estatudo da juventude

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Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013. Vigência Mensagem de veto Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DOS DIREITOS E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE JUVENTUDE Art. 1 o Esta Lei institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. § 1 o Para os efeitos desta Lei, são consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade. § 2 o Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos aplica-se a Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, e, excepcionalmente, este Estatuto, quando não conflitar com as normas de proteção integral do adolescente. Seção I Dos Princípios Art. 2 o O disposto nesta Lei e as políticas públicas de juventude são regidos pelos seguintes princípios: I - promoção da autonomia e emancipação dos jovens; II - valorização e promoção da participação social e política, de forma direta e por meio de suas representações; III - promoção da criatividade e da participação no desenvolvimento do País; IV - reconhecimento do jovem como sujeito de direitos universais, geracionais e singulares; V - promoção do bem-estar, da experimentação e do desenvolvimento integral do jovem; VI - respeito à identidade e à diversidade individual e coletiva da juventude; VII - promoção da vida segura, da cultura da paz, da solidariedade e da não discriminação; e VIII - valorização do diálogo e convívio do jovem com as demais gerações. L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm 1 de 13 19/09/2014 20:07

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  • Presidncia da RepblicaCasa Civil

    Subchefia para Assuntos Jurdicos

    LEI N 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013.

    Vigncia

    Mensagem de veto

    Institui o Estatuto da Juventude e dispe sobre os direitosdos jovens, os princpios e diretrizes das polticas pblicasde juventude e o Sistema Nacional de Juventude -SINAJUVE.

    A PRESIDENTA DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinteLei:

    TTULO I

    DOS DIREITOS E DAS POLTICAS PBLICAS DE JUVENTUDE

    CAPTULO I

    DOS PRINCPIOS E DIRETRIZES DAS POLTICAS PBLICAS DE JUVENTUDE

    Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Juventude e dispe sobre os direitos dos jovens, os princpios ediretrizes das polticas pblicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE.

    1o Para os efeitos desta Lei, so consideradas jovens as pessoas com idade entre 15 (quinze) e 29 (vintee nove) anos de idade.

    2o Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos aplica-se a Lei no 8.069, de 13 dejulho de 1990 - Estatuto da Criana e do Adolescente, e, excepcionalmente, este Estatuto, quando no conflitar comas normas de proteo integral do adolescente.

    Seo I

    Dos Princpios

    Art. 2o O disposto nesta Lei e as polticas pblicas de juventude so regidos pelos seguintes princpios:

    I - promoo da autonomia e emancipao dos jovens;

    II - valorizao e promoo da participao social e poltica, de forma direta e por meio de suasrepresentaes;

    III - promoo da criatividade e da participao no desenvolvimento do Pas;

    IV - reconhecimento do jovem como sujeito de direitos universais, geracionais e singulares;

    V - promoo do bem-estar, da experimentao e do desenvolvimento integral do jovem;

    VI - respeito identidade e diversidade individual e coletiva da juventude;

    VII - promoo da vida segura, da cultura da paz, da solidariedade e da no discriminao; e

    VIII - valorizao do dilogo e convvio do jovem com as demais geraes.

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  • Pargrafo nico. A emancipao dos jovens a que se refere o inciso I do caput refere-se trajetria deincluso, liberdade e participao do jovem na vida em sociedade, e no ao instituto da emancipao disciplinadopela Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Cdigo Civil.

    Seo II

    Diretrizes Gerais

    Art. 3o Os agentes pblicos ou privados envolvidos com polticas pblicas de juventude devem observar asseguintes diretrizes:

    I - desenvolver a intersetorialidade das polticas estruturais, programas e aes;

    II - incentivar a ampla participao juvenil em sua formulao, implementao e avaliao;

    III - ampliar as alternativas de insero social do jovem, promovendo programas que priorizem o seudesenvolvimento integral e participao ativa nos espaos decisrios;

    IV - proporcionar atendimento de acordo com suas especificidades perante os rgos pblicos e privadosprestadores de servios populao, visando ao gozo de direitos simultaneamente nos campos da sade,educacional, poltico, econmico, social, cultural e ambiental;

    V - garantir meios e equipamentos pblicos que promovam o acesso produo cultural, prtica esportiva, mobilidade territorial e fruio do tempo livre;

    VI - promover o territrio como espao de integrao;

