estudo financeiro o financiamento do projeto. estudo financeiro para atingir este objetivo, o estudo...
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ESTUDO FINANCEIRO
O FINANCIAMENTO DO PROJETO
ESTUDO FINANCEIRO
Para atingir este objetivo, o estudo financeiro examina os seguintes aspectos:
Definição do capital de giro;
Estruturação do investimento total;
Estruturação do cronograma de desembolsos e definição do esquema de fontes.
Aborda-se, especificamente, as questões relativas ao financiamento das inversões programadas.
Entende-se por financiamento a mobilização dos recursos totais, não exigíveis (recursos próprios) e exigíveis(recursos de terceiros, financiamentos bancários), necessários à implementação de qualquer empreendimento. (SPINOLA, 2000)
DEFINIÇÃO DE CAPITAL DE GIRO
O capital de giro é constituído pelo montante de recursos circulantes na empresa que asseguram o desempenho das atividades operacionais. Ou seja, adquire e estoca matérias-primas e demais materiais necessários ao desempenho das atividades da empresa e atende ainda às suas necessidades de caixa para efetuar pagamentos de empregados e/ou outras despesas vinculadas as suas atividades.(SPINOLA, 2000, p.287)
O CAPITAL DE GIRO NO PROJETO
CAPITAL DE GIRO DE LONGO PRAZO
CAPITAL DE GIRO DE CURTO PRAZO
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
CAPITAL DE GIRO DE LONGO PRAZO
É aquele permanente na empresa ao longo de sua vida útil . Renova-se parcialmente a cada ciclo de produção no contexto de aquisição de insumos , transformação em produto, venda e recebimento. Por ser permanente, integra o investimento total do projeto para efeito de financiamento de longo prazo a ser realizado com recursos próprios e recursos de terceiros
CAPITAL DE GIRO DE CURTO PRAZO
Corresponde à parcela das vendas da empresa que é efetuada a prazo. Ou seja, é o montante de recursos demandados pela empresa entre a venda e o recebimento dos pagamentos. Geralmente este CG é suprido pelo crédito bancário comercial ( desconto de duplicatas).
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDOConstitui-se no montante de recursos próprios da empresa mobilizados para o custeio de suas operações
KGL = AC - PC
No projeto o ativo circulante corresponde as seguintes rubricas:
· Disponibilidades mínimas de caixa e bancos· Estoques de materiais· Estoques de produtos em elaboração· Estoques de produtos acabados· Títulos em carteira
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
O passivo circulante corresponde a:
Crédito de fornecedoresFinanciamentos de curto prazo para giro
Em projetos busca-se o financiamento de longo prazo para o capital de giro líquido, objetivando assegurar ao empreendimento plenas condições de equilíbrio operacional.
Em implantação de empreendimento, é recomendável considerar-se o capital de giro total (ativo circulante) como sendo igual ao KGL, uma vez que não se dispõe de experiência para o dimensionamento e projeção do futuro passivo circulante. (SPINOLA, 2000)
EXEMPLODIMENSIONAMENTO DO CAPITAL DE GIRO
DISCRIMINAÇÃO ATUAL PROJETADO
1. NECESSIDADES 180.768
1.1. Disponibilidade mínima de caixa e bancos 5.179
1.2. Estoques de Materiais 97.223
1.2.1. Matérias Primas 54.338
1.2.2. Materiais Secundários 20.103
1.2.3. Materiais Complementares 10.200
1.2.4. Materiais de Reposição 11.282
1.2.5. Materiais de Embalagem 1.300
1.3. Estoque de Produtos em Elaboração 872
1.4. Estoques de Produtos Acabados 3.244
1.5. Títulos em Carteira (financiamento das vendas) 74.250
1.6. Correção de Déficit Estrutural -
2. RECURSOS 180.768
2.1. Crédito de Fornecedores 65.690
2.2 Vendas a vista 15.000
2.2. Desconto de Duplicatas 81.000
2.3. Capital de Giro Líquido 19.078
Fonte: SPINOLA, 2000, p.290
ESTUDO FINANCEIRO – MEMÓRIA DE CÁLCULO (SPINOLA, 2000)
A- As disponibilidades mínimas de caixa e bancos referem-se à provisão de recursos indispensáveis para o atendimento de necessidades imediatas da empresa, tais como:Folha de pagamento dos empregados com os respectivos encargos sociais;Despesas administrativas, financeiras e operacionaisO período de provisionamento pode ser calculado dependendo da categoria do empreendimento. No caso de implantação normalmente utiliza-se 30/60 dias.Caixa Mínima = (custo total – depreciação) x nº de dias necessários/360
B- Estoques de materiais são apropriados de acordo com os cálculos formulados no estudo técnico.
