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ESTUDO DA APLICAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE RAIOS X PULSADO E DE
RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA DE
TUBULAÇÃO DE PEQUENO DIÂMETRO E BAIXA ESPESSURA
UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
Jan Marc Soares de Smid
Dissertação submetida ao corpo docente do
Programa de Pós-graduação em Ciência e
Tecnologia de Materiais da Fundação Centro
Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO
como parte dos requisitos para obtenção do grau de
Mestre Profissional em Ciência e Tecnologia de
Materiais.
Orientador: Edmilson Monteiro de Souza
Rio de Janeiro, setembro de 2016
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ESTUDO DA APLICAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE RAIOS X PULSADO E DE
RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA DE
TUBULAÇÃO DE PEQUENO DIÂMETRO E BAIXA ESPESSURA
UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
Jan Marc Soares de Smid
Dissertação submetida ao corpo docente do Programa de Pós-graduação em Ciência e
Tecnologia de Materiais da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste -
UEZO como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre Profissional em
Ciência e Tecnologia de Materiais.
Examinada Por:
Rio de Janeiro – Brasil, setembro de 2016
Prof. Edmilson Monteiro de Souza, D.Sc. - UEZO
Prof. Carlos Alberto Martins Ferreira, D.Sc. - UEZO
Sérgio Damasceno Soares, D.Sc. - PETROBRÁS
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SMID, JAN MARC SOARES
Estudo da aplicação de equipamento de raios x
pulsado e de radiografia computadorizada na
inspeção radiográfica de tubulação de pequeno
diâmetro e baixa espessura utilizados na indústria de
petróleo [Rio de Janeiro] 2016.
XVIII, 56 p., 29,7cm (PPGCTM/UEZO,
M.Sc., Ciência e Tecnologia de Materiais, 2016)
Dissertação (Mestrado Profissional) – UEZO
1 . Raios X Pulsados
2. Radiografia Computadorizada.
3. Image Plate
4. Tubulação de Pequeno Diâmetro
I. PPGCTM/UEZO II. Título (Série).
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DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTOS
Dedico esse trabalho a minha família, em especial a minha mulher Vera Maria e meus
filhos, Sofia Maria e Jan Marc, pois tudo que faço é para eles.
Agradeço a Deus pela benção de poder realizar esse trabalho, ao Prof Dr Edmilson
Monteiro de Souza, meu orientador, pelo apoio imensurável sem o qual não conseguiria
concluí-lo, e aos colegas Janio, Dário, Geraldo (in memorian) da Radiolab e ao Ivan
Britto da GE pelo suporte para que esse trabalho se tornasse realidade.
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Resumo da Dissertação apresentada à PPGCTM/UEZO como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre Profissional em Ciência e Tecnologia de
Materiais (M.Sc.)
ESTUDO DA APLICAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE RAIOS X PULSADO E DE
RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA DE
TUBULAÇÃO DE PEQUENO DIÂMETRO E BAIXA ESPESSURA UTILIZADOS
NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
Jan Marc Soares de Smid
Setembro/2016
Orientador: Edmilson Monteiro de Souza
Programa: Pós- Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais – PGCTM/UEZO
O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de uma metodologia para a realização de
Ensaio radiográfico em dutos de pequeno diâmetro e pequena espessura, utilizando
equipamento de Raios X pulsados e a Radiografia Computadorizada com detectores
Image Plate. Para tal finalidade, estudos sobre a otimização do arranjo radiográfico,
bem como inspeções em corpos de prova com defeitos simulando descontinuidades, e
contendo regiões soldadas foram realizadas, buscando a melhor configuração de
exposição, com o intuito de desenvolver um protocolo de exposição para este tipo de
aplicação e utilização nos empreendimentos de infra-estrutura no Brasil. Os resultados
apresentaram boa concordância com os requisitos de qualidade mínimos exigido pelo
código ASME BPVC Seção V, Apêndice Mandatório VIIII-221.2.
Palavras-Chave: Raios X pulsados, radiografia computadorizada, Image Plate,
tubulações de pequenos diâmetros.
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Abstract of Dissertation presented to PPGCTM/UEZO as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master in Science (M.Sc.)
STUDY OF THE APPLICATION OF PULSED X-RAY MACHINE
RADIOGRAPHY AND COMPUTED RADIOGRAPHY IN RADIOGRAFIC
INSPECTION OF SMALL DIAMETER PIPES WITH LOW WALL THICKNESS
USED IN OIL INDUSTRY
Jan Marc Soares de Smid
September, 2016
Advisor: Edmilson Monteiro de Souza.
Department: Pós- Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais – PGCTM/UEZO
The aim of this work is to develop a methodology for radiographic testing in small
diameter pipes with low wall thickness using pulsed X-ray device and Image Plate
Computed Radiography system. For this, the optimization of the radiographic setup as
well as radiographic tests in pipes containing stress defect and welded regions were
carried out, in order to develop an exposure protocol for this type of application to use
in Brazilian projects of infrastructure. The results showed good agreement with the
minimum quality requirements of the ASME Code, Section V BPVC, Appendix
Mandatory VIIII-221.2.
Keywords: pulsed X-ray, computed radiography, Image Plate detector, small pipe
diameter.
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Sumário
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1 – Introdução .......................................................................................
1.1 – Objetivo do Trabalho .......................................................................
CAPÍTULO 2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 - Introdução a Radiografia Industrial .......................................................
2.1.1 - Princípios e fundamentos da radiografia industrial .................
2.2 - Fontes de radiação para radiografia industrial .......................................
2.2.1 - Radiografia com raios X .........................................................
2.3 - A Radiografia Computadorizada ............................................................
2.3.1 – Imagens Digitais .....................................................................
2.3.1.1 - Qualidade da imagem digital ....................................
2.3.1.2 – Ruído em Imagens digitais .......................................
2.3.2 – Detectores Image Plate ...........................................................
2.4 – Métodos radiográficos para detecção de corrosão e depósitos em
tubos................................................................................................................
2.4.1 – Técnica de parede simples – vista simples (PSVS) ................
2.4.2 – Técnica de Parede Dupla ........................................................
2.4.2.1 – Técnica de Parede Dupla e Vista Simples - PDVS...
2.4.2.2 – Técnica de Parede Dupla e Vista Dupla – PDVD.....
2.4.3 – O Método Tangencial .............................................................
2.4.4 – Ambos os métodos combinados .............................................
CAPÍTULO 3 – MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 – Materiais e Equipamentos .....................................................................
3.1.1 – Aparelho de Raios X Pulsado ................................................
3.1.2 – Sistema de Radiografia Computadorizada .............................
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3.2 – Procedimento Experimental ..................................................................
3.2.1 – Determinação dos Corpos de Prova CPs ...............................
3.2.2 – Determinação da Exposição Otimizada .................................
3.2.3 – Utilização de Filtro .................................................................
3.2.4 – Condições de Iluminamento do Escaner ................................
3.2.5 – Execução ................................................................................
CAPÍTULO 4 – RESULTADOS E DISCUÇÕES
4.1 – Determinação da Exposição Otimizada .................................................
4.2 – Condições de Iluminamento do Escâner ................................................
4.3 – Análise das Imagens Radiográficas .......................................................
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES.............................................................................
CAPÍTULO 6 – SUGESTÃO DE ESTUDOS FUTUROS.....................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................
ANEXO I - Protocolo de Exposição PRC-001 .........................................................
ANEXO II - Protocolo de Exposição PRC-002 ........................................................ ANEXO III - Protocolo de Exposição PRC-003 ......................................................
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Arranjo típico de um ensaio radiográfico ................................................
Figura 2 – Probabilidade de ocorrência dos efeitos fotoelétrico, Compton e
produção de pares. ......................................................................................................
Figura 3 – O processo radiográfico ...........................................................................
Figura 4 – Visão externa e interna de um equipamento gerador de raios X de até
300 keV ......................................................................................................................
Figura 5 – Forma da curva de tensão alternada após a retificação. Este tipo de
retificação é conhecido como retificação de meia onda. a) Sinal de entrada (baixa
tensão). b) Processo de retificação .............................................................................
Figura 6 - Indicadores de Qualidade de Imagem ......................................................
Figura 7 – Evolução dos sistemas de aquisição de imagem nos últimos 40 anos .....
Figura 8 – Matrizes de píxels ....................................................................................
Figura 9 – Imagem com resolução de 6 p.p.m ou d.p.m. ........................................
Figura 10 – Exemplos de graus de resolução espacial diferentes para uma mesma
imagem. Observa-se que sempre haverá perda de qualidade e da resolução de uma
imagem digitalizada, quando ampliamos outra imagem já digitalizada, a menos
que se aumente a quantidade de pixels na mesma proporção da ampliação ..............
Figura 11 – Comparação da linearidade dos detectores IP e filme de raios X
quando expostos à radiação beta de 32P por um período de 18 h ...............................
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Figura 12 – Seqüência de processamento do Image Plate para recuperar a imagem
digital na gamagrafia, apagar as informações e a sua reutilização..............................
Figura 13 – Técnica de exposição parede simples – vista simples ...........................
Figura 14 – Técnica de exposição parede dupla e vista simples (a) e parede dupla
e vista dupla (b) ..........................................................................................................
Figura 15 – Arranjo radiográfico na técnica PDVD .................................................
Figura 16 – Detecção de corrosão pelo aumento na densidade do detector no
método PDVS .............................................................................................................
Figura 17 - Princípio da radiografia tangencial ........................................................
Figura 18 - Ilustração da região coberta pela radiografia tangencial e a localização
de um defeito isolado cujas dimensões serão superestimadas ...................................
Figura 19 – Radiografia de um duto de pequeno diâmetro, combinando o método
tangencial e o método de parede dupla em um único ensaio radiográfico .................
Figura 20 – Vista geral do equipamento de raios X pulsado de fabricação da
Golden Engineering ...................................................................................................
Figura 21 – Vista geral do escaner de placas de fósforo de fabricação GE ..............
Figura 22 – Vista da placa de fósforo sobre seu chassis de exposição .....................
Figura 23 – Relação Sinal Ruído em função da velocidade da placa de fósforo ......
Figura 24 – Vista da cabine de raios X onde as exposições foram executadas ........
Figura 25 – Indicador de Qualidade de Imagem - IQI utilizado ...............................
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Figura 26 - Esquema de exposição utilizando-se filtro de cobre ..............................
Figura 27 (a) – Imagem radiográfica do CP 01 com a utilização de filtro de cobre..
Figura 27 (b) – Imagem radiográfica do CP 01 sem a utilização de filtro de cobre..
Figura 28 (a) – Imagem radiográfica do CP 02 com a utilização de filtro de cobre
de 0,5 mm....................................................................................................................
Figura 28 (b) - Imagem radiográfica do CP 02 sem a utilização de filtro de cobre...
Figura 29 (a) – Imagem radiográfica do CP 03 com a utilização de filtro de cobre
de 0,5 mm....................................................................................................................
Figura 29 (b) – Imagem radiográfica do CP 03 sem a utilização de filtro de cobre .
