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ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
EMPREENDIMENTO: POSTO PINHALZINHO
ATIVIDADE: COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS EM
POSTO DE ABASTECIMENTO, COM LAVAGEM
E LUBRIFICAÇÃO DE VEÍCULOS
Pinhalzinho/SC, 2016.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3 2 OBJETO DO ESTUDO ........................................................................................................ 3 3 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO ..................................................................... 4 4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .............................................................. 4
4.1 Localização ................................................................................................................... 4 4.2 Planta de situação do empreendimento ......................................................................... 6 4.3 Características técnicas do empreendimento ................................................................. 6 4.4 Fontes de Abastecimento de Água ................................................................................ 8 4.5 Efluentes Líquidos......................................................................................................... 8 4.6 Destino dos Resíduos Sólidos ....................................................................................... 9
5 COMPATIBILIDADE COM A LEGISLAÇÃO INCIDENTE .......................................... 11 6 ÁREA DE INFLUÊNCIA ................................................................................................... 12 7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ....................................... 13
7.1 Uso e ocupação do solo ............................................................................................... 13 7.2 Hidrogeologia .............................................................................................................. 13 7.3 Cobertura vegetal ........................................................................................................ 14 7.4 Fauna terrestre local .................................................................................................... 14 7.5 Condições Socioeconômicas ....................................................................................... 14 7.6 Existência de indícios de vestígios arqueológicos, históricos ou artísticos ................. 14
8 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ...................................................... 15 9 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS ..................................................... 18 10 PROGRAMAS AMBIENTAIS ...................................................................................... 19 11 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 25 12 RESPONSABILIDADE TÉCNICA ............................................................................... 26
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1 INTRODUÇÃO
O Estudo de Impacto Ambiental é um estudo técnico que oferece elementos para
a análise da viabilidade ambiental de empreendimentos ou atividades consideradas
potencial ou efetivamente causadoras de degradação do meio ambiente. O Estudo aborda
a interação entre elementos dos meios físico, biológico e socioeconômico, buscando a
elaboração de um diagnóstico da área de influência do empreendimento, possibilitando a
avaliação dos impactos resultantes da operação do empreendimento. Além disso, propõe
ações mitigadoras ou de controle ambiental a serem realizadas, descritas nos Programas
Ambientais, visando solucionar os problemas detectados.
2 OBJETO DO ESTUDO
Este estudo baseia-se no Posto Pinhalzinho, o qual já está instalado e vem realizando
o comércio de combustíveis líquidos e gasosos em posto de abastecimento, posto de
revenda, com lavagem e lubrificação de veículos, o qual está em processo de ser assumido
pela Cooperitaipu.
Nome do empreendimento: POSTO PINHALZINHO
CNPJ: 83.301.135/0001-14
Endereço: Avenida Belém, 975, Centro. Pinhalzinho/SC
Coordenadas geográficas: 26°51'0.92"S, 52°59'9.83"O
Atividades: Comércio de combustíveis líquidos e gasosos em posto de abastecimento.
Horário de funcionamento: Segunda a Sábado, das 06:00 ás 20:00
Licença Ambiental de Operação: N° 5998/2014 – PAB/10114/CEO – FATMA/SC.
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Figura 1 – Vista frontal do local onde se situa o empreendimento
3 JUSTIFICATIVA DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento está inserido no município há alguns anos e vem realizando suas
atividades de acordo com a legislação vigente. Em função da mudança de responsável
legal pela operação do empreendimento, solicitou-se este estudo de impacto ambiental –
EIA, para avaliação dos aspectos ambientais decorrentes da atividade. Dessa forma, o que
segue neste estudo são itens relacionados a atual situação do posto (diagnóstico) quanto
a situação ambiental e medidas propostas para mitigar os impactos negativos que possam
ser causados pela atividade.
4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
4.1 Localização
O empreendimento localiza-se no centro da cidade de Pinhalzinho, Av. Belém, n°
975. O acesso ao local ocorre, por localiza-se em uma esquina, pela Rua João Pessoa ou
Avenida Belém. As vias são asfaltadas e em bom estado de conservação.
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Figura 2 – Localização
Fonte: Adaptado de Google, 2016.
Figura 3 – Localização
Fonte: Adaptado de Google, 2016.
