estudo de impacto ambiental para os gasodutos de transporte e distribuição

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    distribuição, haja vista que cada um possui suas próprias peculiaridades, causando

    mais ou menos impactos ambientais.

    2. CONCEITO DE IMPACTO AMBIENTAL

    Toda alteração no meio ambiente provocada exclusivamente pela conduta ou

    atividade humana, atingindo direta ou indiretamente a saúde, a segurança e o bemestar da população, atividades socioeconômicas, a biota, as condições estéticas e

    sanitárias do meio ambiente ou a qualidade dos recursos ambientais é consideradaimpacto ambiental.

    Este conceito de impacto ambiental é extraído da definição dada pelaResolução Conama 001/86, que dispõe em seu artigo 1º que:

     Art. 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer

    alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada

     por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que,

    direta ou indiretamente, afetam:

    I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

    II - as atividades sociais e econômicas;

    III - a biota;

    IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

    V - a qualidade dos recursos ambientais.

    A NBR ISO 14001, por sua vez, conceitua impacto ambiental como sendoqualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte no todo ou

    em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização.

    3. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL

    3.1. Conceito e fundamentos

    Instrumento preventivo de proteção ao meio ambiente, o Estudo de Impacto

    Ambiental (EIA) destina-se a analisar, prévia e sistematicamente, os efeitos danososque possam resultar da implantação, ampliação ou funcionamento de atividades com

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    potencial de causar significativa degradação ambiental e, caso seja necessário, propor

    medidas mitigadoras para adequá-las aos pressupostos de proteção ambiental.

    Originário direito norte-americano, o Estudo de Impacto Ambiental ingressou

    no ordenamento jurídico brasileiro pela Lei de Zoneamento Industrial - Lei nº 6.830/80,que em seu art. 10 § 3º exigia um estudo prévio acerca das avaliações de impactopara aprovação das zonas componentes do zoneamento urbano.

    Este instrumento, no entanto, distinguia-se do Estudo de Impacto Ambientalatual por restringir-se aos casos de aprovação de estabelecimento das zonasestritamente industriais, sem integrar o licenciamento ambiental e por não prever a

    participação pública.

    A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente - Lei nº 6.938/81 em seu art. 9º,

    III incluiu o EIA entre os seus instrumentos de avaliação de impactos ambientais. Aresolução nº 001/86 do Conama estabeleceu situações, de forma exemplificativa,

    consideradas causadoras de impactos significativos ao meio ambiente, em que oEstudo de Impacto Ambiental se faz necessário.

    TEXTOS RELACIONADOS

    • Mineroduto em terras particulares: direitos de proprietários e posseiros

    Explotação mineral em terras quilombolas: questões socioeconômica eambiental

    • O bloqueio liminar de bens nas ações civis públicas de usurpação mineral:

    limites e precedentes

    • Projeto de lei sobre mineração: análise crítica

    • Autorização ambiental de funcionamento

    Por fim, o Estudo de Impacto Ambiental foi elevado à categoria constitucionalpelo art. 225 § 1º da Constituição Federal de 1988 que estabelece que:

     Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de

    uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder

     público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e

    futuras gerações.

    § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incube ao poder público:

