estudo das interacoes da cadeia de valor da moda acs

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MODA E CONFECÇÃO NO ACS Estudo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional Alexandre Rodrigues Alves Ecio de Farias Costa Evelyne Labanca Corrêa de Araújo Maria das Graças Alves Bezerra Thiago Suruagy de Melo

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MODA E CONFECÇÃO NO ACS

Estudo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Moda e Confecção

do Agreste Central e Setentrional

Alexandre Rodrigues Alves Ecio de Farias Costa

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo Maria das Graças Alves Bezerra

Thiago Suruagy de Melo

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Cadeia de Valor da MODA E CONFECÇÃO - ACS

Conselho Deliberativo – Pernambuco

Associação Nordestina da Agricultura e Pecuária – Anap

Banco do Brasil – BB Banco do Nordeste – BNB

Caixa Econômica Federal – CEF

Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco – Faepe

Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco – Facep

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco – Fecomércio

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe

Instituto Euvaldo Lodi – IEL

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae

Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco – SDEC

Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac/PE

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai/PE

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/PE

Universidade de Pernambuco – UPE

Presidente

Josias Albuquerque

Diretor Superintendente

José Oswaldo de Barros Lima Ramos

Diretora Técnica

Ana Cláudia Dias Rocha

Diretora Administrativo-financeira

Adriana Tavares Côrte Real Kruppa

Comissão de Editoração Sebrae Pernambuco

Angela Miki Saito

Carla Andréia Almeida

Eduardo Jorge de Carvalho Maciel Fábio Lucas Pimentel de Oliveira

Janete Evangelista Lopes

Jussara Siqueira Leite

Unidade de Setores Econômicos

Alexandre Alves (gerente)

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo (analista) Maria das Graças Alves Bezerra (analista) Thiago Suruagy de Melo (analista) Thaís Fonteles de Azevêdo Dias (estagiária) Twanny Emmanuelly Gomes de Oliveira (estagiária)

Projeto gráfico e diagramação

Evelyne Labanca Corrêa de Araújo - Unidade de Setores Econômicos

Consultoria

CEDES – Consultoria e Planejamento Ecio de Farias Costa (diretor)

©2016. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Pernambuco – Sebrae/PE. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte.

Informações e contato

Sebrae/ PE – Unidade de Setores Econômicos

Rua Tabaiares 360 – Ilha do Retiro – Recife

Fone: +55 81 2101.8400 / Fax: +55 81 2101.8500

Internet: www.sebrae.com.br www.pe.sebrae.com.br

ALVES, Alexandre Rodrigues [et al] Moda e Confecção: Estudo das interações entre os

pequenos negócios na Cadeia de Valor da Moda e Confecção do Agreste Central e Setenttrional / Alexandre Rodrigues Alves, Ecio de Farias Costa, Evelyne Labanca Corrêa de Araújo, Maria das Graças Alves Bezerra, Thiago Suruagy de Melo – Recife: Sebrae, 2016. 60 p.

ISBN 000-00-00000-00-0

1. Cadeia de Valor. 2. Território. 3. Pequenos negócios. 4. SEBRAE. I Alves, Alexandre Rodrigues. II Costa, Ecio de Farias. III Araújo, E. L. C. IV Bezerra, Maria das Graças Alves. V Melo, Thiago Suruagy.

CDD 000.00

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APRESENTAÇÃO

Com o objetivo de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios, o SEBRAE Pernambuco apresenta um estudo analítico e prospectivo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional (ACS). Para efeito de análise, definiu-se como área de estudo o território de abrangência da Unidade de Negócios do Agreste Central e Setentrional do SEBRAE PE, com alguma variação de municípios em relação à territorialização definida pelo Governo de Pernambuco e outros órgãos oficiais.

O estudo aborda questões relativas à segmentação das atividades da Cadeia de Valor, desde a produção de insumos agrícolas e outras matérias primas, passando pelo beneficiamento de produtos, distribuição, comercialização, e prestação de serviços. Ainda, este estudo revela a concentração dessas empresas por município de Pernambuco, permitindo uma compreensão da especialização territorial.

Nesse sentido, o trabalho foi desenvolvido a partir de um escopo metodológico simples e objetivo, com base nas seguintes atividades:

Pesquisas nas bases de dados da Receita Federal, do IBGE, das associações empresariais e de classe, DIEESE, Agência CONDEPE/ FIDEM, e demais órgãos e instituições relacionados à Cadeia de Valor (como centros de pesquisas, sindicatos, entre outros), visando consolidar um retrato das atividades de Moda e Confecção no contexto nacional, regional e principalmente local, do território em questão;

Entrevistas a atores institucionais relevantes para a Cadeia de Valor como governos, associações, sindicatos, entidades e lideranças empresariais, formais e informais dos diversos segmentos, buscando identificar a percepção desses atores sobre os seus negócios, suas perspectivas de atuação e de crescimento, suas potencialidades, lacunas de desenvolvimento e capacidade de interação no território;

Incorporação dos conhecimentos e aprendizagem dos projetos do SEBRAE para as atividades da Cadeia de Valor da Moda e Confecção.

Este documento é dividido em cinco partes, mais Apêndice.

A parte 1 conceitua o que o SEBRAE Pernambuco entende por Cadeia de Valor do Território. A parte 2 trata da caracterização da Cadeia da Moda e Confecção. São aqui explorados dados econômicos e espacialização das atividades, com ênfase na Região do Agreste Central e Setentrional, finalizando com uma análise da Cadeia de Valor realizada com suporte da metodologia SWOT.

Cadeia de Valor da MODA E CONFECÇÃO

Agreste Central e Setentrional

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Cadeia de Valor da MODA E CONFECÇÃO - ACS

A parte 3 traz um conjunto de diretrizes de atuação para a Cadeia de Valor da Moda e Confecção no território do Agreste Central e Setentrional. Cada uma dessas diretrizes é desdobrada em um subconjunto de recomendações diretas, categorizadas de acordo com o ambiente potencialmente impactado – ambiente empresarial, ambiente setorial e ambiente sistêmico – sendo identificados também potenciais parceiros, para pautar a atuação integrada na Cadeia de Valor.

De modo a concluir o estudo, a parte 4 traz as considerações finais, sintetizando questões reveladas ao longo do trabalho, e a parte 5 reúne as principais referências bibliográficas utilizadas.

Os apêndices trazem (i) um conjunto de mapas com a espacialização desses pequenos negócios em Pernambuco, inclusive por camada de agregação de valor, e (ii) um formulário de questionário para ser aplicado anualmente com os pequenos negócios visando o acompanhamento da evolução da Cadeia de Valor de Moda e Confecção.

Com esse estudo, o SEBRAE Pernambuco tem satisfação de se colocar mais uma vez como parceiro dos brasileiros, dentro de sua missão de promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios, fomentando o empreendedorismo para fortalecer a economia nacional.

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SUMÁRIO

1 O que é uma Cadeia de Valor do Território para o SEBRAE Pernambuco? 7

2 A Cadeia de Valor da Moda e Confecção 11

2.1 A Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional em números 12

2.2 Matriz SWOT da Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional 19

3 Diretrizes e recomendações para melhoria da interação entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional

24

3.1 Identificação e desenvolvimento da produção de insumos no território 25

3.2 Divulgação da produção de insumos do território 26

3.3 Incentivo às parcerias das atividades econômicas da Cadeia de Valor da Moda e Confecção 26

3.4 Estudo de adaptação da tecnologia e de sua adequação às práticas locais de produção, gerenciamento financeiro, gestão de estoque e carteira de clientes

27

3.5 Difusão tecnológica, crédito e assistência técnica 28

3.6 Elaboração de novos mecanismos e maior divulgação dos encontros de compartilhamento de informações para incentivar novas parcerias

29

3.7 Aproveitamento da prestação de serviços locais de design de moda 30

3.8 Utilização da internet para comercialização e divulgação 31

3.9 Disseminação da importância da formalização para produtores e comerciantes da Cadeia de Valor da Moda e Confecção do Agreste Central de Pernambuco

31

3.10 Programa de incentivo ao consumo dos produtos da Cadeia de Valor de Moda e Confecção, valorizando a produção local

32

3.11 Descentralização das vendas e redução do risco 33

3.12 Melhoria da qualidade dos vestuários e acessórios produzidos no território 34

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3.13 Análise sistemática das mudanças de comportamento do mercado local 34

3.14 Estímulo à mudança na modalidade de pagamento adotada pela Cadeia de Valor de Moda e Confecção 35

3.15 Realização de pesquisa quantitativa anual junto às empresas da Cadeia de Valor da Moda e Confecção 36

4 Considerações finais 38

5 Referências 40

Apêndices 41

I CNAE que compõem a Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional, por Camada de Agregação de Valor, em março de 2016.

42

II. Cartografia da distribuição espacial dos pequenos negócios da Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional

46

III. Questionário para aplicação com pequenos negócios da Cadeia de Valor da Moda e Confecção 52

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1. O que é uma Cadeia de Valor do Território para o SEBRAE Pernambuco?

Para efeitos desse estudo, o SEBRAE Pernambuco adota como entendimento de Cadeia de Valor do Território um conjunto de atividades econômicas fortemente relacionadas (incluindo empresas, setores e segmentos afins), constituído a partir da geração de valor para os pequenos negócios nele localizado1. Essas diversas atividades econômicas se articulam de modo integrado, em uma lógica produtiva, indo desde o fornecimento da matéria prima, passando pela transformação, distribuição, comercialização até a prestação de diversos serviços relacionados às várias fases de produção até o produto acabado.

