou deva(ar.

—

Da1a isso.

—

Adam... ,

—

2im"

—

ada. — Bianca )ueria a(radec8'!o de novo, mas, com a mãe do !ado, achou

me!hor não %azer isso. — &eremos voc8 mais arde.

—

Posso demorar — e!e adveriu.

—

&ou preparar o $anar. ?osaria de comer a!(uma coisa especia!"

—



2abe )ue (oso de udo o )ue voc8 %az.

—

&oc8 e Adam 8m um re!acionameno maravi

!hoso — comenou 5a, a caminho

de casa. — O %ao de erem sido ami(os anes de se casar a$udou.

Bianca seniu vonade de conesar a mãe. 5osrar )ue nem udo era per%eio,

inc!usive Adam. 7ua! seria a rea1ão, ima(inou, se 5a soubesse )ue a)ue!e ho

mem

irara a vir(indade da %i!ha aos dezessee anos" A sra. Peerson sempre o $u!(ara um

per%eio cava

!heiro, um bom menino.

Bianca amb/m. A/ recenemene.

Conudo, reve!ar a)ue!a pare da his9ria parecia in$uso. A ideia não %ora de!e.

—

Ainda emos nossos prob!emas, mamãe. # não acredie na his9ria )ue Adam

conou sobre 2ophie. #!es %oram para a cama. Tenho cereza.

—

Oh, não. Adam a ama, minha menina. 29 saiu com a oura mo1a para provocar

ci6me. A!i0s, voc8 %ez o mesmo com 4ere-. Conhe1o'a bem demais para acre



diar )ue %oi

in%ie!, )uerida. a pessoa mais %ie! )ue conhe1o, )uando ama. o passado, seusamores

%oram dispersos, mas com Adam / di%erene.

Bianca en(o!iu as !0(rimas.

—

#spero )ue sim. 5as pare de %a!ar em %i!hos. Ainda esamos nos acerando. Ter

um beb/ a(ora seria a pior coisa.

—

2eu casameno / s9!ido como uma rocha. ão se preocupe.

#!a )uase riu.

—

Como pode dizer uma coisa dessas" F0 dois dias, meu marido esava com oura.

—

ão em impor:ncia. #n;er(o a!/m dessas inri(as.

—

2e;o senido"

—

2enido pr0ico.

—

Como )uiser — Bianca concordou, suspirando.

Ainda bem )ue 5a s9 ia %icar uma )uinzena. Ado

rava a mãe, por/m pre%eria )ue



e!a permanecesse !on(e de seus prob!emas.

CAPITULO I

Doi muio (eni! de sua pare er comprado uma passa(em na c!asse e;ecuiva,

Adam — 5a a(radeceu, conene. — Coninua sendo um bom rapaz. Tome cona dami

'

nha menina, es0 bem"

#!e concordou com um (eso de cabe1a. #não deu a!(uns passos para r0s,

permiindo )ue mãe e %i!ha se despedissem. Dazia um (rande es%or1o para não se

deprimir.

Ouviu'se a chamada do v=o da Briish Airas com desino a #dimbur(o. #sava na

hora da 5a parir. # o casameno de menira acabaria.

Ta!vez %osse me!hor assim, e!e pensou. Tenava em vão ser mais raciona! e !9(ico do

)ue emoivo. 7uano empo a(uenaria bancar o marido per%eio"

a companhia de 5a, comporava'se de maneira doce. 5as, )uando enre )uaro

paredes com Bianca, maninha a posura de homem mau. unca aceiava uma ne(aiva

3s suas e;i(8ncias, nem respondia 3s per(unas )ue !he eram %eias.

A%ina!, Bianca se apai;onara pe!o Adam p!abo, não pe!o ve!ho ami(o %ie!.

#m )ue siua1ão se enconrava" Como maner o in

eresse de!a" 2endo um homem



mau para sempre" Um dia, Bianca se cansaria. # enão" O )ue %azer"

Preendia man8'!a $uno a si o m0;imo poss*ve!, ano na vida como na cama. Ta!vez

a/ a pedisse em casameno en)uano a visse vu!ner0ve! a seus encan

os. 7ue mais

poderia %azer"

Dranziu a esa. C/us, eria de represenar para sempre"

Bianca apareceu a seu !ado, de o!hos verme!hos de ano chorar.

