europa do século xix
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Resumo de matéria do oitavo ano, terceiro bimestre.TRANSCRIPT
Natania NogueiraNatania Nogueira
Professora de HistóriaProfessora de História
Leopoldina - MGLeopoldina - MG
Após o período napoleônico e o Congresso de Viena
(1815), os Estados da Península Itálica ficaram sob forte influência do Império Austro-Húngaro e da Igreja Católica.
A Península estava dividida em 7 Estados: Reino do Piemonte-Sardenha, Parma, Modena, Toscana, Reino Lombardo-Veneziano, Reino das Duas Sicílias e Estados Pontifícios.
A unificação era um projeto antigo. Desde 1830 grupos como os Carbonários, os Republicanos (liderados por Mazzini e Garibaldi) e os Monarquistas (liderados por Camilo Benso) já lutavam por uma Itália unida.
Unificação da Itália
Camilo Cavour Giuseppe Garibaldi
A Itália foi um dos últimos países
europeus a fazer sua unificação, em 1870.
Sua unificação foi liderada pelo Estado Italiano mais desenvolvido: o Piemonte-Sardenha.
Destacaram-se dois líderes; Giusepe Garibaldi e Camilo Benso Cavour.
A Igreja Católica resistiu à unificação Em 1871, Vítor Emanuel ofereceu ao papa
as leis de garantia, mas Pio IX considerou-se prisioneiro no Vaticano e recusou qualquer conciliação. A questão romana só se resolveu em 1929 pelo Tratado de Latrão entre Mussolini e Pio XI, que criou o Estado do Vaticano.
Tratado de Latrão - 1929
Para que ocorre a unificação foi
necessário:1 – O desenvolvimento econômico e
social no reino da Prússia (norte da Alemanha);
2 – A existência de uma união aduaneira entre os estados (Zollverein);
3 – A liderança de Otto von Bismarck
A Unificação da Alemanha
Bismarck achava que a unidade alemã deveria ser obtida pela força, através de uma luta contra a Áustria. Por isso, organizou militarmente o Reino da Prússia.
Com aprovação apenas da Câmara dos Nobres, Bismarck passou a governar despoticamente e transformou o exército em instrumento da unificação alemã.
Bismarck usou a guerra contra a França - que se opunha a unificação – como forma de unir todos os reinos germânicos contra um inimigo comum.
Bismarck utiliza uma questão simples de sucessão de trono para provocar a França e forçá-la a declarar guerra à Prússia.
O exército alemão era mais numeroso e bem treinado.
A França foi obrigada a ceder as regiões da Alsácia e Lorena e ainda se comprometia a pagar indenização de 5 bilhões de francos.
A unificação da Alemanha se completava. Ocorreu uma ruptura do equilíbrio europeu: no
prazo de algumas décadas, a Alemanha iria se transformar na primeira potência econômica e militar da Europa.
Com o avanço da industrialização houve um
grande crescimento das cidades; Famílias inteiras abandonaram o campo em
busca de trabalho e novas oportunidades na cidade;
Como consequência houve um aumento da pobreza, agravamento da desigualdade social e um processo irregular de urbanização.
A sociedade industrial do século XIX e o surgimento da classe
média
Foto da fábrica da Lever Brothers – século XIX
Com o crescimento desenfreado das cidades
veio o agravamento dos problemas sanitários e urbanísticos;
Os operário vivem em casas e cortiços próximos às fábricas, praticamente sem infraestrutura e sujeitos à poluição despejada no ar pelas chaminés das indústrias.
Moradia de operários
Inglaterra – século XIX
A burguesia passa a ditar as regras; A sociedade burguesa baseia-se no trabalho,
considerado a única forma de se conquistar o enriquecimento;
A Classe Média (pequena burguesia) acredita no investimento na educação;
Meritocracia: aqueles que tem capacidade de vencer obstáculos irão conquistar a prosperidade econômica e ascender socialmente.
