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CONSTRUÇÃO CIVIL NA RMR Estudo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife Alexandre Rodrigues Alves Ecio de Farias Costa Evelyne Labanca Corrêa de Araújo Maria das Graças Alves Bezerra Thiago Suruagy de Melo

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CONSTRUÇÃO CIVIL NA RMR

Estudo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife

Alexandre Rodrigues Alves Ecio de Farias Costa

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo Maria das Graças Alves Bezerra

Thiago Suruagy de Melo

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Cadeia de Valor da CONSTRUÇÃO CIVIL - RMR

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / www.pe. sebrae.com.br

Conselho Deliberativo – Pernambuco

Associação Nordestina da Agricultura e Pecuária – Anap

Banco do Brasil – BB Banco do Nordeste – BNB

Caixa Econômica Federal – CEF

Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco – Faepe

Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco – Facep

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco – Fecomércio

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe

Instituto Euvaldo Lodi – IEL

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae

Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco – SDEC

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac/PE

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai/PE

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/PE

Universidade de Pernambuco – UPE

Presidente

Josias Albuquerque

Diretor Superintendente

José Oswaldo de Barros Lima Ramos

Diretora Técnica

Ana Cláudia Dias Rocha

Diretora Administrativo-financeira

Adriana Tavares Côrte Real Kruppa

Comissão de Editoração Sebrae Pernambuco

Angela Miki Saito

Carla Andréia Almeida

Eduardo Jorge de Carvalho Maciel Fábio Lucas Pimentel de Oliveira

Janete Evangelista Lopes

Jussara Siqueira Leite

Unidade de Setores Econômicos

Alexandre Alves (gerente)

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo (analista) Maria das Graças Alves Bezerra (analista) Thiago Suruagy de Melo (analista) Thaís Fonteles de Azevêdo Dias (estagiária) Twanny Emmanuelly Gomes de Oliveira (estagiária)

Projeto gráfico e diagramação

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo - Unidade de Setores Econômicos

Consultoria

CEDES – Consultoria e Planejamento Ecio de Farias Costa (diretor)

©2016. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Pernambuco – Sebrae/PE. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.

Informações e contato

Sebrae/ PE – Unidade de Setores Econômicos

Rua Tabaiares 360 – Ilha do Retiro – Recife

Fone: +55 81 2101.8400 / Fax: +55 81 2101.8500

Internet: www.sebrae.com.br www.pe.sebrae.com.br

ALVES, Alexandre Rodrigues [et al] Construção Civil: Estudo das interações entre os

pequenos negócios na Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife / Alexandre Rodrigues Alves, Ecio de Farias Costa, Evelyne Labanca Corrêa de Araújo, Maria das Graças Alves Bezerra, Thiago Suruagy de Melo – Recife: Sebrae, 2015. 60 p.

ISBN 000-00-00000-00-0

1. Cadeia de Valor. 2. Território. 3. Pequenos negócios. 4. SEBRAE. I Alves, Alexandre Rodrigues. II Costa, Ecio de Farias. III Araújo, Evelyne Labanca Corrêa. C. IV Bezerra, Maria das Graças Alves. V Melo, Thiago Suruagy.

CDD 000.00

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Cadeia de Valor da CONSTRUÇÃO CIVIL - RMR

APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios, o SEBRAE Pernambuco apresenta um estudo analítico e prospectivo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife (RMR). Para efeito de análise, definiu-se como área de estudo o território de abrangência da Unidade de Negócios da RMR do SEBRAE PE, com alguma variação de municípios em relação à territorialização definida pelo Governo de Pernambuco e outros órgãos oficiais.

O estudo aborda questões relativas à segmentação das atividades da Cadeia de Valor, desde a produção de insumos agrícolas e outras matérias primas, passando pelo beneficiamento de produtos, distribuição, comercialização, e serviços técnicos especializados, bem como de suporte e manutenção. Ainda, este estudo revela a concentração dessas empresas por município de Pernambuco, permitindo uma compreensão da especialização territorial.

Nesse sentido, o trabalho foi desenvolvido a partir de um escopo metodológico simples e objetivo, com base nas seguintes atividades:

Pesquisas nas bases de dados da Receita Federal, do IBGE, das associações empresariais e de classe, DIEESE, Agência CONDEPE/ FIDEM, e demais órgãos e instituições relacionados à Cadeia de Valor (como ADEMI, SINDUSCON, CAU, CREA, IAB, sindicatos, entre outros), visando consolidar um retrato das atividades da Construção Civil no contexto nacional, regional e principalmente local, do território em questão;

Entrevistas a atores institucionais relevantes para a Cadeia de Valor como governos, associações, sindicatos, entidades e lideranças empresariais, formais e informais dos diversos segmentos, buscando identificar a percepção desses atores sobre os seus negócios, suas perspectivas de atuação e de crescimento, suas potencialidades, lacunas de desenvolvimento e capacidade de interação no território;

Incorporação dos conhecimentos e aprendizagem dos projetos do SEBRAE para as atividades da Cadeia de Valor da Construção Civil.

Este documento é dividido em cinco partes, mais Apêndice.

A parte 1 conceitua o que o SEBRAE Pernambuco entende por Cadeia de Valor do Território. A parte 2 trata da caracterização da Cadeia de Valor da Construção Civil. São aqui explorados dados econômicos e espacialização das atividades, com ênfase na Região Metropolitana do Recife, finalizando com uma análise da Cadeia de Valor realizada com suporte da metodologia SWOT.

Cadeia de Valor da CONSTRUÇÃO CIVIL

Região Metropolitana do Recife

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Cadeia de Valor da CONSTRUÇÃO CIVIL - RMR

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A parte 3 traz um conjunto de diretrizes de atuação para a Cadeia de Valor da Construção Civil no território da RMR. Cada uma dessas diretrizes é desdobrada em um subconjunto de recomendações diretas, categorizadas de acordo com o ambiente potencialmente impactado – ambiente empresarial, ambiente setorial e ambiente sistêmico – sendo identificados também potenciais parceiros, para pautar a atuação integrada na Cadeia de Valor.

De modo a concluir o estudo, a parte 4 traz as considerações finais, sintetizando questões reveladas ao longo do trabalho, e a parte 5 reúne as principais referências bibliográficas utilizadas.

Os apêndices trazem (i) um conjunto de mapas com a espacialização desses pequenos negócios em Pernambuco, inclusive por camada de agregação de valor, e (ii) um formulário de questionário para ser aplicado anualmente com os pequenos negócios visando ao acompanhamento da evolução da Cadeia de Valor.

Com esse estudo, o SEBRAE Pernambuco tem satisfação de se colocar mais uma vez como parceiro dos brasileiros, dentro de sua missão de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios, fomentando o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional.

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SUMÁRIO

1 O que é uma Cadeia de Valor do Território para o SEBRAE Pernambuco? 7

2 A Cadeia de Valor da Construção Civil 11

2.1 A Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife em números 12

2.2 Matriz SWOT da Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife 18

3 Diretrizes e recomendações para melhoria da interação entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife

23

3.1 Fortalecimento da relevância dos serviços técnicos especializados de projeto na Cadeia de Valor da Construção Civil no território

24

3.2 Identificação e otimização dos mecanismos e sistemas de gestão financeira e precificação dos serviços de projetos (arquitetura, urbanismo, paisagismo, engenharia, instalações etc.) e serviços de suporte (pintura, elétrica, gesso, etc.)

25

3.3 Fortalecimento da integração entre as lideranças formais e instituições de representação de classe da Cadeia de Valor

26

3.4 Fomento para maior interação entre grandes construtoras e empreiteiras, e os pequenos negócios da Cadeia de Valor

27

3.5 Intensificação das capacitações dos pequenos negócios para processos licitatórios da Administração Pública 27

3.6 Incremento da participação do SEBRAE Pernambuco em eventos relacionados à Cadeia de Valor 28

3.7 Difusão de processos e procedimentos inovadores realizados pelas médias e grandes empresas, com potencial de adaptação e replicação para o pequeno negócio

29

3.8 Promoção de ações de formalização dos pequenos negócios da Cadeia de Valor da Construção Civil 30

3.9 Estimulo à integração dos serviços técnicos especializados (projetistas de arquitetura, engenharia, design, instalações, etc.) e os serviços de suporte (eletricista, encanador, marceneiro, pedreiro, pintor, gesseiro, etc.) da Cadeia de Valor

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3.10 Discussão da dinâmica da logística da Região Metropolitana do Recife 32

3.11 Mapeamento constante das demandas de consumo no território 33

3.12 Fomento à criação de associações para defesa e coordenação dos interesses econômicos do varejo da Cadeia de Valor da Construção Civil

33

3.13 Fortalecimento de parcerias entre pequenos negócios e instituições de classe para beneficiar a representação em feiras

34

3.15 Realização de pesquisa quantitativa anual junto às empresas da Cadeia de Valor da Construção Civil 35

4 Considerações finais 37

5 Referências 39

Apêndices 40

I CNAE que compõem a Cadeia de Valor da Construção Civil na Região Metropolitana do Recife, por Camada de Agregação de Valor, em março de 2016.

41

II. Cartografia da distribuição espacial dos pequenos negócios da Cadeia de Valor da Construção Civil em Pernambuco

46

III. Questionário para aplicação com pequenos negócios da Cadeia de Valor da Construção Civil 51

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1. O que é uma Cadeia de Valor do Território para o SEBRAE Pernambuco?

Para efeitos desse estudo, o SEBRAE Pernambuco adota como entendimento de Cadeia de Valor do Território um conjunto de atividades econômicas fortemente relacionadas (incluindo empresas, setores e segmentos afins), constituído a partir da geração de valor para os pequenos negócios nele localizado1. Essas diversas atividades econômicas se articulam de modo integrado, em uma lógica produtiva, indo desde o fornecimento da matéria prima, passando pela transformação, distribuição, comercialização até a prestação de diversos serviços relacionados às várias fases de produção até o produto acabado.

O que diferencia essa abordagem de outras duas frequentemente utilizadas pelo Sistema SEBRAE (Arranjo Produtivo Local e Encadeamento Produtivo), é a maneira como essas diversas atividades se relacionam e inserem sua dinâmica, competitividade e sustentabilidade no território. (Quadro 1).

