exegese de joão 7_53-8_11 - a mulher pecadora

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Uma pecadora em julgamento (Joo 7:53-8:11) Exegese Trabalho apresentado por Evaldo BerangerNa disciplina Escritos Joaninos Prof. Isidoro Mazzarolo Rio de Janeiro, Outubro de 2006 21.Delimitaodotextoealgumasconsideraessobreocontexto imediato Apercopequevaide7:53a8:11tratadamulheradlteraquefoilivredo apedrejamentoatravsdeumapalavradeJesusquesetornouproverbialat osdiasatuais.consideradaportodososcomentaristasconsultados1como umainterpolao2.Sistojbastariaparadelimitaroincioeofimda percope,tendoemvistaaanlisemanuscriptolgicadaseo.Noentanto, cabeaquiumaobservaodequeaseo,quetemincio,conformeaBblia de Jerusalm em 7:1 (A festa das tendas A grande revelao messinica, A grandeRejeio)temasuacontinuidadenaturalentre7:52e8:11quebrada pelainterpolaodapresentepercope.Aseqncia,segundaaBJ3,seriaa seguinte:7:1-24JesussobeaJerusalmparaafestaeensina.7:25-30 DiscussesdopovosobreaorigemdeCristo.7:31-36-Jesusanunciaasua prxima partida. 7:37-39 Promessa da gua viva. 7:40-52 - Novas discusses sobre a origem de Cristo 8:12-13 - Jesus, luz do mundo. 8:13 -29 - Discusso sobre o testemunho que Jesus d de si mesmo...Comosev,apercopede7:53-8:11paraaBJdesajeitadanoesquema propostoenanotaderodapsedizqueelatemumestilosinticoepoderia ser atribuda a So Lucas, no podendo ser de So Joo. Bruce4 to enftico nodeslocamentodestapercopeemrelaoaocontextoquetratadelaem apndiceenonodecorrerdocomentrio,indonaturalmentede7:52para 8:12 sem soluo de continuidade. Sua estrutura fica assim delineada:7:1-10:39 O Ministrio em Jerusalm.1. A Festa dos Tabernculos (7:1-8:59). a) Jesus e seus irmos (78:1-9).b) entusiasmo na festa (7:10-13).c) Jesus na Festa (7:14-8:59) 1. Moiss e Cristo (7:14-24)2. As reivindicaes messinicas de Jesus (7:25-31).A gua viva: continuao do debate messinico (7:37-44)5. Descrena em alto nvel (7:45-52).6. A luz do mundo (8:12-20).7. Eu sou (8:21-30). 8. Os filhos de Abro (8:31-59).JHendriksen5,emboraconsiderequeaevidenciatextualparaapresena desta percope neste local em Joo seja muito fraca, argumenta que a insero apropriada.Paraeleumacontrovrsianamesmalinhadascontrovrsias do captulo anterior e uma preparao para a percope seguinte, onde Jesus se 1 Vide Bibliografia 2 Vide Critica Textual. 3 Bblia de Jerusalm Paulus. So Paulo, SP, 2002 4 Bruce, F.F. Joo. Introduo e Comentrio. Mundo Cristo. So Paulo. SP, 1987 p.150-182 5 Hendriksen, William. Joo, Comentrio do Novo Testamento. Editora Cultura Crist. So paulo. SP, 2004 . p. 365-368. 3declaraaluzdomundo,lembremo-nosdequeestamulherestava caminhando em escurido moral 6.Considerando o texto como ele se encontra em nossas verses modernas, sem levaremcontaacrticatextual,decisivanestecaso,aindaassim,nota-sea favor desta delimitao da percope queh evidncias internas que indicam o incio e o fim da percope. Assim, vejamos:1.Mudanadeespao:7:45-52,Peranteoschefesdossacerdotese 7:53, Casa... Monte das Oliveiras... Outra vez no templo.2.Mudanadepersonagens:7:45-52,guardas,chefedossacerdotes, fariseus,Nicodemos7:53-8:11,Jesus,amultido,osescribase fariseus, a mulher. 3.Assuntosetemasdiferentes:7:45-52,FrustraoemprenderJesus. 7:53 8:11, Armadilha para acus-lo. 8:13-14, Jesus Luz do mundo. 4.H claramente uma concluso da controvrsia em 8:10-11 com ditos conclusivos de Jesus para a mulher. 5.Humamudanaclaradetempoem8:12(Eat|eu|)edeauditrio (auet,) contra 8:10 (e `Iceu, .t:.| au) estabelecendo assim o fim da percope em 8:11. Porisso,adelimitaodaPercopeem7:53a8:11claramentepercebida, tanto pela evidncia da crtica textual, como pela evidncia da crtica interna. 6 Op. cit p. 367. 42.Textogrego,tradueseSegmentaodotexto:BGT7,TL8ARA9 e BJ10. Joo 7:53 - 8:11 BGT [[sat. :e.u ca| . sace, .t , e | et se| au eu , TLE foram cada (um) para a casa [sua] ARAE cada um foi para sua casa. BJE cada um voltou para sua casa BGT 8:1 `Iceu, e. .:e.u .t , ee e, . | . at. |.