—

#!a se %oi.

Adam !he deu um !en1o e passou o bra1o a seu redor.

—

7uer esperar o avião deco!ar"

—

ão, eu odeio isso. Pre%iro visiar Luc-. #!e suspirou.

—

A)ue!e vira'!aas, oura vez... ão o visiou onem"

—

#u o visio odos os dias.

4ez horas da manhã, e o so! bri!hava. O reso do dia se esenderia, )uene e

sensua!, s9 de!es. Adam não )ueria desperdi1ar muio empo visiando um ca

chorro.



bei$ou, mais impaciene do )ue apai;onado.

—

Prono — disse, depois de %az8'!a esremecer. — Iso / se;o, não amor. O )ue

%izemos odos esses dias na cama %oi se;o, não amor. #nendeu"

—

Oh, sim — e!a disse, e a dor em seus o!hos azuis )uase o maou. — #nendi

udo. Din(iu ser meu marido s9 pe!o se;o. Doi am0ve! com minha mãe pe!o se;o. Ocarro,

e udo o mais. o %undo, pensei )ue me amasse. Como %ui o!aE &oc8 / um homem

doene, Adam 5ars

den. # crue!. ão precisa vender o aparameno para comprar uma

casa por minha causa. Por)ue não vou mais morar a seu !ado. Tampouco %arei amorcom

voc8E

—

#u...

As pa!avras de Bianca o chocaram. Pensou em res

ponder a!(uma coisa, mas e!a %oi

mais r0pida<



de vesir um )uimono verme!ho e branco, esco!hido por Adam.

4ei;ou a!(uns %ios so!os, para emo!durar o roso.

#sposa... Amane

5a)uiou'se. 2ombra nas p0!pebras, b!ush e baom %or

e a rea!1ar'!he os !0bios

carnudos.

Admirou'se no espe!ho. Conc!uiu )ue esava radiane.

#ra o amor )ue a dei;ava assim. Amava Adam como a nenhum ouro homem. Com

o cora1ão e o corpo. #!e era udo o )ue dese$ava. O homem comp!eo. Bondoso, (eni!e

decene, a!/m de bonio. Possu*a um !ado sen

sua! ma!icioso, %ascinane e diverido.

Bianca corou ao !embrar como e!e se ornava con

%iane en)uano e;ciado. Como

era... dominador. 5as, na)ue!a noie, era a sua vez de dominar. #!a omaria a iniciaivana

hora de %azer amor.

—

Adam, onde es0 voc8" — chamou ao sair do banheiro.

—

A)uiE

A sa!a de esar esava na escuridão. A 6nica i!umi



na1ão provinha das !uzes da

cidade, bri!hando na $a

ne!a. Bianca respirou %undo e caminhou pe!o carpee branco, %o%o.

Os m9veis da sa!a amb/m eram brancos. Um so%0 de )uaro !u(ares e dois de r8s

!u(ares. #nre e!es, a $ane!a e uma visa esp!8ndida da pone e da enseada. A pone

i!uminada era o desa)ue da paisa(em. O con

orno impresso no !*mpido c/u nourno. O

%!u;o con

*nuo de carros a aravess0'!a, como va(a'!umes, pas

sando de um !ado a ouro

da cidade.

—

?osa de observar as !uzes" — e!a per(unou, apro;imando'se.

Adam esava senado, as pernas esicadas 3 %rene, os bra1os esendidos no

encoso do so%0. &esia um $eans e uma camisea branca, a rea!1ar o conorno dos

m6scu!os.

#!e a admirou, os o!hos cinzenos bri!hando na es

curidão. Bianca esperava )ue



%osse dese$o. Apro;imou'se mais. Passou a acarici0'!o por bai;o da camisea, senindo'

!he a %or1a.

—

O )ue es0 %azendo" — e!e per(unou. Bianca seniu )ue o e;ciava.

—

7uieinho. #sou me diverindo.

—

Oh, posso ver... 2er0 )ue amb/m vou me diverir"

—29 se %or um bom menino e me obedecer.

