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    Estudos em Salvação

    Parte 1

    O Paraíso interior

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    Parte I

    O Paraíso interior

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    Estudosem Salvação

    Parte I

    O Paraíso Interior

    1ª edição – Abril de 2012São Paulo - SP

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    Fundação Mokiti Okada - M.O.A. Direção Geral: Rogério Hetmanek

    Organizadores: Carlos Roberto Sendas Ribeiro eHeloisa Helena Guedes Terror

    Supervisão:Faculdade MessiânicaAcompanhamento Editorial:Rosana Cavalcanti e Deborah Vogelsanger

    Projeto Gráfico e Diagramação: Rogério CamaraRevisão: Tania Cotrim

    Endereço para correspondência:Rua Morgado de Mateus, 77 - 4º andar - Setor Comunicação

    Vila Mariana - São Paulo - SP - CEP 04015-050 - Tel.: 11 5087-5030

    Direitos autorais reservados.Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

      Estudos da Salvação Parte I – Paraíso interior. --São Paulo: Fundação Mokiti Okada, 2012.

     Vários organizadores.

      ISBN 978-85-88173-66-8

      1. Teologia

    12-00701 CDD-641.5

      Índices para catálogo sistemático:

      1. Estudos da Salvação - Paraíso interior -Teologia 641.5

    (Coleção didática em teologia).

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    SUMÁRIO

    IntroduçãoO destino e a predestinação ......................................................11

    1. Salvação ...............................................................................141.1 A verdadeira salvação .........................................................14

      1.2 A salvação e a felicidade ......................................................181.3 A salvação e a religião ........................................................25

    1.4 O caminho da salvação .......................................................28

    2. O ser humano e a saúde ............................................................31  2.1 A doença ........................................................................31

      2.1.1 Origem: máculas e toxinas ............................................352.1.2 Função: processo natural de purificação ............................41

      w  Conceito de purificação ................................................41w Etapas do processo de purificação .....................................43w Consequências da interrupção do processo de purificação ......45w A purificação proporcional .............................................47w  Repurificação .............................................................47w Sofrimento: ação purificadora ........................................ 48w Processos coletivos de purificação ....................................49

      2.1.3 Doença e espírito .......................................................51  2.1.4 Doença e caráter .........................................................58

    2.2 Johrei ............................................................................592.2.1 Princípio do Johrei ......................................................59

      2.2.2 Objetivo do Johrei ..................................................... 60  2.2.3 Método do Johrei ........................................................61

      2.2.4 Prática do Johrei .........................................................65  2.2.5 Johrei através das letras ............................................... 66

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    2.3 Alimentação ...................................................................67  2.3.1 Fundamentos da alimentação ..........................................67

    • Alimentação e rejuvenescimento ...............................71  2.3.2 Nutrição ...................................................................71

    • O que são nutrientes .............................................71• O organismo e a produção de nutrientes .....................73• As dietas vegetariana e carnívora: qualidades e

    defeitos..............................................................76

      2.3.3 O princípio da Agricultura Natural ................................. 84

    3. O ser humano e a prosperidade...................................................91  3.1 As causas da pobreza ..........................................................91

      3.2 Dívidas e empréstimos....................................................... 97  3.3 Atitudes em prol da prosperidade ........................................1044. O ser humano e a espiritualidade .............................................. 110

     4.1 Fé ............................................................................... 110  4.1.1 Fé e religião ............................................................. 110  4.1.2 Religião e milagre ..................................................... 113  4.1.3 Religião pragmática ................................................... 114

    4.2 Crescimento espiritual ......................................................... 118  4.2.1 Sonen .................................................................... 118

      4.2.2 Gratidão ................................................................. 121  4.2.3 Equilíbrio ............................................................... 121

    4.2.4 Humildade .............................................................. 1244.2.5 Desapego ............................................................... 1254.2.6 Determinação .......................................................... 1284.2.7 Intuição ................................................................. 129

    4.2.8 Autodomínio ........................................................... 1334.2.9 Julgamento ............................................................. 1354.2.10 Inteligência ............................................................ 137

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    4.2.11 Espírito progressista .................................................1404.2.12 Alegria de viver ...................................................... 1414.2.13 Ordem ................................................................1444.2.14 Reputação ............................................................ 1454.2.15 Fortalecimento espiritual ........................................... 145

    Reflexão final ......................................................................... 148A prática altruísta é o caminho da felicidade .................................... 148

    Referências bibliográficas ........................................................... 150

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    Apresentação

    Esta coletânea reúne ensinamentos de Meishu-Sama que versamsobre a questão da salvação na perspectiva messiânica, ou seja, sobrea soteriologia messiânica.O vocábulo soteriologia deriva das palavras gregas soteria, que significasalvação, libertação de um perigo iminente, e logos, que quer dizerpalavra, discurso ou doutrina. O termo abrange, portanto, a parte daTeologia Sistemática que trata da Salvação.Na Teologia Messiânica, a salvação do ser humano se realiza enquantounidade corpo-espírito. Não são duas partes que se somam, é umaestrutura única, enquanto existente neste mundo. O espírito se refletena matéria, e vice-versa; é a Lei da Identidade Espírito-Matéria, aligação intrínseca entre o espírito e o corpo. Logo, a salvação se dá, paraMeishu-Sama, no âmbito do ser humano, isto é, do homem ainda naTerra, quando o mundo alcançar o estágio de “verdadeira civilização”.

    Por isso, os estudos sobre a salvação foram por nós divididos em duaspartes. A primeira delas, de que trata este volume, tem como tema oser humano em busca de seu paraíso interior. A segunda, que refletesobre seu papel na construção do paraíso interior das outras pessoas,contribuindo assim para a formação de uma sociedade paradisíaca, étema da publicação seguinte.O caminho a ser percorrido pelo ser humano para alcançar o

    seu paraíso interior passa, de acordo com Meishu-Sama, pelabusca da saúde, do crescimento espiritual e da prosperidade. É aconstante procura da perfeição, um verdadeiro do (caminho),que se fundamenta necessariamente na Fé em Deus, e se realizaprincipalmente através da religião.Este trabalho pretende selecionar os textos em que Meishu-Samaaprofundou o assunto em questão, visando reunir e disponibilizarmaterial para estudos e pesquisas da Teologia Messiânica.

    Os organizadores

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    Introdução

     A crença na possibilidade da solução dos problemas materiais

    é que nos permitirá obter a verdadeira tranquilidade espiritual.

     MEISHU-SAMA (1949)

    O destino e a predestinação

    Texto 1O homem costuma resignar-se a tudo, atribuindo ao destino o

    desenrolar dos acontecimentos.É comum definir-se destino como “algo que não pode ser mudado”.

    Mas eu desejo ensinar que todos podem mudá-lo de acordo com suaprópria vontade, ou melhor, cada um pode traçar o seu próprio destino.A consciência desse fato permite transformar o pessimismo em otimismo.

    A não ser um louco, ninguém deseja um destino infeliz. Todomundo almeja a boa sorte, mas são poucos os que a conseguem, nãoobstante o enorme esforço que fazem para consegui-la. Entre cempessoas, talvez não se encontre uma que seja feliz. Triste realidade!

    Buda afirmou: “Todas as coisas são efêmeras”. Mas há criaturasinconformadas que, atraídas pela presença de um homem afortunado

    entre milhares que não têm sorte, continuam perseguindo tenazmenteo sucesso. Por outro lado, existe gente conformada, que aceita tudona vida.

    Seria maravilhoso que o homem encontrasse realmente um meio dealcançar a boa sorte. Não o conhecendo, ele se confunde ao traçar seudestino, tornando-se infeliz. Sofre dentro do cárcere criado por ele próprio.O mundo acha-se repleto dessas pessoas ignorantes e dignas de compaixão.

    Assim, está mais do que evidente que, para ser afortunado, o homemprecisa semear o bem. É costume dizer que o bem produz bons frutos

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    e o mal faz o contrário. A semente do mal tem origem no egoísmo,que leva as pessoas a quererem tudo para si, não se importando com osofrimento e o prejuízo que possam causar ao próximo. A semente dobem se origina no sentimento fraterno de querer alegrar ou favoreceros semelhantes. Parece simples, mas é difícil de praticar. [...] (27 defevereiro de 1952).

    MEISHU-SAMA. Nós é que traçamos o destino. In:

    Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação MokitiOkada – MOA, 2005, v. 4, p. 44.

    Texto 2Como sempre me fazem perguntas sobre predestinação e destino,

    explicarei a diferença entre ambos.A predestinação é algo atribuído a uma pessoa em caráter

    definitivo, e de maneira alguma pode ser mudada. Já o destino élivre, dentro dos limites da predestinação, e, dependendo do esforçode cada um, pode-se atingir o nível mais alto ou, ao contrário, decairao nível mais baixo.

    O liberalismo, que hoje se tornou alvo da atenção de tantas pessoas, émuito semelhante ao destino. O verdadeiro liberalismo está restrito a certos

    limites. É impossível existir a liberdade infinita; a verdadeira liberdade éaquela que tem limites. Assim, quando ultrapassamos esses limites, nãosó invadimos e prejudicamos a liberdade dos outros, como também nostornamos traidores da cultura. Pela mesma razão, quando ultrapassamosos limites do destino, invariavelmente fracassamos (25 de janeiro de 1949).

    MEISHU-SAMA. Destino e liberalismo. In: Alicerce

    do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada –MOA, 2005, v. 3, p. 43.

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    Texto 3Ao falar em destino, devo esclarecer primeiramente que as pessoas

    confundem predestinação com destino. A diferença, no entanto, éradical. Devemos entender por predestinação certas condições a queestamos sujeitos antes mesmo do nascimento, ao passo que o destinodepende inteiramente do homem.

