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ESTUDO LITOLOGICOdESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOR DO FOG0 Par lVIfm10 ALBERT0 A. 0. SsLU;mo * MARIA HELENA C. M. DE ALMEIDA * Este habalho de gwlogia de pormenor da bacia da Lagoa do Fogo, ilha de S5o Miguel, Acores, permite tirar conalus6es solbre permeabilidade de rochas poimiticas e traquiticas do seu perimetro marginal e eshab~elecer consideracks sabre recursos hidridos desta Area. ABSTRACT This paper is a detailed geological report aiW the basin of Lagoa do Fogo, Siio Migud Island, Azores, point- ing out some condusions concerning permeability of puunice and trachyk rocks of its internal margin, and emphasizing considerations about its hydric sources. * Departamento de Geocihcias, Universidade dm &ores.

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Page 1: ESTUDO LITOLOGICOdESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOR DO …silica com dofanas aluminosas, terminando em haloisik. Esta evolu@io 6 adicionada pelo esMo de jumtude das forma- g6es, pel0 cha,

ESTUDO LITOLOGICOdESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOR DO F O G 0

Par lVIfm10 ALBERT0 A. 0. SsLU;mo * MARIA HELENA C. M. DE ALMEIDA *

Este habalho de gwlogia de pormenor da bacia da Lagoa do Fogo, ilha de S5o Miguel, Acores, permite tirar conalus6es solbre permeabilidade de rochas poimiticas e traquiticas do seu perimetro marginal e eshab~elecer consideracks sabre recursos hidridos desta Area.

ABSTRACT

This paper is a detailed geological report a i W the basin of Lagoa do Fogo, Siio Migud Island, Azores, point- ing out some condusions concerning permeability of puunice and trachyk rocks of its internal margin, and emphasizing considerations about its hydric sources.

* Departamento de Geocihcias, Universidade dm &ores.

 

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MARIO ALBERT0 A. 0. SALGUEIRO e MARIA HELENA C. M. D E ALWEIDA

0 presenke trabalho, de levantamento geol6gko de porme- nor do perbetro marginal intenno cia Lagm do Foigo e de e5bblecimenko de cmsiderac$5es sobre crs lpecwsios hidricos inker.es&us na prbpria h d a hidrogrAfica da Lagm, vism a d ' d h i ~ 5 o de h e a s marginah, pontuab ou eertpr~essivas, de pas- sivd infiltra&~ de hgua actual ou de hens provhveis de infiltra~5u para efeito de subida de cota m6di.a da hg,m da Lagoa de cerca de 2,5m a 4,O metros.

0 trabalho d'e campo, realizado de Outubru de 1977 a Fevereiro de 1978 (quando as condicBes clirnhticas o permi- tiarn), foi levado a cabs por MMo Salgueiro e Maria Helena Ahmi&, ge61ogos da Universidade d.as Apxes e na altura rnembros do G.sA.0.R. (Gabhete de Apio Bs Obras de Re@o da Ribeira Grande), na m a de S. Miguel.

&ms d o r e s de wtas de altitude, rderidas no k a W o , foram tiradw corn altiimetros T.HO&UkEN em dias de estabi- Edade atmmfCrica cmp&tivd corn o fmcimamento dm memos.

;A calibra~80 do6 dtiun&los foi sempre referenciada ao convmciunado (por nQ) nivd de cob de 574 metros das hguas da Lagoa, nos fins de Novmbro de 1978, nivel este ~ ( e r i d o na mar= de 1.0 metros da RCgm Graduada que est& na margem norte da Lagpa.

A folha da Ribeira Grande B/5-1 a/c e as trb fdhas cmg4neres que nela t3OnYerQem no canto sudeste, & escda 1/5.000, cm&tui rn a base t~pogrhfi~ca u~tilimda n a t e trabialho.

A fotointea?plretia@o foi realiazda em fotagrafias abreas & esoala comprleendida a t r e 1/13.500, 1/15.000.