Coordenadas:
UTM: 302655.20 m E
7028608.47 m S
GEOGRÁFICAS: 26°51'0.90"S
52°59'10.33"O
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4.2 Planta de situação do empreendimento
A planta abaixo indica as áreas de abastecimento através das bombas, área edificada
(administrativo e conveniência) e área onde localizam-se os tanques subterrâneos de
armazenamento de combustíveis. O que não consta na planta são as áreas de lavação
(desativada) e de borracharia (terceirizada).
Figura 4 – Planta de localização das bombas e tanques
4.3 Características técnicas do empreendimento
A atividade principal do estabelecimento é a comercialização de combustíveis
líquidos derivados de petróleo e álcool para veículos automotores. Realiza também os
serviços de calibragem de pneus e lubrificação de veículos. Possui capacidade total de
armazenamento de 75 m3, distribuídos da seguinte forma:
1 tanque do tipo jaquetado, com capacidade de 15 m3, para armazenamento de
gasolina aditivada;
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1 tanque do tipo jaquetado, com capacidade total de 30m3, bipartido
compartimentado (10 m3 + 20 m3) para armazenamento de etanol e gasolina comum;
1 tanque do tipo jaquetado, com capacidade total de 30 m3, bipartido
compartimentado (10 m3 + 20 m3) para armazenamento de diesel S10 e diesel S500.
Todos os tanques possuem válvulas de pressão e vácuo, retentoras de vapores e
sump de bombas, filtros e tanques. O tanque de armazenamento de óleo usado possui
capacidade para 1000 Litros, e sua armazenagem é superficial, em recipiente adequado.
Na área onde localizam-se os tanques de combustível subterrâneos, na qual ocorre
a descarga de combustível, assim como em toda pista de abastecimento, onde estão as
bombas de abastecimento, o posto possui piso impermeabilizado com uma camada de
concreto armado, com a função de evitar a contaminação do subsolo, pois sua forma
garante o escoamento dos líquidos (água com presença de óleo, combustíveis ou outros
contaminantes) pela sua superfície até as canaletas.
As canaletas coletoras estão instaladas no entorno da pista de abastecimento, com
o objetivo de levar a água da pista para as canaletas, direcionando-as ao sistema de
tratamento do efluente gerado.
Figura 5 – Canaletas de drenagem da pista
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É importante ressaltar que o piso e as canaletas devem estar em bom estado, não
apresentando trincas, fraturas ou juntas de dilatação abertas.
4.4 Fontes de Abastecimento de Água
O abastecimento de água ocorre por sistema de abastecimento público, através da
concessionária CASAN e través de poço artesiano instalado no local, assim não
sobrecarregando o sistema.
4.5 Efluentes Líquidos
Em relação aos sistemas de saneamento básico, Pinhalzinho não conta com sistema
de coleta e tratamento de esgoto sanitário, desta forma todo esgoto sanitário gerado pelo
empreendimento é tratado individualmente, por sistema próprio.
O sistema de lavagem de veículos está atualmente desativado. Assim, os efluentes
líquidos são compostos apenas pela água, óleo, areia e poeiras coletados pelas canaletas
da pista de abastecimento e tancagem, e são direcionados a um sistema de tratamento.
Figura 6 – Sistema Separados Água e Óleo (SSAO)
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O tratamento do efluente do posto, através de sistema separador água e óleo,
consiste em três caixas de armazenagem das águas contaminadas, onde ocorrerá o
tratamento pelo processo físico-químico, usando a tendência do óleo flutuar na água e a
lama depositar-se no fundo.
A lama retida e acumulada nas caixas deverá ser removida periodicamente, devendo
ter destino final apropriado em aterro sanitário, da mesma forma, a camada oleosa
acumulada na superfície do líquido deve ser removida com frequência para que não passe
às próximas caixas. A tendência é que entre a primeira caixa e a última, o sistema retenha
todo o óleo e lodo presente no efluente, liberando ao fim um efluente com as
características adequadas possibilitando seu lançamento nas galerias de coleta.
4.6 Destino dos Resíduos Sólidos
A geração de resíduos pela atividade é em sua maior parte composta de resíduos
recicláveis (embalagens) e contaminados, aqueles com presença de óleo lubrificante ou
outro resíduo contaminado em função do manuseio nas atividades, e lodo do SSAO.