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Classificação dos raios X quanto à dureza ...............................................
Tabela 2 – Dados do equipamento de Raios X pulsado.............................................
Tabela 3 – Dados do escâner de placa de fósforo .....................................................
Tabela 4 – Dados dos corpos de prova utilizados .....................................................
Tabela 5 - Intervalo de tempo para a execução de cada etapa ...................................
Tabela 6 - Dados de níveis de cinza em função da quantidade de pulsos do CP03 ..
Tabela 7 – Resultado da taxa de exposição em função de pulsos por disparo ..........
Tabela 8 – Relação entre iluminamento na sala de escaneamento e níveis de cinza
na radiografia ..............................................................................................................
Tabela 09 – Parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o CP 01 .............
Tabela 10 – Parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o CP 02 .............
Tabela 11 – Parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o CP 03 .............
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ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1 - Protocolo de Exposição PRC-001............................................................. 60
Anexo II - Protocolo de Exposição PRC-002............................................................
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Anexo III - Protocolo de Exposição PRC-003...........................................................
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Capítulo 1
Introdução
A demanda da sociedade brasileira por infra-estrutura é muito grande. A redução de
custos de fornecimento dessa infra-estrutura é fundamental para otimizar o capital
necessário para o suprimento de energia e outros bens e serviços. O aumento da
segurança operacional dos empreendimentos também é fundamental, considerando-se
os recentes desenvolvimentos em materiais, processos de fabricação de estruturas e
equipamentos utilizados nesses empreendimentos. As necessidades de suprimento,
muitas das vezes impossibilita realizar a inspeção, sem parada da operação, obrigando
um alto grau de confiabilidade no controle da qualidade durante a fabricação de
estruturas e equipamentos bem como na montagem e construção dos empreendimentos
de infra-estrutura.
Dentre os gargalos de montagem desses empreendimentos, existe o controle de
qualidade de juntas soldadas, bem como das condições de integridade de toda a
tubulação. A integridade destas estruturas pode ser monitorada pelo uso apropriado de
métodos de inspeção não destrutivos mesmo enquanto a instalação estiver em operação,
tornando possível o planejamento de substituição de componentes, reparos e paradas nas
operações. As inspeções não destrutivas têm vantagens adicionais. Por exemplo, a
inspeção não destrutiva permite que sejam realizadas monitorações em detrimento da
remoção de partes instaladas como realizado através de inspeções por métodos
destrutivos. Avaliações não destrutivas podem freqüentemente ser produzidas em
tempos convenientes e não necessariamente necessitar de paradas das operações, sendo
de extremo interesse econômico.
A inspeção através do método radiográfico permanece como a principal técnica de
Ensaio Não Destrutivo - END utilizada em ocasiões críticas, sendo o método externo de
inspeção mais completo até o presente momento. Entre os diferentes métodos de END
(ensaio visual, por ultrassom, líquido penetrante, partícula magnética, etc), o método
radiográfico tem a vantagem de não necessitar, a priori, a remoção do revestimento
externo da tubulação, detectar trincas e fissuras em cordões de solda através de uma
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2
imagem, permitir a medida de um dos mais importantes parâmetros em tubulações, ou
seja, a espessura de parede restante após ataque por corrosão, mesmo com a instalação
em funcionamento, além do benefício adicional de poder ser realizado em ambientes a
altas temperaturas [1,2].
A radiografia como é realizada hoje, da mesma forma que a 60 anos atrás, com os
procedimentos de Proteção Radiológica aumentados desnecessariamente,
principalmente no Brasil, pela memória gerada pós acidente radiológico de Goiânia,
causa um impacto negativo em termos de produtividade na construção e montagem dos
empreendimentos de infra-estrutura no Brasil. O ensaio radiográfico, na grande maioria
dos casos, é realizado no período noturno, podendo inviabilizar um terceiro turno de
produção. Ainda no contexto de proteção radiológica, em muitos dos casos o controle
de qualidade das juntas soldadas só é realizado ao final da produção, e não durante,
prorrogando o prazo de entrega do serviço e/ou produção e conseqüentemente aumento
da logística necessária para a manutenção do canteiro de obras ou linha de produção.
Isso se deve em parte à utilização de fontes radioativas como Cobalto, Irídio ou Selênio,
quando há a necessidade de inspeção fora dos bunkers, devido ao tempo em que estas
fontes ficam expostas, exigindo grande aparato para a proteção dos operadores [3].
Devido a evolução e a considerável redução do tempo de exposição, a nova geração dos
detectores Imaging Plates tem aberto novas fronteiras para aplicações da radiografia
computadorizada - CR, inclusive em situações de campo, tornando-se uma ferramenta
em potencial para a substituição dos filmes radiográficos em inspeções de tubulações,
incluindo as de pequenos diâmetros [4]. Além de manter as vantagens da radiografia
tradicional, tais como a flexibilidade do detector, a CR traz outras vantagens, como a
capacidade de visualização da imagem radiográfica em formato digital, capacidade de
reutilização do detector, a eliminação do processo de revelação e consequente utilização
de produtos químicos, redução da exposição (através de uma grande faixa de
sensibilidade do IP) e faixa dinâmica maior do que 5 ordens de grandeza (magnitude)
com relação à dose de raios X [5]. No contexto das fontes geradoras de radiação, a nova
geração de equipamentos portáteis de Raios X pulsados tem se apresentado uma
possível alternativa à utilização de fontes radioativas, especialmente no caso de
inspeção de tubulações com diâmetro menores ou iguais a 2 polegadas (5,08cm),
também conhecidas como tubulações de pequenos diâmetros. Estes equipamentos são
capazes de alcançar energias da ordem de 300 KVp, emitindo raios X com intensidade
de feixe suficiente para ser usado em ensaio radiográfico para análise de solda.
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3
O U. S. Environmental Protection Agency, em seu Report SwRI® Project 14.12444
desenvolveu um protocolo para inspeção não destrutiva de dutos de 3 à 16 polegadas de
diâmetro utilizando equipamento portátil de raios X pulsados e a radiografia
computadorizada com detectores Image Plate, e comparou os resultados com imagens
radiográficas obtidas com fonte de Irídio 192 (Ir-192) e filme convencional [6].
Entretanto, tais estudos não abordaram a utilização dos equipamentos de raios X
pulsados em dutos de diâmetros menores ou iguais à 2 polegadas (5.08cm). Também
não se observa na literatura brasileira estudos com o objetivo de utilização de
equipamentos portáteis de raios X pulsados em conjunto com a radiografia
computadorizada para análise de defeitos em solda bem como defeitos estruturais em
tubulações de pequenos diâmetros.
1.1 - Objetivo do estudo
O objetivo deste estudo é o desenvolvimento de uma metodologia para a realização de
Ensaio radiográfico em dutos de pequeno diâmetro e baixa espessura, em situação de
campo, utilizando equipamento de Raios X pulsados e a Radiografia Computadorizada
com detectores Image Plate. Para tal finalidade, inspeções em corpos de prova com
defeitos simulando descontinuidades serão realizadas, em ambientes controlados,
buscando a melhor configuração de exposição, buscando um protocolo de exposição
para este tipo de aplicação e utilização nos empreendimentos de infra-estrutura no
Brasil.
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Capítulo 2
Fundamentação Teórica
2.1 – INTRODUÇÃO A RADIOGRAFIA INDUSTRIAL
A radiografia industrial é um dos mais antigos métodos de Ensaio Não Destrutivo
(END) [7], e se baseia na absorção diferenciada da radiação ionizante pela matéria para
obter uma visão interna do objeto inspecionado, sem a necessidade de destruição do
mesmo. Os raios X ou gama são projetados em direção a um objeto em análise, e a
intensidade da radiação transmitida através do objeto é registrada por um sistema de
aquisição de imagens, como mostra a Figura 1:
Figura 1 – Arranjo típico de um ensaio radiográfico
Ao registro das diferentes quantidades de radiação que emergem de um corpo irradiado
chamamos de Imagem radiográfica [8,9]. Sendo assim, a radiografia industrial é uma
técnica de END utilizada para detectar a variação de uma região de um determinado
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material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade comparada com uma
região vizinha.
2.1.1 – Princípios e fundamentos da radiografia industrial
Um feixe de raios X ou gama, ao interagir com qualquer material, sofre variação em sua
intensidade, motivada por uma série de fenômenos físicos que ocorrem
simultaneamente, cada qual com sua própria probabilidade. Os principais fenômenos de
interação da radiação com a matéria na radiografia industrial são o Efeito fotoelétrico, o
Efeito Compton e a Produção de pares [10,11]. A Figura 2 mostra a variação das
probabilidades de ocorrência dos efeitos Fotoelétrico, Compton e Produção de pares
com o número atômico do material absorvedor para diferentes valores de energia. As
interações fotoelétricas predominam para todos os materiais em energias de fótons
suficientemente baixas, mas à medida que a energia cresce, o efeito fotoelétrico diminui
mais rapidamente que o efeito Compton, e acaba se tornando o efeito predominante.
Continuando a aumentar a energia do fóton, ainda que o efeito Compton decresça em
termos absolutos, continua aumentando em relação ao efeito fotoelétrico. Acima da
energia de alguns MeV para o fóton, a produção de pares passa a ser a principal
contribuição para as interações de fótons.
Figura 2 – Probabilidades de ocorrência dos efeitos fotoelétrico, Compton e produção
de pares.
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6
Quando se considera uma fonte emissora, a intensidade da radiação que atravessa um
objeto decrescerá exponencialmente com a espessura x do mesmo, de acordo com a
equação:
xeII .0
, (1)
onde:
0I é a intensidade da fonte de radiação;
I é a intensidade da radiação após atravessar o material;
x é a espessura de material;
μ é o coeficiente total de absorção do material.
O coeficiente de absorção linear μ é definido como a soma dos coeficientes
representados pelos processos de absorção da radiação pela matéria: efeito fotoelétrico,
efeito Compton e produção de pares, μf, μc e μp, indicando, respectivamente, a
probabilidade de ocorrência dos fenômenos mencionados. Dessa forma, diferenças na
densidade e variações na espessura do material, ou mesmo diferenças nas características
de absorção causadas por variações na composição do material terão como
conseqüência uma variação na intensidade do feixe transmitido, que dependerá da
natureza do objeto e da energia da fonte de radiação.
Seja uma parte de um dado material, no qual exista uma falha ou uma descontinuidade.
Essa falha será facilmente percebida pela comparação entre a absorção da radiação
naquela região e as regiões próximas, que serão compostas do mesmo material ou de
material de mesma densidade ou, ainda, de densidade muito próxima. No local onde não
houver descontinuidade (falha na estrutura), a intensidade da radiação através da mesma
obedece a Equação 1. Como é suposta a existência de uma descontinuidade com
dimensão d, a intensidade de radiação através das diferentes camadas do objeto, na
região de descontinuidade (falha), será:
KxK eII .
