Évora local n.º 106
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Deliberaçõesda C.M. de Évora
TEATROGarcia de Resende
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Câmara Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 12 Julho de 2012
Sabia que... A Igreja dos Lóios foi construída sobre as ruinas de um Castelo Árabe?
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Histórias e quotidianos de Évora medieval Câmara Municipal promove visita integrada no projeto “Évora, Percursos e Memórias”
No próximo Sábado, dia 14, realiza-se mais uma visita promovida pelo projeto “Évora, Percursos e Memórias - 25 Anos de Património da Humanidade, 25 Monumentos, 25 Lendas, Histórias e devoções”, que contempla a realização de visitas guiadas, uma vez por mês, a 25 edifícios emblemáticos da cidade, em percursos que, evocando a memória e a identidade da cidade, transportam os participantes para outras épocas e outras vivências. Esta visita - que tem como pano de fundo a Évora Medieval – é gratuita para os participantes, sendo que o ponto de encontro é no posto de turismo da Praça do Giraldo, pelas 18h.
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Histórias e quotidianos de Évora medieval Câmara Municipal promove visita integrada no projeto “Évora, Percursos e Memórias”
No próximo Sábado, dia 14, realiza-se mais uma visita promovida pelo projeto “Évora, Percursos e Memórias - 25 Anos de Património da Humanidade, 25 Monumentos, 25 Lendas, Histórias e devoções”, que contempla a realização de visitas guiadas, uma vez por mês, a 25 edifícios emblemáticos da cidade, em percursos que, evocando a memória e a identidade da cidade, transportam os participantes para outras épocas e outras vivências. Esta visita - que tem como pano de fundo a Évora Medieval – é gratuita para os participantes, sendo que o ponto de encontro é no posto de turismo da Praça do Giraldo, pelas 18h. Para abrir o apetite para a visita, apresentamos um texto introdutório do Historiador da Câmara Municipal, Francisco Bilou: “O centro histórico de Évora conserva na sua estrutura urbana uma forte identidade medieval, circunstância que faz dele o melhor exemplo da «cidade portuguesa» da época áurea dos Descobrimentos. Este é, aliás, um dos critérios diferenciadores da sua classificação como Património Cultural da Humanidade, em 1986.Com a outorga da primeira carta de foral por D. Afonso Henriques, em 1166, um ano após a conquista da Yabora muçulmana, a cidade ganhou um novo estatuto regional. Desde logo como principal praça-forte do além-Tejo, vasto território que manteve debilidades defensivas face às investidas muçulmanas e às incertezas quanto ao domínio português do reino do Algarve até meados do século XIII. Depois, pela dimensão e influência do seu bispado, um dos mais importantes do país. Finalmente, pela presença assídua da corte régia que aqui acabará por mandar construir o palácio real «de a par de São Francisco», o qual chegou a rivalizar com o paço da Ribeira, em Lisboa, no reinado de D. João III. Ultrapassado o recinto amuralhado tardo-romano, insuficiente para conter a população em crescimento, a cidade dos séculos XIII e XIV expandiu-se ao longo dos vários caminhos projectados ao exterior pelas principais portas da Cerca Velha e em torno dos centros religiosos recém-criados, particularmente dos mosteiros de São Francisco, à Corredoura, e de São Domingos, a Cógulos. Não se estranha por isso que o rei D. Dinis, em 1286, tivesse escolhido o adro da igreja de Santo Antoninho, junto à primitiva porta de Alconchel e ao largo fronteiro que deu origem à Praça Grande (hoje de Giraldo), para reunir com os homens-bons da cidade. Até à rápida construção da muralha medieval no reinado de D. Afonso IV, cerca de 1350, certamente motivada pela urgência sanitária da Peste Negra, a cidade densificou a sua malha urbana em arrabaldes, vilas novas e outeiros, originando duas realidades aparentemente contrastantes:
a «cidade velha», do clero secular e da velha nobreza cortesã ligada à alcaidaria e ao governo militar da cidade (os Melo e os Castro); e a «cidade nova», dos mercadores, dos mesteirais, do clero regular e da nobreza terratenente, promovida e estimada pela dinastia de Avis. Foi esta mesma cidade medieval, mercantil, aristocrática e devota, que chegou aos alvores do século XVI como a «segunda do reino», e cuja pujança económica, política e religiosa reflectia, igualmente, o peso da sua população residente, estimada à volta de 13.000 habitantes no Numeramento de 1528.De tudo isto pretende dar notícia esta visita vespertina consagrada às «histórias e quotidianos de Évora medieval», sem esquecer a memória dos bairros «çarrados» de mouros e judeus; a toponímia urbana, fértil de antropónimos e alcunhas; os factos e as figuras singulares; e os pequenos «nadas» esculpidos na pedra, esgrafitados nas paredes, persistindo teimosamente à passagem dos séculos. Tudo isto a dar corpo a um tentador desafio de descoberta de ruas, travessas, becos e recantos. Quem sabe se não é este, verdadeiramente, um dos maiores encantos de Évora, cidade património da humanidade.”