    A não realização de diversos desejos deve-se à predestinação,da qual estamos impossibilitados de nos livrar. O importante é

    conhecer o seu limite, o que é difícil, ou seja, quase impossível. Odesconhecimento desse limite faz o homem traçar planos superiores àsua capacidade e ter esperanças descabidas, que o levam ao fracasso. Se,consciente do seu erro, ele voltasse imediatamente ao ponto de partida,certamente sofreria menos. Mas, a ignorância da predestinação oimpele de prosseguir, aumentando sua desgraça.

    Isto decorre também do fato de subestimar-se o rigor do mundo.

    Como resultado, a maioria das pessoas só toma consciência da realidadeapós amargas experiências, falhando nas tentativas de recuperação ouvendo-se impedidas de recomeçar suas atividades, por causa das pedraslançadas em seu caminho. Felizes os que reconhecem o erro em tempo,ao tomarem conhecimento da realidade. [...] (25 de outubro de 1952).

    MEISHU-SAMA. Nós é que traçamos o nosso destino.In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação MokitiOkada – MOA, 2005, v. 3, p. 43.

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    1. Salvação

    1.1 A verdadeira salvação

    Texto 4Na Igreja Messiânica Mundial, não negligenciamos de maneira

    alguma a salvação do espírito, mas julgamos que, salvando o homemapenas espiritualmente, sua salvação não é perfeita, ou seja, ele não estárealmente salvo. Temos de salvar-lhe também a parte material, e nesteponto é que reside a grande diferença entre a nossa religião e as demais.Ainda que como ser humano seu espírito esteja salvo, essa ideia não bastapara ele ser verdadeiramente feliz. Numa sociedade complexa comoesta em que vivemos, não se sabe quando tal felicidade será destruída,e isso está claramente provado pela realidade que nos cerca.

    Exemplificando, há pessoas que adoecem, que são roubadas, que

    amargam prejuízos, que são enganadas por indivíduos inescrupulosos,que sofrem devido a elevadas taxações de impostos, etc. No caso dosimpostos elevados, podemos apontar, entre outras causas, a existênciade malfeitores, que justifica a necessidade de polícia e tribunais; o surtode muitas doenças, cujo combate requer a aplicação de dinheiro; umapessoa errada que provoca uma grande guerra, acarretando despesasdecorrentes de indenizações, e assim por diante. Devido a tais fatores,

    atingir um estado de segurança e de paz espiritual torna-se utopia.Portanto, num mundo como este, se não houver salvação espiritual

    e material, não se poderá obter a verdadeira felicidade. A nossa Igrejapromove a salvação em ambos os aspectos. Individualmente, atravésde benefícios materiais; socialmente, através do progresso da cultura.[...] (25 de novembro de 1950).

    MEISHU-SAMA. Eu e a Igreja Messiânica Mundial.In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 1, p. 151.

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    perfeita – consiste, portanto, unicamente em eliminar a doença,tornando as pessoas sadias. Por maior que seja a nossa fortuna ou aquantidade e variedade dos mais saborosos alimentos, provenientesdo mar e da terra, em nossas refeições, por maiores honrarias e pormais elevada posição social que tenhamos, isso de nada adiantará, seestivermos sofrendo com doenças. A primeira condição para salvaçãoda humanidade é, antes de mais nada, alcançar a saúde. Por essemotivo, a meta de nossa religião é formar indivíduos e sociedades

    saudáveis (24 de dezembro de 1949).

    MEISHU-SAMA. O que é a verdadeira salvação. In:Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 1, p. 17.

    Texto 6

    A missão da nossa Igreja é tirar as pessoas das torturas do Infernoe conduzi-las ao Céu, transformando a sociedade num paraíso.

    Para que o homem seja conduzido ao Céu, é necessário que elepróprio se eleve, tornando-se um ente celestial, a fim de que, por suavez, possa salvar o seu semelhante. Isso significa pendurar a escadado Céu até o Inferno e estender as mãos para puxar o homem, degrau

    por degrau. É nesse ponto que nossa religião difere das demais, sendoantes o seu oposto.Todos sabem que os antigos religiosos contentavam-se com o

    mínimo necessário à sua subsistência. Eles se entregavam a penitênciase procuravam salvar o próximo colocando-se numa situação miserável.

    Isso significa que estavam usando a escada em sentido contrário.O salvador empurrava os necessitados de baixo para cima, ao invés de

    puxá-los lá do alto; é fácil calcular o duplo esforço exigido. Mas nãohavia alternativa, visto que, nessa época, ainda não existia a noçãodo plano do Paraíso.

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    Naturalmente não havia chegado o tempo, pois a noite cobria oMundo Espiritual. Entretanto, a partir de 1931, o Mundo Espiritualvem gradualmente se transformando em dia, facilitando a construçãodo Paraíso na Terra. Sendo Deus o construtor, a obra progride à mercêdo tempo, bastando ao homem agir de acordo com a Vontade Divina.Deus traçou o plano, fiscalizando e utilizando livremente um númeroconsiderável de criaturas.

    [...]

    Compete a cada homem tornar-se um ente celestial, e é chegadoesse momento. Naturalmente, seu lar será paradisíaco e todos oscomponentes da família virão a ter uma vida celestial. Somente assimpoderão ser salvas as pessoas que sofrem no “inferno”.

    Daí a razão porque aconselho os fiéis a criarem uma vida semsofrimentos, que é a Vontade do Altíssimo. Enquanto o homem nãoconseguir eliminar as três desgraças – doença, pobreza e conf lito –

    não poderá ser salvo. Isso era impossível na Era das Trevas, mas hoje épossível. Terminou a época de sofrimento a que se referiu Sakyamuni.Se os leitores compreenderem o sentido desta verdade, sentir-se-ãodominados por uma alegria infinita, ainda desconhecida na experiênciada humanidade (5 de outubro de 1949).

    MEISHU-SAMA. Características da salvação pelaIgreja Messiânica Mundial. In: Alicerce do Paraíso.São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA, 2005, v.

    1, p. 18.Texto 7[...]

    Há muito tempo venho pensando na condição número um que

    deve ser preenchida pelo Salvador. Antes de tudo, Ele deve terforça para livrar as pessoas das doenças. Por conseguinte, alémde conceder-lhes o método absoluto para obterem plena saúde

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    e completarem o tempo de vida que lhes foi predestinado, eledeve possuir força para a concretização desse objetivo. Essa é a

    qualificação fundamental do Salvador.É óbvio que a saúde do corpo deve acompanhar a saúde do

    espírito. Cristo disse que de nada adianta o homem ganhar o mundose vier a perder a vida. Parece-nos que essa afirmativa evidencia averdade acima. Assim, as religiões e os líderes religiosos que nãopossuem força para eliminar as doenças da humanidade, têm valor

    limitado.Sempre abracei essa tese, e certo dia, mais de dez anos após entrarna vida da Fé, obtive conhecimento sobre o princípio fundamentaldas doenças e a sua solução. Ah, ninguém poderá imaginar o espantoe a alegria que senti naquela hora, pois nunca ninguém fizera umadescoberta tão importante! Se a compararmos com as grandesdescobertas ou as grandes invenções, estas não chegariam a seus pés.

    Realmente sou uma pessoa que nasceu com um destinomisterioso (20 de outubro de 1948).

    MEISHU-SAMA. Quem é o salvador? In: Alicerce doParaíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,

    2005, v. 1, p. 160.

    1.2 A salvação e a felicidade

    Texto 8[...]

    É desnecessário dizer que, desde a antiguidade, a boa ou má sortedo homem constitui a questão mais difícil que existe. Talvez o serhumano esteja fadado, desde o momento em que nasce até o momento

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    em que morre, a nunca se libertar do desejo de obter a boa sorte. [...]Pela minha longa experiência, sinto que sou constantemente

    ludibriado pela sorte. Às vezes parece que vou consegui-la facilmente,mas tal não acontece. Quando a vejo bem diante de meus olhos eestendo as mãos para alcançá-la, ela acaba escapando. Quanto mais aperseguimos, mais rápido ela foge. É realmente difícil lidar com ela.Mas consegui agarrar, de fato, aquilo que se chama sorte. Entretanto,o que complica sua explicação é a existência de pontos desconhecidos

    que as pessoas dificilmente compreendem, salvo as que têm Fé. Istoporque elas olham somente o lado superficial das coisas e não o seuinterior; ou melhor, não o enxergam. E no caso da sorte, sua causa está justamente no interior; sem compreender isso, é impossível alcançá-la. Quando o homem movimenta o corpo, não é o corpo em si quese move; quem o faz mover-se é o espírito, que está dentro dele. Damesma forma, o fator essencial da sorte está no interior do homem.

    Vou explicar melhor.Em primeiro lugar, ampliemos a teoria acima. A parte superficial do

    mundo corresponde ao Mundo Material, e a parte interior, ao MundoEspiritual, ou seja, o espaço invisível aos nossos olhos. Esta é a estruturado mundo; assim o fez o Criador. Por isso, da mesma forma que oespírito move o corpo, o Mundo Espiritual move o Mundo Material.Em tudo, o Mundo Espiritual é soberano, e o Mundo Material, súdito.Portanto, o mesmo acontece com a sorte; basta que ela advenha ao nossoespírito, que se encontra no Mundo Espiritual, para que, refletindoigualmente na matéria, nos tornemos pessoas afortunadas.[...]

    Se, conforme expus, o corpo físico do homem está no MundoMaterial, e o espírito, no Mundo Espiritual, este deve situar-se numa dascento e oitenta camadas, que representa uma espécie de “residência” do

    espírito. Esta “residência” não é fixa; flutua constantemente para cima oupara baixo. Uma vez que o destino acompanha essa flutuação, o homemdeve esforçar-se ao máximo para elevar-se às camadas superiores.