O que diferencia essa abordagem de outras duas frequentemente utilizadas pelo Sistema SEBRAE (Arranjo Produtivo Local e Encadeamento Produtivo), é a maneira como essas diversas atividades se relacionam e inserem sua dinâmica, competitividade e sustentabilidade no território. (Quadro 1).

Arranjo Produtivo Local (APL) Encadeamento Produtivo Cadeia de Valor do Território

Aglomeração de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, como governos, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa.

Estratégia de promoção da inserção de pequenos negócios em cadeias produtivas de grandes empresas, por meio de relacionamentos cooperativos de longo prazo e mutuamente atraentes, que tem como estratégia aumentar à competitividade, a cooperação, a competência tecnológica e de gestão das empresas.

Conjunto interligado de todas as atividades que criam valor, desde uma fonte básica de matérias-primas ou insumos, fornecedores de componentes ou serviços, produção (fabricação ou serviços), distribuição e varejo, consumo, atividades de pós-vendas, como assistência técnica e manutenção, até a coleta, eventual reciclagem de materiais e a destinação final.

QUADRO 1: Síntese dos conceitos de Arranjo Produtivo Local (APL), Encadeamento Produtivo e Cadeia de Valor, segundo entendimento do Sistema SEBRAE.

Fonte: SEBRAE, Arranjo Produtivo Local (2016). SEBRAE, Programa Nacional de Encadeamento Produtivo (2016). SEBRAE. ENCADEAR. Fórum de Encadeamento Produtivo. Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas (2016).

1 Baseado em Porter (1989).

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Na Cadeia de Valor do Território, as possibilidades de agregação de valor aos pequenos negócios devem ser desenvolvidas considerando três fatores:

(i) A interação física – a proximidade desempenhando papel relevante para os pequenos negócios, permitindo que eles atuem conjuntamente tanto para comprar e vender, mas também para agregar outras instituições, públicas ou privadas, de ensino, pesquisa e fomento, de modo a preencher lacunas de desenvolvimento que por ventura existam no território em questão.

(ii) A interação produtiva – o que é produzido nesse território, e como esses insumos e produtos podem primeiramente circular entre eles, diminuindo distâncias, otimizando custos e processos e, principalmente, gerando aprendizado a partir do conhecimento dos requisitos específicos de cada segmento e estágio de produção.

(iii) A interação social – quem produz e quem consome nesse território, como aproximar essas pessoas dentro de uma lógica de diminuição das distâncias entre oferta e demanda, inclusive identificando as lacunas para novos serviços e suprindo mercados existentes ainda não explorados.

Ou seja, na abordagem de Cadeia de Valor do Território, destaca-se a interação entre os agentes produtivos como aspecto mais relevante a ser tratado, primeiramente dentro de uma mesma Cadeia de Valor, mas também observando as potenciais relações com outras. Essa abordagem permite mudar o paradigma de territórios viáveis para territórios colaborativos, integrados, competitivos e cada vez mais sustentáveis.

A percepção da oportunidade de se trabalhar sob essa abordagem partiu de um estudo de localização das atividades econômicas dos pequenos negócios realizado pelo SEBRAE Pernambuco em 2015. Foram seis as Cadeias de Valor identificadas, cujo estudo foi desenvolvido a partir de uma estrutura metodológica simples e clara, descrita a seguir.

1ª. Etapa: Primeiro, foi feito um enquadramento preliminar dos municípios por região de atuação do SEBRAE/ PE, de modo a facilitar tanto na análise como nas recomendações de atuação territorial do SEBRAE e parceiros.

2ª. Etapa: Em seguida, foi realizada uma identificação das empresas optantes pelo SIMPLES na base da Receita Federal, considerando o CNAE da atividade econômica predominante desses pequenos negócios.

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3ª. Etapa: Nessa etapa, foi feita uma seleção das atividades econômicas mais relevantes no território, com maior número de empresas, de modo a permitir um retrato da base produtiva desses pequenos negócios no estado.

4ª. Etapa: Feito isso, foi realizada uma análise dessas atividades de modo a identificar aquelas que, por afinidade, se agregam em torno de grandes áreas temáticas de mercado, as chamadas Cadeias de Valor. A ideia é compreender, para fins dessa agregação, todo o processo de produção de insumos, de distribuição e transformação desses insumos em produto beneficiado, de comercialização e uso, bem como os serviços inerentes a cada etapa produtiva, inclusive de manutenção e engenharia reversa. Assim, seis Cadeias de Valor foram identificadas em Pernambuco, passíveis de serem trabalhadas de modo diferenciado pela relevância das atividades no território, e pela quantidade de empresas envolvidas. São elas: (i) Alimentos e Bebidas, (ii) Automotiva, (iii) Bem Estar, (iv) Construção Civil, (v) Moda e Confecção, e (vi) Turismo e Cultura.

5ª. Etapa: Identificados e selecionados o quantitativo de pequenos negócios por atividade econômica e por município nas Cadeias de Valor, foi realizado o enquadramento por faixas de quantidade de empresas, seguido do georreferenciamento dessas atividades econômicas por município. O resultado foram 36 mapas temáticos, seis por Cadeia, com a quantidade total de pequenos negócios optantes pelo Simples em Pernambuco, por município em cada Cadeia de Valor, compreendendo as atividades econômicas (CNAE) predominantes a cada uma delas relacionadas.

6ª. Etapa: Uma vez sintetizados os resultados revelados por esse mapeamento, por território de abrangência das unidades regionais do SEBRAE em Pernambuco em cada uma das camadas de agregação de valor, foi possível a elaboração de estudos específicos de Cadeias de Valor por territórios de abrangência das Unidades Regionais do SEBRAE Pernambuco.

Isso posto, a Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional é objeto deste documento. Para sua priorização, foram considerados os seguintes critérios na análise:

(i) Grande quantidade de pequenos negócios existentes nas atividades relacionadas à Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional;

(ii) Grande potencial de agregação de valor a esses pequenos negócios pela rica cultura local;

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(iii) Grande potencial de desenvolvimento tecnológico e inovação da indústria têxtil e design da moda em geral, podendo refletir em diversos produtos e serviços correlatos;

(iv) Transversalidade e complementaridade do tema de Moda e Confecção com as demais Cadeias de Valor identificadas;

(v) Forte conexão e impacto de suas atividades produtivas com questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

Por fim, com o objetivo de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios de Pernambuco, a Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional é discutida a seguir.

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2. A Cadeia de Valor da Moda e Confecção

A Cadeia da Moda e Confecção pode ser compreendida como um ciclo contínuo de interação de atividades econômicas no território, visando ao desenvolvimento e entrega de produtos e serviços. Essas atividades são compreendidas em cinco Camadas de Agregação de Valor, reveladas pela natureza das atividades em questão – seja de extração e/ou produção de insumos (matéria prima), de transformação, de distribuição de bens, produtos e serviços, de comercialização de produtos acabados, e também de prestação de serviços específicos. Ou seja, constituem um ciclo contínuo de interação entre os cinco grupos de atividades econômicas análogas e predominantes no território, relacionando-se de modo direto entre si. Ainda, possuem grande poder de integração local, potencializando a inovação e sustentabilidade tanto da própria Cadeia de Valor como do local onde ela se insere.

Esse ciclo é ilustrado de modo simplificado a seguir.

FIGURA 1: Diagrama síntese da Cadeia de Valor da Moda e Confecção. Fonte: Elaboração dos autores.

território

Distribuição de produtos

Comercialização de produtos

Beneficiamento de produtos

Extração/ produção in

natura

Serviços especializados

sustentabilidade

ino

vaçã

o

inte

raçã

o

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As Camadas de Agregação de Valor compreendem as atividades econômicas predominantes, descritas resumidamente da seguinte forma:

Extração/ produção in natura: Predominância de produção de matéria prima na agropecuária, tais como bovinos, caprinos e ovinos (couros); aquicultura (couro de peixe); horticultura e fruticultura (fibras e sementes); madeiras; e atividades semelhantes.

Beneficiamento de produtos: Predominância de atividades industriais de transformação, tais como tecelagens; confecções; curtumes; ourivesaria; oficinas de montagem de bijuterias; tinturarias; lavanderias industriais; e atividades semelhantes.

Distribuição de produtos: Predominância de atividades de distribuição e logística, tais como comércio atacadista; representações comerciais; distribuidoras; e atividades semelhantes.

Comercialização de produtos: Predominância de atividades de comercialização de produtos acabados, tais como butiques; sapatarias; óticas; armarinhos; e atividades semelhantes.

Serviços de moda e confecção: Predominância de atividades de serviços diversos, tais como aluguel de roupas; calçados e acessórios; customização; design; marketing; e atividades semelhantes.

2.1. A Cadeia de Valor de Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional em números

Em Pernambuco, são 53.954 pequenos negócios Optantes pelo Simples Nacional na Cadeia de Valor da Moda e Confecção. O Agreste Central e Setentrional possui uma grande importância relativa nesse contexto, sendo responsável por mais da metade de todos os empreendimentos desse porte no estado.

A distribuição da quantidade de empresas por camadas de agregação de valor revelou também o peso do beneficiamento de produtos e da comercialização de produtos que, juntos, correspondem a 96,9% de toda a Cadeia no estado e no Agreste Central e Setentrional (Tabela 1).

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Tabela 1: Quantidade de pequenos negócios por camada de agregação de valor da Cadeia da Moda e Confecção, em Pernambuco e no Agreste Central e Setentrional (ACS).