C- Os títulos em carteira (financiamento das vendas), referem-se ao montante das vendas a prazo, representados por duplicatas não descontadas em banco pela empresa. Refere-se a parcela de vendas a prazo, cobradas em carteira.
Ex. Faturamento Mensal 150
(-) Vendas a prazo (10%) 15
Sub total 135
(-) Desconto Bancário (60%) 81
Título em carteira 54
Normalmente, em regularidade de conjuntura econômica uma empresa vende nos prazos de 30, 60, 90 dias e no máximo de 120 dias dependendo da taxa de juros e liquidez bancária.
Exemplo de distribuição de prazo de vendas:
Prazo em dias % de títulos
30 30
45 30
60 20
75 20
ESTUDO FINANCEIRO – MEMÓRIA DE CÁLCULO
Repetindo-se esta sistemática mensalmente, será formado uma série cujo montante deve ser determinado, utilizando-se o seguinte procedimento:
1. Calcula-se o valor dos títulos em carteira (TC). Normalmente este valor deve ser considerado a preço de custo, abatendo-se a margem de lucro, pois existe um preconceito macroeconômico contrário ao financiamento desta margem.
2. Determina-se o montante da série, utilizando-se a expressão seguinte:
FV = TCf {(P1 x PR1) + (P2 x PR2) + .......(PN x PRN)}
Fonte: Spinola, 2000
EXEMPLO – CÁLCULO DO VALOR DOS TÍTULOS EM CARTEIRA
FV= Montante do financiamento das vendas TCf= Títulos em carteira a custo dos fatores P= Percentual de vendas no período PR= Prazo de vendas concedido(período)
Exemplo: Margem de Lucro = 20% TC = R$54 mil TC = R$54 mil : 1,20 TC = R$45 mil FV = R$45mil{(0,30 x 1) + (0,30 x 1,5) + (0,20 x 2) + (0,20 x
2,5) FV= R$45 mil x 1,65 FV = R$74,25 mil
Fonte: Spinola, 2000
EXEMPLO – CÁLCULO DO VALOR DOS TÍTULOS EM CARTEIRA
Exemplo 2: Método Linear
Faturamento mensal = R$150 mil Vendas a vista = (R$ 15mil) Vendas a prazo = R$135 mil Desconto Bancário = (R$ 81 mil) Títulos em carteira = R$ 54 mil
Fonte: Spinola, 2000
RESPOSTA
Prazoem dias
(PR)
Valor dostítulos
emitidos(A)
Valor dostítulos
descontados (B)
Valor dostítulos emcarteira
(C=A-B)
Valor dostítulos emcarteira acusto dos
fatores(D=C/1,20)
30
45
60
75
50
40
25
20
50
04
00
00
00
36
25
20
0,0
30,0
21,0
17,0
Total 135 54 81 68,0
Fonte: Spinola, 2000
FV= (TF1 xPR1) + (TCF2 x PR2) +....+(TCFN x PRN)
Onde:
FV= Montante do financiamento das vendas
TCf= Títulos em carteira a custo dos fatores
PR= Prazo de vendas concedido(período)
FV = (R$30,0M x 1,5) + (R$21,0 x 2,0) + (R$17M x 2,5)
FV = R$ 129,5 Mil
Fonte: Spinola, 2000
ESTUDO FINANCEIRO – MEMÓRIA DE CÁLCULO
E- Crédito de fornecedoresTotal anual das compras x % de compras a prazo x prazo médio obtido / 360
F- Desconto de duplicatas Referem-se ao valor de duplicatas referentes a vendas a prazo que serão descontadas em banco.