    http://jus.com.br/artigos/30823/acesso-a-terras-particulares-para-passagem-de-mineroduto-direitos-de-proprietarios-e-posseiroshttp://jus.com.br/artigos/29934/as-atividades-de-exploracao-e-explotacao-mineral-em-terras-quilombolas-e-a-questao-socioeconomica-e-ambientalhttp://jus.com.br/artigos/29934/as-atividades-de-exploracao-e-explotacao-mineral-em-terras-quilombolas-e-a-questao-socioeconomica-e-ambientalhttp://jus.com.br/artigos/28338/o-bloqueio-liminar-de-bens-nas-acoes-civis-publicas-de-usurpacao-mineral-limites-e-precedenteshttp://jus.com.br/artigos/28338/o-bloqueio-liminar-de-bens-nas-acoes-civis-publicas-de-usurpacao-mineral-limites-e-precedenteshttp://jus.com.br/artigos/25537/projeto-de-lei-sobre-mineracao-analise-criticahttp://jus.com.br/artigos/24774/autorizacao-ambiental-de-funcionamentohttp://jus.com.br/artigos/30823/acesso-a-terras-particulares-para-passagem-de-mineroduto-direitos-de-proprietarios-e-posseiroshttp://jus.com.br/artigos/29934/as-atividades-de-exploracao-e-explotacao-mineral-em-terras-quilombolas-e-a-questao-socioeconomica-e-ambientalhttp://jus.com.br/artigos/29934/as-atividades-de-exploracao-e-explotacao-mineral-em-terras-quilombolas-e-a-questao-socioeconomica-e-ambientalhttp://jus.com.br/artigos/28338/o-bloqueio-liminar-de-bens-nas-acoes-civis-publicas-de-usurpacao-mineral-limites-e-precedenteshttp://jus.com.br/artigos/28338/o-bloqueio-liminar-de-bens-nas-acoes-civis-publicas-de-usurpacao-mineral-limites-e-precedenteshttp://jus.com.br/artigos/25537/projeto-de-lei-sobre-mineracao-analise-criticahttp://jus.com.br/artigos/24774/autorizacao-ambiental-de-funcionamento

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    IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente

    causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impactoambiental, a que se dará publicidade.

    Deste dispositivo constitucional, podemos concluir que o EIA deve ser exigido

    pelo Poder Público; ser realizado antes da instalação da obra ou atividadepotencialmente causadora de significativa degradação ambiental, não podendo nuncaser concomitante e nem posterior à obra ou atividade; ser amplamente divulgado,

    especialmente, diante da população direta e indiretamente atingida pelo projeto e osórgãos e entidades de defesa do meio ambiente.

    Dentre os diversos princípios que regem o direito ambiental, o Estudo deImpacto Ambiental tem fundamento especial nos princípios da prevenção e precaução.

    O princípio da prevenção reza que devem ser adotadas medidas efetivas paraevitar o dano ambiental mesmo no caso de haver apenas um simples risco de danosgraves e irreversíveis ao meio ambiente. O princípio da precaução, por sua vez, vaimais além e preconiza que a prevenção deve ocorrer não apenas em caso de certeza

    do risco do dano ambiental, mas, também, quando existe a dúvida científica acerca dorisco do dano ambiental.

    3.2. Procedimento

    O prévio Estudo de Impacto Ambiental deverá ser realizado por uma equipe

    multidisciplinar que deverá fazer avaliações técnicas – científicas das conseqüênciasque a implantação do empreendimento irá causar no meio ambiente do ponto de vista

    físico, biológico e socioeconômico.

    Concluídos os estudos, a equipe multidisciplinar deverá apresentar um

    documento contendo, de forma simplificada e acessível a todos os interessados, osresultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental

    denominado Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. Este relatório deverá ser sempredivulgado e submetido à consulta pública e, em determinados casos, discutido emaudiências públicas com o escopo de expor à comunidade da área de influência doprojeto os impactos ambientais que podem ser causados por ele e de ouvir as críticas

    e sugestões relacionadas à implantação da atividade no local.

    A possibilidade da realização da audiência pública funda-se no princípio da

    participação pública que se refere ao direito de o cidadão intervir no procedimento detomada da decisão.

    A audiência pública poderá ser requerida pelo órgão competente para aconcessão da licença, por cinqüenta ou mais cidadãos ou pelo Ministério Público. Vale

    destacar que a audiência pública não é obrigatória, mas se requerida peloslegitimados e não realizada a licença concedida não tem validade.

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    Se a audiência pública for requerida pelo órgão competente para a concessão

    da licença, deverá ser realizada antes do EIA e se for requerida depois de recebido oRIMA a deverá ser realizada no prazo do art. 10 da Resolução nº 001/86 do CONAMA.

    Para os cidadãos e Ministério Público a solicitação deverá ser feita no prazode quarenta e cinco dias, contados do recebimento do RIMA.

    O Estudo de Impacto Ambiental, em suma, apresenta quatro etapasfundamentais, quais sejam, fase preliminar de obtenção de informações, fase deelaboração de estudos ambientais por equipe técnica multidisciplinar, fase deapreciação dos trabalhos da equipe multidisciplinar pelo órgão ou entidade ambiental

    competente e, por fim, a fase de discussão e aprovação dos estudos ambientais peloórgão ou entidade responsável pelo licenciamento ambiental.