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ESTUDO LITOL~GICOLESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOG0

1. AT- de Influhcia Hklrica da Lagm do Fog0 no M&o & Serra de Agua de Pau; CarwterZstScas Ambhtais e Edmturais

0 m i g o d c W c o da Serra de Agua de Pm, Ilha de S. Miguel, funciona como grande reseruat6do hidrico natural e, ao m m o tempo, cmstitui relevo sepaorador de Bguas que Be escmm para cs lito~ais nark e ml.

As mcosb fmmam ma cintnm de espig- (loanbas d,eclivosas), sepmd8s pox- W a s de Bguas tcmporArias fo~te- mente encaixadas, que vih coalescendo progressivamente.

As vertentes da Lag= do Fogo e a sua pr6pria kea depressicm&ia central sofrem, continuamente, todo um processo de abhgIo-aculmdag50 mdicimado pelas condic6es ambienhis aliadas i sua litdogia caracteristica. Assh, a erm5o tomencia1 C de deitos espectadares pel'm aluhmtos de massas de materiais p h c l B s W que provoca.

No que r e e t a 2L tec.t&niea 104, esta encontra-se muito rnasmxada por cobertura piroclBstica pomitica.

1.1 Caracteristicas Climciticas e litddgicas da Area Central do Maci~o.

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MARIO ALBBRTO A. 0 . SALGUEIRO e MARIA HELENA C. M. DE ALMEIDA

olbse~tnar-se ean v6rios ponbs, nomeadatmnte nas paredes inte- r i m da cratera cia Lagoa do Fogo.

Numa fase posterior, por eslta c~51teT.a e outros pontos de emissiio s e c d e o s , fmmn eanitidos diversos m8ateriais piro- clhticos de natureza traquitica que constiturn espessos dw6- si<toa de cobrtura sabre as lavas traqiuiticas mais antigas.

No d ~ v ~ l v i m ~ e n t o da eroszo, em toda a ha confinante con a Lagm do Fogo, h& ~d~existh~cia de &reas de expor ta~b e de recepc$+o nos niveis infixiores.

A exparta@io do material fino superficial e dm materiais litol6gic.05 subjacenks, e a aamulacSo, ccmdmen de m d o imperc&vcl 21 colnmta~Bo da Lagoa. Es,k process0 6 nolcivo ao arim~zenamento de &gxsl.

h v e fk&ar-se qiuanto pwsivel (h& h a s de vwtenta p d b i a s anais esthveis, at150 aluidas, coano povoamento de cripltoaaebias na margem norte da L.F.) e manter-se o c am to^ nos dmlives da bacia hidmgrSica da Lagm o m o fim de amentar a ca~pcidade hidrim derJta e contrariar a abla&o.

I3 muito elevada a erago torrential dm vertentes p d - ticas da bacia hidrogr&fica da lagoa, deYido B pr6gxia lito- bgia e ao, clima alrtaunate chuvm.

As proj~ec~ks pomiIticas heter&neas englobando blmos de grande take sofra mos5o r&pida e W n m , o n ~ ~ o ravinas cmde as &mas selmgem &cam a base das vertentes e provo- cian constantes dulinentos de m w a s , sen50 mesmo de p&es de vertenites ou. de vertenkes em si.

At4 certo ponto, contribuirZio para t d os seus elwados pendares nZio compativeis corn as caracfmisticas de resistencia

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ESTUDO LITOL6GICGESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOG0

dm materiais coastituintes. Este aluimento de material p o d - ticlo pBe, corn frequencia, os afloramentos traquiticos a des- coberto.

Em certm niveis de cinzas e areias finas vulchnicas b a n estmtificadas oibse~va-se resistencia ii erosgo. De urn modo geral, este tips de erosiio rapida e intensa, criando uma morfo- lolgia de ravinas alternantes com cristas agudas, confere i regiiio aspect0 ruiniftorme caracteristico.

0 macic;o manifests actividade vulchnica do tipo secun- dido, corn varias caldeiras naturais e fumarolas. Nmo cen- tro do maci~o, bem como na periferia, hB vkias nascentes de 6gulas &erais ca~bogasosas do tipo hipokrmal. Actual- menk, o vu4~5~o do Fogo manifests urna pu1sac;Zo magrnatica que traduz por frequentes micrcpssisrnos.