    VII - fortalecer as relaes institucionais com os entes federados e as redes de rgos, gestores econselhos de juventude;

    VIII - estabelecer mecanismos que ampliem a gesto de informao e produo de conhecimento sobrejuventude;

    IX - promover a integrao internacional entre os jovens, preferencialmente no mbito da Amrica Latina eda frica, e a cooperao internacional;

    X - garantir a integrao das polticas de juventude com os Poderes Legislativo e Judicirio, com o MinistrioPblico e com a Defensoria Pblica; e

    XI - zelar pelos direitos dos jovens com idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos privados deliberdade e egressos do sistema prisional, formulando polticas de educao e trabalho, incluindo estmulos suareinsero social e laboral, bem como criando e estimulando oportunidades de estudo e trabalho que favoream ocumprimento do regime semiaberto.

    CAPTULO II

    DOS DIREITOS DOS JOVENS

    Seo I

    Do Direito Cidadania, Participao Social e Poltica e Representao Juvenil

    Art. 4o O jovem tem direito participao social e poltica e na formulao, execuo e avaliao daspolticas pblicas de juventude.

    Pargrafo nico. Entende-se por participao juvenil:

    I - a incluso do jovem nos espaos pblicos e comunitrios a partir da sua concepo como pessoa ativa,

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  • livre, responsvel e digna de ocupar uma posio central nos processos polticos e sociais;

    II - o envolvimento ativo dos jovens em aes de polticas pblicas que tenham por objetivo o prpriobenefcio, o de suas comunidades, cidades e regies e o do Pas;

    III - a participao individual e coletiva do jovem em aes que contemplem a defesa dos direitos dajuventude ou de temas afetos aos jovens; e

    IV - a efetiva incluso dos jovens nos espaos pblicos de deciso com direito a voz e voto.

    Art. 5o A interlocuo da juventude com o poder pblico pode realizar-se por intermdio de associaes,redes, movimentos e organizaes juvenis.

    Pargrafo nico. dever do poder pblico incentivar a livre associao dos jovens.

    Art. 6o So diretrizes da interlocuo institucional juvenil:

    I - a definio de rgo governamental especfico para a gesto das polticas pblicas de juventude;

    II - o incentivo criao de conselhos de juventude em todos os entes da Federao.

    Pargrafo nico. Sem prejuzo das atribuies do rgo governamental especfico para a gesto daspolticas pblicas de juventude e dos conselhos de juventude com relao aos direitos previstos neste Estatuto,cabe ao rgo governamental de gesto e aos conselhos dos direitos da criana e do adolescente a interlocuoinstitucional com adolescentes de idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos.

    Seo II

    Do Direito Educao

    Art. 7o O jovem tem direito educao de qualidade, com a garantia de educao bsica, obrigatria egratuita, inclusive para os que a ela no tiveram acesso na idade adequada.

    1o A educao bsica ser ministrada em lngua portuguesa, assegurada aos jovens indgenas e de povose comunidades tradicionais a utilizao de suas lnguas maternas e de processos prprios de aprendizagem.

    2o dever do Estado oferecer aos jovens que no concluram a educao bsica programas namodalidade da educao de jovens e adultos, adaptados s necessidades e especificidades da juventude, inclusiveno perodo noturno, ressalvada a legislao educacional especfica.

    3o So assegurados aos jovens com surdez o uso e o ensino da Lngua Brasileira de Sinais - LIBRAS, emtodas as etapas e modalidades educacionais.

    4o assegurada aos jovens com deficincia a incluso no ensino regular em todos os nveis emodalidades educacionais, incluindo o atendimento educacional especializado, observada a acessibilidade aedificaes, transportes, espaos, mobilirios, equipamentos, sistemas e meios de comunicao e assegurados osrecursos de tecnologia assistiva e adaptaes necessrias a cada pessoa.

    5o A Poltica Nacional de Educao no Campo contemplar a ampliao da oferta de educao para osjovens do campo, em todos os nveis e modalidades educacionais.

    Art. 8o O jovem tem direito educao superior, em instituies pblicas ou privadas, com variados grausde abrangncia do saber ou especializao do conhecimento, observadas as regras de acesso de cada instituio.

    1o assegurado aos jovens negros, indgenas e alunos oriundos da escola pblica o acesso ao ensinosuperior nas instituies pblicas por meio de polticas afirmativas, nos termos da lei.

