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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NEWTON FREIRE MAIA
Curso Técnico em Agropecuária
HENRYKSON DOS SANTOS DE OLIVEIRA STHEFANY DA CRUZ MANCIO
ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA PARA SUÍNOS DE SUBSISTÊNCIA- UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PINHAIS 2018
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HENRYKSON DOS SANTOS DE OLIVEIRA STHEFANY DA CRUZ MANCIO
ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA PARA SUÍNOS DE SUBSISTÊNCIA-
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial na disciplina de Estágio curricular obrigatório. Profº Orientadora: Msc. Rosyara Pedrina M. Montanha Juliatto.
PINHAIS
2018
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TERMO DE APROVAÇÃO
HENRYKSON DOS SANTOS DE OLIVEIRA
STHEFANY DA CRUZ MANCIO
ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA PARA SUÍNOS DE SUBSISTÊNCIA- UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial à formação no Curso Técnico em Agropecuária, do Ceep Newton Freire Maia.
________________________________________________
Orientadora: Prof. Rosyara Pedrina M. Montanha Juliatto
________________________________________________
Prof. Delton Adriano Gomes
__________________________________________________
Prof. Jessica Pego Gomes Damasceno
Pinhais, 03 de dezembro de 2018.
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RESUMO
O presente trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica sobre o tema
alimentação alternativa para suínos, onde procura adquirir procedimentos orgânicos
e mais nutritivos, proporcionando aos suínos em um melhor desenvolvimento.
Responsável por 70 a 80% da composição da ração animal, o milho tem trazido
preocupação para os produtores de aves e suínos, a alta do preço do grão no
mercado brasileiro e a diminuição dos estoques públicos nas regiões consumidoras
estimularam as cadeias produtivas a discutir medidas emergenciais para abastecer o
mercado com preços acessíveis e, assim, reduzir prejuízos.
Serão pesquisados métodos de outros autores para ver a sua produção com
a alimentação alternativa e ter um conhecimento sobre o assunto citado e sendo
assim comparar os diferentes alimentos fornecidos para suínos, quantos aos níveis
nutricionais.
Palavras-chaves: suínos, alimentação alternativa, níveis nutricionais.
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ABSTRACT
The present work presents a bibliographical research on the theme alternative
feeding for pigs, where it seeks to acquire organic and more nutritious procedures,
providing the pigs in a better development. Responsible for 70 to 80% of the animal
feed composition, maize has been causing concern to poultry and pork producers,
high grain prices in the Brazilian market and a decrease in public stocks in consumer
regions have stimulated production chains to discuss measures to supply the market
with affordable prices and thus reduce losses.
Methods of other authors will be investigated to see their production with the
alternative food and to have a knowledge about the mentioned subject and to
compare the different foods provided for pigs, as well as the nutritional levels.
Key words: pigs, alternative feeding, nutritional levels.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Suíno da raça Canastra............................................................................12 Figura 02: Suíno da raça Nilo.....................................................................................13 Figura 03: Suíno da raça Tatu....................................................................................14 Figura 04: Suíno da raça Pirapetinga.........................................................................14 Figura 05: Suíno da raça Piau....................................................................................15 Figura 06: Suíno da raça Moura.................................................................................15
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LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Milho e seus nutritivos..............................................................................18 Tabela 02: Soja e seus nutritivos...............................................................................19 Tabela 03: Sorgo e seus nutritivos.............................................................................19 Tabela 04: Trigo e seus nutritivos..............................................................................20
Tabela 05: Exemplos de nutrientes............................................................................20
Tabela 06: Comparação entre os níveis nutricionais do milheto e ervilha.................26
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................09
2 OBJETIVOS...................................................................................................................10
2.1 OBJETIVO GERAL.....................................................................................................10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................10
3 REVISÃO DE LITERATURA.........................................................................................11
3.1 HISTORICO DOS SUÍNOS.........................................................................................11
3.2 RAÇAS NATIVAS........................................................................................................12
3.3 SUÍNOCULTURA INDUSTRIAL.................................................................................16
3.4 SUÍNOCULTURA DE SUBSISTENCIA.......................................................................17
3.5 ALIMENTOS PROTEÍCOS E ENERGÉTICOS...........................................................20
3.6 ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA.................................................................................23
4 MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................................24
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................25
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................27
REFERÊNCIAS.................................................................................................................28
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1 INTRODUÇÃO
Na suinocultura, assim como em outros ramos da produção animal, a nutrição
é considerada de grande impacto, pois é um dos fatores fundamentais de produção
e representada por cerca de 70% dos custos totais da atividade (SILVEIRA &
TALAMINI, 2007). Para viabilidade econômica na produção, a suinocultura depende
essencialmente da disponibilidade local e regional de ingredientes que tenham
preços compatíveis com os preços pagos por quilograma de suíno.
