estudo da bíblia 09 - reino de deus na terra: o processo
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Aula 09 do curso de introdução ao estudo da Bíblia, por Luís Henrique Beust. Thema: "O reino de Deus na Terra: o process".TRANSCRIPT
Introdução ao Estudo da Bíblia
Luis Henrique Beust, 2011
Aula 9: O Reino de Deus na Terra: o Processo
Dedicada à memória de meu sogro Nosrat’u’lláh Vahdat
“Ó meu Deus! Ó Tu que perdoas os pecados, Tu que concedes dádivas e afastas aflições! Suplico-
Te, verdadeiramente, que perdoes os pecados dos que abandonaram as vestes físicas e ascenderam ao mundo espiritual. [...]
“[...] Ó meu Senhor! Purifica-os das transgressões; as tristezas, desvanece-lhes; e
transforma sua escuridão em luz. [...]
“[...] Permite que entrem no Jardim da felicidade, se purifiquem com a água mais
límpida e no mais sublime monte, contemplem Teus esplendores.” Bahá’u’lláh
AT: Antigo Testamento
City Temple, Holborn, Londres, antes da destruição da nave, na Segunda Guerra Mundial. Local da primeira palestra pública de ‘Abdu’l-Bahá, em 10 de setembro de 1911.
AT: Antigo Testamento
O City Temple acomodava três mil pessoas sentadas.
AT: Antigo Testamento
City Temple, Holborn, Londres, a fachada não foi destruída nos bombardeios na Segunda Guerra Mundial.
AT: Antigo Testamento
“Este livro é o Sagrado Livro de Deus, de inspiração celestial. É a Bíblia da Salvação, o Nobre Evangelho. É o Mistério do Reino e sua luz. É a Graça divina, o sinal da guia de Deus.” ‘Abdu’l-Bahá ‘Abbás. Escrito na Bíblia do púlpito do City Temple depois de Sua primeira palestra pública no Ocidente, em 10 de setembro de 1911. In: Earl Redman, ‘Abdu’l-Bahá in Their Midst, p. 31-32,34.
O Dia de Deus nas Religiões Mundiais
O Dia de Deus O Dia do Juízo Os Dias do Fim O Juízo Final
O Fim do Mundo O Julgamento Final
O Dia da Ressurreição
O Fim está
próximo !
O !Fim!
As simbologias que já estudamos:
• céu rachar-se-á • Um novo céu e uma nova terra
“Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele
que me enviou..” João 6:38
“Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem que está
no céu.” João 3:13
“o termo ‘terra’ significa a terra do entendimento e conhecimento, e o ‘céu’, o
da Revelação Divina.” Bahá’u’lláh, Kitáb-i-Íqán, p.47
“[...] o ‘sol’ e a ‘lua’ dos ensinamentos, das leis e da erudição de uma Era anterior já se
tornaram obscuros e desapareceram.” Bahá’u’lláh, Kitáb-i-Íqán, p.30
• o sol e a lua escurecerão
• As estrelas cairão
“Eu o vejo, mas não no presente; eu o contemplo, mas não de perto; de Jacó
procederá uma estrela, de Israel se levantará um cetro que ferirá os termos de Moabe, e
destruirá todos os filhos de orgulho.” Números 24:17
“Assim, pois, está claro e evidente que as palavras – ‘[...] as estrelas cairão do céu’ – se referem à perversidade dos
sacerdotes.” Bahá’u’lláh, Kitáb-i-Íqán, p.29
• Os oceanos serão despejados (serão bem menores/não existirão)
“Mas o desenvolvimento dos transportes e das comunicações está encolhendo o
Pacífico, e assim mudando seu significado. O Atlântico passou pela mesma mutação nos séculos XVIII, XIX e XX. O encolhimento do Pacífico começou depois da II Guerra,
em 1945.” Ian Morris, Revista Veja, entrevista a André Petry, 10/12/2011
• O Filho do Homem virá sobre as nuvens do céu
“Evidentemente, as modificações efetivadas em cada Era constituem as
nuvens negras interpostas entre os olhos do entendimento do homem e o divino Luminar que Se irradia da aurora da Essência Divina.”
