estudo sobre a tarifa branca -...

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Telefone: (27) 99741-5411 Tec. Responsável: Eng. Ulisses P. Camatta CNPJ: 23.820.972/0001-28 CREA-ES: 037175\D www.tecinovaengenharia.com.br Estudo sobre a Tarifa Branca Colatina, 23 de janeiro de 2018 1. Introdução: A Tarifa Branca é uma nova opção que sinaliza aos consumidores a variação do valor da energia conforme o dia e o horário do consumo. Ela é oferecida para as unidades consumidoras que são atendidas em baixa tensão (127, 220, 380 ou 440 Volts), denominadas de grupo B. Com a Tarifa Branca, o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana. Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia fora do período de ponta (aquele com maior demanda de energia na área de concessão), diminuindo fortemente o consumo neste horário e no intermediário, a opção pela Tarifa Branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida. Nos dias úteis, o valor Tarifa Branca varia em três horários: ponta, intermediário e fora de ponta. Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Fora de ponta, é mais barata. Nos feriados nacionais e nos fins de semana, o valor é sempre fora de ponta. Os períodos horários de ponta, intermediário e fora de ponta são homologados pela ANEEL nas revisões tarifárias periódicas de cada distribuidora, que ocorrem em média a cada quatro anos. Clique aqui para acessar os postos tarifários de cada distribuidora

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Estudo sobre a Tarifa Branca

Colatina, 23 de janeiro de 2018

1. Introdução:

A Tarifa Branca é uma nova opção que sinaliza aos consumidores a variação do valor da

energia conforme o dia e o horário do consumo. Ela é oferecida para as unidades

consumidoras que são atendidas em baixa tensão (127, 220, 380 ou 440 Volts),

denominadas de grupo B.

Com a Tarifa Branca, o consumidor passa a ter possibilidade de pagar valores diferentes

em função da hora e do dia da semana.

Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia fora do período de ponta

(aquele com maior demanda de energia na área de concessão), diminuindo fortemente o

consumo neste horário e no intermediário, a opção pela Tarifa Branca oferece a

oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida.

Nos dias úteis, o valor Tarifa Branca varia em três horários: ponta, intermediário e fora

de ponta. Na ponta e no intermediário, a energia é mais cara. Fora de ponta, é mais barata.

Nos feriados nacionais e nos fins de semana, o valor é sempre fora de ponta.

Os períodos horários de ponta, intermediário e fora de ponta são homologados pela

ANEEL nas revisões tarifárias periódicas de cada distribuidora, que ocorrem em

média a cada quatro anos. Clique aqui para acessar os postos tarifários de cada

distribuidora

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Fonte: Aneel Clique aqui.

2. Quem pode aderir a tarifa branca

Conforme definido na Resolução Normativa nº 733/2016, da Agência Nacional de

Energia Elétrica (Aneel), o consumidor poderá solicitar a adesão à Tarifa Branca a partir

de 1º de janeiro de 2018. Entretanto, é necessário observar que existe um cronograma

específico, que prioriza as solicitações, conforme o consumo médio anual.

- A partir de 1º de janeiro de 2018, a adesão somente poderá ser feita para novas ligações

e para unidades consumidoras já existentes com média anual de consumo mensal superior

a 500 kWh (quilowatts-hora);

- A partir de 1º de janeiro de 2019, poderão também solicitar a Tarifa Branca, unidades

consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 250 kWh (quilowatts-

hora);

- A partir de 1º de janeiro de 2020, estará disponível para todas as unidades consumidoras.

Fonte: ELFSM clique aqui.

3. Como contratar, desistência da tarifa branca e custos financeiros:

• A adesão por parte do consumidor deverá ser feita junto à concessionária de

energia que atende a sua cidade. Após análise do pedido, a concessionária tem 30

dias para fazer a troca do medidor de energia, no caso de unidades consumidoras

já existentes, ou os prazos e procedimentos padrão para casos de novas

solicitações de fornecimento.

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• O consumidor pode solicitar, a qualquer momento, o regresso à modalidade de

Tarifa Convencional, devendo a distribuidora providenciá-la em até 30 dias, sem

esquecer que só poderá solicitar uma nova adesão à Tarifa Branca após 180 dias

do retorno à Convencional.

• A distribuidora é responsável pelos custos de aquisição e instalação dos

equipamentos de medição necessários ao faturamento da Tarifa Branca. Porém, o

consumidor é responsável pelos custos decorrentes de eventuais alterações no

padrão de entrada de sua unidade consumidora.

Fonte: ELFSM clique aqui.

4. Horário de Ponta (HP), Fora Ponta (HFP) e Intermediário (HI):

a. Horários de Ponta : fonte Aneel clique aqui.

O HP é o período do dia com maior custo da energia (R$/kWh), esse

horário tem duração de 3 horas contínua e é definido pela própria

empresa de energia local após definição desse período de maior

fornecimento de energia elétrica.

O Horário Intermediário é o período de uma hora entre o HP e HPF.

b. Empresa Santa Maria Luz e Força:

i. Ponta → 18:00 – 20:59 (o mesmo para o horário de verão)

ii. Intermediário 1 → 17:00 – 17:59

iii. Intermediário 2 → 21:00 – 21:59

c. Escelsa (EDP Espírito Santo):

i. Ponta → 18:00 – 20:59 (19:00 – 21:59 para o horário de verão)

ii. Intermediário 1 → 18:00 – 18:59

iii. Intermediário 2 → 22:00 – 22:59

5. Tarifas B1 (R$/kWh) – Comparativo Convencional e Branca (sem impostos)

Tarifa convencional Fora de ponta Intermediário Ponta

0,5393

0,44755

0,71821

1,13606

100%

82,99%

133,17%

210,65%

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6. Estudo de economia

A tabela a seguir representa um estudo genérico de economia para diversas situações de consumo, tendo como referência a tarifação

convencional. A economia é consequência da característica de consumo da energia nos HP, HI e HFP. A economia será máxima

(aproximadamente 17% para os valores atuais de energia em cada posto tarifário) na condição de não ter consumo nenhum de energia no

HP e HI. É importante ressaltar que a tarifa branca não tem relação com as bandeiras tarifárias.