Cada granja apresenta o seu custo específico referente à alimentação do
plantel e, dessa forma, a oscilação nos preços dos ingredientes reflete de forma
significativa na rentabilidade da atividade. Assim, o produtor deve conhecer o custo
decorrente da alimentação e, de forma constante, ter seu objetivo centrado na sua
redução visando a garantia da qualidade e a rentabilidade da produção (BELLAVER
& LUDKE, 2004).
No uso de alimentos alternativos para os suínos no sistema familiar tem
diversos tipos de alimentação dos suínos, com a utilização das fontes alternativas, o
produtor vai conseguir ver a diferença nos custos da alimentação usando este
método. Os resultados serão estáveis à alimentação alternativa, mantendo o ganho
de peso e desenvolvimento.
Os ingredientes mais utilizados nas rações de suínos são o farelo de soja e o
milho, constituindo em torno de 80 a 90% das rações e são as principais fontes
protéicas e energéticas das dietas, respectivamente. Tais ingredientes são
importantes para os produtos do agronegócio brasileiro, de maneira que suas ofertas
e preços no mercado são influenciados pelas políticas econômicas e cambiais do
país, pelos preços internacionais do milho, da soja e de outras culturas que possam
ser cultivadas no mesmo período agrícola e pelos aspectos climáticos. Assim, tais
pontos estão fora do controle do produtor de suínos e podem influenciar de maneira
significativa os custos de alimentação e de produção (RUIZ, 2006).
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica
sobre alimentação alternativa para suínos.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Apresentar diferentes alimentos alternativos que podem ser utilizados na
alimentação de suínos.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Pesquisar sobre os alimentos alternativos para suínos.
Comparar os diferentes alimentos fornecidos para suínos, quantos aos níveis
nutricionais.
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3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 HISTÓRICO DO SUÍNO
Os suínos são animais mamíferos, sua origem é conhecida atualmente pelas
espécies do javali, que são da mesma família, seu nome científico é Sus scrofa
domesticus, são animais doméstico desde de 5000 A.C., que acreditasse que foram
domesticado na China, onde se encontra o maior rebanho no mundo. A China não
só tem o maior rebanho do mundo, como ele corresponde a metade do rebanho
mundial, que chega aproximadamente a 474.284.016 de cabeças suínas. Seu
rebanho é 7 vezes maior do rebanho dos Estados Unidos, 67.726.000 cabeça suína,
segundo maior do mundo, e mais de 12 vezes maior do rebanho brasileiro,
37.929.357 cabeça suínas, o terceiro maior rebanho do mundo. Em 2013 o rebanho
suíno mundial somava quase 1 bilhão de cabeças com 986.648.755 cabeças
suínas. (FAOSTAT, 2014).
Os porcos selvagens possuíam uma massa de 70% de anterior e 30% de
posterior, que é o inverso das raças suínas na atualidade, os suínos modernos teve
uma melhora no seu desenvolvimento na metade do século XX, através da genética,
com os cruzamentos de raças puras, com a maior produtividade por carcaça. Os
suínos possuem em média entre 0,9 e 1,8 metros de comprimento e pesa entre 50 e
350 kg, os porcos são animais onívoros, digerem quase todos os alimentos, exceto
os celulósicos. A carne suína é a mais consumida no mundo (responde por 44% do
mercado de carnes).