O posto possui contrato de serviços de coleta dos resíduos Classe I, perigosos,
através da empresa CETRIC. Os demais resíduos, no ato da coleta, são acompanhados de
certificado de coleta comprovando sua destinação (óleo lubrificante e suas embalagens).
Abaixo apresenta-se os comprovantes de destinação, respectivamente dos resíduos
sólidos: óleo lubrificante usado, embalagens de óleo lubrificante e contaminados:
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5 COMPATIBILIDADE COM A LEGISLAÇÃO INCIDENTE
1. Legislação Municipal:
LEI COMPLEMENTAR Nº 144/2012 - Institui o plano diretor participativo do município
de pinhalzinho e dá outras providências
LEI COMPLEMENTAR Nº 165/2014 - Altera o plano diretor participativo do município
de pinhalzinho e dá outras providências
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2. Legislações Estaduais:
IN 01 – Fundação Estadual do Meio Ambiente (FATMA)
Lei 14.675/2009 – Código Estadual do Meio Ambiental de Santa Catarina
3. Legislações Federais:
Lei 6.938/1981 –Política Nacional do Meio Ambiente
Lei 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos
Lei 12.651/2012 –Novo Código Florestal Brasileiro
Resolução CONAMA 362/2005 – Dispõe sobre a coleta e destinação de óleo lubrificante
usado ou contaminado
Resolução CONAMA 416/2009 – Destinação ambientalmente adequada de Pneus
Resolução CONAMA 430/2011 Altera a 357 - Condições e padrões de lançamento de
efluentes
NBR 10.151 - Avaliação de ruído em área habitada
NBR 10.004 – Classificação de Resíduos Sólidos
6 ÁREA DE INFLUÊNCIA
Para caracterizar a influência do empreendimento, tanto no meio físico, social e
econômico, foram delimitadas as áreas direta e indiretamente afetadas por seus impactos.
A Área de Influência Indireta (AII) pode ser considerada a região indiretamente afetada
pelos impactos, sofrendo as consequências, positivas ou negativas, deste empreendimento,
ou seja, o município como um todo e sua população.
A Área de Influência Direta (AID) corresponde às transformações primárias/diretas
devido ao empreendimento, dessa forma considerou-se a própria área onde está instalado
o Posto Pinhalzinho e a região do entorno, em função de serem estas que irão sentir
diretamente os impactos gerados durante o período de funcionamento do estabelecimento,
principalmente os físicos, como aumento do fluxo de veículos, contaminações ambientais
caso ocorra vazamentos/explosões, etc. Está delimitada na imagem a seguir a abrangência
definida para a área que sofre diretamente as influências práticas do empreendimento.
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Figura 7 – Delimitação da área de influência direta do empreendimento
Fonte: Adaptado de Google Earth, 2016.
7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
As informações a serem abordadas neste item correspondem a um diagnóstico da
área de influência direta (AID) do empreendimento definida no item anterior, refletindo
as condições atuais dos meios físico, biológico e socioeconômico.
7.1 Uso e ocupação do solo
A Área de Influência Direta (AID) do empreendimento caracteriza-se, de maneira
geral, pelo uso comercial, de serviços, área verde (Praça central) e residencial em menor
escala. Dessa forma, o uso e ocupação do solo pelo empreendimento está adequado ao
que requer o Plano diretor municipal. No ramo de serviços, há nas proximidades duas
escolas, clínicas odontológicas, mecânica, centro de belezas, bancos, etc., que não sofrem
as consequências do posto de combustível.
7.2 Hidrogeologia
Próximo ao local não se observa a presença de recursos hídricos naturais ou
artificiais, perenes ou intermitentes (riachos, sangas, açudes, lagos, lagoas, nascentes, rios,
drenagens, linhas de talvegue, áreas alagáveis ou inundáveis, banhados, afloramento do
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lençol freático, etc.). O mais próximo, aproximadamente a 500 metros, está a “Praça do
Lago”, de propriedade municipal, que é um ambiente de nascentes onde formou-se um
espaço recreativo. A captação de água para abastecimento público ocorre em local
distante do empreendimento, não sendo interferida pelas atividades do mesmo.
7.3 Cobertura vegetal
A edificação está inserida em área consolidada, não havendo presença de vegetação
nativa no local, bem como unidades de conservação no entorno do empreendimento.
