evangelho segundo tomé - (estudo do evangelho apócrifo de tomé) - joaquim de aruanda e...
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Evangelho segundo Tom Pgina 3
Coleo Estudos Espiritualistas Assim, quando o corpo mortal se vestir com o que imortal e quando o que
morre se vestir com o que no pode morrer, ento acontecer o que as Escrituras
Sagradas dizem: a morte est destruda; a vitria total
(Paulo Carta aos Corntios 1 Captulo 15 versculo 54).
Evangelho segundo Tom
(Estudo do Evangelho apcrifo de Tom)
Este livro contm textos de palestras espirituais realizadas por
incorporao pelo amigo espiritual JOAQUIM DE ARUANDA e
organizados por FIRMINO JOS LEITE, MRCIA LIZ CONTIERI
LEITE
ESPIRITUALISMO ECUMNICO UNIVERSAL
R. Pedro Pompermayer, 13 Rio das Pedras SP
(19) 3493-6604
WWW.meeu.com.br
MARO - 2002
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Evangelho segundo Tom Pgina 4
ndice
1 Prefcio .............................................................................................................................. 8
Palavras de amor ............................................................................................................. 8
2 - Apresentao .................................................................................................................... 13
Logia 019 Doutrina Espiritualista Ecumnica Universal ................................................ 13
Histrico ......................................................................................................................... 30
Introduo ...................................................................................................................... 32
Apresentao ................................................................................................................. 34
3 - Ensinamentos ................................................................................................................... 36
Logia 001 Morte e vida ................................................................................................ 36
Logia 002 Reforma ntima ............................................................................................ 40
Logia 003 Reino do cu ............................................................................................... 46
Logia 004 - Nascimento .................................................................................................. 51
Logia 005 Viso espiritual ............................................................................................ 57
Logia 006 - Atos ............................................................................................................. 62
Logia 007 Poder .......................................................................................................... 67
Logia 008 Alimentao espiritual ................................................................................. 71
Logia 009 Campo para a semeadura ........................................................................... 76
Logia 010 Amor universal ............................................................................................ 82
Logia 011 Mundo espiritual .......................................................................................... 87
Logia 012 Justia e livre arbtrio................................................................................... 93
Logia 013 - Conceitos ..................................................................................................... 99
Logia 014. - Vigiai ......................................................................................................... 105
Logia 015 - Filiao ...................................................................................................... 111
Logia 016 - Paz ............................................................................................................ 116
Logia 017 Vida de Jesus ............................................................................................ 122
Logia 018 Vida espiritual ............................................................................................ 128
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Evangelho segundo Tom Pgina 5
Logia 020 O abrigo ..................................................................................................... 133
Logia 021 Discpulos de Jesus ................................................................................... 138
Logia 022 Nctar da vida ........................................................................................... 145
Logia 023 Reencarnao ........................................................................................... 151
Logia 024 Morada de Deus ........................................................................................ 156
Logia 025 Ao e reao ........................................................................................... 161
Logia 026 Percepes................................................................................................ 167
Logia 027 Jejum do mundo ........................................................................................ 171
Logia 028 Vinho inebriante ......................................................................................... 176
Logia 029 Encarnao ............................................................................................... 182
Logia 030 Ao amorosa ........................................................................................... 188
Logia 031 Preconceito................................................................................................ 193
Logia 032 Misses ..................................................................................................... 199
Logia 033 Transmisso de ensinamentos .................................................................. 205
Logia 034 Guia de cego ............................................................................................. 209
Logia 035 O ladro ..................................................................................................... 214
Logia 036 Preocupao ............................................................................................. 219
Logia 037 Alcanando Jesus ...................................................................................... 226
Logia 038 Religies .................................................................................................... 232
Logia 039 Chaves do conhecimento .......................................................................... 238
Logia 040 O amanh .................................................................................................. 245
Logia 041 Posse espiritual ......................................................................................... 250
Logia 042 Apego ........................................................................................................ 255
Logia 043 Posse intelectual........................................................................................ 260
Logia 044 Perdo ........................................................................................................ 265
Logia 045 A crtica ..................................................................................................... 270
Logia 046 Maior no Reino .......................................................................................... 274
Logia 047 Desejos ..................................................................................................... 279
Logia 048 Doao da razo ....................................................................................... 285
Logia 049 Solitrio ..................................................................................................... 289
Logia 050 O ser ......................................................................................................... 294
Logia 051 Advento do novo mundo ............................................................................ 300
Logia 052 O profeta dirio .......................................................................................... 304
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Evangelho segundo Tom Pgina 6
Logia 053 Circunciso espiritual ................................................................................ 309
Logia 054 Pobre de esprito ....................................................................................... 314
Logia 055 Igualdade .................................................................................................. 323
Logia 056 Ser humano ............................................................................................... 328
Logia 057 O joio e o trigo ........................................................................................... 334
Logia 058 Situaes de sofrimento ............................................................................ 339
Logia 059 Personalidade ........................................................................................... 344
Logia 060 Doao da razo (2) .................................................................................. 349
Logia 061 Imagem e semelhana de Deus ................................................................ 354
Logia 062 As Quatro ncoras .................................................................................... 359
Logia 063 Essncia da vida ....................................................................................... 365
Logia 064 Individualismo ........................................................................................... 370
Logia 065 Os necessitados ........................................................................................ 377
Logia 066 Pedra angular ............................................................................................ 383
Logia 067 Causa Primria.......................................................................................... 386
Logia 068 Felicidade universal ................................................................................... 391
Logia 069a Auto acusao......................................................................................... 396
Logia 069b Busca espiritual ....................................................................................... 400
Especial Amar a Deus sobre todas as coisas ............................................................ 404
Logia 070 Viver para Deus......................................................................................... 407
Logia 071 Situaes negativas .................................................................................. 411
Logia 072 Comunho universal ................................................................................. 415
Logia 073 Crescei e multiplicai-vos ............................................................................ 419
Logia 074 Caminho, verdade e luz ............................................................................. 423
Logia 075 A lei e o Cristo ........................................................................................... 429
Logia 076 Conscincia crstica .................................................................................. 434
Logia 077 Jesus......................................................................................................... 441
Logia 078 Busca da Verdade Universal ..................................................................... 446
Logia 079 Valorizao da vida carnal......................................................................... 451
Logia 080 Divina comdia humana ............................................................................ 459
Logia 081 Poltica e religio ....................................................................................... 465
Logia 082 Meu reino no deste mundo ................................................................... 469
Logia 083 As duas verdades ...................................................................................... 473
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Evangelho segundo Tom Pgina 7
Logia 084 Vaidade ..................................................................................................... 477
Logia 085 Pecado original .......................................................................................... 482
Logia 086 Sonhos ...................................................................................................... 486
Logia 087 Religao com Deus .................................................................................. 494
Logia 088 As doze tribos de Israel ............................................................................. 499
Logia 089 Higiene espiritual ....................................................................................... 507
Logia 090 Jugo leve ................................................................................................... 513
4 - MENSAGENS ESPIRITUAIS............................................................................................ 517
Academia Superior de Cincias Espirituais ................................................................... 517
Logia 091 Deus, Causa Primria ................................................................................ 522
Logia 092 Histria universal ....................................................................................... 527
Logia 093 Deus capacita ............................................................................................ 532
Logia 094 Entre .......................................................................................................... 536
Logia 096 As aparncias enganam ............................................................................ 543
Logia 097 Obrigao .................................................................................................. 546
Logia 098 Minha vida ................................................................................................. 550
Logia 099 Sendo feliz ................................................................................................. 553
Logia 101 Mos e vozes ............................................................................................ 562
Logia 102 A justia dada pela f ................................................................................ 568
Logia 103 Os mestres e a idolatria ............................................................................. 572
Logia 104 Hbitos e pecados ..................................................................................... 575
Logia 105 O caminho estreito e o largo ...................................................................... 578
Logia 106 Filhotes de homem .................................................................................... 582
Logia 107 Um s rebanho para um s pastor ............................................................. 586
Logia 108 Um Jesus .................................................................................................. 589
Logia 109 Marcas da felicidade .................................................................................. 592
Logia 110 O dcimo terceiro apstolo ........................................................................ 595
Logia 111 Renncia ................................................................................................... 598
Logia 112 Uma s realidade....................................................................................... 601
Logia 113 Nova era .................................................................................................... 604
Logia 114 Maria, a comandante da converso ........................................................... 607
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Evangelho segundo Tom Pgina 8
1 Prefcio
Palavras de amor
Este livro que vocs vo ler agora contm o segredo da melhoria
espiritual. Contm todas as informaes que vocs precisam para passar no
dia do julgamento.
Procurem ler com toda ateno isto que est escrito aqui, porque
tem todas as informaes para o esprito chegar no dia de aparecer na
frente do Pai e poder dizer com toda tranqilidade: Eu estou no caminho
certo Pai e tentei fazer as coisas da melhor forma.
Todo ensinamento que vocs precisam para poder crescer
espiritualmente est aqui, est neste livro. As outras coisas que vocs ainda
tero notcias, nada mais so do que curiosidade. para aqueles que
querem se especializar em algo. Mas, este livro que aqui est que traz o
ensinamento para o seu crescimento espiritual.