Os suínos chegaram ao Brasil em 1532, trazidos por Martin Afonso, foram os
portugueses e espanhóis que colonizaram os suínos no território brasileiro, os
suínos foram se reproduzindo normalmente sem incentivo dos humanos,
assim foram criadas as raça brasileiras, devido a regionalização de algumas
características, no Brasil no século XX a suinocultura se baseava no sistema
extensivo, com a utilização de raças nativa pelas suas características rústicas, com
fácil adaptação e uma grande resistência às doenças, com as importações de raças
das estrangeiras, o plantel brasileiro se modificou para aumento dos índices
zootécnicos e consequentemente aumento da produtividade. A maior região
produtora e exportadora de carne suína no Brasil é o Sul, com Santa Catarina em
primeiro lugar em produção e exportação, o Paraná e o segundo com a maior
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produção e o terceiro na exportação e Rio Grande do Sul com o terceiro lugar na
produção e segundo na exportação de carnes de suínos. EMBRAPA (2014).
3.2 RAÇAS NATIVAS
Dentre as raças suínas hoje encontradas no Brasil, podemos nomear as
principais raças nativas, sendo: Canastrão, Canastra, Nilo, Nilo Canastra, Tatu,
Perna Curta, Caruncho, Pirapetinga, Junqueira, Tatuí, Piau e Moura.
- Canastrão: é uma raça natural melhorada, com suas características, cabeça
grossa, perfil côncavo, fronte deprimida, pregueada, focinho grosso, orelhas grandes
e cabanas; pescoço longo, com papada; linha dorso-lombar sinuosa e estreita;
membros compridos e fortes, pelagem preta ou vermelha, pele grossa e cerdas
fortes e ralas, o Canastrão é muito tardio, sendo engordado no segundo ano, as
fêmeas são prolíficas e boas mães.
-Canastra: raça considerada de porte médio, tem cabeça pequena e leve,
com perfil sub-côncavo, focinho curto, bochechas largas e pendentes, orelhas
médias e horizontais, oblíquas para frente, pescoço curto e largo, corpo de
proporções médias, um pouco roliço, com a linha superior geralmente um pouco
enseada, membros curtos separados, de ossatura fina. É muito utilizado na
produção de banha, conforme apresentado na figura 01 (SEBRAE, 2014)
Figura 01: Suínos da raça Canastra
Fonte: Costa, (2011).
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- Nilo: não se sabe sobre a sua origem. São animais de cor preta do tipo
médio, tendo como característica a ausência de pelos, pesando de 100 a 150 kg,
apresenta ossatura fina, com mistura reduzida e grande rendimento de toucinho,
pela sua rusticidade são criados em mangueiras, soltos, com alguma ração
suplementar. São excelentes produtores de toucinho, produzindo de 65% a 70% de
banha, conforme apresentado na figura 02.
Figura 02: Suíno da raça Nilo
Fonte: CTP, (2013).
-Nilo Canastra: Raça considerada de tamanho médio, de corpo comprido e
estreito, com pouca musculatura e ossatura, prolificidade e precocidades médias,
desprovidas de pelos ou com cerdas ralas, não são uma raça adequada para
regiões frias, é reconhecida pelo seu grande teor de banha.
-Tatu: Raça proveniente da Índia é de pequeno porte que alcançam no
máximo 90 kg, são geralmente pelados e se têm pelos são ralos e finos de cor preta.
Rústicos e pouco exigentes são criados no interior para a produção doméstica de
carne e toucinho, conforme apresentado na figura 03.
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Figura 03: Suíno da raça Tatu.
Fonte: Atzinger,(sd).
- Pirapetinga: São porcos de tamanho médio, essa raça tem poucas cerdas,
couro preto ou arroxeado, tendo boa adaptação em pastoreio ou em pocilgas e
usufruem grande variedade de alimentos. Produzem toucinho de excelente
qualidade e têm bom rendimento em gordura, conforme apresentado na figura 04.
Figura 04: Suíno da raça Pirapetinga
Fonte: Costa, (2011).
- Piau: Origem indígena significa “malhado”, “pintado”. Para o leigo, todo o
porco de fundo brancacento e malhas pretas ou escuras, redondas ou irregulares,
existem são chamados de Piaus, apresentam tamanhos grandes, médios e
pequenos, conforme apresentados na figura 05.
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Figura 05: Suíno da raça Piau.
Fonte: Emater- Mg. (2012)
- Moura: é uma raça que apresenta suas características bem sucintas e
simples, sendo sua cabeça de tamanho médio, perfil cefálico sub-concavilíneo,
orelhas do tipo intermediárias entre os tipos ibéricas e célticas, e pelagem tordilha
em três classificações tordilhas médio, tordilhas claras e tordilhas escuras; rosilho
escuro, rosilha Médio, rosilho claro e preto, cerdas grandes e grossas. (SILVA 1987,
ABCS 1995, citado por JULIATTO 2016), conforme apresentado na figura 06.
