euroregião galiza norte de portugal

Upload: masterbite

Post on 02-Mar-2018

222 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    1/222

    As Eurorrexins e o Futuro de Europa:

    O Modelo da Eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    As Euro-Regies e o Futuro da Europa:

    O Modelo da Euro-Regio Galiza-Norte de Portugal

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    2/222

    ISBN 972-9071-44-6

    2004 Luis Domnguez Castro, Nuno Venade, Rui Azevedo,

    J. Andrs Faina, Jess Lpez-Rodrguez, Margarida Proena,Manuel Carlos Silva, Antnio Cardoso.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    3/222

    Eixo Atlantico do Noroeste Peninsular

    COMISIN EXECUTIVA COMISSO EXECUTIVA

    RU RIO

    Presidente / Pdte. Cmara Municipal de Porto

    JOS SNCHEZ BUGALLOVicepresidente / Alcalde de Santiago

    CORINA PORROVocal / Alcaldesa de Vigo

    ANTONIO MAGALHESVogal / Pdte. Cmara Municipal de Guimares

    MANUEL J. CABEZAS ENRIQUEZVocal / Alcalde de Ourense

    MANUEL DO NASCEMENTO MARTINSVogal / Pdte. Cmara Municipal de Vila Real

    SERVICIOS TCNICOS SERVIOS TCNICOS

    XOAN MAOSecretario Xeral / Secretario geral

    AMAYA GARCACoordinadora Galicia (Espaa)

    CLAUDIA RANGELCoordenadora Rogio Norte (Portugal)

    MARA JOS GONZLEZAdministrao

    CLAUDIA ANTUNESAdministrao

    Calle Bolivia, 436203 VIGO

    Tel. 0034 986 480 616Fax. 0034 482 022

    Av. Inferior PonteD. Lus 1, 55

    5050 074 PORTOTel. 00351 222 019 937/8

    Fax. 00351 222 019 939

    Avenue Milcamps, 1051030 BRUXELLES

    Tel. 0032 27 355 440Fax. 0032 27 354 678

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    4/222

    Nota de abertura.......................................................................................1

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: Histria e reencontro.Luis Domnguez Castro..............................................................................3

    Galiza-Norte de Portugal: a euroregio necessria.Nuno Venade............................................................................................53

    As regies do norte de Portugal e da Galiza: Enquadramentono contexto comunitrio e perfis de evoluo.Rui Azevedo ..............................................................................................89

    La euroregin Galicia-Norte Portugal: Estrategias y posiblidadesde desarrollo desde la poltica regional de la Unin Europea.

    J. Andrs Faa Y Jess Lpez-Rodrguez..............................................115

    O impacto dos fundos estruturais e de coeso na perspectiva do

    alargamento da U.E.Margarida Proena ................................................................................155

    Assimetrias e dependncias no desenvolvimento: A regio doMinho no noroeste peninsular.

    Manuel Carlos Silva E Antnio Cardoso...............................................183

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    5/222

    -1-

    NOTA DE ABERTURA

    A Galiza e o Norte de Portugal partilham uma realidadehistrica, cultural, geogrfica e, mesmo, econmica comum. Masconstituem tambm uma realidade histrica, poltica e admi-nistrativa profundamente diferente e, em muitas ocasies, mesmooposta e divorciada. O processo de integrao europeia, no seusentido mais amplo, assenta na necessidade de forjar identidadeseuropeias que contribuam para superar os seculares enfrenta-mentos, os confrontos e as fronteiras do velho Continenteeuropeu, respeitando no entanto as realidades consolidadas queso os Estados-nao que o compe.

    A cooperao transfronteiria, com o impulso decisivo dasinstituies europeias, constitui uma das bases mais importantespara poder alcanar o objectivo de uma Europa unida. H j maisde uma dcada que a Galiza e o Norte de Portugal deram corpo sprimeiras instituies de cooperao transfronteiria entre Espanhae Portugal. Hoje, podemos afirmar com orgulho que se trata noapenas da mais antiga experincia de cooperao transfronteiria,

    mas tambm a mais slida de todas as que existem actualmente.O objectivo deste livro fazer uma anlise da trajectria

    da Comunidade de Trabalho Galiza Norte de Portugal e do EixoAtlntico a partir de uma perspectiva pluridisciplinar histrica,

    tomando as potencialidades endgenas das terras e das gentes doNoroeste peninsular como factores decisivos de transformao.Esperamos que estas pginas sirvam para animar um debate sobre

    as vantagens que teriamos se nos assumissemos como uma

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    6/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -2-

    verdadeira Euro-regio, concebida como instrumento de inte-grao e no como elemento de diviso ou confronto.

    Estes trabalhos demonstram que os esforos para construirinstituies de cooperao no foram em vo. A Galiza e o Nortede Portugal so hoje muito mais prsperos que h vinte anos atrse as possibilidades para melhorar no futuro imediato dependem,fundamental-mente, de ns prprios. Aproximam-se, no entanto,tempos difceis com o alargamento da Unio Europeia aos pasesdo centro e leste da Europa. Este alargamento, embora legtimo enecessrio, vai certamente implicar sacrifcios e actos de solida-

    riedade da parte de todos ns. Mas constitui tambm um desafiopleno de oportunidades que devemos saber aproveitar.

    A Europa do futuro constri-se a partir de actos decooperao regional e transnacional concretos ou ento no seconstroi.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    7/222

    -3-

    EUROPA E A FRONTEIRA LUSO-GALAICA:HISTRIA E REENCONTRO

    Luis Domnguez Castro

    Profesor Jean Monnet Universidade de Vigo

    O proceso de construccin europea que arrinca, despoisda Segunda Guerra Mundial, no Congreso de Europa de 1948,ten na eliminacin das fronteiras interiores un dos obxectivoscompartidos tanto polos defensores das teses unionistas comopolos partidarios das ideas federalistas1. Ben certo que os

    primeiros s apostaban pola desaparicin das fronteiraseconmicas, mentres que os segundos queran, tamn, a fin dasfronteiras polticas. Todos os europestas, mis al dos modelos deconstruccin europea que defenderan ou das ideoloxas queprofesaran, eran conscientes que manter a paz, o obxectivoprimeiro e irrenunciable da unidade europea, pasaba pordesactivar os conflictos fronteirizos.

    O mtodo funcionalista que, finalmente, guiou o proceso

    comunitario apostou por converter aos Estados nos actorespolticos fundamentais da construccin europea. As experienciasde preguerra (Coudenhove-Kalergi, Briand, etc...) deixaron moiclaro que non era posible alcanzar a unidade europea sen osEstados e moito menos contra eles. Non obstante, as realidadessubestatais, dicir, os poderes rexionais e locais sempre conside-

    1Hoxe en da son moitas as obras de historia da construccin europea que existen

    no mercado, en varias linguas, non obstante cremos que a da profesora M-T.Bitsch (1998) a mis completa.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    8/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -4-

    raron, ao longo do proceso, que tamn a eles lles corresponda unprotagonismo claro na construccin europea2. Nomeadamente

    naqueles territorios onde este proceso se perciba como unhaoportunidade poltica de reestructuracin dos marcos polticos eadministrativos dos vellos Estados-Nacin europeos3. Xa, moitoantes, en 1913, naca a Unin Internacional das AutoridadesLocais, unha organizacin que fundou, en 1951, o Consello deConcellos e Rexins de Europa (Caciagli, 2003: 77). Comezaba,as, o camio organizado dos poderes locais e das rexins europeaspor facerse valer e participar activamente na unidade europea.

    Os primeiros pasos da cooperacin transfronteiriza en Europa

    Unha das frmulas pioneiras de activismo rexional enEuropa, como non poda ser doutro xeito, tivo na cooperacinentre rexins vecias de diferentes Estados o seu referente,nomeadamente naqueles mis afectados polos dous conflictosblicos fratricidas que sacudiron a Europa na primeira metade dosculo XX.

    En efecto, en 1963, nace a Regio Basilensis en torno acidade industrial suza de Basilea e comprendendo territorios deSuza, Francia e Alemaa, tratbase de crear unha organizacin de

    2A perda do orgullo nacional unha constante na Europa da posguerra, sobretodo nos pases que mis directamente a sufriron no continente. As unhaenquisa, feita en 1981, amosa uns resultados clarificadores: fronte o 79% denorteamericanos que afirman sentirse moi orgullosos da sa nacin, a mediaeuropea s acada un 38%. Nos puntos extremos teriamos a Holanda (19%), RFA

    (21%), Blxica (27%), e Francia (33%) por unha banda e a Espaa (49%), GranBretaa (55%) e Irlanda (67%) pola outra (Schulze, 1997: 262).3No caso concreto de Galiza, nunha data tan tempern como 1947, A. Castelao(1996: 433) remataba o Libro Cuarto do que sera Sempre en Galiza, expoendoos seguintes principios polticos bsicos de relacins exteriores: a) Autonomaintegral de Galiza para federarse cos demais pobos de Hespaa; b) Repblica FederalHespaola para confederarse con Portugal; c) Confederacin Ibrica para ingresar naUnin Europea; d) Estados Unidos de Europa para constitur a Unin Mundial.Neste posicionamento de Castelao ecoan os debates que daquela se estaban aproducir en Europa en torno ao mellor modelo de unidade europea, apostando

    por unha frmula de federalismo universalista na que, outro galego de nacin, S.de Madariaga (1977), afondar, con propostas moi persoais, en 1955.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    9/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -5-

    cooperacin para elaborar estudios conxuntos relativos aodesenvolvemento rexional, s infraestructuras de transporte e

    comunicacin e de fomento de accins culturais comns, como acreacin da Orquestra de Xvens, convencidos de que estascuestins, tan importantes para a convivencia pacfica e aprosperidade destas terras limtrofes, non podan deixarse s aocoidado dos respectivos Estados centrais (Briner, H.J., 1970: 73).

    A consolidacin da Regio, desde 1991 Conferencia Tripartita doAlto Rin, fixo que estas experiencias se foran estendendo seguindoo curso do Rin, polas terras da remota Lotarinxia e, sobre todo,que, en 1971, se constitura, impulsada por ela, a Asociacin deRexins Fronteirizas Europeas (ARFE), durante a PrimeiraConferencia de Rexins Fronteirizas Europeas, organizada poloConsello de Europa. A sede da ARFE estableceuse na cidadealemana de Gronau, marcndose como obxectivo, amn dorecoecemento do feito rexional, colaborar en temas como a axudaen caso de accidentes e catstrofes, a contaminacin, a cultura, aeconoma das augas e a ordenacin do territorio (Petschen, 1992:220). No seo da ARFE conviven tanto entidades rexionais como

    municipais e a sa rea de influencia estendeuse cara as fronteirasdo Leste alemn, os Alpes, os Perineos e a pennsula ibrica,impulsando o nacemento, ao seu paso, de organizacins particu-lares de cooperacin transfronteiriza4. Galiza foi a primeiraComunidade Autnoma espaola en afiliarse a ARFE, en 1986.