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  • 2o O poder pblico promover programas de expanso da oferta de educao superior nas instituiespblicas, de financiamento estudantil e de bolsas de estudos nas instituies privadas, em especial para jovens comdeficincia, negros, indgenas e alunos oriundos da escola pblica.

    Art. 9o O jovem tem direito educao profissional e tecnolgica, articulada com os diferentes nveis emodalidades de educao, ao trabalho, cincia e tecnologia, observada a legislao vigente.

    Art. 10. dever do Estado assegurar ao jovem com deficincia o atendimento educacional especializadogratuito, preferencialmente, na rede regular de ensino.

    Art. 11. O direito ao programa suplementar de transporte escolar de que trata o art. 4o da Lei no 9.394, de20 de dezembro de 1996, ser progressivamente estendido ao jovem estudante do ensino fundamental, do ensinomdio e da educao superior, no campo e na cidade.

    1o (VETADO).

    2o (VETADO).

    Art. 12. garantida a participao efetiva do segmento juvenil, respeitada sua liberdade de organizao,nos conselhos e instncias deliberativas de gesto democrtica das escolas e universidades.

    Art. 13. As escolas e as universidades devero formular e implantar medidas de democratizao do acessoe permanncia, inclusive programas de assistncia estudantil, ao afirmativa e incluso social para os jovensestudantes.

    Seo III

    Do Direito Profissionalizao, ao Trabalho e Renda

    Art. 14. O jovem tem direito profissionalizao, ao trabalho e renda, exercido em condies deliberdade, equidade e segurana, adequadamente remunerado e com proteo social.

    Art. 15. A ao do poder pblico na efetivao do direito do jovem profissionalizao, ao trabalho e renda contempla a adoo das seguintes medidas:

    I - promoo de formas coletivas de organizao para o trabalho, de redes de economia solidria e da livreassociao;

    II - oferta de condies especiais de jornada de trabalho por meio de:

    a) compatibilizao entre os horrios de trabalho e de estudo;

    b) oferta dos nveis, formas e modalidades de ensino em horrios que permitam a compatibilizao dafrequncia escolar com o trabalho regular;

    III - criao de linha de crdito especial destinada aos jovens empreendedores;

    IV - atuao estatal preventiva e repressiva quanto explorao e precarizao do trabalho juvenil;

    V - adoo de polticas pblicas voltadas para a promoo do estgio, aprendizagem e trabalho para ajuventude;

    VI - apoio ao jovem trabalhador rural na organizao da produo da agricultura familiar e dosempreendimentos familiares rurais, por meio das seguintes aes:

    a) estmulo produo e diversificao de produtos;

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  • b) fomento produo sustentvel baseada na agroecologia, nas agroindstrias familiares, na integraoentre lavoura, pecuria e floresta e no extrativismo sustentvel;

    c) investimento em pesquisa de tecnologias apropriadas agricultura familiar e aos empreendimentosfamiliares rurais;

    d) estmulo comercializao direta da produo da agricultura familiar, aos empreendimentos familiaresrurais e formao de cooperativas;

    e) garantia de projetos de infraestrutura bsica de acesso e escoamento de produo, priorizando amelhoria das estradas e do transporte;

    f) promoo de programas que favoream o acesso ao crdito, terra e assistncia tcnica rural;

    VII - apoio ao jovem trabalhador com deficincia, por meio das seguintes aes:

    a) estmulo formao e qualificao profissional em ambiente inclusivo;

    b) oferta de condies especiais de jornada de trabalho;

    c) estmulo insero no mercado de trabalho por meio da condio de aprendiz.

    Art. 16. O direito profissionalizao e proteo no trabalho dos adolescentes com idade entre 15(quinze) e 18 (dezoito) anos de idade ser regido pelo disposto na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatutoda Criana e do Adolescente, e em leis especficas, no se aplicando o previsto nesta Seo.

    Seo IV

    Do Direito Diversidade e Igualdade

    Art. 17. O jovem tem direito diversidade e igualdade de direitos e de oportunidades e no serdiscriminado por motivo de:

    I - etnia, raa, cor da pele, cultura, origem, idade e sexo;

    II - orientao sexual, idioma ou religio;

    III - opinio, deficincia e condio social ou econmica.