Figura 06:Suínos da raça Moura.
Fonte: Simões, (2016).
]
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3.3 SUINOCULTURA INDUSTRIAL
A partir da década de 90, o Brasil ganhou espaço mundial, pelo meio de sua
inserção e consolidação no mercado externo de exportação. O mercado da
suinocultura brasileira vem se desenvolvendo cada vez mais, além dos avanços
tecnológicos, o melhoramento genético, manejo sanitário e produção integrada,
constituem fatores importantes para alcançar um melhor desenvolvimento. Hoje em
dia o país é o terceiro maior produtor e o quarto maior exportador de carne suína do
mundo, sendo que chega á mais de 70 países. A produção de carne suína sofreu
uma forte transformação nos últimos anos, o melhoramento genético foi muito
importante.
Segundo Correia, et al (2016) em 2015, o Brasil chegou a marca de 39,26
milhões de cabeças com produção recorde de 3,43 milhões de toneladas de carne
produzidas. Os números representam um aumento de 5,7% no número de animais
abatidos e 7,4% no peso total das carcaças quando comparado ao ano anterior.
Enquanto na década de 90, eram produzidos pouco mais de 1 milhão de tonelada de
carne. Esse mercado tende a expandir ainda mais nos próximos anos, devido ao
aumento do consumo interno e das exportações. Enquanto, a vinte anos atrás o
consumo nacional de carne suína era de 8 kg/hab/ano, em 2014 chegou a 14,5
kg/hab/ano, e este cenário tende a aumentar ainda mais.
O principal sistema de produção nacional de suínos é o sistema intensivo em
confinamento. O melhoramento genético, com o uso de tecnologias laboratoriais
favoreceram a otimização da produção, com a diminuição de toucinho, incluíram a
produção de carne, aperfeiçoaram a conversão alimentar, diminuíram tempo de
abate e melhoraram a qualidade de carcaça dos animais. Os animais tornaram-se
mais precoces, os leitões são desmamados entre 14 e 28 dias de vida, e são
abatidos por volta de 100 a 135 dias de vida, pesando cerca de 110 kg de peso vivo,
enquanto que no passado estes animais levavam o dobro do tempo. O número de
granjas não aumentou, significando que nos últimos anos, os investimentos nas
tecnologias, genética, nutrição e gestão de produção, tiveram um rendimento
considerado bom para o desenvolvimento da suinocultura brasileira.
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3.4 SUINOCULTURA DE SUBSISTÊNCIA
A suinocultura de subsistência possui interferência direta na vida da
população que a produz e automaticamente dela se beneficia, com sua carne e
banha, tornando-se a suinocultura de subsistência econômica, a suinocultura
doméstica é um dos maiores potencial para o crescimento da produção brasileira de
suínos, qualquer aumento no consumo pode representar um grande desafio para a
produção de suinocultura de subsistência. A suinocultura de subsistência é
importante para o desenvolvimento do país, o Brasil teve um aumento no
crescimento do consumo doméstico, isso indica que os níveis de exportação
continuam o mesmo patamar dos dias atuais.
3.4 NUTRIÇÃO
Segundo Goldoni et al (2014) os bons resultados na reprodução estão
associados à combinação da carga genética dos animais com os diversos efeitos
ambientais, dentre eles a nutrição. Qualquer restrição nutricional que interfira com a
produção de hormônios de efeito direto na função ovariana, como os hormônios
gonadotróficos LH e FSH têm como consequências, alterações diretas na
reprodução. Todas as fases do ciclo reprodutivo da granja estão interligadas, sendo
que um erro de manejo nutricional em uma das fases poderá levar a efeitos
reprodutivos importantes nas fases seguintes. Em relação às marrãs, sabe-se que
sua alimentação influi no crescimento e na idade em que elas iniciaram a vida
reprodutiva, tal como no número de óvulos que serão liberados durante os primeiros
ciclos estrais; na fase pré-púbere há também impacto direto na taxa de concepção e
na mortalidade embrionária. Fêmeas gestantes necessitam manter um estado
nutricional adequado e obter nutrientes necessários para assegurar a sobrevivência
dos embriões, um maior número de leitões vivos ao parto e um consumo maior de
alimentos durante a lactação. Durante a lactação, o objetivo é maximizar a produção
de leite e minimizar a perda de peso corporal, para controlar o intervalo desmame e
cio, sendo assim, garantir uma taxa de ovulação adequada da fêmea.