    3.3. Equipe multidisciplinar

    A equipe multidisciplinar deve ser composta por um quadro de profissionais

    habilitados nas mais diversas áreas, tais como, geólogos, físicos, biólogos,economistas, sociólogos e outros.

    A resolução nº 001/86 do Conama, em seu art. 7º, estabelecia que a equipemultidisciplinar habilitada deveria ser independente direta e indiretamente do

    proponente do projeto, e ressalvando a sua responsabilidade técnica pelos resultadosapresentados.

    Atualmente, este artigo encontra-se revogado pelo art. 11 da ResoluçãoConama nº 237/97 que não mais passou a impor a independência entre a equipemultidisciplinar e o proponente do projeto e passando a responsabilizar ambos pelasinformações apresentadas.

    Vale destacar que a exclusão da obrigatoriedade da independência entre oproponente do projeto e a equipe multidisciplinar, de forma alguma implica na

    parcialidade do estudo. O órgão ou a entidade ambiental responsável pelo

    licenciamento ambiental deverá exercer com extrema vigilância o controle do conteúdodo EIA.

    3.4. Conteúdo

    O Estudo de Impacto Ambiental deve contemplar seguintes diretrizes geraisestabelecida no art. 5º da Resolução Conama 001/86, quais sejam, observação de

    todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto; identificação e avaliaçãosistemática dos impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação daatividade; definição dos limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente

    afetada (área de influência do projeto), considerando a bacia hidrográfica na qual selocaliza e os eventuais planos e/ou os programas governamentais propostos e em

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    implantação na área de influência do projeto, analisando a compatibilidade entre os

    dois.

    A equipe técnica multidisciplinar na elaboração do prévio Estudo de Impacto

    Ambiental, de acordo com o art. 6º da citada resolução, deverá desenvolver asseguintes atividades técnicas: diagnóstico da atual situação ambiental da área deinfluência do projeto, visando possibilitar comparações com as alterações causadaspela implantação do projeto; análise dos impactos ambientais do projeto e de suas

    alternativas; indicação de medidas atenuantes dos impactos previstos e um programade acompanhamento e monitoramento destes.

    O Estudo de Impacto ambiental deverá sempre considerar a adequação entrea necessidade de preservação ambiental e as necessidades sócio-econômicas da

    implantação do projeto.

    4. RELATÓRIO DE AUSÊNCIA DE IMPACTOS AMBIENTAIS – RAIAS

    A Constituição Federal, por não definir o que vem a sersignificativa

    degradação ambiental, estabeleceu uma presunção relativa de que toda obra ouatividade é causadora de impactos ambientais significativos. Com base nisto, cabe ao

    proponente do projeto, ao iniciar o processo de licenciamento ambiental, provar se asua atividade causa ou não impactos ambientais significativos. Esta prova é feita pela

    apresentação do Relatório de Ausência Impactos Ambientais – RAIAS ao órgão ouentidade pública responsável pelo processo de licenciamento ambiental que irá

    concluir pela a realização ou não do Estudo de Impacto Ambiental.

    No relatório de ausência impactos ambientais deverão estar contidas

    informações de técnicos habilitados que justifiquem a desobrigação de se fazer oEstudo de Impacto Ambiental.

    O presente relatório também deverá possuir o conteúdo mínimo do Estudo deImpacto Ambiental.

    5. OBRAS E ATIVIDADES SUJEITAS AO ESTUDO DEIMPACTO AMBIENTAL

    A Resolução Conama 001/86, em seu art. 2º, estabelece um rol de obras eatividades modificadoras do meio ambiente que exigem a realização do Estudo de

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    Impacto Ambiental. São elas: estradas de rodagem com duas ou mais faixas; ferrovias;

    portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; aeroportos;oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos

    sanitários; linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230Kw; obras

    hidráulicas para exploração de recursos hídricos; extração de combustível fóssil;extração de minério; aterros sanitários; usinas de geração de eletricidade; complexo eunidades industriais e agro-industriais; distritos industriais e zonas estritamente

    industriais; exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100hectares; projetos urbanísticos; qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em

    quantidade superior a dez toneladas por dia.