0 , (2)
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7
dKm
deII . , (3)
2.2
xm eII , (4)
onde:
IK é Intensidade transmitida imediatamente anterior a falha;
Im é a intensidade que atravessou a falha;
I2 é a intensidade transmitida imediatamente após a falha;
d é o coeficiente de absorção do material de que a falha é composta.
xk é a espessura de material imediatamente anterior a falha;
xm é a espessura da falha;
x2 é a espessura de material imediatamente após a falha;
A probabilidade total será o produto das probabilidades parciais, e assim:
2.2
xm eII ,
2. xdK eeI d ,
2.0
xdx eeeI dK ,
]).([0
2 dxx dKeI ,
Como:
,2 xdxx k (5)
onde:
x' é a espessura total da peça com a falha
Então:
dxxx K 2 (6)
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Obtém-se:
])([
02
ddx deII (7)
A equação acima é verdadeira para geometrias de feixes estreitos de radiação.
Entretanto, geometrias de irradiação com grandes aberturas de feixes são usualmente
encontradas em aplicações práticas. Para feixes com grande abertura de campo de
irradiação, temos:
])([
02
ddx deIBI (8)
onde B é chamado de Fator de Build-up, ou fator de aumento da radiação. B
representa a contribuição da radiação espalhada no processo de formação da imagem
radiográfica.
Dessa forma a descontinuidade aparecerá no detector devido à variação entre as
intensidades da radiação que passa através da parte homogênea do corpo e através da
descontinuidade, como mostra a Figura 3.
Figura 3 – O processo radiográfico.
A diferença entre os coeficientes de absorção da radiação μ no material e μd na falha,
aumenta com o aumento entre a diferença das densidades (massa específica = massa da
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9
unidade de volume de um corpo) do objeto com e sem descontinuidade, e dessa forma, a
sensibilidade desse método é diretamente proporcional à densidade do objeto e
inversamente proporcional à descontinuidade. μ varia inversamente com a energia
(efeito fotoelétrico e Compton), e, portanto, haverá perda de sensibilidade para fontes de
energias mais altas. Para porosidade, falta de penetração, porosidade vermicular, etc.,
toma-se μd igual a zero.
Pode-se concluir então que:
Como a absorção da radiação gama e X depende da espessura do material, um
vazio ou uma descontinuidade qualquer situada no interior do objeto examinado
se traduzirá por variações locais de intensidade emergente.
Quando a espessura do objeto que está sendo inspecionado aumenta, aumenta
também o tempo de exposição devido ao efeito de absorção da radiação através
do material. Esse aumento no tempo de exposição também ocorrerá para
materiais de elevado número atômico, já que o coeficiente de absorção de um
material varia diretamente com a densidade (massa específica).
Sendo assim, a radiografia industrial é então usada para detectar variação de uma região
de um determinado material que apresenta uma diferença em espessura ou densidade
comparada com uma região vizinha.
2.2 – FONTES DE RADIAÇÃO PARA RADIOGRAFIA INDUSTRIAL
Quanto ao termo fonte, os principais tipos de radiação utilizados em radiografia
industrial são os raios X e as fontes de radiação gama [11]. Considerando-se que
ensaios radiográficos com raios gama não serão abordados neste estudo, as seções
seguintes descrevem as principais características dos equipamentos de raios X.
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2.2.1 - Radiografia com raios X
Os raios X são emitidos das camadas eletrônicas dos átomos. Essas emissões não
ocorrem de forma desordenada, mas possui “padrão” de emissão denominado espectro
de emissão.
Os aparelhos de raios X são classificados de acordo com a sua potência e com as
aplicações para as quais são projetados. Os raios X para fins de inspeção na industria
são gerados aplicando-se potencias (tensões) da ordem de 80 a 500 kV. Os principais
componentes de um equipamento de raios X são: o tubo de raios X e o gerador de alta
tensão.
Tubo de raios X industrial
Os raios X destinados ao uso industrial são gerados em um dispositivo denominado
tubo de Coolidge. Este dispositivo consiste numa ampola de vidro com alto vácuo
possuindo dois eletrodos: o catodo e o anodo.
Os eletrodos são projetados para que os elétrons produzidos no catodo (eletrodo
negativo ou filamento) possam ser acelerados por uma diferença de potencial alta em
direção ao anodo (eletrodo positivo ou alvo). Os elementos básicos de um tubo de raios
X industrial e a fotografia de um equipamento de raios X são ilustrados na Figura 4.
Figura 4 – Visão externa e interna de um equipamento gerador de raios X de até
300 keV.
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11
Os elétrons são produzidos pelo aquecimento do filamento de tungstênio, fenômeno
conhecido como emissão termoiônica, e acelerados através do tubo para alcançar o alvo,
onde os raios X são por sua vez produzidos.
O ponto focal é a área do alvo que é bombardeada pelos elétrons do catodo (filamento).
A maior parte da energia é convertida em calor, com menos de 1% sendo convertida em
raios X. Para minimizar este problema de aquecimento, utilizam-se anodos com
superfícies suficientemente grandes para evitar um superaquecimento local, ou utiliza-se
anodo giratório. Para uma boa definição da imagem, é necessário que o ponto focal no
anodo tenha pequenas dimensões. Existe, porém, um limite para este tamanho, pois
quanto menor esta faixa, maior o calor concentrado. Para solucionar este problema o
anodo possui uma inclinação entre 6° e 20°, formando um ângulo com o plano
perpendicular do feixe incidente. Desta forma o tamanho aparente do ponto focal é
reduzido. As especificações de fábrica dos aparelhos geralmente mencionam as
dimensões do ponto focal.
Gerador de Alta Tensão
A função dos geradores de alta tensão é produzir uma diferença de potencial necessária
para acelerar os elétrons, que vão produzir os raios X. Estes potenciais são produzidos
através de transformadores elétricos que podem trabalhar com a freqüência nominal da
rede elétrica ou com médias e altas freqüências (dispositivos mais modernos).
Após os transformadores de alta tensão é colocado um sistema de retificação. A
retificação é necessária uma vez que a tensão alternada não é útil para acelerar os
elétrons, que possuem carga negativa e se deslocam em direção a tensões positivas.
Logo, a retificação é responsável pela tensão do anodo ser positiva em relação ao
catodo. A Figura 5 mostra a forma da curva de tensão alternada após a retificação.
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12
Figura 5: Forma da curva de tensão alternada após a retificação. Este tipo de retificação
é conhecido como retificação de meia onda. a) Sinal de entrada (baixa tensão). b)
Processo de retificação
Os sistemas de retificação mais conhecidos são os de meia onda (um pulso), de onda
completa (dois pulsos), trifásico (seis pulsos) e geradores com média e alta freqüência.
Os retificadores são posicionados em série entre o transformador de alta tensão e o tubo
de raios X. Os sistemas de retificação dos equipamentos de raios X mais modernos
utilizam um complexo sistema de transformação da tensão alternada em tensão
praticamente contínua. A variação obtida com estes sistemas é menor do que 1 %.
Espectros de raios X
Os raios X são produzidos como resultado da perda de energia por elétrons que reduzem
a velocidade quando interagem com o material alvo "bremsstrahlung" ou por transições
de elétrons dentro dos átomos (raios X característico). A distribuição em energia da
radiação produzida é denominada espectro de Raios X. O espectro de raios X é
formado de duas partes distintas e superpostas: uma contínua e outra em linhas
discretas. A parte contínua deve-se aos raios X de “bremsstrahlung”, e vai de energias
muito baixas até uma energia máxima, aproximando ao maior valor de tensão aplicada
ao tubo. As linhas discretas são em decorrência dos raios X característicos. A Tabela 1
ilustra a escala de “dureza” dos raios X.
(a) (b)
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13
Tabela 1 - Classificação dos raios X quanto à dureza
RADIAÇÃO TENSÃO NO TUBO
Muito mole Inferior a 20 kV
Mole 20 – 60 kV
Semi-mole 60 – 150 kV
Duro 150 – 400 kV
Muito duro 400 – 3000 kV
Ultraduro Superior a 3000 kV
A intensidade e a qualidade da radiação emergente de um tubo de raios X são função da
corrente e tensão aplicada ao tubo, do tempo de exposição, do material e ângulo do alvo
(anodo), da composição e espessura dos filtros do feixe. A quantidade de raios X
gerados é proporcional ao número atômico (Z) do material do alvo, a aproximadamente
o quadrado do valor da tensão (kV)2, e à corrente aplicada ao tubo (mA). Já a
distribuição em energia do espectro de raios X é determinada pelo potencial aplicado
(kV), pelo material e ângulo de inclinação do anodo, e pela composição e espessura do
material de filtração. Contudo o fator principal é a tensão aplicada ao tubo.
Filtração
A filtração total de um feixe de raios X consiste na filtração inerente mais a filtração
adicional. A filtração inerente é constituída pelos componentes que envolvem o tubo de
raios X, como o óleo isolante e o vidro da janela por onde sai o feixe útil de raios X. A
filtração adicional por sua vez é usada para complementar a filtração inerente. A função
da filtração é eliminar os raios X de baixa energia, que não contribuem para a formação
da imagem radiográfica.
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14
Fatores que afetam a exposição
Os fatores que afetam a exposição são a tensão e a corrente aplicadas ao tubo, e o tempo
de exposição, e representam os controles básicos para o contraste, densidade e detalhe
ou nitidez da imagem. O detalhe ou nitidez da imagem depende também de fatores
geométricos, tais como tamanho do ponto focal, distância foco-detector e distância
objeto-detector.
A tensão aplicada ao tubo (kV) representa a capacidade de penetração do feixe de raios
X. A corrente e o tempo de exposição geralmente são combinados (produto) em uma
única unidade, denominada de “corrente-tempo de exposição” (mAs), que é considerado
como fator primário de controle da intensidade (integrada) do feixe de raios X. Portanto,
o produto corrente-tempo (mAs) é o fator de controle primário da densidade de uma
radiografia.
Critérios de qualidade para imagens radiográficas com raios X
Os fatores de qualidade que são levados em conta para se obter uma radiografia
otimizada, que é o objetivo de um exame radiológico, são: densidade, contraste, detalhe
e distorção e artefatos.
A densidade radiográfica pode ser descrita como o grau de enegrecimento da radiografia
processada. Quanto maior o grau de enegrecimento, maior a densidade. O fator que
mais influencia a densidade radiográfica é o produto corrente-tempo (mAs), que
controla a densidade através da quantidade de raios X emitida durante uma exposição.
Além do produto corrente-tempo (mAs), outro fator de controle é a distância do tubo de
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15
raios X ao detector que, de acordo com a lei do inverso do quadrado da distância, reduz
a intensidade do feixe de raios X.