Este livro fala, sem falar, o tempo todo, nas quatro letras que so a
coisa que vocs tm que fazer na vida: o AMOR.
Sem isso nada se consegue neste universo de Deus. Sem ter amor
no corao, sem ter vida no corao, pois amor vida, nada se consegue
na verdade.
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Evangelho segundo Tom Pgina 9
Todos aqueles que vivem por objetivo outro que no seja de ter o
amor dentro de si, um amor sem fronteiras, um amor sem barreiras, um
amor sem sexo diferente, um amor sem nvel social diferente, um amor sem
cor diferente, todos que vivem sem esse amor, com certeza no dia do juzo
tero alguma coisa apontada contra si.
A vida do esprito a coletividade, a busca de que todo mundo
igual um ao outro e que ningum melhor ou pior nas leis de Deus.
As coisas que ns sempre dizemos no tm nada mais no fundo do
que o amor. Sem essa energia, sem esse sentimento, no h vida. H
vegetao, pois a vida esse amor, essa procura de ser igual a todo
mundo.
Cumprindo suas misses que vocs demonstram esse amor pelo
seu irmo. colocando em ao aquilo que levou tanto tempo no plano
espiritual para aprender, que vocs trazem o amor para dentro de vocs.
principalmente pagando at o ltimo dzimo, at o ltimo centavo, a dvida
de cada um, que vocs conseguem recuperar o amor que perderam ao
ofender.
Sem essas trs coisas, no h vida. Passa-se pelo tempo. Prorroga-
se o processo de encarnao e leva-se mais tempo para resolver seus
problemas. No para isso que o esprito vem na carne. No para as
coisas materiais, no para as tentaes materiais que ele vem na carne.
Ele vem para provar que ama os seus irmos e principalmente para provar
que se ama, porque s consegue se amar quem ama seu irmo.
No a aparncia fsica que diz se uma pessoa bonita ou feia: o
que diz o amor que essa pessoa passa nos atos que faz. O ato do amor
quase nunca o ato que a gente esperava ou queria. Quando estamos na
carne queremos a coisa da carne, enquanto que o ato do amor espiritual.
Viver nada mais do que amar. Passar por esta vida cada dia
estar aumentando o seu amor pelos outros e recebendo mais amor. Mas s
recebe amor quem d o amor.
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Evangelho segundo Tom Pgina 10
Quem semeia vento, colhe tempestade. Quem semeia amor,
recebe amor e isto a nica coisa que vale a pena nesta vida. a nica
coisa importante que existe.
Mas este velho no est falando do amor do homem pela mulher:
est falando do amor do esprito pelo esprito, seja ele do sexo que for,
classe social, nvel de escolaridade, cor ou que religio pratique.
o amor de um pelo outro. No o amor de cobrar, o amor de exigir,
mas um amor de buscar a compreenso. Um amor de provocar a trgua.
Um amor de buscar a juno de duas pessoas para fazer algo e no o amor
de um s para provar que melhor.
O amor no pode nascer porque foi exigido que tivesse amor. O
amor tem que brotar tem que vir de dentro de cada um. Entretanto, este
amor s vai brotar, s vai nascer dentro de vocs, na hora que as suas
vidas forem entregues totalmente nas mos de Deus. S Ele pode ser o
amor colocado dentro de vocs.
Enquanto o esprito procura, ele mesmo ser sempre o senhor de
todo o Universo, no consegue. Na hora que diz: Senhor do Universo, sou
uma partcula do Senhor, o amor brota e surge dentro do corao.
Neste livro vocs aprendero a parte tcnica de como alcanar este
amor. Aqui est para vocs compreenderem como se alcana o amor.
Porm, no adianta nada, como j foi dito, se o ba cheio de
moedas de outro ficar no fundo do mar. Se estes ensinamentos no forem
resgatados, estudados e colocados na prtica, de nada adianta ter este livro
na sua prateleira. Ele sozinho no vai se abrir para mudar a vida de vocs.
Toda informao para ser dividida com o irmo, mas , principalmente,
para ser o conhecimento e prtica de vocs mesmos.
Quero finalizar com uma histria deste velho.
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Evangelho segundo Tom Pgina 11
A vida de vocs um eterno caminhar. Vocs caminham levando
uma cruz nas costas. Uma cruz que, para cada um, sempre mais pesada
que a do outro.
A se conta que existiu um moo que era muito esperto e um dia
disse:
Eu vou ficar andando com esta cruz grande e pesada? Eu vou
fazer uma coisa: vou cortar um pedacinho da cruz e ningum vai ver. Quer
ver s?
Ele cortou um pedao da cruz e continuou caminhando. Engraado,
ningum falou nada como ele. Ningum cobrou dele aquele pedacinho da
cruz. A ele disse:
Est vendo como sou esperto? J que agora eu cortei um
pedacinho e ningum reclamou, vou cortar mais um pedacinho.
Continuou andando e ningum veio dizer para ele que no podia
cortar pedaos da cruz. Ele continuou caminhando confiando, porque a cruz
tinha ficado mais leve sem os dois pedaos.
Assim foi ele fazendo a sua caminhada, cortando pedaos da cruz,
at que a cruz ficou pequenina e ele a carregou nos ombros sem sentir
muito peso, sem muito problema.
Uma multido caminhava junto dele, cada um com a sua cruz
pesada e ele, o grande homem, o homem que tinha descoberto o sentido da
vida que era cortar a cruz, caminha tranqilo, sem esforo, sem sofrimento e
sem cansao.
Mas, como todos os homens que caminhavam pela plancie da vida,
um dia ele chegou no desfiladeiro onde tinha um buraco muito grande para
passar para o outro lado. Ele ento pensou:
E agora, como eu vou fazer para passar?
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Evangelho segundo Tom Pgina 12
A um anjo apareceu para todos que estavam beira do precipcio e
disse:
Do outro lado est a terra prometida. Do outro lado est a vida que
vocs sempre quiseram. Se vocs perceberem, a cruz que cada um carrega
do tamanho exato do buraco por onde vocs tm que passar. Joguem a
cruz que ela vai servir de ponte e vocs atravessam.
Nosso amigo estava l com o seu cotoco de cruz e ela no
alcanava o outro lado do buraco. Os outros passaram pela cruz e no
momento que chegaram do outro lado, a cruz sumiu. Mas o homem que
carregava o cotoco teve que voltar pela mesma estrada para recolher as
partes que ele tinha cortado, para juntar tudo e poder passar.
Esta histria mostra bem tudo o que est escrito neste livro. Mostra
bem todas as tcnicas que sero passadas. No adianta fugir das suas
lies, no adianta dizer que no precisa provar o que aprendeu e no
adianta muito menos fugir dos pagamentos que deve.
Na hora de atravessar o desfiladeiro se a sua cruz estiver muito
pequena, voc ter que voltar com seus prprios passos para achar os
pedaos da cruz abandonados.
Com as graas de Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso grande
Governador Geral e com o Amor do Pai Eterno e Supremo, ns ficamos
muito gratos de poder trazer esta humilde cooperao do plano espiritual
para a evoluo de vocs.
PAI JOAQUIM
Esprito de Luz - Falange Africana - Preto Velho
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Evangelho segundo Tom Pgina 13
2 - Apresentao
Logia 019 Doutrina Espiritualista Ecumnica Universal
019. Jesus disse: Bendito aquele que era antes de
existir. Se vos tornardes meus discpulos e ouvirdes
minha palavra, estas pedras vos serviro. H, pois, cinco
rvores no paraso que no se movem no vero nem no
inverno, e suas folhas no caem. Aquele que as
conhecer no provar da morte.
Bendito aquele que era antes de existir
Bendito aquele que bem falado, no caso por Deus, ou seja,
aquele a quem Deus diz que est certo. Esta pessoa feliz, pois pratica as
coisas da maneira que o Pai ensina. Portanto, os benditos so os felizes.
Aquele que era antes de existir, nos leva a entender aquele que
sabe que existiu antes deste momento. A partir do momento que
existimos, nos tornamos seres humanos e esquecemos que somos
alguma outra coisa. Esta outra coisa o esprito.
Desta forma podemos afirmar que:
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Evangelho segundo Tom Pgina 14
Felizes so aqueles que se reconhecem como esprito,
apesar de estarem na carne.
Se vos tornardes meus discpulos e ouvirdes minha
palavra, estas pedras vos serviro.
Os discpulos de Jesus so aqueles que praticam o seu
ensinamento: vivem o amor universal. Para nos tornarmos discpulos de
Jesus necessrio que pratiquemos o amor que Ele nos ensinou.
Para isto preciso entender os Seus ensinamentos, ou seja, ouvir
as Suas palavras.
Quem isto fizer no precisar de posses materiais e o mais simples
dos elementos da natureza (a pedra) lhe bastar. Aquele que conjugar o
amor universal no precisar de ouro ou de qualquer outro metal nobre:
apenas uma pedra servir.
H, pois, cinco rvores no paraso que no se
movem no vero nem no inverno e suas folhas
no caem.
A rvore possui um sentido bblico de fonte da vida, ou do
conhecimento necessrio para a vida na carne. isto que tambm
simboliza a histria de Ado e Eva, quando a mulher aceita o fruto da rvore
para comer. Os frutos da rvore do conhecimento so os ensinamentos
necessrios para esta vida.