Arranjo Produtivo Local (APL) Encadeamento Produtivo Cadeia de Valor do Território

Aglomeração de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, como governos, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

Estratégia de promoção da inserção de pequenos negócios em cadeias produtivas de grandes empresas, por meio de relacionamentos cooperativos de longo prazo e mutuamente atraentes, que tem como estratégia aumentar à competitividade, a cooperação, a competência tecnológica e de gestão das empresas.

Conjunto interligado de todas as atividades que criam valor, desde uma fonte básica de matérias-primas ou insumos, fornecedores de componentes ou serviços, produção (fabricação ou serviços), distribuição e varejo, consumo, atividades de pós-vendas, como assistência técnica e manutenção, até a coleta, eventual reciclagem de materiais e a destinação final.

QUADRO 1: Síntese dos conceitos de Arranjo Produtivo Local (APL), Encadeamento Produtivo e Cadeia de Valor, segundo entendimento do Sistema SEBRAE.

Fonte: SEBRAE, Arranjo Produtivo Local (2016). SEBRAE, Programa Nacional de Encadeamento Produtivo (2016). SEBRAE. ENCADEAR. Fórum de Encadeamento Produtivo. Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas (2016).

1 Baseado em Porter (1989).

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Na Cadeia de Valor do Território, as possibilidades de agregação de valor aos pequenos negócios devem ser desenvolvidas considerando três fatores:

(i) A interação física – a proximidade desempenhando papel relevante para os pequenos negócios, permitindo que eles atuem conjuntamente tanto para comprar e vender, mas também para agregar outras instituições, públicas ou privadas, de ensino, pesquisa e fomento, de modo a preencher lacunas de desenvolvimento que por ventura existam no território em questão.

(ii) A interação produtiva – o que é produzido nesse território, e como esses insumos e produtos podem primeiramente circular entre eles, diminuindo distâncias, otimizando custos e processos e, principalmente, gerando aprendizado a partir do conhecimento dos requisitos específicos de cada segmento e estágio de produção.

(iii) A interação social – quem produz e quem consome nesse território, como aproximar essas pessoas dentro de uma lógica de diminuição das distâncias entre oferta e demanda, inclusive identificando as lacunas para novos serviços e suprindo mercados existentes ainda não explorados.

Ou seja, na abordagem de Cadeia de Valor do Território, destaca-se a interação entre os agentes produtivos como aspecto mais relevante a ser tratado, primeiramente dentro de uma mesma Cadeia de Valor, mas também observando as potenciais relações com outras. Essa abordagem permite mudar o paradigma de territórios viáveis para territórios colaborativos, integrados, competitivos e cada vez mais sustentáveis.

A percepção da oportunidade de se trabalhar sob essa abordagem partiu de um estudo de localização das atividades econômicas dos pequenos negócios realizado pelo SEBRAE Pernambuco em 2015. Foram seis as Cadeias de Valor identificadas, cujo estudo foi desenvolvido a partir de uma estrutura metodológica simples e clara, descrita a seguir.

1ª. Etapa: Primeiro, foi feito um enquadramento preliminar dos municípios por região de atuação do SEBRAE/ PE, de modo a facilitar tanto na análise como nas recomendações de atuação territorial do SEBRAE e parceiros.

2ª. Etapa: Em seguida, foi realizada uma identificação das empresas optantes pelo SIMPLES na base da Receita Federal, considerando o CNAE da atividade econômica predominante desses pequenos negócios.

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3ª. Etapa: Nessa etapa, foi feita uma seleção das atividades econômicas mais relevantes no território, com maior número de empresas, de modo a permitir um retrato da base produtiva desses pequenos negócios no estado.

4ª. Etapa: Feito isso, foi realizada uma análise dessas atividades de modo a identificar aquelas que, por afinidade, se agregam em torno de grandes áreas temáticas de mercado, as chamadas Cadeias de Valor. A ideia é compreender, para fins dessa agregação, todo o processo de produção de insumos, de distribuição e transformação desses insumos em produto beneficiado, de comercialização e uso, bem como os serviços inerentes a cada etapa produtiva, inclusive de manutenção e engenharia reversa. Assim, seis Cadeias de Valor foram identificadas em Pernambuco, passíveis de serem trabalhadas de modo diferenciado pela relevância das atividades no território, e pela quantidade de empresas envolvidas. São elas: (i) Alimentos e Bebidas, (ii) Automotiva, (iii) Bem Estar, (iv) Construção Civil, (v) Moda e Confecção, e (vi) Turismo e Cultura.

5ª. Etapa: Identificados e selecionados o quantitativo de pequenos negócios por atividade econômica e por município nas Cadeias de Valor, foi realizado o enquadramento por faixas de quantidade de empresas, seguido do georreferenciamento dessas atividades econômicas por município. O resultado foram 36 mapas temáticos, seis por Cadeia, com a quantidade total de pequenos negócios optantes pelo Simples em Pernambuco, por município em cada Cadeia de Valor, compreendendo as atividades econômicas (CNAE) predominantes a cada uma delas relacionadas.

6ª. Etapa: Uma vez sintetizados os resultados revelados por esse mapeamento, por território de abrangência das unidades regionais do SEBRAE em Pernambuco em cada uma das camadas de agregação de valor, foi possível a elaboração de estudos específicos de Cadeias de Valor por territórios de abrangência das Unidades Regionais do SEBRAE Pernambuco.

Isso posto, a Cadeia de Valor da Construção Civil na Região Metropolitana do Recife (RMR) é objeto deste documento. Para sua priorização, foram considerados os seguintes critérios na análise:

(i) Grande quantidade de pequenos negócios existentes nas atividades relacionadas a Construção Civil na RMR;

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(ii) Grande potencial de agregação de valor a esses pequenos negócios pela existência de importante estrutura técnica no território como centros tecnológicos, de pesquisa e formação, universidades, eventos especializados, etc.

(iii) Grande potencial de desenvolvimento tecnológico das soluções da Construção Civil por meio da prestação de serviços técnicos especializados, podendo refletir em diversos produtos e serviços correlatos.

(iv) Transversalidade do tema da Construção Civil com as demais Cadeias de Valor identificadas;

(v) Forte conexão e impacto de suas atividades produtivas com questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

Por fim, com o objetivo de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios de Pernambuco, a Cadeia de Valor da Construção Civil na Região Metropolitana do Recife é discutida a seguir.

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2. A Cadeia de Valor da Construção Civil

A Cadeia de Valor da Construção Civil pode ser compreendida como um ciclo contínuo de interação de atividades econômicas no território, visando ao desenvolvimento e entrega de produtos e serviços. Essas atividades são compreendidas em cinco Camadas de Agregação de Valor, reveladas pela natureza das atividades em questão – seja de extração e/ou produção de insumos (matéria prima), de transformação, de distribuição de bens, produtos e serviços, de comercialização de produtos acabados, e também de prestação de serviços técnicos específicos. Ou seja, constituem um ciclo contínuo de interação entre os cinco grupos de atividades econômicas análogas e predominantes no território, relacionando-se de modo direto entre si. Ainda, possuem grande poder de integração local, potencializando a inovação e sustentabilidade tanto da própria Cadeia de Valor como do local onde ela se insere.

Esse ciclo é ilustrado de modo simplificado a seguir.

FIGURA 1: Diagrama síntese da Cadeia de Valor da Construção Civil. Fonte: Elaboração dos autores.

território

Distribuição de produtos

Comercialização de produtos

Beneficiamento de produtos

Extração/ produção in

natura

Fornecimento de alimentos

preparados

sustentabilidade

ino

vaçã

o

inte

ração

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As Camadas de Agregação de Valor compreendem as atividades econômicas predominantes, descritas resumidamente da seguinte forma:

Extração/ produção in natura: Predominância de produção de matéria prima, tais como: jazidas de gipsita; cal; areia; barro; brita; pedras ornamentais; e atividades semelhantes.

Beneficiamento de produtos: Predominância de atividades industriais e de transformação, tais como: placas e blocos de gesso; serralharias; serrarias; vidraçarias; cerâmicas; indústrias de móveis de madeira; usinagem; tonelaria e solda; obras de construção de edifícios e de urbanização; e atividades semelhantes.

Distribuição de produtos: Predominância de atividades de distribuição e logística, tais como: comércio atacadista; representações comerciais; distribuidoras; e atividades semelhantes.

Comercialização de produtos: Predominância de atividades de comercialização de produtos acabados, tais como: placas de gesso; ferragens; louças; mobiliário e objetos de decoração; pedras e outros revestimentos; e atividades semelhantes.

Fornecimento de alimento preparado e serviços de suporte: Predominância de atividades de serviços de gestão imobiliária, tais como: compra e venda de imóveis; pintura; serviços de engenharia; arquitetura; instalações diversas; interiores; atividades paisagísticas; restauro; limpeza e manutenção de edifícios; e atividades semelhantes.

2.1. A Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife em números

Em Pernambuco, são 32.715 pequenos negócios Optantes pelo Simples Nacional na Cadeia de Valor da Construção Civil. A Região Metropolitana do Recife possui uma grande importância relativa nesse contexto, sendo responsável por mais da metade de todos os empreendimentos desse porte no estado.

A distribuição da quantidade de empresas por camadas de agregação de valor revelou também o peso do beneficiamento e dos serviços técnicos e de suporte que, juntos, correspondem a 68,3% e 76,0% de toda a Cadeia, respectivamente, no estado na RMR (Tabela 1).

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Cadeia de Valor da CONSTRUÇÃO CIVIL - RMR

Tabela 1: Quantidade de pequenos negócios por camada de agregação de valor da Cadeia de Valor da Construção Civil, em Pernambuco e na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Camadas de agregação de valor

Quantidade de pequenos negócios

PE RMR % do

estado

Extração/ produção in natura 115 25 21,7

Beneficiamento de produtos 13.717 6.996 51,0

Distribuição de produtos 316 194 61,4

Comercialização de produtos 9.950 3.816 38,4

Serviços técnicos especializados e de suporte 8.617 5.790 67,2

Total 32.715 16.821 51,4

A Cadeia de Valor da Construção Civil é um dos principais termômetros da economia de Pernambuco, representando 9,4% do PIB do estado – segundo dados do IBGE para o ano de 2013. São 17.921 (4% menor que o mesmo período do ano anterior) empresas optantes pelo Simples Nacional, em que 67,95% (4% maior que o mesmo período do ano anterior) são Microempreendedores Individuais (12.178). A atividade de Obras de alvenaria possui a maior quantidade de empresas enquadradas nessa modalidade fiscal, representando 95,6% das 2.569 empresas dessa atividade econômica. Destacam-se três atividades econômicas da Cadeia de Valor da Construção Civil entre as principais atividades da Região Metropolitana do Recife, de acordo com a quantidade de empresas optantes pelo Simples Nacional (Gráfico 1).