    Art. 18. A ao do poder pblico na efetivao do direito do jovem diversidade e igualdade contempla aadoo das seguintes medidas:

    I - adoo, nos mbitos federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, de programas governamentaisdestinados a assegurar a igualdade de direitos aos jovens de todas as raas e etnias, independentemente de suaorigem, relativamente educao, profissionalizao, ao trabalho e renda, cultura, sade, segurana, cidadania e ao acesso justia;

    II - capacitao dos professores dos ensinos fundamental e mdio para a aplicao das diretrizescurriculares nacionais no que se refere ao enfrentamento de todas as formas de discriminao;

    III - incluso de temas sobre questes tnicas, raciais, de deficincia, de orientao sexual, de gnero e deviolncia domstica e sexual praticada contra a mulher na formao dos profissionais de educao, de sade e desegurana pblica e dos operadores do direito;

    IV - observncia das diretrizes curriculares para a educao indgena como forma de preservao dessacultura;

    V - incluso, nos contedos curriculares, de informaes sobre a discriminao na sociedade brasileira e

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  • sobre o direito de todos os grupos e indivduos a tratamento igualitrio perante a lei; e

    VI - incluso, nos contedos curriculares, de temas relacionados sexualidade, respeitando a diversidade devalores e crenas.

    Seo V

    Do Direito Sade

    Art. 19. O jovem tem direito sade e qualidade de vida, considerando suas especificidades na dimensoda preveno, promoo, proteo e recuperao da sade de forma integral.

    Art. 20. A poltica pblica de ateno sade do jovem ser desenvolvida em consonncia com asseguintes diretrizes:

    I - acesso universal e gratuito ao Sistema nico de Sade - SUS e a servios de sade humanizados e dequalidade, que respeitem as especificidades do jovem;

    II - ateno integral sade, com especial nfase ao atendimento e preveno dos agravos maisprevalentes nos jovens;

    III - desenvolvimento de aes articuladas entre os servios de sade e os estabelecimentos de ensino, asociedade e a famlia, com vistas preveno de agravos;

    IV - garantia da incluso de temas relativos ao consumo de lcool, tabaco e outras drogas, sade sexual ereprodutiva, com enfoque de gnero e dos direitos sexuais e reprodutivos nos projetos pedaggicos dos diversosnveis de ensino;

    V - reconhecimento do impacto da gravidez planejada ou no, sob os aspectos mdico, psicolgico, social eeconmico;

    VI - capacitao dos profissionais de sade, em uma perspectiva multiprofissional, para lidar com temasrelativos sade sexual e reprodutiva dos jovens, inclusive com deficincia, e ao abuso de lcool, tabaco e outrasdrogas pelos jovens;

    VII - habilitao dos professores e profissionais de sade e de assistncia social para a identificao dosproblemas relacionados ao uso abusivo e dependncia de lcool, tabaco e outras drogas e o devidoencaminhamento aos servios assistenciais e de sade;

    VIII - valorizao das parcerias com instituies da sociedade civil na abordagem das questes depreveno, tratamento e reinsero social dos usurios e dependentes de lcool, tabaco e outras drogas;

    IX - proibio de propagandas de bebidas contendo qualquer teor alcolico com a participao de pessoacom menos de 18 (dezoito) anos de idade;

    X - veiculao de campanhas educativas relativas ao lcool, ao tabaco e a outras drogas como causadoresde dependncia; e

    XI - articulao das instncias de sade e justia na preveno do uso e abuso de lcool, tabaco e outrasdrogas, inclusive esterides anabolizantes e, especialmente, crack.

    Seo VI

    Do Direito Cultura

    Art. 21. O jovem tem direito cultura, incluindo a livre criao, o acesso aos bens e servios culturais e aparticipao nas decises de poltica cultural, identidade e diversidade cultural e memria social.

    L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm

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  • Art. 22. Na consecuo dos direitos culturais da juventude, compete ao poder pblico:

    I - garantir ao jovem a participao no processo de produo, reelaborao e fruio dos bens culturais;

    II - propiciar ao jovem o acesso aos locais e eventos culturais, mediante preos reduzidos, em mbitonacional;

    III - incentivar os movimentos de jovens a desenvolver atividades artstico-culturais e aes voltadas preservao do patrimnio histrico;

    IV - valorizar a capacidade criativa do jovem, mediante o desenvolvimento de programas e projetos culturais;

    V - propiciar ao jovem o conhecimento da diversidade cultural, regional e tnica do Pas;

    VI - promover programas educativos e culturais voltados para a problemtica do jovem nas emissoras derdio e televiso e nos demais meios de comunicao de massa;

    VII - promover a incluso digital dos jovens, por meio do acesso s novas tecnologias da informao ecomunicao;

    VIII - assegurar ao jovem do campo o direito produo e fruio cultural e aos equipamentos pblicosque valorizem a cultura camponesa; e

    IX - garantir ao jovem com deficincia acessibilidade e adaptaes razoveis.