O contraste é o grau de diferenciação entre duas estruturas adjacentes, e sua função é
tornar visíveis as interfaces e estruturas anatômicas. A tensão é um dos fatores que mais
influenciam o contraste radiográfico, controlando a energia ou a capacidade de
penetração do feixe primário. Quanto maior a tensão, menor será a diferença entre a
intensidade de fótons provenientes das várias densidades do corpo inspecionado,
produzindo menor variação na atenuação. O aumento da tensão provoca, também,
aumento da energia e quantidade de raios X que chegam ao detector, causando aumento
de densidade radiográfica. O detalhe pode ser definido como a nitidez de estruturas na
radiografia. A nitidez da imagem é demonstrada pela clareza de linhas estruturais finas e
pelas bordas de estruturas visíveis na imagem radiográfica. A insuficiência de detalhes
ou a definição é conhecida como “borramento“ da imagem.
Indicadores de qualidade imagem - IQI`s
Os indicadores da qualidade da imagem (IQI) são ferramentas utilizadas para a
avaliação da qualidade da imagem radiográfica. Existem várias normas para a sua
confecção, sendo que todas são muito idênticas entre si. Sendo que estes devem ser
fabricados a partir de um material tão semelhante o quanto possível aos materiais a
serem radiografados e são posicionados sobre a peça em estudo. As normas EN ISO
19232 – Parte 1 [12] e ASTM E747 [13], bem como NP EN 462-1 [14] descrevem os
diferentes tipos de IQI’s, que também podem ser observados através da Figura 6. O
objetivo da sua utilização consiste em possibilitar a avaliação da qualidade da imagem
radiográfica (avaliação dos contrastes obtidos) e conseqüentemente, da sensibilidade do
ensaio para a detecção de descontinuidades.
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Figura 6: Indicadores de Qualidade de Imagem.
2.3 - A RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Por cerca de 60 anos, os filmes (películas) de raios X foram o sistema de aquisição de
imagem padrão para a radiografia industrial, devido a sua utilidade funcional e
qualidade elevada da imagem obtida. O filme radiográfico tem executado a função de
detector, sistema de armazenamento da imagem e de comunicação de dados. Porém,
novas tecnologias têm surgido como alternativa à utilização dos filmes radiográficos. A
Figura 7 mostra a evolução dos sistemas de aquisição de imagens nos últimos 40 anos.
Figura 7 – Evolução dos sistemas de aquisição de imagem nos últimos 40 anos
IQI tipo degrau/furo IQI tipo arames
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17
2.3.1 – Imagens Digitais
Imagens podem ser dispostas em um formato digital, de forma a ser processadas por um
computador. A imagem digital consiste de uma matriz em que cada elemento, ou pixel é
representado por um valor numérico, que representa uma tonalidade de cor, como
mostra a Figura 8, em que, cada píxel possui uma única tonalidade de cor e possui a
mesma medida horizontal e vertical [11,15].
Figura 8 – Matrizes de píxels
O número de pixels contidos em uma imagem é o produto do número de linhas pelo de
colunas, que é usualmente um múltiplo do número 2 devido às características binárias
do sistema digital. A dimensão e a forma da matriz (número de linhas e colunas)
dependem da aplicação específica e da capacidade do sistema que cria a imagem. O
formato mais comum é o quadrado, embora seja possível ter imagens digitais
retangulares. Para uma matriz quadrada, o número de pixels é proporcional ao quadrado
da dimensão da matriz. Quando a dimensão da matriz é aumentada por um fator de 2
(isto é, de 256 para 512), o número de pixels aumenta por um fator de 4 [15].
2.3.1.1 - Qualidade da imagem digital
Quando falamos em qualidade da imagem digital, estamos nos referindo à resolução da
imagem. A resolução é definida como sendo a menor separação (distância) entre dois
pontos da imagem que podem ser distinguidos ou visualizados.
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18
Em imagens digitais, o número de pixels lineares existentes em uma medida padrão, tal
como milímetro ou polegada (p.p.m ou do inglês d.p.m), defini a resolução da imagem,
e é única para toda a imagem. Por exemplo, uma resolução de 6 p.p.m. significa que
existem 6 píxels em cada medida linear de 1 mm, como mostra a Figura 9.
Figura 9 – Imagem com resolução de 6 p.p.m ou d.p.m.
O tamanho e a quantidade de pixels são fatores determinantes para a análise de
detalhes em uma imagem digital. Desde que cada pixel tem somente um valor numérico
ou escala de cinza, não é possível ver qualquer detalhe anatômico com apenas um pixel,
uma vez que todas as estruturas dentro da área coberta por este pixel serão representadas
por um único valor numérico ou escala de cinza. Conseqüentemente, boa resolução
requer pixels pequenos que são obtidos por selecionar matrizes de grandes dimensões,
como mostra a Figura 10.
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Figura 10 – Exemplos de graus de resolução espacial diferentes para uma mesma
imagem. Observa-se que sempre haverá perda de qualidade e da resolução de uma
imagem digitalizada, quando ampliamos outra imagem já digitalizada, a menos que se
aumente a quantidade de pixels na mesma proporção da ampliação
Outro fator importante é o número de bits (dígitos binários) usados para representar
cada pixel. Este fator afeta o número de escalas de cinza ou níveis de brilho (nitidez)
que podem ser amostrados: quanto maior o número de bits por pixel, maior será a escala
de tons de cinza, ou níveis de brilho da imagem,
O campo de visão, FOV (do inglês Field Optical View), com respeito ao corpo que está
sendo radiografado é outro fator que deve ser considerado com respeito aos detalhes de
uma imagem digital. O tamanho efetivo do pixel que limita a visibilidade dos detalhes
é:
matrizFOVPixeldoTamanho , (9)
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20
Para grandes valores de FOV, matrizes de grandes dimensões são requeridas para
produzir o mesmo detalhe que uma matriz pequena com relação a menores valores de
FOV.
Portanto para avaliar a capacidade de resolução de diferentes sistemas de imagem a
quantidade e o tamanho dos píxels são fatores determinantes. Na radiografia industrial,
valores como 2500 x 3000 pixels de 100 µm (cem microns) de tamanho são comuns
para uma boa qualidade de imagem.
Outro parâmetro que mede a qualidade da imagem é o contraste entre dois pontos
adjacentes como uma função da sua distância de separação. Este fator é chamado de
“Função Transferência de Modulação - MTF”, ou às vezes Função de Transferência de
Contraste, e assume valores entre 0 e 1 dependendo do sistema digital utilizado.
Medindo a MTF, é possível avaliar a eficiência de um sistema na detecção de pequenas
mudanças no contraste em função de sua separação.
A fim de simplificar a medida, as separações são indicadas em termos da freqüência
espacial, que é o inverso da distância entre detectores (píxels).
d
fN 21
, (10)
onde Δd é a distância entre detectores.
Quando a freqüência espacial aumenta, aumenta-se a capacidade de resolução. Como a
MTF em uma dada freqüência aumenta, a imagem será mais facilmente distinguida, e
conseqüentemente melhor visualizada pelo olho humano. Isto significa que quanto
maior for o valor da MTF mais facilmente será visualizada uma falha.
2.3.1.2 – Ruído em imagens digitais
Ruído é qualquer sinal desvantajoso que corrompe, reduz a informação contida no sinal
ou interfere com o sinal desejado. É freqüentemente definido como a incerteza em um
sinal devido a flutuações randômicas no mesmo [16].
Há muitas causas para esta flutuação. Por exemplo, um feixe de radiação emergindo de
um tubo de raios X ou sendo emitido por uma fonte de radiação é estatístico por
natureza, e o número de fótons emitidos pela fonte por unidade de tempo varia com uma
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21
distribuição gaussiana. Outras fontes de flutuação randômica são introduzidas pelo
processo de atenuação da radiação pela matéria, que também obedece a uma
distribuição gaussiana. Finalmente, o sistema de detecção introduz ruído devido ao
processamento eletrônico do sinal [8,17].
Há diferentes fontes de ruído para uma imagem. Dentre as principais destacam-se o
ruído quântico e o ruído associado à eletrônica do sistema de detecção. Por ruído
quântico entende-se como a imprecisão estatística introduzida no sinal de radiação pela
flutuação randômica na produção e atenuação dos fótons. O ruído quântico ocorre
naturalmente, e não pode ser evitado. Para um detector, o ruído quântico é calculado em
termo dos fótons absorvidos pelo detector e utilizados para gerar a imagem. Qualquer
fóton que passa através do detector sem ser absorvido ou mesmo aqueles que são
absorvidos sem gerar informação para a imagem é desperdiçado, e não contribuem para
reduzir o ruído na imagem. Esta modalidade de ruído é altamente dependente da dose de
radiação no detector [8,17]. O ruído eletrônico consiste na incerteza adicionada ao sinal
proveniente do sistema de processamento do mesmo. A magnitude do ruído eletrônico é
geralmente dependente da intensidade do sinal [8,17].
O desvio padrão é talvez o mais simples, e um dos mais úteis caminhos para
caracterizar o ruído em um sistema de imagens. Ele quantifica a variação nos valores
dos pixels da imagem em torno de um valor médio [8,17]. Se ix são valores individuais
de um conjunto de dados, podemos obter o desvio padrão da amostra através da média
m dos dados e da variância s2 através das relações:
Ni
iii x
Nxm
1
1 (11)
2
1
22
11
Ni
iii mx
Nmxs (12)
e,
2s (13)
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22
Se os dados em análise obedecerem a uma distribuição gaussiana ou a uma distribuição
de Poisson [55], o desvio padrão, isto é, a incerteza do valor em torno de um valor
médio, pode ser calculado pela simples relação:
m , (14)
onde m é a média dos valores de pixel na imagem [18].
Entretanto, para a descrição de ruído ter significado físico, este geralmente deve ser
relacionado a um sinal. Desde que o ruído quantifica a incerteza do sinal, isto é, a
estimativa da variação dos valores de pixel de uma imagem em torno de um valor
médio, o conceito de razão sinal-ruído (do inglês Signal-to-Noise Ratio - SNR) é usado
para descrever a relação entre o valor médio do sinal e a variação em torno deste valor
médio, isto é, o ruído:
SSNR (15)
onde dizemos que um sistema de aquisição de imagens é eficiente em termos de razão
sinal-ruído quando, para um mesmo valor de dose no detector, a razão sinal ruído nas
imagens geradas permanece constante, independente da configuração de exposição
[8,17].
2.3.2 – Detectores Image Plate
Na década de 80, visando aplicações médicas, a Fuji Film do Japão desenvolveu um
detector inovativo bidimensional denominado Image Plate – IP para radiografia [19].
IP usa uma placa flexível coberta por um tipo de fósforo que arquiva a radiação
incidente como uma imagem latente. A imagem latente pode ser lida fora da placa em
um computador como uma figura digital utilizando um escaner especial. Recentemente,
estes equipamentos vêm sendo utilizados na radiografia industrial devido a uma série de
vantagens com relação aos filmes convencionais tais como: sensitividade até três ordens
de grandeza superior a um filme convencional, redução do tempo de exposição de 5 a
20 vezes, maior faixa dinâmica, latitude de exposição cerca de 1000 vezes maior do que
a de filmes convencionais, linearidade superior, excelente resolução espacial da ordem
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de 25 m e as imagens são digitais e podem ser processadas no computador através de
vários programas de tratamento de imagens, e serem duplicadas sem perda da qualidade.
