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ESTUDOS NO EVANGELHO DE JOÃO No caminho com

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ESTUDOS NO EVANGELHO DE JOÃO

No caminho com

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Ensinar a Palavra de Deus e capacitar seus participantes a cumprirem a missão que

Jesus nos deu.

Ensinar a Palavra de Deus e capacitar seus participantes a cumprirem a missão que

Jesus nos deu.

MISSÃO DA ESCOLA BÍBLICA

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Estudos para a Escola Bíblica Sabatina. É proibida a reprodução parcial ou total sem autorização da Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira.

Os Estudos Bíblicos e as Meditações Bíblicas Diárias estão baseados na International Bible Lessons for Christian Education (Lições Bíblicas Internacionais para o Ensino Cristão).

Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada (Sociedade Bíblica do Brasil) salvo indicação específi ca.

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

Diretor: Pr. Jonas Sommer

EXPEDIENTE

Revisão de textos: Márcio Magno Melo Capa: João Paulo Delfi no da Silva

www.jampadesigner.com

Revisão teológica:

Pr. Jonas Sommer, Pr. Daniel Miranda Gomes Diagramação: Anselmo Burgath

Atendimento e tráfego:

Marcelo Negri (41) 3379-2980

Impressão gráfi ca:

Gráfi ca Monalisa www.grafi camonalisa.com.br

Redação: Rua Erton Coelho Queiroz, 50 - Alto Boqueirão - CEP 81770-340 - Curitiba - PRhttp://www.ib7.org / [email protected]

Copyright© CBSDB, 2013

No caminho com Jesus: Estudos no Evangelho de João / Daniel Miranda Gomes (org). - - Curitiba, PR: CBSDB, 2013.

212 p. ; 21 cm.

ISBN 978-85-98889-04-7 1. Educação Religiosa. 2. Estudo Evangelho. I. Gomes,

Daniel Miranda. II. Título.

CDD: 268

N7391

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SUMÁRIO

Estudos no Evangelho de João

Abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6Pr. Jonas Sommer

Capítulo 1E o Verbo se Fez Carne . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Pr. Daniel Miranda Gomes

Capítulo 2Transformando Água em Vinho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25Pr. Daniel Miranda Gomes

Capítulo 3A Purifi cação do Templo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39Pr. Wesley Batista de Albuquerque

Capítulo 4O Novo Nascimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53Pr. Gelci André Colli

Capítulo 5A Mulher Samaritana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Heloise Gonçalves Nunes Lemos

Capítulo 6A Cura do Paralítico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80Pr. Bernardo Ferreira Ignácio Júnior

No Caminho comJ e sus

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Capítulo 7O Pão da Vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95Pr. Antônio Renato Gusso

Capítulo 8A Cura do Cego de Nascença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Pr. Edvard Portes Soles

Capítulo 9Jesus, o Bom Pastor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128Pr. Norberto Carlos Marquardt

Capítulo 10A Ressurreição e a Vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143Pr. Alfredo Oliveira Silva

Capítulo 11O Caminho, a Verdade e a Vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158Pr. Jonas Sommer

Capítulo 12Para que Todos Sejam Um . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172Pr. Bernardino de Vargas Sobrinho

Encarte Missionário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186

Capítulo 13A Palavra Viva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196Pr. Jonas Sommer

Nossos Autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209

Página do Tesoureiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212

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AA – Almeida Atualizada ARA – Almeida Revista e AtualizadaARC – Almeida Revista e CorrigidaACRF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel AS21 – Almeida Século 21 ECA – Edição Contemporânea de Almeida

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MateusMarcosLucasJoão AtosRomanos1 Coríntios2 CoríntiosGálatasEfésios FilipensesColossenses1 Tessalonicenses2 Tessalonicenses1ª Timóteo2ª TimóteoTitoFilemonHebreus Tiago 1 Pedro2 Pedro1 João 2 João 3 João Judas Apocalipse