Em meio a um ambiente recessivo de amplitude nacional, a Cadeia de Valor da Construção Civil continua sendo um dos principais motores que alavancam crescimento econômico, bem como geração de emprego e renda. Porém, vem apresentando sinais de enfraquecimento e necessidades de reestruturação. As atividades econômicas tradicionais ligadas à construção vêm demitindo, de forma crescente, nos últimos dois anos. É possível verificar a tendência de queda da Construção Civil já em 2014 (Tabela 2), após dois anos de crescimento, impulsionados por investimentos realizados com o apoio do programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida”, junto com grande oferta de crédito no mercado e de taxas de juros favoráveis para o financiamento habitacional (acompanhadas pela SELIC que, em média, girou em torno de 7,5% a.a. no ano de 2013). Esse tempo passou.

Fonte: SEBRAE/ PE (2016), com informações da Receita Federal (2016).

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ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS

E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS

E BEBIDAS

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

1.965

2.009

2.241

2.319

2.359

2.569

3.171

3.196

3.242

3.245

3.677

3.874

4.897

8.007

11.749

1.737

967

1.952

1.991

2.057

2.455

3.050

3.127

2.796

1.551

3.157

2.253

3.564

7.276

9.655

0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000

15. Atividades de Estética e outros serviços de cuidadoscom a beleza

14. Comércio varejista de materiais de construção emgeral

13. Instalação e manutenção elétrica

12. Reparação e manutenção de computadores e deequipamentos periféricos

11. Serviços de organização de feiras, congressos,exposições e festas

10. Obras de alvenaria

9. Fornecimento de alimentos preparadospreponderantemente para consumo domiciliar

8. Serviços ambulantes de alimentação

7. Comércio varejista de cosméticos, produtos deperfumaria e de higiene pessoal

6. Restaurantes e similares

5. Comércio varejista de bebidas

4. Comércio varejista de mercadorias em geral, compredominância de produtos alimentícios -…

3. Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares

2. Cabeleireiros, manicure e pedicure

1. Comércio varejista de artigos do vestuário eacessórios

MODA E CONFECÇÃO

BEM ESTAR

BEM ESTAR

TURISMO E CULTURA

SERVIÇOS

BEM ESTAR

MEI Optantes pelo Simples (MEI, ME e EPP)

Gráfico 1: Principais atividades econômicas da Região Metropolitana do Recife - 2016.

Fonte: Receita Federal (2016).

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Cadeia de Valor da CONSTRUÇÃO CIVIL - RMR

Tabela 2: Estoque de trabalhadores na Construção Civil em capitais do Nordeste, entre 2012-2014..

Capitais do Nordeste Ano Variação

2013-2014 Variação

2012-2014 2012 2013 2014

Salvador - BA 92.034 91.491 80.134 -12,41% -12,93%

Fortaleza - CE 70.192 71.725 72.507 1,09% 3,30%

Recife - PE 74.785 79.987 67.142 -16,06% -10,22%

São Luís - MA 41.366 41.755 44.465 6,49% 7,49%

João Pessoa - PB 30.679 31.116 31.085 -0,10% 1,32%

Teresina - PI 29.405 31.501 31.082 -1,33% 5,70%

Maceió - AL 30.545 28.655 27.852 -2,80% -8,82%

Natal - RN 29.231 26.801 25.969 -3,10% -11,16%

Aracaju- SE 21.992 23.911 23.594 -1,33% 7,28%

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – Cadastro geral de Empregados e Desempregados (CAGED), 2016.

Ao se analisar dados mais recentes (Tabela 3), pode-se constatar que, segundo a evolução do mercado imobiliário em Recife, ocorreu uma diminuição considerável de lançamentos imobiliários ao longo do ano de 2015. Foram 2.194 unidades lançadas, de janeiro a novembro de 2015, contra 6.612 unidades lançamento no mesmo período de 2014, e 7.170 em 2013.

Figura 2: Evolução do mercado imobiliário no Recife, Pernambuco: Lançamentos.

Mês Unidades lançadas por mês

2012 2013 2014 2015 Variação

2012-2015 Variação

2013-2015 Variação

2014-2015

Janeiro 963 612 182 262 -72,8% -57,2% 44,0%

Fevereiro 205 265 696 300 46,3% 13,2% -56,9%

Março 1.385 997 1.183 606 -56,2% -39,2% -48,8%

Abril 678 409 657 327 -51,8% -20,0% -50,2%

Maio 471 899 1.176 0 -100,0% -100,0% -100,0%

Junho 856 600 396 60 -93,0% -90,0% -84,8%

Julho 530 530 93 0 -100,0% -100,0% -100,0%

Agosto 0 641 450 150 100,0% -76,6% -66,7%

Setembro 1.181 198 518 102 -91,4% -48,5% -80,3%

Outubro 337 485 548 243 -27,9% -49,9% -55,7%

Novembro 523 1.534 713 144 -72,5% -90,6% -79,8%

TOTAL 7.129 7.170 6.612 2.194 -69,2% -69,4% -66,8%

Fonte: Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC (2016).

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O SINDUSCON-PE prevê a redução do estoque ao longo do ano de 2016. Porém, essa previsão é difícil de ser confirmada por conta dos fatos políticos e econômicos que têm influenciado diretamente os consumidores, pelo lado da demanda por imóveis novos e usados. Os consumidores estão com seu índice de confiança (ICC) muito baixo, de 67,1, indicando baixíssima confiança na economia atual2. Esta situação, aliada ao aumento no índice de desemprego que vem acontecendo, mês a mês, com consequente queda na renda das famílias, tem feito com que os consumidores retardem suas compras, principalmente as que são atreladas a um financiamento de longo prazo, pois não sabem se estarão empregadas.

Pelo lado da demanda, há um déficit habitacional muito elevado, principalmente por parte da chamada Nova Classe Média – inserida na Classe C. O mercado de construção civil, notadamente aquele vinculado à produção e comercialização de unidades novas e usadas, porém, é muito dependente do financiamento habitacional. No ano de 2015, com a elevação da Taxa Básica de Juros da Economia, a SELIC, para os atuais 14,25% a.a., houve uma fuga de recursos da Caderneta de Poupança, tradicional aplicação financeira que alimenta os recursos da Caixa Econômica Federal (CEF). A CEF, que é a principal ofertante de crédito para o financiamento habitacional com 67% do mercado, teve de alterar suas regras para o financiamento, aumentando o valor percentual da contrapartida de recursos próprios na aquisição de bens usados e elevando as taxas de juros a serem praticadas, num movimento claro de retração da oferta de crédito aos consumidores. Ao aumentar o valor da contrapartida para a aquisição de imóveis usados, a retração deste mercado contagiou diretamente a demanda por imóveis novos, fazendo com que os preços de ambos os tipos de imóveis caíssem.

No cenário atual, a CEF sinalizou novas mudanças nas regras de aquisição de imóveis usados, aumentando novamente o valor financiado, que permite aos consumidores poderem adquirir imóveis com uma contrapartida menor. Por outro lado, as taxas de juros dos financiamentos voltaram a subir e o mercado segue com muitas incertezas, atrapalhando o planejamento da Cadeia de Valor da Construção Civil.

A Cadeia de Valor da Construção Civil configura como uma das mais complexas da economia. As atividades empresariais nela envolvidas estão entre as mais importantes do país, compreendendo construtoras, serviços imobiliários e consultoria de projetos, fabricantes e comerciantes de materiais, máquinas e equipamentos, serviços técnicos especializados, além dos serviços de arquitetura, urbanismo, paisagismo, engenharia e afins.

2 Instituto Brasileiro de Economia – FGV IBRE (2016)

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Construção 65%

Outros Fornecedores

7%

Máquinas e Equipamentos

2%

Serviços 5%

Comércio de Materiais

9%

Indústria de Materiais

12%

O perfil da Cadeia de Valor da Construção Civil, especificamente no toante à indústria de materiais e equipamentos, pode ser visualizado a partir da Figura 2, que mostra a sua composição setorial. Com os dados apresentados, as atividades de construção configuram-se como grande força motriz em termos de volumes de recursos movimentados, respondendo por 65% do PIB de toda a cadeia.

Figura 2: Composição da Cadeia de Valor da Construção Civil por participação (%) no PIB total, em 2014.

Fonte: Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção – ABRAMAT (2016).

Os métodos construtivos podem ser uma solução eficaz para o problema que o Estado de Pernambuco vem enfrentando na Cadeia de Valor da Construção Civil. Diversos problemas acompanham o crescimento do mercado da Cadeia de Valor da Construção Civil e precisam atenção. Alguns pontos foram levantados em entrevistas com agentes representantes da cadeia como: o não gerenciamento de resíduos nos processos produtivos; a escassez de informação, principalmente por parte das pequenas empresas, tornando o aprendizado para a renovação de maquinários um processo mais lento; a mão-de-obra ainda pouco qualificada e de alta rotatividade; a falta de comprometimento com a sustentabilidade e responsabilidade social;

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dentre outros. Esses fatos são explicados pelo crescimento desorganizado focado apenas no aumento da oferta nos anos anteriores, principalmente no período que compreende os anos de 2010 e 2013.

Diante do exposto, a busca pela integração dos diversos segmentos da Cadeia de Valor é uma oportuna abordagem para diminuição ou solução dos gargalos, gerando ganhos significativos e deixando o legado da nova forma de se relacionar com fornecedores, concorrentes e clientes, fortalecendo o território em questão.

2.2. Matriz SWOT da Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife

A análise SWOT3, conceito desenvolvido para o planejamento na administração de empresas, pode também ser utilizado para o estudo setorial, de Cadeia de Valor, como este em questão. Em geral a análise é apresentada a partir de uma matriz, onde as forças e fraquezas são pontos que devem ser analisados para o ambiente interno da empresa, e as oportunidades e ameaças são externas, dependem da conjuntura econômica externa e de outros fatores impossíveis de serem abordados apenas no âmbito do negócio em questão.