    Pero, sen dbida a organizacin interrexional misimportante de Europa a Conferencia de Rexins Perifricas eMartimas (CRPM), fundada en 1973, tendo por sede a cidade

    francesa de Rennes, co obxectivo de lograr un desenvolvementoequilibrado e policntrico do territorio europeo. Actualmente estintegrada por 146 rexins de 25 pases. O activismo da CRPMorintase cara dous obxectivos fundamentais. En primeiro lugar,

    4 Entre as organizacins interrexionais de cooperacin transfronteiriza miscoecidas relacionadas co impulso dado pola creacin da ARFE, estaran as tresalpinas, Asociacin de Rexins dos Alpes Centrais (ARGE ALP, 1972), aAsociacin dos Alpes Orientais (ALPE ADRIA, 1978) e a Comunidade de

    Traballo das Rexins dos Alpes Occidentais (COTRAO, 1982). Tamn sepodera inclur a Comunidade de Traballo dos Perineos (1983).

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    10/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -6-

    traballar por conseguir que as rexins tean un recoecementocomo suxeitos activos no proceso de construccin europea, as, na

    sa reunin de Trieste en 1984, decidiuse crear, xunto con outrasorganizacins, o Consello de Rexins de Europa, formalmenteconstitudo en 1985 e desde 1987 coecido como Asemblea deRexins de Europa (ARE)5. En segundo lugar, para cumprir co seucometido especfico de defensa do desenvolvemento policntrico, aCRPM vai creando, no seu seo, ate sete comisins representativasdas distintas reas xeogrficas: Mediterrneo, Mar do Norte,Bltico, Balcns, Mar Negro, Bltico, Illas e o Arco Atlntico(Caciagli, 2003: 69-70).

    Para a cooperacin entre Galiza e o Norte de Portugal amis importante destas comisins da CRPM o Arco Atlntico,fundado en Faro o 13 de outubro de 1989, como unha iniciativado exministro gaullista O. Guichard, sazn Presidente da rexinfrancesa de Pays-de-Loire, integrando a 26 rexins europeas dafachada occidental. O Arco Atlntico nace ao mesmo tempo quese est a constatar por parte de R. Brunet e o GIP-RECLUS, aexistencia dun eixe europeo, desde Miln a Londres, que

    concentra a maior parte dos recursos e dos intercambios, achamada banana azul, feito que incrementa a perificidade de reaseuropeas como as que se integran no Arco Atlntico (Brouard,1996: 71). En consecuencia, unha das sas primordiais finalidadesser a achega de fondos comunitarios que permitan converxer coscentros econmicos europeos ou, cando menos, diminan aperificidade das rexins da rea. Noutras palabras, actuar como unlobby en Bruxelas ser unha prioridade. Non obstante, ese non

    5 A ARE tivo un evidente protagonismo nos anos anteriores a elaboracin doTratado de Maastricht como lobby de presin para que as rexins tiveran unhainstitucin comunitaria que as representara, cousa que se logra coa creacin doComit das Rexins. Hoxe a ARE conta con 250 rexins de 26 pases e con 12organizacins interrexionais europeas: ARFE, CRPM, ARGE ALP, ALPEADRIA, COTRAO, Comunidade de Traballo dos Perineos, Comunidade deTraballo do Xura, Comunidade de Traballo Galiza Norte de Portugal,Comunidade de Traballo dos Pases do Danubio, Comunidade de Traballo dasRexins Europeas de Tradicin Industrial (RETI), Asemblea de Rexins

    Europeas Vitivincolas, Asemblea de Rexins Europeas Frutcolas, Legumnicas eHortcolas (Castro Ruano, 2003: 79).

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    11/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -7-

    ser o seu nico obxectivo, crear unha masa crtica de cooperacinentre as sociedades civs dos seus territorios figura tamn como

    unha das sas prioridades. As, en 1993 celebrronse, en Santiagode Compostela, os Primeiros Encontros Patronais do ArcoAtlntico para ir tecendo redes de relacins empresariais quefomenten un desenvolvemento equilibrado6.

    Polo que fai ao seu funcionamento interno, o ArcoAtlntico vai seguir un modelo bastante estendido neste tipo deorganizacins interrexionais europeas. Os gastos de sede e opersoal administrativo acostuman a correr pola conta,

    fundamentalmente, das entidades que exercen a Presidencia. As oSecretariado da organizacin estivo sufragado pola rexin de Pays-de-Loire ate 1994. Nese ano pasou a ocupar a Presidencia oPresidente da rexin francesa de Poitou-Charentes, J.P. Raffarin ea organizacin pasou a ter tres sedes, un Secretariado Tcnico enRennes, sede da CRPM; un Secretariado Poltico en Poitiers,capital de Poitou-Charentes; unha terceira legacin en Bruxelas,na sede da Fundacin Galiza-Europa. En lxica consecuencia aComunidade Autnoma de Galiza, a travs do seu Presidente

    Manuel Fraga Iribarne, presidiu a Comisin Arco Atlntico daCRPM entre 1997 e 20027. A captacin de fondos comunitariospor parte do Arco Atlntico ten sido bastante interesante8a travs

    6Nas conclusins desta reunin sinalouse que estes Primeiros Encontros Patronaisen Galiza acaban cun balance positivo. A va do dilogo e dos primeiros intercambiosindustriais de diferentes rexins do Atlntico queda hoxe aberta. Cmpre, de agora enadiante, reforzar este novo concepto de relacins ao redor das instancias do ArcoAtlntico, concretar este desenvolvemento econmico interrexional estimulando novos

    proxectos industriais innovadores e ambiciosos que crearn os empregos de ma. Aidea novidosa, Arco Atlntico de Desenvolvemento (AAD) traballando pola sapromocin. A palabra tena agora os actores, os propios empresarios... (Brouard,1996: 83).7En realidade Fraga debera suceder a Guichard, en 1994, pero a insistencia deRaffarin, que era tamn europarlamentario e bo conseguidor de fondoscomunitarios, levou a un pacto. Modificronse os estatutos para que puidesehaber dous Presidentes consecutivos da mesma nacionalidade, Raffarin foi elixidoPresidente e Fraga converteuse en Presidente do Grupo Atlntico e do GrupoCRPM no Comit das Rexins, antes de suceder ao propio Raffarin (Brouard,

    1996: 86).8O propio Secretariado do Arco Atlntico ten afirmado que foi gracias ao artigo

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    12/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -8-

    de varios Programas de Iniciativas Comunitarias (PIC), deprogramas RECITE, do programa especfico Atlantis e dos

    INTERREG. De feito o Arco Atlntico foi considerado un dosespacios elixibles da iniciativa comunitaria INTERREG III-B(2000-2006) para o financiamento de proxectos de cooperacinentre as sas rexins.

    As bases xurdicas e econmicas da cooperacin transfronteiriza

    A primeira institucin europesta en apostar polacooperacin transfronteiriza e interrexional foi o Consello deEuropa, fundado en Londres en 1949. Como paso previo aestablecer criterios de colaboracin transfronteiriza foi precisoasentar o concepto de rexin como parte integrante do proceso deconstruccin europea9. Nese sentido resultou clave a iniciativa doConsello de Europa de crear, en 1957, a Conferencia Europea dePoderes Locais, como foro de dilogo dos representantes dasentidades locais dos pases membros. En 1975, a Conferencia

    10 do FEDER como o Arco Atlntico se puido organizar (Brouard, 1996: 81).9 Non sempre se entende o mesmo cando se est a falar de rexin, de feitoadoitase dar ese nome a realidades tan dispares como os Lnder alemns ouaustracos, as Comunidades Autnoma espaolas, os Cantns suzos ou as rexinsadministrativas portuguesas. No marco comunitario en que nos movemos nopresente traballo, non corresponde disertar sobre os diferentes conceptos derexin acuados por distintos politlogos, mais quizais convea lembrar asdefinicins aportadas por institucins relacionadas co proceso de construccineuropea. As, o Consello de Europa na sa resolucin 67 (1970) descrbea comocomunidade humana asentada sobre un territorio e caracterizada por unha

    homoxeneidade de orde histrico, cultural, xeogrfico e econmico, que dota poboacin dunha cohesin na consecucin de obxectivos e de intereses comns. Polasa banda, o Parlamento Europeo, na sa Carta Comunitaria da Rexionalizacin,de 1988, aclara que aos efectos da presente Carta entndese por rexin un territorioque forma, desde o punto de vista xeogrfico, unha entidade neta ou un conxuntosimilar de territorios, nos que existe continuidade e nos que a poboacin pose certoselementos comns e desexa preservar a especificidade resultante e desenvolvela coa finde estimular o progreso cultural, social e econmico. Por ltimo, a Asemblea deRexins de Europa considera, no artigo 3.2 dos seus Estatutos que o termo rexinengloba s colectividades territoriais no nivel inmediatamente inferior do Estado

    central, e que contan cunha representacin poltica exercida por unha Asemblearexional electa.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    13/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -9-

    perfilou mellor o seu sentido pasando a denominarse Conferenciade Poderes Locais e Rexionais de Europa, para, a partires de 1994,

    pasar a denominarse Congreso de Poderes Locais e Rexionais condas cmaras, unha para os poderes locais e outra para os rexionais(Rojo Salgado, 1996: 85). O documento mis importante sado daConferencia foi a chamada Declaracin de Bordeos sobre os

    problemas da rexionalizacin, en 1978, que, entre outras cousas,indica, no seu terceiro punto: O dereito de cada europeo a saRexin un dos elementos do seu dereito diferencia. Oporse a esedereito sera oporse identidade do home europeo e en definitiva, damesma Europa.

    Con anterioridade, en 1964, a Asemblea Xeral doConsello encargralle Conferencia examinar a oportunidade e,no seu caso, as modalidades de cooperacin...entre colectividades locaisdos diferentes estados membros (directiva n 227). Este encargoconverteuse no Convenio-marco europeo sobre cooperacintransfronteiriza das colectividades ou autoridades territoriaisde 21 demaio de 1980. Este Convenio entrou en vigor despois de sereratificado por catro estados, Noruega, Suecia, Dinamarca e R.F. de

    Alemaa, en 1981 (Petschen, 1992: 123). Portugal ratificou oConvenio-marco en xaneiro de 1989, mentres que Espaa fara opropio en agosto de 1990. Ser ao aveiro deste Convenio-marcoque se asinen Tratados e Acordos internacionais de cooperacintransfronteiriza entre varios pases europeos. O primeiro sera ochamado Convenio BENELUX de 1986, que entrou en vigor en1991. Na pennsula ibrica, Espaa e Francia subscribiron oTratado de Baiona, en 1995, e Portugal e Espaa, en 2002, a

    Convencin de Valencia (Venade, 2003: 13).O labor do Consello de Europa como forxador de

    instrumentos xurdicos que soporten a cooperacin transfron-teiriza continuou, en 1985, coa Carta Europea da AutonomaLocal, que Portugal vai ratificar en outubro de 1990, e quecontempla a posibilidade de que entidades locais poidan asinaracordos coas sas homlogas doutros pases europeos10. En 1992

    10

    Esta reivindicacin concorda co expresado na Declaracin sobre o rexionalismoen Europa, aprobada polos Estados Xerais da ARE en 1996. Nese documento

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    14/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -10-

    aprbase a Carta das Linguas Rexionais ou Minoritarias (Petschen,2003: 29).