MtMcLcJoAt

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1Ts2Ts1Tm2TmTtFmHbTg

1Pe2Pe1Jo2Jo3JoJdAp

NOVO TESTAMENTO

GênesisÊxodo LevíticoNúmeros DeuteronômioJosuéJuízesRute1 Samuel2 Samuel 1 Reis2 Reis 1 Crônicas 2 CrônicasEsdrasNeemiasEster Jó Salmos Provérbios Eclesiastes CânticoIsaías Jeremias Lamentações Ezequiel Daniel Oséias Joel Amós Obadias Jonas Miquéias Naum Habacuque Sofonias Ageu Zacarias Malaquias

ANTIGO TESTAMENTO

L I V R O S D A B Í B L I A

NVI – Nova Versão InternacionalKJA – King James Atualizada BV – Bíblia Viva BJ – Bíblia de Jerusalém TEB – Tradução Ecumênica da BíbliaNTLH – Nova Tradução na Ling. de Hoje

ABREVIATURAS DAS VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS

ABREVIATURAS DE

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6 Estudos Bíblicos

“Pode-se resumir o fato mais relevante de toda a Histó-ria em quatro palavras: Jesus Cristo é Deus!”.1

A maior afirmação de toda a Bíblia é que Deus se fez carne e habitou entre nós! Foi o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, que maravilhou as pessoas de seu tempo com grandes milagres, ensinamentos surpreendentes e sinais indescritíveis. Foi Ele quem viveu uma vida comple-tamente perfeita, sem pecado algum, e, ao final, deixou-se ser morto numa cruz, sob a égide de Roma, ao levar sobre si os pecados da humanidade. Foi Ele que, três dias depois de sua morte, ressuscitou dentre os mortos, deixando sua mortalha no sepulcro vazio. A divindade de Jesus – o fato de que Ele era Deus na forma humana – é o fundamento da fé cristã.

O apóstolo João, o discípulo amado, quando parou para escrever seu Evangelho não estava interessado em sim-plesmente contar sua versão da história, acrescentando alguns detalhes aos demais relatos já existentes da vida e obra do Messias: Jesus Cristo. João escreveu sua obra com um propósito muito específico:

Jesus fez diante dos discípulos muitos outros milagres que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele. (Jo 20:30-31).

O Evangelho de João não é uma simples biografia, é um argumento teológico. Ele quer nos convencer que Jesus de Nazaré é, de fato, o Deus Filho. Por conseguinte, quer nos mostrar como esse fato mudará radicalmente a nossa vida! É por meio da fé em Jesus Cristo como o Filho de Deus

1 CONNELLY, Douglas. João: série crescimento espiritual. São Paulo: Sheed Pub-licações, 2008, p. 7.

EDITORIAL

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que encontramos vida – vida real, vida plena, vida que vale a pena, vida eterna.

Neste trimestre faremos uma viagem ao Evangelho de João e caminharemos diariamente com Cristo para apren-dermos mais dele. Os estudos foram preparados com amor e na busca da unção divina para que você, caro leitor do Brasil e além-mares, continue a “crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3:18).

Nossa gratidão aos autores convidados deste trimes-tre. Pela graça divina temos a colaboração de irmãos pela primeira vez nesta edição. Esperamos continuar contando com vocês. Obrigado também aos que já são “figuras carim-badas” em nossos estudos e devocionais. Agradecemos, ainda, aos nossos convidados especiais deste trimestre, que Deus os abençoe ricamente! Expresso, igualmente, minha gratidão pessoal ao Pr. Daniel Miranda Gomes, que teve a árdua tarefa de editar o presente volume. Ele tem sido um amigo de muita valia nos últimos estudos. Creio que posso dizer por todos os autores: que nossos esforços resultem na edificação do corpo de Cristo e tragam glórias a Deus!

Que tenhamos um bom estudo.