—

# se não )uiser ser um bom menino" #!a sorriu, ma!iciosa.

—

#não, erei de casi(0'!o. 2abe o )ue aconece com meninos maus, não sabe"

Adam a conemp!ava, hipnoizado.

—

ão. O )u8"

Bianca omou'!he a mão e, !evanando'se, pu;ou'o.

—

#!es são %or1ados a omar banho. Conduziu'o a/ a banheira de hidromassa(em,

$0

cheia de 0(ua morna. Adam corou, mas Bianca %in(iu não er percebido.

—

&oc8 não vai me despir, vai" — e!e per(unou, parecendo assusado.



—

C!aro )ue vouE 7ue (ra1a haveria se não %osse assim"

—

Assim... como"

Bianca !an1ou'!he um o!har perp!e;o en)uano !he despia a camisea. O )ue havia

de errado com e!e" ão esava (osando" Podia $urar )ue sim. 5as a!vez Adam se

ressenisse por perder o conro!e...

4es!izou as mãos pe!o peio nu e o observou.

—

ão )uer isso, )uerido" Pensei )ue %osse (osar. #u ia !he dar um banho, depois

sec0'!o, massa(e0'!o e... Oh, eu s9 )ueria a(rad0'!o.

Adam %echou os o!hos por um insane. #nreano, abriu'os em se(uida, e parecia

sais%eio. Pe(ou a mão de Bianca.

—

2e$a boazinha comi(o — murmurou. #!a seniu um (rande a!*vio e riu.

—

2erei.

Adam re!a;ou no banho. 2ua 6!ima %anasia com Bianca ia se ornando rea!idade.

#!a permaneceu um bom empo %ora da banheira, a$oe!hada, es%re(ando'!he o

corpo. Como uma (uei;a de ver

dade. ?radaivamene, o )uimono %icou mo!hado, e e!e



homem mau. Tamb/m era 9imo poder %azer se;o de %orma simp!es e naura!. Cheio de

carinho e amor. Ta!vez a(ora Bianca esivesse preparada para a)ue!e ipo de

compromisso. Para uma re!a1ão madura.

A er1a'%eira passou )uase i(ua!. a )uara, Adam che(ou mais cedo do raba!ho.

#ra a 6!ima semana do semesre e não havia muio a %azer na universidade. #nconrou

Bianca esendida no so%0. Parecia doene.

—

O )ue houve" — per(unou, e bei$ou'a na boca.

—

#sou en$oada. Tive n0useas o dia ineiro. &im mais cedo para casa.

—

Fum... #u esou bem, porano, não pode ser a comida. 7uem sabe um v*rus"

Ta!vez voc8 devesse ir ao m/dico.

—

Ta!vez...

—

ão se preocupe com o $anar. &ou buscar a!(uma coisa na rua. Acho )ue não

es0 com muia %ome, não /"

—



perdidos, sem saber o )ue %azer e o )ue %a!ar.

Adam in)uieou'se. O )ue Bianca )ueria dizer com a)ui!o" Temia )ue e!e não a

dei;asse em paz, como aconecera com o ve!ho 4ere-"

Bem, esava cera. ão seria ão %0ci!. 2e as coisas omassem rumo conr0rio, não

permiiria )ue e!a o abandonasse. em )ue ivesse de en(ravid0'!a.

Ao pensar na)ui!o, !embrou'se de )ue Bianca não %icara mensruada. Uma ideia !he

veio 3 mene. Ta!vez a)ue!e comporameno esranho se devesse 3 ensão pr/'mensrua!.

#!a sempre rec!amava do e%eio da p*

!u!a, especia!mene na semana anerior 3 mensrua

'

1ão. Os seios %icavam inchados, do!oridos. # ainda ha

via as n0useas.

2im, era esse o prob!emaE Por )ue não pensara nisso anes" O a!*vio %oi imediao.

Co!ocou a mão sobre a de!a.

—

2e es0 preocupada com a inimidade de nosso re!acionameno, sosse(ue. 2ei

)ue %ui muio e;i(ene, mas esou ciene de )ue não poder0 ser sempre assim.

Bianca piscou.

—



O )u8" Oh, sim. Nimo. Obri(ada. Isso... me raz um (rande a!*vio. — Levanou'

se e %oi a/ o ba!cão da cozinha. — 7uer mais ca%/"

—

ão, preciso ir. ão se es)ue1a de )ue che(arei mais arde esa noie. ão vão

me dei;ar sair anes das dez.