Na dieta e uma alimentação equilibrada de energia e proteína, trazem
consequências benéficas à reprodução do macho suíno. A nutrição é muito
importante para os suínos no seu desenvolvimento ser mais rápido e ter imunidade,
essa é importante, para os suínos não ficarem doentes ou infectados por bactérias
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ou vírus, o período que os suínos precisam de mais imunidade é quando estão na
fase de leitões, que estão em crescimentos, os suínos precisa do leite materno, é a
fonte com mais nutrição para os leitões.
Milho é utilizado como fonte de energia na formulação de rações. Participa
em até 90% dos casos na composição das dietas. Sua maior limitação como fonte
de nutrientes é o baixo teor dos aminoácidos lisina e triptofano. A qualidade do milho
é fator importante a ser observado na nutrição de suínos, para assegurar os teores
de nutrientes e a ausência de substâncias tóxicas.
A Tabela 01 irá mostrar os padrões exigidos para utilização do milho na
alimentação animal, mostrando seus valores energéticos e nutritivos.
Tabela 01: Milho e seus valores nutritivos.
Fonte: Zardo e Lima, (2010).
Soja na alimentação dos suínos participa como fonte protéica, na forma de
farelo, que é o subproduto da extração do óleo. Na forma integral o uso encontra
restrições, principalmente pela presença de fatores antinutricionais. Os produtores
de soja normalmente vendem a produção para as indústrias, e estas vendem o
farelo de soja para as propriedades suinícolas. (FIALHO, et al, 1991).
A tabela 02 irá mostrar os padrões exigidos para utilização da soja na
alimentação animal, mostrando seus valores energéticos e nutritivos.
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Tabela 02: Soja e seus valores nutritivos
Fonte: Zardo e Lima, (2010).
Sorgo pode substituir parcial ou totalmente o milho como fonte energética
para nutrição de suínos, desde que sejam ajustados os teores nutricionais com os
outros ingredientes, e considerados os fatores antinutricionais e suas implicações no
balanceamento da ração (ZARDO&LIMA, 2010).
A tabela 03 irá mostrar os padrões exigidos para utilização do sorgo na
alimentação animal, mostrando seus valores energéticos e nutritivos.
Tabela 03: Sorgo e seus valores nutritivos
Fonte: Zardo e Lima, (2010).
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20
Trigo no uso na alimentação de suínos se constitui em mais uma opção de
comercialização e uma alternativa ao suinocultor para baratear os custos com a
alimentação animal, torna-se economicamente viável integrá-lo em um sistema de
produção com milho para os suínos na alimentação. Na formulação de rações, o
trigo pode ser usado sem restrições, como fonte energética e proteica
(ZARDO&LIMA, 2010).
A Tabela 04 irá mostrar os padrões exigidos para utilização do trigo na
alimentação animal, mostrando seus valores energéticos e nutritivos.
Tabela 04: Trigo e seus valores nutritivos.
Fonte: Zardo e Lima, (2010)
3.5 ALIMENTOS PROTÉICOS E ENERGÉTICOS
As proteínas são de fundamental importância na alimentação dos animais,
estão relacionadas com os processos vitais das células e, consequentemente, do
organismo, como as proteínas corporais são formadas por vários aminoácidos, o
organismo necessita dos mesmos para sintetizar as suas próprias proteínas. As
proteínas têm inúmeras funções no organismo, são necessários para manter um
metabolismo adequado, constituição dos tecidos e desenvolvimento e crescimento.
O organismo tem capacidade de sintetizar novas proteínas a partir de aminoácidos,
desde que todos os aminoácidos necessários estejam disponíveis nas células, o
organismo não tem uma necessidade específica de proteínas, o que existe é uma
necessidade de aminoácidos e nitrogênio. As proteínas estão entre as
macromoléculas biológicas mais abundantes, de extrema versatilidade em suas
funções.