Ressalta-se que, para fins desse trabalho, e de modo a guardar coerência com os princípios de atuação do SEBRAE Pernambuco, analisa-se o ambiente interno como todas as questões que são diretamente compreendidas pela atividade empresarial propriamente dita, interiores à empresa. Já no ambiente externo, busca-se a perspectiva de aspectos setoriais, ou seja, externo à empresa, mas comum ao coletivo delas, e sistêmicos, onde os pontos a serem mitigados e/ ou potencializados ultrapassam a mobilização empresarial individual e coletiva, envolvendo outros fatores e atores para além da atividade empreendedora.

Isso posto, os dados secundários apresentados neste estudo, as entrevistas realizadas com atores institucionais relevantes para a Cadeia de Valor, as pesquisas em bases de dados da Receita Federal, IBGE e outras fontes, juntamente com informações sobre o comportamento da Economia Brasileira e das políticas macroeconômicas e setoriais vigentes, bem como a expertise do SEBRAE

3 A Sigla SWOT significa Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats – em português, Forças, Fraquezas,

Oportunidades, Ameaças, que juntas fazem a Matriz FOFA, na versão brasileira. Portal do Administrador (2016) e Kotler (2012).

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Pernambuco, permitiram elaborar uma Matriz SWOT para o planejamento estratégico dos agentes envolvidos nessa Cadeia de Valor.

A referida Matriz é apresentada e descrita a seguir (Quadro 2).

Quadro 2: Matriz SWOT – Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças da Cadeia de Valor da Construção Civil na Região Metropolitana do Recife.

AJUDA ATRAPALHA

a. Forças (Strengths) b. Fraquezas (Weaknesses)

Org

aniz

ação

Inte

rna

Cadeia complexa e diversificada, porém altamente integrada.

Atividades econômicas integrantes da Cadeia de Valor muito importantes na economia pernambucana em geração de valor, renda e emprego.

Produtos e serviços com grande valor agregado.

Demanda interna existente e não atendida em sua plenitude.

Profissionais prestadores de serviços técnicos especializados muito bem qualificados.

Problemas com gerenciamento de resíduos. Má gestão financeira e precificação,

especialmente de serviços. Escassez de informação sobre atualizações

técnicas e de novos equipamentos. Mão de obra de menor especialização pouco

qualificada e de alta rotatividade em alguns segmentos.

Informalidade muito elevada.

c. Oportunidades (Opportunities) d. Ameaças (Threats)

Am

bie

nte

Ext

ern

o

Fortalecimento das ligações entre lideranças formais e instituições de representação de classes.

Integração entre grandes construtoras e empreiteiras e os pequenos negócios.

Aproximação entre agentes da Cadeia de Valor por meio de eventos setoriais.

Integração entre prestadores de serviços técnicos especializados e de suporte.

Mapeamento de demandas locais para oferta de produtos e serviços que as atendam.

Estoque atual de imóveis novos elevado. Crise econômica acentuada pela incerteza

reduzindo a renda das famílias e o consumo. Sistema tributário elevando preços de

serviços especializados. Crédito caro e escasso, tanto para o setor

produtivo, como para a demanda. Logística complexa e cara.

Fonte: Elaboração dos autores, a partir das entrevistas, pesquisa de dados secundários e análise da conjuntura econômica (2016).

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a. Forças

As forças desta Cadeia de Valor estão apresentadas no primeiro quadrante da matriz, representando suas aptidões mais fortes e suas vantagens competitivas. Destacam-se como forças:

A grande diversificação de atividades correlacionadas desta Cadeia de Valor, principalmente nas diversas segmentações que podem ser trabalhadas, agregando valor à cadeia.

Esta cadeia, como já mencionado, detém uma contribuição muito importante para a economia pernambucana, gerando valor adicionado ao PIB do estado, renda para as famílias envolvidas no setor e diversos empregos diretos e indiretos.

Vale a pena mencionar o fato de que os serviços e produtos da Cadeia de Valor da Construção Civil apresentam um alto valor agregado, resultando em uma importante vantagem competitiva para a cadeia.

A Região Nordeste detém um dos maiores déficits habitacional no Brasil, constituindo-se num potencial de expansão da demanda local e regional para produtos e serviços desta Cadeia de Valor. Pode-se investir no segmento sabendo que há potencial para ampliação da demanda no futuro.

Por fim, merece destaque como força desta Cadeia de Valor, a alta qualificação e competência dos prestadores de serviços técnicos especializados.

b. Fraquezas

As fraquezas no segundo quadrante e indicam as aptidões que inexistem ou são de baixa qualidade, atrapalhando o amplo desenvolvimento da Cadeia de Valor, baseando-se na sua organização interna. Foram identificados como principais fraquezas os seguintes pontos:

O gerenciamento de resíduos é ineficaz e traz problemas ambientais para a Cadeia de Valor.

Aliado a isto, a escassez de informações passadas em atualizações técnicas e a alta rotatividade da mão de obra pouco qualificada que se envolve no processo produtivo de construção nesta Cadeia de Valor contribuem ainda mais para o problema do gerenciamento de resíduos.

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Outras fraquezas na organização Interna são concomitantes e interligadas: muitas das empresas têm uma má gestão financeira do negócio, precificam mal e terminam-se obrigadas a continuar na informalidade.

c. Oportunidades

As oportunidades desta Cadeia de Valor podem ser apresentadas no terceiro quadrante da matriz e representam fatores externos que influenciam positivamente os seus pequenos negócios. Não existe um controle direto sobre estes fatores que podem ocorrer de diversas formas e serem oriundos de outros atores econômicos. Dessa forma, as principais oportunidades são:

Há uma predisposição para o fortalecimento das ligações entre lideranças formais e instituições de representação de classes, podendo gerar novos negócios.

Ao mesmo tempo, estas ligações podem trazer uma maior integração entre grandes construtoras e empreiteiras e os pequenos negócios.

Vislumbra-se, também, uma possibilidade de aproximação entre agentes da Cadeia de Valor através de eventos setoriais;

O mercado atualmente pode beneficiar-se de uma maior integração entre prestadores de serviços técnicos especializados e de suporte, gerando valor agregado para os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Construção Civil.

O mercado local detém muitos pequenos negócios que podem atender às grandes empreiteiras e construtoras, podendo se realizar um mapeamento da demanda local para oferta de produtos e serviços que a atendam.

d. Ameaças

Ao contrário das oportunidades, as ameaças são fatores externos que influenciam negativamente a Cadeia de Valor da Construção Civil e seus pequenos negócios.

A crise econômica atual fez com que o estoque de imóveis novos se mantenha muito elevado, diminuindo a atividade econômica deste setor consideravelmente.

A incerteza na economia está influenciando o consumo, gerando desemprego e queda na renda das famílias. Aliado a isso, decisões de consumo com prazos de financiamento longos, como a compra financiada de imóveis, estão sendo postergadas.

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A carga tributária está muito elevada, dificultando a formalização de muitos prestadores de serviços e sua atuação no mercado.

O crédito, grande mola propulsora deste setor, está caro e escasso, dificultando aumentos na demanda. O crédito mais caro está afetando não somente o consumidor final, mas também o setor produtivo.

A Logística da construção civil é muito cara e complexa, dificultando a competitividade deste setor.

Importante reforçar a necessidade de compreender, de “ler” o ambiente externo sob os aspectos setoriais e sistêmicos. Algumas oportunidades e ameaças podem ser aproveitadas e resolvidas no ambiente setorial, onde é beneficiado o coletivo de empresas, por exemplo, com o suporte de entidades de representação empresarial e de classe, associações e cooperativas, entre outras. Já outras oportunidades e, principalmente, ameaças, precisam ser tratadas num aspecto mais abrangente no que tange o envolvimento de órgãos públicos e privados, exigindo uma análise de ambiente externo sistêmico.

A análise do alcance desses ambientes e, como consequência, dos impactos de intervenções direcionadas ao ambiente setorial ou sistêmico é importante para definir que tipos de ações e – fundamental – respectivas parcerias institucionais precisam ser conquistadas.

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3. Diretrizes e recomendações para melhoria da interação dos pequenos negócios na Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife

Para a construção das diretrizes de atuação na Cadeia de Valor da Construção Civil, optou-se por adotar um escopo metodológico simples e objetivo, de modo a permitir maior compreensão e potencial difusão do estudo para o maior número de pequenos negócios e parceiros possível. Assim, considerou-se um conjunto de diretrizes e respectivos subconjuntos de recomendações específicas e assertivas para abordagem de melhoria da competitividade e integração da Cadeia de Valor em questão.

As entrevistas e pesquisas realizadas, bem como o conhecimento adquirido pelo SEBRAE Pernambuco ao longo dos anos em projetos de diversos segmentos componentes da Cadeia de Valor da Construção Civil auxiliaram na compreensão da atual realidade dos pequenos negócios. Mais ainda, permitiram a elaboração de recomendações de atuação para o SEBRAE e outros agentes importantes para melhorar a competitividade dos seus principais segmentos. As recomendações foram categorizadas de acordo com o ambiente potencialmente mais impactado, como segue:

Impacto no Ambiente Empresarial Essas recomendações e ações delas decorrentes são voltadas diretamente para as empresas da Cadeia de Valor, eventualmente envolvendo algum parceiro institucional. No entanto, são as empresas as principais impactadas pelos resultados advindos de tais ações.

Impacto no Ambiente Setorial Essas recomendações e ações a partir delas são organizadas pelo SEBRAE e parceiros institucionais, sendo direcionadas a coletivos de empresas, representações setoriais e suas lideranças, podendo envolver ações de fomento ao desenvolvimento de novas associações, bem como a criação de condições para o aprimoramento da representação setorial já existente, dentre outras.

Impacto no Ambiente Sistêmico As recomendações e ações que impactam o ambiente sistêmico são bastante abrangentes para serem desenvolvidas somente com empresas e/ou associações. Elas são indicadas e desenvolvidas para que o SEBRAE articule-se com instituições dos setores público e privado que formulam legislações, códigos de conduta, dentre outras mudanças sistêmicas para cada Cadeia de Valor.

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Por fim, foram priorizadas 14 diretrizes, com um total de total de 42 recomendações para atuação na Cadeia de Valor da Construção Civil. Importante ressaltar que elas podem impactar um ou mais ambientes, seja ele empresarial, setorial ou sistêmico. Esse ambiente de impacto orienta, principalmente, as parcerias institucionais que serão necessárias para atuação assertiva de todos, visando reduzir as lacunas de desenvolvimento da Cadeia de Valor da Construção Civil na Região Metropolitana do Recife.