A Figura 11 mostra a excepcional linearidade do Image Plate em relação ao filme
convencional, quando ambos são submetidos a diferentes doses de radiação ionizante.
Figura 11 – Comparação da linearidade dos detectores IP e filme de raios X quando
expostos à radiação beta de 32P por um período de 18 h [20].
A abscissa corresponde a doses de radiação emitidas por uma amostra padrão de 32P
(radiação beta de 1,7 MeV). O eixo da ordenada à esquerda representa a quantidade de
radiação luminescente acumulada pelo Image Plate. O eixo da ordenada à direita mostra
a densidade de escurecimento de um filme de raios X. O detector Image Plate mostra
uma linearidade excepcional em relação ao filme de raios X. Estas características são
também similares para raios beta de diferentes energias, elétrons, raios X e gama.
A tecnologia do Image Plate baseia-se na habilidade de certos cristais de fósforos (em
média, 5 m de diâmetro) capturarem uma imagem latente. Esta imagem é composta de
cristais de BaFBr:Eu+2, nos quais os elétrons são aprisionados num nível de maior
energia após ser expostos a radiação ionizante. Este estado dos elétrons pode ser
desfeito através de uma estimulação com feixes de laser. O retorno dos elétrons para
níveis de energia originais é seguido de emissão de fótons na região de luz visível. Este
processo é chamado de Luminecência Foto Estimulada, do inglês PSL (Photo
Stimulated Lminescence). Quanto mais radiação chega nos cristais de fósforos, maior é
a densidade de aprisionamento, portanto, mais centros PSL são gerados e como
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24
conseqüência, mais luz visível será emitida durante a varredura com feixe de laser. A
PSL emitida durante a varredura do laser é coletada por um tubo fotomultiplicador e
posteriormente convertida em sinais elétricos em ordem cronológica.
Subseqüentemente, estes sinais elétricos são convertidos em sinais digitais de 8 a 16
bits.
O processo de leitura das informações latentes no IP é mostrado esquematicamente na
Figura 12. Após o processo de “zerar” as informações, o IP pode ser reutilizado e este
número de ciclos está em torno de 10000 vezes. Com respeito à leitura de imagens de
radiação num scanner próprio para IP, a densidade de leitura pode ser selecionada entre
5 a 40 píxels/mm para scanners de resolução superior a 50 microns.
Figura 12 – Seqüência de processamento do Image Plate para recuperar a imagem
digital na gamagrafia, apagar as informações e a sua reutilização
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25
Um aspecto importante no uso do IP é que qualquer fonte de exposição que possa ser
utilizada com filmes convencionais para raios X e gama também pode ser utilizada com
esta tecnologia. Mais importante, os IP são flexíveis e podem substituir diretamente os
filmes radiográficos. Eles podem ser utilizados no mesmo cassete como os utilizados
para filmes convencionais e podem ser utilizados em aplicações que requeiram um
detector flexível, como em ensaios radiográficos de estruturas circunferenciais como um
duto de petróleo. A luz ambiente não causa uma imagem no IP como ocorre com filmes
convencionais, embora luz muito brilhante pode causar o apagamento de uma imagem
arquivada. Entretanto, os Image Plate em geral requerem menos precauções com
relação a exposição a luz ambiente do que os filmes convencionais.
2.4 – MÉTODOS RADIOGRÁFICOS PARA DETECÇÃO DE CORROSÃO E
DEPÓSITOS EM TUBOS
As disposições e arranjos geométricos entre a fonte de radiação, a peça, e o detector
devem seguir algumas técnicas especiais tais que permitam uma imagem radiográfica de
fácil interpretação e localização das descontinuidades rejeitadas. Dentre as principais
técnicas, pode se destacar três principais em radiografia industrial:
2.4.1 – Técnica de parede simples – vista simples (PSVS)
Essa técnica é assim chamada, pois no arranjo entre a fonte de radiação, peça e detector,
somente a seção da peça que está próxima ao detector será inspecionada e a projeção
será em apenas uma espessura do material [11]. A Figura 13 ilustra as diferentes formas
de se produzir ensaios com a técnica PSVS. PSVS é a principal técnica utilizada em
inspeções radiográficas, e a mais fácil de ser interpretada.
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26
Figura 13 – Técnica de exposição parede simples – vista simples
2.4.2 – Técnica de Parede Dupla
2.4.2.1 – Técnica de Parede Dupla e Vista Simples - PDVS
Nesta técnica de parede dupla vista simples, o feixe de radiação proveniente da fonte
atravessa duas espessuras da peça sendo, entretanto, projetada no filme somente a seção
da peça que está mais próxima ao mesmo [11].
Freqüentemente esta técnica é utilizada em inspeções de juntas soldadas, as quais não
possuem acesso interno, como por exemplo, tubulações com diâmetros maiores que 3.½
polegadas, vasos fechados, e outros.
É importante lembrar que esta técnica requer que a radiação atravesse duas espessuras
da peça e, portanto, o tempo de exposição será maior que a inspeção pela técnica de
parede simples. Assim, esta opção deverá ser selecionada quando outra técnica não for
possível ou permitida. A Figura 14 ilustra a técnica PDVS.
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27
Figura 14 - Técnica de exposição parede dupla e vista simples (a) e parede dupla e vista
dupla (b)
2.4.2.2 – Técnica de Parede Dupla e Vista Dupla – PDVD
Neste caso, o feixe de radiação proveniente da fonte também atravessa duas espessuras.
Entretanto, projetará no filme a imagem de duas seções da peça, e serão objetos de
interesse. Nesta técnica, devem ser levadas em conta as duas espessuras das paredes que
serão atravessadas pela radiação no cálculo do tempo de exposição [11].
A técnica de parede dupla e vista dupla (PDVD) é freqüentemente usada para inspeção
de juntas soldadas em tubulações com diâmetros menores que 3.½ polegadas (89 mm).
A Figura 15 ilustra o arranjo radiográfico na técnica PDVD.
Figura 15 - Arranjo radiográfico na técnica PDVD
(a) (b)
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Tanto na técnica PDVS como PDVD, corrosão pode ser detectada pelo aumento na
densidade no detector produzida pela perda de material, Como mostra a Figura 16.
Entretanto, a espessura de parede restante não pode ser medida diretamente por estes
métodos, embora algumas informações possam ser obtidas da magnitude da mudança na
densidade do detector. As técnicas PDVS e PDVD são recomendadas para a detecção de
defeitos isolados, e podem ser utilizados para a detecção de áreas extensas de corrosão.
Figura 16 – Detecção de corrosão pelo aumento na densidade do detector no método
PDVS
2.4.3 – O Método Tangencial
No método tangencial, a radiografia mostra uma imagem direta da parede da peça.
Perda de espessura de parede provocada por corrosão pode então ser detectada e medida
pela redução na imagem da espessura da parede, como ilustrado na Figura 17 [1].
Fonte de Raios X ou Gama
Corrosão
Tubo
Detector Imagem da Corrosão do tubo no Detector
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29
Figura 17 – Princípio da radiografia tangencial
A extensão da perda de espessura da parede devido a corrosão interna ou externa pode
ser medida diretamente das imagens radiográficas, onde técnicas de calibração
apropriadas são utilizadas para corrigir a magnificação da imagem radiográfica causada
quando a distância entre a peça e o detector é diferente de zero.
O método tangencial inspeciona somente uma pequena extensão da circunferência do
tubo para uma simples posição fonte/detector. Então, um defeito isolado aparece
normalmente fora da região de inspeção, a menos que várias radiografias sejam
produzidas ao redor da circunferência do tubo (por mover a fonte e o detector juntos
circunferencialmente ao redor do tubo). Se um defeito isolado estiver localizado dentro
da região de inspeção, sua extensão será superestimada a menos que o mesmo esteja
posicionado muito próximo a posição exata em que o feixe de radiação forma uma
tangente com a parede do tubo, como ilustrado na Figura 18.
Fonte de Raios X ou Gama
Corrosão de Área Estendida
Tubo
Imagem da Parede do Tubo no Detector
Detector
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30
Figura 18 – Ilustração da região coberta pela radiografia tangencial e a localização de
um defeito isolado cujas dimensões serão superestimadas
O método de radiografia tangencial é recomendado para a detecção e determinação de
extensão de áreas atacadas por corrosão, e não deve ser generalizada para a detecção de
defeitos isolados, a não ser que sua localização circunferencial já tenha sido
estabelecida por outro método radiográfico de inspeção com PDVS e PDVD.
2.4.4 – Ambos os métodos combinados.
Para dutos de espessuras relativamente finas, uma radiografia simples tem suficiente
faixa dinâmica e área para mostrar a presença de corrosão tanto pelo método tangencial
como pelo de parede dupla [1]. Neste caso, a posição da fonte de radiação deve então
ser central com relação ao centro do duto, como ilustra a Figura 19.
Fonte de Raios X ou Gama
Região Inspecionada
Região isolado do tubo com pequena perda de espessura
de parede
Tubo
Detector
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31
Figura 19 – Radiografia de um duto de pequeno diâmetro, combinando o método
tangencial e o método de parede dupla em um único ensaio radiográfico.
Para este tipo combinado de radiografia, o método tangencial pode ser aplicado para
ambos os lados do duto no mesmo ensaio, e a região central do mesmo mostrará
qualquer perda de espessura de parede através do aumento na densidade no detector.
Fonte de Raios X ou Gama
Tubo com pequeno diâmetro
Detector
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32
Capítulo 3
Materiais e Métodos
3.1- MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
3.1.1 - Aparelho de raios X pulsado
Pela baixa quantidade de radiação gerada, o aparelho de raios X pulsado só é
operacionalmente viável em radiografia computadorizada ou digital, não tendo
capacidade para sensibilizar filmes radiográficos.
O aparelho de Raios X pulsado possui pequenas dimensões e peso (tabela 2),
possibilitando uma ampla disposição de exposição radiográfica se unido a vasta gama
de tripés e monopés disponíveis comercialmente no mercado. Outra grande vantagem é
que este tipo de equipamento opera com baterias de 14.4 V. O aparelho utilizado neste
estudo é de fabricação da Golden Engineering, e pode ser observado na Figura 20. A
Tabela 2 ilustras as principais características deste equipamento.