No coanplexo vulchnico do Maci~o da Serra de Agua de Pau 6 dificil cybswvar direcgBes de acidentes tectbnicos, como sejam fdhas e deslizamentos, devido ao espesso manto de materiais piroclAsticos recentes que cobrem os rdevm traqui- ticus da regi50.

B nothe1 a fractu~a orientada NW-SE que se estende de Rabo de Peke ao Pico da Barrosa e ao Imgo da qua1 se a n h a m vh5ss aparelhcps traquiticos. As idtimas erup~6es no s6culs XVI mostram rejuvenescimento d e t a fractura.

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MARIO ALBERT0 A 0. SALGUEIRO e MARIA HELENA 0. U. DE ALMEIDA

0s sdos derivados de materiais vulcbicos modemos t2m prredominio de ar&s fra~cyamente c r i sbhas s morfas.

0 s solos interessadols na &rea hidrida da lagm sbq p r iexceZ&~cia, derivados de matenid p d t i c o e poeiras mk6nicas que s'e & s p h em leihixi, por v e m d t e ~ ~ m e c m espes- suras variiiveis, apresentando comipacidde elevada. 01 material poanitico originibio tean cormposi$io quimica

~ d e d m M a de : 61,5 % em SO,; 1&,0 % em 4 0 , ; 4,3 Go em Fe,U3; 1,2 % ern CaO; 5,3 % em &O; 6,8 % em N%O; 2,4 % em &O; restantes valores em 6xidos B volta de 0,7 para Ti e Mg e B vdta de 0,2 para Mn e P.

eEstes solos, caracteristicos de zona de climia super-Mimido e de cots e 1 d a (em m1ac;Zio B altitude m6dia da Ilha de SZio Miguel), rnostmrn p n ~ ~ o de aiofana6 em todos os homimntes ou de alofmas nos hwiuMltes supwiores passando a halosite nvs inf&ores. As ahfanas sZo prdutos annorfos, s i l i co-a l~bos~m hidraWos. Sernpre a~S0CiadQ Bs alofanas, a halosihe h d u z evdu@o daquelds ternnos de cristalinidade. %ah-se bbCrm de m duanino-siliato hidratado.

A hdoisite awnenta de malo significative na p t e inferim de perfis ~upmionmente alofhdcm. %lur$es de 9dr6Iise ricas em silicio e c a t i k , dos niveis haldhicos superficilais, v5o dimentar o andossdo s,ubjacmte menas pm&vel , originan- d ~ s e a hdoisite.

Alguns horizontes supxiores haloisfticos, sobrejacentes As alofanas, podam teo: origem na &or dissecagik dm horizontes sr~upleTficiais sujjeitos d i recbente Bs m r i a ~ k mbiientais.

Outra argila cri~talina, presente em todos os niveis com valores ponderais de 10 % a 20 % na compmi$io minerab5gica dm solos, 6 a montanorilonibe - ar& expransiva ferrcmagne-

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ESTUDO LITOL6GICO-EISTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOG0

siana - que dwe resulhr da alterac$io de mberais pcirndricm conno piroxmas e anftbdas.

Olbserva-se, a h , evolu~iio de material amorfo dum estkigio inicid de aEofanas siliciosas para uim esthgio meaos rico de silica com dofanas aluminosas, terminando em haloisik. Esta evolu@io 6 adicionada pelo e sMo de jumtude das forma- g6es, pel0 c h a , vegekq5o e topografia.

3. Gedogia e regime hidrol6gico da bcscia cla Lagm do Fogo

0 vulciio traquitico, onde se instalou a lagoa, situa-se prati- mmente no centre geomCtrico da ilha de S5o Migiuel. A lagoa que ~ocupa o fundo da m a k a prkipal , A cob de 574 metros (anositrando um dwnivel de cerca de 350 metros em relac50 ao pmito m& alto do mk50, RCQ da Barrosa), tem 2.250 me- tros na dimc@o WNW-ESE, 1.000 metros na d!irec@io NS e 1.500 metros na &ec@io NW-SE.