    Se as bases xurdicas da cooperacin transfronteirizadescansan en resolucins do Consello de Europa, o impulsodefinitivo, os incentivos selectivos que mobilizan aos actoresrexionais para levar adiante unha accin colectiva de cooperacin,drono as Comunidades Europeas. Como ben coecido apoltica rexional non figuraba entre as consideradas como polticascomns nos Tratado de Roma (TCEE) de 1957, se ben estabaprevista a constitucin dun Fondo Social Europeo (FSE) para as

    rexins menos desenvolvidas. Non ser ate a primeira ampliacincomunitaria, en 1973, que xurda a necesidade e a conveniencia decontar cunha poltica rexional e de crear, para eso, un fondo que adote de recursos11. As nacer, en 1975, o Fondo Europeo deDesenvolvemento Rexional (FEDER) coa intencin de axudar aocrecemento das rexins europeas menos desenvolvidas ou quearrastraran serios problemas econmicos derivados dos procesos dereconversin e declive industrial. Non obstante, ate a ConferenciaIntergobernamental (CIG) para a elaboracin do Tratado da Acta

    nica non se pode falar, realmente, dunha forte preocupacinrexional por parte das autoridades comunitarias, sobre todo desdea chegada Presidencia da Comisin Europea de J. Delors. Enefecto, a Acta nica, amn de dispor todo o necesario para acadaro Mercado nico, a 31 de decembro de 1992, consolidou o

    demndase que as rexins poidan celebrar Tratados, Acordos e protocolos deintencins internacionais, condicionados aprobacin do goberno central, sempre que

    a lexislacin estatal llelo esixa. As rexins promovern a cooperacin entre si, bilateralou multilateralmente tanto dentro do Estado como mis al das propias fronteiras,coa fin de realizar proxectos comns. As rexins tern dereito a establecerrepresentacins propias... en terceiros Estados e diante das organizacinsinternacionais...participarn nas actividades internacionais do seu Estado segundo osmecanismos xurdicos internos establecidos ao efecto e sempre que afecten as sascompetencias lexislativas ou intereses esenciais...11 Situar na primeira ampliacin o nacemento da poltica rexional comunitarianon quere dicir que as Comunidades non tiveran preocupacin polo feitorexional con anterioridade. Sirva de exemplo a Nota sobre a poltica rexional da

    Comunidade/CECA, CEE, CEEA, publicada pola Comisin Europea onde sepropua un Plan Global de Poltica Rexional (Rojo Salgado, 2002: 87).

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    15/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -11-

    concepto, bsico para a construccin europea, da cohesineconmica e social entre todos os territorios da UE, levemente

    insinuado nos Tratados de Roma. A proposta de J. Delors,apareceu, en 1988, o Consello Consultivo de Entes Rexionais eLocais, predecesor do futuro Comit de Rexins12, institudo noTratado de Maastricht, con este rgano consultivo, ao que perceptivo solicitar dictame sobre as iniciativas de cooperacintransfronteiriza, quedaba institucionalizada a presencia das rexinsna Unin Europea, se ben dun xeito anda insuficiente paramoitos defensores do neorexionalismo europeo que desexaran queo Comit das Rexins non fora un rgano consultivo senn unha

    institucin comunitaria.Non obstante, o principal motor que vai impulsar a

    cooperacin transfronteiriza en Europa non vai ser o Comit dasRexins. Sern os fondos estructurais13. Para poder rexionalizar asaplicacins destes fondos, a Comisin Europea, a travs deEurostat, elaborou unha divisin tcnica do espacio rexionaleuropeo en Nomenclature of Units for Territorial Statistics(NUTS),con tres niveis diferentes en funcin do grao de desenvolvemento

    e, xa que logo, con preferencia ou non para recibir fondosestructurais. A Rexin Norte de Portugal e a Comunidade

    Autnoma de Galiza estn integradas nas NUTS II, e dentro delasaparecen as subdivisins en NUTS III seguintes:

    12 O Comit das Rexins, a pesares do seu nome, non unha institucinexclusivamente de entidades rexionais. Cada Estado, en funcin do seu propioproceso de rexionalizacin interna, decide inclur, ou non, a membros de

    entidades locais na sa representacin. As, Blxica o nico que s tenrepresentantes rexionais, pola contra Dinamarca, Grecia, Suecia, Finlandia,Irlanda, Luxemburgo, Pases Baixos e Reino Unido non teen ningn. Portugalenva a 2 representantes rexionais entre os 12 que lle corresponden. Espaa 17dos seus 21.13Despois da reforma de 1988, os fondos estructurais estn conformados poloFondo Europeo de Desenvolvemento Rexional (FEDER), Fondo Social Europeo(FSE), Fondo Europeo de Orientacin e Garanta Agrcola-Orientacin(FEOGA-O) e polo Instrumento de Financiamento e Orientacin Pesqueira(IFOP). O Tratado da Unin Europea (1993) creou os Fondos de Cohesin para

    aqueles pases que non acadaran o 90% da media do PIB comunitaria, porentn, Espaa, Irlanda, Portugal e Grecia.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    16/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -12-

    DIVISIN EN NUTS DE GALIZA E REXIN NORTE

    NUTS II NUTS III

    NORTE

    Alto Trs-os-MontesAve

    CvadoDouro

    Entre Douro e VougaGrande PortoMinho-Lima

    Tmega

    GALIZA

    A Corua

    LugoOurense

    Pontevedra

    Para que os recursos subministrados a partires de fondoscomunitarios tean o maior grao de efectividade e eficacia, asautoridades comunitarias estableceron, en 1988, catro principiosrectores na xestin dos mesmos:

    Cooperacin, co obxectivo de fomentar unha relacinmis estreita entre a Comisin Europea e asactividades de mbito local e rexional dos pasesmembros onde se leven a cabo as intervencins.

    Adicin, tentando garantir os investimentos de cadapas membro nos seus programas rexionais, aos que osfondos europeos complementan pero nunca

    substiten. Plurianualidade, en virtude do que se procura un

    escenario temporal coherente coas accins necesarias

    Concentracin, actuando sobre un nmero limitadode obxectivos, considerados preferentes pola ComisinEuropea.

    Por outra parte, a distribucin do territorio comuni-

    tario en NUTS fixo posible establecer Obxectivos

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    17/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -13-

    vinculados a determinadas caractersticas comns edestinatarios preferentes dos fondos estructurais. As,

    apareceron seis obxectivos dos que tres intersannosespecialmente a Galiza e Norte de Portugal:

    Rexins Obxectivo 1: incle a todas as rexins cunPIB per cpita inferior ao 75% da media comunitaria,as partidas destinadas a este obxectivo deben servirpara fomentar o desenvolvemento e o axuste estruc-tural das rexins menos desenvolvidas.

    Rexins Obxectivo 2: as aplicacins, neste caso, dest-nanse a reconverter as rexins fronteirizas ou partes derexins gravemente afectadas polo declive industrial.

    Rexins Obxectivo 5b: partidas dirixidas a facilitar odesenvolvemento e mais o axuste estructural nas zonasrurais.

    Posteriormente, en 1999, unha nova reforma dos fondosestructurais deixou en tres os obxectivos: o obxectivo 1 segue

    tendo as mesmas caractersticas pero agora recibe o 70% do totaldo financiamento estructural; o obxectivo 2 segue contando coasrexins en declive industrial e incorpora s de predominio rural,resrvanse para este obxectivo o 11% dos fondos, destes o 5% paraas zonas rurais; por ltimo, o obxectivo 3 destnase a proxectosrelacionados coa educacin, a formacin e o emprego, cunfinanciamento do 12.3% total (Pardellas, 2003: 166).

    Ao mesmo tempo, dentro dos Programas de Iniciativas

    Comunitarias (PIC), que ate 1999 reciban o 9% dofinanciamento estructural e desde entn o 5.3%, a Comisinlanzou o Programa INTERREG co obxectivo de favorecer acooperacin transfronteiriza e axudar s reas perifricas, nestasituacin, a superar os problemas derivados do seu relativoillamento respecto aos centros europeos de actividade e decisineconmica, os beneficiarios foron tanto rexins comunitariascomo extracomunitarias que foran lindeiras coa UE. En realidade,xa en 1987/88 se abriu a primeira lia orzamentaria propia para a

    cooperacin transfronteiriza dentro dos orzamentos das Comuni-

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    18/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -14-

    dades Europeas. Sen embargo, non ate a aprobacin doINTERREG I, para o quinquenio 1989-1993, e, sobre todo, do

    INTERREG II, para o quinquenio 1994-1999, cando vai haberunhas cantidades de dieiro suficientes para levar a cabo accinsimportantes con cargo a esta iniciativa. O programa INTERREGIII abarca o septenio 2000-2006 e destina o 94% do seuorzamento a accins transfronteirizas. Pero quizais o misimportante, de cara creacin de organizacins de cooperacintrasnfronteiriza, sexa que o INTERREG cede a xestin das accinsaprobadas a estas organizacins. No noso caso Comunidade deTraballo Galiza-Norte de Portugal. Basta con botar unha ollada as

    datas de creacin e consolidacin das organizacins interrexionaiseuropeas para comprobar ate que punto son debedoras dosprogramas INTERREG.

    Outras PIC que tiveron importancia no noso territorioforon o programa LEADER, destinado a procura doaproveitamento dos recursos endxenos das reas rurais,fomentando o intercambio de experiencias e mais a cooperacintransnacional. O programa RECITE un proxecto piloto para as

    rexins e as cidades europeas que fomentou a creacin deinfraestructuras e a cooperacin e intercambio de experienciasentre os poderes locais europeos. O programa URBAN destinadoa financiar proxectos de revitalizacin econmica e social nascidades e nas periferias urbanas deprimidas14.

    As organizacins de cooperacin transfronteiriza

    Os nomes cos que se coecen este tipo organizacins tanvariado como os seus obxectivos e a sa estructura institucional, sea teen: Consello15, Asociacin de Cidades16, Conferencia17,

    14En 1999, dentro do paquete coecido como Axenda 2000, as trece IniciativasComunitarias existentes quedaron reducidas a catro: INTERREG, LEADER,EQUAL e URBAN (Pardellas, 2003: 167)15Un nome bastante utilizado nos pases nrdicos, sirva de exemplo o Consellode Kvarken entre terras de Suecia e Finlandia, pero tamn en Centroeuropa,

    como o Consello do Lemn, no que se integran os departamentos franceses delAin e da Alta Saboia e os cantns suzos de Xenebra, de Valais e Vaud.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    19/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -15-

    Comisin18, mesmo existen organiza-cins de rexins que nonteen ningunha fronteira nin pasado histrico comn19. Non

    obstante, os nomes mis estendidos, a hora de falar de cooperacintransfronteiriza, son os de Eurorrexin e Comunidade de Traballo.Anda que a mesma denominacin pode responder a realidadesmoi diferentes, a efectos expositivos poderiamos sinalar algunhascaractersticas xerais de cada unha destas organizacins.