Figura 20 - Vista geral do equipamento de raios X pulsado de fabricação da Golden
Engineering
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33
Tabela 2: Dados do equipamento de Raios X pulsado ESPECIFICAÇÕES
DIMENSÕES 36 cm x 12 cm x 19 cm
PESO 5.5 Kg
DOSE DO PULSO 2,6 a 4,0 mR (26 a 40 μSv) a 300 mm
TAXA DE PULSO 15 pulsos por segundo nominal
FOCO 3 mm
ENERGIA ÚNICA 270 KVP
LARGURA DO PULSO 50 nano segundos
CORRENTE 20 A @ 13,4 V
BATERIA Recarregável, Removível de 14,4 V
PULSOS POR CARGA DE
BATERIA
4000
CICLO MÁXIMO DE
TRABALHO
200 pulsos a cada 4 minutos
TEMPERATURA DE
TRABALHO
-10°C a 50°C
AQUECIMENTO Não requerido
FUGA DE RADIAÇÃO 3 mR a 50 mm detrás do aparelho
Esse modelo não possui relógio ou timer, e funciona com disparador de pulsos, onde
podemos programar de 1 a 99 pulsos. Como há uma emissão de 15 pulsos por segundo,
cada disparo de 90 pulsos leva em média 6 segundos. Por ser pulsado, ao contrário dos
equipamentos de geração contínua, ele não apresenta sistema de refrigeração, o que
possibilita uma redução drástica em tamanho e peso, porém requer maiores cuidados
quanto aos ciclos de trabalho. A cada exposição de 99 pulsos, é necessário um intervalo
de 3 minutos, conforme informação do fabricante.
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34
3.1.2 – Sistema de Radiografia Computadorizada
Escâner de placa de fósforo Image Plate
Foi utilizado o escâner de fabricação General Electric – GE modelo CRX Vision. A
Figura 21 ilustra o escâner utilizado neste estudo, e suas especificações são observadas
na Tabela 3.
Figura 21 - Vista geral do escâner de placas de fósforo de fabricação GE
Tabela 3: Dados do escâner de placa de fósforo
Dimensões 56cm x 128cm x 46cm
Peso 20 kg (44 lbs.) sem bateria
21 kg (46 lbs.) com bateria
Resolução 35 µm e 70 µm
Interface USB
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35
Placa de Fósforo
Como a capacidade de geração de raios X é crítica pelo aparelho portátil, foi utilizada a
placa de fósforo (Image plate) IPS que é uma placa intermediária, mais rápida, porém
com menor relação sinal ruído (SNR) que a placa IPU, porém mais lenta e com relação
sinal ruído (SNR melhor que a IPC2). Ela é fabricada a base do composto
BaSrFBrI:Eu2+, com uma luminescência de 390 nm. As placas de fósforo utilizadas
foram escaneadas com resolução de 70 μm. A Figura 22 ilustra a placa de fósforo
utilizada sobre seus chassis de exposição.
Figura 22 - Vista da placa de fósforo sobre seu chassis de exposição (dimensão de 4,5 x
17 polegadas)
Um gráfico comparativo entre as placas IPS e IPC2 , com relação ao tempo de
exposição e Relação Sinal Ruído – SNR é apresentado na Figura 23.
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36
Figura 23 - Relação Sinal Ruído em função da velocidade da placa de fósforo.
Cabine de Inspeção para Ensaios com Raios X
As exposições foram efetuadas nas instalações da GE, dentro de uma cabine do tipo
ISOVOLT 450, fabricado em aço e chumbo com as seguintes dimensões
como ilustrado na Figura 24. Esta cabine é especialmente projetada para execução de
radiografia industrial, fabricada em aço e chumbo com dimensões de 2,5 x 2,5 x 2,0 m.
Figura 24 - Vista da cabine de raios X onde as exposições foram executadas.
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37
IQI - Indicador de Qualidade Imagem
O IQI utilizado foi selecionado em conformidade ao determinado na norma EN462-1,
que contempla os arames 10 à 16. A Figura 25 ilustra o IQI utilizado.
Figura 25 - Indicador de Qualidade de Imagem - IQI utilizado
3.2 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.2.1 – Determinação dos Corpos de Prova – CPs.
O diâmetro e espessura de parede das tubulações estudadas foram escolhidos em função
da atual demanda pelos serviços de radiografia industrial no Brasil, que tem se
concentrado em tubulações de pequeno diâmetro e baixas espessuras em função do
aumento da utilização do ensaio por ultrassom nas demais dimensões. Esse aumento
deve-se em grande parte a radio fobia existente hoje na comunidade técnica nacional,
decorrente da falta de conhecimento e treinamento da maior parcela dos envolvidos,
trazendo grandes riscos aos empreendimentos. O ensaio por ultrassom tem substituído o
radiográfico em todas as juntas acima de 60mm de diâmetro interno e de 3,9mm de
espessura, ou seja, deixando para a radiografia as juntas de tubulação abaixo dessas
dimensões. As tubulações de 60mm de diâmetro ainda podem ser radiografadas pela
técnica parede dupla vista simples (PDVS), o que permite uma boa produtividade.
Porém, nas tubulações com diâmetros abaixo de 60mm, a técnica parede dupla vista
dupla (PDVD) apresenta-se como única opção, não sendo tão produtiva quanto a técnica
PDVS.
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Esse estudo foi elaborado com base na norma de construção de equipamentos e
tubulações mais utilizada no mundo, o código ASME [21]. A premissa básica foi atingir
os requisitos de qualidade mínimos exigido pelo código ASME BPVC Seção V,
Apêndice Mandatório VIIII-221.2, de redação:
"VIII-221.2 Procedure Demonstration. Demonstration of image quality indicator (IQI)
image requirements of the written procedure on production or technique radiographs
using phosphor imaging plate shall be considered satisfactory evidence of compliance
with that procedure"
Considerando-se isto, o estudo foi idealizado para se efetuar exposições otimizadas para
cada corpo de prova. Por exposições otimizadas entende-se a obtenção de imagens que
possuam a qualidade mínima exigível através da visualização do arame essencial com o
menor desgaste do equipamento.
Foram utilizados 3 corpos de prova, com as especificações discriminadas na Tabela 4.
Tabela 4 - Dados dos corpos de prova utilizados
NÚMERO DO
CORPO DE
PROVA
MATERIAL DIAMETRO
INTERNO (cm)
ESPESSURA
DE PAREDE
(cm)
1 Inconel 1,37 0,165
2 Aço carbono 6,03 0,391
3 Aço Inoxidável 2,66 0,397
3.2.2 - Determinação da exposição otimizada
De forma a se obter a exposição otimizada, a primeira medida foi determinar o número
ideal de pulsos e de disparos para o equipamento de raios X utilizado. Essa premissa
tem especial importância devido o alto tempo de descanso que o equipamento necessita,
em média de 3 minutos a cada 99 pulsos. O maior inconveniente não é a espera em si
entre uma exposição e outra, mas sim a perda de imagem (imagem latente) pela emissão
de luz da placa de fósforo já exposta durante esse intervalo de descanso.
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3.2.3 - Utilização de filtro
A utilização de filtros é aconselhável quando se pretende diminuir o ruído e melhorar a
definição da imagem. Dessa forma foram avaliados os filtros de cobre de 0,5mm de
espessura e o de 1,0mm de espessura. O filtro de cobre de 1,0mm foi logo descartado
por bloquear demais a quantidade de radiação emitida, reduzindo não só o número de
valores de cinza como também não conseguindo obter a visualização do arame
essencial, produzindo no final uma imagem com má definição.
O filtro foi posicionado bem a frente da janela de saída do feixe de radiação, como
mostra a Figura 26.
Figura 26 - Esquema de exposição utilizando-se filtro de cobre.
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40
3.2.4 - Condições de iluminamento do escâner.
Foram realizadas duas exposições idênticas e consecutivas com níveis de iluminamento
diferentes para se avaliar a influencia do ambiente nos níveis de cinza da imagem
radiográfica.
3.2.5 – Execução
A escolha do número de disparos deve ser bem avaliada no planejamento de execução
dos serviços, pois impacta diretamente no tempo total de inspeção devido ao tempo
necessário de repouso de 3 minutos entre as exposições que o aparelho de raios X exige.
Se considerarmos que cada escaneamento de placa de fósforo leva em média 5 minutos,
o tempo necessário para radiografar uma posição leva aproximadamente 10 minutos
conforme cada etapa de execução a seguir:
Preparação
Consiste em carregar a placa de fósforo no chassis e elaborar a identificação para
rastreabilidade da inspeção.
Montagem do Arranjo
Etapa que consiste em montar o arranjo radiográfico, posicionando os marcadores de
posição, o IQI e a placa de fósforo na peça.
Posicionamento do equipamento de Raios X
Essa etapa é crítica especialmente em serviços de campo onde existe a necessidade de se
utilizar dispositivos de posicionamento como tripés e monopés.
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41
Repouso do equipamento
Não é necessário, uma vez que as etapas de preparação e montagem de arranjo são
superior a 3 minutos, tempo necessário de intervalo para repouso informado pelo
fabricante entre duas exposições consecutivas.
Escaneamento e arquivamento
Etapa de escaneamento da placa de fósforo para obtenção da imagem digital e
arquivamento da imagem no sistema.
A Tabela 5 mostra o tempo total para a execução de cada etapa, considerando-se um
único disparo.
Tabela 5 – Intervalo de tempo para a execução de cada etapa
ETAPA DE EXECUÇÃO DA
RADIOGRAFIA
TEMPO TOTAL COM
1 DISPARO (min)
Preparação 2
Montagem do Arranjo 2
Posicionamento do equipamento de raios X
(laboratório)
0,5
Exposição dos raios X 0,1 (6 segundos)
Repouso do equipamento -
Escaneamento e Arquivamento 5
Tempo Total 9,6
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42
Capítulo 4
Resultados e Discussões
4.1 - Determinação da exposição otimizada
Apesar de não haver um valor mínimo universal de limiar para valores de cinza (GV)
entre uma exposição aceitável e não aceitável pois cada usuário tem seu valor de
referencia foi utilizado o valor numérico de 3000 valores de cinza como meta para cada
exposição foi realizada.
A Tabela 6 apresenta uma comparação entre diferentes condições de exposição para o
Corpo de Prova C3, e o nível de cinza alcançado no detector Image Plate. O CP 3 foi
selecionado para essa avaliação em função de ser o mais crítico para se obter um nível
de cinza mínimo para qualidade da imagem. Os valores nível de cinza (GV) são para
exposições sem filtro.
Tabela 6 - Dados de níveis de cinza em função da quantidade de pulsos do CP 03.
Critérios Exposição
P1
Exposição
P2
Exposição
P3
Exposição
P4
Distância Fonte
Detector (cm) 220 220 220 220
Nº disparos
X
Nº pulsos
1 x 80 3 x 80 2 x 50 1 x 99
Intervalo entre
disparos NA 3 minutos NA NA
Tempo de Exposição
(s) 5,3 16 6,6 15
GV
(Valores de Cinza) 1800 2700 1800 3100
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43
Com base nas informações constantes na Tabela 6, pode-se concluir que:
- Comparando-se as exposições P1 e P2, observa-se que apesar de triplicarmos o
número de pulsos, os valores de cinza de P2 aumentaram apenas 50% em relação à P1.
Acredita-se que este comportamento tenha ocorrido devido a perda da imagem latente
pela emissão de luz da placa de fósforo entre uma exposição e outra.
- Comparando-se as exposições P3 e P4, observa-se que apesar dos números de pulsos
totais serem extremamente próximos, os valores de cinza não apresentaram o mesmo
comportamento. Conseguiu-se um valor de cinza superior em 72% com a exposição em
um disparo comparando-se com a exposição em dois disparos.