Camadas de agregação de valor

Quantidade de pequenos negócios

PE ACS % do

estado

Extração/ produção in natura 0 0 -

Beneficiamento de produtos 13.463 7.319 54,4

Distribuição de produtos 725 388 53,50

Comercialização de produtos 39.275 7.478 19,0

Serviços de moda e confecção 491 91 18,5

Total 53.954 15.276 28,3

As atividades relacionadas à Moda e Confecção se configuram como das mais importantes da Região do Agreste Central e Setentrional, enquadrando 15.192 das 47.942 empresas optantes pelo Simples Nacional, ou 32% do total da região (Receita Federal, 2016). Cinco atividades econômicas, dentre as principais da região, são da Cadeia de Valor de Moda e Confecção, com destaque para “Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios”; “Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas por medida”; e “Facção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas” (Gráfico 1).

Estas cinco atividades econômicas apresentam também uma participação muito elevada de Microempreendedores Individuais (MEIs), um destaque positivo na Cadeia de Valor de Moda e Confecção. Nos principais segmentos, como “Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios” e “Facção de peças de vestuário, exceto roupas íntimas”, a participação varia de 52,3% a 79,3%. Esta representatividade é importante, mostrando que a Cadeia de Valor de Moda e Confecção absorve muitos empreendedores de todos os portes, mas principalmente, o micro e pequenos. (Tabela 2).

Fonte: SEBRAE/ PE (2016), com informações da Receita Federal (2016).

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MODA E CONFECÇÃO

MODA E CONFECÇÃO

MODA E CONFECÇÃO

MODA E CONFECÇÃO

MODA E

CONFECÇÃO

ALIMENTOS E BEBIDAS

456

478

521

557

633

713

723

754

815

887

901

935

1.313

1.397

1.919

4.075

5.227

258

92

418

19

191

164

272

539

782

207

288

531

1.213

1.108

494

1.123

2.736

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

17. Comércio varejista de produtos alimentícios em geralou especializado em produtos alimentícios não…

16. Comércio varejista de móveis

15. Bares e outros estabelecimentos especializados emservir bebidas

14. Comércio varejista de produtos farmacêuticos, semmanipulação de fórmulas

13. Comercio varejista de artigos de armarinho

12. Comércio a varejo de peças e acessórios novos paraveículos automotores

11. Comércio varejista de outros produtos nãoespecificados anteriormente

10. Comércio varejista de cosméticos, produtos deperfumaria e de higiene pessoal

9. Serviço de táxi

8. Comércio varejista de materiais de construção em geral

7. Restaurantes e similares

6. Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares

5. Cabeleireiros, manicure e pedicure

4. Facção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas

3. Comércio varejista de mercadorias em geral, compredominância de produtos alimentícios -…

2. Confecção de peças do vestuário, exceto roupasíntimas e as confeccionadas sob medida

1. Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

CONSTRUÇÃO CIVIL

BEM ESTAR

ALIMENTOS E BEBIDAS

ALIMENTOS E BEBIDAS

AUTOMOTIVA

CONSTRUÇÃO CIVIL

BEM ESTAR

Gráfico 1: Principais atividades econômicas do Agreste Central e Setentrional - 2016.

Fonte: Receita Federal (2016).

MEI Optantes pelo Simples (MEI, ME e EPP)

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Cadeia de Valor da MODA E CONFECÇÃO - ACS

Tabela 2: Número de empresas optantes pelo Simples Nacional segundo atividades econômicas da Cadeia de Valor da

Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional, 2016.

Atividade Econômica Optantes

pelo Simples

MEI MEI/

Simples

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 5.227 2.736 52,3%

Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida

4.075 1.123 27,6%

Facção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 1.397 1.108 79,3%

Comercio varejista de artigos de armarinho 633 191 30,2%

Comércio varejista de tecidos 432 56 13,0%

Comércio varejista de calçados 430 153 35,6%

Confecção, sob medida, de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 387 302 78,0%

Confecção de roupas íntimas 378 97 25,7%

Comércio varejista de suvenires, bijuterias e artesanatos 357 132 37,0%

Comércio varejista de artigos de óptica 231 36 15,6%

Comércio atacadista de tecidos 150 0 0,0%

Fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico 147 77 52,4%

Outros serviços de acabamento em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário

135 52 38,5%

Comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios, exceto profissionais e de segurança

124 0 0,0%

Lavanderias 109 29 26,6%

Comércio varejista de artigos de joalheria 86 46 53,5%

Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para segurança e proteção

80 6 7,5%

Estamparia e texturização em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário

78 31 39,7%

Fabricação de outros produtos têxteis não especificados anteriormente 78 17 21,8%

Fabricação de artigos para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer material

68 39 57,4%

Alvejamento, tingimento e torção em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário

67 0 0,0%

Facção de roupas profissionais 49 40 81,6%

(continua)

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Cadeia de Valor da MODA E CONFECÇÃO - ACS

Tabela 2 (continuação): Número de empresas optantes pelo Simples Nacional segundo atividades econômicas da

Cadeia de Valor da Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional, 2016.

Atividade Econômica Optantes

pelo Simples

MEI MEI/

Simples

Aluguel de objetos do vestuário, jóias e acessórios 42 16 38,1%

Facção de roupas íntimas 40 31 77,5%

Fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes 40 37 92,5%

Representantes comerciais e agentes do comércio de têxteis, vestuário, calçados e artigos de viagem

37 0 0,0%

Comércio atacadista de artigos de armarinho 33 0 0,0%

Comércio atacadista de calçados 33 0 0,0%

Fabricação de aviamentos para costura 32 9 28,1%

Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para a indústria têxtil, do vestuário, do couro e calçados

32 28 87,5%

Comércio varejista de artigos de tapeçaria, cortinas e persianas 32 20 62,5%

Fabricação de calçados de materiais não especificados anteriormente 31 27 87,1%

Comércio varejista de artigos de relojoaria 28 15 53,6%

Confecção de roupas profissionais, exceto sob medida 25 0 0,0%

Comércio varejista de mercadorias em lojas de conveniência 22 0 0,0%

Fabricação de artigos do vestuário, produzidos em malharias e tricotagens, exceto meias

20 4 2,0%

Fabricação de artefatos de couro não especificados anteriormente 16 11 68,8%

Fabricação de calçados de couro 12 5 41,66%

Fonte: Receita Federal (2016).

Quando comparada com outras atividades da economia, a indústria de tecidos, vestuário e calçados brasileira vem apresentando fortes quedas na sua atividade nos últimos dois anos, aproximadamente 25% (Tabela 3).

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Tabela 3: Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista brasileiro, por tipos de atividades econômicas (2011 = 100).

Variável = Índice de volume de vendas no comércio varejista (Número índice) = Índice base fixa (2011=100)

Atividades Mês

2013 2014 2015 var.

13/15 var.

14/15

Combustíveis e lubrificantes 119,1 121,5 109,3 -8% -10%

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo

137,9 136,6 131,6 -5% -4%

Hipermercados e supermercados 138,8 137,7 132,5 -5% -4%

Tecidos, vestuário e calçados 202,2 195,4 175,3 -13% -10%

Móveis e eletrodomésticos 162,8 157,2 129,3 -21% -18%

Móveis 150,2 142,9 116,3 -23% -19%

Eletrodomésticos 168,6 163,9 135,5 -20% -17%

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

137,1 148 152,6 11% 3%

Livros, jornais, revistas e papelaria 147,9 134,2 114,2 -23% -15%

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação

149,1 159,9 135,2 -9% -15%

Outros artigos de uso pessoal e doméstico 193,2 207,2 190,8 -1% -8%

Fonte: SIDRA/ IBGE (2016).

O setor de Vestuário representa o sétimo maior mercado de unidades franqueadas no País. São 9.481 franquias, apresentando uma variação positiva entre 2014 e 2015 com um crescimento de 8,1%, apesar dos últimos anos terem apresentado queda no número de volume de vendas (Tabela 4).

Tabela 4: Participação dos segmentos na composição do número de unidades implantadas entre os anos de 2014 e 2015.

Segmentos Unidades

% Variação 2014-2015 2014 2015

Negócios, Serviços e Outros Varejos 28.616 32.421 13,3%

Alimentação 21.720 23.932 10,2%

Esporte, Saúde, Beleza e Lazer 20.670 21.343 3,3%

(continua)

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Tabela 4 (continuação): Participação dos segmentos na composição do número de unidades implantadas entre os

anos de 2014 e 2015.

Segmentos Unidades

% Variação 2014-2015 2014 2015

Educação e Treinamento 14.732 15.267 3,6%

Veículos 8.032 10.232 27,4%

Acessórios Pessoais e Calçados 8.285 10.080 21,7%

Vestuário 8.770 9.481 8,1%

Casa e Construção 5.380 5.849 8,7%

Comunicação, Informática e Eletrônicos 3.336 3.781 13,3%

Hotelaria e Turismo 2.674 3.005 12,4%

Limpeza e Conservação 3.426 2.952 -13,8%

Fonte: Associação Brasileira de Franchising (2016).

Após um período de ascensão econômica observada após a crise econômica internacional de 2008 e que perdurou até o ano de 2013, a Cadeia de Valor da Moda e Confecção vem sofrendo os efeitos da atual crise econômica brasileira, iniciada em 2014, como se observa na evolução do índice de volume de vendas no comércio varejista de tecidos, vestuário e calçados. A crise tem afetado não somente as vendas brasileiras, como também do Estado de Pernambuco, de forma ainda mais acentuada no ano de 2015 (Figura 2, SIDRA/IBGE, 2016).