Deus o(a) abençoe!

Pr. Jonas SommerDiretor do Departamento de Educação Cristã

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8 Estudos Bíblicos

Domingo – Gênesis 1:1-5

“No princípio Deus...”. A Bíblia começa falando sobre Deus, sobre o que Ele é, o que Ele fez e determinou desde o princípio da criação do universo. Ele é o princípio e fim de todas as coisas. Tudo começa n’Ele e tudo converge para Ele. Portanto, Ele é o tema central de toda a Escritura. Isso não é deveras maravilhoso? O nosso Deus é princípio, o meio e o fim de tudo que existe; e tudo quanto Ele ordena acontece segundo a Sua vontade. Tudo o que Deus criou, segundo a Sua determinação, foi por amor a mim e a você! Por isso, adore a Deus pelo que Ele é e O louve pelo que Ele fez.

Segunda-feira – Romanos 1:1-6

Paulo foi chamado com o propósito de anunciar uma mensagem de boas-novas vinda da parte de Deus e que outrora fora anunciada pelos santos servos do Senhor, os profetas, acerca da salvação que há em Jesus Cristo, nosso Senhor, o qual foi ressuscitado dentre os mortos e declarado Filho de Deus, para que por meio d’Ele e por causa de seu nome, que é sobre todos os nomes, rece-bêssemos a graça de nos tornarmos filhos de Deus, por meio da fé. Por meio dessa demonstração suprema de sua capacidade para conquistar a morte, com um poder que pertence unicamente a Deus, Jesus comprovou que é, sem dúvida alguma, Deus Filho. Este poderoso filho de Deus venceu a morte para lhe dar vida. Agradeça a Deus, em oração, por este maravilhoso favor concedido a você.

Jeferson Ezequiel

MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS

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Terça-feira – Hebreus 4:12-16

No texto de hoje são feitas três declarações importan-tíssimas a respeito do nosso Sumo Sacerdote: a primeira é que Ele é grande, destacando a Sua superioridade em relação aos outros sumos sacerdotes da ordem araônica. A segunda declaração é que Ele penetrou nos céus, pro-vavelmente visando comparar esse ato com a entrada limi-tada do Sumo Sacerdote da Antiga Aliança ao lugar “Santo dos Santos” no Templo, enquanto que Jesus penetrou nos céus na presença de Deus Pai. E a terceira declaração é acerca do seu nome, mostrando que o nosso grande Sumo Sacerdote é Jesus de Nazaré, o filho do Deus Altíssimo. Por isso, conservemos firmes a nossa confissão.

Quarta-feira – Hebreus 5:1-10

Basicamente, o texto de hoje trata do ofício sumo-sacerdotal, constituição ou nomeação, função e direcionamento da honra. A nomeação ou constituição era feita de forma teocrática: Deus elegia o sumo sacer-dote com a função de interceder pelo povo e por ele mesmo, por meio dos sacrifícios, e como o sumo sacer-dote era passível de erro, poderia condoer-se pelo povo errante. De fato, servir a Deus no Santo dos Santos é uma honra muito grande, mas não depende de uma escolha própria, mas sim do chamado divino. Jesus, sendo o Cristo, poderia tomar essa honra para Si, mas por obediência e submissão optou por deixar o direcio-namento da honra ao Pai, que o constituiu sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque, o qual, por meio do perfeito sacrifício expiatório na cruz do Calvá-rio, tornou-se o Autor da nossa salvação.

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Quinta-feira – Filipenses 2:5-11

Paulo estabelece um modelo a ser imitado por nós. Seu principal apelo é que o mesmo sentimento que governava Cristo também deveria governar o seu povo. Ele enfatiza a preexistência de Jesus em forma de Deus antes mesmo do princípio de tudo que conhecemos (cf. Jo 17:5); e, mesmo possuindo essa glória, não se apegou à mesma, antes assumiu a forma de servo, tornando-se à semelhança de homens. Isso significa que Jesus, apesar de possuir a mesma glória do Pai, não usurpou a Sua autoridade, antes assumiu uma posição de humildade, obedecendo ao Pai em tudo, inclusive aceitando a morte na cruz. Por isso, Deus o exaltou e lhe deu um nome, que está acima de todos os nomes, pelo qual todos os seres humanos devem se submeter e confessar que “Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”.