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Deliberaçõesda Câmara Municipal de Évora
Em reunião pública de 13 de Junho
Câmara de Évora aprovou parecer em defesa da continuação das escolas nas freguesias rurais
A Câmara Municipal de Évora aprovou por unanimidade um parecer em se manifesta contra o encerramento das escolas do 1º ciclo do Ensino Básico da Boa-Fé, S. Miguel de Machede, Torre de Coelheiros e Vendinha proposto pela Direção Regional de Educação do Alentejo (DREA).Perante isto, a Câmara Municipal “mantém a sua posição de descontentamento face a esta decisão, que representa mais um fator de perda significativa de atratividade e de qualidade de vida nos meios rurais”, afirmando que “a proximidade da escola com as populações é fator de combate quer ao absentismo, quer ao abandono, já que o sucesso também se faz, para além dos resultados, com a conclusão em tempo próprio da escolaridade obrigatória”.No ofício da DREA, em que é apresentado um quadro caraterizando as sete escolas básicas de freguesias rurais que têm um número previsível de alunos inferior a 21, a Câmara de Évora contesta as observações que são feitas às escolas da Vendinha, Torre de Coelheiros e de S. Miguel de Machede relativamente à não intervenção no equipamento. Quer a Câmara Municipal de Évora, quer as respetivas Juntas de Freguesia efetuaram sempre ao longo dos anos investimentos na manutenção e melhoria destes equipamentos.Além de outras considerações, a autarquia eborense aponta ainda neste documento que na Boa-Fé, “com o encerramento da sala de 1º ciclo de Ensino Básico deixar-se-á três crianças na sala de Jardim-de-Infância, implicando que apenas uma educadora e uma auxiliar estejam presentes o que, com as caraterísticas de localização da própria escola, se torna totalmente inadequado e será seguramente do desagrado das famílias”.Finalmente, no que respeita aos transportes escolares, mantendo-se as condições de financiamento dos circuitos dos alunos transportados acordadas entre o Ministério da Educação e a Associação Nacional de Municípios Portugueses será impossível à autarquia assegurar esse transporte. Por todas estas razões e nas atuais condições, a Câmara de Évora dá como parecer a não-aceitação do encerramento proposto.
Outros assuntos tratados
No período antes da ordem do dia, o Presidente da Câmara Municipal, José Ernesto d’ Oliveira, informou sobre a realização de um congresso extraordinário da Associação Nacional de Municípios Portugueses no final de Setembro deste ano e foi apreciada e debatida em traços gerais a atual situação dos municípios e o memorando estabelecido entre o Governo e a ANMP. A Câmara de Évora mostra-se globalmente preocupada e assume que irá continuar a acompanhar muito de perto o evoluir de toda esta situação.
Informou também sobre o pedido de suspensão de mandato da Srª Vereadora Jesuina Pedreira por 60 dias, a partir de 21 de Maio, por motivos de doença, sendo substituída durante este período pelo Sr. Prof. Luis Filipe Guerreiro Martins, o cidadão imediatamente a seguir na ordem da lista da CDU dos candidatos à Câmara Municipal.
A Vereadora Cláudia Sousa Pereira comunicou à Câmara o ponto de situação da nova Escola dos Canaviais, reafirmando que a autarquia está a fazer tudo o que está ao seu alcance para garantir a abertura desta infraestrutura escolar no princípio do próximo ano letivo.
De entre o conjunto de pontos tratados nesta reunião, de salientar também que a Câmara tomou conhecimento da instauração imediata de um processo arbitral contra o Estado Português e a Águas do Centro Alentejo, S.A., tendente, por um lado, à resolução do contrato de fornecimento e, por outro, à formulação de um pedido indemnizatório, para ressarcimento dos prejuízos incorridos pela Câmara Municipal de Évora.
O Executivo camarário tomou ainda conhecimento, e congratula-se, com a proposta apresentada pela Paróquia de São Brás para implantação de busto em homenagem ao Cónego Manuel da Silva Barros, na Rua Estrela Faria, junto ao Centro Social de São Paulo.
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Sabia queA Igreja dos Lóios foi construída sobre as ruinas de um Castelo Árabe?
A Igreja de S. João Evangelista foi fundada em 1485, por D. Rodrigo de Melo, 1º. Conde de Olivença, destinada a panteão familiar, e onde tiveram sepultura os descendentes, Marqueses de Ferreira e Duques de Cadaval. A sua entrada principal apresenta um pórtico de estilo gótico flamejante do século XV, junto a uma lápide em forma de baldaquino, com a inscrição da sua fundação e com o brasão do seu fundador.No seu interior, a nave tem abóbadas ogivais com nervuras góticas e conserva precioso revestimento azulejar, historiado, de autoria de António de Oliveira Bernardes, datado de 1711. No chão existem os túmulos dos Duques de Cadaval e seus ascendentes. Ao centro da igreja existe uma cripta com ossos dos frades do Convento dos Lóios e uma cisterna árabe, pois esta igreja foi construída sobre as ruínas de um castelo árabe, destruído durante as revoltas a favor do Mestre de Avis, em 1384. A parede da nave tem uma tribuna do século XVII mandada construir pelo 1º. Duque de Cadaval, D. Nuno Álvares Pereira de Melo. O altar principal é de estilo maneirista e as Imagens representam S. João Evangelista; as paredes estão revestidas com azulejos do século XVII, policromados, estilo tapete. Na Capela do Rosário estão as edículas tumulares de bronze, de estilo gótico, flamengas, e muito raras, de finais do século XV, dos esposos D. Branca de Vilhena e Rui de Sousa, chanceler-mor de D. João III e plenipotenciário no Tratado de Tordesilhas (1494). A Capela do Santíssimo tem um altar dourado do século XVIII, com um túmulo renascentista do século XVI, pertencente ao latinista e professor régio D. Francisco de Melo; a construção deste túmulo é atribuída a Nicolau Chanterene. Na outra parede desta capela está o túmulo de D. Manuel de Melo, Governador de Tânger.
Bibliografia e Fotografias:www.palaciocadaval.com.ESPANCA, Túlio, Évora: encontro com a cidade. Évora: Câmara Municipal de Évora, 1988.
A Igreja dos Lóios (S. João Evangelista)
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Cinema no Auditório Soror Mariana | Julho
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