Bahá’u’lláh, Kitáb-i-Íqán, p.48
• A ressurreição dos mortos
“Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. “Aquele que não ama permanece na
morte.” I João 3:14
Outro discípulo lhe disse: “Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai.” Mas Jesus lhe
respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos enterrem os seus mortos.” Mateus 8:21-22; Lucas 9:59-60
“Veio Aquele que estava oculto dos olhos mortais! Sua soberania
predominante está manifesta, Seu esplendor que a tudo abarca, revela-se.
Guarda-te, não hesites nem pares. Apressa-te a circundar a Cidade de Deus
que baixou do céu...”
Bahá'u'lláh, Seleção dos Escritos, XI
• A nova Jerusalém
descerá do céu vestida de noiva
• Os indignos ocuparão posições de poder e liderança
“O reino de Deus não vem com
aparência exterior.”
(Lucas 17:20)
“O Dia da Ressurreição é um dia em que o sol se levanta e se põe, como em qualquer
outro dia. Quantas vezes tem o Dia da Ressurreição alvorecido e o povo da terra em
que isso ocorreu não soube do acontecimento.” O Báb. Seleção dos Escritos do Báb, pag 84-85, Bayan Persa, VIII, 9
Bahá’u’lláh afirma que já estamos no Dia de
Deus...
“Aquele que, desde a eternidade, ocultara Sua Face da vista da criação, veio
agora.” [...] “Aquele que é o Senhor soberano de todos torna-se manifesto. O
Reino é de Deus.” Bahá'u'lláh, Seleção dos Escritos, XIV
Mas... Se estamos no “Dia de Deus”, por
que o mundo segue conturbado?
Quando começou o dia de hoje?
O “Dia de Deus” começa com a
escuridão!
Então, gradualmente vem a alvorada...
Até que o sol se mostre a pino, em todo seu fulgor.
A Marcha para um Mundo Unido
Evolução da Unidade Social
Família Clã
Tribo
Cidade-estado
Estado-nação
Mundo
“À medida que o homem avança na civilização, e pequenas tribos se unem para formar comunidades maiores, a mais simples razão dirá a cada indivíduo que ele deve estender seus instintos e simpatias sociais a todos os membros da mesma nação, embora não os conheça pessoalmente. Uma vez alcançado este ponto, existe apenas uma barreira artificial que impede suas simpatias de abraçarem os homens de todas as raças e nações.” Charles Darwin (1882)
“[ A Cultura] se constitui num processo a serviço de Eros [Amor], cujo propósito é unir os indivíduos isolados, e então as famílias, as raças, os povos e as nações num grande todo: a humanidade. Não sabemos por que isto precisa ser assim, apenas sabemos que este é o trabalho de Eros [Amor]. [...] “Nem a simples necessidade nem as
vantagens do trabalho em conjunto poderiam manter unidas as massas humanas.” Sigmund Freud (1930)
“Em ciclos passados, se bem que fosse estabelecida alguma harmonia, a unidade de todo o gênero humano, entretanto, por
falta de meios, não poderia ser atingida. [...]
“[...] Hoje, porém, os meios de comunicação se têm multiplicado e os
cinco continentes da terra estão virtualmente unidos em um só.”
‘Abdu’l-Bahá. Chamado às Nações, 41
“Em todos os períodos [da História] teve lugar uma unificação das forças produtivas existentes, na medida em que as necessidades a tornavam necessária. [...] Todas as colisões na história têm, pois, segundo a nossa concepção, a sua origem
na contradição entre as forças produtivas e a forma de intercâmbio.” Marx, K. 1845, A Ideologia Alemã, 53-6
Forma de governo Ideologia Cultura Educação Família Mídia Política Religião Arte Moral Ideias Jurisprudência (Tudo o que NÃO tem a ver com a produção)
Superestrutura
Infra-Estrutura Base econômica Tecnologias
Meios, Formas e Relações de Produção
Máquinas Implementos Meios de Comunicação
(Tudo necessário para a produção)
Infra-estrutura: modela a Superestrutura
Superestrutura: mantém e
legitimiza a Infra-estrutura
Forças que sustentam a vida
Forças que organizam a vida
Forças que organizam a vida
Forças que sustentam a vida
“Em uma certa etapa de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes
[...]