    Unha Eurorrexin ten carcter permanente, identidadepropia, separada da dos seus membros, conta con recursosadministrativos, tcnicos e financeiros propios e pose capacidade

    interna para a toma de decisins, as veces mesmo ten unhaasemblea parlamentaria20. Os seus obxectivos son asesorar, asistir ecoordinar a cooperacin transfronteiriza, en particular nas reas dedesenvolvemento econmico; turismo e ocio; transporte e trfico;desenvolvemento agrcola; desenvolvemento rexional; innovacine transferencia de tecnoloxa, proteccin do medio; cooperacinsocial; escolas e educacin; cultura e deportes; servicios deemerxencia e prevencin de desastres; sade pblica; enerxa;comunicacins; eliminacin de residuos e seguridade pblica. A

    sa base xurdica pode descansar nas normativas nacionais

    16Existen varias en Europa, a mis prxima a ns sera a chamada C-6, integradapor catro cidades espaolas (Barcelona, Palma de Mallorca, Zaragoza e Valencia)e das francesas (Montpellier e Toulouse).17 Dentro desta denominacin estara a Conferencia de Rexins da DiagonalContinental Europea, tamn coecida como a Cordial, formada por das rexinsportuguesas (Alentejo e Centro), espaolas (Aragn e Estremadura) e francesas(Limousin e Midi-Pyrnes).18Tal sera o caso da Comisin Interregional para os Transportes na Cunca doMediterrneo (CITRAME) que ten sede propia na cidade de Barcelona19 O exemplo mis requintado sera a Comunidade dos Catro Motores paraEuropa, que rene a catro das rexins mis ricas: Catalua (Espaa), Lombarda(Italia), Baden-Wurtemberg (Alemaa) e Rdano-Alpes (Francia). Un estudiomonogrfico moi completo desta organizacin atpase en Kukawka (1996).20As acontece, por exemplo, na Euroregio, fundada en 1966 por entidades locaisde Holanda e Alemaa, que funda, en 1978, un Consello Parlamentario, omesmo ocorre en 1987 cando se crea un Consello Parlamentario na Eurorrexin

    Saar-LorLux que tamn incle o Lnder de Renania-Palatinado e a provinciabelga do Luxemburgo.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    20/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -16-

    respectivas do dereito privado, o mis normal, ou do dereitopblico.

    A maiora das Eurorrexins estn situadas nas fronteirasde Alemaa (ate 18 teen a entidades locais ou rexionais deste pasentre os seus membros) o que reforza o seu papel superador defronteiras disputadas no pasado, quizais a Eurorrexin Sarre-LorLux, fundada en 1989, integrada polo Sarre alemn, a Lorenafrancesa e o Estado de Luxemburgo, sexa o exemplo paradig-mtico. A mis antiga naceu en 1966 e leva o significativo nomede EUROREGIO reunindo, na actualidade, en torno a un cento

    de concellos holandeses e alemns. Hoxe en da existen eurorre-xins en reas tan diferentes como os Perineos, onde existe aEurorrexin Transpirenaica, desde 1991, integrada por Catalua edas rexins francesas, Perineos Medios e Languedoc-Roselln; oua zona setentrional do continente, onde nese mesmo ano nace aEurorrexin do Norte coas tres rexins belgas (Flandres, Valonia eBruxelas), a francesa de Nord-Pas-de-Calais e o condado ingls deKent. Nas eurorrexins podemos atopar, como socios integrantesdas mesmas, concellos, asociacins de concellos, rexins, Estados,

    cmaras industriais ou de comercio, etc...Unha Comunidade de Traballo ten carcter permanente,

    pero acostuma a non ter identidade propia senn que se mantn ados seus membros, tampouco posen competencias separadas dasdos seus compoentes nin recursos financeiros e humanos propiose raramente gozan de autonoma decisoria respecto aos seusintegrantes. Son, fundamentalmente, estructuras centradas enactividades de planificacin estratxica.

    Se, como acabamos de ver, as eurorrexins tiveron a saorixe s beiras do Rin, foron os picos alpinos os que viron nacer asprimeiras Comunidades de Traballo. As, en 1972 fndase aComunidade de Traballo dos Alpes Centrais (ARGE ALP), paradar paso despois, en 1978 a Comunidade de Traballo dos AlpesOrientais (ALPE ADRIA), a ltima das alpinas sera, en 1982, aComunidade de Traballo das Rexins dos Alpes Occidentais

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    21/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -17-

    (COTRAO)21. Do mesmo xeito que nas eurorrexins, a seguintezona europea en ver agromar estas organizacins foron os Perineos,

    al, en 1983, crase a Comunidade de Traballo dos Perineos(CTP)22. A fronteira hispano-lusa veu nacer a Comunidade deTraballo Galiza-Norte de Portugal (CT G-NP), en 1991, aComunidade de Traballo Castela e Len-Centro de Portugal, en1995, a Comunidade de Traballo Norte-Castela e Len, en 2000,os Grupos de Iniciativas Transfrontei-rizas (GIT) entreEstremadura e o Alentejo, comezados en 199223e entre Centro eEstremadura, comezados en 1994, e a Comunidade de Traballo

    Andaluca-Algarve, en 1995.

    Os encontros para a cooperacin transfronteiriza entre Galiza e aRexin Norte

    Situada no seu contexto europeo e comunitario, podemosabordar, agora, o estudio concreto da cooperacin transfronteirizaentre a Comunidade Autnoma de Galiza e a Rexin Norte dePortugal. Das rexins europeas, membros de dous Estados

    vedraos con mltiples puntos de encontro que facilitan acooperacin e algunhas dificultades que a lastran.

    21 A ARGE ALP incle Lnder alemns de Baden-Wurtemberg e Baviera, osaustracos de Salzburgo, Tirol e Voralberg, as provincias italianas do Alto Adigioe do Trentino, as como a rexin da Lombarda; a ALPE ADRIA est formadapor o Lnder alemn de Baviera, os austracos de Burgenland, Carintia, AltaAustria, Salzburgo e Estiria, os comitats hngaros de Baranya, Gyr-Sopron,

    Somogy, Vas e Zala, as rexins italianas de Friule-Venecia Xulia, Lombarda,Trentino-Alto Adigio e Venecia, o cantn suzo de Tessin e as Repblicas deEslovenia e Croacia; a COTRAO, as rexins francesas de Pronvenza-Alpes-CostaAzul e Rdano-Alpes, as italianas de Liguria, Piamonte, Val de Aosta e os cantnssuzos de Xenebra, Valais e Vaud (Balme, 1996: 26). Hai un punto decoincidencia en todas elas. Deciden cooperar territorios que ao longo dos cenanos anteriores foron permanente foco de conflicto, mesmo blico, entre Franciae Italia, entre Italia e Austria ou entre a antiga Iugoslavia e Italia.22 Integrada polas Comunidades Autnomas espaolas de Aragn, Catalua,Navarra e Euskadi, polas rexins francesas de Aquitania, Midi-Pyrnes eLanguedoc-Rousillon e polo Estado do Principado de Andorra.23Un estudio monogrfico sobre esta cooperacin pode verse en Covas (1995).

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    22/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -18-

    O principal punto de encontro resulta ser, sen ningunhadbida, a lingua, ou quizais mellor das linguas. O idioma

    portugus, como idioma de Estado que , tivo a conseguintedepuracin lxica e, sobre todo, unha fixacin ortogrfica.Estendeuse polo mundo lusfono, consagrando o seu mbito coacordo normativo luso-brasilero de 1986. Converteuse en linguaoficial, que non de traballo, da UE. O idioma galego, tivo moitosmis atrancos na sa evolucin, converteuse en grafo desde osculo XV, confinado oralidade popular, repudiado polo podercivil, social, econmico e eclesistico que adoptaron o castelncomo lingua de prestixio. Cando, no sculo XIX, o Rexurdimento

    literario reivindique ao galego como lingua de cultura, a falta denorma ortogrfica resultou sere un atranco de dimensinsconsiderables para a sa normalizacin. O franquismo supuxo paraa lingua galega o retroceso aos sculos escuros da agrafa, agravadoanda mis, se cabe, co paralelo proceso de urbanizacin quedeixou atrs o predominio da Galiza rural monolinge. Tralarecuperacin das liberdades democrticas e a consecucin dacooficialidade do galego e o casteln, no Estatuto de Autonoma

    de 1981, desatouse a polmica pola norma ortogrfica que se debaseguir. As, apareceron das correntes principais, os reintegra-cionistas defensores de coller como propia a grafa portuguesa, e oInstituto da Lingua Galega (ILGA), defensor de manter unhagrafa diferenciada, pero mis prxima ao casteln pola forza dasinterferencias de uso que a historia da lingua fora creando. O 3 dexullo de 1982 a Real Academia Galega (RAG) e o ILGAaprobaron unha normativa que a Xunta de Galiza decretou comooficial, sen que os reintegracionistas a recoecesen. O galego que

    a lingua oficial da administracin autonmica e das universidadesgalegas, paradoxalmente perde falantes a esgalla entre as cohortesmis novas. A disputa ortogrfica non a culpable desta evolucin,pero non lle fai ningn favor ao idioma, disputa que pode estar apunto de ser superada despois da aprobacin, o 12 de xullo de2003, por parte da RAG dunha normativa de concordia queintenta achegar un acordo de mnimos, aceptando algunha dasaproximacins ao portugus. Se o entendemento oral das das

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    23/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -19-

    linguas practicamente completo, esta aproximacin na grafa vaifacilitar, mis se cabe, a cooperacin transfronteiriza.

    O segundo punto de encontro est na paisaxe, ou melloranda, nos ecosistemas comns. O relevo e a paisaxe axudan a facermis difusa a fronteira entre Galiza e o Norte de Portugal. Enefecto, o principal accidente xeogrfico da raia, o ro Mio, nuncaimpediu os intercambios de xentes e mercadoras. Na raia seca asserras son pouco abruptas e ate os vales de direccin meridiana,como o do Tmega, facilitan o trnsito. Pero o exemplo misrequintado da comun de espacios o autntico parque

    internacional que forman o Parque Nacional de Peneda-Gres e oParque Natural Baixa Limia-Serra do Xurs24. Un relevo de rochasgranticas con evidentes pegadas de accin glaciar. Uns fortescontrastes orogrficos entre as altitudes dos vales, que baixan ate os140 metros, e das serras, sempre por riba dos 1.000 metros. Unhavexetacin dominada polo bosque caducifolio de carballeiras ebidueiros, con perennes acevos e sobreiras. Unha fauna seoreadapor lobos, corzos, lontras, raposos, xabars e variadas especies deaves, rptiles e anfibios. Unha presencia humana que se remonta s

    culturas megalticas segundo testemuan os restos arqueolxicosatopados en varios xacementos dos parques e que contina hoxecon importantes manifestacins de arquitecturas populares(Campillo Ruiz&Mndez Martnez, 1999: 127-128,130-132).

    O terceiro punto de encontro estara conformado por unshbitos culturais compartidos. Unha forma de vivir a relixiosidadesimilar, mesmo con prcticas e devocins comns, como a romarada Virxe da Peneda, a primeiros de setembro, a que acudan xentes

    dos dous lados da raia, ou a presencia da Virxe de Ftima enmoitsimas parroquias galegas logo da peregrinacin desta novaadvocacin mariana por toda Galiza en 1955. Unha forma deorganizar o territorio. Un territorio, en ambos os dous casos ate os

    24O Parque internacional est formado polo Parque Nacional de Peneda-Gres,creado en 1971, sobre 70.290 Has dos concellos de Arcos de Valdevez,Montealegre, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Melgao, da banda portuguesa,

    e polo Parque Natural Baixa Limia-Serra do Xurs, creado en 1993, sobre 20.920Has dos concellos de Entrimo, Lobios e Muos, da banda galega.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    24/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -20-

    ltimos decenios, de espacios cun forte predominio das actividadesagrarias, cunha agricultura baseada nas pequenas explotacins

    familiares encamiadas a unha economa de subsistencia eautoconsumo, poren o policultivo de cereais panificables, patacas,legumes e hortalizas resultaba obrigado. S as reas vitcolas dunhae doutra parte se saan algo desta norma, cunha presencia maior deintercambios comerciais mis al das vilas rectoras. A parroquia,ou freguesa, era o ncleo relacional bsico, onde se forxaban asidentidades colectivas e se afirmaban os sentimentos de pertenza.