As ptaredes interiores dol h g o a do Fogo siio formadas, sobnetudo, por projeq5es de piroclastos pomiticos. No entanto, ab1.01r~menitos traqruiticos s50 vivisliveis em diversos pcmkos da periferia.

Formactks m e n k s de dmi6es e a t ema cobrem, d'e m d o empressivo, a h e a marginal no&. Ta- dep6sitors de ver- teak e e6cm;bceiras de blocos traqufticos provdentes de duim!entcs carreiam a p&e terminal dm taJvei&ues dos vales que drmm a Iagm.

Localmeate, a evoluc50 final dos pirodastos traquitioos 6 de natureza abftnica e haloisitica c m presenca de argilas expansivas do tipo montmorilonite.

0s piroldWs p d t i c o s das Utimias fases de paroxisrno &Anko errplosivo assentam subre as f m @ e s traquiticas, mnst.ituindo as vertenkes de cobertura que sdrem todo urn processo de duitnento prvgxssivo de intensridade variada.

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IVURIO ALBERT0 A. 0. SALGUEIRO e -A HELENA C. M. DE ALMEIDA

S5o abserviiveis nas h a s marginais da lagoa. A leste, os derrames traquiticos esEo em parte s~bmers~w. Para m t e , atingem por vezes cotas bastante dwadas, parecendo carresponder aos restos de an@a chamin6 vlukbica. Par vezes, QS traquitw ccmstikuem escarpas a porn WtAncia da hgua da hgoa devido ao aluimdo da cobertura pirocliistica p d t i c a . Tcatase de escarpas de blocos primiiticoa de roclha c m mani- festa disjm~Ziu collunar p a r a l e l i p i ~ ~ imposts pelas suas diackases e responsiivel pela qtteda de blocos de grandes di- mensties .

As diadases m'asltram-se, por w e s , abertas como acontece em alguanas exposic$5es B l i n k da iigua.

0 material de projece20, que wmtitui s p e w cobberturas de vertente, consta essencialmente de peldra pomes, cinzas e aneias finas vuldnicas. Com grande irregularidade estratigrg- fica, misturam-se alguns niveis de granularidade heterog6nea com ma.berial tufiiceo muito fino e are20 pomitico. Em todos os niveis observam-s'e blocos de rocha caidos das escarpas traqui- ticas m arrancados da chamin6 durante a emis50 explosiva dos piroclastos. TambEm blocw de sanidinito esEo inclusos quer nos pirocllastos guer nos traquitos, repmentando variedades gra- ndares desks lavas.

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ESTUDO LITOL6GICOLMTRUTUEtAL DA BACM DA LAGOA DO FOG0

SZio cmstituidw por areias, are& e c a s ~ o s mais ou menos rolados, provdentes da desagregia@io e lavagem das v e r k n h .

Acumdaim-se nas margens da lagoa, nomeadaanente na mar- gem norte onde c o b z a kea expressiva, e nos fundos dos vales que para eh dmnm.

Pequenos aluvi6es de praia cohem os rebordos marginais d e , no g e d , desagmm talvegues de vehnte. S5o consti- tuid.05 par arego e areias mais au menos cas&enbs calm inter- cda~6ecs ldosas.

Na margem nork, hii canes de deje@o de vertenlte>> c m fanglomerados de casdheira e burgau pomiticos e traquiticas. 0 s niveis subjacentes s80, no gerd, de casca.lho pomitico claro em pmesso de argilific@io.

Trata-se de tey:tbnica vulc&nica radial muito encoberta pelas projeccbes poimiticas.

Algmnas fahas marcaram-se na arts, tendo sido detecta- das c m o proviiveis no terrem e c d h a d a s *la fotografia &ea. Pa~ecem pouco importantes do pmto de vista de permea- bilklade porque ainda que sejarm fatIh.as reais 6 de adimitir que afs mpectivaa caixas de falha estejam ben preenchidas e cwmpmtada5 pm material argilom.

No rapeitante a fil6es, nZio f a r m ragistad05 na hrea do perimetzo inkrno marginal da Lagoa do Fogo.