0

50

100

150

200

250

300

Brasil

Pernambuco

Figura 2: Índice de volume de vendas no comércio varejista de tecidos, vestuários e calçados, Pernambuco e Brasil (2011 = 100). Fonte: Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS (2016).

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Por tudo isso, a busca pela integração dos diversos segmentos da Cadeia de Valor da Moda e Confecção é uma oportuna abordagem para diminuição ou solução dos gargalos, gerando ganhos significativos e deixando o legado da nova forma de se relacionar com fornecedores, concorrentes e clientes, fortalecendo o território em questão.

2.2. Matriz SWOT da Cadeia de Valor da Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional

A análise SWOT2, conceito desenvolvido para o planejamento na administração de empresas, pode também ser utilizado para o estudo de Cadeia de Valor do território, como este em questão. Em geral a análise é apresentada a partir de uma matriz, onde as forças e fraquezas são pontos que devem ser analisados para o ambiente interno da empresa, e as oportunidades e ameaças são externas, dependem da conjuntura econômica externa e de outros fatores impossíveis de serem abordados apenas no âmbito do negócio em questão.

Ressalta-se que, para fins desse trabalho, e de modo a guardar coerência com os princípios de atuação do SEBRAE Pernambuco, analisa-se o ambiente interno como todas as questões que são diretamente compreendidas pela atividade empresarial propriamente dita, interiores à empresa. Já no ambiente externo, busca-se a perspectiva de aspectos setoriais, ou seja, externo à empresa, mas comum ao coletivo delas, e sistêmicos, onde os pontos a serem mitigados e/ ou potencializados ultrapassam a mobilização empresarial individual e coletiva, envolvendo outros fatores e atores para além da atividade empreendedora.

Isso posto, os dados secundários apresentados neste estudo, as entrevistas realizadas com atores institucionais relevantes para a Cadeia de Valor, as pesquisas em bases de dados da Receita Federal, IBGE e outras fontes, juntamente com informações sobre o comportamento da Economia Brasileira e das políticas macroeconômicas e setoriais vigentes, bem como a expertise do SEBRAE Pernambuco, permitiram elaborar uma Matriz SWOT para o planejamento estratégico dos agentes envolvidos nessa Cadeia de Valor.

A referida Matriz é apresentada e descrita a seguir (Quadro 2).

2 A Sigla SWOT significa Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats – em português, Forças,

Fraquezas, Oportunidades, Ameaças, que juntas fazem a Matriz FOFA, na versão brasileira. Portal do Administrador (2016) e Kotler (2012).

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Quadro 2: Matriz SWOT – Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças da Cadeia de Valor de Alimentos e Bebidas na Região Metropolitana do Recife.

AJUDA ATRAPALHA

a. Forças (Strengths) b. Fraquezas (Weaknesses)

Org

aniz

ação

Inte

rna

Baixo custo de mão de obra e do produto; Localização do Polo; Alta concentração de empresas em um

pequeno espaço; Capacidade produtiva das pessoas e

máquinas; Capacidade empreendedora e

adaptabilidade às mudanças das pessoas.

Má formação e escassez de mão de obra; Formas de pagamento e gerenciamento

financeiro precário; Falta de profissionalismo e predominância

de empresas informais; Questões ambientais; Imagem dos produtos da região como de

baixa qualidade; Falta de produção de insumos locais.

c. Oportunidades (Opportunities) d. Ameaças (Threats)

Am

bie

nte

Ext

ern

o

Formalização dos negócios; Expansão para mercado nacional; Oportunidades para a agregação de valor

dentro da cadeia de valor; Uso de meios digitais para venda

diversificada.

Crise econômica acentuada pela incerteza reduzindo a renda das famílias e o consumo;

Concorrência chinesa; Aumento da consciência e fiscalização

ambientais; Crédito caro e escasso; Carga tributária alta para os negócios

formais; Oferta local de insumos pequena ou

inexistente.

Fonte: Elaboração dos autores, a partir das entrevistas, pesquisa de dados secundários e análise da conjuntura econômica (2016).

a. Forças

As forças desta Cadeia de Valor estão apresentadas no primeiro quadrante da matriz, representando suas aptidões mais fortes e suas vantagens competitivas. Destacam-se como forças:

O baixo custo de mão de obra e, consequentemente, do produto, desta Cadeia de Valor devido a grande quantidade de mão de obra e a qualificação desta ser baixa. Aumentando a competitividade dos produtos da Cadeia de Valor.

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A localização do Polo favorece muito aos negócios, por ser bastante central. Comerciantes de diversas regiões do estado e de outros estados tem acesso ao comércio desta Cadeia de Valor.

A alta concentração de empresas em uma área geográfica comum facilita muito os negócios das indústrias localizadas no Polo, pois concentra mão de obra qualificada, fornecedores de insumos e serviços e a venda para compradores de outras regiões, inclusive.

A concentração geográfica permite que a Cadeia de Valor tenha uma ampliação da capacidade produtiva de pessoas e máquinas, onde ambas podem ser alocadas para produções próprias e terceirizadas, obtendo ganhos de escala.

Além desses fatores, destaca-se a capacidade empreendedora e adaptabilidade a mudanças dos pequenos negócios da Cadeia de Valor de Moda e Confecção. Esta Cadeia de Valor tem se adaptado a muitas mudanças macroeconômicas brasileiras e internacionais e vem mantendo a atividade econômica representativa.

b. Fraquezas

As fraquezas no segundo quadrante indicam as aptidões que inexistem ou são de baixa qualidade, atrapalhando o amplo desenvolvimento da Cadeia de Valor, baseando-se na sua organização interna. Foram identificados como principais fraquezas os seguintes pontos:

Constata-se que há um problema de má formação da mão de obra e também pouca retenção dos jovens. Algumas das profissões tradicionais da Cadeia de Valor são pouco incentivadas, gerando pouco estímulo.

Muitos dos negócios são gerenciados de forma precária e esta precariedade é evidenciada, principalmente, nos meios de pagamentos que são utilizados.

Muitos dos negócios são informais, o que também contribui para o mau gerenciamento dos negócios.

As questões ambientais são negligenciadas pela maioria das empresas desta Cadeia de Valor, gerando um passivo ambiental e o risco de autuação.

Apesar de muitos dos produtos serem utilizados por grandes marcas do varejo nacional, os produtos são tidos como de baixa qualidade, principalmente pelos consumidores da Região Nordeste.

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Por fim, os insumos utilizados na produção são, em sua grande maioria, oriundos de outros países, como a China ou do Sul/Sudeste do Brasil.

c. Oportunidades

As oportunidades desta Cadeia de Valor podem ser apresentadas no terceiro quadrante da matriz e representam fatores externos que influenciam positivamente os seus pequenos negócios. Não existe um controle direto sobre estes fatores que podem ocorrer de diversas formas e serem oriundos de outros atores econômicos. Dessa forma, as principais oportunidades são:

A formalização dos negócios pode vir a ser uma grande oportunidade para as empresas da Cadeia de Valor de Moda e Confecção ter maior representatividade em mercados nacionais e internacionais. Possibilitando reivindicar direitos e deveres junto ao setor público e agregarem valor aos produtos da cadeia de valor.

A desvalorização recente do Real contribui para que os importados chineses fiquem mais caros, abrindo a oportunidade para que os produtos da Cadeia de Valor possam se tornar mais competitivos para a comercialização no mercado nacional.

A parceria com instituições como o SEBRAE, SENAI e outras instituições pode vir a trazer benefícios para a agregação de valor dos produtos da Cadeia de Valor.

Com a formalização dos negócios, novas portas de comercialização podem vir a se abrir, como o comércio pelo meio digital, podendo ser feito de forma cooperada entre as inúmeras marcas da região.

d. Ameaças

Ao contrário das oportunidades, as ameaças são fatores externos que influenciam negativamente a Cadeia de Valor da Moda e Confecção e seus pequenos negócios.

A atual crise econômica tem reduzido a renda das famílias, fazendo com que elas reduzam consideravelmente seu consumo, principalmente de peças de vestuário.

Aliado a esta crise, a desaceleração no ritmo do crescimento chinês fez com que muitos dos produtos fabricados por lá passassem a ser exportados para outros países, aumentando ainda mais a participação de tais produtos aqui no Brasil e concorrendo com as peças de vestuário locais.

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A sociedade brasileira vem seguindo as mudanças de mentalidade que predominam no mundo e questões ambientais são cada vez mais tratadas como relevantes na hora de definir que tipo de produtos são consumidos. A imagem negativa de uma indústria que causa danos ambientais precisa ser resolvida.

O crédito na economia está cada vez mais caro e escasso por conta da crise econômica e o risco de inadimplência inerente a ela, principalmente para empresas informais.

Por outro lado, o custo tributário inerente à formalização reduz muito a competitividade dos pequenos negócios da Cadeia de Valor.

Destaca-se, por último a falta de insumos locais para o setor produtivo, gerando dificuldades para uma produção industrial otimizada.

Importante reforçar a necessidade de compreender, de “ler” o ambiente externo sob os aspectos setoriais e sistêmicos. Algumas oportunidades e ameaças podem ser aproveitadas e resolvidas no ambiente setorial, onde é beneficiado o coletivo de empresas, por exemplo, com o suporte de entidades de representação empresarial e de classe, associações e cooperativas, entre outras. Já outras oportunidades e, principalmente, ameaças, precisam ser tratadas num aspecto mais abrangente no que tange o envolvimento de órgãos públicos e privados, exigindo uma análise de ambiente externo sistêmico.

A análise do alcance desses ambientes e, como consequência, dos impactos de intervenções direcionadas ao ambiente setorial ou sistêmico é importante para definir que tipos de ações e – fundamental – respectivas parcerias institucionais precisam ser conquistadas.