Sexta-feira – 1 Timóteo 3:16

Temos diante de nós um hino a Cristo. O hino contém promessa e exortação. Dirige-se contra as heresias da época que negavam a encarnação de Jesus e mesclavam o Evangelho com outras doutrinas de salvação. No entanto a letra do hino motiva a Igreja a ofertar a Deus um sacrifício de louvor, confessando com os lábios “o Nome”. O hino sub-divide-se em três estrofes e explicita o mistério da piedade: Jesus foi revelado à Igreja e, apesar disso, não pode ser compreendido e apreendido pelos homens. O hino começa no terreno e termina no celestial. Na esfera terrena diz-se que Jesus foi manifesto na carne, proclamado aos povos e crido no mundo. Na esfera celestial, o nosso Senhor foi confirmado no Espírito, contemplado pelos anjos e aco-lhido na glória. Louvemos ao Senhor nosso Deus!

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Sábado – João 1:1-14

O propósito de João, em seu Evangelho, era que todos os homens soubessem que Jesus Cristo era plenamente Deus em forma humana; que Ele estava desde o princípio com Deus e que ele era o próprio Deus, e que tudo quanto existe veio à existência por intermédio d’Ele e para Ele. Tudo o que Deus era, Jesus também o era; todas as pala-vras e ações de Jesus eram palavras e ações de Deus. João, então, nos diz que o Senhor Jesus se fez carne, habi-tou em nosso meio com o propósito de trazer luz a você e a mim, nós que estávamos perdidos nas trevas, para que por meio d’Ele nos tornássemos filhos de Deus Pai, nós os que cremos em seu nome e confessamos que Jesus Cristo é o Senhor.

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E o Verbo se fez Carne

Pr. Daniel Miranda GomesEstudo da Semana: João 1:1-146 de Abril de 2013

1TEXTO BÁSICO:

E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. (Jo 1:14)

INTRODUÇÃO

Jesus é Deus? Ele era apenas um profeta, um revolu-cionário ou era algo mais? Será mesmo que Deus se fez como um de nós? Essas perguntas nos levam ao cerne do que Jesus realmente era. Alguns acreditam que Ele era simplesmente um grande professor de moral, já outros pensam que ele foi simplesmente o líder da maior reli-gião do mundo. Porém, acreditamos em algo muito maior. Como cristãos acreditamos que Deus nos visitou em forma humana, e há muitas evidências históricas que provam isso, como veremos no decorrer dos estudos deste trimes-tre.

A forma de João começar o seu Evangelho deve ser compreendida antes de seu conteúdo ser analisado. Os primeiros versos trazem um estilo de poesia semítica, bem como uma forma hinódica. As imagens poéticas sugerem que esse material foi adaptado para ser usado como hino no culto cristão primitivo. Portanto, estes versos refletem não apenas uma preocupação filosófica e uma afirmação

O LOGOS PREEXISTENTE

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teológica, mas também uma adoração doxológica de um Senhor pessoal.2

Nos primeiros cinco versículos do capítulo 1 do Evange-lho de João temos algumas informações preciosas sobre quem é Jesus. Senão, vejamos.

1. A eternidade de Jesus. Logo no introito João apre-senta a figura central do Evangelho, mas não a chama de Jesus ou Cristo. Neste ponto Ele é o que os gregos deno-minavam de Logos, ou seja, a Palavra: No princípio era o Verbo [...]. Ele estava no princípio com Deus (vv. 1, 2). Esses dois versículos mostram que Jesus Cristo sempre existiu! Ele não “se fez” Verbo no princípio; Ele “era” o Verbo no princípio.3 Jesus é eterno. Ele não começou a existir a partir da criação, não foi criado por Deus, como alguns têm afirmado.