Também não há recursos hídricos nas proximidades da área, desta forma não há a
presença nem a necessidade de áreas de preservação permanente – APP. A cobertura
vegetal é composta apenas pela arborização urbana presente em canteiros e calçadas.
7.4 Fauna terrestre local
Não há presença de fauna terrestre próximo ao empreendimento, apenas pássaros
que venham a transitar pelo local. Não se observou interferência pelo empreendimento
em espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras
ou ameaçadas de extinção.
7.5 Condições Socioeconômicas
O local caracteriza-se por área urbanizada e consolidada, com uso mínimo de
recursos naturais. Também não há previsão de utilização futura destes recursos.
O entorno do empreendimento caracteriza-se, de maneira geral, pelo uso comercial,
de serviços e residencial em menor escala. Há também equipamentos comunitários de
educação e lazer, como escolas e a praça central. Há a disponibilidade de equipamentos
urbanos como abastecimento de água, rede elétrica, telefonia e drenagem pluvial. Não há
serviço de coleta e tratamento de esgoto, sendo este tratado individualmente por cada
estabelecimento/residência.
7.6 Existência de indícios de vestígios arqueológicos, históricos ou artísticos
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Não há indícios, informações ou evidências da existência de sítios arqueológicos,
históricos ou artísticos no local ou proximidades do empreendimento, ou áreas de
interesse histórico, paisagístico ou cultural que deve ser preservado a fim de evitar a perda
ou o desaparecimento das características que lhes conferem peculiaridade.
8 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
A seguir serão identificados sistematicamente os impactos ambientais gerados na
fase de operação da atividade, já que a fase de implantação já ocorreu e não cabe mais
sua avaliação.
A análise dos impactos ambientais ocorrerá através de identificação, previsão da
magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes,
discriminando: os impactos benéficos e adversos, diretos e indiretos, a frequência e
probabilidade de ocorrência e seu grau de gravidade; da seguinte forma:
Tabela 1 - Classe do Impacto
PESO CLASSE SITUAÇÃO
B Benéfico Impacto que altera positivamente o meio ambiente
A Adverso Impacto que altera negativamente o meio ambiente
Tabela 2 – Abrangência
PESO GRAU SITUAÇÃO
1 Direto Atinge somente a área compreendida pelos limites do
posto, ou até de forma pontual
2 Indireto Atinge áreas fora dos limites do posto revendedor de
combustível
Tabela 3 – Frequência/Probabilidade
PESO GRAU SITUAÇÃO
1 Rara Ocorre uma vez por mês, ou menos
3 Baixa Ocorre duas ou mais vezes por mês
5 Alto Ocorre uma ou mais vezes por dia ou continuamente
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Tabela 4 – Gravidade
PESO GRAU SITUAÇÃO
0 Positivo Impacto com significância positiva ao
empreendimento e sua abrangência
1 Pouco
negativo
Impacto mensurável, mas pouco significativo ou
facilmente minimizável
3 Negativo Impacto significativo
5 Muito
negativo
Impacto irreversível, implicando em alterações
negativas profundas no ambiente
A Classificação do Impacto Ambiental será feita para os impactos classificados
como adversos, e será baseada no resultado do somatório dos pesos obtidos, onde poderá
resultar nos seguintes Graus de Significância:
Tabela 5 – Grau de significância
Avaliação Geral dos Impactos Adversos
Somatório Situação
Até 3 Desprezível (D) Facilmente minimizável
4 a 7 Moderado (M) De minimização difícil, dispendiosa ou custosa
8 a 12 Crítico (C) Muito difícil ou impossível de minimizar, apenas
remediar
A seguir serão apresentadas as avaliações dos aspectos relacionados a operação
da atividade com seus respectivos impactos ambientais. Paralelamente, foram analisados
os parâmetros descritos anteriormente para melhor interpretação dos mesmos. O
somatório dos pesos, descritos na coluna “Grau de significância” mostra a menor ou
maior significância do impacto negativo.