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MARIO ALBERT0 A. 0. SALGUEIRO e MARIA HELENA C. M. DE ALMEIDA

O regime hidrd6gico da bagoa do Fago C influenciado plor cmdi@ks j6 refegdas o m o s e j m &m&tkas, es;tTuturais, tape @&fieas e liito16gicas.

0s nhek de materiais pirocl4istic~ derim em prdutos fin& argilcms cmpiactos, pel0 que as &gum que circdam li-Q nos nivek n50 degradadm se aaumdam ao atin- girem 0s niWs apgilmcrs.

Os traquitos aprewtam permeabilidiade aprecikvel, dede que a6 diiac1ases n50 esstejam preenohidas pm tm&eTiais argilmos.

Nas ireas de enchimento a l u d ~ deve haver tendhcia de diznindcb, c m a pmfunididade, dm coeficientes de per- meabMdade.

A alhemltagZio natural da Lagoa do Fogo, funr$b das ele- vadas prwipita~Bes ahmf&5cas, fm-se pela sua bacia Mdro- gritfica die pequiena expressio d i n a d a Bs vertentes interiores da cratera central.

i D w s &has de Bgua, precismente nos cantos NW e SE da lagoa, embra de fraao caudal, drenm em regime semi- -pemanente a permanente. Todas as outras linhas de 6guas selvagms s6 t&n carga hidrioa durante os p U o s de chuvas.

0 fundo da lagoa deve esta blem coberto plor materiais &to finm, c m o sejmn lamas e a m a s drenadas desde os prinoipios da siua fwma~60. Estas ter5o cimentado a brecha do matwid vul&cc~ dla ahmind.

As infiltrac6les de 6gua da lagoa pdas diaclases dos traquitos pode~iio vir a cmstituir, ao slairem da forrna~iio traquitica, toalhas aquiferas em wrtos niveis arenoses e casca- Ihmtm pamftieos suporkdos por niveis mgilosos i tqm&veis . Asim se d50 dgumas reswrg6ncias de 6gua nas vertentes ezhiores da cmtera onde se instalou a Lagola do FQ~Q.

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ESTUDO LITOMGICO-ESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOG0

Apresentam-se, de modo deseri4iv0, aspecbos lit016gicos e eshturais. Para M, estabeleceu-se un ordenmento dm v5- rios sectors da margem que se cantografarm pm meio de ninnwos. Inicia-se o reconhecirnento a partir do posh meterno- l6gic'o da margem s d , a que se atrilvuiu o ponto 1, progedindo-se no sentido direct0 at4 se f w r o fwho apbs contom realizado.

Fonb 1 -a oasa do mar6grafo lolcaliza-se por b l a h do posh0 metm016gic0, nusna praia de estiagem de are50 p d t i c o o m mla de blocos traquiticos junto B vertlte.

Ponto 2 - acah a praia, inidando-se mla marginal de blo@os de rocha.

Pmto 3 -~~cxrakdo pm il. blwo duido que mmgdha na 6gua junto B margem; as ve~itsntes de materid terxoso poanitiico est5o em atitude de duhenb c m desprendimento de blmos de rwha.

Pmto 4 - situado em pequem pwia de areia polmiitioa d e oonfina w a linha de &@EL; miantirm+e o aspxb minifome das verctentes de niveis suprimes de material fino. A sa- ligncia 4A B de escorrhcia de material piroa16stico.

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-10 ALBERT0 A. 0. SALGUEIRO e MaRIA HELENA C. X. DE ALl&EJDA

Ponto 6 - a ribeira mmtra bloas expcsi@es de marpas tra- quitims. A salibcia 6A mostra-se vertical clcym material panitico fho.

P o ~ t o 7 - rnant&r--se a margem ruinifme. A ribeira (7) forma pqueno salt0 no pard50 de rooha traqdtica que logo a mdente, mergdha na lbha & Agua.

Ponto 8 - observase material pamitico fino nos niv& s u p - xiores c m interca5a~Ses de cmcalho podmitic0 a cerca de 2 im de ditura.

PmW 9-10 - a b s m - e esmbre i ras de blows, a boca do vale, at& ao espiga.

