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Estudo do Regime de Vazões Ecológicas para o Baixo Curso do rio São Francisco: uma abordagem multicriterial - REDE ECOVAZÃO - PROJETO DE PESQUISA Participação Social no Processo de Alocação de Água, no Baixo Curso do Rio São Francisco Sub-Rede 3 - ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Edital MCT/CNPq – CT - HIDRO nº 45 /2006 Coordenadora: Yvonilde Dantas Pinto Medeiros Quinta Reunião de Rede Ecovazão Recife – 25 e 26 de setembro de 2008

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Page 1: Estudo do Regime de Vazões Ecológicas para o Baixo Curso do rio São Francisco: uma abordagem multicriterial - REDE ECOVAZÃO - PROJETO DE PESQUISA Participação

Estudo do Regime de Vazões Ecológicas para o Baixo Curso do rio São Francisco: uma abordagem multicriterial - REDE ECOVAZÃO -

PROJETO DE PESQUISA

Participação Social no Processo de Alocação de Água, no Baixo Curso do Rio

São Francisco Sub-Rede 3 - ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS

Edital MCT/CNPq – CT - HIDRO nº 45 /2006Edital MCT/CNPq – CT - HIDRO nº 45 /2006

Coordenadora: Yvonilde Dantas Pinto Medeiros

Quinta Reunião de Rede EcovazãoRecife – 25 e 26 de setembro de 2008

Page 2: Estudo do Regime de Vazões Ecológicas para o Baixo Curso do rio São Francisco: uma abordagem multicriterial - REDE ECOVAZÃO - PROJETO DE PESQUISA Participação

Membros da Equipe:

Alessandra Faria Doutoranda Eng.Ambiental

Dogival Costa Jr. Graduando em Eng. Sanitária

Edilson Silva Mestrando Eng. Ambiental

Golde M. Stifelman Msc. Sociologia

Julio Pelli Analista de Sistemas

Tatiana Costa Mestranda em Eng.Ambiental

Valana Araújo Jornalista

Yvonilde Medeiros Doutora em Hidrologia

Zúri Pessôa Eng. Sanitarista

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Promover a participação dos atores sociais e institucionais locais no processo de alocação de água para atendimento às demandas dos múltiplos usos sociais e econômicos, e as estruturas e funções do ecossistema aquático, visando à definição do regime de vazões ecológicas no baixo curso do rio São Francisco.

OBJETIVO GERAL

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Envolver o poder público, a sociedade civil e usuários na construção de uma metodologia participativa de estabelecimento do regime da vazão ecológica no baixo curso do rio São Francisco;

2. Mapear os usos e conflitos da água, e os efeitos decorrentes do estabelecimento de um regime de vazão ecológica;

3. Qualificar as diferentes percepções sobre os usos e conflitos relacionados com a água;

4. Identificar as variáveis determinantes de um regime de vazão ecológica a partir dos projetos das 3 sub-redes

5. Selecionar critérios de avaliação para determinação do regime de vazão ecológica.

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META FÍSICA 1 - Promoção da participação da comunidade no processo decisório

META FÍSICA 2 - Reconhecimento e esclarecimento da sociedade quanto ao processo decisório da determinação do regime de vazões desejadas para potencializar funções ecológicas diversas

META FÍSICA 3 - Indicação de um regime de vazões ecológicas no Baixo Curso do rio São Francisco através de um processo participativo, utilizando uma abordagem multicritério.

METAS FÍSICAS

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METODOLOGIA

PROCESSO DECISÓRIO - ANÁLISE MULTICRITERIAL

escolha das alternativas de alocação ambiental da água, com base em critérios e indicadores, de acordo com os múltiplos interesses da sociedade e, da necessidade do ecossistema aquático (AHP-Saaty, 1985).

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METODOLOGIA DE NEGOCIAÇÃO PARA ALOCAÇÃO AMBIENTAL DA ÁGUA

PERCEPÇÃO DO CONFLITO (ETNOGRAFIA DO CONFLITO)

IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS (MAPAS COGNITIVOS)

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ESTADO ATUAL DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

PERCEPÇÃO DO CONFLITO (ETNOGRAFIA DO CONFLITO)

IDENTIFICAÇÃO DOS CRITÉRIOS (MAPAS COGNITIVOS) 2º Momento

Estudo que identifica o conflito socioambiental, considerando os diferentes atores envolvidos, inclusive o recurso natural (LITTLE, 2006).

Observação, escuta e análise das percepções dos sujeitos envolvidos direta e indiretamente.

Representação gráfica do discurso [representação mental] do sujeito [decisor] sobre um objeto. (COSSETTE e AUDET, 1992).

Na construção do mapa, são identificados os elementos primários de avaliação (EPAs), constituídos de objetivos, metas, valores dos decisores, bem como de ações e alternativas de ação.