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Tabela 6 – Relação de aspectos e impactos
ASPECTO IMPACTO
CL
AS
SE
AB
RA
NG
ÊN
CIA
FR
EQ
UE
NC
IA/
PR
OB
AB
ILID
AD
E
GR
AV
IDA
DE
GRAU DE SIGNIFI-
CÂNCIA
Soma Situ-
ação
Transbordamento de
canaletas da pista
Alteração da
qualidade do solo A 1 1 1 3 D
Vazamento de
combustíveis dos
tanques e/ou tubulações
Alteração da
qualidade do solo e
águas subterrâneas
A 2 1 5 8 C
Gotejamento de
combustíveis na bomba
de abastecimento
Comprometimento
da qualidade do
solo
A 1 1 5 7 M
Emissão de VOC´s
(Compostos orgânicos
voláteis) no
abastecimento e/ou
armazenamento
Alteração da
qualidade
atmosférica /
Odores
A 2 3 1 6 M
Explosões /
Incêndios A 2 1 5 8 C
Falta de manutenção e
limpeza das caixas do
SSAO
Alteração da
qualidade do solo e
águas subterrâneas
A 1 1 3 5 M
Despejo de efluentes
fora dos limites/padrões
de Emissão
Alteração da
qualidade do solo e
águas subterrâneas
A 2 1 3 6 M
Descarte inadequado de
resíduos sólidos
Alteração da
qualidade do solo A 2 1 5 8 C
Mistura de resíduos
sólidos
Contaminação e
impossibilidade de
reaproveitamento
A 1 1 3 5 M
Descarte inadequado de
óleo lubrificante usado e
embalagens
Alteração da
qualidade do solo,
água subterrânea e
superficial
A 2 1 5 8 C
Pequenos
derramamentos de óleo
na pista
Alteração da
qualidade do solo,
água subterrânea e
superficial
A 1 3 3 7 M
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Pagamento de impostos Melhoria na
infraestrutura local B 2 - 0
Geração de emprego Incremento na
renda da população B 2 - 0
Estabelecimento
comercial
Oportunidade de
emprego e
valorização
imobiliária
B 2 - 0
9 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS
Após análise dos impactos ambientais que podem ocorrer com a atividade aqui
especificada, foram propostas medidas que visam minimizar ou compensar os impactos
adversos identificados no item anterior. Nos casos em que a implantação da medida não
couber ao empreendedor, será indicada a pessoa física ou jurídica competente.
Tabela 7 – Definição de medidas mitigadoras
IMPACTO MEDIDAS MITIGADORAS RESPONSÁVEIS
Contaminação do solo pelo
transbordamento de
canaletas
Manter as canaletas
desobstruídas e limpas;
Evitar a presença de fissuras ou
trincas nas canaletas e pista
Estabelecimento e
funcionários
Contaminação do solo e
águas subterrâneas por
vazamentos de combustíveis
dos tanques e tubulações
Realizar testes de estanqueidade
conforme Programas sugeridos.
Garantir a qualidade dos
equipamentos e instalações
através de manutenções
Estabelecimento
Contaminação do solo por
gotejamento de
combustíveis da bomba de
abastecimento
Realizar testes e ajustes nos
equipamentos;
Manuseio adequado
Estabelecimento
Contaminação do solo e
águas subterrâneas pela má
operação do SSAO
Realizar a limpeza periódica e
manutenção sempre que
necessário;
Dar destino adequado aos
resíduos provenientes do SSAO
Estabelecimento
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Contaminação do solo e
águas subterrâneas pela
emissão de efluentes fora
dos padrões
Garantir a eficiência do sistema
de tratamento instalado, através
de limpezas, manutenções e
adequações;
Realizar monitoramento
conforme Programas sugeridos.
Estabelecimento
Contaminação do solo pelo
descarte inadequado de
resíduos sólidos
Implementar um Programa de
gerenciamento de resíduos
sólidos;
Contratar empresas habilitadas
para a coleta e destinação final
dos resíduos
Estabelecimento e
Empresas
terceirizadas
Contaminação e
impossibilidade de
reaproveitamento pela
mistura de resíduos sólidos
Elaborar e implementar um
Plano de gerenciamento de
resíduos sólidos
Estabelecimento e
Empresas
terceirizadas
Contaminação do solo, água
subterrânea e superficial
pelo descarte inadequado de
óleo lubrificante usado
Garantir a coleta,
armazenamento e destino
adequado do óleo lubrificante
usado e suas embalagens;
Elaborar e implementar um
Plano de gerenciamento de
resíduos sólidos
Estabelecimento e
Empresas
terceirizadas
Contaminação do solo, água
subterrânea e superficial por
pequenos derramamentos de
óleo na pista
Manuseio adequado.