Como representado na tabela a seguir, observa-se que os consumidores de energia que concentram 10% do uso da energia no HP e mais 10

% do uso no HI, restando apenas 80% da energia no HFP, esse tipo de tarifação pode não ser viável.

Casos com Tarifa Branca (Desconsiderando as Bandeiras e Iluminação Pública)

Caso1 Caso2 Caso3 Caso4 Caso5 Caso6 Caso7 Caso8 Caso9 Caso10 Caso11 Caso12 Caso13

Porcentagem do consumo em Horário de Ponta 0% 5% 5% 10% 10% 10% 15% 15% 20% 20% 30% 30% 40%

Porcentagem do consumo em Horário Intermediário 0% 0% 5% 0% 5% 10% 0% 10% 0% 10% 0% 10% 0%

Economia 17,01% 10,63% 8,12% 4,25% 1,74% -0,77% -2,14% -7,16% -8,52% -13,54% -21,29% -26,31% -34,05%

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O gráfico a seguir é uma representação dos valores da tabela anterior.

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7. Exemplos

a. Exemplo 1

O exemplo a seguir tem histórico de consumo real, e foram assumidas diversas características de consumo de HPF, HI e HP, esses

valores são os mesmos adotados anteriormente para cada caso. No gráfico a seguir são representados valores em reais (R$) para

cada mês. Aqui foi adotado como Caso 0 sendo a tarifação convencional para efeito de comparação.

R$-

R$200,00

R$400,00

R$600,00

R$800,00

R$1.000,00

R$1.200,00

R$1.400,00

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Estudo de economia - Tarifa Branca

Caso 0 - Convencional Caso1 Caso2 Caso3 Caso4 Caso5 Caso6

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b. Exemplo 2

O exemplo a seguir é similar ao anterior, mas foi considerado um consumo fixo de 500 kWh/mês, devido a esse fato considera-se

apenas um mês (os outros são iguais, pois não há mudança de consumo).

R$ -

R$ 100,00

R$ 200,00

R$ 300,00

R$ 400,00

R$ 500,00

R$ 600,00

Janeiro

Estudo de economia - Tarifa Branca

Caso 0 - Convencional Caso1 Caso2 Caso3 Caso4

Caso5 Caso6 Caso7 Caso8 Caso9

Caso10 Caso11 Caso12 Caso13

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Na tabela a seguir são mostrados valores em kWh que foram considerados como consumidos em seus respectivos horários para

alguns dos casos citados.

Consumo (kWh) Caso 0 Caso 1 Caso 2 Caso 3 Caso 4 Caso 5 Caso 6

Convencional

500

HFP

500

475

450

450

425

400

HI

0

0

25

0

25

50

HP

0

25

25

50

50

50

A unidade de consumo de energia kWh pode ter um entendimento difícil, ou até mesmo incompreensivo para algumas pessoas. Para

simplifica e familiarizar com essa unidade, a tabela a seguir traz a quantidade em horas para alguns equipamentos (uma unidade

desse equipamento) precisam para consumir a quantidade de energia pré-estabelecida. Essas horas apresentadas na tabela são valores

médios, pois o consumo varia de acordo com modelos, fabricantes e tecnologias.

25

kWh Consumidos

Equipamento Horas

APARELHO DE SOM 3 EM 1

227,2727

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AR CONDICIONADO TIPO SPLIT DE 10.001 A 15.000 BTU

30,96614

AR CONDICIONADO TIPO SPLIT DE 20.001 A 30.000 BTU

13,6612

COMPUTADOR

396,8254

GELADEIRA 1 PORTA FROST FREE

454,5455

IMPRESSORA

1666,667

LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA - 15 W

1666,667

NOTEBOOK

1250

TV EM CORES - 42" (LCD)

123,1527

Fonte da tabela clique aqui.

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8. Conclusão

Visto os estudos entende-se que essa nova tarifa branca pode ser uma opção para consumidores, a priori, com consumo médio acima ou

igual a 500 kWh. Essa nova tarifação pode resultar em descontos de até 17% na conta de energia, mas em contramão, se houver descuido

no consumo pode se tornar o vilão e gerar aumentos consideráveis na conta.

Devido aos maiores valores do kWh (energia) nos horários de Ponta e Fora de Ponta, que usualmente são os mesmos horários que as pessoas

chegam em suas casas a fim de tomar um banho quente (chuveiro elétrico) e ligar o ar-condicionado, TVs, luzes, etc.; Essa tarifa não é

atraente para consumidores residenciais, pode ser aconselhável para consumidores comerciais e industriais (pequenos) tomadas as devidas

precauções.

Para concluir, com referência o exemplo 2, e mencionado anteriormente, a maior economia seria considerando o Caso 1, onde não há

consumo nos HI e HP. Para o caso 2 observa-se a segunda melhor economia, considerando as características definidas, e assim por diante.

Ao chegar no Caso 6 acontece uma inversão, a conta de energia começa a ficar mais cara, e os casos subsequentes ficam cada vez mais

desfavorável. Para esse consumidor do exemplo 2 chegue a condição do Caso 3 é necessário apenas que um ar-condicionado tipo SPLIT

de 10.001 a 15.000 BTU (tabela anterior) fique ligado durante o HI e uma hora do HP por 30 dias no mês para então ter um desconto em

torno de 8% na sua conta de energia.