3.1. Fortalecimento da relevância dos serviços técnicos especializados de projeto na Cadeia de Valor da Construção Civil no território

Contexto: A pouca valorização por parte do consumidor dos serviços técnicos especializados é uma constante no segmento, sendo prática histórica de mercado. Esses serviços são feitos por meio de escritórios informais que quase nunca são demandados a gerar nota fiscal para entregar seus projetos, principalmente aos clientes com personalidade física. Isso reforça ainda mais a percepção de subvalorização do serviço, refletindo inclusive no conhecimento formal das características do segmento. Ainda, poucos profissionais sabem que desde 1º de janeiro de 2015 a atividade pode aderir ao Simples Nacional, facilitando assim a sua formalização.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Criar programas de incentivo à formalização dos escritórios de projetos, e difusão dos regimes tributários aplicáveis ao segmento de projetos (Simples, Lucro Presumido, Profissional Liberal, Lucro Real) e suas adequações a cada caso.

Capacitar às lideranças empresariais para trabalharem em prol da integração das atividades da Cadeia de Valor.

Promover campanhas de divulgação a importância dos serviços de arquitetura em novos pequenos empreendimentos, reformas e outros serviços relacionados.

Principais parcerias institucionais: Conselhos e Associações de Classe, SEBRAE, SESCAP PE, SINAENCO, Governo do Estado de Pernambuco, Jucepe.

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3.2. Identificação e otimização dos mecanismos e sistemas de gestão financeira e precificação dos serviços de projetos (arquitetura, urbanismo, paisagismo, engenharia, instalações etc.) e serviços de suporte (pintura, elétrica, gesso, etc.)

Contexto: Dentre as diversas opções para a definição do valor de um projeto ou serviço, há muita confusão sobre como escolher a metodologia de cálculo e, em um segundo momento, como executá-la. Cálculos mal feitos podem causar prejuízos, se subestimados, ou levar a perda do contrato, quando acima da expectativa do cliente. Tomando-se como exemplos projetos de arquitetura e urbanismo, pode-se relatar que no ano de 2012 o SEBRAE Nacional realizou um estudo abordando sugestões de melhoria para o segmento em âmbito nacional. O estudo revelou a grande necessidade de profissionalização desse segmento, inclusive em relação à gestão financeira e precificação de serviços, mas as ações não tiveram continuidade. Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) informa, o método de cobrança mais adotado é por metro quadrado de construção; outro mecanismo adotado é a tabela de honorários do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Ainda relacionado a esses projetos, a prática de recebimento da chamada “reserva técnica” (comissões sobre a venda de produtos como móveis e revestimentos), associada a uma divergência de formas de composição de preços, muitas vezes proporciona concorrência desleal, onde o preço do projeto ou serviço passa a ser a questão menos relevante nas decisões sobre a contratação.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Estimular as empresas para criação de planos de gerenciamento financeiro que as auxiliem na organização do seu fluxo de caixa, contas a pagar e a receber, gestão de estoque, e planos de investimentos, entre outros aspectos relacionados à saúde financeira da empresa.

Promover capacitações, consultorias e orientações em gestão financeira, com conteúdos específicos para cada segmento, em parcerias com outras instituições, que abordem a precificação dos produtos, gestão financeira e o controle do fluxo de caixa, com disciplinas que contemplem conteúdos que nivelem os empresários.

Prospectar sistemas gerenciais específicos para o negócio já disponíveis no mercado (por exemplo, sob a forma de aplicativos de celular), bem como formar grupos para desenvolvimento e compras conjuntas dessas ferramentas.

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Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, SEBRAE, SENAC, CESAR, Porto Digital, instituições de pesquisa e consultores parceiros.

3.3. Fortalecimento da integração entre as lideranças formais e instituições de representação de classe da Cadeia de Valor

Contexto: Sindicatos e associações representam grande força para as atividades econômicas da Cadeia de Valor. Configuram importantes organismos de articulação, fiscalização e de fomento ao crescimento, além de ter representatividade reconhecida pelos associados. Porém, é necessário fomentar a participação mais ativa dos pequenos negócios nesses espaços de representação institucional, porque muitas vezes apresenta uma pauta com ênfase para as médias e grandes empresas.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Estimular fóruns de debates, com os sindicatos e outras entidades afins que compõem a Cadeia de Valor para discutir interesses em comum voltados aos pequenos negócios.

Integrar os diversos portes de empresas (MEI, ME e EPP) para construção de uma pauta constante de ações sobre oportunidades de negócios e gargalos enfrentados pelo setor.

Capacitar às lideranças empresariais para trabalharem em prol da integração dos pequenos negócios da Cadeia de Valor.

Principais parcerias institucionais: Sinduscon, Sindipedra, Ademi, demais associações e sindicatos de classe, Federações, SEBRAE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco.

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3.4. Fomento para maior interação entre grandes construtoras e empreiteiras, e os pequenos negócios da Cadeia de Valor

Contexto: Pelo alto valor agregado dos produtos comercializados pelas construtoras, elas representam 65,2% do faturamento total da cadeia de valor, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A Composição da cadeia produtiva da construção é dependente, portanto, das grandes construtoras no mercado, flutuando economicamente de acordo com a correspondente flutuação de valor de mercado dessas incorporadoras. A maioria dos entrevistados relatou que os parceiros preferenciais das construtoras são definidos muitas vezes pela relação que possuem, fazendo com que outras empresas tenham dificuldades em encontrar oportunidades de apresentar seus serviços, até mesmo para apresentar orçamentos.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Estimular a cultura da cooperação e a atuação consorciada dos pequenos negócios, objetivando a oferta de diversos serviços por um valor competitivo.

Criar mecanismos e ferramentas de busca de fornecedores por meio do fornecimento de listas pré-definidas, contendo informações necessárias para o contato.

Promover capacitações, cursos e consultorias sobre qualidade na oferta do serviço prestado, (organização, precificação e apresentação de propostas, entre outros).

Principais parcerias institucionais: Sinduscon, Sindipedra, Ademi, CAU, IAB, CREA, SINAENCO, demais associações e sindicatos, SEBRAE.

3.5. Intensificação das capacitações dos pequenos negócios para processos licitatórios da Administração Pública

Contexto: Existe uma alta demanda das prefeituras e órgãos públicos, sobretudo, por processos de licitação para manutenções e reparos dos ativos públicos de forma constante. Porém, poucas empresas conseguem se candidatar na prestação dos serviços por não

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possuírem capacitação técnica especializada voltada para o entendimento sobre as peculiaridades dos contratos realizados com a administração pública. Importante ressaltar que as empresas optantes pelo Simples possuem prioridade nas licitações até o valor de R$80.000,00.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Promover cursos, seminários, palestras e consultorias nas diversas modalidades de compras públicas prioritárias para os pequenos negócios (concorrência, tomada de preços, convite, pregão, registro relacionados aos processos licitatórios, etc.).

Flexibilizar os horários dos cursos para que haja mais interesse da participação dos empresários.

Atuar junto aos órgãos contratantes para melhor divulgação e maior simplificação da linguagem dos processos licitatórios, de modo a potencializar a efetiva participação e acesso dos pequenos negócios às compras públicas.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, Sinduscon, Associações Empresariais, FIEPE, FECOMÉRCIO, secretarias municipais e estadual de administração e finanças, demais entes públicos.

3.6. Incremento da participação do SEBRAE Pernambuco em eventos relacionados à Cadeia de Valor.

Contexto: A relação do SEBRAE com a Cadeia de Valor da Construção Civil é referida como importante, principalmente na participação dos eventos de maior porte, como o Salão Imobiliário. A representatividade da Instituição nessas mostras faz com que o mercado reconheça a importância da participação dos pequenos negócios nos principais mecanismos de exposição do setor. Empresas menores são periféricas nessa Cadeia de Valor e, portanto, o mercado ainda as classifica como secundárias. A pouca articulação entre as empresas de construção civil de interesse do SEBRAE é um ponto de atenção, fazendo com que praticamente não participem das feiras voltadas para suas atividades, por não enxergarem propósitos na participação dessas.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Estimular a participação em feiras, exposições, workshops voltados para os pequenos empreendimentos.

Promover debates voltados para o desenvolvimento dos pequenos negócios da Cadeia de Valor juntamente com, sindicatos, organizações empresariais, empresários, governo estadual e municipais, e instituições de apoio, difundindo ideias e argumentos de diferentes pontos de vista.

Prospectar novas formas de realização de eventos de integração dos pequenos negócios da Cadeia de Valor da Construção Civil.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, Sinduscon, Ademi, Sintepav, Sindipedra, CAU, CREA, SINAENCO, Associações Empresariais, FIEPE e FECOMÉRCIO.

3.7. Difusão de processos e procedimentos inovadores realizados pelas médias e grandes empresas, com potencial de adaptação e replicação para o pequeno negócio

Contexto: Empresas de grande porte investem massivamente em pesquisa e desenvolvimento, inovação tecnológica, desenvolvimento de novas máquinas e equipamentos, beneficiamento de ferramentas já existentes na construção e otimização dos procedimentos utilizados pelos colaboradores para redução do tempo de obra. Os pequenos negócios, muitas vezes, deixam de fazer tais investimentos.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Identificar temas e respectivos profissionais especializados, com experiência prática nas médias e grandes empresas a fim de replicar o conhecimento para os pequenos negócios da Cadeia de Valor.

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Construir novas metodologias considerando os temas de inovação na Cadeia de Valor da Construção Civil, entendendo os níveis de complexidade e aplicabilidade dos procedimentos utilizados pelas médias e grandes empresas, e prioridades para replicação.

Difundir os conhecimentos por meio de capacitações (seminários, cursos, oficinas, etc.) para os pequenos negócios da Cadeia de Valor, utilizando os especialistas identificados.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, SEBRAE, Conselhos de Classe.

3.8. Promoção de ações de formalização dos pequenos negócios da Cadeia de Valor da Construção Civil

Contexto: Sabe-se que a informalidade é uma característica inerente aos negócios inseridos na Cadeia de Valor da Construção Civil. Segmentos ligados à pintura, limpeza, manutenção, reparo, instalações diversas, escritórios de projetos e outros, podem ser encontrados em grande quantidade como ofertantes de negócios informais. Justificativas sobre a mortalidade de empresas nessas atividades econômicas, nos últimos anos, podem ser atribuídas, em grande parte, à concorrência desleal do mercado informal. Como se trata de um universo de mais de 6 mil empresas, o grau de complexidade se torna ainda maior.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Aumentar as ações de fiscalização e os canais de denúncia relacionados à informalidade pelos órgãos competentes.