—

Tudo bem.

#!e se apro;imou e !he deu um bei$o no roso.

—

&ai esperar por mim" Bianca sorriu, meio sem (ra1a.

—

C!aro.

Assim )ue e!a co!ocou a ;*cara sobre o ba!cão, pu

;ou'a e a bei$ou na boca

apai;onadamene.

—

7ue a! ese bei$o de despedida" — inda(ou, desa$eiado.

# correu para a pora, anes de %azer mais a!(uma o!ice.

Adam passou o dia odo pensando em Bianca. 7uan

do a %esa da universidade

come1ou, ainda esava preo

cupado com seu amor. Favia a!(o errado na)ue!a his

9ria.



iu'se na %esa"

Gão ano )uano voc8G, pensou e!e, %urioso. 2eniu'se chocado )uando Bianca

passou a acarici0'!o.

—

#s0 cansado demais" — e!a per(unou.

—

4i(amos )ue não esou com vonade de %azer amor.

—

Oh...

—

Bebi demais — meniu, e deu'!he as cosas.

—

ão deve beber anes de diri(ir. peri(oso.

—

#u sei. A(ora, dei;e'me dormir. #sou e;auso. 5ais do )ue isso, senia'se

desru*do. 5as Bianca nunca saberia disso. 7uando amanhecesse, e!e a e;pu!sariada!i.

2em nem mesmo !he dizer o )ue havia %eio de errado.

CAPITULO I&

Bianca acordou com %rio e pa!pia1>es. #sava (r0vida, radiane, mas a rea1ão de

Adam 3 no*cia a preocupava.

Diou'o, adormecido, e mordeu o !0bio. #!e havia che

(ado muio arde. 4issera haver



bebido demais, mas Bianca não senira cheiro de 0!coo!. +ecusara'se a %azer amor porer

esado com oura pessoa" 2ophie, a!vez" Tomou %=!e(o e suspirou. Adam se virou

imediaa

mene, %iando'a com %rios o!hos cinzenos.

—

Pensei )ue ainda esivesse dormindo — comenou e!a anes de vesir o )uimono

e diri(ir'se ao banheiro. 7uando vo!ou, Adam coninuava a observ0'!a da)ue!e modo

esranho. — A!(uma coisa errada"

—

4epende.

#!e se espre(ui1ou e co!ocou as duas mãos sob a cabe1a.

—

4e )u8"

—

4e como vai !idar com o )ue vou !he dizer. Bianca seniu um pavor invadi'!a.

Tenou maner'se ca!ma.

—

#não / me!hor )ue di(a !o(o.

—

5uio bem< não vai dar cero. Bianca en(o!iu em seco.



so%rera ano. — 2ino muio por 8'!o conhecido.

—

ão se$a dram0ica. apenas or(u!ho %erido. &oc8 vo!ar0 ao norma! assim )ue

arrumar ouro amor. @a

mais )uis uma re!a1ão duradoura. Um compromisso. A vida / uma

%esa, !embra" pura diversão. Bem, n9s nos diverimos, não"

A!(uma coisa não esava cera. A)ue!e não podia ser o verdadeiro AdamE#n$oada, Bianca correu para o banheiro e so!ou o pouco )ue havia em seu

es=ma(o. 4epois, %icou de $oe!hos, es(oada, desesperada. Percebera )ue Adamesava

arrasado, os ombros ca*dos, o roso con

ra*do de dor.

5as os o!hos... Oh, sim, os o!hos mosravam arrependimeno.

Bianca %icou con%usa. Teria medo de perd8'!a, e pre

%erira erminar udo anes de se

envo!ver demais"

A)ui!o era pr9prio de Adam, conc!uiu risemene. 2eu cora1ão se encheu de amor e

compreensão. @0 o %izera passar por maus momenos. ão era 3 oa )ue não !hemerecia



Tamb/m não enho d6vidas a esse respeio — e!e disse, amarrando a %ai;a no

robe e se pondo em p/. — # c!aro )ue ainda a amo. 2ou um o!o. Pensei )ue a

conhecesse bem, mas nem nos meus pensamen

os mais escabrosos poderia ima(inar

amanha per

versidade. Ou essa %rieza.