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    [...]Da mesma forma que a matéria, o espírito tem peso, de modo

    que, se ele for pesado, cai no Inferno, e se for leve, sobe ao Céu. Aconhecida expressão “peso na consciência” refere-se exatamente a isso.

    Ao contrário das más ações, que maculam o espírito e otornam pesado, as boas ações o tornam leve, fazendo-o elevar-se.Por conseguinte, o segredo da boa sorte é evitarmos o mal, nãocometermos pecados e praticarmos o bem o máximo possível,

    tornando leve o nosso espírito. Por se tratar da Verdade, afirmoque não há outra maneira para alcançarmos a boa sorte. [...] (3 defevereiro de 1954).

    MEISHU-SAMA. O segredo da boa sorte. In:Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 27.

    Texto 9Em todos os tempos, o ser humano aspirou à felicidade, primeiro

    e último objetivo do homem e meta de todo preparo, esforço eaperfeiçoamento. Mas quando poderão as criaturas consegui-la defato? A maioria, não obstante ansiar pela felicidade, permanecevítima das desgraças e deixa este mundo antes de desfrutar a alegriade vê-la concretizada.

    Será, então, a felicidade algo tão difícil de se conseguir? Devodizer que não. A felicidade baseia-se na eliminação de três fatoresprincipais: doença, pobreza e conflito. Como essa eliminação não éfácil, a maior parte das pessoas submete-se a uma forçada resignação.

    Tudo se enquadra dentro da Lei de Causa e Efeito, e a felicidade

    não foge a essa lei. Descobrir sua causa será, pois, descobrir a chavedo problema. A solução da incógnita está na compreensão do amoraltruísta. Lutar pelo bem-estar do próximo é a condição essencial para

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    nos tornarmos felizes. O mundo, entretanto, está repleto de pessoasque buscam a felicidade apenas para si, indiferentes à desgraça alheia.

    É uma tolice almejar a felicidade semeando a infelicidade. É comoa água de um recipiente: se a empurramos, ela volta; se a puxamos,ela se afasta. A necessidade da Religião reside nesse ponto. O amorpregado pelo cristianismo e a caridade búdica têm por propósitoinfundir a fraternidade no coração humano. Contudo, essa verdade tãosimples é difícil de ser reconhecida pelo homem. Deus, por meio de

    Seus representantes, criou as religiões, que por sua vez estabeleceramdoutrinas, através das quais são indicadas as bases do viver. São asreligiões que nos ensinam a existência de um Ser Invisível para, coma mais pura intenção, conduzir-nos ao caminho da Fé. Não é pequenoo empenho requerido para salvar uma pessoa. A vida, realmente, nãotem sentido para a maioria que, não sendo ensinada a crer no invisível,parte para o Além indiferente aos ensinamentos, ludibriada e perdida

    nas trevas. Todavia, para os que souberem desfrutar da alegria de viver,extasiar-se com as verdades, conseguir vida longa e o meio de seremverdadeiramente felizes, o mundo será, sem dúvida, um paraíso dignode ser vivido. [...] (1º de dezembro de 1948).

    MEISHU-SAMA. Felicidade. In: Alicerce doParaíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,

    2005, v. 3, p. 39.

    Texto 10As pessoas acham que as expressões “paz” e “segurança” limitam-

    se apenas ao espírito, mas esse modo de pensar constitui um grandeerro, uma vez que, para obtermos a verdadeira paz e segurança, não

    podemos excluir a matéria. Pensem bem: se houver uma que seja dastrês grandes desgraças – doença, pobreza e conflito – onde estará a paz?

    Quando as pessoas estiverem certas de que, durante toda a sua

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    vida, não terão preocupações com doenças, não ficarão pobres, nemhaverá possibilidade de se envolverem em conf litos, aí sim, elas terão

    a verdadeira paz e segurança. Entretanto, no mundo contemporâneo,possuir essas três condições ao mesmo tempo não passa de utopia.Diríamos que provavelmente não existe uma pessoa sequer, no mundointeiro, que possa afirmar possuí-las.

    Observando este mundo, logo percebemos que nada ocorreconforme desejamos; as coisas más acontecem incessantemente, e

    as boas, só de vez em quando. O mundo em que vivemos é a própriaimagem do inferno.No que se refere à saúde, por exemplo, não sabemos quando vamos

    ficar doentes. Um simples resfriado pode acabar logo, como tambémperdurar e gerar uma doença terrível. Portanto, não podemos estardespreocupados, pensando que um resfriado não é nada. Como diz aMedicina, os vírus estão em toda parte, e por isso é impossível saber

    quando vamos contrair uma doença contagiosa ou a que hora um bacilovai nos atacar. Consequentemente, as autoridades são muito exigentesem matéria de higiene, aconselhando-nos a conservar a limpeza, nãocomer nem beber em demasia, fazer gargarejo ao voltar da rua, lavaras mãos antes das refeições, tomar cuidado com os alimentos e outrasmedidas semelhantes. São tantas as advertências, que até ficamossaturados. Levar tudo isso em consideração é o mesmo que viver soba constante ameaça de todos os tipos de perigos.

    Quanto à pobreza e aos conf litos, na maior parte dos casos provêmde problemas financeiros, que se originam do desequilíbrio entre oespírito e a matéria. Assim, é óbvio que, se não conservarmos o espíritoe o corpo sadios, jamais conseguiremos a tranquilidade absoluta.

    Talvez as pessoas achem impossível consegui-la; contudo, se

    pudermos realmente obtê-la, não será uma maravilhosa Graça do Céu?Eu afirmo, sem qualquer sombra de dúvida, que é possível alcançaressa Graça (10 de dezembro de 1952).

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    MEISHU-SAMA. Paz e segurança. In: Alicerce doParaíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,

    2005, v. 2, p. 16.

    Texto 11[...]

    O Paraíso Terrestre pode ser compreendido como o Mundo dosFelizes. Será um mundo de alta civilização, isento de doença, pobreza

    e conflito. Cabe a nós, entretanto, encontrar a forma de minorar osofrimento humano e transformar em paraíso este mundo repletode males.

    Inicialmente, precisamos descobrir como eliminar a doença, pois,entre as três grandes desgraças que citamos, ela é a principal. Emseguida, temos de vencer a pobreza, cuja causa primária é a doença;os pensamentos errados, as falhas políticas e a deficiente organização

    social são causas secundárias. Quanto à inclinação para o conflito,ela é motivada pelo estado selvagem de que a humanidade ainda nãoconseguiu se libertar. Portanto, é essencial eliminar as três grandesdesgraças.

    Como adquiri confiança na solução desses problemas, vouesclarecer a realidade da forma mais simples possível.

    Todos aqueles que ingressam em nossa Igreja e seguem seusensinamentos, para sua própria surpresa, vão sendo purificadosespiritual e fisicamente, libertam-se pouco a pouco da pobreza e tomamaversão aos conf litos. Há inúmeras experiências de Fé provando que amaioria dos fiéis, com o correr dos anos, goza de crescente felicidade.

    É condenável salientar os defeitos alheios mas, neste momento,devo fazer referência às pessoas que, embora possuam Fé, tombam nas

    garras de doenças fatais ou continuam vivendo de forma miserável,porém, satisfeitas e contentes. Comparando-as com os descrentes,pode ser que estejam salvas espiritualmente, mas não fisicamente.

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    A salvação foi feita pela metade. A Verdadeira Salvação abrange oespírito e o corpo.

    Numa família, todos devem tornar-se saudáveis, libertar-se dapobreza e usufruir de alegria plena. Até hoje, porém, visava-se apenasà salvação do espírito, não havendo preocupação com o corpo físico;todos se resignavam, considerando que a Fé limita-se à salvação da alma.

    Muitos religiosos afirmam aquela Fé que busca obter graçasimediatas é de nível inferior. Trata-se de uma concepção ilógica, pois

    não há quem não aspire graças imediatas. Se alguém se queixa de doresfísicas, é estranho retrucar que o homem deve superar a vida e a morte.Ora, ninguém é capaz de tal superação. Pensar que se conseguiu talcoisa é enganar a si próprio.

    [...]Muitas pessoas que pretendem salvar o próximo fazem

    autopropaganda, apesar de ainda não viverem livres das desgraças. A

    intenção pode ser boa, mas os meios são incorretos. Só devemos pensarem conduzir aqueles que são vítimas de sofrimentos e misérias, quando já tivermos conseguido a nossa própria salvação e felicidade; então,poderemos trazê-los ao nível em que estamos. Nossos semelhantessentir-se-ão atraídos ao presenciar nosso estado feliz. É quando apropaganda surte cem por cento de efeito. Eu mesmo não ouseidifundir meus ensinamentos antes de me encontrar em boas condições.Só o fiz quando me senti abençoado pelas Graças Divinas.

    Se considerarmos que o Paraíso Terrestre é o Mundo dos Felizes,concluiremos que, no lugar onde as pessoas se reúnem e se tornamfelizes, está estabelecido o Paraíso Terrestre (25 de janeiro de 1949).

    MEISHU-SAMA. Paraíso Terrestre. In: Alicerce do

    Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,2005, v. 5, p. 45.

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    1.3 A salvação e a religião

    Texto 12A Religião não é nada mais do que a cristalização do amor de Deus

    para guiar os infelizes ao caminho da felicidade. Ninguém ignora quemuitos lutam em vão para conseguir a felicidade almejada; raras são aspessoas que a conseguem, depois de uma vida inteira de lutas.

    É de pouca utilidade colocar em prática a teoria que nos foi legadaatravés da instrução e de biografias e leituras referentes aos exemplos

    de grandes personagens. A teoria bem formada merece admiração,mas todos sabem, por experiência própria, que é difícil praticá-la.[...]