“[...] De formas de desenvolvimento das forças produtivas estas relações se transformam em seus
grilhões. Sobrevém, então, uma época de revolução social. Com a transformação da base econômica toda a
enorme superestrutura se transforma com maior ou menor rapidez.” Marx, K. 1845, A Ideologia Alemã, p.30.
Eugene Delacroix. A Liberdade liderando o povo. 1830, Louvre
Forças que organizam a vida
Forças que sustentam a vida
Forças que organizam a vida
Forças que sustentam a vida
Forças que organizam a vida
Forças que sustentam a vida
Forças que organizam a vida
Forças que sustentam a vida
Forças que organizam a vida
Forças que sustentam a vida
“Uma forma social nunca perece antes que estejam desenvolvidas todas as forças produtivas para as
quais ela é suficientemente desenvolvida, e novas relações de produção mais adiantadas jamais
tomarão o lugar, antes que suas condições materiais de existência tenham sido geradas no seio mesmo
da velha sociedade.” Marx, K. 1845, A Ideologia Alemã, p.30.
Europa Medieval: o Fim do Feudalismo
Feudalismo: IV a XV dC
Europa Medieval: feudalismo
Europa Medieval: rotas comerciais
“Esta é a história real por trás da centralização do governo nacional dos séculos XV e XVI: o comércio necessitava de uma
harmonia do tamanho da nação, e subsidiou a extinção dos empecilhos para isso. [...] Nos grandes jogos de soma-não-zero da história, se você é parte do problema, você provavelmente será uma vítima da solução.” Robert Wright, Non-Zero, p.180. A tradução é minha.
Europa Medieval: fim do feudalismo França ca. 1035 França 1461-1494
Resumo: a crescente interdependência da Europa não foi acompanhada de uma maior unidade política, o que causou a ruptura do Feudalismo.
Vaso quebrado: unidade política insuficiente para as forças produtivas
Raízes crescidas: forças produtivas e interdependência socio-econômica
O Fim da Grécia Clássica
“[...] as civilizações nasceram e se puseram a crescer graças a respostas felizes dadas a sucessivos desafios. Elas entram em colapso e se desagregam quando têm que
fazer face a um desafio diante do qual fracassam. [...]
“[...] há desafios que se apresentam na história de mais de uma civilização. O especial interesse que tem, para nós, a história greco-romana, reside no
fato de a civilização grega ter entrado em colapso, no V século a.C., por não ter podido encontrar uma resposta feliz para este mesmo desafio que nossa civilização ocidental está enfrentando agora, em nossa existência.”
Toynbee, Arnold. Estudos de História Contemporânea, p. 62
Mediterrâneo Clássico: ca. 500 aC
Etruscos
Persas
Fenícios
Gregos
Grécia Clássica A queda da Grécia em seis passos:
1. Formação das cidades-estados
2. Pressão populacional sobre os meios de subsistência
Grécia clássica e império
ateniense cerca de 450 aC
Grécia Clássica 3. Expansão colonial grega: 750 aC a 450 aC
Principais metrópolis
Corinto Megara
cidades da costa jônica (Mileto, Focaea)
cidades de Euboua (Chalcis, Eretria, Andros)
junto às cidade das ilhas egéias (Tera, Rodes, Paros) origens diversas Colônias das novas cidades
Novas cidades fundadas
Grécia Clássica 4. Interrupção da expansão grega (século VI aC.)
Etruscos Cartagineses Fenícios Lídios Persas
Grécia Clássica Influência fenícia
Influência grega
Colonização grega Comércio fenício
Terra-mãe fenícia
Terra-mãe grega
Colonização grega e fenícia, ca. 800-550 aC
4. Interrupção da expansão grega: fenícios (VI a.C.)
Grécia Clássica 4. Interrupção da
expansão grega: etruscos (VI a.C.)