#!a seniu'se u!ra$ada diane das acusa1>es. Per

versa" Dria" #não Adam achava

)ue en(ravidara de prop9sio"

—

ão basou me usar para encobrir as meniras )ue invenou para sua mãeE — e!e

prosse(uiu. — A(ora vem como essa his9ria de )ue me ama, )uando n9s doissabemos

)ue / meniraE

—

ão / men...

—

Ca!e'seE ão vou %icar a)ui, ouvindo suas men

iras. Posso enender udo a(ora.

ão me conou )ue parara de omar a p*!u!a, nem me !embrou de usar o preservaivo.



2abia )ue eu %icaria ão e;asiado por 8'!a )ue me es)ueceria do reso. Dicou (r0vidade

4ere- e procurou p=r a cu!pa em mim. 29 )ueria um marido, um pai para seu %i!ho.

—

O )u8"

—

Oh, não ban)ue a inocene comi(o. ão sou ce(o. Pensa )ue não percebi as

mudan1as no seu compora

meno, nessa 6!ima semana" 4ecidiu vo!ar para 4ere-, não

%oi" #sava cheia de mim. 5as e!e não )uis assumir o compromisso de se casarE &oc8

conou sobre a (ravidez onem 3 noie e e!e deu o %ora. O prob!ema sobrou para o ve!ho

Adam. Tenou me seduzir anes de derrubar a bomba. 29 uma coisa me inri(a< usou da

mesma 0ica com 4ere-" Aposo )ue e!e não resisiu. 29 não / homem o basanepara

am0'!a.

Bianca !he des%eriu um (o!pe cereiro no roso. ão conse(uia en;er(ar mais nada.

A dor e a raiva eram inensas.

—



O %i!ho / seu, não de 4ere-E unca %iz se;o com e!eE #, sobre onem 3 noie, a

verdade / )ue desmaiei na academia. 4ere- me rou;e para casa. Doi a/ a %arm0cia e

comprou um ese de (ravidez. #não vo!

ou, e %icou esperando a con%irma1ão. Caso

enha se es)uecido, minha mãe conou a e!e )ue eu era casadaE — As !0(rimas

)ueimaram'!he os o!hos. — ão enei seduzi'!o onem 3 noie. 7ueria %azer amor como

pai do meu %i!ho. O 6nico a )uem amei de verdade. 2e esive di%erene nos 6!imos dias,/

por)ue voc8 nunca %a!ou em casameno. Achei )ue não )uisesse o beb8. Pensei )uenão

me )uisesse como esposaE — 4esaou a so!u1ar, remendo dos p/s 3 cabe1a. Adam a

abra1ou.

—

Como p=de pensar odas essas coisas horr*veis a meu respeio"

#!e nunca se senira ão amar(urado. # %e!iz. ão podia duvidar da sinceridade de

Bianca. A verdade esava a!i, impressa em seu roso.

#!a o amava. 7ueria se casar com e!e. #sava es



desacavam'se conra a pe!e bronzeada.

Adam aceiara ir para a universidade de Brisbane, com um consider0ve! aumeno de

sa!0rio e pres*(io. O empre(o dava direio a uma casa. Bianca esava muio empo!(ada

com a mudan1a.

Como a amavaE A(ora, mais do )ue nunca. Ta!vez por)ue %ina!mene ivesse cereza

de seu amor. #!a acerara em %az8'!o esperar. A)ue!e casameno seria a me!hor coisade

oda a sua vida... sem conar o dia em )ue o %i!ho nascera, c!aro.

O!hou na dire1ão do pe)ueno Ton. Com )uinze me

ses, senado ao !ado da av9 na

primeira %i!a, inha os bracinhos (orduchos em vo!a de Luc-.

2orriu para o %i!ho, )ue devo!veu um (race$o. Pu;ara mais pe!a mãe do )ue pe!o pai.

—

&oc8 devia o!har para a noiva — Bianca sussurrou.

—

#u esava observando o %i!ho da noiva.

—

2ei, sei...

Bianca sorriu e Adam %ez cara de inocene. @amais o vira ão bonio. Dicou na pona

esposa amante

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