E através dessas funções estão classificadas, suas funções são basicamente
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estruturais, mas podem ser utilizadas como fonte de energia em dietas
desbalanceadas. (PASCOAL, 2006).
Segundo Pascoal (2006) os alimentos proteicos concentra mais de 20% de
proteína bruta, e com origem vegetal, alimentos com um teor considerável bom, para
alimentos proteicos são: farelo de soja, farelo de algodão, farelo de girassol, soja
grão, farelo de amendoim, caroço de algodão. O farelo de soja é um alimento
proteico de boa disponibilidade no mercado nacional e, em razão da alta produção
de grão de soja e de seu processamento para extração de óleo, constitui a principal
fonte proteica utilizada por animais monogástricos, como aves, suínos e peixes entre
os alimentos proteicos de origem vegetal, o farelo de soja possui a proteína com o
melhor perfil aminoácido.
Tabela 05: Exemplos de ingredientes
PROTÈICOS ENERGÈTICOS FIBROSOS
Farelo de soja Milho Pasto
Farelo de algodão Sorgo Fenos
Farelo de girassol Trigo Silagens
Soja entrosada Triticale Farelo de trigo
Farinha de carne Cevada Casca de soja
Farinha de pena Centeio Casca de arroz
Farinha de peixe Arroz Polpa de citrus
Aminoácidos sintéticos Gordura animal
Suced
âneos do leite
Óleo vegetal
Fonte: Os autores (2018)
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Os nutrientes energéticos são aqueles que fornecem toda a energia para a
mantença, crescimento e produção, em todos os animais a energia é necessária
para:
Manutenção de processos vitais como: respiração, digestão, crescimento,
reprodução, homeotermia, excreção e manutenção;
Acúmulo de reservas para períodos de escassez de alimentos, na forma de
gordura;
Proteção do organismo;
Produção de carne e banha.
As principais características dos concentrados energéticos são possuir baixo
teor de fibra, a grande maioria possui boa aceitabilidade pelos animais, não há muita
variação entre seus valores nutritivos dentro de um determinado alimento, são
alimentos ricos em fósforo, porém pobres em cálcio, possuem grande variabilidade
na qualidade da proteína, os alimentos energéticos são pobres em proteína bruta.
Segundo Fialho (1991) a quantidade de calor produzido pela oxidação
completa dos alimentos, expressa em calorias, é denominada de energia bruta ou
total. A energia total ingerida pelo animal não é totalmente aproveitada pelo animal,
e existem perdas, razão pela qual a energia de um alimento pode ser expressa de
diversas formas. Com base no Diagrama esquemático na utilização das energias:
Energia Bruta (EB) → Energia liberada nas fezes
↓
Energia Digestível (ED) → Energia liberada na urina e gases
↓
Energia Metabolizável (EM) → Energia liberada no metabolismo de nutrientes
↓
(Incremento calórico) Energia Líquida (EL)
↓ ↓
Manutenção Produção
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3.6 ALIMENTAÇÃO ALTERNATIVA
Segundo Nepomuceno (SD) com o aumento do preço do milho e do farelo de
soja, produtores de suínos de todo o país estão apostando em alimentos alternativos
para reduzir o custo de produção. Mas os pesquisadores alertam: a substituição
parcial do milho e farelo de soja nas rações é possível, desde que alguns cuidados
sejam tomados. Os gastos com alimentação de suínos representam 70% a 80% dos
custos médios de produção. Dentre as principais matérias-primas utilizadas para
alimentação de suínos no Brasil, o milho, alimento fonte de energia, e o farelo de
soja, principal fonte de proteína (aminoácidos) representam de 90% a 95% da
composição das rações para esses animais.
A utilização de qualquer alimento alternativo depende essencialmente da
disponibilidade do local, onde o produtor se encontra com sua propriedade, os
alimentos alternativos, pode se encontrar com muita facilidade ou até mesmo
produzida pelo o produtor em sua propriedade, assim o produtor vai ter um
rendimento maior na sua alimentação. Tem diversos alimentos alternativos para a
suinocultura, já que os suínos são animais muito rústicos, e não são muito exigentes
para alimentação, tem vários tipos de alimentação alternativa com, por exemplo:
farinha de mandioca, arroz, raiz, trigo, ervilha, cevada, alface, quirera, farelo de arroz
Integral, farelo de arroz desengordurado, glicerol, farinha de bolacha e alimentos
com características vegetais, a maioria dos alimentos alternativos são de origem
vegetal.