A rvore que conhecemos possui razes fixas que no a deixa
mover-se, mas se entendermos que a sombra projetada por ela uma
extenso do seu corpo fsico, podemos afirmar que a rvore se move de
acordo com a posio da luz que cria esta sombra.
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Evangelho segundo Tom Pgina 15
este o motivo da colocao das estaes do ano: de acordo com
cada estao, o sol faz um caminho diferente e com isso a sombra muda de
posio.
Entretanto, as rvores citadas por Jesus no se movem, ou seja, a
fonte de energia onde estas rvores se banham (Deus), est sempre na
mesma posio. No Universo s existe uma coisa imutvel: Deus.
Deus imutvel porque a causa primria de todas as coisas e
porque a justia perfeita do Universo. Se Ele se alterasse, as coisas
seriam diferentes e isto provocaria a injustia, pois o que j foi justo no
mais o seria.
Portanto, a fonte que abastece estas rvores o prprio Deus. Com
isto, Jesus afirma que os ensinamentos provenientes destas cinco rvores
do conhecimento so perfeitos e inalterveis, pois tm Deus como sua
fonte.
O conhecimento sempre foi e sempre ser exatamente o mesmo,
pois a sua fonte (Deus) nunca foi alterada e por isso as folhas da rvore do
conhecimento no caem. Desta forma, podemos afirmar que o
conhecimento destas rvores completo em toda a sua essncia, mesmo
que no tenhamos at agora conseguido entender todo ele.
Aquele que as conhecer no provar da morte.
Os ensinamentos destas rvores do conhecimento levam o ser
humano a entender que ele no precisa passar por uma morte.
At agora entendemos que a morte um processo de
transformao de vida que o ser humano sofre. Por esse processo o ser
humano se transforma em alguma outra coisa, que ir viver em outro local.
Dentro da concepo geral, com a morte o ser humano se transforma em
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Evangelho segundo Tom Pgina 16
alma ou esprito, de acordo com cada crena e vai habitar o cu ou o
inferno, de acordo com o seu merecimento.
No podemos afirmar que o ser humano no mais passar por este
processo, pois o corpo (carne) perecer. Portanto a afirmao de Jesus s
poderia ser:
Aquele que conhecer os ensinamentos das cinco rvores
ter apenas uma vida em apenas um local de existncia.
OS ENSINAMENTOS
Compreendido o significado das palavras de Jesus, podemos iniciar
o estudo do texto.
O destinatrio dele claro logo no incio: o esprito. Jesus est
dirigindo-se quele que sabia ser antes de existir e afirma que ele ser feliz
quando reconhecer isto. Esta felicidade nada tem a ver com o estado que o
ser humano consegue alcanar por momentos.
Jesus est falando da felicidade universal, aquela que os santos
alcanam, aquela que cria uma felicidade coletiva e no aquela que apenas
premia desejos prprios. Para Deus s existe felicidade quando todos os
seus filhos esto felizes e no quando apenas um ou um grupo est. A
felicidade hoje conhecida no planeta assim.
Para que um ser humano sinta-se feliz necessrio que as suas
vontades sejam satisfeitas. Quando todas as coisas acontecem da forma
que ele quer, ele encontra a felicidade. Entretanto, para se ter esta
felicidade, algum tem que ficar infeliz, contrariado, fazendo o que no
deseja.
Desta forma, Jesus inicia convocando os espritos para alcanarem
esta felicidade universal de ser esprito e viver na glria de Deus. Para isto
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Evangelho segundo Tom Pgina 17
diz que o esprito deve tornar-se seu discpulo, ou seja, praticar o que Ele
pratica.
Como vimos, esta prtica diz respeito ao Amor Universal. Este amor
leva o esprito a enxergar o mundo com outros olhos, passa ver as coisas
com uma viso universal e no a sua viso individual que leva posse das
coisas. Quando o ser humano alcana a sua felicidade necessita possuir o
objeto desta felicidade pensando, assim, manter este estado por mais
tempo.
O esprito no precisa disto, pois sabe que esta felicidade no est
na coisa, mas dentro dele mesmo e em todo o Universo. O esprito, aquele
que possui a viso universalista, entende que no precisa de coisas para
ser feliz, pois a felicidade est dentro dele mesmo e no nas coisas.
Mas, para alcanar este estado, necessrio que o ser humano
primeiramente se reconhea como esprito que e conhea os cinco
ensinamentos bsicos da vida: as CINCO VERDADES UNIVERSAIS.
Estes ensinamentos so eternos e por isso nunca sofreram
alteraes. Desde o incio dos tempos estiveram presentes em todas as
transmisses de Deus aos espritos na carne, mas no foram
compreendidos porque o homem no deixou de ser o que era naquele
momento (SER HUMANO) para ser o que era antes (ESPRITO).
Vamos ver cada um destes ensinamentos.
PRIMEIRA VERDADE UNIVERSAL
No existe o ser humano: eu sou um esprito.
Se o ser humano reconhece que existia antes de ser, necessrio
que ele entenda-se como esprito.
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Evangelho segundo Tom Pgina 18
O esprito gerado por Deus, por isso Seu filho. Se formos buscar
definio do esprito nas transmisses dos enviados de Deus,
encontraremos em Allan Kardec, no seu Livro dos Espritos a informao
de que o esprito o princpio inteligente do Universo.
Apesar desta definio clara, mais adiante a espiritualidade afirma
no mesmo livro sobre a forma do esprito:
88 Os espritos tm uma forma determinada, limitada
e constante? Para vs, no; para ns sim. O esprito ,
se quiserdes, uma chama, um claro ou uma centelha
etrea.
Fica ento o aviso: no podemos reconhecer o esprito por sua
forma, pois ainda no a entendemos. Portanto, se queremos saber quem
somos ns, os espritos que habitam uma carne, temos que procurar a
nossa ao e no a nossa forma.
Por princpio inteligente do Universo, podemos entender a prpria
inteligncia, da forma como a conhecemos. Por isto, se queremos nos
procurar nas aes que praticamos, temos que entender que somos a
inteligncia que habita o corpo.
Esta parte do ser humano que at hoje a cincia no conseguiu
entender e nem mostrar fisicamente o que somos ns, mais nada: o resto
acessrio para a vida carnal.
No temos braos, pernas, corao e pulmo, pois a inteligncia
no precisa disso para sobreviver, mas sim o corpo. Estas partes apenas
servem para fazer o corpo funcionar e conviver com o mundo em que
habitamos.
Por isso Kardec comentou no Livro dos Espritos depois da resposta
da espiritualidade pergunta 88:
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Evangelho segundo Tom Pgina 19
Representam-se ordinariamente os gnios com uma
flama ou estrela sobre a fronte; uma alegoria que
lembra a natureza essencial dos espritos. Colocam-na
na altura da cabea porque a est a sede da
inteligncia.
Devemos nos lembrar que se hoje pouco conhecemos da
inteligncia, por volta de 1880, quando Kardec escreveu o Livro dos
Espritos, a psicologia, cincia que estuda a inteligncia, ainda engatinhava
e por isso o codificador no pode traar informaes mais precisas.
Hoje podemos conhecer a inteligncia como a capacidade de
receber informaes e sentimentos, analisar, tomar decises e comandar a
prtica de atos. Esta a funo do esprito dentro do corpo.
A viso ser humano aconteceu por dois motivos: o primeiro
fsico. O homem desconhecia esta informao e, ao contemplar a sua
imagem, o que via era apenas o corpo fsico. Nem os rgos internos ele
conhecia e por isso nasceu nele o sentimento de que ele era tudo. Este
sentimento foi sendo passado pelas geraes, apagando a memria
espiritual.
Por reconhecer-se como corpo e sabendo que este termina com a
morte, foi preciso o homem criar outra coisa diferente para depois que
morresse: surgiu o esprito ou alma. Desta forma, o ser humano formou a
imagem que ele sempre foi um ser humano, pois j nasceu assim, mas que
ao morrer se transformaria em alma ou esprito, um outro ser...
O segundo motivo tem mais a ver com a misso do esprito na
carne. Segundo a Bblia Sagrada o homem foi expulso do paraso, veio
habitar o planeta Terra por um motivo: o fato de Ado e Eva ter comido o
fruto da rvore proibida. Entretanto isto um simbolismo como tudo que
vem escrito sobre as informaes para o esprito.
Como vimos neste texto, a rvore representa a fonte do saber, do
conhecimento e o fruto o ensinamento. O esprito foi expulso do mundo
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Evangelho segundo Tom Pgina 20
espiritual e teve que habitar uma carne porque quis possuir um
conhecimento (quis ser Deus) que no lhe era permitido (rvore proibida).
Neste texto, a primeira rvore e seus frutos representam os
ensinamentos que, quando ingeridos, nos diro que:
Os habitantes do planeta Terra so as inteligncias que
se encontram dentro de corpos fsicos.
Este conhecimento leva o esprito a alterar sua viso do Universo
para as verdades espirituais, pois no mais deve se reconhecer como ser
humano, mas sim como esprito que .
SEGUNDA VERDADE UNIVERSAL
O planeta Terra um mundo espiritual.
Assim como o esprito criou a figura ser humano para se auto
designar enquanto estivesse na carne, ele tambm criou um local para esta
figura viver: o mundo material.