Pmto 11 - confinla ma W a de dgua coan emusto ~ ~ t u r a l h m a , rn pow0 h direita.

Pontos 1213 - k e a de blocos soltos seguida de pequena pmia de ar& fjllba esczura o m casloaho p d t i c o e traquitioo.

Ponko 14 -obervam-se pequenos tfinieis e gmta6 ao nivel da Enha de hgua em material mnstitu5do quase essencialmente por pedra panes em promso de aJtera@o.

Patofis 15-16 - o material da margem 6 mais f.ino, n50 se c ~ b m n d o grubas. No pcmto 15 localizGL-se ma pequena nar~cente. At4 h ribeira de &@a pemnanenk do c m b NW da lagoa, o material 6 de pedra pomes alterada passando a fino. Esta ribeira ten o vale bas,tante escavado nas folra&s de colbmtwa onde pamce ter atingido a rocha traquitioa devido aos inhneros blocos de g ~ d e tananho vish na parte terminal junto ao panto 16. Aqui h6 uma wsstur;g&wia de Agm e a margem 6 mmskitwida par grand= bloem de rocha soltos enlcimados por escazlpia traqruitica, cam disjun~lo prismdtica, recuada cerca de 15 a 20 m da linha de dgua.

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ESTUDO LITOL6GICO-ESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOG0

Pontes 1617 - dxervam-se pequenas grultas olu bwaws que resdtaan do d e s p r l e n s de Mocos ou de encostos angu- lwes mtre eles, por onde enbra a hgua da lagoa nos niveis de hvemo. Os bloc06 anontoam-se na base da m i b a mde se ohemam niveis de maherial de gr50 fino, canpacko, corn d~~ pomitiic.0~ plequenos em process0 de argilifica@o. 0 s niveis interims siio mais grossleirm coln lmtriz argi- losa-arenosa.

Pmtos 17-18 - observa-se material arenoso pomitico, c m ni- veis htercalados de clastos grosseiros pomiticos e traquiticos. 0 s niveis inf&orss s8o de cascalheira de p&a porn- m a"aus pequems de rocha. 0 pmt:o 18 corresgonde a espC g8o de material brech6ide corn calhaus grandes de mcha aiglutinados por matriz pamitica; tamb6m clastm de sani- dhitos.

PmPS 19-20 -a arriba 6 tufhcea cam niml inferior de a r d o podtico. No pecurso at4 B r- graduada desenvolve-se espig5.0 p d t i c o de material plrd~oanbantemente fino (areia f h a tufo) cnmn pequenos dveis btencdadm de cmoalho pomitico. P remqa de bbcw apin@os>. Passagem a dveis inferiors de ar&o. Em fnmte B my olbsmm-se nfveis de areia mWa a Eina dtedcs can niveis de cawlho.

Pontos 20-21 - a margerm 6 pedregwa, iniciando-se pm brecha corn algms blocos gmndes em consola. ~~o do ponbo 21, passa-se novmnente a material fino pomitico.

Pmtos 21-22 - o espigzo, coan altura de 5 a 6 metros, mstra-se cmstituido por pomito de grZio fino a d d i o , hmog6ne0, passando a bmcha de @a pcmes e traguito.

Plonbs 24-25 -~zmilua de maberial d&o, classificado, cum nfwis ca6ticos de cascalheira p d t i c a e zonas de brecha. A marglean 6 pedregcsa.

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MARIO ALBERT0 A. 0 . SALGUEIRO e MARIA WELENA C. IVI. DE BLMEIDA

Pontos 25-26 -man&ra-se arriba de material m d classificado c m nlveis cawalhentos pomiticos e alguns m& finos menosos, ern p~ocesso de a q $ l i f i c ~ ~ ~ o , englobtando dgzlns bioms qingados~.

Ponto 27 -espiglo mm anriba cmstituida de material mdto g~osseiro do tip0 brechbide. Em niveis i n f e r i m oibser- vam-se camadas de grlo mais fino podtico.