Promover campanhas e outras ações de incentivo à formalização, juntamente com apoio ao atendimento às normas técnicas específicas para as empresas de segmentos diversos.

Promover ações de comunicação voltadas para as empresas informais, divulgando os benefícios da formalização.

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Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Conselhos de Classe, SEBRAE, Jucepe, Secretarias Estaduais de Desenvolvimento Econômico e da Fazenda, demais órgãos e secretarias estaduais e municipais correlatas.

3.9. Estimulo à integração dos serviços técnicos especializados (projetistas de arquitetura, engenharia, design, instalações, etc.) e os serviços de suporte (eletricista, encanador, marceneiro, pedreiro, pintor, gesseiro, etc.) da Cadeia de Valor

Contexto: O fortalecimento da Cadeia de Valor da Construção Civil deve ser enfatizado a partir das interações entre os diversos agentes envolvidos em tal cadeia. Levantamentos feitos com representantes da Cadeia de Valor indicam que há um descompasso entre prestadores de serviços muito especializados e aqueles que oferecem serviços de execução física de projetos desenvolvidos. Este já referido descompasso precisa ser atenuado com ações que aproximem os prestadores de serviços, trazendo mais eficiência e agregação de valor à Cadeia de Valor.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Fomentar a diversificação da carteira e criação de novos serviços oferecidos pelos pequenos negócios por meio do estabelecimento de parcerias comerciais entre empresas de segmentos complementares.

Melhorar o atendimento das empresas de serviços técnicos e serviços de suporte aos clientes, de pessoa física e outras pequenas demandas.

Qualificar a presença digital para oportunidades de negócios e funcionamento do mercado da Construção Civil na internet (mídias sociais, sites de busca de serviços, etc.), aumentando os canais de relacionamento com o cliente.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, SENAC, Associações e Sindicatos.

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3.10. Discussão da dinâmica da logística da Região Metropolitana do Recife

Contexto: Entre os diversos gargalos que ameaçam a dinâmica da economia da RMR, a logística é certamente um dos mais graves. A BR-101 é a principal via de acesso do Estado para transporte de cargas oriundas de outros estados fornecedores, porém possui vários entraves que aumentam os custos dos insumos e produtos, sendo repassados ao consumidor, em última instância. Como pontos negativos, destacam-se a má conservação da pista, o adensamento populacional no seu entorno, o grande tráfego de transporte público e de carros particulares que fazem o trajeto de ida e volta para casa. Estima-se aumento em 20% no custo do frete para as cidades da RMR, através da BR-101. O Governo Federal, de forma consorciada, anunciou a construção do Arco Metropolitano do Recife – alternativa para ligar os municípios de Goiana, na Mata Norte, ao Cabo de Santo Agostinho, porém desde o anúncio da execução (2013) não há indícios de início das obras.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Promover encontros, debates e outras formas de discussões sobre vantagens e oportunidades da compra coletiva de insumos, reduzindo os custos (Ex: frete e ganhos de escala na compra).

Promover encontros de interação comercial entre os pequenos negócios do território com intuito de criar redes de comercialização.

Atuar junto a órgãos públicos responsáveis pelas infraestruturas físicas de mobilidade e logística (Ex: estradas, ferrovias, centrais de distribuição e logísticas), com o suporte de Associações, Sindicatos, Conselhos de Classe e outras entidades empresariais para viabilização de propostas de melhoria dos acessos do território.

Parcerias institucionais: SEBRAE, Governo do Estado de Pernambuco, Dnit, Associações e Sindicatos, CPRH, Governo Federal.

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3.11. Mapeamento constante das demandas de consumo no território

Contexto: A dinâmica econômica determina, muitas vezes, o índice de sobrevivência dos pequenos negócios. É preciso entender a demanda local para ofertar os produtos de forma coerente, evitando custos com insumos que não geram receitas suficientes para o funcionamento da empresa. Pequenos negócios dos segmentos de material de construção, luminárias, tintas, papéis de parede, cortinas e persianas, e outros produtos similares possuem custos elevados com produtos para revenda, o que faz com que necessitem ser assertivos na oferta dos produtos.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Realizar estudos prospectivos periódicos dos perfis de consumo local com o suporte de instituições de educação e pesquisa.

Difundir, por meio de seminários, oficinas e debates empresariais, os resultados das pesquisas e seus impactos em questões como custos com mercadoria vendida, gestão de vendas, gestão de estoque, mudanças nos modelos de negócios existentes, e outros relacionados.

Capacitar os pequenos negócios para ofertar produtos e serviços que atendam às demandas dos perfis de consumo local, inclusive criando mecanismos de avaliação de satisfação do consumidor.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, Governo do Estado de Pernambuco, Dnit, SESI, FIEPE, Associações e Sindicatos, Governo Federal.

3.12. Fomento à criação de associações para defesa e coordenação dos interesses econômicos do varejo da Cadeia de Valor da Construção Civil

Contexto: O comércio varejista e a indústria de materiais representam quase 22% do faturamento total desta Cadeia de Valor no Brasil, segundo dados da CBIC. O comércio varejista representa mais de 26% do total de empresas optantes pelo Simples Nacional na

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Cadeia de Valor da Construção Civil da RMR, contudo, não há um sindicato que consiga representar diretamente a classe. Como exemplo de sucesso na cidade de São Paulo, o SINCOMAVI (Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Maquinismos, Ferragens, Tintas, Louças e Vidros) representa legalmente todas as empresas dos segmentos citados em todas as cidades da Região Metropolitana da Cidade de São Paulo, agregando todas essas atividades econômicas através de fóruns, comitês, feiras, além de estreitar o relacionamento com os fornecedores.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Estudar, juntamente com as lideranças dos segmentos, a viabilidade da criação de uma instância de representação que consiga agregar as atividades econômicas do comércio varejista e indústrias de pequeno porte da Construção Civil da RMR.

Mapear e difundir mecanismos e ferramentas existentes que propiciem a ação coordenada dos interesses econômicos do varejo da Construção Civil (ex. aplicativos de localização de lojas, portais de empregos, etc.).

Capacitar lideranças empresariais do varejo da Construção Civil e de órgãos de classe e associações empresariais de outros segmentos da Cadeia de Valor para fomentar a integração e parcerias comerciais.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, Fecomércio/PE, Governo do Estado de Pernambuco, SESI, FIEPE, CDL.

3.13. Fortalecimento de parcerias entre pequenos negócios e instituições de classe para beneficiar a representação em feiras

Contexto: O SEBRAE, em anos anteriores, já firmou parcerias com o SIMMEPE (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco) para oferecer descontos nas inscrições de pequenos negócios em feiras estaduais e regionais. Da mesma forma, a instituição já consolidou parcerias com a SINDUGESSO (Sindicato da Indústria do Gesso) e a Associação Nacional dos Fabricantes e Comerciantes

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de Gesso, mas sem histórico de continuidade. Essas instituições são de extrema importância, identificando gargalos e oportunidades.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Atuar junto a sindicatos, associações, conselhos e órgãos de classe da Cadeia de Valor que organizam eventos específicos para oferecer tratamento diferenciado (descontos, agilidade na inscrição, etc.) aos pequenos negócios em feiras como, por exemplo, a Mecânica Nordeste (Feira da Indústria Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco).

Atuar, junto a entidades organizadoras, para a ampliação dos espaços voltados para os pequenos negócios da Cadeia de Valor dentro das grandes feiras e eventos com cursos, rodadas de negócios, capacitações.

Firmar parcerias com sindicatos e associações de fabricação e comercialização de produtos para organização de feiras, oficinas, treinamentos em vendas e outros específicos para os pequenos negócios da Cadeia de Valor.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Entidades de Classe, SEBRAE.

3.14. Realização de pesquisa quantitativa anual junto às empresas da Cadeia de Valor da Construção Civil

Contexto: Com base em estudos e entrevistas anteriores, identificou-se a necessidade de realizar pesquisa quantitativa para atualização e ampliação dos padrões de oferta e demanda dos pequenos negócios no território. Aspectos mercadológicos, institucionais, organizacionais e de inovação precisam estar sempre sendo caracterizados para permitir a maior assertividade dos diversos agentes que atuam para o desenvolvimento da Cadeia de Valor da Construção Civil.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Realizar pesquisa com aplicação de questionários padronizados junto a empresas da Cadeia de Valor, com amostragem de confiabilidade de 90% do total de pequenos negócios da Cadeia no território, preferencialmente no segundo semestre do ano corrente.

Tratar dados, analisar e divulgar os resultados obtidos na pesquisa quantitativa junto a parceiros institucionais e empresas da Cadeia de Valor.

A partir dos resultados, reorientar atuação das instituições na Cadeia de Valor da Construção Civil.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Federações e SEBRAE.

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4. Considerações finais

O presente estudo da Cadeia de Valor da Construção Civil indica evidencia sua grande complexidade e diversificação na economia pernambucana, sendo suas atividades econômicas bastante interligadas. Isto se deve ao fato de que o mercado pernambucano é muito desenvolvido, com tecnologias de ponta e boa variedade de prestadores de serviços que complementam a Cadeia de Valor.

Esta atividade é muito representativa na economia pernambucana em geração de valor, renda e emprego. Teve um desenvolvimento acelerado, nos últimos anos, devido ao momento oportuno que a economia local passou com investimentos estruturadores nas Matas Sul e Norte do Estado de Pernambuco.

Os produtos e serviços ofertados na Cadeia de Valor da Construção Civil possuem alto valor agregado e uma demanda interna forte ainda não atendida. Para atender esta demanda, oportunidades existem para a integração entre diversos agentes desta Cadeia de Valor: lideranças formais e instituições de representação de classes, grandes construtoras e pequenos negócios, prestadores de serviços técnicos especializados e de suporte, entre outros. O seja, agentes da Cadeia de Valor em geral podem ter benefícios oriundos de uma maior interação.