Em grego o termo logos significa “palavra, discurso, pensamento, razão”. Expressava inicialmente a palavra escrita ou falada, ou seja: o Verbo. Para os filósofos gregos, logos era mais um princípio filosófico do que uma força pessoal. Seria apenas um pensamento e não uma pala-vra. Mas esse termo, a partir de filósofos como Heráclito, passou a ter um significado mais amplo: logos passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de racionalização individual ou como um prin-cípio cósmico da ordem e da beleza. Na teologia cristã o conceito filosófico do logos veio a ser adaptado no Evan-gelho de João, referindo-se a Jesus Cristo como o Logos, isto é, a Palavra eterna, criadora, profética e sapiencial de Deus que se manifestou ao mundo (cf. vv. 1, 9, 14).4

2. A identidade de Jesus. O pensamento de João remonta ao primeiro livro da Bíblia: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1). O que João diz é isto: o

2 CLIFTON JR., Allen (Ed.). Comentário bíblico Broadman, v. 9: Lucas e João. 2. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1987, p. 250.3 PFEIFFER, Charles F.; HARRISSON, Everett F. Comentário bíblico Moody, v. 4: os Evangelhos e Atos. São Paulo: Imprensa Bíblica Regular, 1990, p. 177.4 KONINGS, Johan. Evangelho segundo João: amor e fidelidade. São Paulo: Loyola, 2005, p. 76.

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Verbo não é uma das coisas criadas; ele estava presente antes da criação; “o Verbo estava com Deus, e o verbo era Deus” (v. 1b). O Verbo não é uma parte do mundo que começou a existir no tempo; o Verbo é uma parte da eternidade e estava com Deus antes do tempo e antes do princípio do mundo. Jesus estava com Deus, ou seja, “Ele existia na mais estreita comunhão possível com o Pai”.5

João diz, ainda, que Jesus, o Verbo, não somente estava com Deus; Ele era Deus! Para muitos é difícil com-preender essa afirmação. Na gramática grega um subs-tantivo quase sempre é acompanhado do artigo definido. A palavra grega para Deus é theos, e o artigo definido é ho. Assim, em grego, temos ho theos. Agora, quando o grego não emprega o artigo definido com o substantivo este se converte em algo semelhante a um adjetivo; des-creve o caráter, a qualidade da pessoa. João não disse que o Verbo era ho theos; isso teria significado que o Verbo era idêntico a Deus; antes diz que o Verbo era theos – sem o artigo definido –, o que quer dizer que o Verbo era do mesmo caráter, essência, qualidade e ser que Deus. Em Jesus podemos ver como Deus é. É por essa razão que Jesus disse a Felipe: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14:8).6

3. A capacidade de Jesus. Três pontos são ressalta-dos por João acerca da capacidade de Jesus:

Primeiro, Ele é o criador de todas as coisas. João diz que: “Todas as coisas foram feitas por meio dele” (v. 3a). Para os filósofos gregos pré-socráticos, a arché (origem) seria um princípio que deveria estar presente na existên-cia de todas as coisas: no início, no desenvolvimento e no fim de tudo. A arché, portanto, seria o princípio pelo qual tudo o que existe veio a ser.7 Paulo escreve: “Pois, nele,

5 HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: o Evangelho de João. São Paulo: Editora Cristã, 2004, p. 101.6 BARCLAY, William. Comentario al Nuevo Testamento. Barcelona: Editorial Clie, 2006, p. 378.7 SPINELLI, Miguel. Filósofos pré-socráticos: primeiros mestres da filosofia e da ciência grega. 2. ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2003.