Grécia Clássica
5. Revolução agrícola (lavoura especializada e intensiva, para exportação), comercial e industrial (VI a.C.)
6. Guerra do Peloponeso 431-404 aC
Guerra do Peloponeso Território Batalhas
Cidades
Liga Ateniense Confederação Espartana
Vitória ateniense Vitória espartana
Atenas Esparta Aliados de Atenas Aliados de Esparta
Campanhas espartanas
Alcibíades rumo à Sicília
6. A interdependência econômica criada pela revolução agrícola, comercial e industrial não resistiu à falta de unidade política, e a civilização grega ruiu.
Grécia Clássica
Arnold Toynbee: “ Enquanto a vida econômica de cada Estado-cidade se manteve paroquial, todos eles
puderam continuar conservando também este caráter paroquial na sua vida política. [...] Mas o novo sistema econômico introduzido pela revolução econômica ática,
sob o ferrete da cessação do expansionismo colonial grego, baseou-se na produção local para intercâmbio
internacional. [...]
[...] “Tal sistema não poderia funcionar com sucesso, salvo se, sobre o plano econômico os Estados
renunciassem a seu espírito paroquial para se tornarem interdependentes. [...] a solução do problema
econômico suscitou, por sua vez, um problema político que a civilização grega foi incapaz de resolver. E esse
fracasso político foi a causa de seu colapso.”
Toynbee, A. Estudos de História Contemporânea, p. 64
Resumo: a crescente interdependência grega não foi acompanhada de uma maior unidade política, o que causou a ruptura da civilização grega.
Vaso quebrado: unidade política insuficiente para as forças produtivas
Raízes crescidas: forças produtivas e interdependência socio-econômica
O Admirável Mundo Novo:
Séculos XIX-XX
Os séculos XIX-XX são qualitativamente
diferentes de todos os 2.000 séculos
anteriores
Em nossa metáfora do Dia de Deus, os séculos XIX e XX seriam como o começo da alvorada...
Ano 2 milhões aC
20.000 aC 500 aC 300 aC 1500 1900 1925 1950 1980
Tempo necessário para dar a volta ao mundo
Algumas centenas de milhares de anos
Alguns milhares de anos
Algumas centenas de anos
Algumas dezenas de anos
Alguns anos Alguns meses
Algumas semanas
Alguns dias Algumas horas
Meio de transporte
A pé (em terra ou mar gelado)
A pé ou por canoa
Canoa a vela ou papagaia, ou revezamento de corredores
Grandes veleiros a remo, trenós, carroças
Grandes navios a vela (com bússola), muda de cavalos nas diligências
Barcos a vapor, estradas de ferro (canais de Suez e do Panamá)
Navios a vapor, ferrovias transconti-nentais, automóveis, aviões
Navios a óleo combustível, ferrovias, automóveis, aviões a reação
Barcos nucleares, transportes supersôni-cos, supertrens
Distância/ dia (terra)
25 km 30 km 30 km 40 km 40 km 500-1500 km
650-1500 km
800-2500 km
1600-3200 km
Distância/ dia (mar ou ar)
30 km por mar
65 km por mar
200 km por mar
400 km por mar
400 km por mar
5000-9500 km por ar
9500-15000 km por ar (jato)
400.000 km por ar supersônico
Fronteiras potenciais
Alguns km
Uma zona limitada: pequeno vale perto de pequeno lago
Várias zonas limitadas adjacentes
Zona mais vasta, com colônias costeiras
Parte de um continente com colônias de além-mar
Vastas partes de um continente com colônias de além-mar
Continentes inteiros
As regiões do mundo
O planeta inteiro
Encolhimento do Mundo pela Tecnologia Adaptado de: Center for Integrative Studies, World Facts and Trends, 1980, State University of New York at Buffalo
Encolhimento do Mundo pela Tecnologia: Comunicações Adaptado de: Center for Integrative Studies, World Facts and Trends, 1980, State University of New York at Buffalo
Imprensa de Gutenberg
1441:
Imprensa rotativa
1863:
Telefone Graham Bell
1876:
Telégrafo Marconi
1895:
1995:
1920:
1º emissão de rádio comercial
1950:
TV nacional
1965:
TV transcontinental por satélite
1980: Conferência por TV
Até 1441: fala, tambores, fumaça, mensageiros, manuscritos
O Encolhimento do Mundo pela Tecnologia
Adaptado de: Center for Integrative Studies, World Facts and Trends, 1980, State University of New York at Buffalo
PIB/capita mundial entre 1-2008 dC
2010
África
Europa Oriental Mundo
Ásia Antiga URSS
Europa Ocidental
América Latina
Ramos ocidentais
Fonte: Maddison Project-Website. Faculty of Economics, University of Gronigen. Obs: valores em dólares internacionais Geary-Khamis, 1990.