Por no se reconhecer como esprito, mas sim como ser humano,
foi preciso que ele criasse outros lugares para viver quando se
transformasse em esprito: o mundo espiritual.
Estes dois locais precisavam, dentro da concepo humana,
ocupar espaos distintos, por isso inventou o cu, a Terra e o inferno.
Entretanto, tudo isto foi criao do ser humano para explicar o que no
entendia, pois no se via como esprito.
Na verdade existe apenas um Universo, onde habitam todos os
espritos. A diviso s existe para aqueles que no conseguem
compreender as outras coisas.
-
Evangelho segundo Tom Pgina 21
Se no existe mais ser humano, no h mais necessidade de se
separar o Universo em locais. Por isto, o ensinamento da segunda rvore
nos diz que tudo no Universo um mundo espiritual. O que diferencia as
coisas no o espao fsico, mas sim a densidade da matria que o esprito
ocupa ou convive.
Quanto mais o esprito avana dentro do conhecimento e da prtica
das leis de Deus, mais ele se desmagnetiza, podendo, ento, habitar
matrias menos densas, as quais no podem ser percebidas por aqueles
que se encontram ainda em matrias mais densas.
Por este motivo o esprito que habita a matria mais densa do
Universo, o corpo fsico, no consegue ver os outros irmos que esto
dentro de matrias menos densas. Entretanto eles esto ao seu lado, no
mesmo local fsico. E no apenas um, mas diversos. So diversas as
densidades de matria que prendem os espritos que habitam o planeta
Terra de acordo com os diversos os graus de conhecimento e prtica das
leis de Deus.
Com isto podemos reescrever uma lei conhecida no planeta: dois
corpos de mesma densidade, no podem ocupar o mesmo lugar no
espao.
A separao do Universo em mundos diferenciados tambm
contribuiu para a prova que o esprito vem fazer na carne. Ao se sentir
isolado do mundo de Deus, o ser humano achou necessrio criar um
administrador para este mundo e elegeu a si mesmo como tal.
Cada um dos seres humanos imagina-se como dono do mundo, de
todas as coisas materiais ou no do planeta. O esprito tem que saber que
neste mundo s existe um dono: Deus.
Quando deseja administrar as coisas do planeta, o esprito que se
v como ser humano quer obter o poder para ser um deus. Esta uma
das batalhas que o esprito tem que vencer para poder entrar na plenitude
do gozo da vida espiritual, mesmo na carne.
-
Evangelho segundo Tom Pgina 22
Este novo ensinamento transforma o mundo: de professor, o esprito
passa a aluno, de rei a vassalo e de comandante a comandado.
Conhecendo esta verdade universal que traz o fruto da segunda
rvore, o esprito pode ento buscar mais facilmente a reforma ntima que
lhe far voltar a sentir-se como esprito que era antes de existir.
TERCEIRA VERDADE UNIVERSAL
O esprito vem carne fazer provas.
O esprito no encarna porque quer, mas sim porque a lei universal
assim o exige. Mesmo que a encarnao seja feita com consentimento
prprio, o esprito o faz porque no tem outra opo a no ser esta durante
o processo evolucionrio.
A vinda do esprito carne acontece por trs motivos.
Durante a sua vida antes da matria, o esprito aprende a lei de
Deus e depois, como um aluno de escola do planeta Terra, vem executar
provas dos ensinamentos que recebeu. A vida na carne, ento, uma
prova que o esprito faz da compreenso dos ensinamentos que recebeu
na sua vida espiritual.
Esta prova feita atravs do relacionamento entre os espritos na
carne, pois interfere na vida de cada um que se envolve com este esprito.
Desta forma, a prova individual de cada esprito tambm uma misso
para ajudar a prova dos outros espritos.
Entretanto, quando est fazendo esta prova, cumprindo a sua
misso, o esprito pode falhar e acabar produzindo sofrimentos em outro
esprito. Quando isto acontece, o esprito tem ento que expiar estas faltas.
A prova, a misso e a expiao so, portanto, a razo da vinda do
esprito para a carne.
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Evangelho segundo Tom Pgina 23
Desta forma, fica bem claro que o esprito no est na carne a
passeio ou de frias. Ele no vem aqui para divertir-se, mas para trabalhar.
Alguns, no compreendendo bem esta funo do esprito na carne,
acreditam que esto neste planeta para fazer o que bem entendem, mas
isto no verdade.
O esprito no est aqui para fazer o que quer, mas para fazer o que
no quer: provar os ensinamentos. No h lugar para descanso, pois esta
vida sempre uma questo aps outra para que, depois que acabem as
provas, o esprito possa retornar ao mundo espiritual menos denso,
enfrentar mais um ano de estudos para posteriormente retornar a este
planeta mais denso e fazer novas provas.
Se a vida uma prova de relacionamento com outros espritos na
carne, podemos dizer que cada fato que acontece, em cada segundo,
uma questo desta prova. Esta deve ser a forma do esprito encarar a vida.
No existe uma vida construda pelo ser humano, mas questes de
uma prova que Deus coloca ao esprito a cada segundo. Em cada instante
da vida do esprito fatos estaro acontecendo para que ele, com o poder
que tem de raciocnio, responda corretamente ou no as questes.
Quando responde errado, Deus coloca questes mais difceis para
que o esprito esforce-se mais ainda na sua aprovao.
Portanto, a vida no planeta Terra nunca ser aquilo que o esprito
sonha. Ele no est aqui para ter uma vida tranqila, mas sim para
responder corretamente as questes da prova.
QUARTA VERDADE UNIVERSAL
A prova de conhecimento e prtica do Amor Universal.
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Evangelho segundo Tom Pgina 24
Todas as questes que Deus coloca na prova que os espritos vm
fazer no planeta Terra versam sobre uma matria: o amor universal.
Portanto, o esprito tem que, a cada momento, responder aos fatos
que se sucedem em sua vida, utilizando amor universal. A aprovao final
depende desta utilizao constante.
A resposta errada do esprito a cada questo a utilizao de
qualquer outro sentimento sem ser o amor universal.
Podemos definir o amor universal como a soma de todos os
sentimentos positivos do universo. Entretanto, o amor universal possui trs
pilastras bsicas, ou sentimentos bsicos que o compem:
Alegria
No existe amor que premie a tristeza. O amor universal tem que
ser vivido na alegria plena para que possa ser assim caracterizado. A
alegria plena no aquela obtida pela satisfao pessoal, mas um
sentimento que provoque o prazer coletivo.
A alegria plena aquela que alcanada com a conscincia do
mundo universal ou de Deus, com as Suas maravilhas, com a Sua justia,
com a sublimidade do Seu amor. Somente esta alegria deve permear o
amor universal.
Compaixo
Este sentimento ou estado de esprito mal conhecido entre os
seres humanos. Eles acreditam que ter compaixo por uma pessoa sofrer
a tristeza que a pessoa est sentindo.
Esta forma de agir extingue o amor, uma vez que acaba com a
alegria, primeiro pilar do amor universal. Tambm no auxilia o prximo,
pois a funo de um esprito auxiliar o prximo a encontrar a alegria e o
amor universal.
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Evangelho segundo Tom Pgina 25
A compaixo, componente do amor universal, pode ser definida
como a conscincia do sofrimento que pode causar a si ou ao outro.
Quando um esprito utiliza a compaixo ele evita de provocar sofrimento ao
prximo, pois tem a perfeita conscincia do sofrimento que pode causar.
Portanto, para se ter o amor universal o esprito precisa aprender
que a compaixo no sofrer o sofrimento, mas repassar alegria para
auxiliar o irmo.
Igualdade
Qualquer forma de amor que se baseie em superioridade exprime
um domnio; qualquer que se baseie em inferioridade, exprime a submisso.
O amor no pode dominar nem se sentir dominado.
Portanto, para se ter o amor universal necessrio sentir-se igual
s outras pessoas do Universo, independente do grau de cultura, social,
monetrio, espiritual, etc. Todos os espritos so iguais perante o Pai e
devem se portar desta forma para poder auxiliar os irmos.
Este amor universal a base do ensinamento maior de Jesus Cristo
quando afirma: Amar a Deus, a si e aos outros. No existe outro amor que
possa atingir este grau proposto pelo Mestre.
Este entendimento do amor explica a colocao de Jesus quando
afirmou que no veio para alterar as leis Mosaicas, mas sim dar o
verdadeiro sentido a elas.
Quem nutre o amor universal dentro de si incapaz de matar,
roubar, cobiar, adulterar, etc., porque sabe que ter uma atitude de
superioridade, que trar um sofrimento e acabar com a alegria.
Juntando-se todos os conhecimentos at agora, podemos dizer que
somos espritos vivendo uma vida espiritual. Esta vida compe-se de
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Evangelho segundo Tom Pgina 26
provas que Deus coloca para que respondamos s questes com o amor
universal, ou com qualquer outro sentimento.
QUINTA VERDADE UNIVERSAL
Todo ato do ser humano comandado por Deus na sua
forma, de acordo com a essncia que o esprito nutre no
momento.
Se no somos seres humanos, se no existe uma vida material e as
coisas no so o que pensamos ser, o que sero ento estas coisas?