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3. Diretrizes e recomendações para melhoria da interação dos pequenos negócios na Cadeia de Valor da Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional

Para a construção das diretrizes de atuação na Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional, optou-se por adotar um escopo metodológico simples e objetivo, de modo a permitir maior compreensão e potencial difusão do estudo para o maior número de pequenos negócios e parceiros possível. Assim, considerou-se um conjunto de diretrizes e respectivos subconjuntos de recomendações específicas e assertivas para abordagem de melhoria da competitividade e integração da Cadeia de Valor em questão.

As entrevistas e pesquisas realizadas, bem como o conhecimento adquirido pelo SEBRAE Pernambuco ao longo dos anos em projetos de diversos segmentos componentes da Cadeia de Valor da Moda e Confecção auxiliaram na compreensão da atual realidade dos pequenos negócios. Mais ainda, permitiram a elaboração de recomendações de atuação para o SEBRAE e outros agentes importantes para melhorar a competitividade dos seus principais segmentos. As recomendações foram categorizadas de acordo com o ambiente potencialmente mais impactado, como segue:

Impacto no Ambiente Empresarial Essas recomendações e ações delas decorrentes são voltadas diretamente para as empresas da Cadeia de Valor, eventualmente envolvendo algum parceiro institucional. No entanto, são as empresas as principais impactadas pelos resultados advindos de tais ações.

Impacto no Ambiente Setorial Essas recomendações e ações a partir delas são organizadas pelo SEBRAE e parceiros institucionais, sendo direcionadas a coletivos de empresas, representações setoriais e suas lideranças, podendo envolver ações de fomento ao desenvolvimento de novas associações, bem como a criação de condições para o aprimoramento da representação setorial já existente, dentre outras.

Impacto no Ambiente Sistêmico As recomendações e ações que impactam o ambiente sistêmico são bastante abrangentes para serem desenvolvidas somente com empresas e/ou associações. Elas são indicadas e desenvolvidas para que o SEBRAE articule-se com instituições dos setores público e privado que formulam legislações, códigos de conduta, dentre outras mudanças sistêmicas para cada Cadeia de Valor.

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Por fim, foram priorizadas 15 diretrizes, com um total de 45 recomendações para atuação na Cadeia de Valor da Moda e Confecção. Importante ressaltar que elas podem impactar um ou mais ambientes, seja ele empresarial, setorial ou sistêmico. Esse ambiente de impacto orienta, principalmente, as parcerias institucionais que serão necessárias para atuação assertiva de todos, visando reduzir as lacunas de desenvolvimento da Cadeia de Valor da Moda e Confecção.

3.1. Identificação e desenvolvimento da produção de insumos no território

Contexto: As indústrias do território são, em grande maioria, do setor de confecção e fabricação de vestuário e acessórios que comercializam através do atacado e alguns também do varejo. As vendas no atacado se destacam, respondendo por quase 80% dos produtos comercializados. A maioria dos fornecedores de insumos para confecção dos vestuários, porém, são representantes comerciais de empresas da região Sul e Sudeste do Brasil. Este fato se dá por conta da falta de capacidade de indústrias de base da região em atender à demanda local, além do alto custo ou da baixa qualidade dos insumos locais. As indústrias de base existentes trabalham em pequenos fabricos, com alto grau de informalidade e sem perspectivas de difusão e aprimoramento do produto.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Identificar e mapear fabricos, que são localizados, em sua maioria, em locais residenciais.

Incentivar o cooperativismo e o associativismo das empresas que estão na base da cadeia de valor para desenvolver a eficiência produtiva e a capacidade demandada.

Apoiar a Incubação de novas empresas de produção têxtil e de prestação de serviços para criação de novas ideias em design de moda e otimização da produção de tecido, lycra e outras matérias primas que são escassas na região.

Principais parcerias institucionais: SENAI, SEBRAE, IFPE, Associações e sindicatos da cadeia de valor, Armazém da Criatividade, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado e Secretaria de Desenvolvimento Econômico Municipal.

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3.2. Divulgação da produção de insumos do território

Contexto: O incentivo à implantação e desenvolvimento de novas empresas fornecedoras de insumos para a Cadeia de Valor deve ser seguido de programas de ampla divulgação e outras formas de apoio para que possam se consolidar na região, facilitando o acesso às principais empresas para que possam, inclusive, agregar valor aos produtos no território.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Estimular a compra de insumos e/ou contratação de serviços locais através de encontros do empreendedorismo, a fim de fomentar as empresas de base da cadeia de valor.

Promover catálogos de produtos e cursos de capacitação técnica para pequenas indústrias têxteis e fabricos artesanais com relação ao refinamento das peças confeccionadas, a fim de melhorar a divulgação e a qualidade do produto comercializado.

Promover eventos que contemplem premiações referentes à qualidade dos produtos através de ferramentas de feedbacks para que os clientes possam avaliar os produtos comprados.

Principais parcerias institucionais: SENAI, SEBRAE, IFPE, Associações e sindicatos da cadeia de valor, Armazém da Criatividade, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado e Secretaria de Desenvolvimento Econômico Municipal.

3.3. Incentivo às parcerias das atividades econômicas da Cadeia de Valor da Moda e Confecção

Contexto: A Cadeia de Valor de Moda e Confecção é complexa, envolvendo agentes dos setores da indústria, de serviços e do comércio, porém o networking desses agentes é frágil e pouco efetivo, afetando assim o ambiente sistêmico. Grande parte das indústrias da região é de composição familiar e agrega internamente serviços como, por exemplo, o design e a arquitetura de peças, bordados, bem como a representação e comercialização dos produtos fabricados. A terceirização dos serviços de refinamento das peças fabricadas

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é de suma importância para a dinâmica do produto. Os serviços prestados pelas empresas de moda e design de peça da região são subutilizados e, muitas vezes, vendidos para estados vizinhos. Empresas prestadoras de serviço de bordados e embalagens, por exemplo, têm carteira de clientes reduzida, comprovando a necessidade de maiores parcerias.

RECOMENDAÇÕES AMBIENTE MAIS IMPACTADO

Empresarial Setorial Sistêmico

Estimular parcerias entre empresas do mesmo segmento da Cadeia de Valor para a melhoria dos processos e produtos;

Promover encontros de negócios, com apresentação de casos de sucesso de parcerias, palestras e rodadas de negócios, gerando networking entre empresas locais.

Ampliar as capacitações especializadas em design de vestuário e acessórios, embalagens, bordados e reparos para aumentar a confiabilidade das empresas locais de prestação de serviços.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos locais, SEBRAE, SENAI, SENAC.

3.4. Estudo de adaptação da tecnologia e de sua adequação às práticas locais de produção, gerenciamento financeiro, gestão de estoque e carteira de clientes

Contexto: A maioria das empresas na região não possuem softwares que auxiliem na gestão, fazendo com que utilizem mecanismos manuais de controle. As empresas que possuem software de gestão, em sua maioria, são aquelas ligadas a fabricação do produto final, mas a tecnologia está em função apenas do volume faturado. Novas máquinas e equipamentos estão sendo incorporadas ao processo produtivo, porém os velhos mecanismos ainda são praticados pela baixa qualificação da mão de obra. O que se percebe é um problema histórico, em que as pessoas herdam os costumes operacionais do passado e não conseguem inovar, apenas continuar o que já estão habituadas a fazer. Como consequência, novos equipamentos estão funcionando abaixo daquilo que podem produzir. Em muitos casos, novas máquinas apenas reduzem o consumo de energia elétrica, mas não contribuem com o aumento da capacidade de produção.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Identificar as empresas que ofertam os serviços de tecnologia e comercializam novos equipamentos da indústria de confecção, a fim de procurá-los para que ofertem cursos e treinamentos com carga horária satisfatória para capacitação dos empresários e trabalhadores locais.

Difundir os benefícios da utilização de aplicativos e sistemas gerenciais. Do MEI com Qipu, que registra o controle das vendas, despesas, custo e agenda de pagamentos, até empresas com maior complexidade, que necessitam de sistemas personalizados.

Apoiar a procura por alternativas de modelagem e adequação de novas tecnologias para o processo produtivo, aumentando, inclusive, a gestão da qualidade e o controle efetivo de perda de material no processo produtivo.

Principais parcerias institucionais: SENAI, SEBRAE, Armazém da Criatividade, Ofertante de soluções tecnológicas, Indústrias de fabricação de máquinas e equipamentos.

3.5. Difusão tecnológica, crédito e assistência técnica

Contexto: A dificuldade de acesso ao crédito para aquisição de novas máquinas e equipamentos para a expansão da produção foi destacado por todos. Sabe-se, no entanto, que existem linhas de crédito específicas para obtenção de máquinas e equipamentos. Os empresários, muitas vezes, têm dificuldades de associar a difusão tecnológica e a assistência técnica à necessidade de investimento através do crédito ofertado no mercado. Outros enfrentam o problema da informalidade, tornando-se um entrave para o investimento em bens de capital. Existe, também, o desconhecimento por parte dos empresários de novos processos de fabricação, já estabelecidos em outras regiões do Brasil e no exterior. O conhecimento precisa ser difundido através de trocas, intercâmbio, de informações com outras regiões produtoras da mesma Cadeia de Valor.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Estimular na região a oferta do crédito para renovação tecnológica de máquinas e equipamento, capitaneadas pelos agentes financeiros ligados ao desenvolvimento regional.

Difundir as missões empresariais, com o intuito de trocar informações e experiências entre empresários locais e de outros países.