    Pargrafo nico. A aplicao dos incisos I, III e VIII do caput deve observar a legislao especfica sobre odireito profissionalizao e proteo no trabalho dos adolescentes.

    Art. 23. assegurado aos jovens de at 29 (vinte e nove) anos pertencentes a famlias de baixa renda eaos estudantes, na forma do regulamento, o acesso a salas de cinema, cineclubes, teatros, espetculos musicais ecircenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e entretenimento, em todo o territrio nacional, promovidos porquaisquer entidades e realizados em estabelecimentos pblicos ou particulares, mediante pagamento da metade dopreo do ingresso cobrado do pblico em geral.

    1o Tero direito ao benefcio previsto no caput os estudantes regularmente matriculados nos nveis emodalidades de educao e ensino previstos no Ttulo V da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Lei deDiretrizes e Bases da Educao Nacional, que comprovem sua condio de discente, mediante apresentao, nomomento da aquisio do ingresso e na portaria do local de realizao do evento, da Carteira de IdentificaoEstudantil - CIE.

    2o A CIE ser expedida preferencialmente pela Associao Nacional de Ps-Graduandos, pela UnioNacional dos Estudantes, pela Unio Brasileira dos Estudantes Secundaristas e por entidades estudantis estaduaise municipais a elas filiadas.

    3o garantida a gratuidade na expedio da CIE para estudantes pertencentes a famlias de baixa renda,nos termos do regulamento.

    4o As entidades mencionadas no 2o deste artigo devero tornar disponvel, para eventuais consultaspelo poder pblico e pelos estabelecimentos referidos no caput, banco de dados com o nome e o nmero deregistro dos estudantes portadores da Carteira de Identificao Estudantil, expedida nos termos do 3o desteartigo.

    5o A CIE ter validade at o dia 31 de maro do ano subsequente data de sua expedio.

    6o As entidades mencionadas no 2o deste artigo so obrigadas a manter o documento comprobatrio dovnculo do aluno com o estabelecimento escolar, pelo mesmo prazo de validade da respectiva Carteira deIdentificao Estudantil.

    L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm

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  • 7o Caber aos rgos pblicos competentes federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal afiscalizao do cumprimento do disposto neste artigo e a aplicao das sanes cabveis, nos termos doregulamento.

    8o Os benefcios previstos neste artigo no incidiro sobre os eventos esportivos de que tratam as Leisnos 12.663, de 5 de junho de 2012, e 12.780, de 9 de janeiro de 2013.

    9o Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto no caput, a famlia inscrita no Cadastro nicopara Programas Sociais do Governo Federal - Cadnico cuja renda mensal seja de at 2 (dois) salrios mnimos.

    10. A concesso do benefcio da meia-entrada de que trata o caput limitada a 40% (quarenta porcento) do total de ingressos disponveis para cada evento.

    Art. 24. O poder pblico destinar, no mbito dos respectivos oramentos, recursos financeiros para ofomento dos projetos culturais destinados aos jovens e por eles produzidos.

    Art. 25. Na destinao dos recursos do Fundo Nacional da Cultura - FNC, de que trata a Lei no 8.313, de 23de dezembro de 1991, sero consideradas as necessidades especficas dos jovens em relao ampliao doacesso cultura e melhoria das condies para o exerccio do protagonismo no campo da produo cultural.

    Pargrafo nico. As pessoas fsicas ou jurdicas podero optar pela aplicao de parcelas do impostosobre a renda a ttulo de doaes ou patrocnios, de que trata a Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991, noapoio a projetos culturais apresentados por entidades juvenis legalmente constitudas h, pelo menos, 1 (um) ano.

    Seo VII

    Do Direito Comunicao e Liberdade de Expresso

    Art. 26. O jovem tem direito comunicao e livre expresso, produo de contedo, individual ecolaborativo, e ao acesso s tecnologias de informao e comunicao.