G- Capital de giro líquidoÉ obtido pela diferença entre o total das necessidades e a soma dos recursos
ESTRUTURAÇÃO DO INVESTIMENTO TOTAL
É o resultante da soma dos investimentos fixos (ativo permanente) com o capital de giro líquido (ativo circulante – passivo circulante)
DISCRIMINAÇÃO VALOR
1.INVESTIMENTO FIXO
1.1. Imobilizações Técnicas1.1.1. Terrenos e Melhorias1.1.2. Construção Civil1..1.3. Instalações1.1.4. Maquinas e Equipamentos1.1.5. Tecnologia1.1.6. Veículos1.1.7. Móveis e Utensílios1.2. Gastos de Implantação e pré-operação1.2.1. Organização e eventuais1.2.2. Despesas fiscais e de transportes1.2.3. Despesas de Montagem1.2.4. Estudos, projetos e consultoria1.2.5. Administração do projeto1.2.6. Desp. financeiras na execução do projeto1.2.7. Pré-operação
2. CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
3.INVESTIMENTO TOTAL ( 1 + 2)
193.713
115.378518
12.8461.00094.7705.0001.000244
78.3357.00023.37131.0425.942666
7.0773.237
19.078
212.791
Fonte: Spinola, 2000
ESTRUTURAÇÃO DO CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO E DEFINIÇÃO DO ESQUEMA DE FONTES
O cronograma financeiro do projeto é elaborado tomando como base os seguintes aspectos:
1- Condições técnicas/ operacionais ditadas pelo estudo técnico;
2- Bases negociais;
3- Ajustamento às fontes.
A execução do projeto - expressa no cronograma físico – estabelece as condições técnicas operacionais que fixam os prazos de início, duração e conclusão das diversas etapas das obras.
O estabelecimento de bases negociais refere-se aos esforços mobilizados para obtenção de melhor combinação de prazos e condições da pagamento para cada rubrica do projeto.
O ajustamento às fontes consiste na adequação dos prazos e das condições de pagamento à sistemática operacional dos financiadores.
Cronograma de Desembolso
Em R$
Trimestres
DISCRIMINAÇÃO
01 02 03 04
INVESTIMENTO FIXO
1. Imobilizações Técnicas1.1. Terrenos e Melhorias1.2. Construção Civil.1.3. Instalações1.4. Maquinas e Equipamentos1.5. Tecnologia1.6. Veículos1.7. Móveis e Utensílios
2. Gastos de Implantação e pré-operação2.1. Organização e eventuais2.2. Despesas fiscais e de transportes2.3. Despesas de Montagem2.4. Estudos, projetos e consultoria2.5. Administração do projeto2.6. Desp. financeiras na execução do projeto2.7. Pré-operação
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO
INVESTIMENTO TOTAL ( 1 + 2)
36.452
26.009518
5.538-
14.9535.000
--
10.4432.4644.743
-2.524256456
-
-
36.452
96.321
68.171-
7.3081.00059.863
---
28.1502.45714.2296.2083.392205
1.659-
-
96.321
51.606
20.954---
19.954-
1.000-
30.6521.9574.399
21.76126205
2.304-
-
51.606
9.334
244------
244
9.090122
-3.073
--
2.6583.237
19.078
28.412
Fo
nte: S
pin
ola, 2000
Usos e Fontes de Recursos
Em R$
Trimestres
DISCRIMINAÇÃO
01
02
03
04
Total
USOS 1. Imobilizações Técnicas 2. Gastos de Implantação 3. Capital De Giro Líquido FONTES Recursos próprios Recursos de terceiros
36.452 26.009 10.443
-
36.452 18.229 18.223
96.321 68.171 28.150
-
96.321 48.173 48.148
51.606 20.954 30.652
-
51.606 25.830 25.776
28.442 244
9.090 19.078
28.412 14.249 14.163
212.791 115.378 78.335 19.078
212.791 106.481 106.310
Fonte: Spinola, 2000