Esse motivou a reflexão sobre a necessidade de tentar medir a taxa de dose no detector,
e conseqüentemente a exposição, em cada disparo com diferentes números de pulsos. A
Tabela 7 apresenta os resultados obtidos. Para tal, foi utilizada uma câmara de
ionização de fabricação Ludlum, modelo 9DP-1. Os valores observados correspondem a
taxa de dose máxima alcançada durante cada exposição.
Tabela 7 - Resultado da taxa de exposição em função de pulsos por disparo
Número de pulsos por disparo Taxa de exposição (μSv/h)
20 76
50 166
80 206
99 244
Os resultados mostraram que a taxa de exposição aumenta progressivamente com o
incremento dos pulsos. Dessa forma foi determinado que as exposições teriam um
disparo com 99 pulsos.
4.2 - Condições de iluminamento do escâner.
Foram realizadas duas exposições idênticas e consecutivas com níveis de iluminamento
diferentes para se avaliar a influencia do ambiente nos níveis de cinza da imagem
radiográfica. A primeira imagem foi obtida escaneando-se a placa de fósforo após a
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44
retirada da mesma do chassis com as luzes da sala acesas. A segunda imagem foi obtida
com a placa sendo irradiada após ser retirada do chassis com as luzes da sala apagadas,
porém na penumbra das luzes das salas vizinhas, procedimento considerado satisfatório
pela GE. A Tabela 8 mostra os resultados obtidos, medindo-se o iluminamento com um
luxímetro:
Tabela 8 - Relação entre iluminamento na sala de escaneamento e níveis de
cinza na radiografia
ILUMINAMENTO (lux) (GV) NÍVEL DE CINZA
430 920
17 4670
Concluiu-se que a perda de níveis de cinza é muito expressiva com o aumento do
iluminamento na sala de escaneamento da placa de fósforo, tornando-se uma variável
importante na utilização de equipamentos de raios X pulsados.
4.3 – Análise das imagens radiográficas
Esta seção apresenta os resultados obtidos através dos ensaios radiográficos com os
corpos de prova 01, 02 e 03. Foi utilizado o software RYTHM da GE para o
processamento e análise das imagens. Todas as imagens foram geradas em formato TIF.
Para atender os requisitos do Código ASME deve-se visualizar o arame número 13 do
IQI. Para facilitar a identificação do arame correto foi colocado uma esfera de chumbo
em cada extremidade desse arame, que aparece na imagem radiográfica como círculos
com tonalidades mais claras.
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45
A Tabela 9 mostra os parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o Corpo de
Prova 01.
Tabela 9 – Parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o CP 01
PARAMETROS CP 1 EXP 1 CP1 EXP 2
DIÂMETRO 13,72 mm 13,72 mm
ESPESSURA 1,65 mm 1,65 mm
REFORÇO 1,0 mm 1,0 mm
MATERIAL Inconel Inconel
IQI Fe Fe
POSIÇÃO Lado fonte Lado fonte
TÉCNICA PDVD PDVD
DFD 180 mm 180 mm
Nº PULSOS 99 99
Nº DE DISPAROS 1 1
RESOLUÇÃO 70 μm 70 μm
FILTRO Cu 0,5 mm sem
ARAME REQUERIDO X VISIVEL 13 x 13 13 X14
GV (Níveis de Cinza) 3224 4670
SNRn 183 226
RESULTADO aprovado aprovado
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46
As Figuras 27 (a) e (b) apresentam a imagem radiográfica obtida com e sem a
utilização de filtro de cobre.
Figura 27 (a) – Imagem radiográfica do CP 01 com a utilização de filtro de cobre
de 0.5mm.
Pode-se observar que a imagem sem filtro obteve uma relação sinal ruído normalizado
(SNRn) maior, o que em tese representa uma qualidade de imagem superior. Esta
impressão pode ser confirmada ao se visualizar o arame 14 por inteiro na radiografia
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47
sem filtro, um arame a mais do requerido. Na exposição com filtro, o arame 14 é
visualizado apenas no metal de base. É possível visualizar o invólucro de plástico do
IQI na exposição com filtro devido a não saturação da imagem fora da região do CP. A
exposição sem filtro apresentou excelente resultado em termos de nível de cinza,
relação sinal ruído normalizado e visualização de IQI.
Figura 27 (b) – Imagem radiográfica do CP 01 sem a utilização de filtro de cobre.
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48
A Tabela 10 mostra os parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o Corpo de
Prova 02, e as Figuras 28 (a) e (b) apresenta a imagem radiográfica obtida sem e com a
utilização de filtro de cobre.
Tabela 10 – Parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o CP 02
PARAMETROS CP1 EXP 1 CP 1 EXP 2
DIÂMETRO 60,33 mm 60,33 mm
ESPESSURA 3,91 mm 3,91 mm
REFORÇO 3,0 mm 3,0 mm
MATERIAL Aço Carbono Aço Carbono
IQI Fe Fe
POSIÇÃO Lado filme Lado filme
TÉCNICA PDVS PDVS
DFD 120 mm 120 mm
Nº PULSOS 99 99
Nº DE TIROS 1 1
RESOLUÇÃO 70 μm 70 μm
FILTRO Cu 0,5 mm Sem
ARAME REQUERIDO X VISIVEL 13 x 13 13 x 14
GV (Níveis de Cinza) 3200 4100
SNRn 160 127
RESULTADO aprovado Aprovado
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49
As Figuras 28 (a) e (b) apresentam a imagem radiográfica obtida com e sem a
utilização de filtro de cobre.
Figura 28 (a) – Imagem radiográfica do CP 02 com a utilização de filtro de cobre de
0,5mm.
Nas exposições desse CP, pode-se observar que a imagem obtida utilizando-se filtro de
cobre possui uma relação sinal ruído normalizado (SNRn) superior a realizada sem
filtro. Entretanto, ao se observar a imagem radiográfica, tem-se a impressão oposta. Esta
impressão pode ser confirmada ao se observar além do arame 13 requerido, o arame 14
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também por inteiro. Neste CP o arame 14 também é visualizado, porém parcialmente na
exposição com filtro. Vale ressaltar que em ensaios radiográficos com filme, com fontes
regulares de Irídio 192, não é possível visualizar o arame 14 para esse tipo de solda
específica em nenhuma circunstancia.
Figura 28 (b) – Imagem radiográfica do CP 02 sem a utilização de filtro de cobre.
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A Tabela 11 mostra os parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o Corpo de
Prova 03, e as Figuras 29 (a) e (b) apresenta a imagem radiográfica obtida sem e com a
utilização de filtro de cobre. Os resultados obtidos das exposições desse CP foram muito
próximos tanto na relação sinal ruído como na visualização dos arames do IQI.
Tabela 11 – Parâmetros adotados para o ensaio radiográfico com o CP 03
PARAMETROS CP 1 EXP 1 CP1 EXP 2
DIÂMETRO 26,67 mm 26,67 mm
ESPESSURA 3,97 mm 3,97 mm
REFORÇO 1,5 mm 1.5 mm
MATERIAL Aço Inox Aço Inox
IQI Fe Fe
POSIÇÃO Lado fonte Lado fonte
TÉCNICA PDVD PDVD
DFD 220 mm 220 mm
Nº PULSOS 99 99
Nº DE DISPAROS 1 1
RESOLUÇÃO 75 μm 75 μm
FILTRO Cu 0,5 mm Sem
ARAME REQUERIDO X VISIVEL 13 x 13 13 x 13
GV (Níveis de Cinza) 2460 3100
SNRn 164 161
RESULTADO aprovado aprovado
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As Figuras 29 (a) e (b) apresentam a imagem radiográfica obtida com e sem a
utilização de filtro de cobre.
Figura 29 (a) – Imagem radiográfica do CP 03 com a utilização de filtro de cobre de
0,5mm.
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Figura 29 (b) – Imagem radiográfica do CP 03 sem a utilização de filtro de cobre.
Pode-se observar que esse corpo de prova foi o único a apresentar um valor muito
próximo de relação sinal ruído normalizado (SNRn) em ambas as exposições, porém o
número de cinzas (GV) foi superior em 21% na exposição sem filtro. Em ambas as
exposições o contraste se mostrou melhor sobre a solda onde se consegue visualizar até
o arame essencial 14.
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54
o que em tese representa uma qualidade de imagem superior. Esta impressão pode ser
confirmada ao se visualizar o arame 14 por inteiro na radiografia sem filtro, um arame a
mais do requerido. Na exposição com filtro, o arame 14 é visualizado apenas no metal
de base. É possível visualizar o invólucro de plástico do IQI na exposição com filtro
devido a não saturação da imagem fora da região do CP. A exposição sem filtro
apresentou excelente resultado em termos de nível de cinza, relação sinal ruído
normalizado e visualização de IQI.
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55
Capítulo 5
Conclusões
Com base nos resultados obtidos, pode-se inferir as seguintes conclusões:
- Podemos concluir que o sistema utilizado atende os requisitos mínimos de qualidade
estipulados pelo Código ASME de construção de caldeiras e vasos de pressão. Uma vez
que atende ao requisito de visualização do fio essencial conforme descrito no Apêndice
VIII, item VIII-221.2, tanto para imagens coletadas tanto com filtro de cobre quanto
sem a utilização deste.
- Não se pode determinar uma regra geral quanto a utilização ou não de filtros de cobre,
apesar de os CP´s 01 e 02 apresentarem a visualização melhor do arame requerido com
as exposições sem filtro. Para soldas similares ao CP 03, a utilização do filtro altera
muito pouco o resultado final
- As relações de sinal ruído dos CP´s 01 e 03 alcançaram bons valores enquanto as do
CP 02 apenas regulares
- As imagens apresentam uma granulação que incomoda a visualização, mas que não
afetam a visualização dos arames nem a relação sinal ruído.
- Os procedimentos de inspeção devem qualificar previamente todas as exposições a
serem realizadas antes de se inspecionar soldas de produção.
- Não se tornou viável a execução de radiografias com múltiplas exposições em função
da perda da imagem latente pela emissão de luz da placa de fósforo entre uma exposição
e outra.
Recomenda-se ao menos 03 aparelhos com duas baterias cada para que se possa obter
produtividade necessária compatível com as de fontes radioativas sem o risco de se
danificar o equipamento.
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56
Capítulo 6
Sugestão de estudos futuros
Existe hoje toda uma gama de possibilidades de aplicação de radiografia
computadorizada com raios X pulsados. Dentro do escopo do atual estudo existe ainda a
necessidade de identificar melhor as variáveis de arranjo radiográfico que influenciam
os níveis de cinza bem como o relação sinal ruído normalizado para se otimizar os
processos e formalizar os protocolos.
Considerando-se outros materiais existe espaço para estudos tanto em compósitos nas
industrias de petróleo e gás, e aeroespacial, como em ligas de alumínio na industria
aeroespacial. Existe uma ausência de estudos que determinem protocolos para essas
aplicações.
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57
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NN-6.04, Comissão Nacional de Energia Nuclear, Rio de Janeiro, Brasil, 1989.