    Art. 27. A ao do poder pblico na efetivao do direito do jovem comunicao e liberdade deexpresso contempla a adoo das seguintes medidas:

    I - incentivar programas educativos e culturais voltados para os jovens nas emissoras de rdio e televiso enos demais meios de comunicao de massa;

    II - promover a incluso digital dos jovens, por meio do acesso s novas tecnologias de informao ecomunicao;

    III - promover as redes e plataformas de comunicao dos jovens, considerando a acessibilidade para osjovens com deficincia;

    IV - incentivar a criao e manuteno de equipamentos pblicos voltados para a promoo do direito dojovem comunicao; e

    V - garantir a acessibilidade comunicao por meio de tecnologias assistivas e adaptaes razoveis paraos jovens com deficincia.

    Seo VIII

    Do Direito ao Desporto e ao Lazer

    Art. 28. O jovem tem direito prtica desportiva destinada a seu pleno desenvolvimento, com prioridadepara o desporto de participao.

    Pargrafo nico. O direito prtica desportiva dos adolescentes dever considerar sua condio peculiar depessoa em desenvolvimento.

    L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm

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  • Art. 29. A poltica pblica de desporto e lazer destinada ao jovem dever considerar:

    I - a realizao de diagnstico e estudos estatsticos oficiais acerca da educao fsica e dos desportos edos equipamentos de lazer no Brasil;

    II - a adoo de lei de incentivo fiscal para o esporte, com critrios que priorizem a juventude e promovam aequidade;

    III - a valorizao do desporto e do paradesporto educacional;

    IV - a oferta de equipamentos comunitrios que permitam a prtica desportiva, cultural e de lazer.

    Art. 30. Todas as escolas devero buscar pelo menos um local apropriado para a prtica de atividadespoliesportivas.

    Seo IX

    Do Direito ao Territrio e Mobilidade

    Art. 31. O jovem tem direito ao territrio e mobilidade, incluindo a promoo de polticas pblicas demoradia, circulao e equipamentos pblicos, no campo e na cidade.

    Pargrafo nico. Ao jovem com deficincia devem ser garantidas a acessibilidade e as adaptaesnecessrias.

    Art. 32. No sistema de transporte coletivo interestadual, observar-se-, nos termos da legislao especfica:

    I - a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veculo para jovens de baixa renda;

    II - a reserva de 2 (duas) vagas por veculo com desconto de 50% (cinquenta por cento), no mnimo, novalor das passagens, para os jovens de baixa renda, a serem utilizadas aps esgotadas as vagas previstas noinciso I.

    Pargrafo nico. Os procedimentos e os critrios para o exerccio dos direitos previstos nos incisos I e IIsero definidos em regulamento.

    Art. 33. A Unio envidar esforos, em articulao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, parapromover a oferta de transporte pblico subsidiado para os jovens, com prioridade para os jovens em situao depobreza e vulnerabilidade, na forma do regulamento.

    Seo X

    Do Direito Sustentabilidade e ao Meio Ambiente

    Art. 34. O jovem tem direito sustentabilidade e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de usocomum do povo, essencial sadia qualidade de vida, e o dever de defend-lo e preserv-lo para a presente e asfuturas geraes.

    Art. 35. O Estado promover, em todos os nveis de ensino, a educao ambiental voltada para apreservao do meio ambiente e a sustentabilidade, de acordo com a Poltica Nacional do Meio Ambiente.

    Art. 36. Na elaborao, na execuo e na avaliao de polticas pblicas que incorporem a dimensoambiental, o poder pblico dever considerar:

    I - o estmulo e o fortalecimento de organizaes, movimentos, redes e outros coletivos de juventude queatuem no mbito das questes ambientais e em prol do desenvolvimento sustentvel;

    II - o incentivo participao dos jovens na elaborao das polticas pblicas de meio ambiente;

    L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm

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  • III - a criao de programas de educao ambiental destinados aos jovens; e

    IV - o incentivo participao dos jovens em projetos de gerao de trabalho e renda que visem aodesenvolvimento sustentvel nos mbitos rural e urbano.

    Pargrafo nico. A aplicao do disposto no inciso IV do caput deve observar a legislao especfica sobreo direito profissionalizao e proteo no trabalho dos adolescentes.