    Naturalmente, o bem constitui a base da felicidade, sendo óbvioinsistir sobre a necessidade de ele ter força suficiente para vencer omal. Até agora, entretanto, na sua maioria, as religiões careciam dessa

    força; por conseguinte, não proporcionavam a felicidade desejada.Sendo assim, tiveram de pregar a Iluminação para satisfazer opovo, no seu desejo de atingir, pelo menos, a paz espiritual, umavez que não conseguiam obtê-la na sua totalidade, isto é, espirituale materialmente.

    Ou então pregaram a resignação, através do espírito de expiação edo princípio de não resistência contra o mal. Criaram, portanto, a teoria

    da negação da graça na vida presente, o que explica ser classificada desuperior a religião que visa a salvação do espírito, e de inferior aquelaque consegue obter, também, os benefícios do mundo. Mas essa teorianão passou de um recurso para determinada época. Darei exemplos.

    Há pessoas que, embora torturadas por uma doença prolongada,dizem-se alegres, alegando estarem salvas quando na realidade estãoapenas resignadas, sufocando seus verdadeiros sentimentos. Isso é umaespécie de autotraição. Por natureza, a verdadeira satisfação nasce como restabelecimento da saúde, se for esse o caso.

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    Em todos os tempos houve famílias que, não obstante o ardor desua Fé, não foram agraciadas materialmente, permanecendo vítimas

    de desgraças. Dessa forma, acabaram por se iludir, julgando que aessência da Religião só objetiva a salvação espiritual.

    A Igreja Messiânica Mundial salva tanto o espírito como a matéria.Podemos afirmar que ela vai além. As obras de construção dosprotótipos do Paraíso Terrestre em diversas localidades, assim comoa construção de museus de arte que estamos realizando, dependem

    inteiramente dos donativos dos fiéis. A Igreja abomina a exploração,contando apenas com recebimento do donativo espontâneo. Apesardisso, é realmente milagroso o fato de se conseguir a quantia necessáriapara o empreendimento de uma obra de tal envergadura. Isso prova aprosperidade dos fiéis. O donativo, longe de ser temporário, tende aaumentar, razão porque nunca me preocupei com dinheiro. [...] (10de junho de 1953).

    MEISHU-SAMA. Religião criadora de pessoasfelizes. In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação

    Mokiti Okada – MOA, 2005, v. 1, p. 26.

    Texto 13Os leitores poderão estranhar quando eu disser que há religiões

    ativas e religiões inativas. É justamente o que pretendo explicar agora.Religião ativa é aquela que está relacionada com a vida prática, e a

    inativa ou morta, exatamente o oposto. Infelizmente, é raro encontraruma religião, dentre as muitas existentes, que esteja perfeitamenteentrosada com a vida prática.

    As doutrinas são elaboradas com perfeição, mas não podemosesperar muito do seu poder doutrinário. No período da fundação demuitas religiões, há centenas ou milhares de anos, talvez suas doutrinas

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    estivessem de acordo com a situação social da época, exercendosobre ela grande influência. Sabemos, no entanto, que esse poder foi

    enfraquecendo com o passar do tempo, até atingir o estado em quehoje se encontra. Lamentavelmente, esta é a ordem natural das coisas;tudo sofre essa mudança, que acabou ocorrendo também no âmbitoda Religião. O surto de novas religiões adaptadas à época no decorrerdestes anos é um fato inegável, observado em todos os países.[...]

    Diante de tudo isso, é admissível que a Religião tenha ficado abandonadapor muito tempo, sendo superada pelo maravilhoso progresso da cultura.Exemplificando, é como se quiséssemos usar carro de bois numa época emque nos servimos de aviões, automóveis e telégrafo. A nossa Igreja respeitaa História, mas não se prende a ela, progredindo de acordo com a VontadeDivina e através dos seus próprios métodos.

    As atividades relativas à obra que estamos realizando, abrangem a

    reforma da agricultura e da medicina, apontam as falhas de todas as culturase adotam, como princípio orientador, o ideal de uma nova civilização.[...]

    De acordo com o exposto acima, a atividade da Igreja MessiânicaMundial, no plano individual, consiste em salvar o homem da pobreza econtribuir para sua saúde física e mental; no plano social, sua finalidadeé construir uma sociedade sadia e pacífica.[...]

    O assunto me faz recordar o pragmatismo de William James,o famoso filósofo americano. Essa doutrina filosófica preconiza a“filosofia em ação”, e eu pretendo estendê-la também à Religião, istoé, a Religião deve ser prática e ativa (4 de novembro de 1953).

     MEISHU-SAMA. Religião ativa. In: Alicerce doParaíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,

    2005, v. 1, p. 23.

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    Texto 14A peculiaridade da nossa Igreja é que, através de princípios

    religiosos, ela formula conceitos inéditos sobre a Teologia, a Ciênciae a Filosofia, dando-lhes novas interpretações. Além disso, apontaos defeitos da cultura contemporânea, ensina como deve ser a novacultura e indica o caminho para a criação da nova civilização mundial.Por conseguinte, podemos dizer que ela está acima da conceituaçãode uma simples religião (5 de março de 1952).

    MEISHU-SAMA. Milagre e religião. In: Alicerce doParaíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,

    2005, v. 2, p. 44.

    1.4 O caminho da salvaçãoTexto 15[...]

    Ultrapassar a grande fase de transição significa ser aprovado noexame divino, e a Fé é o único caminho para obtermos aprovação. Asqualificações para ultrapassar essa fase são as seguintes:

    a) tornar-se um homem verdadeiramente sadio, e não apenas na aparência;

    b) tornar-se um homem que se libertou do sofrimento da pobreza;c) tornar-se um homem que ama a paz e detesta o conflito.Deus resguardará aqueles que tiverem essas três grandes

    qualificações e deles se utilizará, como entes preciosos, no mundoque vai surgir. [...] (25 de janeiro de 1949).

     MEISHU-SAMA. O que é a Igreja MessiânicaMundial. In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: FundaçãoMokiti Okada – MOA, 2005, v. 1, p. 9.

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    Texto 16O mais importante é procurar saber o que devemos fazer para

    sermos do agrado de Deus. Qualquer pessoa de bom senso sabe que oque desagrada a Deus é agir fora do caminho, mentir, fazer os outrossofrer, causar incômodo à sociedade. Contudo, atualmente, existemmuitas pessoas que não se importam com ninguém, acham que basta opróprio bem-estar e manifestam esse egoísmo na prática. Por se tratarde uma atitude das mais condenáveis, não há como estar do agrado de

    Deus. Assim, cada um precisa saber se está sendo amado por Deus ounão (25 de maio de 1949).

    MEISHU-SAMA. Tente agradecer a Deus por tudo oque faz. In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação

    Mokiti Okada – MOA, 2005, v. 4, p. 34.

    Texto 17Como sempre digo, o objetivo da Fé é polir a alma e purificar

    os sentimentos. Existem três maneiras para conseguirmos isso: pelosofrimento oriundo não só de abstinência ou penitências, mas tambémde danos e catástrofes; pela soma de méritos e virtudes e pela elevação

    da alma por influência da arte de alto nível. Dentre elas, o caminhomais rápido é este último. E não existe nada melhor, pois nossa almavai sendo polida imperceptível e prazerosamente (6 de maio de 1950).

    MEISHU-SAMA. A respeito da coletânea de poemas“yama to mizu” (monte e água). In: Alicerce do

    Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,

    2005, v. 5, p. 86.

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    Texto 18Dando uma explicação mais compreensível sobre Caminho, isto é,

    o Caminho Perfeito, devo dizer que se trata de algo aplicável a todasas coisas; ou melhor, ele é a bússola orientadora da conduta humana.Seguindo o Caminho, o homem não terá insucessos nem desgraças,tudo lhe correrá bem. Gozará de maior confiança, será respeitado eamado pelo próximo e, logicamente, ficará em situação de harmoniae de paz.

    Na medida em que aumentar o número de indivíduos e de larescom tais características, o mal social irá diminuindo cada vez mais,graças à inf luência exercida por eles. Por esse motivo, se continuarmosnos apoiando apenas nas leis, como fazemos atualmente, crescerá onúmero de indivíduos espertos e mal intencionados, os quais pensamque lhes basta agir de modo a não caírem nas mãos da Justiça. Emoutras palavras, Deus, como sempre digo, é o Caminho Perfeito;

    adorar a Deus significa seguir o Caminho. Portanto, o homem quese submete ao Caminho Perfeito e por ele é regido, é um verdadeirohomem civilizado. Este artigo, ofereço aos intelectuais do mundointeiro (7 de fevereiro de 1951).

     MEISHU-SAMA. Nação regida pelo caminho. In:Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 5, p. 157.

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    2. O ser humano e a saúde

    É óbvio que a saúde do corpo deve acompanhar a saúde do espírito.

    2.1. A doença

    Texto 19Para explanar sobre o assunto, devo dizer inicialmente que a

    verdade, em matéria de saúde, está na adaptação e no respeito àNatureza. Essa é a condição fundamental.Antes de mais nada, deve-se pensar: com que objetivo Deus criou

    o homem? Segundo nossa interpretação, foi para construir um mundoperfeito, de Verdade, Bem e Belo.[...]

    A condição fundamental para a execução dessa obra grandiosa é

    a saúde. Deus atribuiu uma missão a cada pessoa, concedendo-lhe,logicamente, a saúde necessária para cumpri-la. Com efeito, se ohomem estiver doente, significa que o sagrado objetivo de Deusnão será alcançado. Tomando este princípio por base, concluímosque a saúde é inerente ao homem, devendo ser o seu estado normal.O estranho é as pessoas serem acometidas de doenças com tantafacilidade, ou seja, ficarem em estado anormal. Sendo assim, apreenderclaramente os princípios da saúde e fazer o homem retornar ao estadonormal está coerente com o objetivo de Deus.