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foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra [...] Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1:16). Em outra carta, ele escreve sobre o Senhor Jesus Cristo, “pelo qual são todas as coisas” (1Co 8:6). O autor de Hebreus fala do Filho, “pelo qual também fez o universo” (Hb 1:2).

Segundo, Ele é a origem, o autor e o doador da vida. João diz que “a Palavra era a fonte da vida” (v. 4a, NTLH). A mensagem de João vem ao encontro de nós, seres huma-nos, em nosso mais profundo anseio, quando nos declara: “A vida estava nele”. No Evangelho de João, a palavra “vida” (gr. zoê) aparece mais de 35 vezes, e o verbo “viver” ou “ter vida” (gr. zen) mais de 15. O objetivo de João ao escrever o Evangelho foi que os homens pudessem crer “que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20:31). Esta palavra está nos lábios de Jesus todo o tempo. Ele afirma que “assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (Jo 5:26). Ele se lamenta de que os homens não se aproximem dEle para poder ter vida (Jo 5:40). Assegura que veio para que os homens tenham vida e para que a tenham em abundância (Jo 10:10). Anuncia que dá vida aos homens e que jamais perecerão, porque ninguém os arrebatará de sua mão (Jo 10:28). Afirma, ainda, que Ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14:6).8

Terceiro, Ele é a luz do mundo. João diz que “a vida era a luz dos homens” (v. 4b). A palavra “luz” aparece mais de 21 vezes no Evangelho de João. Em duas ocasiões Jesus se denomina a si mesmo “a luz do mundo”, dizendo: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8:12); e: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo” (Jo 9:5). Em outra ocasião, Jesus disse: “Eu vim como luz para o mundo” (Jo 12:46). João diz que: “A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la” (vv. 4, 5, NTLH). As trevas são hostis à luz. A luz resplandece nas trevas, mas, por mais que se esforcem, as trevas não podem extingui-

8 BARCLAY, William. Op. cit., p. 379-380.

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-la. O homem pecador ama as trevas e odeia a luz, porque esta mostra muitas coisas. É por isso que, no versículo 9, João diz que a luz, uma vez “vinda ao mundo, ilumina a todo homem”.9

Dando prosseguimento à sua exposição, João diz que o Verbo eterno, oriundo de Deus e voltado para Deus, “estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (vv. 10,11). Sabemos que esse mundo não é divino, e sim um mundo do pecado e da morte. Porém não devemos esquecer que “o mundo foi feito por intermédio dele” (v. 10). Independente da situa-ção do mundo hoje, sua origem está em Deus e em seu Verbo. Ao contrário de todas as visões dualistas de mundo, o Evangelho não vê o mundo como mau e contrário a Deus em si mesmo, nem como formado por um poder hostil a Deus. O mundo é e continua sendo criação de Deus.10

Lamentavelmente, João diz que “o mundo não o conhe-ceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (vv. 10,11). A Palavra criadora e diretriz de Deus veio a este mundo sob a forma do homem Jesus. A Palavra veio “para o que era seu”;11 porém o seu próprio povo não a recebeu. O Logos era como um senhor que retorna para casa, e agora seus próprios familiares lhe fecham a porta. É pre-ciso considerar que o texto refere-se especificamente ao povo judeu, que deveria ter reconhecido, antes de todos os outros povos, que Jesus era a Palavra de Deus. Mas pre-

9 BARCLAY, William. Op. cit., p. 380.10 BOOR, Werner de. Comentário Esperança: Evangelho de João. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2002, p. 22.11 No grego, a expressão eis ta idia pode significar “sua própria casa”, como em Jo 16:32 e 19:27.

O LOGOS ENCARNADO

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cisamente é o povo judeu quem expulsa Jesus e o mata. Receberam-no com ódio e não com adoração.12

Qual a razão de o Filho de Deus, o Verbo eterno, vir em forma humana a este mundo? A Bíblia responde dizendo que a manifestação de Jesus, o Verbo encarnado, teve dois objetivos bem definidos.