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Nondestructive Testing Employing Digital Radiography as an Alternative to Film
Radiography. LA-UR-00-2560, Los Alamos National Laboratory, 2000.
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[6] U. S. ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Demonstration of Pulsed X-
ray Machine Radiography as an Alternative to Industry Radiography Cameras,
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[8] SPRAWLS, P., Physical Principles of Medical Imaging. 2 ed. Medical Physics
Publishing Madison, Wisconsin, 1995.
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58
[9] SEIBERT, J. A.; BOONE, M. J.; “X-Ray Imaging Physics for Nuclear Medicine
Technologists. Part 2: X-Ray Interactions and Image Formation”, Journal of Nuclear
Medicine Technology, v. 33, n. 1, pp. 3-18, March. 2005.
[10] TAUHATA, L.; SALATI, I.P.A.; DI PRINZIO, R.; R.DIPRINZIO, A.
Fundamentos de Radioproteção e Dosimetria, 3a ed., Rio de Janeiro, CNEN
Publicações, 1991.
[11] ANDREUCCI, R. Radiologia Industrial. Ed. Jul. 2003, ABENDE publicações,
2003.
[12] INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, ISO 19232-
1, Non-Destructive Testing – Image quality of radiographs – Part 1: Image quality
indicators (wire type) – Determination of image quality value, Genebra, 2004.
[13] ASTM E747. Standard Practice for Design, Manufacture and Material Grouping
Classification of Wire Image Quality Indicators (IQI) Used for Radiology. ASTM
INTERNATIONAL, West Conshohocken, Pennsylvania, 2004.
[14] DIN EM 462-1. Non-Destructive Testing – Image Quality of Radiographs.
Deutsches Institut For Norming e.V., Berlin, 1994.
[15] SEEMANN, T., Digital Imagem Processing using Local Segmentation. Ph.D.
Tesis, School of Computer Science and Software Engineering, Monash University,
Australia, 2002.
[16] KIM K. H. Low Frequency Noise in Hydrogenated Amorphous Silicon Thin Film
Transistors. M.Sc. Thesis, University of Saskatchewan, Saskatoon, Canada, 2006.
[17] WOLBARST, A. P., Physics of Radiology. 2 ed. Medical Physics Publishing
Madison, Wisconsin, 2005.
[18] MONTGOMERY, C. D.; RUNGER, G. C., Estatística Aplicada e Probabilidade
para Engenheiros, 2 ed, Rio de Janeiro, LTC, 2003.
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59
[19] ROWLANDS, J. A. “The Physics of Computed Radiography”, Phys Med Biol,v.
47, pp. R123-R166, 2002.
[20] SHINOHARA, A. H.; ACIOLI, E. KHOURY, H. J. “Avaliação da Técnica de
Radiografia Digital em Gamagrafia”. In: Anais da 6a COTEQ – Conferência Sobre
Tecnologia de Equipamentos, Salvador, Agosto, 2002.
[21] ASME BPVC - Seção V, Apêndice Mandatório VIIII-221.2. Boiler & Pressure
Vessel Code. AMERICAN SOCIETY OF MECHANICAL ENGINEERS, New York,
2015.
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60
ANEXO I
PROTOCOLO DE RAIOS X PULSADO E RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA
PULSED XRAY AND COMPUTED RADIOGRAPHY PROTOCOL
NÚMERO NUMBER
PRC-001 PÁGINA PAGE
1/1 DATA DATE 22/09/2016
TÍTULO TITLE
EXPOSIÇÃO DE TUBULAÇÃO DE DIÂMETRO NOMINAL 1/4" EXPOSURE OF TUBING NOMINAL DIAMETER 1/4"
NORMA DE REFERENCIA REFERENCE STANDARD ASME SECTION V 2015
DETALHES DA SOLDA WELD DETAILS
MAT.: INCONEL DE OD: 13,72 mm EP WT: 1,65 mm
EQUIPAMENTO RAIOS X PULSADO PULSED XRAY EQUIPMENT
GOLDEN ENGINEERING XRS-3 270 KV
TELAS INTESIFICADORAS INTENSIFICATION SCREENS
( X ) SEM No ( ) FRONT. Front Pb________ ( )TRAS. Back Pb________
FILTRO Cu 0,5 mm FILTER Cu 0.5 mm ( X ) SEM No ( ) COM Yes
TÉCNICA RADIOGRÁFICA RADIOGRAPHIC TECHNIQUE
( X ) PD/VD dw/dv ( ) PDVS dw/sv ( ) PSVS sw/sv
IQI REQUERIDO REQUIRED IQI Fe ASTM W6 OU or Fe EN W13
DISTANCIA FOCO DETETOR FOCUS DETECTOR DISTANCE
180 mm
NÚMERO DISPAROS X PULSOS SHOTS X PULSES NUMBER
1 X 99
PLACA DE IMAGEM FABRICANTE / TIPO IMAGE PLATE MANUFACTURER / TYPE
GE IPS
ESCANER FABRICANTE / MODELO SCANNER MANUFACTURER / MODEL
GE CRX Vision
RESOLUÇÃO ESCANER SCANNER RESOLUTION 70 μm
LEGENDA
PS-VS-PAREDE SIMPLES VISTA SIMPLES Single Wall Single View
PD-VD-PAREDE DUPLA VISTA DUPLA Double Wall Double View
SP – SOBREPOSTA Superimposed
PD-VS-PAREDE DUPLA VISTA SIMPLES Double Wall Single View
VP- VISTA PANORAMICA Panoramic View
DFF – DISTANCIA FONTE FILME Source to Film Distance
ELABORAÇÃO / PREPARED
APROVAÇÃO / APPROVAL.
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61
ANEXO II
PROTOCOLO DE RAIOS X PULSADO E RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA
PULSED XRAY AND COMPUTED RADIOGRAPHY PROTOCOL
NÚMERO NUMBER
PRC-002 PÁGINA PAGE 1/1 DATA DATE 22/09/2016
TÍTULO TITLE
EXPOSIÇÃO DE TUBULAÇÃO DE DIÂMETRO NOMINAL 2" EXPOSURE OF TUBING NOMINAL DIAMETER 2"
NORMA DE REFERENCIA REFERENCE STANDARD ASME SECTION V 2015
DETALHES DA SOLDA WELD DETAILS
MAT.: Aço Steel DE OD: 60,33 mm EP WT: 3,91 mm
EQUIPAMENTO RAIOS X PULSADO PULSED XRAY EQUIPMENT
GOLDEN ENGINEERING XRS-3 270 KV
TELAS INTESIFICADORAS INTENSIFICATION SCREENS
( X ) SEM No ( ) FRONT. Front Pb________ ( )TRAS. Back Pb________
FILTRO Cu 0,5 mm FILTER Cu 0.5 mm ( X ) SEM No OU or ( X ) COM Yes
TÉCNICA RADIOGRÁFICA RADIOGRAPHIC TECHNIQUE
( ) PD/VD dw/dv (X) PDVS dw/sv ( ) PSVS sw/sv
IQI REQUERIDO REQUIRED IQI Fe ASTM W6 OU or Fe EN W13
DISTANCIA FOCO DETETOR FOCUS DETECTOR DISTANCE
120 mm
NÚMERO DISPAROS X PULSOS SHOTS X PULSES NUMBER
1 X 99
PLACA DE IMAGEM FABRICANTE / TIPO IMAGE PLATE MANUFACTURER / TYPE
GE IPS
ESCANER FABRICANTE / MODELO SCANNER MANUFACTURER / MODEL
GE CRX Vision
RESOLUÇÃO ESCANER SCANNER RESOLUTION 70 μm
LEGENDA
PS-VS-PAREDE SIMPLES VISTA SIMPLES Single Wall Single View
PD-VD-PAREDE DUPLA VISTA DUPLA Double Wall Double View
SP – SOBREPOSTA Superimposed
PD-VS-PAREDE DUPLA VISTA SIMPLES Double Wall Single View
VP- VISTA PANORAMICA Panoramic View
DFF – DISTANCIA FONTE FILME Source to Film Distance
ELABORAÇÃO / PREPARED APROVAÇÃO / APPROVAL.
![Page 75: ESTUDO DA APLICAÇÃO DE EQUIPAMENTO DE RAIOS X … SMID.pdf · concluí-lo, e aos colegas Janio, Dário, Geraldo (in memorian) da Radiolab e ao Ivan Britto da GE pelo suporte para](https://reader034.vdocuments.pub/reader034/viewer/2022052022/6037e3594826e839eb629d45/html5/thumbnails/75.jpg)
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ANEXO III
PROTOCOLO DE RAIOS X PULSADO E RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA
PULSED XRAY AND COMPUTED RADIOGRAPHY PROTOCOL
NÚMERO NUMBER
PRC-003 PÁGINA PAGE 1/1 DATA DATE 22/09/2016
TÍTULO TITLE
EXPOSIÇÃO DE TUBULAÇÃO DE DIÂMETRO NOMINAL 3/4" EXPOSURE OF TUBING NOMINAL DIAMETER 3/4"
NORMA DE REFERENCIA REFERENCE STANDARD ASME SECTION V 2015
DETALHES DA SOLDA WELD DETAILS
MAT.: AÇO steel DE OD: 26,67 mm EP WT: 3,97 mm
EQUIPAMENTO RAIOS X PULSADO PULSED XRAY EQUIPMENT
GOLDEN ENGINEERING XRS-3 270 KV
TELAS INTESIFICADORAS INTENSIFICATION SCREENS
( X ) SEM No ( ) FRONT. Front Pb________ ( )TRAS. Back Pb________
FILTRO Cu 0,5 mm FILTER Cu 0.5 mm ( X ) SEM No OU or ( X ) COM Yes
TÉCNICA RADIOGRÁFICA RADIOGRAPHIC TECHNIQUE
( X ) PD/VD dw/dv ( ) PDVS dw/sv ( ) PSVS sw/sv
IQI REQUERIDO REQUIRED IQI Fe ASTM W6 OU or Fe EN W13
DISTANCIA FOCO DETETOR FOCUS DETECTOR DISTANCE
220 mm
NÚMERO DISPAROS X PULSOS SHOTS X PULSES NUMBER
1 X 99
PLACA DE IMAGEM FABRICANTE / TIPO IMAGE PLATE MANUFACTURER / TYPE
GE IPS
ESCANER FABRICANTE / MODELO SCANNER MANUFACTURER / MODEL
GE CRX Vision
RESOLUÇÃO ESCANER SCANNER RESOLUTION 70 μm
LEGENDA
PS-VS-PAREDE SIMPLES VISTA SIMPLES Single Wall Single View
PD-VD-PAREDE DUPLA VISTA DUPLA Double Wall Double View
SP – SOBREPOSTA Superimposed
PD-VS-PAREDE DUPLA VISTA SIMPLES Double Wall Single View
VP- VISTA PANORAMICA Panoramic View
DFF – DISTANCIA FONTE FILME Source to Film Distance
ELABORAÇÃO / PREPARED APROVAÇÃO / APPROVAL.