Afirmamos em nossas verdades universais que a vida do ser
humano uma prova para o esprito que habita a carne e, portanto, todas
as coisas que acontecem materialmente no passam de questes desta
prova. Por isto, o ser humano no tem condies de nelas interferir, pois
seria o aluno determinando a questo da prova. Somente o Autor Intelectual
da prova pode escrever as questes.
Desta forma, Deus escreve a cada segundo na vida do ser humano
as questes que o esprito ter de responder com amor ou sem amor. Fica
mais fcil compreender esta verdade universal compreendendo o ciclo da
vida.
Ciclo da vida: sentir / pensar / agir
Sempre que alguma percepo penetra pelos sentidos do corpo
fsico (viso, audio, olfato, sabor e tato), o esprito escolhe um sentimento
para reagir a ela. Por exemplo: quando a viso forma a imagem de uma
pessoa que um dia nos causou algum problema, certamente escolheremos
a desconfiana para servir de base para o pensamento. Diferente ser o
sentimento se a pessoa sempre houver sido nossa amiga: neste caso
sentiremos carinho, amizade, etc.
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Evangelho segundo Tom Pgina 27
Com base neste sentimento Deus comanda, atravs de seus
auxiliares espirituais, uma histria que o pensamento do ser humano. No
primeiro caso do nosso exemplo, o ser humano dir para si: mesmo:
cuidado, esta pessoa j o magoou. Este pensamento, entretanto, no do
esprito, mas sim uma intuio que Deus manda a ele.
Mas Deus no manda este pensamento porque quer que o ser
humano no goste da outra pessoa, mas porque ele reflete o sentimento
que o esprito sentiu. Portanto, se a prova sentir o amor, este ser humano
foi reprovado naquela questo e nova questo ter que ser respondida.
Podemos ento afirmar que o pensamento uma materializao do
sentimento que o esprito nutre pela coisa ou pessoa.
este pensamento que servir de base para o ato que ser
praticado, que tambm ser intudo por Deus ao esprito. Isto fica bem claro
com este texto do Livro dos Espritos de Allan Kardec.
526 - Por exemplo, um homem deve perecer: ele sobe
em uma escada, a escada se quebra e o homem se
mata; so os espritos que fazem a escada quebrar para
cumprir o destino do homem?
bem verdade que os espritos tm uma ao sobre a
matria, mas para o cumprimento das leis da Natureza e
no para as derrogar, fazendo surgir no momento
oportuno um acontecimento inesperado e contrrio a
essas leis. No exemplo que citas, a escada se rompe
porque ela estava carcomida ou no bastante forte para
suportar o peso do homem. Se estava no destino desse
homem perecer dessa maneira, eles lhe inspiraro o
pensamento de subir por essa escada que dever se
romper sob seu peso, e sua morte ter lugar por um
efeito natural sem que seja necessrio um milagre para
isso.
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Evangelho segundo Tom Pgina 28
As perguntas 527 e 528 expressam ainda melhor este pensamento,
atravs do qual podemos ento afirmar que o esprito tem todos os seus
passos conduzidos por outros espritos enviados de Deus, para que se
cumpra o destino de cada um.
Este destino nada mais do que o merecimento do esprito, ou seja,
a resposta a questes anteriores na prova chamada vida. Portanto, as
questes so escritas a cada momento pelo esprito, de acordo com as
respostas s perguntas anteriores, no na sua forma, mas na sua essncia.
Estas CINCO VERDADES UNIVERSAIS compem a base da DOUTRINA
ESPIRITUALISTA ECUMNICA, trazida agora aos espritos na carne com
a inteno de prepara-los para o novo sentido de vida sobre o planeta que
est se iniciando e que premiar esta forma de proceder.
A DOUTRINA ESPIRITUALISTA ECUMNICA representada
nesta passagem de Tom, pelas palavras de Jesus, como as cinco rvores
que existem no paraso e das quais o esprito necessita comer seus frutos
(colocar em prtica) para no mais conhecer a morte, ou seja, para no
mais necessitar transformar-se em outra coisa para poder viver.
Esta uma doutrina de VIDA e no de morte porque diz respeito
vida na carne e no a uma preparao para uma vida posterior. Enquanto
todas as religies brindam a existncia de um local diferente deste planeta
para que se alcance a vida espiritual e, portanto, preparam o ser humano
para ir para l, a Doutrina Espiritualista Ecumnica ensina ao esprito a j
viver em um mundo espiritual dentro da matria fsica.
Encerramos esta lio com um ensinamento de Jesus divulgado
pelo mesmo Evangelho de Tom que explica isto de forma definitiva:
3. Jesus disse: Se aqueles que vos guiam disserem: V,
o Reino est no cu, ento os pssaros vos precedero.
Se vos disserem: Ele est no mar, ento os peixes vos
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Evangelho segundo Tom Pgina 29
precedero. Mas o reino est dentro de vs e est fora
de vs. Se vos reconhecerdes, ento sereis
reconhecidos e sabereis que sois filhos do Pai Vivo.
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Evangelho segundo Tom Pgina 30
Histrico
Extrado do Livro Apcrifo Os Proscritos da Bblia
Compilao de Maria Helena de Oliveira Tricca
Editora Mercuryo
Em 1945, no Alto Egito, na regio de Nag Hammadi, deu-se uma
descoberta extraordinria. Um campons rabe encontrou em uma das
cento e cinqenta cavernas existentes em certa montanha pergaminhos
extremamente valiosos.
Essas grutas eram usadas como sepulcros desde a VI Dinastia, h
uns 4.300 anos. Os pergaminhos estavam encerrados em um jarro de barro
de quase um metro de altura.
Essa histria guarda muitas semelhanas com o achado dos
Manuscritos do Mar Morto, em Qumran, ocorrido dois anos depois, em
1947. Em ambos os casos, por total ignorncia, muitos dos textos foram
queimados como lenha, outros viraram sapatos, outros ainda reverteram
ao p ao serem desenrolados sem os cuidados tcnicos que exigiam.
Os manuscritos de Nag Hammadi fazem parte, hoje, do acervo do
Museu Copta do Cairo. Entre estas maravilhas encontrou-se o Evangelho
Segundo Tom, o Ddimo, que o autor qualifica de secreto.
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Evangelho segundo Tom Pgina 31
O Evangelho Segundo Tom, o Ddimo, uma coletnea de logias
frases ou palavras atribudas a Jesus Cristo e parbolas evanglicas.
Este texto era muito citado como Evangelho de Tom, que no se deve
confundir com o Evangelho Pseudo-Tom. Juntamente com o de Felipe, foi
muito usado pelos maniqueus.
O interessante que muito se lia nos escritos dos doutores da Igreja
a respeito deste Evangelho, mas no se lhe conhecia o texto. Uma vez
encontrado, uma surpresa: das cento e quatorze logias, dezessete j eram
conhecidas nos fragmentos papirceos de Oxyrhynchus, papiro do sculo III
descoberto em Bechnesa, antiga Oxyrhynchus, em 1907.
nitidamente um Evangelho gnstico, com alguns textos de difcil
entendimento, muitas vezes devido distoro da traduo do grego para o
copta. Alm disso, h dvidas quanto lngua do original, se o semita ou o
siraco. Mas o texto em questo parece no passar mesmo de uma
traduo.
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Evangelho segundo Tom Pgina 32
Introduo
Transmitida pela espiritualidade.
Tom, o autor deste evangelho, filho de Jos, de um casamento
anterior sua vida com Maria e, portanto, irmo de Jesus. Entretanto, no
era o nico, pois da primeira unio Jos teve outros filhos.
Esses irmos participaram com Jesus de todas as suas
peregrinaes, porm dois deles foram muito importantes: Tiago e Tom
(Felipe era irmo gmeo de Tom).
Depois do desencarne de Jesus na cruz, os doze que ficaram como
apstolos, dentre eles os irmos de Jesus, comearam a escrever o que o
Mestre havia dito durante a sua vida. Porque O conheciam, eles no
descreveram Jesus como homem, mas procuraram transmitir o que o
Mestre havia ensinado.
Muito tempo depois da morte de Jesus, comearam a perguntar
como tinha sido a Sua vida. Foi neste momento que Marcos, Mateus, Lucas
e Joo escreveram as histrias que esto na Bblia. O objetivo destes
evangelistas era transmitir como tinha sido a vida de Jesus.
Ento, as histrias do Mestre, escritas pelos quatro evangelistas,
foram aquelas que os apstolos lhes contaram e no as que eles prprios
tinham vivido.
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Evangelho segundo Tom Pgina 33
Assim, os autores dos textos constantes da Bblia apenas
escreveram sobre Jesus, sem que tenham sentido a fora do Seu olhar ao
transmiti-las. Escreveram com uma viso para seres humanos os
ensinamentos. Porm os doze apstolos, que conviveram com Jesus,
puderam sentir Sua "fora", ou seja, o sentido dos Seus ensinamentos e,
por isso, escreveram as mensagens para espritos.
Entre estes autores que conviveram com Jesus, quem melhor
relatou Seus ensinamentos, quer em veracidade, quer em entendimento ou
quantidade, foi Tom que, alm de ter cuidado de Jesus desde seu
nascimento, tornou-se seu melhor amigo.
o que ns vamos comear a estudar: o Evangelho de Tom.