1. Ele veio para nos tornar “filhos de Deus”. Jesus se fez gente para que a salvação se tornasse possível ao ser humano! João diz que nem todos rechaçaram a Jesus quando Ele veio; houve alguns que o receberam e lhe deram as boas-vindas. E, a estes, “aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tor-narem filhos de Deus” (v. 12, NVI). Nem todos os seres humanos são filhos de Deus. Todos são criaturas de Deus, mas somente alguns se convertem em filhos de Deus, desfrutando, então, da profunda intimidade da autêntica relação entre pai e filho. E João afirma que os homens só podem entrar nessa relação verdadeira e autêntica por meio de Jesus Cristo.13

João diz que os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que “não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus” (v. 13, NVI). Ou seja, este nas-cimento não é resultado de uma reprodução biológica, da hereditariedade ou esforço humano, mas de Deus. Quando João diz que não procede de sangue está empregando o pensamento judaico, porque os judeus consideravam que um filho físico nascia da união da semente do pai com o sangue da mãe. Porém este caráter de filho de Deus não procede de nenhum impulso ou desejo humano, nem de nenhum ato da vontade humana; procede inteiramente de Deus. Não podemos nos tornar filhos de Deus por nossos próprios meios; devemos entrar em uma relação que Deus nos oferece em Cristo Jesus.14

12 BOOR, Werner de. Op. cit., p. 22.13 BARCLAY, William. Op. cit., p. 383.14 BARCLAY, William. Op. cit., p. 383.

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2. Ele veio para se identificar conosco. No versículo 14 João diz que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Jesus se fez homem. Aquele que criou o mundo, que exis-tia antes do mundo, veio participar da história do mundo. Jesus já existia desde a eternidade (v. 1; 8:24), mas seu papel como Redentor foi realizado na carne. Ele enfrentou as tentações e sofreu a morte como homem.

João diz que ele “se fez carne”. Aqui, há um sentido especial. O texto grego afirma que Jesus tornou-se uma pessoa humana histórica e real, limitada e mortal, mas não sugere que Ele deixou de ser o que era antes. Possivel-mente aqui, mais que em qualquer outro lugar do Novo Tes-tamento, encontramos a gloriosa proclamação da humani-dade de Jesus em toda sua plenitude. Em Jesus vemos o Verbo criador de Deus, a Razão controladora de Deus, assumindo a humanidade. Ele abriu mão da sua posição, mas não da sua divindade (Fl 2:5-11). Ele era, ao mesmo tempo, Deus e homem. Com essa declaração, João se dis-tância de vez da interpretação helenista, em que as divin-dades se camuflavam por curto período de tempo como se fossem homens ou mulheres comuns para, depois de realizarem algum feito entre os mortais, voltarem ao seu lugar de origem, livres do peso da fingida humanidade.

Quando João diz “carne”, aponta para a fraqueza e para a limitação, para o sofrimento e para a realidade da morte inerente à carne. Somente porque Deus se tornou “carne” houve história e o Evangelho de Jesus pôde ser escrito por João e os demais evangelistas. Entretanto, os evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) viram em Jesus o cumprimento das profecias do Antigo Testa-mento, o “enviado por Deus”. João, diferentemente deles, vê em Jesus o Deus encarnado, Deus em forma de pessoa humana, semelhante a mim e a você!

A palavra “habitou” vem da mesma palavra grega tra-duzida por tabernáculo (skênôo). Se traduzida mais lite-ralmente, do grego para o português, a expressão “habi-tou entre nós” significa que o Logos eterno “armou seu

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tabernáculo” ou “morou em sua tenda entre nós”. Para os judeus, o termo traria à mente o tabernáculo onde Deus se encontrava com Israel, antes do templo ser construído (Êx 25:8). Agora o evangelista sugere que Deus escolheu habitar entre seu povo de uma forma ainda mais pessoal.15 Literalmente, a ideia é que Jesus “tabernaculou” entre os homens. Jesus veio morar conosco para que um dia nós possamos morar com Ele!