Por outro lado, o estudo também apresenta que problemas internos à Cadeia de Valor precisam ser resolvidos. Como exemplo de grande importância, a gestão de resíduos ainda é uma questão de muita gravidade. A gestão financeira de muitos dos pequenos negócios da Construção Civil é precária, trazendo problemas, inclusive, na precificação de serviços, principalmente. A informalidade é uma das responsáveis por esta má gestão financeira. Além disso, destaca-se que, tecnologicamente, melhorias podem ser obtidas quanto à qualificação da mão de obra e no que tange a escassez de atualizações técnicas e de novos equipamentos.

Em que pese o forte desenvolvimento experimentado nos anos recentes, a crise econômica atual fez com que o estoque de imóveis novos se elevasse bastante no último ano, trazendo uma forte desaceleração dos lançamentos de novos projetos e, principalmente, do ritmo e nível de produção dos projetos já existentes.

Por outro lado, essa crise tem consequências sobre a renda das famílias, trazendo, também, reduções no consumo de produtos e serviços relacionados à Cadeia de Valor. As famílias

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estão procurando evitar consumo de produtos que tenham um financiamento de longo prazo, pois a incerteza de manutenção de seus empregos é alta e o crédito está com um custo elevado. É Importante destacar, porém, que muitas ações precisam ser desenvolvidas, a exemplo das diretrizes que foram listadas neste estudo, para que gargalos e problemas da Cadeia de Valor venham a ser resolvidos.

Por fim, ao apresentar esse estudo analítico e prospectivo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Construção Civil da Região Metropolitana do Recife (RMR), o SEBRAE Pernambuco tem a satisfação de contribuir aqui com o objetivo institucional de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios.

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5. Referências

Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção – ABRAMAT. Perfil da Cadeia Produtiva da Construção e da Indústria de Materiais e Equipamentos – 2015. <http://www.abramat.org.br>. Acesso em Março, 2016.

Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC. Boletim Estatístico – CBIC. Várias Edições. <http://www.cbic.org.br>. Acesso em Março, 2016.

Instituto Brasileiro de Economia – FGV IBRE. Índice de Confiança do Consumidor. <http://portalibre.fgv.br>. Acesso em Março, 2016.

Kotler, Philip e Keller, Kevin Lane. Administração de Marketing. Ed. 14. Pearson Education, 2012.

Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), <https://caged.maisemprego.mte.gov.br/portalcaged/paginas/home/home.xhtml>. Acesso em Março, 2016.

Portal Administração. Análise SWOT Conceito e Aplicação. <http://www.portal-administracao.com/2014/01/analise-swot-conceito-e-aplicacao.html>. Acesso em Abril, 2016.

Porter, M.E. Vantagem Competitiva. Criando e Sustentando um Desempenho Maior. Ed. Campus, 27ª. Ed. 1989.

Receita Federal do Brasil. Estatísticas do SIMPLES Nacional. <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Aplicacoes/ATBHE/estatisticasSinac.app/>. Acesso em Março, 2016.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Arranjo Produtivo Local – Série Empreendimentos Coletivos. <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Arranjo-produtivo-local-%E2%80%93-S%C3%A9rie-Empreendimentos-Coletivos>. Acesso em Abril, 2016

___________________. Programa Nacional de Encadeamento Produtivo. <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/Programa-Nacional-de-Encadeamento-Produtivo>. Acesso em Abril, 2016.

___________________. ENCADEAR. Fórum de Encadeamento Produtivo. Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas. <http://www.encadearsebrae.com.br/Apresentacao.asp>. Acesso em Abril, 2016.

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APÊNDICES

Apêndice I - Relação, quantidades e descrição dos CNAE que compõem a Cadeia de Valor da Construção Civil na Região Metropolitana do Recife, por camada de agregação de valor, em março de 2016.

Apêndice II - Cartografia da distribuição espacial dos pequenos negócios da Cadeia de Valor da Construção Civil em Pernambuco (totais por município, e totais por camadas de agregação de valor), onde:

Mapa 1: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas na Cadeia de Valor da Construção Civil

Mapa 2: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Produção de Matéria-prima na Cadeia de Valor da Construção Civil

Mapa 3: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Beneficiamento na Cadeia de Valor da Construção Civil

Mapa 4: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Distribuição na Cadeia de Valor da Construção Civil

Mapa 5: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Comercialização na Cadeia de Valor da Construção Civil

Mapa 6: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Prestação de Serviços na Cadeia de Valor da Construção Civil

Apêndice III - Questionário para aplicação com pequenos negócios da Cadeia de Valor da Construção Civil.

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CNAE QUE COMPÕEM A CADEIA DE VALOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA REGIÃO

METROPOLITANA DO RECIFE, POR CAMADA DE AGREGAÇÃO DE VALOR, EM MARÇO DE 2016.

1 – PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Extração de areia, cascalho ou pedregulho e beneficiamento associado 810006 13

Extração de argila e beneficiamento associado 810007 1

Extração de calcário e dolomita e beneficiamento associado 810004 1

Extração de granito e beneficiamento associado 810002 1

Extração e britamento de pedras e outros materiais para construção e beneficiamento associado

810099 9

TOTAL 5 CNAE 25

2 – BENEFICIAMENTO

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Aparelhamento de pedras para construção, exceto associado à extração 2391502 8

Aparelhamento de placas e execução de trabalhos em mármore, granito, ardósia e outras pedras

2391503 138

Britamento de pedras, exceto associado à extração 2391501 4

Construção de edifícios 4120400 622

Construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica 4221902 7

Construção de estações e redes de telecomunicações 4221904 15

Construção de instalações esportivas e recreativas 4299501 1

Construção de obras-de-arte especiais 4212000 2

Construção de redes de abastecimento de água, coleta de esgoto e construções correlatas, exceto obras de irrigação

4222701 14

Construção de rodovias e ferrovias 4211101 8

Decoração, lapidação, gravação, vitrificação e outros trabalhos em cerâmica, louça, vidro e cristal

2399101 28

Fabricação de artefatos de cerâmica e barro cozido para uso na construção, exceto azulejos e pisos

2342702 9

Fabricação de artefatos de cimento para uso na construção 2330302 38

Fabricação de artefatos de fibrocimento para uso na construção 2330303 2

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Fabricação de artefatos diversos de madeira, exceto móveis 1629301 291

Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias 2542000 1074

Fabricação de artigos de vidro 2319200 43

Fabricação de azulejos e pisos 2342701 1

Fabricação de cal e gesso 2392300 3

Fabricação de casas de madeira pré-fabricadas 1622601 1

Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações industriais e comerciais

1622602 12

Fabricação de esquadrias de metal 2512800 233

Fabricação de estruturas metálicas 2511000 58

Fabricação de estruturas pré-moldadas de concreto armado, em série e sob encomenda 2330301 50

Fabricação de ferramentas 2543800 34

Fabricação de luminárias e outros equipamentos de iluminação 2740602 15

Fabricação de madeira laminada e de chapas de madeira compensada, prensada e aglomerada

1621800 1

Fabricação de máquinas e equipamentos para saneamento básico e ambiental, peças e acessórios

2825900 3

Fabricação de máquinas e equipamentos para terraplenagem, pavimentação e construção, peças e acessórios, exceto tratores

2854200 1

Fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de pessoas, peças e acessórios

2822401 6

Fabricação de móveis com predominância de madeira 3101200 1363

Fabricação de móveis com predominância de metal 3102100 50

Fabricação de móveis de outros materiais, exceto madeira e metal 3103900 39

Fabricação de outros artefatos e produtos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes

2330399 103

Fabricação de outros artigos de carpintaria para construção 1622699 54

Fabricação de produtos cerâmicos não-refratários não especificados anteriormente 2349499 61

Fabricação de produtos cerâmicos refratários 2341900 2

Incorporação de empreendimentos imobiliários 4110700 3

Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos de terraplenagem, pavimentação e construção, exceto tratores

3314717 3

Obras de alvenaria 4399103 2191

Obras de fundações 4391600 20

Obras de montagem industrial 4292802 11

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Obras de urbanização - ruas, praças e calçadas 4213800 39

Outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente 4299599 62

Perfuração e construção de poços de água 4399105 27

Preparação de massa de concreto e argamassa para construção 2330305 10

Serrarias com desdobramento de madeira 1610201 7

Serviços de usinagem, tornearia e solda 2539001 227

Usinas de compostagem 3839401 2

TOTAL 49 CNAE 6.996

3 – DISTRIBUIÇÃO

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Comércio atacadista de artigos de tapeçaria; persianas e cortinas 4649405 2

Comércio atacadista de cimento 4674500 6

Comércio atacadista de lustres, luminárias e abajures 4649406 9

Comércio atacadista de mármores e granitos 4679602 15

Comércio atacadista de materiais de construção em geral 4679699 120

Comércio atacadista de móveis e artigos de colchoaria 4649404 30

Comércio atacadista de vidros, espelhos e vitrais 4679603 12

TOTAL 7 CNAE 194

4 – COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS ACABADOS

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Comércio varejista de antiguidades 4785701 18

Comércio varejista de cal, areia, pedra britada, tijolos e telhas 4744004 122

Comércio varejista de madeira e artefatos 4744002 167

Comércio varejista de materiais de construção em geral 4744099 2.006

Comércio varejista de materiais hidráulicos 4744003 59

Comércio varejista de móveis 4754701 1.041

Comércio varejista de pedras para revestimento 4744006 22

Comércio varejista de tintas e materiais para pintura 4741500 106

Comércio varejista de vidros 4743100 275

TOTAL 9 CNAE 3.816

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5 – SERVIÇOS TÉCNICOS E DE SUPORTE

DESCRIÇÃO CNAE N.P.N.