    O rol elencado por essa resolução não é taxativo, mas apenas exemplificativo,

    de forma que sempre que se estiver diante de uma obra ou atividade que sejaconsiderada potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,

    conforme dispõe a Constituição Federal, art. 225 § 1º, IV, deve ser exigido o Estudo deImpacto Ambiental, mesmo que não esteja prevista nessa resolução.

    Para se concluir pela necessidade ou não da realização de um Estudo deImpacto Ambiental, conforme dispõe Luís Filipe Sanches de Souza Dias Reis (2002,

    p.6) devem ser consideradas, isolada ou conjuntamente, as seguintes questões: tiposde Indústrias (listadas na Resolução Conama nº 1/86); localização da atividade ou

    empreendimento (verificar se há proximidade com uma área ecologicamente frágilcomo mangues e áreas de entorno de Unidades de Conservação, por exemplo) e o

    porte da atividade, obra ou empreendimento.

    Considerando, no entanto, que cabe apenas ao Poder Público exigir o Estudo

    de Impacto Ambiental, o órgão ou a entidade pública responsável pelo licenciamentoambiental deverá ser sempre consultado.

    Acerca da aplicação do princípio da obrigatoriedade para as hipótesesprevistas na citada resolução, temos duas correntes doutrinárias.

    Uma parte da doutrina sustenta que apesar de exemplificativo este rol

    encontra-se regido pelo princípio da obrigatoriedade, que estabelece a vinculação dopoder público em relação à exigência o Estudo de Impacto Ambiental para asatividades ali mencionadas, ou seja, há uma presunção absoluta de que tais atividades

    têm potencial de causar impactos ambientais significativos.

    Outra corrente doutrinária entende que há discricionariedade do poder

    público, que poderá dispensar o EIA se verificar que as atividades, apesar deconstarem na Resolução do Conama, não têm potencial de causar significativa

    degradação ao meio ambiente. Podendo, então, o EIA ser substituído por outrosinstrumentos de avaliação de impacto ambiental de menor complexidade.

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    Nos posicionamos em favor da segunda corrente, por entendemos ser esta a

    que melhor se adequa a necessidade de se compatibilizar a preservação ambientalcom as necessidades socioeconômicas.

    Destacamos que a vinculação do poder público em exigir o Estudo de ImpactoAmbiental relaciona-se às hipóteses de obras ou atividades consideradaspotencialmente causadoras de significativa degradação ambiental, ou seja, estandodiante dessas atividades o Poder Público está obrigado a exigir o EIA, independente

    de constarem ou não na resolução em estudo.

    Entendemos, portanto, que as atividades previstas nessa resolução são

    presumidas como sendo potencialmente causadoras de significativa degradaçãoambiental, mas que esta presunção é apenas relativa, podendo ser afastada se ficar

    comprovado no caso concreto que não são potencialmente causadoras de danos

    ambientais significativos.

    Acerca disto vejamos seguinte o exemplo dado por de Nelson R. Bugalho(1999, p.33): Uma barragem de proporções mínimas para fins de irrigação de lavoura

    em uma pequena propriedade rural que não implique em significativa degradação domeio ambiente, que apesar de prevista na Resolução em estudo, não necessita doEIA, que poderá ser substituído por outro instrumento de menor complexidade.

    6. EXIIBILIDADE DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTALPARA OS ASODUTOS DE TRANSPORTE EDISTRIBUIÇÃO

    A Resolução Conama nº 001/86, em seu artigo 2º, V, dispõe que o

    licenciamento ambiental dos gasodutos depende do prévio Estudo de ImpactoAmbiental e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental.

    Ocorre que na cadeia do gás natural existem dois tipos de gasodutos comcaracterísticas peculiares: o gasoduto de transporte no qual o gás é transferido a

    pressões muito altas e o gasoduto de distribuição que pode ser de alta, média ou baixapressão.

    Como a citada resolução refere-se apenas a gasodutos, sem fazer qualquerdistinção entre os gasodutos de transporte e distribuição, conclui-se, inicialmente, que

    ambos estão sujeitos ao Estudo de Impacto Ambiental.