TLJesus, porm, foi para o monte das Olivieras ARAJesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras. BJJesus foi para o monte das Oliveiras BGT 2 0eu e. :at| :a.,. |.e .t , et .e |TLDe madrugada, porm, de novo veio para o templo ARA2 De madrugada, voltou novamente para o templo,BJAntes do nascer do sol, j se achava outra vez no templo BGT sat:a , eae, ,.e :e , au e |,TLe todo o povoveio perante ele ARAe todo o povo ia ter com ele;BJTodo o povo vinha a ele, BGT satsat ca, . et eacs.| au eu ,.

TLe, assentado, ensinava-os ARAe, assentado, os ensinava. BJE, sentando-se, os ensinava BGT 3A,euct|e. et ,aa.t ,satet1atcatet,u|at sa. :tet,.t asa.t. ||TL 3 Trazem,porm,osescribaseosfariseus(uma)mulheremadultrio surpreendida ARA 3Osescribasefariseustrouxeramsuapresenaumamulher 7 Uma combinao de UBS4/Nestle-Aland 27th Ed. Greek New Testament (BNT) e Rahlfs' LXX (LXT), Copyright 1998-1999 BibleWorks, LLC. 8 Traduo literal. 9 Traduo Joo Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada, Sociedade Bblica do Brasil. 2 Ed 1993 10 Bblia de Jerusalm. Paulus. So Paulo. SP, 2004 5surpreendida em adultrioBJ 3 Osescribaseosfariseustrazem,ento,umamulhersurpreendidaem adultrio BGT satc ca|., au | . | . c.

TLe colocando-a em meio ARAe, fazendo-a ficar de p no meio de todos, BJe, colocando-a no meio BGT 4 .,euct| au.TL 4 dizem-lhe ARA 4 disseram a Jesus:BJ 4 dizem-lhe BGT etea csa.,TLMestre, ARAMestre,BJMestre,BGT au ,u| sa.t:at .:` aue|.. et,.ue.|

TLestaa mulher foi surpreendida no ato do adultrio ARAesta mulher foi apanhada em flagrante adultrio. BJEsta mulher foi surpreendida em flagrante delito de adultrio BGT 5 .| e. . |e. t| \.u c , . |..t ae a , etaua, ta,.t|.TL 5 (E) na lei a ns Moiss mandou as tais apedrejar;ARA 5 E na lei nos mandou Moiss que tais mulheres sejam apedrejadas;BJ 5 Na Lei, Moiss nos ordena apedrejar tais mulheres BGT cueu | t. ,.t,,

TLTu, pois, que dizes? ARAtu, pois, que dizes? BJTu, pois, que dizes? BGT 6 eue e. ..,e| :.ta,e|., aue|,TL 6 Isto, porm, diziam, tentando-o ARA 6 Isto diziam eles tentando-o,BJ 6 Eles assim diziam para p-lo prova, BGT t |a . ,.ct| sa,e.t | au eu .TLPara terem (de que) [o] acusar ARApara terem de que o acusar.BJA fim de terem matria para acus-lo BGT e e. `Iceu, sa. sua, . easu. sa.,a|.| .t , | , |a TLmas Jesus para baixo inclinando-se com dedo escrevia (traava) na terra 6ARAMas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. BJMas jesus, inclinando-se, escrevia no cho com o dedo BGT 7 ., e. .:..|e| ...|., aue|,TL 7como, porm, continuavam inquirindo-o ARA 7 Como insistissem na pergunta,BJ 7 Como persistissem em interrog-lo BGT a|.su.|TLLevantou-se ARAJesus se levantou BJErgueu-se BGT sat .t:.| auet,TLe disse-lhes ARAe lhes disse:BJE lhes disse BGT ea |aa e, u . | :. e, . :` au | a. . t e|.