Mapas agregado

construído

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Resultado das Entrevistas Produtor de arroz do baixo São Francisco

Pescadora de Brejo Grande

Representante dos povos indígenas no CBHSF (Alagoas)

Federação dos trabalhadores da

agricultura de Alagoas

1. Histórico do plantio de arroz e o papel das mulheres 2.A CODEVASF e a CHESF fazem as negociações de vazão 3.Sentimento de posse da terra e do domínio do plantio 4. Domínio sobre a natureza:, tem a água quando precisa 5. Sentimento de melhoria 6. Regime de vazão natural causaria danos aos irrigantes

1. Modo de produção anterior: plantio e pesca 2. Divisão espacial da produção na perspectiva de gênero: 2.1 Feminino: pesca e plantio do arroz – lagoas 2.2 Masculino: pesca de rede – rio e plantio da mandioca – terras altas 3. Moradia adequada a diferentes vazões 3.1. Cheias – terras altas 3.2. Vazantes – próximos as lagoas 3.3. Tutela do Estado na construção das casas derrubadas 4. Percepção do rio - cor amarela (riqueza) e azul 5. Barragens – fim das lagoas para plantio, todos pescam 6. Sem enchentes, menos riqueza 7 Menos peixes e mais pescadores - desrespeito a piracema 8. Mecanização da lavoura - desemprego 9. Crianças só na escola, tempo livre sem controle dos pais 10. Aumento do alcoolismo em função da desocupação 11. Produtor rural “livre” transformado em diarista 12. Mulheres produzem artesanato para a venda

1. Percepção do rio pelos povos indígenas diferente do Estado 2. Impactos socioculturais causados pela construção das barragens 3. Indenizações – custo econômico do impacto social e ambiental 4. “Progresso” não chegou aos povos indígenas 5. Favelização 6. Fórum de discussão sobre o estabelecimento de regime de vazão ecológica é o CBHSF, Ministério Público e movimentos sociais 7. Necessidade de capacitação dos decisores

1. Existência de fábricas de beneficiamento do arroz 2. Cadeia Produtiva adequada ao regime de vazão existente: 2.1 Cheia – out/nov/dez/jan – enchimento das lagoas/cerca lagoa e pega o peixe 2.2 Vazante - baixa o rio, deixa insumo e peixe – planta na lagoa, caldeirão pega o peixe

2.3 Incorporada a rede de produção, além do plantio familiar, tinham pessoas que descascavam o arroz/as que realizavam o transporte terrestre da lagoa ao rio/ e as que transportavam pelo rio em canoas. 3. Moradias adequadas ao movimento das águas do rio/chovia iam para a escola, baixava voltavam para casa 4. Alteração da vazão, alteração da cadeia produtiva - empobrecimento 5. Barragens 5.1 Construção – emprego e prostituição 5.2 Operação – desemprego, sem teto e prostituição 6. Várzeas - produção de sequeiro 7. Exportação de artesanato 8. Projetos governamentais – PRONAF

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Critérios (em construção)

CRITÉRIO SUBCRITÉRIO

Contribuição da Pesca na Economia Local

No de famílias que vivem da pesca

Produção pesqueira

Número (importância) de espécies nativas

-

Transporte fluvial No de famílias transportadas

Quantidade de produtos transportados

Área Irrigada

% de pequenas propriedades

% de médias propriedades

% de grandes propriedades

No de lagoas marginais preservadas -

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Peso dos Critérios (exemplo)

Análise Qualitativa

Análise Quantitativa

Pesos atribuídos aos critérios através de comparações par a par

Muito maiorMaiorIgualMenorMuito menor

9511/51/9

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Critérios

Matriz de Critérios (Qualitativa)

Matriz de Critérios (Quantitativa)

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Obtenção dos Valores dos Critérios

NnwN

jjii

1

,

Matriz Comparativa dos Critérios (Quantitativa)

Os valores relativos dos critérios serão construídos pela expressão:Os valores relativos dos critérios serão construídos pela expressão:

Normaliza-se esta matriz comparativa.Normaliza-se esta matriz comparativa.

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Matriz Critérios X Alternativas Peso do

Critério c1= c2= c3= c4= c5=

A1 I1,1 I1,2 I1,3 I1,4 I1,5A2 I2,1 I2,2 I2,3 I2,4 I2,5A3 I3,1 I3,2 I3,3 I3,4 I3,5A4 I4,1 I4,2 I4,3 I4,4 I4,5

VA1= (c1 x I1,1)+ (c2 x I1,2)+ (c3 x I1,3)+ (c4 x I1,4)+ (c5 x I1,5)VA1= (c1 x I1,1)+ (c2 x I1,2)+ (c3 x I1,3)+ (c4 x I1,4)+ (c5 x I1,5)

Onde Ii,j é o valor do indicador da alternativa “i”, para o critério “j”.Onde Ii,j é o valor do indicador da alternativa “i”, para o critério “j”.

As alternativas serão valoradas pela expressão:As alternativas serão valoradas pela expressão:

Para a alternativa 1 será:Para a alternativa 1 será: J=1J=1VAi= (ci . Ii,j)VAi= (ci . Ii,j)NN

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Rede de fluxo construída para análise da distribuição de água na bacia

Exemplo do Sistema de Apoio à Decisão para Alocação de Água SAD

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Critérios e subcritérios selecionados e a Matriz de importância relativa - PESOS

Exemplo do Sistema de Apoio à Decisão para Alocação de Água SAD

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Tela de Apresentação dos RESULTADOS

Exemplo do Sistema de Apoio à Decisão para Alocação de Água - SAD

HIDROGRAMA (Vazão média mensal 1977-2001)

1100

1140

1180

1220

1260

1300

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

meses

Vazã

o (m

³/s)

Cenário 1 - Vazão Ecológica

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Tela de Apresentação dos RESULTADOS

Exemplo do Sistema de Apoio à Decisão para Alocação de Água - SAD

Curva de Permanência

0

1000

2000

0 20 40 60 80 100

Duração (%)

Vaz

ão (

m³/

s)

Cenário 1 - Vazão Ecológca

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Obrigada!

Grupo de Recursos Hídricos

[email protected]

[email protected]