    A vila, coa feira semanal, quincenal ou mensual, actuaba centro douniverso campesio. Moitos homes e case que todas as mulleres

    non precisaban superar eses horizontes ao longo de toda a saexistencia. Os comportamentos culturais das xentes, nestescontextos tan prximos pola xeografa, a paisaxe e a economatamn ofrecen moitos puntos en comn, como non poda serdoutro xeito. As, as elevadas densidades de poboacin e a extremaparcelacin das pequenas explotacins agrarias, levou a prcticasde control da poboacin semellantes, parecidas, por outra parte, sdoutras rexins europeas das mesmas caractersticas: retardo da

    idade do matrimonio (ags conxunturas moi favorables coma aintroduccin do millo no sculo XVII), celibato, alta taxa deilexitimidade e emigracin. Neste ltimo aspecto, os emigrantesretornados tamn van coincidir a un e outro lado da raia na sapreferencia por instalarse, non na aldea de orixe senn para unhacidade (A Corua, Vigo, Ourense, Porto, Braga, Vila Real) oupara a vila que exerce como reitora do entorno rural. No que fai sremesas materiais da emigracin, o dieiro fundamentalmente, osinvestimentos tamn seguen camios paralelos, nos tempos da

    emigracin americana eran as terras e as vivendas rurais os bensmis prezados, nos tempos da emigracin europea as vivendasurbanas ou vilegas recollen o testemuo (Lois Gonzlez, 2002:203-204). En ltimo termo a existencia de fronteira creou tamnun tipo humano caracterstico a estes territorios en todas partes, ocontrabandista25.

    25 O tema do contrabando na raia deu lugar a unhas interesantes xornadas co

    ttulo Autarqua e contrabando na sociedade da posguerra, baixo o patrocinio daFundacin Vicente Risco, nas que participaron os mellores especialistas na

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    25/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -21-

    O cuarto punto de encontro, pero non por eso menosimportante, ben dado polo pasado histrico comn. A chegada

    dos romanos a este finisterre europeo serviu para dotar aos pobosque habitaban estas terras dunha entidade administrativaconxunta, a provincia da Gallaecia, dunha mnima rede urbana entorno a capital provincial, Braga, as outras capitais de conventos,Lugo e Astorga, os municipios de segundo nivel, Chaves, ACorua, Caldas, Porto e outras civitas e vicus, conectada por unhaserie de calzadas que supuxeron a primeira articulacin doterritorio. A Igrexa, a cada do Imperio Romano, mantivo aunidade coa sede metropolitana de Braga e as sas sufragneas e os

    Concilios Provinciais, dentro da Gallaecia sueva e visigoda(Fbregas Valcarce et al., 1999). A irrupcin musulmana e areorganizacin do territorio levou separacin poltica, Condadode Portugal e Condado de Galiza, e relixiosa, metropolitanas deBraga e Santiago de Compostela e a creacin dunha fronteira quecomezada no sculo XII non se delimitou plenamente ate 1864(Garca Ma, 1988: 131-137).

    As dificultades para a cooperacin transfronteiriza entre Galiza e aRexin Norte

    En toda Europa as diferencias na organizacinadministrativa dos poderes rexionais e locais a ambos os lados dasfronteiras, constiten un dos atrancos mis significativos para acooperacin transfronteiriza ao carecer de interlocutores hom-logos claros. O territorio da Eurorrexin Galiza-Norte de Portugalnon unha excepcin. Mentres Galiza un pas conformadocomo Comunidade Autnoma con goberno propio e Parlamentocon capacidade lexislativa, o Norte de Portugal integra unharexin administrativa que conta como elemento institucionalcomn unha Comisso de Coordenao e DesenvolvimentoRegional-Norte (CCDR-N) que, desde 2003, substite a anteriorComisso de Coordenao Regional (CCR-N), sen capacidade

    materia. Para unha aproximacin ao tema poden verse as obras de SouteloVzquez (2001) e Godinho (1995).

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    26/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -22-

    lexislativa e sen autogoberno, mais cun importante poder deactuacin gracias xestin de fondos comunitarios e ao papel de

    control e asesora tcnica dos poderes locais no relativo aodesenvolvemento rexional.

    No que fai administracin local as diferencias tamnresultan notorias, comezando polo feito de que, no pas vecio, asrexins administrativas formaran parte do poder local. EnPortugal os concellos son moito menos numerosos que en Galiza.En efecto, a Rexin Norte est formada por un total de 86concellos repartidos en 8 NUTS III.

    MAPA DE MUNICIPIOS DA REXINNORTE DE PORTUGAL

    NUTS III MUNICIPIOS FREGUESIASMINHO-LIMA 10 290

    CVADO 6 265AVE 8 240

    GRANDE PORTO 9 130TMEGA 15 323

    ENTRE DOURO EVOUGA 5 80

    DOURO 19 301ALTO TRAS-OS-

    MONTES 14 395

    TOTAL 86 2.024

    Este mapa permtenos facer unha primeira aproximacin deinterese. A Rexin Norte que representa o 23,1% do territorio

    portugus e no que viven en torno ao 35% dos seus habitantes,conta co 28% dos concellos e co 48% das freguesias de Portugal.Mentres no caso dos concellos a proporcin est moi clara unpouco por riba da superficie territorial, nas freguesias adesproporcin resulta moi clara. Hai razns histricas paraxustificar este resultado. claro que as freguesias comoinstitucins poltico-administrativas nacen, en 1836, desde asparroquias catlicas e nese sentido, a maior antigidade dapresencia cristi no Norte do pas, explicara o maior nmero decircunscricins eclesisticas, este mesmo motivo aparece cando

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    27/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -23-

    observamos como os catro municipios con mis fregesias sonBarcelos, Guimares, Braga e Vila Verde, todos eles no distrito da

    sede metrpolitana; en segundo lugar, hai razns de ordenacin doterritorio xa apuntadas anteriormente e agora demostradas, enefecto, o poboamento mis disperso do Norte reflctese no maiornmero de freguesias; por ltimo, hai razns antropolxicas quefan que as freguesias do norte rexistren un forte compoente deautoidentificacin por parte dos cidadns que as conforman,mesmo por riba dos concellos26.

    As freguesias, verdadeira singularidade da organizacin do poder

    local portugus en relacin co espaol, teen dous rganos de goberno: aJunta de Freguesia, rgano executivo, e a Assembleia de Freguesia, rganodeliberante27. As freguesias contan con orzamentos e persoal de seu e teencompetencias propias no relacionado co seu patrimonio e delegadas poloseu municipio en materia de ordenamento do territorio e urbanismo, ascomo na xestin de servicios municipais. Mais cmpre non esaxerar aimportancia actual destas administracins locais en tanto en canto son asdecisins das Cmaras Municipais, moito mis que as das Juntas, as queinciden no vivir coti dos cidadns28.

    En efecto, o municipio portugus conta, constitu-cionalmente (art. 250) con dous rganos, a Assembleia Municipal

    26 Nunha enquisa realizada por Marques (1999: 258-267) os portugueses doNorte consideran como espacios identitarios bsicos: a cidade (20,9%), a aldea(18.7%), a rexin (15,1%), a freguesia (12,9%) e o concello (7,9%); mentres osgalegos consideran como espacios identitarios bsicos: o barrio (21,3%), aComunidade Autnoma (20,2%), a parroquia (19,1%), e a aldea (12,4%).27

    A Assembleia de freguesa elixida por sufraxio universal directo dos censadosnesa circunscripcin, naqueles casos nos que non se alcance os 200 electores, aAssembleia substituda polo Plenrio dos cidados eleitores. O cidadn queestivo a fronte da lista mis votada, convrtese no Presidente da Junta deFreguesia e tamn en membro da Assembleia Municipal. A Junta de Freguesiaconta cun nmero variable, en funcin dos censados, de vocais (Lei n 5-A/2002de 11 de xaneiro).28 Na enquisa de Marques (1999: 266), realizada nos distritos de Braga e VilaReal, fronte a mis do 90% de coecemento do nome do Presidente da CmaraMunicipal, pouco mis do 63% coeca o nome do seu Presidente de Freguesia.

    Para unha aproximacin ao poder local e ao xeito de actuar dos autarquas moiinteresante o traballo de Ruivo (1993).

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    28/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -24-

    e a Cmara Municipal. A Assembleia est formada polospresidentes das Juntas de Freguesia e por membros electos polo

    colexio electoral respectivo, en nmero igual ao de aqueles misun29. As sas principais competencias son: fiscalizar a actividade daCmara e dos servizos municipalizados, para o que debe receberinformacin precisa do Presidente da Cmara en cada sesinordinaria, podendo votar mocins de censura CmaraMunicipal30; aprobar, a proposta da Cmara os orzamentos e astaxas municipais, a creacin de empresas pblicas e servizosmunicipais, o planeamento urbano e a participacin do municipioen asociacins e federacins con outras institucins pblicas,

    privadas ou cooperativas.A Cmara Municipal est formada polo seu Presidente,

    que sempre ser o primeiro candidato da lista mis votada, e unnmero variable de Vereadores. Porto ten doce, os municipios queteen 100.000 ou mis electores dez, entre 50.000 e 100.000 oito,entre 10.000 e 50.000 seis, 10.000 ou menos catro31. O Presidentenomea un Vicepresidente entre os Vereadores. O Presidente e osVereadores con dedicacin exclusiva (a tempo enteiro) poden

    contar cun gabinete de apoio persoal. O Presidente da Cmaragoza dunhas amplias competencias de goberno que se podenincrementar coa delegacin de moitas das que pertencen cmara.

    A diferencia do caso espaol, a constitucin portuguesa establece aparticipacin dos municipios nos ingresos derivados dos impostosdirectos (art. 254)32.

    Pola sa banda en Galiza atopmonos cun parcelamentomoito mis acentuado do poder local, ate o punto de que o

    29Art. 42 da Lei n 5-A/2002 de 11 de xaneiro.30Punto I do art. 53 da Lei n 5-A/2002 de 11 de xaneiro.31Art. 57 da Lei n 5-A/2002 de 11 de xaneiro.32 Recentemente o marco do poder local portugus viuse completado coaaprobacin da Lei n 10/2003 de 13 de maio que establece o rxime de creacin,o cadro de atribucins e competencias das reas metropolitanas e ofuncionamento dos seus rganos e a da Lei n 11/2003 de 13 de maio queestablece o rxime de creacin, o cadro de atribucins e competencias das

    comunidades intermunicipais de dereito pblico e o funcionamento dos seusrganos.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    29/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -25-

    nmero de concellos galegos supera ao conxunto dos existentes enterritorio portugus. Por outra parte, a parroquia galega a pesares

    da sa importancia histrica, vida a menos, non conta con ningntipo de recoecemento legal institucional, e tan s 9 delas, baixo acategora de Entidades Locais Menores, gozan dunha mnimacapacidade de xestin autnoma. Por riba dos concellos aparecencomo institucins fundamentais do poder local, especialmente no mbitorural, as Deputacins Provinciais.