    No entanto, não podemos deixar de considerar que em muitos casos a

    construção dos gasodutos de distribuição, especialmente, os de baixa pressão, edependendo de sua localização, não tem potencial de causar danos significativos ao

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    meio ambiente, o que nos faz questionar a exigibilidade do Estudo de Impacto

    Ambiental pelos órgãos ou entidades responsáveis pelo licenciamento ambiental.

    Considerando, então, conforme o que defendemos no item anterior, que a

    presunção de potencialidade de causar significativa degradação ambiental dasatividades constantes no rol do art. 2º da Resolução em questão é apenas relativa,concluímos que o Estudo de Impacto Ambiental poderá ser substituído por outroinstrumento de avaliação de impacto ambiental mais simplificado se, no caso concreto,

    ficar demonstrado que os gasodutos de distribuição não são potencialmentecausadores de danos ambientais significativos.

    !. CONCLUSÃOTendo em vista tudo o que foi acima exposto, podemos extrair as seguintes

    conclusões:

    As atividades constantes no rol art. 2º da Resolução Conama nº 001/86, sãoconsideradas como sendo potencialmente causadoras de danos ambientais

    significativos por presunção relativa, podendo o Estudo de Impacto Ambiental sersubstituído por outro instrumento de avaliação de impacto ambiental menos complexo,

    se ficar comprovado o contrário.

    A aplicação do raciocínio acima aos gasodutos de distribuição de baixa

    pressão, dependendo da localização dos mesmos, se ficar demonstrado que nãocausam danos ambientais significativos.

    RE"ERÊNCIAS

    BEZERRA, Fabiano César Petrovich; CABRAL, Indhira deAlmeida.Responsabilidade Civil pelo Licenciamento Ambiental na Indústria do

    Petróleo e Gás Natural.Direito do Petróleo em Revista. Natal: UFRN, v.1,. n. 1,

     jan./jul. 2003.

    BUGALHO, Nelson R. Estudo Prévio de Impacto Ambiental. Revista de

    Direito Ambiental, São Paulo: Revista dos Tribunais, v.4, n.15, p. 18 - 33, Jul/ Set,

    1999.

    FIORILLO, Celso Antônio Pacheco.Curso de Direito Ambiental Brasileiro.

    4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

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    OLIVEIRA, Antônio Inagê de Assis. Avaliação de Impacto Ambiental X Estudo

    de Impacto Ambiental.Revista de Direito Ambiental, São Paulo: Revista dos

    Tribunais, v.5, n.17, p. 141 - 153, Jan/ Mar, 2000.

    REIS, Luís Filipe Sanches de Souza Dias; QUEIROZ, Sandra Mara Pereira

    de.Gestão Ambiental em Pequenas e Médias Empresas.Rio de Janeiro:

    Qualitymark, 2002.

    SANTOS, Edmilson Moutinho dos (Coord.).Gás Natural:estratégias para

    uma energia nova no Brasil. São Paulo: Annablume, Fapesp, Petrobrás, 2002.

    VERONEZ FILHO, Osvaldo Bianchini. Implantação de Distritos Industriais:Exigibilidade de Estudo Prévio de Impacto Ambiental.Revista de Direito

    Ambiental, São Paulo: Revista dos Tribunais, v.2, n.05, p. 92 - 102, Jan/ Mar, 1997.

    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/6255/estudo-de-impacto-ambiental-para-os-gasodutos-de-

    transporte-e-distribuicao#ixzz3RRMdermz

    http://jus.com.br/artigos/6255/estudo-de-impacto-ambiental-para-os-gasodutos-de-transporte-e-distribuicao#ixzz3RRMdermzhttp://jus.com.br/artigos/6255/estudo-de-impacto-ambiental-para-os-gasodutos-de-transporte-e-distribuicao#ixzz3RRMdermzhttp://jus.com.br/artigos/6255/estudo-de-impacto-ambiental-para-os-gasodutos-de-transporte-e-distribuicao#ixzz3RRMdermzhttp://jus.com.br/artigos/6255/estudo-de-impacto-ambiental-para-os-gasodutos-de-transporte-e-distribuicao#ixzz3RRMdermzhttp://jus.com.br/artigos/6255/estudo-de-impacto-ambiental-para-os-gasodutos-de-transporte-e-distribuicao#ixzz3RRMdermz