Neste evangelho esto os ensinamentos de Jesus que os escritores
dos evangelhos cannicos ou no conseguiram entender ou no tiveram
acesso.
A inteno destes ensinamentos, como veremos, transmitir ao ser
humano como se sentir esprito na carne e orientar a sua vida na matria
como tal.
Como muitos no conseguiram alcanar esta viso, as religies
abandonaram este evangelho dizendo que ele no havia sido intudo pelo
alto.
Este Evangelho composto de 114 logias ou ensinamentos que
Jesus transmitiu a Tom quando estavam a ss. Alguns foram depois at
comentados pelos evangelistas, mas a sua grande maioria no
comentada em nenhuma religio.
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Evangelho segundo Tom Pgina 34
Apresentao
Eis as palavras secretas que Jesus, o Vivo, disse e que
Ddimo Judas Tom, escreveu.
NOTA: DDIMO = gmeo.
Tom inicia o seu Evangelho afirmando que Jesus era o Vivo
porque ele continuava "vivo" na carne.
A vida e a morte possuem significados diferentes para os que se
sabem espritos e os que ainda se acham seres humanos. Para estes,
estar vivo significa ter aes materiais, praticar atos. Para os espritos, estar
vivo viver na glria de Deus.
No importa que densidade de matria o esprito ocupe, ele poder
estar vivo se estiver vivendo na glria de Deus, ou seja, dentro do mundo
espiritual positivo. Para que isto acontea necessrio que ele conhea e
pratique as Cinco Verdades Universais:
Sou um esprito.
Moro em um mundo espiritual.
Venho a esta densidade de matria fazer prova.
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Evangelho segundo Tom Pgina 35
Minha prova a utilizao do amor universal.
Deus quem escreve as questes desta prova, pois Ele
a Causa Primria das coisas.
Aquele que compreende estas verdades e as coloca em prtica,
vive; quem se v de forma diferente ou responde s questes da prova com
outro sentimento, morre.
Tom afirma que Jesus estava vivo, ou seja, que Ele conhecia e
praticava estas Verdades.
Portanto, a primeira afirmao de Tom que Jesus nunca teve
como base as coisas materiais, ou a vida material, mas sempre viveu para o
esprito, para as coisas espirituais.
O Mestre no viveu com sentido de matria; todos os seus atos e
mensagens dirigiram-se vida espiritual. Por isso Ele estava vivo e continua
vivo mesmo depois de seu desencarne.
Todos os espritos, quando encarnam, vivem apenas para a matria
e, por isso, esto mortos para o mundo espiritual. Isto ocorre porque eles
no conhecem nem praticam as Cinco Verdades Universais.
O objetivo de Jesus era, portanto, ensinar estas verdades aos
espritos na carne e, desta forma, trazer a vida para todos. Ser sob este
prisma que iremos analisar os ensinamentos constantes do Evangelho
Segundo Tom, o Ddimo.
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Evangelho segundo Tom Pgina 36
3 - Ensinamentos
Logia 001 Morte e vida
001 - E ele disse: - Aquele que descobrir a interpretao
destas palavras no experimentar a morte.
Jesus disse: aquele que entender o que Ele falar no vai morrer.
Para compreendermos melhor, vamos buscar o significado de morrer.
MORTE - 1. O fim da vida animal ou vegetal. 2. Termo,
fim. 3. Destruio, runa (Dicionrio Aurlio).
Para aqueles que no acreditam em religies, a morte se torna o fim
completo, ou a cessao da vida. Entretanto, como a prpria cincia vem
comprovando, nada acaba, tudo se transforma.
A planta no morre e sim se transforma em adubo, ou seja, vida
para novas plantas. Quando as clulas da folha que caiu penetram no solo
e so absorvidas pelas razes de outras plantas, continuam existindo dentro
destas.
Ento a morte , na verdade, uma transformao que vai gerar nova
vida. No existe fim para nada. Aqueles que acreditam na "morte" como o
fim da vida porque desconhecem a transformao que acontece. Nada
acaba, tudo se transforma.
-
Evangelho segundo Tom Pgina 37
Nem mesmo os sentimentos, coisas imateriais, acabam: eles se
transformam. O amor vira dio, a alegria passa a ser tristeza. Nada no
planeta acaba: transforma-se. Nada tem fim: passa por transformaes.
Este conhecimento, que j praticado por aqueles que acreditam
em religies, importante para que o ser humano que no acredita nelas,
saiba que ele tambm no acabar, mas se transformar.
Baseadas neste princpio, todas as religies ensinaram at hoje que
a morte transformar o ser humano em algo diferente do que : o catlico
acredita que vai se transformar de "acordado" em "dormindo" e voltar a
"acordar" no dia do juzo; os protestantes acham que se transformaro em
anjos na glria do Senhor. Mesmo aqueles que se aprofundaram mais neste
assunto (espritas kardecistas), acreditam que se transformaro de "alma"
para esprito.
Todas as religies promovem a transformao, ou seja, a mudana
de uma coisa para outra. Entretanto Jesus afirma que, quem entender suas
palavras, no vai conhecer a morte, ou seja, no vai passar por
transformaes.
Quem entender as palavras que Jesus confiou ao seu irmo mais
querido, j vai se ver e se sentir como esprito, mesmo estando na carne.
No vai ser preciso morrer para se transformar em esprito e, por isso, no
haver um processo de transformao.
Podemos ento entender as palavras de Jesus, escritas por Tom,
da seguinte forma:
Aquele que entender o que eu digo se ver agora como
esprito e por isso no precisar passar por um processo
de transformao.
Esta a explicao para "no experimentar a morte", ou seja, no
passar por transformao.
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Evangelho segundo Tom Pgina 38
Quem compreender as Cinco Verdades Universais e conseguir
coloc-las em prtica, no precisar se transformar em nada mais, pois j
ser. O esprito est preso a uma carne, habita um mundo espiritual e no
material e, portanto, j um esprito e no uma "alma".
As religies separam a vida em dois mundos: o mundo da matria e
o fora dela. No existe esta separao e por isto, no existe morte,
transformao. Mas para se viver uma vida espiritual, mesmo estando retido
na carne, necessrio se entender as palavras de Jesus. Isto o que
transmite Tom.
Este estado foi alcanado por todos aqueles que entenderam as
palavras de Jesus. Como um ser humano poderia entrar em uma arena com
lees famintos, sabendo que ia morrer, sem sentir medo? Como poderia um
ser humano enfrentar exrcitos, ser crucificado, queimado, com alegria e
felicidade? A resposta s uma: j sendo esprito e sabendo que no
haveria transformao ou mudanas.
Aqueles cristos que entraram nas arenas, os santos que foram
para as fogueiras j conheciam esta verdade e, por isso, no precisavam ter
medo porque j sabiam que eram espritos e conheciam a verdade da no
transformao.
Esta compreenso no se alcana com mgica ou apertando um
boto, mas sim com o prprio esforo: estudo, dedicao e, acima de tudo,
a prtica. isto que faz alcanar a conscincia de j ser esprito.
Ningum pode fazer nada por voc, a no ser voc mesmo. Como
ensinou Buda Gautama: se voc quiser saber porque voc assim hoje,
veja o que fez ontem; se quiser saber o que ser amanh, veja o que est
fazendo hoje.
Se voc quiser ser um esprito ao abandonar a carne, necessrio
que voc desde hoje saiba que j o e viva como um esprito. No existe
processo instantneo de transformao. No o desencarne que vai lhe
-
Evangelho segundo Tom Pgina 39
trazer, automaticamente, este conhecimento: voc precisar estudar no
plano espiritual menos denso para alcan-lo.
Assim, a misso de Jesus foi ensinar como ser esprito hoje e ns
no devemos adiar esta viso para depois.
Esta , ento, uma das intenes do evangelho de Tom: trazer os
ensinamentos para se viver como esprito, o que acabar com a viso de
transformao, chamada morte.
-
Evangelho segundo Tom Pgina 40
Logia 002 Reforma ntima
002 - Jesus disse: Aquele que procura, no cesse de
procurar at quando encontrar; e quando encontrar ficar
perturbado; e ao perturbar-se, ficar maravilhado e
reinar sobre o Todo.
Aquele que procura, no cesse de procurar at
quando encontrar
O primeiro recado de Jesus que os espritos na carne no devem
parar de procurar a vida espiritual, a Verdade Universal.
Ser que as pessoas esto realmente procurando a vida espiritual
ou esto cedendo s tentaes que Jesus enumerou para o planeta? Hoje
os seres humanos enumeram diversas necessidades antes de procurar as
suas verdades universais.
Todos precisam fazer a sua vida, necessitam estudar, trabalhar,
para que possam conquistar coisas materiais. Esforam-se em progredir
materialmente, mas esquecem que estes valores materiais terminam com o
fim da encarnao.
preciso que o ser humano altere seus objetivos, premiando a vida
espiritual em primeiro lugar, pois esta consistente e eterna enquanto que a
primeira efmera e curta.
Para evoluir espiritualmente e alcanar a viso esprito, o Mestre
deixou como primeiro ensinamento a necessidade da procura incessante.