Caso aconteça, utilizar material
absorvente (maravalha) para
fazer a coleta deste óleo e dar
destino adequado
Estabelecimento
Contaminação atmosférica,
incêndios ou explosões
Evitar vazamentos de
combustíveis nos tanques e
bombas.
Evitar acúmulo de Compostos
orgânicos voláteis (VOCs)
mantendo o ambiente arejado e
impedir fontes de ignição
Estabelecimento
10 PROGRAMAS AMBIENTAIS
Foram elencados alguns programas ambientais que se adequem aos impactos
identificados nos itens anteriores. O objetivo destes programas é o controle e/ou
monitoramento dos potenciais impactos ambientais causados pelo empreendimento e da
eficiência das medidas mitigadoras a serem aplicadas. A seguir estão descritos os
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programas: GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, MONITORAMENTO
AMBIENTAL, TESTES DE ESTANQUEIDADE E TREINAMENTO DE
FUNCIONÁRIOS.
1. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
OBJETO DO PROGRAMA: Resíduos Sólidos Classe I e II.
OBJETIVO: Garantir a segregação, armazenamento e destinação final ambientalmente
adequada de resíduos sólidos, evitando disposições inadequadas e contaminações
ambientais. O gerenciamento dos resíduos sólidos já vem sendo realizado pelo
estabelecimento, porém deve ser mantido de forma correta e ser constantemente
reavaliado/revisado para garantir sua eficiência.
DESCRIÇÃO: Através de um Plano de gerenciamento de resíduos sólidos – PGRS,
gerenciar de forma correta, atendendo os princípios definidos na Política Nacional de
Resíduos Sólidos, Lei n° 12.305/10, quanto aos resíduos gerados na operação do
empreendimento em questão. A implementação deste plano visa reduzir, reutilizar ou
reciclar resíduos, com ações necessárias ao correto gerenciamento adequados ao
empreendimento, evitando assim contaminações decorrentes da disposição inadequada
dos resíduos sólidos.
A descrição dos resíduos gerados, sua classificação, forma de armazenamento e
destinação final, adotados pelo posto, estão apresentados a seguir:
Tabela 8 – Gerenciamento dos resíduos sólidos
RESÍDUO CLASSE ARMAZENAGEM DESTINAÇÃO
Contaminados: Filtros de
ar, filtros de óleo, estopas,
papéis e papelões sujos de
óleo, lonas de freio, lodo
da caixa separadora água e
óleo, etc.
I
Tonéis 200 Litros
fornecidos pela
empresa coletora
Empresa terceirizada:
CETRIC – Central de
tratamento de resíduos.
Embalagens de Óleo
Lubrificante usado II A
Sacos em recipientes
de apoio
Programa Jogue Limpo
(Logística Reversa de
embalagens de
lubrificantes)
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Óleo Lubrificante Usado I Tanque resistente
Coletado por empresa
terceirizada
(ECOLUC
Lubrificantes LTDA)
Pneus (borracharia
terceirizada) IIA
Local separado,
dentro do
empreendimento
FM Pneus
(Maravilha/SC)
Lâmpadas Fluorescentes I
Não há necessidade,
pois na compra de
nova lâmpada
ocorrerá a devolução
da utilizada
Devolver ao
estabelecimento de
compra
(Logística Reversa)
Orgânico ou não
recicláveis IIA
Sacos em recipientes
de apoio Coleta Municipal
Recicláveis (Papel,
plástico, metais, etc.) não
contaminados
Classe
II B
Sacos em recipientes
de apoio, de acordo
com as cores da
reciclagem
Reciclagem (Empresa
terceirizada ou Coleta
Seletiva Municipal)
2. PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL
OBJETO DO PROGRAMA: Poços de monitoramento (4 unidades) e Sistema de
tratamento de efluente (SSAO)
OBJETIVO: Detectar possíveis vazamentos e contaminações ambientais.
DESCRIÇÃO: O objetivo deste programa é acusar a presença de uma fonte de poluição
(vazamento de combustíveis) na qualidade da água subterrânea e garantir a qualidade do
efluente pós tratamento
Para determinar se a água subterrânea está contaminada são realizadas análises
anuais nos poços de monitoramento existentes no empreendimento que contenham água
em seu interior e os resultados são avaliados. Esses poços estão locados tendo como base
a posição dos tanques no terreno e o fluxo da água no subsolo. Conforme legislação, os
poços estão localizados 1 (um) a montante e 3 (três) a jusante dos tanques.