Desenvolver missões empresariais nacionais para promover o intercâmbio e parcerias domésticos entre pequenos negócios da Cadeia de Valor.

Principais parcerias institucionais: Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento, SEBRAE, Câmara de Diretores Lojistas (CDL), Associações e Sindicatos locais.

3.6. Elaboração de novos mecanismos e maior divulgação dos encontros de compartilhamento de informações para incentivar novas parcerias

Contexto: Existem bons mecanismos de compartilhamento de informações e agregação de valor no ambiente sistêmico da região, como, por exemplo, as rodadas de negócios que contam com o apoio do SEBRAE, além de encontros promovidos pelas associações e sindicatos locais. É reconhecida a importância das rodadas de negócios, porém o perfil dos eventos não foi adaptado para os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Moda e Confecção. Os empreendedores precisam perceber, com clareza, qual o seu papel em uma rede associativa e como podem captar novos negócios através dessas ações.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Definir uma agenda de encontros de pequeno, médio e grande porte de forma sistêmica e associada visando executar um plano de atividades mais efetivas para os pequenos negócios.

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Reavaliar os eventos já existentes que promovem e incentivam novas parcerias.

Envolver e cobrar dos empresários da Cadeia de Valor a participação efetiva na formatação de eventos voltados a atender suas próprias demandas.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos locais, Secretaria de Desenvolvimento Econômico dos municípios, SEBRAE, SENAI.

3.7. Aproveitamento da prestação de serviços locais de design de Moda

Contexto: As atividades econômicas da Cadeia de Valor da Moda e Confecção possuem empresas com ambiente familiar e que ainda agregam todo o processo de produção internamente. A exceção se dá através da demanda por prestadores de serviços, como por exemplo, estilistas, agências de moda, designers e outras atividades relacionadas, que estão inseridos de forma mais recente no mercado. Parte expressiva das empresas da região possui dificuldades em enxergar oportunidades e ganhos de escala em firmar parcerias, fazendo com que elas não procurem, principalmente, prestadoras de serviços e com isso as atividades mais afetadas são aquelas relacionadas ao design.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Incentivar parcerias no ambiente sistêmico para promover a criação de novas peças. Promover workshops com estilistas renomados nacionalmente.

Capacitar de forma mais efetiva os agentes de moda e design de vestuário e acessórios locais, através de novas vagas nos cursos.

Principais parcerias institucionais: SENAI, SEBRAE, Instituições de Ensino, Armazém da Criatividade, Associações e Sindicatos Locais.

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3.8. Utilização da internet para comercialização e divulgação

Contexto: As empresas de confecção de vestuários e acessórios, principalmente as mais antigas na região, possuem forte aversão ao uso da internet para comercialização dos seus produtos, por não se sentirem seguras com essa modalidade ou por não entenderem como funciona. O e-commerce pode ser um bom meio de exposição e venda dos produtos, mas é necessário dedicar tempo e conhecimento neste novo negócio ou terceirizar a operação.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Difundir informações sobre e-commerce e negócios digitais a fim de fomentar novos profissionais com habilidades para trabalhar na área.

Promover a associação de empresas da região para operar um marketplace coletivamente, diminuindo os custos do negócio.

Difundir as plataformas de comércio eletrônico e marketplaces já existentes.

Principais parcerias institucionais: SEBRAE, SENAI, C.E.S.A.R., Armazém da Criatividade, Porto Digital.

3.9. Disseminação da importância da formalização para produtores e comerciantes da Cadeia de Valor da Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional

Contexto: A informalidade ocorre, principalmente, pela falta de conhecimento que os fabricos de micro e pequeno porte têm das vantagens em se formalizar. Esses fabricos são artesanais, muitas vezes localizados em áreas residenciais e de baixa capacidade produtiva, porém com elevada quantidade de empresas. O grau de informalidade da Cadeia de Valor de Moda e Confecção influencia diretamente a competitividade dos agentes cadastrados que contribuem legalmente com o fisco. Os produtos comercializados informalmente são destinados ao comércio atacadista e vendidos em feiras do Agreste Central, tendo como foco principal a feira da Sulanca, em Caruaru. A informalidade é justificada pela alta carga tributária, conforme relatos dos agentes da Cadeia de Valor, mas traz gargalos para o

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próprio setor, quando o impossibilita de ter acesso ao crédito e a mercados de outras regiões. Além disso, o não recolhimento de impostos traz prejuízos para os Municípios da região, também. O cooperativismo pode vir a ser uma alternativa viável e relativamente simples para resolver parte deste problema dos pequenos negócios desta Cadeia de Valor.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Evidenciar, por meio das Associações e Sindicatos locais, a importância da formalização para captação de crédito junto a bancos de fomento, com a finalidade do refinamento da produção e maior recolhimento dos tributos para os municípios envolvidos.

Incentivar o cooperativismo para não onerar pequenos produtores. Aumentar as ações de fiscalização e os canais de denúncia relacionados à informalidade.

Principais parcerias institucionais: Secretaria da Fazenda dos Municípios, SENAI, SEBRAE, Associações e Sindicatos locais.

3.10. Programa de incentivo ao consumo dos produtos da Cadeia de Valor de Moda e Confecção, valorizando a produção local

Contexto: Nos últimos anos a Cadeia de Valor de Moda e Confecção tem sofrido forte concorrência externa, principalmente com relação a produtos provenientes da China, pelo baixo valor cobrado do produto final. Porém, devido a desvalorização Real frente ao Dólar, o mercado tem registrado uma diminuição da concorrência estrangeira, por conta da redução do poder de compra dos importadores e do aumento relativo dos preços dos produtos importados. A oportunidade é potencializada pela desvalorização do Real, mas precisa ser aproveitada com investimentos em marketing, divulgando a qualidade dos produtos da Cadeia de Valor de Moda e Confecção, levando aos consumidores respaldo e confiança na qualidade dos produtos da região. Esta ação sistêmica precisa envolver desde agentes do setor público até os pequenos negócios da Cadeia de Valor, com investimentos em marketing.

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Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Criar mecanismos de valorização do produto local, que por questões históricas e de estrutura, sempre foi visto como de baixa de qualidade.

Apoiar o investimento em marketing para a valorização das marcas e o aumento do market share, aproveitando o enfraquecimento do mercado estrangeiro.

Estimular, através de cursos e palestras, a mudança de concepção com relação ao corte de investimentos com as áreas que possuem retorno de médio e longo prazo, como é o caso das áreas relacionadas ao marketing das empresas.

Parcerias institucionais: Associações e Sindicatos locais, Empresas de marketing e publicidade da região, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado.

3.11. Descentralização das vendas e redução do risco

Contexto: A carteira de clientes das empresas do Agreste Central e Setentrional de Pernambuco é pouco diversificada, ficando condicionados a sazonalidades e instabilidades comerciais locais e regionais, deixando-as vulneráveis financeiramente. A formalização dos negócios ajuda para que novos mercados possam ser explorados, mas outras ações de interação com compradores de outros mercados e a diversificação da produção para atender a estas demandas precisam ser desenvolvidos.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Promover encontros com possíveis novos compradores e salientar a importância da diversificação dos produtos comercializados.

Criar cursos de fabricação de peças complexas, de maior valor agregado.

Realizar encontros, cursos e workshops para qualificação da mão de obra local.

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Principais parcerias institucionais: SEBRAE, SENAI, FIEPE, Instituições de Ensino, Associações e Sindicatos da Região.

3.12. Melhoria da qualidade dos vestuários e acessórios produzidos no território

Contexto: O mercado da moda é diversificado e tem uma elasticidade de demanda muito elevada. Estas características fazem com que o lado da oferta tenha uma necessidade de adaptação a mudanças constante, fazendo com que as empresas estejam sempre alinhadas às tendências dos mercados local, regional, nacional e global. As rodadas de negócios e as feiras do empreendedorismo que o SEBRAE promove fazem com que os pequenos negócios da Cadeia de Valor de Moda e Confecção se voltem aos diferentes mercados, inclusive os que demandam produtos mais refinados e, consequentemente, de maior valor agregado.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Criar campanhas de marketing e articulação com a mídia para mudar a concepção que o público externo tem com relação aos produtos da região.

Incentivar o investimento em conceitos de novas peças, marketing, planejamento e gestão da qualidade. Desenvolver oficinas de trabalho, palestras, cursos de melhoria da qualidade dos produtos.

Principais parcerias institucionais: Secretaria de Desenvolvimento do Estado, SEBRAE, SENAI, FIEPE, Associações e Sindicatos locais, Armazém da Criatividade, Banco do Nordeste, BNDES.

3.13. Análise sistemática das mudanças de comportamento do mercado local

Contexto: As instabilidades política e financeira do Brasil trouxeram mudanças ao mercado local. O comércio varejista na região caiu vertiginosamente, o que gerou grande

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quantidade de demissões, porém as vendas no atacado ganharam mercado e agora é parte significativa do faturamento da maioria das empresas locais. Essa mudança de comportamento está fazendo com que as empresas fiquem cada vez mais especializadas no atacado, destinando o varejo para sacoleiros informais. Estes sacoleiros informais são, em grande parte, novos autônomos que se encontram deslocados de seus mercados de trabalhos originais. A formalização e o incentivo à inclusão neste novo mercado devem ser desenvolvidos para que os novos entrantes não representem risco à Cadeia de Valor de Moda e Confecção.

Recomendações Ambiente mais impactado

Empresarial Setorial Sistêmico

Desenvolver ações de identificação e apoio aos novos entrantes na Cadeia de Valor.