    Mas o que descobrimos ao examinar o corpo humano em estadoanormal? Em primeiro lugar ressalta que ele está em desacordo coma Natureza; perceber a real situação desse estado antinatural, corrigi-lo, fazendo voltar à normalidade, é a verdadeira Medicina. E mais:

    tornar possível esse retorno é a forma existencial da correta Medicina.Passarei, portanto, a explicar o que vem a ser o estado antinatural.

    Quando nasce, o homem alimenta-se com o leite materno ou com

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    leite animal, pois ainda não tem dentes, e seu aparelho digestivo, recém-formado, é muito frágil. Gradualmente, porém, nascem-lhe os dentes,

    e, à medida que suas funções orgânicas se desenvolvem, ele começa aingerir alimentação adequada. Existe uma variedade de alimentos, cadaum com sabor característico, sendo que o homem é dotado de paladarpara comê-los com prazer. Além disso, o ar, o fogo e a água existemem proporções adequadas à saúde, de modo que tudo está ordenadode maneira realmente perfeita. Quanto ao corpo humano, vejamos:

    do cérebro nascem a razão, a memória e o sentimento; os objetos sãocriados com as mãos; a locomoção é feita livremente, por meio dospés, e o corpo está provido de partes muito necessárias, como cabelos,pele, unhas, olhos, nariz, boca, ouvidos, etc. Acrescente-se a isso queo corpo todo, a começar pela face, está recoberto de pele, que ressaltasua beleza. Um rápido exame já evidencia que o ser humano é umaobra maravilhosa; analisando-o mais profundamente, concluiremos

    que ele é um milagre da Criação, difícil de expressar com palavras.As flores, as folhas, a beleza dos rios e das montanhas, os pássaros,

    os insetos, os peixes e outros animais não podem deixar de seradmirados como obras extraordinárias da Arte Divina, mas o homem é,inegavelmente, a obra-prima do Criador. Principalmente no que se refereao processo de procriação, como preservação da espécie, a Providênciaé tão hábil, que não encontramos palavras para exprimir sua perfeição.

    Ora, sendo o homem a obra máxima de Deus, devemos pensar, sériae profundamente, que erros, que ações antinaturais estamos cometendopara a ocorrência das anormalidades chamadas doenças, as quaisimpedem suas atividades. Homens, eis um ponto importantíssimo,sobre o qual devem fazer uma profunda reflexão (20 de abril de 1950).

    MEISHU-SAMA. A verdade sobre a saúde. In:Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 79. 

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    Costuma-se dizer que determinados alimentos são nutritivos eque outros não o são, mas isso também é um erro. Apesar de existiralguma diferença, dependendo do clima e das características da região,todos os alimentos são produzidos de maneira adequada às pessoas aínascidas. [...] (20 de abril de 1950).

    MEISHU-SAMA. O homem é um poço de saúde.In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 81.

    Texto 21Podemos afirmar que a humanidade, ou pelo menos a maioria

    dos povos civilizados são doentes. A diferença está apenas em doençamanifesta e não-manifesta. Pessoas doentes são aquelas em quem adoença já se manifestou; pessoas consideradas sadias, aquelas em quem

    a doença está para se manifestar. Torna-se desnecessária qualquerexplicação sobre as primeiras; limitar-me-ei, portanto, a estas últimas.

    Como já expliquei, as pessoas que estão por adoecer são aquelas emquem ainda não foi iniciada a ação purificadora dos nódulos formadospelas toxinas. Assim, a verdadeira saúde é a dos portadores de corposfísicos totalmente livres de toxinas; neles, consequentemente, não

    ocorre purificação. Há pessoas, entretanto, que, embora tenhamtoxinas acumuladas, ainda conseguem manter a saúde e desempenharsuas atividades diárias, aguentando trabalhos físicos; aos olhosde qualquer um, parecem saudáveis. Como é difícil descobrir apresença das toxinas, através dos exames feitos pela medicina atual,tais pessoas são consideradas sadias. A elas eu denomino “pessoas desaúde aparente”. Fico, pois, apreensivo ao pensar no grande número

    de portadores de “bombas” que estão “dançando” no palco da vida.Fala-se, desde os tempos antigos, que o homem é um poço de

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    doenças, mas essa expressão refere-se exatamente à saúde aparente (5de fevereiro de 1947).

    MEISHU-SAMA. A verdadeira saúde e a saúdeaparente. In: Alicerce do Paraíso. São Paulo:

    Fundação Mokiti Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 83.

    2.1.1 A origem: máculas e toxinas

    Texto 22

    [...]As sujeiras, ou seja, as máculas acumuladas no espírito humano,

    que é transparente, são opacidades surgidas em alguns pontos. Há dois

    tipos de máculas: as que se originam no próprio espírito e as que sãoreflexo do corpo. Vejamos o primeiro tipo.

    [...] Naturalmente, todas as pessoas, assim como praticam o bem,também praticam o mal durante sua vida. Se o mal é maior que o bem,a diferença entre eles constituirá o pecado que, refletindo-se na alma,diminui-se o brilho; por esse motivo, a consciência ficará maculada

    e, em seguida, o espírito. Através da ação purificadora, é realizada aeliminação das máculas. Durante o processo, o volume delas diminuiprovisoriamente; com isso, se tornam mais densas, concentrando-seem determinadas parte do corpo. O interessante é que, dependendo dopecado, o local da concentração é diferente. Por exemplo: os pecadosda vista, nos olhos; os pecados da cabeça, na cabeça; os pecados dotórax, no tórax, e assim por diante, tudo enquadrado na concordância.

    Passemos, agora, ao segundo tipo de máculas, isto é, as que serefletem do corpo para o espírito. Neste caso, primeiro o sangue se suja

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    e, como consequência, o espírito fica maculado. Originariamente, osangue é a materialização do espírito e, de forma recíproca , o espíritoé a espiritualização do sangue. Isso mostra a identidade do espírito e damatéria. Assim, quando as máculas se tornam densas e se refletem nocorpo, transformam-se em sangue sujo, e este, concentrando-se mais,transforma-se em toxinas solidificadas. Estas, depois de dissolvidas eliquefeitas, são eliminadas por diversos pontos do corpo. O sofrimentodecorrente desse processo constitui o a que se dá o nome de doença.

    Mas por que o sangue se suja? A causa é bastante surpreendente:são os remédios, que paradoxalmente ocupam a posição de maiordestaque nos tratamentos médicos. Como todo remédio é veneno,só de ingeri-lo o sangue já se suja e os fatos são a maior prova do queestamos dizendo. Portanto, não há nada de estranho em que, estandoa pessoa sob tratamento médico, a doença se prolongue ou piore, ouque até surjam outras doenças.

    Se o sangue sujo existente no corpo se reflete no espírito emforma de máculas e estas se tornam a causa das doenças, o próprioprocesso de cura das doenças acaba se tornando o meio de provocá-las.Não se obterá a erradicação completa se primeiramente não foremremovidas as máculas do espírito, de acordo com a Lei Universal doEspírito Precede a Matéria. Como o JOHREI é a aplicação dessa lei,purificando-se o espírito as doenças saram pela raiz. É por isso queele tem esse nome JOHREI – que significa “purificação do espírito”.Desconhecendo tal princípio, a Medicina despreza o espírito e tentacurar apenas o corpo. Assim, por mais que ela progrida, as curas serãosempre efêmeras (15 de agosto de 1951).

    MEISHU-SAMA. O espírito precede a matéria. In:

    Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação MokitiOkada – MOA, 2005, v. 1, p. 113.

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    Texto 23A causa das doenças são os nódulos constituídos pela mistura de

    sangue sujo e pus, os quais se formam como reflexos das máculas doespírito. Mas de onde surgiram e como vieram essas máculas? Elasse originam dos pecados.

    Há dois tipos de pecados: os gerados nesta vida e os hereditários.Estes últimos são o acúmulo global dos pecados cometidos por muitosantepassados; os primeiros representam a soma dos atos pecaminosos

    praticados pela própria pessoa.Nós que vivemos atualmente, não somos seres surgidos do nada,sem relação com nada. Na verdade, representamos a síntese de centenasou milhares de antepassados e existimos na extremidade desse elo.Somos, portanto, seres intermediários de uma sequência infinita,formando uma existência individualizada no tempo. Em sentido amplo,somos um elo da corrente que une os antepassados com as gerações

    futuras; em sentido restrito, somos uma peça como a cunha, destinadaa firmar a ligação entre nossos pais e nossos filhos.

    Para explicar as doenças causadas pelos pecados dos antepassados,preciso falar sobre a vida após a morte, isto é, sobre a constituiçãodo Mundo Espiritual.

    Ao deixar este mundo e passar pelo portão da morte, o homemtem de despir a roupa denominada corpo. Este pertence ao MundoMaterial, e o espírito, ao Mundo Espiritual. Quando o corpo,devido à doença ou à idade avançada, torna-se imprestável, o espíritoabandona-o e vai para o Mundo Espiritual. Aí ele deve se prepararpara renascer no Mundo Material, ou seja, reencarnar. Este preparoconstitui o processo da purificação do espírito.

    A maior parte das pessoas carrega uma quantidade considerável de

    máculas, originadas dos pecados. Assim, quando são submetidas ao julgamento do Mundo Espiritual, feito com absoluta imparcialidade,a maioria acaba caindo no Inferno. Devido ao sofrimento da pena

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    imposta, o espírito vai pouco a pouco se elevando, mas os resíduosda purificação dos pecados fluem contínua e incessantemente para osseus descendentes que vivem no Mundo Material. Isso é como uma leiredentora, baseada na causa e efeito, em que o descendente – resultadoda soma global dos seus antepassados – arca com uma parte dos pecadoscometidos por eles. Trata-se de uma Lei Divina inerente à criação; porconseguinte, o homem não tem outro recurso senão obedecer a ela.

    Esses resíduos espirituais fluem sem cessar para o cérebro e a coluna

    vertebral do descendente, e, penetrando em seu espírito, imediatamentese materializam na forma de pus, que é a origem de todas as doenças.