Deus se fez gente para identificar-se com o ser humano. O Verbo encarnado enfrentou os mesmos dilemas que enfrentamos, tais como amargura, compaixão, ira, angústia e rejeição. Habitar entre nós significa dizer que Deus, em Cristo Jesus, veio ao nosso encontro, estabelecendo Sua morada em nossa história. Habitou, também, os recantos mais obscuros do coração dos homens e das mulheres de seu tempo. Frequentou nossas dores e curou nossas enfermidades; experimentou e sentiu nossas limitações físicas e temporais.

Pelo fato de que o Verbo se fez carne e habitou entre nós, tornou-se possível o que João atesta em seguida: “E vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (v. 14). Jesus revelou a glória de Deus em sua pessoa, em suas obras e em suas palavras. Testemunhas oculares viram a Jesus “com poder e grande glória”. Porém não aquela gló-ria de Deus, diante da qual até os anjos ao redor do trono escondem o rosto, mas uma glória cheia de graça e ver-dade. Jesus é a glória refletida de Deus, e nEle podemos ver a “glória como do unigênito filho do Pai”.16

Frequentemente, em nossa ânsia de provar que Jesus era completamente Deus, tendemos a nos esquecer do fato de que Ele também era completamente homem. Em Jesus vemos a Deus vivendo a vida tal como Deus a teria vivido se tivesse sido um homem. Embora não pudésse-

15 CARSON, D.A. O comentário de João. São Paulo: Shedd Publicações, 2007, p. 127,128.16 A expressão “unigênito” é a tentativa de reproduzir da maneira mais literal pos-sível o termo grego monogenous. O sentido mais próximo dessa expressão seria “único no seu modo de ser”.

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mos dizer nada mais sobre Jesus, poderíamos afirmar que ele nos mostra como Deus teria vivido esta vida que nós temos que viver.17

Deus se fez homem. O Senhor dos senhores se fez servo. Aquele que é santo se fez pecado por nós e o que é exaltado acima dos querubins assumiu o nosso lugar, como nosso fiador. Ele se fez maldição por nós e sorveu sozinho o cálice amargo da ira de Deus, morrendo morte de cruz, para nos dar a vida eterna.

Jesus veio nos revelar de forma eloquente o amor de Deus. Não foi sua encarnação que predispôs Deus a nos amar, mas foi o amor de Deus que abriu o caminho da encarnação. A encarnação do verbo não é a causa da graça de Deus, mas seu glorioso resultado. Jesus veio ao mundo não para mudar o coração de Deus, mas para reve-lar-nos seu infinito e eterno amor.

1. Por que João usa a palavra “Verbo” para descrever Jesus? Como isso explica a preexistência de Jesus antes de seu nascimento? (vv. 1,2)

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2. Segundo João, qual foi o papel do Logos na Criação? (v. 3)

17 BARCLAY, William. Op. cit., p. 384.

UMA PALAVRA FINAL

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

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3. Quais são os conceitos chave de “vida” e “luz” no Evan-gelho de João? (v. 4)

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4. João afirma que as trevas não podem prevalecer con-tra a luz. Qual é a relação dessa figura de linguagem com Jesus? (vv. 5, 9)

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5. Por que Jesus foi rejeitado pelo seu próprio povo? Cite alguns exemplos nos quais esta rejeição aconteceu de forma declarada. (vv. 10,11)

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6. Qual é a bênção para aqueles que recebem e creem em Jesus? (vv. 12,13)

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7. Como o apóstolo João resume a encarnação gloriosa da Palavra? (v. 14)

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C O N T A T O S M I S S I O N Á R I O S

Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Mc 16:15

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