Difundir as vantagens tributárias do Microempreendedor individual.

Realizar cursos, palestras e workshops sobre o funcionamento da Cadeia de Valor, gerenciamento de negócios, precificação, atendimento e vendas.

Principais parcerias institucionais: Secretaria da Fazenda do Estado, SEBRAE, SENAI, associações e sindicatos.

3.14. Estímulo à mudança na modalidade de pagamento adotada pela Cadeia de Valor de Moda e Confecção

Contexto: O meio de pagamento de grande parte das vendas realizadas na região é em espécie, colocando em risco a segurança de clientes e dos pequenos negócios. A insegurança na região foi apontada como um dos motivos para a diminuição dos clientes dos pequenos negócios nos últimos anos. Quase nenhuma empresa possui meios de pagamentos alternativos, além de ofertarem descontos altos para pagamentos em espécie, pois estão na informalidade e não tem como declarar as vendas à Receita Federal, ou mesmo emitir notas fiscais.

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Recomendações Ambiente mais impactado

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Difundir as vantagens em diversificar a forma de pagamento. Ferramentas de pagamento online devem ser vistas como alternativas;

Inserir operadoras de cartão de crédito em eventos com pequenos negócios, com oferta de redução de custos de adesão;

Promover negociações com bancos e operadoras de cartão de crédito para obter taxas diferenciadas, pacotes, promoções específicos à cadeia de valor.

Principais parcerias institucionais: Operadoras de cartão de crédito, Financeiras, SEBRAE.

3.15. Realização de pesquisa quantitativa anual junto às empresas da Cadeia de Valor da Moda e Confecção

Contexto: Com base em estudos e entrevistas anteriores, identificou-se a necessidade de realizar pesquisa quantitativa para atualização e ampliação dos padrões de oferta e demanda dos pequenos negócios no território. Aspectos mercadológicos, institucionais, organizacionais e de inovação precisam estar sempre sendo caracterizados para permitir a maior assertividade dos diversos agentes que atuam para o desenvolvimento da Cadeia de Valor da Moda e Confecção.

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Recomendações Ambiente mais impactado

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Realizar pesquisa com aplicação de questionários padronizados junto a empresas da Cadeia de Valor, com amostragem de confiabilidade de 90% do total de pequenos negócios da Cadeia de Valor no território, preferencialmente no segundo semestre do ano corrente.

Tratar dados, analisar e divulgar os resultados obtidos na pesquisa quantitativa junto a parceiros institucionais e empresas da Cadeia de Valor.

A partir dos resultados, reorientar atuação das instituições na Cadeia de Valor da Moda e Confecção.

Principais parcerias institucionais: Associações e Sindicatos, Federações e SEBRAE.

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4. Considerações finais

O presente estudo da Cadeia de Valor de Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional indica que esta cadeia tem grande vantagem por estar concentrada em um polo. Esta alta concentração de empresas em uma pequena região geográfica traz ganhos de escala e externalidades positivas, como a facilidade para contratar mão de obra, o acesso a fornecedores de insumos, a organização de centros comerciais destinados exclusivamente para a venda destes produtos, dentre outras. Outro fato importante desta Cadeia de Valor, exemplificado em vários momentos do estudo, é a capacidade empreendedora e adaptabilidade a mudanças que os empresários do segmento detém.

Diversas oportunidades existem na Cadeia de Valor de Moda e Confecção. A partir de uma formalização de muitos dos pequenos negócios, pode-se abrir uma variedade de novos segmentos de atuação, destacando-se o comércio através de meios digitais, a expansão para mercados nacionais, bem como a agregação de valor em parceria com outros segmentos da indústria da moda.

Por outro lado, o estudo também apresenta que problemas internos à cadeia precisam ser resolvidos. Apesar destes negócios se encontrarem em um cluster3, há um problema muito sério de renovação de mão de obra em segmentos da Cadeia de Valor que exigem uma qualificação mais elevada. Por conta da informalidade que atinge muitos dos pequenos negócios da Cadeia de Valor, percebe-se que a falta de profissionalismo predomina, inclusive com formas de pagamento muito precárias. Além disso, os problemas ambientais permeiam na região, tingindo rios e, pior do que isso, tirando oportunidades de novos negócios com representantes da indústria da moda que estão cada vez mais exigentes quanto ao padrão de produção, no que tange a sustentabilidade ambiental e social. Outro entrave do setor produtivo é a falta de produção de insumos locais, dificultando uma maior integração entre os negócios desta Cadeia de Valor. Por fim, destaca-se que vários destes fatores denigrem a imagem do produto, fazendo com que sejam associados a produtos de baixa qualidade.

O cenário cambial atual traz, de certa forma, oportunidades para a Cadeia de Moda e Confecção. Apesar da concorrência chinesa ser sempre uma preocupação para o setor, os produtos importados estão mais caros e as importações vem diminuindo. Por outro lado, a crise

3 Arranjo Produtivo Local, em português.

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econômica tem consequências sobre a renda das famílias, que podem trazer, também, reduções futuras no consumo de produtos e serviços relacionados à Cadeia de Valor.

É Importante destacar, porém, que muitas ações precisam ser desenvolvidas, a exemplo das diretrizes que foram listadas neste estudo, para que gargalos e problemas como a informalidade dos pequenos negócios que gera falta de profissionalismo; problemas com tributos altos e crédito escasso; e, oferta local de insumos incipiente, dentre outros da Cadeia de Valor de Moda e Confecção, venham a ser resolvidos.

Por fim, ao apresentar esse estudo analítico e prospectivo das interações entre os pequenos negócios na Cadeia de Valor de Moda e Confecção do Agreste Central e Setentrional, o SEBRAE Pernambuco tem a satisfação de contribuir aqui com o objetivo institucional de promover o conhecimento sobre e para os pequenos negócios.

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5. Referências

Associação Brasileira do Franchising (ABF). Desempenho do Franchising em 2015. <http://www.portaldofranchising.com.br/central/Content/UploadedFiles/Arquivos/desempenho-franchising-novo-2015.pdf>. Acesso em Abril, 2016.

Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA/IBGE), <http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acesso em Março, 2016.

Kotler, Philip e Keller, Kevin Lane. Administração de Marketing. Ed. 14. Pearson Education, 2012.

Portal Administração. Análise SWOT Conceito e Aplicação. <http://www.portal-administracao.com/2014/01/analise-swot-conceito-e-aplicacao.html> Acesso em Abril, 2016.

Porter, M.E. Vantagem Competitiva. Criando e Sustentando um Desempenho Maior. Ed. Campus, 27ª. Ed. 1989.

Receita Federal do Brasil. Estatísticas do SIMPLES Nacional. <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Aplicacoes/ATBHE/estatisticasSinac.app/>. Acesso em Março, 2016.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Arranjo Produtivo Local – Série Empreendimentos Coletivos. <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Arranjo-produtivo-local-%E2%80%93-S%C3%A9rie-Empreendimentos-Coletivos>. Acesso em Abril, 2016

_______________. Programa Nacional de Encadeamento Produtivo. <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/Programa-Nacional-de-Encadeamento-Produtivo>. Acesso em Abril, 2016.

_______________. ENCADEAR. Fórum de Encadeamento Produtivo. Pequenas e Grandes Empresas Trabalhando Juntas. <http://www.encadearsebrae.com.br/Apresentacao.asp>. Acesso em Abril, 2016.

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APÊNDICES

Apêndice I - Relação, quantidades e descrição dos CNAE que compõem a Cadeia de Valor da Moda e Confecção no Agreste Central e Setentrional, por camada de agregação de valor, em março de 2016.

Apêndice II - Cartografia da distribuição espacial dos pequenos negócios da Cadeia de Valor da Moda e Confecção em Pernambuco (totais por município, e totais por camadas de agregação de valor), onde:

Mapa 1: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas na Cadeia de Valor da Moda e Confecção

Mapa 2: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Produção de Matéria-prima na Cadeia de Valor da Moda e Confecção

Mapa 3: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Beneficiamento na Cadeia de Valor da Moda e Confecção

Mapa 4: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Distribuição na Cadeia de Valor da Moda e Confecção

Mapa 5: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Comercialização na Cadeia de Valor da Moda e Confecção

Mapa 6: PERNAMBUCO – Quantidade de Empresas de Prestação de Serviços na Cadeia de Valor da Moda e Confecção

Apêndice III - Questionário para aplicação com pequenos negócios da Cadeia de Valor da Moda e Confecção

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CNAE QUE COMPÕEM A CADEIA DE VALOR DA MODA E CONFECÇÃO NO AGRESTE CENTRAL E

SETENTRIONAL, POR CAMADA DE AGREGAÇÃO DE VALOR, EM MARÇO DE 2016.