O século XIX marca um importante momento
de organização feminina em busca de direitos sociais e políticos;
As mulheres passam a ocupar mais postos de trabalho;
A mulher de classe média deseja emancipação e busca pela representação através do voto (movimento sufragista).
As mulheres buscam seu lugar na sociedade
Movimento sufragista
No Brasil o movimento sufragista ganhou força
no início do século XX; Uma das líderes deste movimento foi a
leopoldinense Jerônima Mesquita, fundadora do Conselho Nacional da Mulheres;
Em reconhecimento por sua luta pela igualdades de direitos políticos entre homens e mulheres, o dia de seu nascimento, 30 de abril, passou a ser considerado dia Nacional da Mulher.
Jerônima Mesquita
Socialistas Utópicos: pensadores que, durante o
século XIX, tentaram refletir sobre os problemas causados pelas sociedades capitalistas em desenvolvimento.
Esses pensadores buscavam racionalismo a saída para as contradições geradas no interior do pensamento capitalista. No entanto, não faziam uma crítica radical ao capitalismo, pois ainda defendiam a manutenção de suas práticas mais elementares.
Os seus principais representantes são Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier.
O Socialismo Utópico
Industriário britânico Robert Owen (1771 – 1858) acreditava que o caráter humano era fruto das condições do local em que ele se formava.
Por isso, defendeu que a adoção de práticas sociais que primassem pela felicidade, harmonia e cooperação poderiam superar os problemas causados pela economia capitalista.
Charles Fourier (1772 – 1837) criticou ferrenhamente a sociedade burguesa. Em seus escritos, defendeu uma sociedade sustentada por ações cooperativas. Nelas, o talento e o prazer individual possibilitariam uma sociedade mais próspera.
A sociedade burguesa, marcada pela repetição e a especialidade do trabalho operário, estava contra este tipo de sociedade ideal. Além disso, Fourier era favorável ao fim das distinções que diferenciavam os papéis assumidos entre homens e mulheres.
Sem almejar a distinção ou a disputa, as famílias de trabalhadores viveriam nos falanstérios, edifícios abrigados por 1800 pessoas vivendo em plena alegria e cooperação.
Saint-Simon (1760 – 1825), acreditava que uma sociedade dividia-se entre os produtores e ociosos. Por isso, defendeu outra sociedade onde a oposição entre operários e industriais deveria ser reconfigurada.
Para isso, ele pregava a manutenção dos privilégios e do lucro dos industriais, desde que os mesmos assumissem os impactos sociais causados pela prosperidade.
Dessa forma, ele acreditava que no cumprimento da sua responsabilidade social, o industriário poderia equilibrar os interesses sociais.
O socialismo científico iniciou-se no século
XIX, por Karl Marx e Friedrich Engels, o qual foi chamado de socialismo marxista.
Rompeu com os socialistas "Utópicos", porque não apresentava na prática como combater o capitalismo, mas reconheceram a importância e aproveitaram a análise crítica da realidade política e econômica de toda a história das sociedades e do capitalismo.
O socialismo científico
Karl Marx (1818-1883) filósofo
alemão, foi o pensador socialista de maior influência sobre o pensamento filosófico e social da humanidade, embora fora ignorado pelos estudiosos acadêmicos, que não acreditaram em sua tese.
Ele acreditava que só uma revolução
internacional para por fim a burguesia e o capitalismo e implantar o comunismo, então foi expulso de Paris.
Sua maior obra foi editada e 1867 "O capital", onde expressara os principais conceitos do marxismo a teoria do valor, da mais- valia e do acumulo de capital.
Karl Marx Friedrich EngelsFriedrich Engels
Anarquismo pode ser definido como uma doutrina que
defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação (política, econômica, social e religiosa).
Em resumo, os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável.
O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado.
Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.
O Anarquismo
O movimento anarquista surgiu na
metade do século XIX. Podemos dizer que um
dos principais idealizadores do anarquismo foi o
teórico Pierre-Joseph Proudhon, que
escreveu a obra "Que é a propriedade?"
(1840).