    Agora vou falar sobre o segundo tipo de pecados, isto é, os pecadosindividuais, que todos entendem com facilidade.

    Ninguém consegue viver sem cometer pecados. Estes podem sergraves, médios e leves, admitindo cada um desses tipos uma infinidadede classificações. Exemplificando, há pecados contra a lei, contra

    a moral ou contra a sociedade; pecados de natureza carnal, que seevidenciam nas ações do indivíduo, e também pecados psicológicos,cometidos apenas na mente da pessoa. Conforme disse Cristo, só ofato de desejar a mulher do próximo já constitui crime de adultério. Éuma afirmação correta, apesar de bastante rigorosa. Portanto, emboranão se esteja violando nenhuma lei, pecados leves cometidos no dia-a-

    dia, os quais ninguém considera pecados, como ter raiva do próximo,querer que alguém sofra ou desejar adultério, se forem acumulados porlongo tempo, acabarão assumindo proporções consideráveis. Venceruma competição ou alcançar sucesso na vida, condutas que envolvemdisputa e acabam provocando a inveja e o consequente ódio do perdedor,também constitui uma espécie de pecado, pois envolve o ódio.

    Matar animais, ser preguiçoso e desperdiçado, agredir as pessoas,

    não cumprir os compromissos, mentir, dormir demais pela manhã,etc., tudo isso são pecados que as pessoas acumulam sem saber. Essainfinidade de pecados leves, acumulando-se ao longo do tempo,

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    reflete-se no espírito em forma de mácula. É comum pensar que osrecém-nascidos não possuem pecado algum, mas não é bem assim.Todos os homens, até se tornarem independentes, vivem sob a tutelados pais e por isso devem dividir com eles a carga dos pecados. Poderãoentender melhor este raciocínio fazendo uma analogia com as árvores:os pais constituem o tronco, enquanto os filhos são os galhos, e osnetos, os galhos menores. Assim, é impossível as máculas dos pais nãoexercerem influência sobre os filhos. [...] (1936).

    MEISHU-SAMA. A causa das doenças e o pecado.In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 109.

    Texto 24A origem de todas as doenças são as toxinas, que podem ser

    hereditárias, urinárias e medicinais.Que são toxinas hereditárias? São heranças dos tóxicos contidos

    nos medicamentos; esses tóxicos, após passarem por várias gerações,transformam-se numa espécie de toxina.

    As toxinas urinárias são decorrentes da urina que não é eliminada,em consequência do atrofiamento da atividade renal.

    Não entrarei em detalhes sobre as toxinas medicinais, pois o assunto jáfoi abordado, mas vou explicar como elas se manifestam. Seus principaissintomas são febre, dores, coceira, diarreia, vômitos, dormência, mal-estar,etc. A febre é proporcional à quantidade de toxinas e pode-se até dizer quenão se observa a ocorrência deste sintoma entre pessoas que nunca tomaramremédios. Quanto às dores, as produzidas pelos medicamentos ocidentaissão mais agudas, podendo ser, por exemplo, picantes (como picada de

    agulha), perfurantes e rápidas. Já os medicamentos chineses, quase todos,produzem dores brandas (5 de fevereiro de 1947).

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    MEISHU-SAMA. Os três tipos de toxinas. In:Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 89.Texto 25

     Já me referi várias vezes à facilidade com que as toxinas tendema se acumular em locais de alta concentração nervosa. Quando fazesforço físico, o homem exige a região dos quadris, o que provocaa acumulação de toxinas à altura dos rins. Uma prova disso é a alta

    incidência de problemas renais entre os praticantes de golfe. Astoxinas acumuladas pressionam os rins, atrofiando-os. Se os rinsnormais conseguem eliminar, por exemplo, dez unidades de urina,os atrofiados eliminam nove, sendo que uma unidade permanece noorganismo sem ser eliminada.

    Essa unidade de urina retida constitui a toxina urinária, a qualtende a se acumular, da mesma forma que as outras toxinas, em locais

    de alta concentração nervosa, como na região dos rins e da barriga, nosgânglios linfáticos da região das virilhas, no peritônio, nos ombros, nopescoço, etc. O maior acúmulo de toxinas no lado esquerdo ou direitodepende do maior atrofiamento de um dos rins em relação ao outro.

    A quantidade de resíduos das toxinas hereditárias é limitada,e a das toxinas medicinais também se restringe ao uso dosmedicamentos. As toxinas urinárias, porém, são produzidas, dia e noite,ininterruptamente; portanto, são as que causam maiores problemas.Essas três toxinas são responsáveis por todas as doenças (1939).

    MEISHU-SAMA. Toxinas urinárias. In: Alicerce doParaíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,

    2005, v. 3, p. 90.

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    2.1.2 A função: processo natural de purificação

    •Conceito de purificação

    Texto 26A própria Medicina reconhece que o homem tem, “a priori”, várias

    toxinas. Elas são eliminadas por um processo fisiológico natural,que chamamos processo de purificação. Primeiramente as toxinasse concentram em vários locais, notadamente naqueles onde há mais

    atividade nervosa. No homem, isso ocorre na metade superior do corpo.Quanto mais próximo do cérebro, maior a concentração, porque,

    enquanto se está acordado, o cérebro, os olhos, os ouvidos, o nariz, aboca, etc., trabalham ininterruptamente, mesmo que os braços e aspernas estejam em repouso. Portanto, as toxinas tendem a se concentrarnos ombros, no pescoço, nos gânglios linfáticos, no encéfalo, na parótida

    e em outros pontos. Com o passar do tempo, elas vão se solidificandogradualmente. Quando o acúmulo ultrapassa determinado limite, começao processo de purificação. Aí podemos ver o benefício que a Naturezanos proporciona. A solidificação das toxinas provoca má circulaçãosanguínea, rigidez dos ombros e do pescoço, dor de cabeça acompanhadade sensação de peso, diminuição da capacidade visual, auditiva e olfativa,entupimento do nariz, inflamação dos alvéolos, enfraquecimento dos

    dentes, falta de fôlego, flacidez dos músculos dos braços e das pernas,dor nos quadris, inchaço, etc. Tais fatores determinam uma acentuadadiminuição da atividade, de modo que o homem fica impossibilitado decumprir sua missão. Foi justamente por isso que Deus criou o excelenteprocesso de purificação denominado doença. [...] (15 de agosto de 1951).

    MEISHU-SAMA. O que é a doença? - A gripe. In:Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 99.

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    Texto 27Quando a pessoa adoece, logo se inicia, nela própria, uma grande

    atividade destinada a eliminar a doença. Dentro de seu organismocomeça a ser fabricado o seu próprio remédio. É como se houvesse, nocorpo humano, um grande laboratório farmacêutico e um professorem Medicina. Se o corpo é invadido pela impureza chamada doença,o médico que há no seu interior faz imediatamente o diagnóstico eordena que o farmacêutico prepare o medicamento, iniciando logo o

    tratamento. Aparelhos e medicamentos, todos eles são ultraeficazes,e a cura é maravilhosa. Se comemos algo nocivo, a farmácia existentedentro do corpo imediatamente produz um laxante para provocar adiarreia e eliminá-lo. Se bactérias nocivas entram no organismo, otratamento asséptico baseado na febre entra em ação. Se ocorre umaintoxicação alimentar, produz-se uma reação na pele e, através decalor e coceira, procura-se neutralizá-la, a fim de que ela não atinja os

    órgãos internos. Dependendo da intoxicação, os rins entram em grandeatividade, processando uma lavagem com líquido, o qual é eliminado naforma de urina. Quando se inspira uma grande quantidade de poeira,ela é eliminada na forma de escarros. E assim por diante. Realmente, ocorpo humano é de uma infalibilidade extraordinária.

    Em geral, as doenças se curam naturalmente, à mercê da Natureza;entretanto, por desconhecimento deste princípio, as pessoas recorremaos medicamentos e aos tratamentos através da Ciência, fazendo comque a doença se prolongue, pois são impostos sérios obstáculos aoprocesso de cura natural.

    Mas será que com o tratamento natural a Medicina não perderásua utilidade? Não é bem assim. Entre seus ramos, existem algunsque são muito úteis, como a bacteriologia, uma parte da higiene, a

    cirurgia no tempo de guerra, a odontologia, as clínicas de fraturas,etc. (1935)

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    encontra em repouso. Com o passar do tempo, as toxinas concentradasendurecem, causando o enrijecimento dos músculos.

    Às vezes não há sofrimento algum: quando muito, rigidez nos ombros.A segunda etapa da purificação começa quando a solidificação ultrapassadeterminado nível, sobrevindo aí o processo natural de eliminação. Parafacilitá-lo, surge uma ação destinada a dissolver as toxinas, isto é, a febre.

    O grau da febre depende não só da natureza, quantidade e rigidezdas toxinas, mas também da própria natureza do doente. Muitas vezes,

    a febre aparece como resultado do cansaço, após a prática de exercíciosfísicos, pois estes aceleram o processo de purificação. As toxinasliquefeitas são eliminadas na forma de suor, catarro, secreção nasal, etc.A tosse e o espirro são como ações de bombeamento: a primeira, paraeliminação de catarro; o segundo, para eliminação de secreção nasal.Isso se tornará bastante claro se observarmos que realmente eliminamoscatarro quando tossimos, e secreção nasal quando espirramos. Por

    outro lado, a perda de apetite é causada pela febre, pela tosse e pelosmedicamentos. As dores de cabeça e nas juntas são decorrentes dadissolução das toxinas existentes nesses pontos, as quais excitam osnervos no momento de sua eliminação em estado líquido. A dor degarganta ocorre porque as toxinas contidas no catarro irr itam a mucosaque a reveste, ocasionando sua inflamação; a rouquidão baseia-se nomesmo princípio, sendo causada pela inflamação das cordas vocais.