Pontos 27-28 - apresmtarn-se niveis p d t i c o s de grlo fino a m&o c m o nas de braha incluindo b l~om de rolcha. 0 aspeoto C ruinifomre cam pequenas crist;a5 e regueiras.

l3mtOfij 28-29 - ananth-se a morfologia amterior, corn p d t o fiino passanclo a nivei6 m& gros~seiros de arego e colscialhialho pamitico. A rnmgm que c'ollstitui o rebondo da kgm adven- ticia (Ll) toma-se mais W e g o s a a plartir do Ponh 29.

P'ontos 30-31 - terreno clam pequenos morros aluidos e desmante- ladas, cristas, regueiras e ecmb~eirias de blocas d d o s das vebntes prh6rias predominando cobertura de casca- lrheira pmitica. Reigista-se ulma nascente junbo ao ponto 30, uns metros acima da linha de hgua.

Ponto 31 - linha de igua drenaate da lagoa adventicia (U).

Pontos 31-32 - C nitida a alteo:n&cia de cristas ruiniformes @streitas e valsudos alargados e pdregosos. A arriba par Wis do aluviPo marginal expae niveis de tufo vulcihico.

Pontos 32-32A -no rebordo da es~earpa da irea alagada, desig- nada par lagola adventieia (L2), crbservam-se niveis grossei- ros de c a s c a h pomitim soibrejjacente a niveis brechbides que eng180bm dgruns b l o ~ apingadosx Para l e k , predlmi- nam niveis firms. Mmw-se fdha pela priimeira Enha de &@a.

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ESTUDO LITOL6GICO-ESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOGO

Pmtos 33 a 35 - eslcarpados de rocha, clean wbrha pomitica de grdo fino, clonsitituean a verbnh? do t e m ~ n o ~ k mar- gind da lagola adventieia (L3). 0 pared20 de rocha, de faces verticais arredmbdas, mostraae sem diaclases ban defitlidm.

Ponto 36 - roeha ao nivel da kgua c m diaclases abertas, p s i - v&ente deshcadas.

taan caeaiIho pmiitiw alternmdo cmn material mais fino. I

730 ponito 37 ao pmto 45 abservam-se vertentm p d t i c a s wan w~pecto ruiniforme. E.m muitos perfis, niveis supxiores de tufos que cobreun niveis de clastos die pedra pomes, de grdo varikvell, aghtinlitdos por mtr i z poonihica mgilosa. Grandis blmw de rocha observam-se hcrosbadors nas ver- tmbs ou soltots nos dd ives alddos.

Pontes 38-39 --material de vertente em franco processo de dluimmto.

Pmkm 39-40 - mangean eslxeita e pedregaa, corn vertemte a h vmtical a subvertical, moostrando ma$erial fino.

Pontos 4-42- a arriba torna-se mais elleva e o h m - s e @ d e s blows b Wa de &gm.

Ppg polntos 40 a 42, aberman~e cri&s d r t e m d o can vdados

drenantes de kguas selvagens.

onbs 42-43 - arriba dm& c m talude sub-vertical de escor- ' regamento.

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ESTUDO LITOL6GICO-ESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOG0

A - a1,uviiio terroso podtico de prlaia wtival.

B - aberto urn perfil ean mna de areiio panitico, a cota de 576 m. Apareceu B g w , a c e m de 200 m de fundo, que estabelece liga~50 de sifiio entre a hagm do F'ogo e a hgoa L1. 0 areiio 6 uniforme corn niveil btemalado, a 1,20 m, de cascaho p d t i c o .

C - terreno extenso de dagoeira, -$errno P o d - corn de 576m. Apareceu Bgua, a cerca de 2m de fundo, que musgiio, retentor de Bgua. 0 nivel s~bja~cente 6 impermetvd, am clastos pequenos pomiticos ag'lutinados por matriz argdosa.

D - jmtn B mar- da ribeira, em terreno de cascalheira pmitica e traqdtioa.

E - tmeno de mscalho e are10 pcdIticos can vegeta& rasiteba e dispersa.

F -em frente 2 arriba, o aluvi10 mmtra pedra panes grosseba e cab~erto por vegeta~iio rasteira cmpacta.