    Seo XI

    Do Direito Segurana Pblica e ao Acesso Justia

    Art. 37. Todos os jovens tm direito de viver em um ambiente seguro, sem violncia, com garantia da suaincolumidade fsica e mental, sendo-lhes asseguradas a igualdade de oportunidades e facilidades para seuaperfeioamento intelectual, cultural e social.

    Art. 38. As polticas de segurana pblica voltadas para os jovens devero articular aes da Unio, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municpios e aes no governamentais, tendo por diretrizes:

    I - a integrao com as demais polticas voltadas juventude;

    II - a preveno e enfrentamento da violncia;

    III - a promoo de estudos e pesquisas e a obteno de estatsticas e informaes relevantes parasubsidiar as aes de segurana pblica e permitir a avaliao peridica dos impactos das polticas pblicas quantos causas, s consequncias e frequncia da violncia contra os jovens;

    IV - a priorizao de aes voltadas para os jovens em situao de risco, vulnerabilidade social e egressosdo sistema penitencirio nacional;

    V - a promoo do acesso efetivo dos jovens Defensoria Pblica, considerando as especificidades dacondio juvenil; e

    VI - a promoo do efetivo acesso dos jovens com deficincia justia em igualdade de condies com asdemais pessoas, inclusive mediante a proviso de adaptaes processuais adequadas a sua idade.

    TTULO II

    DO SISTEMA NACIONAL DE JUVENTUDE

    CAPTULO I

    DO SISTEMA NACIONAL DE JUVENTUDE - SINAJUVE

    Art. 39. institudo o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE, cujos composio, organizao,competncia e funcionamento sero definidos em regulamento.

    Art. 40. O financiamento das aes e atividades realizadas no mbito do Sinajuve ser definido emregulamento.

    CAPTULO II

    DAS COMPETNCIAS

    Art. 41. Compete Unio:

    I - formular e coordenar a execuo da Poltica Nacional de Juventude;

    L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm

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  • II - coordenar e manter o Sinajuve;

    III - estabelecer diretrizes sobre a organizao e o funcionamento do Sinajuve;

    IV - elaborar o Plano Nacional de Polticas de Juventude, em parceria com os Estados, o Distrito Federal, osMunicpios e a sociedade, em especial a juventude;

    V - convocar e realizar, em conjunto com o Conselho Nacional de Juventude, as Conferncias Nacionais deJuventude, com intervalo mximo de 4 (quatro) anos;

    VI - prestar assistncia tcnica e suplementao financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicpios para o desenvolvimento de seus sistemas de juventude;

    VII - contribuir para a qualificao e ao em rede do Sinajuve em todos os entes da Federao;

    VIII - financiar, com os demais entes federados, a execuo das polticas pblicas de juventude;

    IX - estabelecer formas de colaborao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios para a execuodas polticas pblicas de juventude; e

    X - garantir a publicidade de informaes sobre repasses de recursos para financiamento das polticaspblicas de juventude aos conselhos e gestores estaduais, do Distrito Federal e municipais.

    Art. 42. Compete aos Estados:

    I - coordenar, em mbito estadual, o Sinajuve;

    II - elaborar os respectivos planos estaduais de juventude, em conformidade com o Plano Nacional, com aparticipao da sociedade, em especial da juventude;

    III - criar, desenvolver e manter programas, aes e projetos para a execuo das polticas pblicas dejuventude;

    IV - convocar e realizar, em conjunto com o Conselho Estadual de Juventude, as Conferncias Estaduais deJuventude, com intervalo mximo de 4 (quatro) anos;

    V - editar normas complementares para a organizao e o funcionamento do Sinajuve, em mbito estadual emunicipal;

    VI - estabelecer com a Unio e os Municpios formas de colaborao para a execuo das polticas pblicasde juventude; e

    VII - cofinanciar, com os demais entes federados, a execuo de programas, aes e projetos das polticaspblicas de juventude.

    Pargrafo nico. Sero includos nos censos demogrficos dados relativos populao jovem do Pas.