1 – PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Não há. - 0

TOTAL 0 CNAE 0

2 – BENEFICIAMENTO

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Acabamento de calçados de couro sob contrato 1531902 1

Alvejamento, tingimento e torção em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário 1340502 67

Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida 1412601 4.075

Confecção de roupas íntimas 1411801 378

Confecção de roupas profissionais, exceto sob medida 1413401 25

Confecção, sob medida, de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 1412602 387

Confecção, sob medida, de roupas profissionais 1413402 7

Curtimento e outras preparações de couro 1510600 4

Estamparia e texturização em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário 1340501 78

Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para segurança e proteção 1414200 80

Fabricação de artefatos de cordoaria 1353700 5

Fabricação de artefatos de couro não especificados anteriormente 1529700 16

Fabricação de artefatos de joalheria e ourivesaria 3211602 5

Fabricação de artefatos de tapeçaria 1352900 7

Fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico 1351100 147

Fabricação de artigos do vestuário, produzidos em malharias e tricotagens, exceto meias 1422300 20

Fabricação de artigos para viagem, bolsas e semelhantes de qualquer material 1521100 68

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Fabricação de aviamentos para costura 3299005 32

Fabricação de bijuterias e artefatos semelhantes 3212400 40

Fabricação de calçados de couro 1531901 12

Fabricação de calçados de materiais não especificados anteriormente 1539400 31

Fabricação de calçados de material sintético 1533500 5

Fabricação de linhas para costurar e bordar 1314600 1

Fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias do vestuário, do couro e de calçados, peças e acessórios

2864000 1

Fabricação de meias 1421500 1

Fabricação de outros produtos têxteis não especificados anteriormente 1359600 78

Fabricação de partes para calçados, de qualquer material 1540800 1

Fabricação de roupas de proteção e segurança e resistentes a fogo 3292201 1

Fabricação de tecidos especiais, inclusive artefatos 1354500 2

Fabricação de tênis de qualquer material 1532700 1

Facção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 1412603 1.397

Facção de roupas íntimas 1411802 40

Facção de roupas profissionais 1413403 49

Fiação de fibras artificiais e sintéticas 1313800 1

Lapidação de gemas 3211601 1

Lavanderias 9601701 109

Outros serviços de acabamento em fios, tecidos, artefatos têxteis e peças do vestuário 1340599 135

Preparação e fiação de fibras de algodão 1311100 4

Preparação e fiação de fibras têxteis naturais, exceto algodão 1312000 3

Tecelagem de fios de algodão 1321900 1

Tecelagem de fios de fibras artificiais e sintéticas 1323500 2

Tecelagem de fios de fibras têxteis naturais, exceto algodão 1322700 1

TOTAL 42 CNAE 7.319

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3 – DISTRIBUIÇÃO

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Comércio atacadista de artigos de armarinho 4641903 33

Comércio atacadista de artigos do vestuário e acessórios, exceto profissionais e de segurança

4642701 124

Comércio atacadista de bolsas, malas e artigos de viagem 4643502 6

Comércio atacadista de calçados 4643501 33

Comércio atacadista de joias, relógios e bijuterias, inclusive pedras preciosas e semipreciosas lapidadas

4649410 2

Comércio atacadista de roupas e acessórios para uso profissional e de segurança do trabalho

4642702 3

Comércio atacadista de tecidos 4641901 150

Representantes comerciais e agentes do comércio de têxteis, vestuário, calçados e artigos de viagem

4616800 37

TOTAL 8 CNAE 388

4 – COMERCALIZAÇÃO DE PRODUTOS ACABADOS

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Comércio varejista de tecidos 4755501 432

Comercio varejista de artigos de armarinho 4755502 633

Comércio varejista de artigos de tapeçaria, cortinas e persianas 4759801 32

Comércio varejista de artigos de óptica 4774100 231

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 4781400 5227

Comércio varejista de calçados 4782201 430

Comércio varejista de artigos de joalheria 4783101 86

Comércio varejista de artigos de relojoaria 4783102 28

Comércio varejista de suvenires, bijuterias e artesanatos 4789001 357

TOTAL 9 CNAE 7.456

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4 – COMERCALIZAÇÃO DE PRODUTOS ACABADOS

DESCRIÇÃO CNAE N. P.N.

Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos para a indústria têxtil, do vestuário, do couro e calçados

3314720 32

Aluguel de objetos do vestuário, jóias e acessórios 7723300 42

Reparação de calçados, bolsas e artigos de viagem 9529101 4

Reparação de relógios 9529103 4

Reparação de jóias 9529106 9

TOTAL 5 CNAE 91

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Questionário Aplicável ao Setor de Moda e Confecção no Agreste

Central

1 - Em que cidade está localizado o seu negócio?

2 - Qual é o tipo de atividade do negócio? (Marcar ao lado e sublinhar as atividades

correspondentes)

3 - Qual o enquadramento do porte da empresa?

4 - A compra do produto para fabricação/confecção/revenda dos produtos (ou contratação

dos serviços) é feita na região do Agreste Central (Caruaru e entorno)?

5 - Porque compra (ou contrata) fora da Região do Agreste Central? (Caso não compre

produtos ou contrate serviços na Região ou compre/contrate pouco) - Escolher uma ou mais

opções.

6 - Compraria ou voltaria a comprar se houvesse melhoria desses fornecedores locais?

Caruaru

Santa Cruz do Capibaribe

Toritama

Outro. Qual? _______________________________________________

Confecção/facção/fabricação

Reparos/manutenção/estamparia/lavanderia/aluguel/representação

Comércio atacadista/comércio varejista

Microempresário Individual

Microempresa

Empresa de Pequeno Porte

Sim, totalmente. Citar Municípios: _______________________________________________________

Sim, mais da metade dos produtos/serviços. Citar Municípios: _________________________________

Sim, menos da metade dos produtos/serviços. Citar Municípios: _______________________________

Sim, mas apenas poucos produtos/serviços. Citar Municípios: _________________________________

Não, toda minha matéria prima é comprada fora da região do Agreste, mas em outras regiões de Pernambuco. Citar Municípios: __________________________________________________________

A região não possui o(s) produto(s) que preciso comprar.

O preço do produto ou serviço local é elevado.

O fornecedor local não conseguiria atender a quantidade.

O produto ou serviço local é de baixa qualidade.

A entrega não é feita de forma adequada.

Outro motivo. Qual? ______________________________________________________

Não, toda minha matéria prima é comprada fora de Pernambuco.

Sim.

Não. Por que? ____________________________________________________________

Talvez. Por que? __________________________________________________________

Não conheço ninguém possa me fornecer eo que preciso na localidade.

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7 - Terceiriza algum serviço? Tais como: Serviços de acabamento, bordado, reparo,

embalagem, etiquetagem.

8 - Se sim, esse(s) serviço(s) é (são) feito(s) na região?

9 - Você conhece quem são seus concorrentes locais?

10 - Há trocas de informações entre Você e seus concorrentes?

11 - (Caso responda Sim na questão 10) Vocês compartilham alguns dos mesmos

fornecedores?

12 - Você conhece o programa Rodada de Negócios que o SEBRAE promove em algumas

regiões com o intuito de reunir empresários que demandam e ofertam produtos e serviços?

12.1 - (Caso respondeu Não ou Sim, mas nunca participou) Gostaria de participar?

13 - O que você acha que o SEBRAE poderia fazer para promover negócios entre empresários

de moda e confecção na Região do Agreste Central? (Escolher uma ou mais opções).

Sim, todos.

Sim, alguns.

Não.

Sim, Trocamos informações sobre:

Não troco informações com meus concorrentes.

Sim, fornecedores da Região do Agreste e externos.

Sim, mas apenas fornecedores da Região do Agreste.

Sim, mas apenas fornecedores externos.

Não trabalhamos com os mesmo fornecedores.

Sim, Qual (is)? ___________________________________________________________Não.

Sim. Citar onde: _____________________________________________________________________

Não. Citar onde: _____________________________________________________________________

Sim, já participei.

Sim, mas nunca participei.

Não.

Palestras, workshops, seminários, simpósios.

Expandir os programas já existentes para mais localidades, como por exemlo a Rodada de Negócios e Econtros Empresarias.

Outro: ________________________________________________________________________Nada, acredito que o SEBRAE já faz o suficiente para o desenvolvimento da região.

Mercado geral e local

Fornecedores

Clientes

Preço da mercadoria

Custos gerais

Outros: _______________________________________________

Sim.

Não.

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Cadeia de Valor da MODA E CONFECÇÃO - ACS

14 - A concorrência externa à região afeta de alguma maneira o faturamento do seu negócio?

15 - Existe qualificação suficiente da mão-de-obra local?

16 - Existem órgãos que qualifiquem e certifiquem a mão-de-obra da região?

17 - Você conhece quem são seus clientes? (Escolher uma ou mais opções)

17.1 - (Caso responda sim na questão 17) De quais segmentos são esses clientes?

18 - De que forma Você acha que poderia ser melhor percebido pelo mercado local? (Escolher

uma ou mais opções)

19 - Você enxerga oportunidades para o desenvolvimento das atividades de moda e

confecção na sua cidade?

Sim, diretamente.

Sim, mas de forma sensível.

Não afeta o meu faturamento.

Sim.

Não. Citar o(s) segmento(s) carente(s):

Sim, quais? _________________________________________________________

Não.

Sim, quais? _________________________________________________________________________

Não. Por que? _______________________________________________________________________

Sim, são pessoas da região do Agreste Central. Citar onde:___________________________________________________________________________

Sim, são pessoas de outras regiões do Estado ou fora do Estado. Citar onde: __________________________________________________________________________

Não conheço as características do meu cliente.

Com maior investimento em marketing local e maior exposição da minha marca nas mídias sociais.

Através de uma participação mais ativa da associação, reunindo empresas do setor e contratando serviços de marketing.

Com maior apoio do sistema S (SEBRAE, Senai e Senac) para novos cursos de inserção em vendas diretas e indiretas.

Criação de E-commerce (Vendas online).

Outros: _____________________________________________________________

Acredito que já sou percebido por toda população local.

Vendas/Representação

Manutenção/Reparo

Bordado/Costura

ProduçãoOutros: __________________________________________

Confecção/facção/fabricação

Reparos/manutenção/estamparia/lavanderia/aluguel/representação

Comércio atacadista/comércio varejista

Fazendo parcerias com outras empresas para ampliação de visibilidade da marca.

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