TLo sem pecado de vs primeiro sobre ela atire pedra ARAAquelequedentrevsestiversempecadosejaoprimeiroquelheatire pedra. BJQuemdentrevsestiversempecado,sejaoprimeiroalheatiraruma pedra BGT 8 sat :at| saasua, .,a|.| .t , | , |. TL 8 E, de novoinclinado, escrevia no cho. ARA 8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no cho. BJ 8 Inclinando-se de novo, escrevia no cho. BGT 9et e. a seu ca|.,.,e|e.t,sa`.t,aa.|eta:e.| :.cu..|TL 9 [mas] os que ouviram,saram um a um, principiando com os ancios ARA 9Mas,ouvindoelesestarespostaeacusadospelaprpriaconscincia, foram-se retirando um por um, a comear pelos mais velhos at aos ltimos,BJ 9 , Eles, porm, ouvindo isto, saram um aps outro, a comear pelos mais velhos BGT satsa..t | e |e, sat ,u| .| .c. euca. TLEsendo deixado s e a mulher no meio estandoARAficando s Jesus e a mulher no meio onde estava.BJEle ficou sozinho e a mulher permanecia s, no meio. BGT 10 a|asua, e. e `Iceu , .t :.| au TL 10 Erguendo-se, porm, Jesus disse-lhe 7ARA 10Erguendo-seJesusenovendoaningummaisalmdamulher, perguntou-lhe:BJ 10 Ento, erguendo-se, Jesus lhe disse: BGT ,u|at,:eu .tct|, TLMulher, onde ele esto? ARAMulher, onde esto aqueles teus acusadores? BJMulher, onde esto eles? BGT eue.t, c. sa.st|.|,

TLNingum te condenou? ARANingum te condenou? BJNingum te condenou? BGT 11 e. .t:.| eu e.t ,, su t.. TL 11 Ela [a], porm, disse: Ningum, Senhor. ARA 11 Respondeu ela: Ningum, Senhor!BJ 11 Disse ela: Ningum, Senhor BGT .t :.| e.e`Iceu ,TLDisse, ento, Jesus: ARAEnto, lhe disse Jesus:BJDisse, ento, Jesus:BGT eue. .,. c. saast|.TLNem eu te condeno ARANem eu tampouco te condeno; BJNem eu te condeno BGT :e.ueu, [sat| a:e eu |u| s.t aaa|..|| TLVai e desde agora no mais peques. ARAvai e no peques mais. BJVai, e de agora em diante no peques mais 83. Crtica Textual11. 7.538.11 Aevidnciaemproldaorigemnojoaninadapercopesobreaadltera esmagadora. Est ausente de manuscritos antigos e diversos como |66,75 a B LNTWXY^OT014102112233124157209788828123012411242 12532193etal.OsCdicesAeCsodefeituososnesteponto,mas altamenteprovvelquenenhumdelescontivesseapercope,pois,uma mediocuidadosamostraquenosobrariaespaosuficiente,nasfolhas perdidas, para incluir a seo, juntamente com o resto do texto. No Oriente, a passagemestausentedaformamaisantigadaversosiraca(syrc,seos melhores manuscritos de syrp), bem como das verses sadica e subacmmica edosmaisantigosmanuscritosboricos.Algunsmanuscritosarmniosea antigaversogergicaaomitem.NoOcidente,otrechoestausenteda versogticaedediversosmanuscritosemlatimAntigo(ita,l*,q).Nenhumpai da Igreja grega, antes de Eutmio Zigabeno (Sculo XII d.C.) comenta sobre a passagem;eEutmiodeclaraqueascpiasexatasdoEvangelhonoa contm. Quandoalgumadicionaaessaimpressionanteediversificadalistade evidnciaexternaaconsideraoqueoestiloeovocabulriodapercope diferenotavelmentedorestodoquartoevangelho(verqualquercomentrio crtico),equeinterrompeaseqnciade7:52e8:12ss.,ocasocontraa