G - em frente a L2 e no seu krreno de alagamento; cober- tura h h i d a musgosa em nivel fino pomitico argilificado que assenta em nivel de areia gross~&la.

H - pequeno perfil aberto junto a L12, mostrando nivel de burggo e arego pomitico com matriz argibsa.

K-M - ca,scaheira mhta de pedra pomee e traquito.

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MARIO ALBERT0 A. 0. SALGUEIRO e MARIA HELENA C. M. DE ALYEIDA

N - terreno corn co;b8erbura vegetal raskira e cmpacta ern s,olo terroso-argiloso pomitico mde se instah a pequena lagoa admticia L3.

0 - solo terroso-arenoso poanitico escuro devido provavel- menk a mistura h h i c a .

P-Q - terreno de dejec@io aluvial cmn vegebacgo rasteina.

Q -cone de dejec~go de maher~ial traquitico e poimitico, onde a linha de &gua cava leito sinuoso por vezes alargado. Na sua margem esquerda observa-se afloramento de traquito.

R - perfil ab'wlto na priaia de areia pcrmitica, que m,ostra nivel subjacente de p e d ~ a pomles amarelada em processo de desagregacBo e argilifica~50.

Ponto 4 - escarpa traquitica recuada 20 metros da linha de Bgua; medidlas toanadas 2 cob dos 592 metros:

Ponto 5 - escarpa traquitica recuada &O metros da linha de Bgua; medidas tomadas a cota dos 5% metros:

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ESTUDO LITOL6GICO-ESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOG0

Ponto 6 - escmpa traquitica desnudada por aluirnento recente de pmitos; medicBes tomadas & cota de 602 metros:

Ponto 7 - aflloram~ento traquitico c m tendencia a p a ~ t i r ern grmdes biocos.

Fmto 35 -escarpa traquitica, frontal & lagoa adventicia L3.

Pmto 36 - escarpa t~aquikica junto & margem, corn diachses wm pouco ablertas.

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MARIO ALBERT0 A. 0 . SALGUEIRO e MARIA HELENA C. M. DE ALMEIDA

Canto SW da lagola - escarpa traq;uitica c~oastituindo~ longo pEiEedii0.

i) m d i ~ d e s tomadas B cota de 594 m.

ii) medidas tomadas ao nfvel da &$pa.

No segui.menbo d'm trabalhos reakzados, objectivando o estudo das cond i~ks de esitanqueidade da Lag051 do Fogo, deve- riio dey:hacr-se testes para se estabelece~em coeficientes de permeabilidade no material pomitico marginal e nas heas aluviais, principalmmte nas que siio coberbas pelas &gas ap6s a subida mual do dvel da Lagoa no periada do Inverno.

DmrZo ser consideradas de provkvel infilkra~iio de ggua, as &as marginais onde os traquitos encostas B Lagoa ou dela estzo separados por pequena quantidade de material piro- cl6stico pomftico aluiido. 0 n6mero elevadol de farnilias de

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ESTUDO LITOL6GICO-ESTRUTURAL DA BACIA DA LAGOA DO FOG0

diaclases nas lavas traquiticas deixa prever necessidades de tratam'ento de consolida~80 das mesmas.

A &-ma sul da Lag-, mupada pdos traquitw a ocidente do post10 meteor016lgic0, deve considerar-se de infiltraciio de 5gm. CM ela, esao cmectadas ressurg6mcias de bguas que amentarn ean nfimmo no invwno, na margem ocidental da Ribleira da Praia. Ai, s80 vhias as ressuil.lg&wias olbservadas at6 & mta de 50 metros ablaixo do nivel da Lagoa. Neste ponto, junto ao talvegue da Rikira, resswge &ua em nascente hertziana de g r a d cauidd.

De referir o cuidado que se deve ter, de futuro, cam a aberrtura de camhhos para acesso direct0 de veiculos & Lagoa, que, corkando as superfick de maior declive, podergo htensi- ficar as mdigSes, de aluimento &IS verkntes podticas. Tal conduzirh ao desmonbe de encostas e ao retakamento das z'onas matis dmlivosas pdas linhas de &gu,a.