-
Evangelho segundo Tom Pgina 41
Para fazer isto, h a necessidade de que o ser humano esteja
vigilante o tempo inteiro nos seus valores espirituais e tenha persistncia
para no ceder s tentaes materiais. Entre estas tentaes est a da
omisso ("eu no consigo...").
Todo esprito tem que brigar consigo mesmo e verificar que a
forma que est pensando nada mais do que hbito. Tem que mostrar
claramente a si mesmo que os pensamentos nada mais so do que
conceitos enraizados dentro de si, voltados satisfao material e no
espiritual.
O ser humano no sabe a realidade das coisas que acontecem,
apenas "acha" que elas so de uma determinada forma. Como ento pode
se pronunciar sobre ela? Utilizar o achar e confundi-lo com o saber
cessar de procurar a vida espiritual: pra de procurar a Verdade Universal
para utilizar o poder de mandar nas coisas.
Os seres humanos querem comandar a sua vida e a vida dos
outros, mas no possuem base para tanto, pois possuem uma viso limitada
dos sentimentos com os quais os atos so praticados. Quantas vezes
acham que esto sendo amados e na verdade so alvos de outros
sentimentos? Ao contrrio, muitas vezes identificam ataques onde est
havendo compaixo.
Assim, a procura do entender-se como esprito, que encerrar com
o processo de transformao morte, comea pelo fim do "achar" as coisas,
ou seja, utilizar parmetros prprios para julgar o que est acontecendo. Isto
s conseguido vigiando constantemente a si mesmo.
necessrio estar vigilante para saber se o que se est fazendo
est trazendo alegria para todos ("ser que deixei algum triste com este
meu pensamento?", "ser que eu fiquei triste com ele?"). tambm preciso
verificar se est sempre presente a compaixo ("ser que o meu
pensamento est ferindo ou magoando algum?").
-
Evangelho segundo Tom Pgina 42
importante esta conscincia, pois ningum tem o direito de ferir ou
magoar outra pessoa, sem que com isso esteja ferindo ou magoando a
Deus, que o Pai, no s seu, mas de todos.
Ningum tem o direito de dizer aos outros o que quer, o que "acha",
obrigando-o a ouvir o que quer dizer. Seu direito acaba onde comea o dos
outros.
Enquanto o esprito se vir como ser humano, ou seja, o
centro de um universo que ele chama de "minha vida",
no h como se conscientizar de que parte de uma
coletividade que vive para o Pai.
Alm dos sentimentos alegria e compaixo, tem que haver a
igualdade. No h condies de se obrigar as pessoas a fazer as coisas de
determinada forma e nem podemos submet-las s nossas vontades. Cada
uma tem o direito de fazer o que quiser, na forma que achar melhor, desde
que no fira e nem tire a alegria de ningum.
A vigilncia constante destes trs sentimentos traz o mundo de
Deus para cada um e, portanto, leva a alcanar a viso de esprito.
No pode haver a cessao da vigilncia e da procura da vida
espiritual, pois se houver a interrupo, o esprito certamente cair no
"pecado", ou seja, nos sentimentos contrrios ao amor universal. Quando
isto ocorre, o esprito comea a merecer que Deus lhe d situaes
negativas e a, no sofrimento, muito mais difcil manter este amor.
No pare nunca de procurar o amor universal
e quando encontrar, ficar perturbado
Quem encontrar este amor universal, esta vida espiritual, vai ficar,
inicialmente, perturbado, pois a sua vida se alterar completamente. Todas
-
Evangelho segundo Tom Pgina 43
as coisas que esto sua frente mudaro completamente: deixaro de ser
o que eram e tero outro sentido...
A vida mudar completamente porque a vida material, vivida pelos
seres humanos, nada tem a ver com a espiritual. A vida material iluso,
no existe.
Os seres humanos, para se sentirem felizes, necessitam que os
seus conceitos sejam atendidos para que eles alcancem a felicidade. Isto
no felicidade, mas sim satisfao que cessa quando cessam os motivos.
O esprito, por no ter conceitos, vive a felicidade universal, aquela
na qual apenas participar das maravilhas do mundo de Deus j satisfaz.
Por no conhecer esta vida, o esprito quando sai da carne pelo
processo morte fica preso a este planeta, procurando alcanar seus
conceitos e a felicidade.
No est sendo dito que em outros mundos menos densos no
existam coisas materiais, mas o que est sendo afirmado que o esprito v
essas coisas de forma diferente. O ser humano v as coisas materiais por
sua forma, mas o esprito entende o "sentido" de cada uma delas, ou seja, a
sua essncia.
Tomemos como exemplo uma cadeira. Para o ser humano, ela nada
mais do que pedaos de madeira, espumas e panos reunidos sob uma
determinada forma. Para os espritos que se reconhecem como tal e vivem
no mundo espiritual, essas informaes so sem importncia. Para eles, o
que importa o sentido da existncia da cadeira, ou seja, a sua essncia.
cadeira podem ser atribudos diversos sentidos ou essncias:
conforto, segurana, descanso, beleza, luxo, orgulho etc. Entretanto, para o
esprito pouco importa de que feita a cadeira, mas sim o sentido para o
que ela existe. a escolha entre estas essncias que a prova que o
esprito vem fazer na carne.
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Evangelho segundo Tom Pgina 44
Para o mundo espiritual a forma das coisas no tem importncia,
pois qualquer que seja ela, o sentido ou a essncia ser sempre a mesma.
No importa se a cadeira feita de ouro ou de tbua de caixote, ela sempre
poder proporcionar uma essncia positiva.
e ao perturbar-se, ficar maravilhado
Quando o esprito entender que as coisas valem por sua essncia,
encontrar o mundo espiritual mesmo nesta densidade de matria que vive
hoje. Ao descobrir este mundo, encontrar o mundo de Deus. Ao ver-se
nele, maravilhar-se- com a sua justia, beleza e amor!
O mundo de Deus perfeito pela Perfeio que o criou.
No mundo de Deus no existe lugar para injustia, pois
Deus a Justia Suprema; no existe lugar para erros,
pois Deus Inteligncia Suprema do Universo. No
mundo de Deus no existe lugar para tristeza ou
infelicidade, pois Deus o Amor Sublime.
Quando o ser humano se transformar em esprito penetrar neste
mundo e maravilhar-se- com todas estas coisas.
O ser humano no consegue entender a justia, pois entende o
mundo apenas pelas suas verdades pessoais (achar) e no pelas
Verdades Universais das coisas. Encontra a injustia porque acha que ele
que est certo; sofre porque suas verdades no so contentadas e v o
erro, porque no conhece a essncia das coisas.
Todo o Universo regido pela lei da ao e reao: tudo o que
ocorre uma reao a uma ao. Como o ser humano imagina-se sempre
certo, espera que a reao seja sempre ao seu contento. Quando isto no
ocorre, no procura a reao em alguma ao sua, mas acusa Deus de
estar cometendo uma injustia.
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Evangelho segundo Tom Pgina 45
O esprito no possui verdades individuais e por isso aceita as
Verdades Universais. Para ele, tudo o que ocorre porque ele merecia, ou
seja, procura cada ao que originou uma reao dentro de si mesmo e no
externamente.
Entendendo a ao de Deus sobre as coisas (Deus
Causa Primria), o esprito se maravilha com a perfeio
da vida universal e alegra-se por participar dela.
e reinar sobre o Todo.
O esprito que conhece as Cinco Verdades Universais no tem
verdades individuais que possam ser menosprezadas e por isso no se fere
nem se sente injustiado.
Aceita tudo que lhe acontece como ato de uma Inteligncia
Suprema, ou seja, no encontra erro; v sempre a Justia Suprema em
ao e por isso no encontra injustia; entende que em todos os momentos
est presente o Amor Sublime, que busca a igualdade entre todos e a
manuteno da alegria universal.
Quando alcanar esta viso, o esprito no mais perder sua
alegria, pois ela no depender da satisfao de verdades individuais, no
causar sofrimento aos outros, no precisar defender a sua verdade e
ver como todos so iguais, apesar das diferenas fsicas.
Aquele que se considerar esprito, estar apto a conduzir o seu
irmo nesta mesma busca, pois aceitar que cada um tenha o seu prprio
patamar de evoluo e no buscar impor suas verdades aos outros.
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Evangelho segundo Tom Pgina 46
Logia 003 Reino do cu
003. Jesus disse: Se aqueles que vos guiam vos
disserem: v, o Reino est no cu, ento os pssaros
vos precedero. Se vos disserem: ele est no mar, ento
os peixes vos precedero. Mas o reino est dentro de
vs e est fora de vs. Se vos reconhecerdes, ento
sereis reconhecidos e sabereis que sois filhos do Pai
Vivo. Mas se vos no reconhecerdes, ento estareis na
pobreza, sereis a pobreza.
Se aqueles que vos guiam vos disserem: v, o
Reino est no cu, ento os pssaros vos
precedero. Se vos disserem: ele est no mar,
ento os peixes vos precedero
O incio deste ensinamento trata do que se conhece at ento como
a localizao do reino de Deus: o mundo espiritual fora da carne.
O Mestre afirma que este reino no se encontra acima ou abaixo do
planeta Terra, pois se assim fosse, os seus habitantes j o teriam
alcanado.
Assim, Jesus s deixa uma opo: o reino est no mesmo espao
fsico onde tambm existe o planeta Terra.