    MAPA DOS PODERES LOCAIS EN GALIZA

    PROVINCIA DEPUTACINS CONCELLOS PARROQUIAS COMARCASA CORUA 1 94 939 18

    LUGO 1 67 1.273 13OURENSE 1 92 917 12

    PONTEVEDRA 1 62 670 10TOTAL 4 315 3.799 53

    Os concellos galegos teen un nmero de concellais que

    oscila entre os 7 dos concellos que non acadan os 1.001 habitantese os 27 das das cidades mis poboadas, Vigo e A Corua. OAlcalde elixido polos concellais de entre eles por maioraabsoluta, se ningn concellal fora quen de obtela, daquela proclamado Alcalde quen encabezou a lista mis votada. Aestructura organizativa do concello est presidida polo Alcalde, osTenentes de Alcalde (nomeados discrecionalmente polo Alcalde), aComisin de Goberno (tamn nomeada discrecionalmente polo

    Alcalde) e o Pleno, integrado polo Alcalde e todos os concellais. Ascompetencias dos concellos abranguen case todos os aspectos dovivir coti dos seus habitantes: educacin, cultura, ocio, sade,seguridade, trfico, planeamento, licencias, impostos..., obrigato-riamente os concellos de mis de 5.000 habitantes teen quedispor dunha biblioteca pblica, os de mis de 20.000 de serviciossociais e proteccin civil, os de mis de 50.000 dun servicio detransporte colectivo urbano33

    33Art. 26 da Lei 7/1985 de bases do rxime local.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    30/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -26-

    As deputacins provinciais, conformadas definitivamentedesde 1834, teen a sa lexitimacin poltica na necesidade de

    garantir os principios de solidariedade e equilibrio intermunicipal,mediante os correspondentes plans provinciais, asegurando aprestacin integral e axeitada, na totalidade do territorioprovincial, dos servicios de competencia municipal34, gracias a samaior capacidade financeira. Os deputados provinciais, queoscilan entre os 25 de Ourense e Lugo e os 31 de A Corua, sonelixidos mediante sufraxio universal indirecto por un colexio deelectores en funcin dos votos que cada partido ou agrupacin deelectores tivese nas ltimas eleccins locais. O esquema

    organizativo das deputacins segue o modelo dos concellos, cunPresidente, varios Vicepresidentes (segundo criterio do Presi-dente), Comisin de Goberno e Pleno.

    Se xa adiantabamos o espectacular nmero de concellos,en relacin cos existentes en Portugal, o mesmo cabe dicir dasparroquias, 3.799 galegas fronte a 4.257 freguesias en todoPortugal. Unha vez mis a especial caracterstica do poboamentogalego, hexemonizado pola dispersin e o espallamento, aprovei-

    tando cada recuncho de val, que a orografa adversa ofrece, explicaese impresionante nmero de parroquias que se mantn moiestable no tempo, de feito, nos ltimos cen anos, a penas seincrementou en 30 o seu nmero total.

    Con todo, como xa se comentou, a principal diferenciaentre Galiza e o Norte de Portugal estriba na ausencia derecoecemento administrativo da parroquia no caso galego. Osgaleguistas de preguerra foron os grandes defensores da necesidade

    do seu recoecemento xurdico porque, como dica Castelao, osadros das igrexas son os verdadeiros concellos de Galiza. O actualEstatuto de Autonoma (1981) recolle, entre as competenciasexclusivas da Comunidade, a da organizacin e rxime xurdicodas comarcas e parroquias rurais como entidades locais propias deGaliza (Art. 27.2), e contempla, dentro do seu Ttulo Terceiro,relativo Administracin Pblica Galega, a capacidade para facerunha lei para recoecer personalidade xurdica parroquia rural

    34Art. 31 da Lei 7/1985 de bases do rxime local.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    31/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -27-

    (Art. 40.3). Non obstante pouco se ten avanzado desde 1981, xaque s contamos coa Lei 7/96 de desenvolvemento comarcal,

    completada co Decreto 65/97 que aprobou o Mapa comarcal deGaliza, pero esta nova categora administrativa, nacida coobxectivo de servir a unha mellor planificacin do territorio quedinamice a economa e a sociedade galegas, non conta conpersonalidade xurdica e carece de competencias.

    A Comunidade de Traballo Galiza-Norte de Portugal(CT G-NP)

    O nacemento da primeira organizacin de cooperacintransfronteiriza, en 1991, resulta inseparable de das circuns-tancias histricas relativamente prximas no tempo e de evolucinparalela en Espaa e Portugal: a sada das dictaduras ibricas e oproceso de consolidacin democrtica, en primeiro lugar, e aintegracin europea que supn a incorporacin ao Consello deEuropa e, mis tarde, s Comunidades Europeas.

    En efecto, a Rexin Norte ten entidade administrativa

    desde 1979, coa constitucin da Comisso de CoordenaoRegional Norte (CCR-N), e a Comunidade Autnoma tenentidade poltica desde a aprobacin do seu Estatuto de

    Autonoma, en 1980, e posterior celebracin das primeiraseleccins ao Parlamento, en 1981, que elixiu ao Presidente da

    Xunta de Galiza, goberno propio galego. CCR-N e Xunta deGaliza, as nacidas, sern as partes constituntes da Comunidadede Traballo. Con anterioridade, en 1977, Espaa e Portugal

    subscribiron un Tratado de Amistade e Cooperacin, que via a darcabo ao Pacto Ibricoasinado polos gobernos autoritarios en 1941 ,este novo Tratado ser un dos soportes xurdicos da Comunidadede Traballo. O outro ten a sa orixe no Consello de Europa e naConvencin-Marco europea sobre a cooperacin transfronteiriza dasautoridades e colectividades territoriais, aprobado en 1980 eratificado por Portugal e Espaa en 1989 e 1990, respectivamente.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    32/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -28-

    O proceso de construccin europea est, pois, claramente detrsdo Acordo Constitutivo asinado o 31 de outubro de 199135.

    Anos antes de asinarse este Acordo xa comezaran asaccins concertadas no seo da Conferencia das Rexins Perifricase Martimas (CRPM), rgano do que as das rexins eranmembros. A posta en marcha dos Programas de DesenvolvementoRexional (PDR), como mtodo de xestin das polticas rexionaiscomunitarias, permitiu novos exercicios de harmonizacin quetiveron a sa primeira concrecin na Memoria Conxunta depeticin de financiamento dun estudio global do Norte de

    Portugal-Galiza para intervencins especficas comunitarias,elaborada ao longo de 1986. Esta colaboracin continuou coas 1sXornadas Tcnicas de cooperacin transfronteiriza, en 1988,Xornadas que teran unha Segunda edicin, en 1990, precursoradirecta da sinatura do Acordo Constitutivo da Comunidade deTraballo na cidade de Porto.

    A CT G-NP nace evidentemente polo impulso daconstruccin europea e polos incentivos econmicos que poden

    aportar os fondos estructurais para das NUT II includas dentro doObxectivo 1. Non obstante, este non foi o nico impulso que puxoa andar a Comunidade de Traballo, s afinidades histricas,ecolxicas, lingsticas e culturais que xa foron comentadas, preciso engadir a decidida vontade das autoridades polticasparticipantes no proceso. Manuel Fraga Iribarne, poltico de

    35No seu prembulo dise: Tendo presentes os importantes cambios que vai asupoer, singularmente nas rexins fronteirizas, o Mercado nico Europeo, que

    esixir unha cooperacin mis estreita para facer fronte con xito nova situacine para permiti-lo mximo aproveitamento das oportunidades de desenvolvementosocioeconmico, cultural e turstico, nun marco de crecente interdependencia esolidariedade interrexional, as como a coordinacin e aproveitamento dasiniciativas comunitarias en tal sentido...decididos, en consecuencia, a reforzar edesenvolver as sas relacins de boa vecianza e a harmonizar criterios de accine, a tal efecto, a dotarse dun instrumento que favoreza a continuidade, acoherencia e o incremento da cooperacin transfronteiriza, coa triple finalidadede contribur ao desenvolvemento de ambas rexins, construccin de Europa e mellora da situacin das poboacins fronteirizas, coinciden na oportunidade de

    creacin dun organismo de animacin da cooperacin trasfronteiriza bilateral(Acordo constitutivo da Comunidade de Traballo Galiza-Rexin Norte de Portugal).

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    33/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -29-

    dilatada carreira comezada nas filas reformistas do rxime franquista,continuada como lder da dereita democrtica espaola e culminada

    na Presidencia da sa Comunidade Autnoma natal, aposta,decididamente, por afondar as relacins con Portugal en xeral e misparticularmente coa Rexin Norte como unha das lias forza daaccin exterior da Xunta de Galiza, pondo un prestixio e un nivel deinterlocucin diante das autoridades portuguesas que ningn outroPresidente autonmico da fronteira tia. O Enxeeiro Luis Braga daCruz, presidente da Comisso de Coordenao Regional-Norte(CCR-N) desde 1985, futuro Ministro de Economa entre 2001 e2002, foi a autoridade portuguesa que impulsou a CT G-NP, tanto

    polas sas conviccins polticas como pola sa excelente relacinpersoal con Fraga.

    Estructura orgnica da Comunidade de Traballo Galiza-Norte dePortugal

    A nova organizacin, ao abeiro do dereito privado de cadapas, non ten personalidade xurdica nin sede. Tampouco ten

    empregados propios senn que cada unha das institucinssignatarias presta os seus para executar os acordos adoptados cadadelegacin sufragar os gastos que xere a sa participacin nasreunins e nas actividades da Comunidade de Traballo (Art. 8). Osorzamentos nutriranse con cotizacins iguais para cada rexin. APresidencia durar dous anos e ser rotativa. O rgano de gobernoest formado por un Consello paritario. A xestin coti recae endous coordinadores xerais. A Comunidade de Traballo prev aexistencia de Comisins Sectoriais e Comisins ad hoc36.

    36 De feito na Disposicin Transitoria do propio Acordo Constitutivo xa semencionan as das primeiras Comisins ad hoc: En razn da excepcionaltranscendencia que a implantacin do Mercado nico Europeo vai supoer paraas rexins fronteirizas, crase unha Comisin ad-hoc sobre o Mercado nicoEuropeo e as sas implicacins para Galiza e a Rexin Norte de Portugal e,especialmente, para as sas zonas fronteirizas, cun mandato que concluir pordecisin do Consello cando o citado Mercado nico este plenamente vixente.Por razns do necesario artellamento das accins previstas no recentemente

    aprobado Programa Operativo de Desenvolvemento das Rexins fronteirizas dePortugal e Espaa (INTERREG), crase unha segunda Comisin ad-hoc, con

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    34/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -30-

    No primeiro bienio a Presidencia correspondeulle aoPresidente da Xunta de Galiza, daquela Manuel Fraga Iribarne, e

    supuxo o desenvolvemento institucional da Comunidade coacreacin de seis Comisins Sectoriais, no primeiro plenario,celebrado en Santiago de Compostela en 1992. Estas ComisinsSectoriais iniciais foron: Agricultura e Pesca; Cultura e Desenvol-vemento Local; Formacin, Ciencia e Tecnoloxa; Turismo;Medio Ambiente, Ordenacin e Recursos Naturais; e Administra-cin Rexional e Local.