    Eis, portanto, o que é a gripe. Não há necessidade de tratamentoalgum; basta a pessoa deixar seu organismo em paz, sem tomarmedicamentos, que em poucos dias, terminado o processo depurificação, estará curada. Desde que a cura seja natural, com a reduçãode toxinas, a saúde aumentará. [...] (5 de fevereiro de 1947).

    MEISHU-SAMA. A verdadeira causa das doenças.In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 97.

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    • Consequências da interrupção do processo

    de purificaçãoTexto 30

    Apesar da gripe ser altamente recomendável, por constituiro mais simples processo de purificação, as pessoas a temem, e aMedicina chega a dizer que preveni-la é a condição número um paranão contraí-la.

    Os leitores precisam compreender que isso é um grande erro.Desde a antiguidade acredita-se que a gripe é a origem de mil doenças,mas na verdade ela é a única maneira de se escapar a essas mil doenças.

    Desconhecendo-lhe a causa, a Medicina toma várias medidasquando a pessoa fica gripada, todas elas no sentido de deter o processopurificador. Tais medidas começam com a tentativa de baixar a febreatravés de medicamentos antitérmicos, bolsas de gelo, compressas e

    outros meios. Isso faz com que o processo de purificação retrocedaao primeiro estágio, ou seja, que as toxinas que começaram a serdissolvidas voltem a se solidificar. Com a solidificação, a pessoa sente-se aliviada dos sofrimentos causados pela febre, escarro, secreçãonasal, etc., e tanto ela como o médico têm a ilusão de que a gripeestá melhorando.

    Quando ocorre a solidificação completa, pensam que a cura estáselada. Na realidade, porém, voltou-se à situação anterior; logo, énatural que haja uma recaída.

    Chamo atenção para o fato de que os tratamentos baseados emantitérmicos, bolsas de gelo, compressas e outros procedimentossemelhantes, detendo o processo purificador, constituem a causade sintomas mais intensos nas próximas doenças que o indivíduo

    contrair. Pode-se compreender, portanto, que as doenças graves sãocausadas pela repetida interrupção dos processos purificadores demenor intensidade, através da utilização sucessiva de remédios, o

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    que aumenta o acúmulo de toxinas, tornando necessária a ocorrênciade um processo purificador muito intenso (5 de fevereiro de 1947).

    MEISHU-SAMA. A verdadeira causa das doenças.In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 97.

    Texto 31

    Conforme dissemos, se a doença é o sofrimento decorrente daeliminação de toxinas, ela é processo de purificação do sangue,indispensável à manutenção da saúde. Portanto, podemos considerá-laa maior bênção que Deus nos concedeu. Se a eliminarmos, o homemirá enfraquecendo gradativamente e, por fim, estará até ameaçado deextinção. Os leitores poderão achar que se trata de uma incoerência,pois eu sempre afirmo que construirei um mundo sem doenças.

    Entretanto, não há nenhuma incoerência em minhas palavras, vistoque, se o homem se livrar das toxinas, não haverá mais necessidade deprocesso purificador; consequentemente, as doenças desaparecerão.[...] O verdadeiro processo de cura consiste em eliminar as toxinasdo corpo, purificando-o, ou seja, acabando com a causa da doença.

    A verdadeira Medicina é aquela que, ocorrendo o processo

    purificador, acelera a dissolução das toxinas e faz com que elas sejameliminadas na maior quantidade possível. Não há outro tratamento alémdeste (15 de agosto de 1951).

    MEISHU-SAMA. O que é a doença? - A gripe. In:Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 99.

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    • A purificação proporcional

    Texto 32Existe um ponto que preciso esclarecer. Refere-se à ocorrência

    da purificação proporcional.Suponhamos que a pessoa esteja sentindo dor no braço direito.Quando a dor melhora, pela ministração do Johrei, o braço

    esquerdo começa a doer. Parece, então, que a dor se deslocou, mas

    isso é que se chama purificação proporcional. Eliminadas as toxinasdo braço direito e havendo toxinas no esquerdo, ocorre aí o processode purificação natural, para estabelecer o equilíbrio. Evidentementeisso não se limita ao braço. Seja no ventre ou nas costas, não existedeslocamento da dor.

    Trata-se tão somente de purificação proporcional (22 de abril de 1950).

    MEISHU-SAMA. Sobre a purificação proporcional.In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação Mokiti

    Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 115.

    • Repurificação

    Texto 33

    [...]Baseado na minha experiência, posso afirmar que há casos de

    reincidência da doença depois de algum tempo, mesmo em pessoas que já obtiveram melhora através do Johrei. Chamo a isso de repurificação.

    O que acontece é que o Johrei promove a eliminação das toxinas emprocesso de dissolução, e com isso o doente tem uma melhora temporária;entretanto, logo que ele retoma suas atividades, já com vigor razoável,surge uma ação purificadora mais intensa. Resumindo, com a purificaçãoa pessoa ganha saúde, e com a saúde surge a purificação.

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    Pela repetição desse processo é que se obtém o completorestabelecimento da saúde.

    A repurificação manifesta-se relativamente intensa, através defebre alta, tosse forte e eliminação de antigas e solidificadas toxinasem forma de catarro, sendo isso perceptível pela densidade deste epelo cheiro de remédio. Obviamente alguns casos são acrescidos daperda de apetite e do enfraquecimento do corpo, podendo, às vezes, odoente partir para o Mundo Espiritual. [...] (1º de dezembro de 1952).

    MEISHU-SAMA. Análise das toxinas. In: Alicerce doParaíso. São Paulo: Fundação Mokiti Okada – MOA,

    2005, v. 3, p. 86.

    • Sofrimento: ação purificadora

    Texto 34[...]

    Devo abordar a questão pelo aspecto espiritual e dizer, numapalavra, que todos os sofrimentos são ações purificadoras. Servítima de chantagem, incêndio, acidente, roubo, desgraça familiar,prejuízo, fracasso comercial, necessidade monetária, conflitoconjugal, desavença entre pais e filhos ou entre irmãos, contenda com

    parentes e amigos, tudo isso faz parte da ação purificadora. Nessascircunstâncias, só há um recurso: eliminar as máculas espirituais pormeio do sofrimento.

    Enquanto houver máculas no espírito, a ação purificadorapersistirá; diminuí-las, é condição essencial para melhorar o destino.O ato purificador é dispensado quando atingimos certo grau de

    purificação; então a desgraça se transforma em felicidade. Sendoesta a verdade, a boa sorte não se espera de braços cruzados, maspurificando. [...] (25 de outubro de 1952).

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    MEISHU-SAMA. Nós é que traçamos o nossodestino. In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: Fundação

    Mokiti Okada – MOA, 2005, v. 3, p. 43.

    • Processos coletivos de purificação

    Texto 35[...]

    O vento e a chuva são ações purificadoras do espaço entre o Céue a Terra, causadas pelas máculas acumuladas no Mundo Espiritual,isto é, impurezas invisíveis. Dispersá-las com a força do vento e lavá-las com a chuva, é a finalidade da tempestade. Mas que máculas sãoessas e de que forma se acumulam?

    São máculas formadas pelos pensamentos e palavras do homem.Pensamentos que pertencem ao mal, como ódio, insatisfação, inveja,

    cólera, mentira, desejo de vingança, apego, etc., maculam o MundoEspiritual. Palavras de lamúria, inclusive em relação à Natureza, comopor exemplo comentários desairosos sobre o tempo, o clima e a safra,censuras e agressões às pessoas, gritos, intrigas, cochichos, enganos,repreensões, críticas e outras coisas desse gênero, também partemdo mal e maculam o Reino Espiritual das Palavras, que, em relaçãoao Mundo Material, situa-se antes do Reino do Pensamento. Quando

    a quantidade de máculas acumuladas ultrapassa certo limite, surgeuma espécie de toxina que causará distúrbios na vida humana, e entãoocorre a purificação natural. Essa é a Lei do Universo.[...]

    Tal como nas calamidades naturais, nas calamidades humanastambém há algo de aterrorizador, principalmente na guerra – aquela

    que causa maiores danos ao homem [...] (13 de agosto de 1949).

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    quando ocorreu o terremoto, entendeu o significado do que havia visto.Como sempre falamos, tudo acontece primeiro no Mundo Espiritual,isto é, pela Lei do Espírito Precede a Matéria, a purificação ocorreprimeiro no Mundo Espiritual e depois se reflete no Mundo Material.

    Por ocasião do último incêndio de Atami, o edifício onde funcionavaa sede provisória da nossa Igreja foi salvo, apesar de ter sido envolvidopelas chamas. Isso aconteceu, naturalmente, porque nele não haviaimpurezas. Assim, se materialmente fizermos construções à prova de

    fogo e nos esforçarmos espiritualmente para não maculá-las, elas nãose incendiarão, deixando de oferecer qualquer perigo.A esse respeito, talvez surja uma dúvida: que não há razão para

    cidades à prova de fogo, como as do Ocidente, virem a incendiar-se,mesmo havendo impurezas. Entretanto, não existe outra explicaçãopara o fato de muitas cidades terem sido destruídas por bombardeiosdurante a Segunda Guerra Mundial, a não ser o princípio que acabamos

    de expor. É preciso saber que realmente as Leis do Universo sãoabsolutamente invioláveis (20 de maio de 1950).

    MEISHU-SAMA. Considerações espirituais sobreos incêndios. In: Alicerce do Paraíso. São Paulo:

    Fundação Mokiti Okada – MOA, 2005, v. 2, p. 123.