Existe um nico Universo, independente da matria mais densa ou
menos densa que o esprito ocupe. Na verdade, o que distingue o plano
espiritual do que chamamos plano material no um lugar fsico, mas a
densidade das coisas materiais.
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Evangelho segundo Tom Pgina 47
Todas as coisas e espritos em todas as dimenses coexistem em
um mesmo espao fsico. S no podem ser percebidos porque os espritos
que vivem em matrias de densidades maiores no conseguem ver as
coisas e espritos que vivem em densidades menores.
Portanto, todos aqueles que o esprito na carne acredita que
estejam no cu, esto, na verdade, ao seu lado, mas em matria menos
densa, o que dificulta a esse esprito tomar conhecimento da existncia
deles.
Esta informao de suma importncia para que os habitantes do
planeta se reconheam como espritos j. A densidade das matrias
existentes no planeta Terra uma das causas da viso ser humano que o
esprito na carne possui.
Como no consegue ver as outras densidades, o ser humano criou
um local diferente para a existncia delas e separou o universo em planos e
locais diferentes. Como o ser humano acredita que existe uma
transformao para que se torne esprito, criou, tambm, um local
diferenciado para a vida deste novo ser em que se transformar. Assim, o
ser humano dividiu o Universo em dois mundos distintos: o material e o
espiritual. Ao menos denso, ele atribuiu a Deus o comando das coisas, mas
para o material, assumiu a posio de Deus j que Ele se encontra em
outro lugar.
Por este motivo, o ser humano dominador por natureza. Como
no consegue ver Deus na Terra e acha que Ele habita outro lugar, quer
dominar o planeta e agir livremente. Porm, o esprito sabendo que este
um mundo espiritual onde a matria possui vrias densidades, consegue
enxergar a ao do Pai sobre as coisas, inclusive sobre a sua vida.
Para os momentos onde no conseguem dominar as coisas, os
seres humanos criaram locais que servem de interligao entre o mundo
material e o espiritual: os centros, igrejas, templos etc. Nestes locais
buscam alcanar Deus e pedir a Sua interveno em determinados
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Evangelho segundo Tom Pgina 48
assuntos, ou seja, prenderam-No dentro destes locais e s O libertam
quando Dele necessitam...
Por isto Jesus faz meno queles que vos guiam. Os clrigos de
todas as religies devem entender que para se religar a Deus no h
necessidade de se recorrer a igrejas ou templos. Como morador do mundo
de Deus, o esprito pode se religar ao Pai em qualquer local.
mas o reino est dentro de vs e est fora de vs
Deus no est confinado dentro de paredes de templos e sim dentro
de cada esprito, pois age diretamente sobre seus filhos, buscando auxili-
los na elevao espiritual.
O esprito tem que compreender esta ao de Deus sobre ele para
que O encontre em todos os momentos de sua vida. Necessita entender
que Deus comanda os seus passos, momento a momento, com a finalidade
de manter o equilbrio universal atravs da Justia Perfeita. Sem entender
que nada consegue praticar sem a ao de Deus, o esprito transforma-se
em um ser humano que se julga independente de Deus para a realizao de
atos. Portanto, o esprito precisa encontrar dentro de si mesmo o Reino de
Deus, ou seja, a morada do Senhor.
A nica ao do esprito sentir e, por isso, seus atos fsicos no
passam de materializao de seus sentimentos. Deus comanda estes
atos de acordo com o sentimento do esprito, ou seja, para cada ao
espiritual, uma reao. Se o esprito sente raiva, Deus comandar para que
este esprito pratique um ato de raiva contra outra pessoa; se o esprito
sente bondade, seus atos iro condizer com este sentimento. Portanto, o
ato do esprito comandado, na forma, por Deus, de acordo com os
sentimentos que ele nutre.
Por isto Jesus resumiu as leis de Deus em apenas uma: AMAR.
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Evangelho segundo Tom Pgina 49
Quem ama no pratica atos para ferir outros espritos. Para amar
necessrio ter alegria; para mant-la necessrio nunca ver injustia. S
Deus, a Justia Suprema, pode nos garantir a justia de tudo o que
acontece.
O esprito deve procurar esta morada tambm externamente, ou
seja, tem que entender que os fatos e atos que acontecem em qualquer
lugar tambm pertencem ao Reino de Deus, ou seja, tambm so guiados
por Deus.
Se um esprito se sentir ferido por outro, deve entender que ali
existe uma ao de Deus. Acusar o ofensor de ter praticado
espontaneamente o ato negar a existncia de Deus no planeta. Sendo
um ato de Deus, ento ali existiu justia e foi praticado da maneira que
deveria ser, pois foi obra da Inteligncia Suprema do Universo. Assim
sendo, o esprito que recebe o ato no deve sentir-se ofendido, mas
acreditar que Deus, pelo Seu amor, s trar a ele o que o auxilie na sua
evoluo.
Todo esprito comandado por Deus porque habita o Seu mundo.
Desta forma, tudo o que acontece a um esprito obra do Criador como
reao a um sentimento que ele tenha emitido. Se algum consegue
ofender um esprito porque este tambm j ofendeu algum.
Se vos reconhecerdes, ento sereis reconhecidos e
sabereis que sois filhos do Pai Vivo
Aquele que encontrar Deus dentro de si e no mundo que habita, se
reconhecer como esprito e buscar sempre o amor para se nutrir. Estes
espritos sero reconhecidos por Deus e vero que Ele est Vivo, ou seja,
que age dentro de cada um. Assim, no mais emitiro sentimentos
negativos sobre o planeta e ento recebero as bnos de Deus.
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Evangelho segundo Tom Pgina 50
mas se vos no reconhecerdes, ento estareis na
pobreza, sereis a pobreza
Aqueles que ainda se entenderem seres humanos, capazes de criar
atos e fatos, permanecero fora das bnos de Deus e, portanto, sero
pobres.
Jesus, em diversas outras passagens avisou que o esprito deve
procurar juntar riquezas no mundo espiritual e no no material. As riquezas
do mundo material geram o sentimento posse, que contrrio ao amor
universal e afasta o esprito de sua real riqueza. Portanto, quanto mais
bens materiais possuir o esprito, mais pobre ele ser e mais a pobreza
representar.
Quando falamos em bens materiais, no devem ser entendidas
apenas as coisas materiais, mas tambm os bens morais e sentimentais. O
ser humano quer possuir tudo que existe: seus parentes, seus cnjuges, os
amigos, os inimigos (bens sentimentais) e a razo das coisas, o estar certo
sempre (bens morais).
Jesus no recrimina os bens materiais em si, mas a busca de sua
posse. O esprito pode ter bens materiais desde que compreenda que eles
pertencem a um mundo espiritual e no a um mundo material: no mundo
material as coisas valem por sua forma, enquanto que no mundo espiritual
as coisas valem por sua essncia. Na sua essncia uma casa um abrigo,
mas para o mundo material a casa vale pela riqueza que tenha.
O esprito que compreende o mundo espiritual em que vive, no se
importa com detalhes. Para ele, a casa ser sempre um abrigo,
independente dos adornos que tenha e ele ser sempre feliz, pois se sentir
abrigado. Por isto, para um esprito, tanto faz morar em um palcio ou em
um caixote: qualquer lugar que o abrigue, ali ele morar e ser feliz.
O ser humano que no compreende esta essncia fica sempre
procura de formas materiais mais ricas para poder possuir mais bens. Por
isto vive na pobreza espiritual, e ser ela prpria...
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Evangelho segundo Tom Pgina 51
Logia 004 - Nascimento
004. Jesus disse: o homem carregado em anos no
hesitar em perguntar a uma criana de sete dias a
respeito de onde est a Vida, e ele viver. Pois muitos
que esto em primeiro lugar ficaro em ltimo e se
tornaro um s.
o homem carregado em anos no hesitar em
perguntar a uma criana de sete dias a respeito
de onde est a Vida, e ele viver.
Se no existe o processo morte para transformao do ser
humano em esprito, tambm no existe o processo nascimento para que
o esprito altere-se para ser humano. O esprito um s durante a sua vida
carnal e pode, desde o seu incio, praticar atos espirituais. Alis, nesta
etapa da vida de recm-nascido, ele mais capaz de executar atos
espirituais do que quando estiver mais avanado na vida carnal.
O processo de crescimento do ser humano balizado pelos pais,
parentes e amigos que lhe transmitem todos os conceitos adquiridos
durante toda uma existncia como seres humanos. So eles os
responsveis por gerar a imagem ser humano no esprito que encarna.
A sociedade ensina o modo de viver, vestir, andar, comer, o que
gostar e o que no gostar, o que fazer e o que no fazer, de acordo com as
suas normas. Seu interesse formar mais um ser humano com sucesso
material em primeiro lugar, mesmo que este sucesso seja alcanado com o
cumprimento de normas divinas. Me e pai sabem obrigar o filho a estudar
para ser gente, mas no lhe transmitem o amor necessrio para que ele se
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Evangelho segundo Tom Pgina 52
entenda como filho de Deus. Isto, porque eles tambm esto preocupados
em ser algum.
a viso ser humano que estabelece as prioridades do novo ser:
primeiro, os responsveis pela criana preocupam-se em assegurar-lhe o
seu sucesso material ou a