    Hoxe en da a estructura interna da Comunidade de

    Traballo incle 15 Comisins: Dez Comisins Sectoriais: Agricultura, Medio

    Ambiente, Recursos Naturais e Ordenamento; Ensino,Formacin e Emprego; Investigacin Cientfica eUniversidades; Cultura, Patrimonio e Turismo;Desenvolvemento Local; Dinamizacin econmica;Pesca; Sade e Asuntos Sociais; AdministracinRexional e Local; e, por ltimo, Infraestructuras de

    Transporte. Catro Comunidades Territoriais de Cooperacin que

    agrupan institucins dos dous lados da fronteira:Cmaras Municipais ou Asociacins das mesmas dolado portugus e Concellos e Deputacins do ladogalego37. As CTC existentes son: CTC do Val doLimia38(1999), CTC do Val do Mio39(2000), CTC

    funcins de acompaamento articulado daquel Programa37Esta diferencia das estructuras parceiras cmpre pola en relacin cos recursosfinanceiros dispoibles polo poder local a un lado e outro da fronteira. As, asCmaras Municipais de Portugal contan cuns orzamentos superiores aosconcellos galegos, nomeadamente se a comparacin, como o caso, se entaboaentre municipios basicamente rurais. Por outra parte, as Deputacins Provinciais,unha figura sen paralelo do lado portugus, si posen orzamentos suficientes parapoder financiar a parte adicional que esixen os proxectos comunitarios. Agradezoa Manuel Antonio Cao, Coordinador Tcnico da Comunidade de Traballo, queme indicara este argumento.38

    Os municipios portugueses (4) integrantes desta CTC, constituda o 18 demaio de 1999 en Viana do Castelo, son: Arcos de Valdevez, Ponte da Barca,

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    35/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -31-

    do Tmega40 (2000) e a CTC do Val do Cvado41(2002).

    Unha Comisin especfica, constituda polo EixoAtlntico do Noroeste Peninsular (1992), Asociacinde Concellos que se integra na Comunidade deTraballo en 2000.

    Sen dbida o elemento mis significativo do organigramada Comunidade de Traballo constiteo o nacemento das CTC,todas elas seguindo o modelo organizativo da matriz e compar-

    tindo os seus mesmos obxectivos. Das son, a nosa maneira de ver,as achegas das CTC, por unha banda son unha proba evidente dacapilaridade que est logrando a Comunidade de Traballo, poroutra un claro exemplo de exercicio do principio comunitario desubsidariedade, ao converter a estas entidades en axentes xestoresde iniciativas comunitarias, nomeadamente do INTERREG III A.

    Ponte de Lima e Viana do Castelo; os municipios galegos (20) son: Ourense,Barbads, San Cibrao, Cartelle, A Merca, Celanova, Verea, Bande, Entrimo,

    Lobios, Muos, Calvos de Randn, Baltar, Blancos, Trasmiras, A Porqueira,Xinzo de Limia, Vilar de Santos, Rairiz de Veiga e Sandis. (Relatorio daPresidencia. 1998-2000, p. 4)39Os municipios portugueses (6) integrantes desta CTC, constituda o 12 de abrilde 2000 en Paredes de Coura, son: Caminha, Vila Nova da Cerveira, Valena,Mono, Paredes de Coura e Melgao; os municipios galegos (33) son: ACaiza, A Guarda, Arbo, As Neves, Covelo, Crecente, Mondariz, Mondarz-Balneario, O Rosal, Oia, Ponteareas, Porrio, Salceda de Caselas, Salvaterra doMio, Tomio, Tui, Arnoia, Avin, Beade, Carballeda de Avia, Castrelo, Cenlle,Cortegada, Gomesende, Leiro, Meln, Padrenda, Pontedeva, Punxn, Quintela

    de Leirado, Ramirs, Ribadavia e Ton. (Relatorio da Presidencia. 1998-2000,p. 4)40 Os municipios portugueses (6) integrantes desta CTC, constituda o 14 denovembro de 2000 en Monterrei, son: Chaves, Montealegre, Vinhais, Vila Poucade Aguiar, Boticas e Valpaos; os municipios galegos (12) son: Laza, Vilario deConso, Viana do Bolo, Cualedro, Monterrei, Vern, Castrelo do Val, Ris, AGudia, A Mezquita, Ombra e Vilardevs. (Relatorio da Presidencia. 1998-2000,p. 5)41 Os municipios portugueses (6) integrantes desta CTC, constituda o 21 deoutubro de 2002, son: Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Terras do Bouro e

    Vila Verde; os municipios galegos (5) son: Bande, Entrimo, Lobeira, Lobios eMuios. (Memoria das actividades da Presidencia 2000-2003, p. 6)

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    36/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -32-

    As mesmo, a flexibilidade para a creacin, modificacin ousupresin de Comisins Sectoriais permite unha mellor adaptacin

    as variantes condicins do entorno42

    .A entrada en vigor do Tratado entre el Reino de Espaa y

    la Repblica Portuguesa sobre cooperacin transfronteriza entreEntidades e Instancias Territoriales43, o 30 de xaneiro de 2004,posibilita que, mediante os oportunos convenios, entidades comoa CT GNP poidan crear organismos (Consorcios, Asociacins deDereito Pblico ou Empresas Intermunicipais) para desenvolverproxectos conxuntos no marco de INTERREG ou xestionar,

    conxuntamente tamn, equipamentos e servicios pblicos.

    Anlise do labor desenvolvido pola Comunidade de TraballoGaliza-Norte de Portugal

    A posta en marcha da primeira organizacin transfron-teiriza na fronteira hispano-lusa supuxo unha novidade que houboque implantar paseniamente. Pode dicirse que os dous primeirosmandatos rotatorios, entre 1992 e 1996, foron tecendo unha rede

    de relacins entre polticos, funcionarios e institucinssuficientemente densa para poder cumprir os obxectivos estra-txicos da Comunidade, ao mesmo tempo que se formaba a tramaorgnica, sobre todo no Plenario de Santiago de 1992, coacreacin das Comisins Sectoriais previstas no AcordoConstitutivo.

    A participacin nos PIC da Unin Europea forondeterminantes na constitucin da Comunidade resulta xusto que

    unha anlise do seu labor comece por eles. Polas propias datasfundacionais, o programa INTERREG I non puido ser aprovei-tado, pero non a acontecer o mesmo co INTERREG II. Lograr omaior nmero de proxectos cofinanciados pola iniciativa comuni-

    42 Ao abeiro dos programas INTERREG aparecen no organigrama daComunidade un Grupo de Anlise e Reflexin Estratxica e un ObservatorioInterreg, para planificar e facer estudios de prospectiva, nun caso, e facerseguimento dos proxectos, noutro.43Este Tratado foi asinado, na cidade de Valencia, o 3 de octubro de 2002.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    37/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -33-

    taria, convrtese nun obxectivo bsico. Desde 1996, de formaclara, a maquinaria est suficientemente engraxada para desear e

    xestionar os variados proxectos xurdidos desde as ComisinsSectoriais, centrados en aspectos como: infraestructuras detransporte e comunicacin fronteiriza con realizacins tansimblicas como as Pontes entre Arbo e Melgao e entre VilaNova de Cerveira e Goin, ou o tendido do cable de fibra pticaentre Valena e Tui; ecoloxa, con mltiples actuacins desaneamento rural e vilego e a aposta simblica polo ParqueTransfronteirizo Gers-Xures; formacin e emprego, conintercambios de escolares de ensino secundario das das rexins,

    especialmente de formacin profesional, e, sobre todo, a creacin,en Valena do Minho, dunha Oficina de Emprego Transfron-teiriza da rede EURS; cultura e turismo, cunha aposta decididapolo turismo rural e de natureza44 como unha das maiorespotencialidades da Eurorrexin de cara ao seu desenvolvementoeconmico futuro; dinamizacin econmica con das actuacinsestelares, por unha banda a creacin duns servicios estatsticospropios da Eurorrexin, gracias a colaboracin entre o Instituto

    Galego de Estatstica e o Instituto Nacional de Estatstica dePortugal con delegacin en Porto desde xullo de 1996, que seplasmaron na publicacin de Anuarios Estatsticos da Eurorrexine Atlas de Empresa, e que desde 2001 integran o ObservatorioInterrexional da Comunidade de Traballo, por outra banda acreacin dun Fondo de Capital Risco45, aprobado pola ComisinEuropea, para promover o desenvolvemento industrial e as

    44

    Froito desta colaboracin foi a edicin do primeiro Mapa Turstico Galiza-Norte de Portugal no que se indican os recursos e productos tursticos daEurorrexin, con especial fincap nos Camios de Santiago, rotas dos vios,artesana, patrimonio histrico e ambiental. As mesmo, publicouse unha Gua daRaia, centrada na zona fronteiriza do ro Mio, que recolle itinerarios temticoscon referencias a gastronoma, patrimonio, relixin, termas, cultura. (Relatorio daPresidencia. 1998-2000, p. 8).45 O Fondo constituuse, en maio de 1996, con 1.000 millns de escudos porparte da Rexin Norte e 825 millns de pesetas por parte da Xunta de Galiza, aComisin tardou case que dous anos en drllelo seu visto bo e pxose en marcha,

    en maio de 1998, xestionado por PME Capital, de parte portuguesa, e porXESGALIZA, na banda galega.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    38/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -34-

    relacins econmicas entre as das rexins e crear condicinsfavorables para que as PEMEs poidan avanzar con estratexias de

    internacionalizacin; agricultura e pesca, onde a intervencin misimportante quizais sexa o programa de saneamento gandeironunha franxa de 100 km. da fronteira entre ambas as rexins; porltimo, na rea de sanidade e asuntos sociais, o programa misdestacable, financiado como todos os precedentes poloINTERREG II, foi o de intercambios de vacacins para persoas daterceira idade, xusto a xeracin que por mor de vivir a etapa dasdictaduras ibricas mis puido interiorizar as mensaxesnacionalistas de indiferencia, cando non desprezo, polo vecio.