    2.1.3 Doença e espírito

    Texto 37Conforme já expliquei pormenorizadamente, a doença é o

    aparecimento e o transcurso do processo de purificação, mas convémsaber que existem muitas doenças de origem espiritual. Muitose tem falado sobre isso desde tempos remotos, havendo mesmocertas religiões que afirmam que quase todas as doenças têm origem

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    manifesta os sintomas dos instantes da morte. Por exemplo: quando apessoa espuma, é porque se trata da incorporação do espírito de alguémque morreu afogado; se tem ataque ao ver fogo, trata-se da incorporaçãodo espírito de uma pessoa que morreu queimada. Há diversos outros casosem que se manifestam condições relacionadas com morte antinatural. Osonambulismo também tem a mesma causa, assim como muitas doençasde origem espiritual. [...] (25 de agosto de 1949).

    MEISHU-SAMA. As diversas expressões faciais apósa morte. In: Alicerce do Paraíso. São Paulo: FundaçãoMokiti Okada – MOA, 2005, v. 2, p. 97.

    Texto 39Atualmente, as pessoas vivem falando sobre degradação moral,

    aumento de crimes, política deficiente, etc. Vou mostrar que tudo

    isso tem profunda relação com a doença psíquica. Em primeirolugar, explicarei a verdadeira causa desse tipo de doença. Todos vãose surpreender, mas, como se trata da própria Verdade, estou certode que compreenderão, a menos que se trate de um doente mental.

    A verdadeira causa da doença psíquica é física e, ao mesmo tempo,fenômeno de encosto. Para os homens da atualidade, que receberamuma educação materialista, talvez seja um pouco difícil entenderisso, o que é plenamente justificável, pois lhes incutiram na menteque não se deve acreditar naquilo que não se vê. Porém, a Verdadeé a Verdade, mesmo que a neguem. Se disserem que o espírito nãoexiste, por ser invisível, terão de concluir que também não existe oar nem os sentimentos.[...]

    Mostrarei, a seguir, por que afirmo que a doença psíquica é umfenômeno de encosto.

    Muita gente se queixa de ter o pescoço e os ombros enrijecidos.

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    Creio mesmo que quase todos os japoneses se queixam disso. Aliás,pela minha longa experiência, posso afirmar que todas as pessoasapresentam esses sintomas. É raro alguém dizer o contrário, mas,em tais casos, o que acontece é que o pescoço e os ombros dapessoa se encontram tão rijos, que se tornam insensíveis à dor. Esseenrijecimento constitui a verdadeira causa da doença psíquica. Possoimaginar o espanto e a surpresa dos leitores, mas creio que, com odesenrolar da explicação, vão acabar compreendendo.

    Com o enrijecimento do pescoço e dos ombros, as veias que levamo sangue ao cérebro ficam comprimidas, causando anemia na partefrontal da cabeça. Aí está o problema, pois a anemia cerebral não seresume numa simples anemia. Como o sangue é espírito materializado,ela não é senão a falta de células espirituais que alimentam o cérebro,provocando o enfraquecimento espiritual, causa imediata da doençapsíquica. Os espíritos aguardam essa oportunidade para encostar. A

    maioria é de animais como raposa, texugo e, mais raramente, cãese gatos, e sempre é um espírito desencarnado. Pode haver, também,encosto simultâneo de espírito humano e animal.[...]

    O enfraquecimento espiritual na parte frontal da cabeça provocainsônia. Esta, na maioria das vezes, é causada por pontos solidificadosna zona occipital direita, que comprimem as veias. Como a insôniaacelera o enfraquecimento espiritual, os espíritos aproveitam aoportunidade para encostar. A parte frontal da cabeça é a sede decomando do corpo, e o espírito, ocupando essa parte, conseguedirigir livremente o indivíduo. Ele tem interesse em utilizá-lo à suavontade, pois com isso se torna inf luente entre os companheiros. Oser humano nem pode imaginar como é grande esse interesse. [...]

    Conforme eu vinha explicando, a razão controla constantementeo sentimento – que é o instinto do ser humano – cuidando para estenão cometer erros. Por isso o homem pode, mesmo precariamente,

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    levar uma vida normal, pois o instinto está sendo dominado pelarazão que, funcionando como lei, mantém a ordem na vida. Portanto,se o homem perde a força dessa lei, o sentimento se desvia, livre edesenfreado. Eis o que é a doença psíquica.

    Sabedor de que a lei está brilhando dentro da parte frontal dacabeça do homem, o espírito desejoso de dominá-lo encosta num certoponto, objetivando aquela região. É claro que, se a pessoa estiver coma plenitude de sua energia espiritual, não há possibilidade de encosto.

    A força de atuação do espírito é variável. Se na parte frontalda cabeça a energia espiritual da pessoa for de 100%, o encosto éimpossível; se for 90%, o espírito encostará 10%; no caso de se tornar80, 70, 60, 50 ou 40%, o espírito encostado conseguirá manifestaruma força de 20, 30, 40, 50 ou 60%. Quando a força da razão é 40%,torna-se impossível controlar a força do sentimento, que é 60%;assim, o espírito encostado pode governar livremente o homem. Como

    explanei no início, o enrijecimento do pescoço e dos ombros comprimeas veias e causa o enfraquecimento espiritual, propiciando ao espíritoencostado atuar na mesma proporção desse enfraquecimento.

    Atualmente, todos estão nessas condições. Pode-se dizer, portanto,que não há ninguém com energia espiritual total; até aqueles que sãorespeitados na sociedade pela sua integridade moral, têm deficiênciade mais ou menos 20 a 30%. Às vezes acontecem coisas que noslevam a perguntar: Por que uma pessoa tão maravilhosa cometeutal erro? Será que não entendeu aquilo? Por que será que falhou? Eoutras perguntas semelhantes. A razão de tais atitudes está nos 20ou 30% de deficiência da energia espiritual da pessoa. Entretanto,essa porcentagem não é fixa; está constantemente oscilando. Mesmoquando tomam atitudes louváveis, os homens têm cerca de 20% de

    deficiência; quando têm maus pensamentos e por algum motivocometem um crime, estão com aproximadamente 40% de deficiência.Isso é o que vemos acontecer com frequência. Quando retorna aos

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    20%, em geral a pessoa se arrepende do que fez. Segundo um ditopopular, ela foi tentada pelo demônio.

    O normal é ter entre de 30 e 40% de enfraquecimento da energiaespiritual, mas, conforme o motivo, a qualquer momento essaporcentagem pode ultrapassar os 50%. Nesse caso, as pessoas cometemcrimes inesperados. Um exemplo disso é a histeria, cuja causa, quasesempre, é o encosto de um espírito de raposa, o qual domina a razãoe, levado pelo ciúme ou pela ira, atua com uma força que excede o

    limite dos 50%.Assim, as pessoas fazem escândalos ou falam coisas incoerentes, nasquais nem estavam pensando. Mas isso não continua por muito tempo,porque aquele limite de 50% novamente se reduz. Sendo assim, ohomem deve fazer o possível para manter o limite de no máximo 30% deenfraquecimento da sua energia espiritual; se chegar a 40%, já é perigoso.

    Creio que, tomando conhecimento do que acabamos de explicar,

    poderão compreender perfeitamente por que há tantos criminososhoje em dia. Como o espírito encostado é de animal, se a sua força deatuação ultrapassar o limite dos 50%, temporariamente o espírito dapessoa ficará nas mesmas condições daquele, embora a aparência sejade ser humano. A diferença mais notável entre o homem e o animalé que o primeiro tem capacidade de reflexão, mas o segundo, não.

    A vontade do animal é apenas matar a fome, mas, como a ganânciado homem é ilimitada, uma vez que ele manifesta característicasanimais, revela uma crueldade inimaginável.

    Como mencionei, já que não existe ninguém cujo espírito seja 100%forte, todas as pessoas – umas mais, outras menos – são influenciadaspelo encosto de um espírito; assim, proporcionalmente à força deatuação desse espírito, todas sofrem de doença psíquica. Falando sem

    reserva, não é exagero afirmar que todos os japoneses, sem exceção,são doentes mentais, mesmo que em pequena proporção. [...] (25 desetembro de 1949).

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    coleção didática

    Estudos em Salvação - Parte I - O Paraíso Interior

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    MEISHU-SAMA. Os japoneses e as doençaspsíquicas. In: Alicerce do Paraíso. São Paulo:

    Fundação Mokiti Okada – MOA, 2005, v. 2, p. 102.

    Texto 40Os antepassados desejam a felicidade de seus descendentes

    e a prosperidade de sua linha familiar. Por conseguinte, não

    negligenciam sua guarda um instante sequer, impedindo-os decometerem erros e pecados, ou seja, evitando que trilhem o maucaminho. Se um descendente, induzido pelo demônio, comete umamá ação, aplicam-lhe castigos na forma de acidentes ou doenças,não só como advertência, mas também para a limpeza dos pecadoscometidos anteriormente. No caso do enriquecimento ilícitopor parte do descendente, fazem com que este tenha prejuízos,

    ocasionando, por exemplo, um incêndio ou outras formas de perda,que lhe esgotam a fortuna. Conforme o pecado, aplica-se tambéma doença como processo de purificação.

    Suponhamos que uma criança contraia gripe. Uma gripecomum seria facilmente solucionada através do Johrei; nesse caso,entretanto, não se verificam bons resultados. A criança tem vômitosfrequentes, perda de apetite, acentuado enfraquecimento em poucosdias e acaba morrendo. É uma situação estranha, que se enquadra justamente no que falamos acima: advertência dos antepassados.

    As causas podem ser várias, entre elas o relacionamentoamoroso do pai com outra mulher. Se ele não perceber na primeiraadvertência, poderão ocorrer-lhe sucessivas perdas de filhos. Estessão sacrificados por um prazer passageiro; trata-se, portanto, de

    uma conduta bastante reprovável. Os antepassados evitam sacrificaro chefe da família por ser ele o seu sustentáculo, de modo que osfilhos tomam o seu lugar. [...] (5 de fevereiro de 1947).

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