    Art. 43. Compete aos Municpios:

    I - coordenar, em mbito municipal, o Sinajuve;

    II - elaborar os respectivos planos municipais de juventude, em conformidade com os respectivos PlanosNacional e Estadual, com a participao da sociedade, em especial da juventude;

    III - criar, desenvolver e manter programas, aes e projetos para a execuo das polticas pblicas dejuventude;

    IV - convocar e realizar, em conjunto com o Conselho Municipal de Juventude, as Conferncias Municipais de

    L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm

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  • Juventude, com intervalo mximo de 4 (quatro) anos;

    V - editar normas complementares para a organizao e funcionamento do Sinajuve, em mbito municipal;

    VI - cofinanciar, com os demais entes federados, a execuo de programas, aes e projetos das polticaspblicas de juventude; e

    VII - estabelecer mecanismos de cooperao com os Estados e a Unio para a execuo das polticaspblicas de juventude.

    Pargrafo nico. Para garantir a articulao federativa com vistas ao efetivo cumprimento das polticaspblicas de juventude, os Municpios podem instituir os consrcios de que trata a Lei no 11.107, de 6 de abril de2005, ou qualquer outro instrumento jurdico adequado, como forma de compartilhar responsabilidades.

    Art. 44. As competncias dos Estados e Municpios so atribudas, cumulativamente, ao Distrito Federal.

    CAPTULO III

    DOS CONSELHOS DE JUVENTUDE

    Art. 45. Os conselhos de juventude so rgos permanentes e autnomos, no jurisdicionais, encarregadosde tratar das polticas pblicas de juventude e da garantia do exerccio dos direitos do jovem, com os seguintesobjetivos:

    I - auxiliar na elaborao de polticas pblicas de juventude que promovam o amplo exerccio dos direitosdos jovens estabelecidos nesta Lei;

    II - utilizar instrumentos de forma a buscar que o Estado garanta aos jovens o exerccio dos seus direitos;

    III - colaborar com os rgos da administrao no planejamento e na implementao das polticas dejuventude;

    IV - estudar, analisar, elaborar, discutir e propor a celebrao de instrumentos de cooperao, visando elaborao de programas, projetos e aes voltados para a juventude;

    V - promover a realizao de estudos relativos juventude, objetivando subsidiar o planejamento daspolticas pblicas de juventude;

    VI - estudar, analisar, elaborar, discutir e propor polticas pblicas que permitam e garantam a integrao e aparticipao do jovem nos processos social, econmico, poltico e cultural no respectivo ente federado;

    VII - propor a criao de formas de participao da juventude nos rgos da administrao pblica;

    VIII - promover e participar de seminrios, cursos, congressos e eventos correlatos para o debate de temasrelativos juventude;

    IX - desenvolver outras atividades relacionadas s polticas pblicas de juventude.

    1o A lei, em mbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, dispor sobre a organizao, ofuncionamento e a composio dos conselhos de juventude, observada a participao da sociedade civil mediantecritrio, no mnimo, paritrio com os representantes do poder pblico.

    2o (VETADO).

    Art. 46. So atribuies dos conselhos de juventude:

    I - encaminhar ao Ministrio Pblico notcia de fato que constitua infrao administrativa ou penal contra osdireitos do jovem garantidos na legislao;

    L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm

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  • II - encaminhar autoridade judiciria os casos de sua competncia;

    III - expedir notificaes;

    IV - solicitar informaes das autoridades pblicas;

    V - assessorar o Poder Executivo local na elaborao dos planos, programas, projetos, aes e propostaoramentria das polticas pblicas de juventude.

    Art. 47. Sem prejuzo das atribuies dos conselhos de juventude com relao aos direitos previstos nesteEstatuto, cabe aos conselhos de direitos da criana e do adolescente deliberar e controlar as aes em todos osnveis relativas aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos.

    Art. 48. Esta Lei entra em vigor aps decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicao oficial.

    Braslia, 5 de agosto de 2013; 192o da Independncia e 125o da Repblica.

    DILMA ROUSSEFFJos Eduardo CardozoAntonio de Aguiar PatriotaGuido MantegaCsar BorgesAloizio MercadanteManoel DiasAlexandre Rocha Santos PadilhaMiriam BelchiorPaulo Bernardo SilvaTereza CampelloMarta SuplicyIzabella Mnica Vieira TeixeiraAldo RebeloGilberto Jos Spier VargasAguinaldo RibeiroGilberto CarvalhoLus Incio Lucena AdamsLuiza Helena de BairrosEleonora Menicucci de OliveiraMaria do Rosrio Nunes

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 6.8.2013

    L12852 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12852.htm

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