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Figura 8 – Croqui de localização dos poços de monitoramento
Fonte: CONSENSU Agroambiental.
Figura 9 –Tanques de armazenamento de combustíveis e poços de monitoramento
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Quanto ao monitoramento ambiental, este ocorre não somente através dos poços de
monitoramento presentes no posto, mas também pelo SSAO, sistema separador água e
óleo, utilizado para o tratamento do efluente.
Conforme a Licença Ambiental de Operação emitida pelo órgão ambiental de Santa
Catarina, FATMA, esta solicita que seja apresentado anualmente os laudos do
monitoramento do sistema separador água e óleo (SSAO), devendo os efluentes de
saída atender aos limites estabelecidos na Lei estadual 14.675/2009 e na Resolução
CONAMA 430/2011. Também, a apresentação anual de laudos de monitoramento da
qualidade da água subterrânea, sendo os resultados analisados segundo os padrões
estabelecidos na resolução CONAMA 420/2009. Os parâmetros a serem analisados estão
detalhados na tabela:
Tabela 9 – Parâmetros para monitoramento de efluentes e água subterrânea
PARÂMETRO FREQUÊNCIA PONTO DE
CAPTAÇÃO REFERÊNCIA
pH
ANUAL SAÍDA DO STE
Resolução
CONAMA
430/2011
Óleos e Graxas
Detergentes
Fenóis
Sólidos em
Suspensão
Benzeno
ANUAL
POÇOS DE
MONITORAMENTO (PM 01m, PM 02j, PM
03j, PM 04j)
Resolução
CONAMA
420/2009
Tolueno
Etilbenzeno
Xilenos
VOC´S
3. TESTES DE ESTANQUEIDADES
OBJETO DO PROGRAMA: Tanques de armazenamento de combustíveis.
OBJETIVO: Detectar possíveis vazamentos e falhas estruturais nos tanques de
combustíveis e contaminações ambientais.
DESCRIÇÃO: O ensaio de estanqueidade é uma técnica de inspeção não destrutiva que
permite localizar o vazamento de um fluído, seja ele líquido ou gasoso. Estes ensaios
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devem avaliar a estanqueidade da estrutura do SASC (sistema de armazenamento
subterrâneo de combustíveis), que compreende o conjunto de tanques, tubulações e
acessórios, interligados e enterrados. Devido ao potencial de vazamentos, derrames e
risco de explosão, é considerada a área de maior risco humano e ambiental no posto de
serviço. A Figura ilustrativa a seguir apresenta uma visão geral das conexões entre os
tanques subterrâneos e as bombas que podem estar presentes em um posto de serviços.
Figura 10 – Figura ilustrativa do SASC.
Os ensaios devem ser realizados com periodicidade de 4 anos, nas tubulações
associadas aos tanques e nos 3 tanques instalados no posto, bem como suas bipartições e
compartimentos. A seguir apresenta-se o atual certificado de estanqueidade, realizado em
2014.
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4. PROGRAMA DE TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS
Deve-se promover, regularmente, a conscientização, o comprometimento e o
treinamento do pessoal da área operacional, no que diz respeito às questões ambientais,
com o objetivo de atingir os melhores resultados possíveis com a implementação dos
programas de controle ambiental citados anteriormente.
11 CONCLUSÕES
Após caracterização do empreendimento e sua área de influência, e analisando os
aspectos e impactos levantados, observou-se que existem alternativas de mitigação e/ou
minimização dos impactos que possam ser causados pela atividade.
Desta forma, visando a proteção ambiental do local e de todo o ambiente em seu
entorno, incluindo recursos hídricos (superficiais e subterrâneos), solo e atmosfera, é
importante que as medidas mitigadoras indicadas nos itens deste plano sejam adotadas
plenamente pelo estabelecimento, bem como feita a revisão periódica deste estudo para
atualização de eventuais necessidades.
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12 RESPONSABILIDADE TÉCNICA
NOME: Emanuela Bazzan
CPF: 074.405.489-30
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL: Engenheira Ambiental
N° DO REGISTRO: CREA SC 122612-0
CONTATO: [email protected]