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4 MATERIAL E MÉTODOS
Foram feitas pesquisa em trabalhos científicos, relacionados a alimentos
alternativos para suínos, na alimentação tradicional os animais são alimentados com
milho, soja ou derivados, na alimentação alternativa são de origem vegetal, pode ser
mandioca, arroz, trigo e quirera de arroz e entre outros.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pesquisa 1
Bastos (2002) pesquisou diferentes níveis (0, 15, 30, 45 e 60%) de milhetos
na alimentação isoproteina e isolisínica, de suínos em crescimento e terminação,
foram observados ganho peso superior pra o nível 30% quando comparados os
outros níveis, para fase de crescimento e terminação os melhores resultados foram
observados nos níveis 30 e 45% de milhetos, com melhores índices de conversão
alimentar e maior peso final (84,58 e 85,75 kg).
Pesquisa 2
Barbosa (2004) pesquisou sobre o farelo de algodão como substituto do farelo
de soja em dietas para suínos foram observada piores índices de desempenho
quando é utilizado em níveis elevados de farelo de algodão, foram feito cinco níveis
de substituição do farelo de soja pelo farelo de algodão, nas fases de crescimento e
terminação, sendo (0, 25, 50, 75 e 100%), no ganho de peso dos animais foram
observados um desempenho negativo com o uso do farelo de algodão, no período
de crescimento nos primeiros tratamentos com o farelo de algodão deve um ganho
de peso 34,2 kg, os animais foram alimentados por 90 dias com o tratamento de
farelo de algodão, na terceira substituição deve o melhor desempenho para os
animais com 18,42 kg.
Pesquisa 3
Oliveira (2011), pesquiso sobre o teor de proteínas da ervilha, variaram de
18,20 a 24,62% e 1,38 a 1,72%,comparou a ervilha com milheto, os teores de
proteínas do milheto varia de 28 a 45%, o milho demonstro superior a ervilha na
alimentação. Ira mostra os valor dos nutrientes do milheto e ervilha na tabela 06.
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Tabela 06: Comparação entre os níveis nutricionais do milheto e ervilha
Nutrientes Milheto Ervilha
Proteína Bruta (PB) 13.10 22,77
E.M. Suínos 2872 3246
Lis. Digestível 0,31 1,57
Met. Digestível 0,44 0,19
Cálcio 0,03 0,07
Fonte: Os Autores (2018)
Pesquisa 4
Rocha (2009) observa as medidas por meio de análise para o ganho de peso
inicial na fase de crescimento, ganho de peso diário, ganho total, no consumo de
raça diária e consumo de raça total, os suínos foram tratados com rações
extrusadas com aditivos flavorizantes e 5% de umidade em relação ao grupo
controle que recebiam rações fareladas, foram feito 4 tratamentos, a ração
extrusados mostrou superior no terceiro tratamento no peso inicial, no ganho de
peso diários os suínos demonstraram um ganho superior no quarto tratamento com
10.83 kg.
Pesquisa 5
Nery (2010), os resultados de desempenho e as características de carcaça de
suínos na fase de terminação alimentados com rações contendo subprodutos de
arroz, os subprodutos de arroz não influenciaram (P>0,05) o consumo diário de
ração de suínos em fase de terminação, com o uso farelo de arroz tem uma redução
significativa no consumo de ração quando o milho foi substituído em 100% pelo
farelo de arroz integral, atribuído esta redução a aspectos físicos da dieta, os suínos
com o farelo de arroz no peso Inicial de 69,558kg, os suínos chegam no peso final
com 90,972kg.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto de pesquisa foi elaborado para obter mais conhecimentos sobre
o uso de alimentos alternativos e para mostrar a sua importância e eficiência,
quando comparada com a alimentação tradicional (milho e soja) obtida como fonte
para a melhora da alimentação suína.
Concluímos que com a alimentação alternativa é uma possibilidade de
redução de custo na produção de suínos e no seu desenvolvimento. A utilização de
alimentos não convencionais para o pequeno agricultor serve como alternativa de
produção ocorrendo assim à difusão de tecnologia alternativa na produção de
suínos.
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