Administração de obras 4399101 1

Aluguel de imóveis próprios 6810202 4

Aluguel de máquinas e equipamentos para escritório 7733100 69

Atividades relacionadas a esgoto, exceto a gestão de redes 3702900 20

Atividades técnicas relacionadas à engenharia e arquitetura não especificadas anteriormente

7119799 7

Captação, tratamento e distribuição de água 3600601 1

Coleta de resíduos perigosos 3812200 10

Compra e venda de imóveis próprios 6810201 18

Corretagem no aluguel de imóveis 6821802 14

Demolição de edifícios e outras estruturas 4311801 5

Descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos 3900500 1

Design de interiores 7410202 24

Guarda-móveis 5211702 9

Impermeabilização em obras de engenharia civil 4330401 21

Instalação de portas, janelas, tetos, divisórias e armários embutidos de qualquer material 4330402 96

Instalação e manutenção de sistemas centrais de ar condicionado, de ventilação e refrigeração

4322302 877

Instalação e manutenção elétrica 4321500 1977

Instalação, manutenção e reparação de elevadores, escadas e esteiras rolantes 4329103 138

Instalações de sistema de prevenção contra incêndio 4322303 33

Instalações hidráulicas, sanitárias e de gás 4322301 194

Manutenção de redes de distribuição de energia elétrica 4221903 5

Montagem de estruturas metálicas 4292801 46

Montagem e desmontagem de andaimes e outras estruturas temporárias 4399102 9

Montagem e instalação de sistemas e equipamentos de iluminação e sinalização em vias públicas, portos e aeroportos

4329104 12

Obras de acabamento em gesso e estuque 4330403 354

Obras de terraplenagem 4313400 54

Outras obras de acabamento da construção 4330499 227

Outras obras de instalações em construções não especificadas anteriormente 4329199 19

Perfurações e sondagens 4312600 11

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Pintura para sinalização em pistas rodoviárias e aeroportos 4211102 1

Preparação de canteiro e limpeza de terreno 4311802 2

Produção e distribuição de vapor, água quente e ar condicionado 3530100 2

Representantes comerciais e agentes do comércio de eletrodomésticos, móveis e artigos de uso doméstico

4615000 31

Restauração e conservação de lugares e prédios históricos 9102302 22

Serviços de arquitetura 7111100 71

Serviços de cartografia, topografia e geodésia 7119701 14

Serviços de desenho técnico relacionados à arquitetura e engenharia 7119703 63

Serviços de engenharia 7112000 143

Serviços de montagem de móveis de qualquer material 3329501 211

Serviços de operação e fornecimento de equipamentos para transporte e elevação de cargas e pessoas para uso em obras

4399104 15

Serviços de pintura de edifícios em geral 4330404 863

Serviços de preparação do terreno não especificados anteriormente 4319300 2

Serviços especializados para construção não especificados anteriormente 4399199 76

Testes e análises técnicas 7120100 18

TOTAL 44 CNAE 5.790

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Questionário Aplicável ao Setor de Construção Civil da Região

Metropolitana do Recife

1 - Em que cidade está localizado o seu negócio?

2 - Qual é o tipo de atividade do negócio? (Marcar ao lado e sublinhar as atividades

correspondentes)

3 - Qual o enquadramento do porte da empresa?

4 - A compra do produto para fabricação/contratação de serviços/revenda dos produtos é

feita na Região Metropolitana do Recife (Recife e entorno)?

5 - Porque compra (ou contrata) fora da Região Metropolitana do Recife? (Caso não compre

produtos ou contrate serviços na Região ou compre/contrate pouco) - Escolher uma ou mais

opções.

Recife

Jaboatão dos Guararapes

Olinda

Outro. Qual? _______________________________________________

Paulista

Alvenaria/Fabricação de móveis ou artefatos/Serralharia/Construção de edifícios/Usina, tornearia e solda

Instalação e manutenção/acabamento e reparação/arquitetura e paisagismo/pintura e revestimento/montagem de equipamentos/aluguel de máquinas e equipamentos/Corretagem

Comércio varejista/comércio atacadista

Microempreendedor Individual

Microempresa

Empresa de Pequeno Porte

Sim, totalmente. Citar Municípios: _______________________________________________________

Sim, mais da metade dos produtos/serviços. Citar Municípios: ________________________________

Sim, menos da metade dos produtos/serviços. Citar Municípios: _______________________________

Sim, mas apenas poucos produtos/serviços. Citar Municípios: _________________________________

Não, toda minha matéria prima (ou todos os meus serviços) é/são comprada(os) fora da região Metropolitana do Recife, mas em outras regiões de Pernambuco. Citar Municípios: _________________________________________________________________________________

Não, toda minha matéria prima ou todo serviço que contrato é comprado ou contratado fora de Pernambuco.

A região não possui o(s) produto(s)/serviço(s) que preciso comprar.

O preço do produto ou serviço local é elevado.

O fornecedor local não conseguiria atender a quantidade.

O produto ou serviço local é de baixa qualidade.

A entrega não é feita de forma adequada.

Outro motivo. Qual? _________________________________________________________________

Não conheço ninguém possa me fornecer o que preciso na localidade.

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6 - Compraria ou voltaria a comprar se houvesse melhoria desses fornecedores locais?

7 - Você conhece quem são seus concorrentes locais?

8 - Há trocas de informações entre Você e seus concorrentes?

9 - (Caso responda Sim na questão 8) Vocês compartilham alguns dos mesmos fornecedores?

10 - Em relação a comunicação, você acredita que no segmento da construção civil:

(Responder uma ou mais opções)

11 - Você já faz parceria ou terceiriza serviços com outros segmentos da Construção Civil?

(Marcar ao lado e sublinhar as atividades correspondentes)

Sim.

Não. Por que? ____________________________________________________________

Talvez. Por que? __________________________________________________________

Sim, todos.

Sim, alguns.

Não.

Sim, Trocamos informações sobre:

Não troco informações com meus concorrentes.

Mercado geral e local

Fornecedores

Clientes

Preço da mercadoria

Custos gerais

Outros: _______________________________________________

Sim, fornecedores da Região Metropolitana do Recife e externos.Sim, mas apenas fornecedores da Região Metropolitana do Recife.

Sim, mas apenas fornecedores externos.

Não trabalhamos com os mesmo fornecedores.

Os setores se comunicam, fazendo com que o segmento seja bem integrado

Falta atuação mais forte das associações e entidades empresariais, inclusive com ajuda dos conselhos das categorias para integração dos setores da construção civil

Eu me relaciono com meus concorrentes, inclusive trocando informações de forma frequente

Sinto que não há interação entre as pequenas empresas e as grandes empresas

A comunicação com os fornecedores e parceiros não é clara e muitas vezes há perda de informação

Outros: _____________________________________________________________________________

Não há interação entre os setores, fazendo com que o segmento não se comunique

Sim, com:

Não faço parcerias.

Marmorarias/ Serralharias/ Vidraçarias/ Serrarias/ Gessarias/ Olarias

Mobiliários/ Marceneiros/ Madeireiras

Outros: __________________________________________________________________________

Muitas vezes os clientes não entendem o que quero passar ou propô-los

Usinas/ Tornearias/ Soldagens

Distrubuição e logística/ Representações comerciais de varejo e atacado

Comercialização de produtos no varejo/ Atacado

Serviços de gestão imobiliária/ Compras e vendas imobiliárias (Corretagem)

Serviços de pintura/ instalações diversas/ restauração/ limpeza e manutenção de edifícios

Serviços de Arquitetura/ Urbanismo/ Paisagismo/ Design de interiores

Construtoras/ Incorporadoras/ Empreiteiras

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12 - Você acredita que a informalidade atrapalha seu segmento na construção civil?

13 - Você conhece as Rodadas de Negócios que o SEBRAE promove em algumas regiões com o

intuito de reunir empresários que demandam e ofertam produtos e serviços?

13.1 - (Caso respondeu Não ou Sim, mas nunca participou) Gostaria de participar?

14 - A concorrência externa à região afeta de alguma maneira o faturamento do seu negócio?

15 - Existe qualificação suficiente da mão-de-obra local?

16 - Existem órgãos que qualifiquem e certifiquem a mão-de-obra da região?

17 - Você conhece quem são seus clientes? (Escolher uma ou mais opções)

Sim, já participei.Sim, mas nunca participei.

Não.

Sim. Porquê? ________________________________________________________________________

Não, acredito que não há informalidade nas atividades do segmento.

Sim, diretamente.

Sim, mas de forma sensível.

Não afeta o meu faturamento.

Sim.

Não. Citar o(s) segmento(s) carente(s): Venda/pós-venda

Manutenção/ReparoProduçãoOutros: __________________________________________

Representação

Sim, quais? _________________________________________________________

Não.

Sim, são pessoas da região Metropolitana do Recife. Citar onde:___________________________________________________________________________

Sim, são pessoas de outras regiões do Estado ou fora do Estado. Citar onde: __________________________________________________________________________

Não conheço as características do meu cliente.

Sim.

Não.

Não, a informalidade existe, mas não afeta o rendimento do segmento.

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17.1 - (Caso responda sim na questão 17) De quais segmentos são esses clientes?

18 - De que forma Você acha que poderia ser melhor percebido pelo mercado local? (Escolher

uma ou mais opções)

19 - Você enxerga oportunidades para o desenvolvimento das atividades de Construção Civil

na Região Metropolitana do Recife?

20 - A situação política e econômica do Brasil está afetando seu negócio?

Com maior investimento em marketing local e maior exposição da minha marca nas mídias sociais.

Através de uma participação mais ativa em associações, grupos empresariais em entidades de classe, que reúnam empresas do setor

Com maior apoio do sistema S (SEBRAE, Senai e Senac) para novos cursos de inserção em vendas diretas e indiretas.

Criação de E-commerce (Vendas online).

Outros: _____________________________________________________________________________

Acredito que já sou percebido por toda população local.

Fazendo parcerias com outras empresas para ampliação de visibilidade da marca.

Sim, quais? _________________________________________________________________________

Não. Por que? _______________________________________________________________________

O preço da matéria-prima aumentou, com isso o preço dos produtos aumentaram.

O preço das demais despesas ligadas ao meu produto aumentou, com isso o preço do meu produto aumentou. Ex.: Aumento no Combustível, Luz, Água e impostos.

O meu faturamento e o de outros concorrentes diminuiu.

Funcionários foram demitidos na minha região.

Alguns negócios do mesmo setor fecharam as portas .

Outros: ____________________________________________________________________________

Marmoraria/ Serralharia/ Vidraçaria/ Serrarias/ Gessarias/ Olarias

Mobiliários/ Marceneiros/ Madeireiras

Usinas/ Tornearias/ Soldagens

Distrubuição e logística/ Representações comerciais de varejo e atacado

Comercialização de produtos no varejo/ Atacado

Serviços de gestão imobiliária/ Compras e vendas imobiliárias (Corretagem)

Serviços de pintura/ instalações Elétricas/ Instalações Hidráulicas/ restauração/ limpeza e manutençãode edifícios

Serviços de Arquitetura/ Urbanismo/ Paisagismo/ Design de interiores

Construtoras/ Incorporadoras/ Empreiteiras

Outros: __________________________________________________________________________

Melhorando meus processos internos e também o atendimento ao cliente

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