autoria joanina dessa percope parece conclusivo. Aomesmotempo,anarrativatemtodosossinaisdeserhistoricamente veraz.ObviamenteumapeadaTradiooralquecirculavaemcertas poresdaIgrejaocidental,eque,subsequentemente,foiincorporadaem vrios manuscritos, em diversos lugares. A maioria dos copistas evidentemente pensouqueinterromperiamenosanarrativadeJoosefosseinseridaaps7.52 (D E (F) G H K M U l E 28 700 892et al). Outros a situaram aps 7.36 (ms.225)ouaps7.44(vriosmssGergicos.)ouaps21.25(15651076 15701582armmss)ouapsLucas21.38(]13).Muisignificativamente,em muitosdostestemunhosquecontmapassagem,elamarcadacom astersticoseobeli,indicandoque,emboraescribasinclussemanarrativa, tinham conscincia de que lhe faltavam credenciais. Algumasvezes,ditoqueapercopefoideliberadamenteretiradado quartoevangelho,porquepodiaserentendidaanarrativacomoumaespcie deindulgnciaparacomoadultrio.Mas,partedaausnciadequalquer instncia,emqualquerlugar,deexcisoescribaldealgumapassagemto extensa, devida prudncia moral, essa teoria no consegue explicar porque ostrsversculospreliminares(7:53;8:12),toimportanteeque aparentementedescrevemotempoeolugarondeosdiscursosdocaptulo 11 METZGER, BRUCE M. Textual Commentary on the Greek New Testament (second edition), by Bruce M. Metzger.Copyright 1994 by Deutsche Bibelgesellschaft (German Bible Society). 9oitavoforamproferidos,teriamsidoomitidosjuntamentecomoresto(Hort, Notes on Select Readings, pp. 86 f.). Emboraacomissotenhasemostradounnimenaopiniodequea percope no fazia parte original do quarto evangelho, em deferncia patente antiguidadedapassagem,amaioriadecidiuimprimi-la,dentrodecolchetes duplos, em seu lugar tradicional, ou seja, aps Joo 7:52.Jqueotrrechoestausentedosmaisantigosemelhoresmanuscritos, que normalmente servem para identificar os tipos de texto, nem mesmo fcil tomarumadecisoentreformasalternativas.Sejacomofor,deve-se compreenderqueosnveisdecerteza({A}),({B})estodentrodoarcabouo da deciso inicial relativa passagem inteira 8.3 ,u|atsa .:t et,.ta {C} Algunspoucostestemunhos(D1071)substituemet,.ta pelomenos especfico aata, talvez em antecipao ao final do v.11. 8.4Ocomentrioatinenteaomotivodesubmeter-seJesusateste,ocorreem alguns poucos testemunhos no v. 4; na maioria, no v. 6; e ainda outros, ou no v. 8 ou no v.11 8.6 eu e e. aueu {A} Algunsmanuscritosomitemasprimeirasnovepalavrasdesteverso, preferindo introduzir a declarao ou aps o v 4 (D 1071) ou aps o v. 11(M).8.7 aue| auet, {A} Algumastestemunhasomitemaue|comosuprfluo,enquantooutros substituemau et ,pelafrasepreposicional:e ,au eu ,.Paraocomit qualquer das leituras aceitvel. 8.8 , |{A} AfimdesatisfazercuriosidadepiedosaconcernenteaoqueJesus escreveunocho,aps, |vriastestemunhas(UE73331364700782 1592armmss)adicionamaspalavras.|e, .sa ceu au . | a , aat a,(os pecados de cada um deles). 