    Coa experiencia acugulada pola participacin noINTERREG II, desde 1999 comezouse a traballar no horizonte doINTERREG III. O Plenario da Comunidade, celebrado en Vigo,o 19 de maio de 1999, aprobou un ambicioso documento quedebera servir como referente dos futuros proxectos a inclur naIniciativa Comunitaria, foi o chamado Programa de ActuacinConxunta Galiza-Norte de Portugal. Estratexia para o perodo 2000-

    2006. Neste documento analzanse as fortalezas46, as debilidades47,

    as ameazas48 e as oportunidades49 que pode ter a Eurorrexin a

    46 Entre as fortalezas destcanse os importantes activos inmateriais (historia eidentidade cultural) nunha fronteira que a mis poboada de toda a pennsula,clara vontade institucional para colaborar e unha experiencia xa contrastada damesma, posibilidades de desenvolvemento conxunto en materia de turismo rurale da natureza, de empresas con forte proxeccin exterior, de agricultura egandera con forte valor ecolxico, dun recurso de futuro como a auga e as sasutilizacins, potencialidades dunhas infraestructuras viarias, portuarias e

    aeroportuarias moi melloradas desde a integracin na UE. (Programa deActuacin..., p. 9).47 Entre as debilidades apntase a especializacin en actividades industriais debaixa relacin capital/traballo pouco competitivas fronte s localizadas en pasescon baixos custos laborais e escasa regulacin medioambiental, escaseza derecursos humanos cualificados na alta direccin e nas novas tecnoloxas, poucoinvestimento en I+D e escasa cooperacin entre as Universidades da Eurorrexin,pouca captacin de investimento estranxeiro directo. (Programa de Actuacin...,p. 10).48Entre as ameazas incdese nas posibles consecuencias negativas da ampliacin ao

    Leste pola concorrencia e deslocalizacin de empresas e o risco de desprazamentodo centro de gravidade da Unin Europea cara ao Leste, incrementando, as, a

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    39/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -35-

    comezos do sculo XXI. O obxectivo final da cooperacininterrexional sitase en consolidar un espacio funcional de maior

    dimensin econmica, mis competitivo e con mis proxeccinexterior, para potenciar o desenvolvemento socioeconmico dasdas rexins por riba dos avances que puideran lograrse enausencia de cooperacin50. Para acadar ese obxectivo o programaestablece catro obxectivos operativos: articular o espacio conxuntoGaliza-Norte de Portugal; vertebrar o espacio transfronteirizo;valorizar a proxeccin exterior do espacio conxunto e promoveraccins e proxectos piloto en novos campos de excelencia; e, porltimo, difundir e animar os procesos de cooperacin e apoiar os

    mecanismos de xestin desta cooperacin. O primeiro destesobxectivos consoldase no Documento nico de ProgramacinInterreg III (cooperacin transfronteiriza), presentado porPortugal e Espaa Comisin Europea, no que o espacio Galiza-Norte de Portugal aparece considerado como un Subprogramarexional51. Estamos, nestes momentos, en pleno proceso depresentacin e aprobacin de proxectos52, pero xa existen boasperspectivas nun dos programas estrela, tal sera a conexin,

    mediante tren de alta velocidade, de Porto e A Corua.Pero a formulacin, obtencin e execucin de proxectos

    dos PIC europeos non o nico resultado avaliable daComunidade de Traballo. Lograr unha maior capilaridade das

    perificidade da fachada atlntica. (Programa de Actuacin..., p. 11).49 Entre as oportunidades sinlanse a consolidacin progresiva da integracinibrica, a proxeccin exterior que aportan celebracins culturais emblemticas,como Xacobeos e Capitalidades Culturais, nun territorio moi ben dotado deespacios catalogados como Patrimonios da Humanidade, inestabilidade poltica esocial en reas que puideran competir hora de atraer inversin directa de capitalestranxeiro. (Programa de Actuacin..., p. 12)50Programa de Actuacin..., p. 14.51 O programa INTERREG III A Portugal-Espaa, aprobado pola ComisinEuropea, est dividido en seis subprogramas: un de mbito nacional e cincorexionais.Memoria das actividades da Presidencia 2000-2003, p. 4.52 Na primeira convocatoria, que estivo aberta entre o 1 de xullo e o 31 deoctubro de 2002, presentronse 136 proxectos de cooperacin, aprobndose para

    inmediata posta en marcha 57. Memoria das actividades da Presidencia 2000-2003, pp. 4-5.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    40/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -36-

    institucins de cooperacin transfronteiriza e trasladar esa inercia sociedade civil son, tamn, tarefas prioritarias. No primeiro dos

    campos o ano 1999 marca un punto de inflexin importante, logodunha pequena modificacin do Acordo Constitutivo53, vaiseproceder constitucin das CTC e a integracin, o 28 de xuo de2000, do Eixo Atlntico do Noroeste Pennsular, en calidade deComisin Especfica, no seo da Comunidade. Deste xeito onmero de axentes con capacidade para xestionar programaseuropeos e iniciativas propias multiplicouse dentro da organiza-cin transfronteiriza. No segundo dos eidos referidos o acontece-mento mis significativo foi a sinatura do Protocolo de

    cooperacin co Consello Sindical Interrexional Galiza-Norte dePortugal54, celebrada en Porto, o 15 de maio de 2001. Asiniciativas propiciadas pola Comunidade para fomentar a creacinde institucins de cooperacin transfronteiriza entre organizacinsempresariais anda non se viu coroada polo xito, a pesares de

    53Engadiuse un pargrafo no artigo 3 que, entre outras cousas, di: Igualmente e

    coa finalidade de propiciar a coordinacin de iniciativas e proxectos, quedarnintegrados no Consello os representantes dos organismos que, para estreitar acooperacin transfronteiriza en asuntos da sa competencia, agrupen a entidadeslocais pblicas do mbito territorial da Comunidade de Traballo. (Acta da sesinplenaria da Comunidade de Traballo Galiza-Norte de Portugal. Vigo, 19 de maio de1999, p.2).54 O Consello Sindical Interrexional Galiza-Norte de Portugal naceu o 13 desetembro de 1995, integrado polo Sindicato Nacional de Comisins Obreiras deGaliza, a Unin Xeral de Traballadores de Galiza, a Unio Geral deTrabalhadores de Portugal e a Confederao Geral dos Trabalhadores de

    Portugal. Os seus obxectivos son a anlise e o estudio de alternativas para darresposta aos problemas econmicos, sociais e culturais comns aos traballadoresde mbalas das beiras da fronteira lusogalaica. Tamn a realizacin dun traballoen comn orientado promocin da cooperacin interrexional transfronteiriza,desenvolvendo a solidariedade entre os traballadores de mbalas das reasxeogrficas. Asemade, velar pola aplicacin e execucin das resolucins do propioConsello Sindical Interrexional e da Confederacin Europea de Sindicatos, amaisdoutros cometidos que no futuro sexan potenciados pola Confederacin Europeade Sindicatos e polas Confederacins representadas no Consello SindicalInterrexional. (Exposicin de motivos do Protocolo de cooperacin entre a

    Comunidade de Traballo Galiza-Norte de Portugal e o Consello SindicalInterrexional Galiza-Norte de Portugal,p. 1)

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    41/222

    Europa e a fronteira Luso-Galaica: hitria e reencontro

    -37-

    mltiples reunins entre axentes econmicos55e mesmo a celebra-cin dalgns congresos interrexionais56, pero serviron para

    entaboar contactos mutuos, designadamente entre a Associao deIndustriais do Minho (AIMinho) e a Confederacin de Empresa-rios de Pontevedra (CEP). Polo que fai cooperacin entre asUniversidades de ambas as das rexins a Comunidade, xunto coEixo Atlntico, apadriou a sinatura do Protocolo de creacin doCentro de Estudios Eurorrexionais (CEER), o 9 de decembro de2002.

    O Eixo Atlntico do Noroeste PennsularA altura de 1991, nos mesmos momentos nos que se

    estaba a artellar a Comunidade de Traballo, F. Gmes, Autarca dePorto, procura a posta en marcha dunha Asociacin de Cidades deGaliza e do Norte de Portugal co obxectivo explcito de formar unlobby urbano, diante das autoridades comunitarias, para lograrfinanciacin dentro dos programas do chamado Paquete Delors II,que supuxo a consolidacin da reforma dos fondos estructurais

    comezada co Paquete Delors I, en 1988. As, xa en 1991, seasinaron convenios de cooperacin entre Santiago, A Corua,Ferrol, Pontevedra, Ourense, Porto e Vigo57. O 1 de abril de 1992,en Porto, tivo lugar a constitucin formal do Eixo Atlntico coaasistencia de doce cidades58 e a presencia do Director Xeral dePoltica Rexional (DX XVI), M. Manfredi. O temor consoli-dacin da banana azul e a necesidade da cohesin econmica e

    55Comezando polo I Encontro Empresarial Galiza-Norte de Portugal, promovidopola Associao Industrial Portuense (AIP) e a Confederacin Galega deEmpresarios (CEG) e a Mostra de Actividades Empresariais e Econmicas daEurorrexin, celebrada no Europarque de Feira, en decembro de 1998.56Tal foi o caso, por exemplo, do II Congreso de rocas ornamentais, celebrado enVigo, o 19 de xuo de 1997.57Obsrvese que o nico municipio portugus implicado Porto e que todos,ags Pontevedra, tian rexedor socialista.58 Porto, Braga, Bragana, Chaves, Viana do Castelo, e Vila Real, da bandaportuguesa, e Vigo, A Corua, Santiago, Pontevedra, Ourense e Ferrol, da banda

    galega. Lugo chegara a tempo, anda, para ser cidade fundadora ao estar presentena seguinte reunin que aprobou os estatutos.

  • 7/26/2019 Euroregio Galiza Norte de Portugal

    42/222

    As eurorrexins e o futuro de Europa: O modelo da eurorrexin Galicia-Norte de Portugal

    -38-

    social est moi presente no documento fundacional59, as como arelacin directa entre a fundacin do Eixo e a posta en marcha do

    Mercado nico e a cooperacin transfronteiriza60

    . Mentres que oapoio inicial da Xunta de Galiza61e mesmo do goberno de Madridfoi explcito, non aconteceu o mesmo co goberno de Lisboa, moitomis receoso62.

    Estructura orgnica do Eixo Atlntico do Noroeste Peninsular

    Os estatutos do Eixo Atlntico foron aprobados, o 12 dexuo de 1992, en Vigo. nense trece cidades, ao abeiro do dereitoprivado de cada pas e do ideario europesta comunitario63, para lograr

    59 Apntase que cmpre evitar que se consolide unha franxa territorial entreLondres e Miln onde se concentre a riqueza e o benestar, a industria, os serviciosavanzados e a calidade de vida en detrimento da periferia, moi especialmente ospases, rexins e cidades do sur de Europa (La Voz de Galiza, 01/04/1992,p. 26).60 Dise, textualmente, En nuestra unidad reside nuestra fuerza para exigirinversiones pblicas que permitan una adecuada red de comunicaciones que haga

    viable nuestro propio Mercado nico y nuestra paticipacin en el Mercadonico Europeo. Esta voz nica nace para ayudar a nuestras regiones y a nuestrosconciudadanos y conciudadanas. Nacemos, pues, con voluntad de colaborar, decooperar, de ayudar a que Galicia y el Norte de Portugal sean tambin partcipesde la Europa prspera que todos deseamos construir (Faro de Vigo, 01/04/1992,p. 18).61 A pesares dalgn exabrupto proferido en Porto, que as noticias de prensaatriben a C. Gonzlez Prncipe, como que haba que evitar que con fondoscomunitarios se construyan carreteras donde no hay coches ou o discurso daEuropa das Cidades que no tienen nada que ver con las regiones, que son un

    invento del siglo pasado, mientras que en Europa las ciudades se pierden en lanoche de los tiempos (Faro de Vigo, 01/04/1992, p. 18).62As, o Ministro de Planeamento, Valente de Oliveira, afirmou que era malo queas rexins tivesen acceso directo a Bruxelas e manifestou a sa desconformidadecoas unins que excedan os poderes nacionais (O Pblico, 02/04/1992, p. 8).63 O artigo 1 reza as: O Eixo Atlntico determina un espacio rexionalinterestatal cunha filosofa que segue as orientacins da Comunidade Europea,fund