Desenvolvimento da Produção Mundial de Aço: 2000 aC – 2010 dC Fonte: Steel manual, Steel Institut VDEh (eds.); 2003, Stahleisen Verlag, Düsseldorf, Germany
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Desenvolvimento Humano no Mundo: IHDI and UNHDI, 1870-2007 UNHDI: Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas IHDI: Índice de Desenvolvimento Humano Aprimorado
Shanghai, China – 1990 e 2010.
Cidade do Panamá – 1930 e 2009. Uma das cidades do mundo que mais rápido crescem.
Forças que organizam a vida:
Forças que sustentam a vida
Século XX Século XX
“[...] a grande indústria universalizou a concorrência..., estabeleceu os meios de comunicação
e o mercado mundial moderno, submeteu a si o comércio, transformou todo o capital em capital
industrial e criou assim a rápida circulação [...] e a concentração dos capitais. [...] Foi ela que, pela
primeira vez, criou a história universal, na medida em que tornou dependentes de todo o mundo todas as
nações civilizadas e todos os indivíduos nelas existentes.” Karl Marx, 1845
Um mundo unido no plano material
“O novo período, em cujo início estamos situados, foi o resultado de mudanças básicas na estrutura da sociedade nacional e internacional e no equilíbrio das forças mundiais. [...] É um período em que as
lealdades tradicionais de classe e país perderam sua magia e a ineficácia da soberania nacional está à
vista de todos. [...] Com efeito, estaria certo dizer que o aspecto mais significativo da nova perspectiva
é seu caráter mundial.” Geoffrey Barraclough, 1964
Um mundo unido
no plano material
Um mundo unido
no plano material
“O mundo, em verdade, move-se para seu destino. A interdependência dos povos e nações da terra - não obstante o que digam ou façam os que incentivam as
forças divisoras do mundo - já é fato consumado. Compreende-se e reconhece-se agora sua unidade na esfera econômica. O bem-estar da parte significa o
bem-estar do todo, e o sofrimento da parte traz sofrimento ao todo.” Rabbani, S.E. 1933
A condição futura: unidade na superestrutura social (legislação,
forma de governo, educação, etc.)
“Os historiadores, desse [hipotético] ano 4047 diriam que o choque da Civilização Ocidental com suas contemporâneas, na segunda metade do II milênio da Era Cristã, foi o acontecimento marcante dessa época por ter sido o primeiro passo para a unificação da humanidade numa sociedade única.” Arnold Toynbee, 1948/52
Um mundo unido no plano político-
cultural
“[...] o maior obstáculo para a ordem internacional é aquele espírito de nacionalismo monstruosamente exagerado que também é conhecido pelo atraente mas equivocado nome de patriotismo.”
Albert Einstein, 1931
Um mundo unido no plano político-
cultural
“Quem realmente deseja abolir a guerra deve resolutamente encorajar que seu país abdique de uma
porção de sua soberania em favor de instituições internacionais: ele deve estar pronto para forçar seu
país a acatar as decisões de de uma corte internacional, em casos de uma disputa. Ele deve, da maneira mais resoluta, apoiar o desarmamento em
todas as partes [...] a menos que seja abolida a educação patriótica militar e agressiva, não se pode
esperar nenhum progresso.” Albert Einstein, 1931, 1934
Porém, a consumação do Reino de Deus na Terra realmente pressupõe
crises e calamidades…
Shoghi Effendi escreveu: “Para a realização de tão elevado conceito, quem
sabe se a humanidade não terá que passar por um sofrimento mais intenso do que qualquer outro que até agora lhe tem sobrevindo?
“Poderia algo menos que o fogo de uma guerra civil com toda a sua violência e todas as suas vicissitudes –
uma guerra que quase destruiu a grande república norte-americana – ter fundido os estados, não apenas em uma União de unidades independentes e sim, em
uma Nação, apesar de todas as diferenças étnicas que caracterizavam suas partes componentes?”
Rabbani, S.E. Chamado às Nações, 80-1, 49-50
“Parece-nos pouco provável que uma revolução tão fundamental, acarretando mudanças de tão grande
alcance na estrutura da sociedade, possa ser realizada pelos processos comuns da diplomacia e da educação.
Rabbani, S.E. Chamado às Nações, 80-1, 49-50
“Basta contemplarmos as páginas sangrentas da história da humanidade para verificarmos que nada, a não ser uma agonia intensa, tanto mental como física,
tem podido precipitar aquelas transformações que constituem os mais conspícuos indícios, marcando as
épocas na história da civilização humana. Rabbani, S.E. Chamado às Nações, 80-1, 49-50
“Os acontecimentos futuros haverão de demonstrar, cada vez mais, que nada, senão o fogo de uma
tribulação severa, sem paralelo em sua intensidade, poderá fundir e soldar as entidades discordantes que
constituem os elementos de nossa civilização hodierna, de tal modo que venham a formar os componentes integrais da comunidade mundial do futuro.”
Rabbani, S.E. Chamado às Nações, 80-1, 49-50
Dores: estertores de morte
Dores: parto e nascimento
Edvard Munch
“A longa adversidade mundial, aflitiva, aliada ao caos e à destruição universal, há de
convulsionar as nações, despertar a consciência do mundo, desiludir as massas, precipitar uma transformação radical no próprio conceito da
sociedade, e coligar, afinal, os membros desunidos e sangrentos da humanidade em um só
corpo organicamente unido e indivisível.”
Rabbani, S.E. Chamado às Nações, 80-1, 49-50
“As convulsões deste período transitório, o mais turbulento nos anais da humanidade, são os requisitos essenciais e prenunciam a vinda inevitável daquela Época das Épocas, “o tempo do fim”, [...]
Salvador Dali. The Geopolitic Child, 1943
“[...] quando a inépcia e o tumulto da contenda que, desde os primórdios da história, enegrece os anais do
homem, se terão transmudado na sabedoria e tranqüilidade de uma paz perfeita, universal e
duradoura, [...]
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“[...] quando a discórdia e a separação dos filhos dos homens serão substituídas pela reconciliação mundial e pela completa unificação dos diversos elementos que
constituem a sociedade humana. Rabbani. S.E. Chamado às Nações, p. 76-7
Salvador Dali. The Geopolitic Child, 1943
“...nem mais se aprenderá
a fazer a guerra.”
Isaías, 2:3-4
“Vós sois os frutos de uma só árvore e as folhas
de um mesmo ramo. Tratai uns aos outros com o maior amor e harmonia, em espírito amigável e fraternal. Aquele que é o Sol da Verdade dá-Me
testemunho! Tão potente é a luz da unidade que pode iluminar toda a terra.”
Bahá'u'lláh, Seleção dos Escritos, CXXII
“Vós habitais em um só mundo e fostes criados mediante a operação de uma só Vontade. Bem-
aventurado quem se associa a todos os homens em espírito de perfeita bondade e amor.”
Bahá'u'lláh, Seleção dos Escritos, CLVI
"Estas lutas infrutíferas e estas guerras ruinosas hão de passar, e a Paz Máxima há de chegar". Bahá'u'lláh, Apud: A Promessa da Paz Mundial, epílogo.
Obrigado!