8.9 et e. aseuca|., .,e|e .t, sa` .t, {A} O texto bsico da percope continuado a fim de ser ampliado mediante a adiodeglosasexplanatrias.OTextusReceptusacrescentaadeclarao que os prprios acusadores da mulher foram reprovados por sua conscincia prpria (u :e , cu|.te c.., . .,,e .|et). 8.9 :.cu. .| {A} A forma :.cu. .| foi expandida mediante a adio de uma clusula (de umaformaoudeoutra),indicandoquetodososacusadoresdamulherse foram embora.. 8.10 `Iceu , {A} O texto foi elaborado atravs da adio (de uma forma ou de outra) de uma clusula que se refere ao ato de Jesus olhar para a mulher. 8.10 :eu .tct| {A} OTextusreceptus,seguindoEFGK1079al,adiciona.s.t|etet sa ,eetceu (aqueles teus acusadores). 104. Pr-texto e contexto literrio. 4.1.O IV Evangelho, redao e autoria.A percope em relao aos Evangelhos de Joo e Lucas. Nopertenceaoescopodopresentetrabalhotratardascomplexasquestes concernentessinmerasteoriasacercadacomposioeautoriadochamadoquarto evangelho.Umolharsuperficialsobreosevangelhospodenoslevaraconcluir,coma posiotradicional,queoIVEvangelhonodevesercontadoentreossinticospor diferirestruturalmenteetematicamentedosmesmos.SegundoKummel12,Joose diferencia dos sinticos, pelos aspectos puramente formais, em 3 sentidos: 1. O nmero de viagens a Jerusalm diferente nos sinticos e em Joo. 2. A estrutura cronolgica e topogrfica da atividade de Jesus nos Sinticos e em Joo so diferentes. 3. A descrio daobraeensinamentodeJesusseguelinhasdiferentesnosSinticoseemJoo. SegundoMazzarolo13,noentanto,precisomudaraformadeanliseeestudodos evangelhos, no que diz respeito diviso tradicional entre sinticos e o IV Evangelho. H claramente uma dependncia entre os trs primeiros, Na verdade, os trs primeiros evoluemumemrelaoaooutro14.MasasdiferenasentreesteseJoonoindicam necessariamentequeoautordesconheceuasfontesutilizadas.precisolevarem considerao a inteno da obra, as necessidades da comunidade a quem a obra se dirige ealiberdadedeincluirouabandonarumtextooufonteemvirtudedoobjetivodo relato. Os evangelhos sempre foram analisados pelo ngulo da estrutura. Assim, a estrutura de Marcos estava presente em Mateus e Lucas e por isso, estes foram chamados Sinticos, eJooficavaforadessaarquitetura.Olhandomaisdetalhadamentenota-sequea formateolgicamaisimportantequeasupostaarquitetura.AteologiadeMateus est muito alm daquela de Marcos. A mesma relao pode ser feita com Lucas ou Joo, em relao ao anterior. mister fazer uma nova leitura!15. justamente na perspectiva de dependncia de Lucas em Joo que a presente percope ganharelevncia.ACrticatextualnosinformaquealgunsmanuscritossituamesta mesmapercopeemLucas,aps21:37,38eantesde22:1quefornecemumamoldura apropriada para este episdio, j que o anteriornos relata que Jesus costumava ensinar notemplo(ambienteecontextodapercope)equenoiteeleiaparaoMontedas Oliveiras(oquecombinacomapercope)eaposteriornosdizqueosprincipais sacerdotes e os escribas (personagens tambm presentes em Joo) procuram ocasio de comotiraravidadeJesus(oquedumenquadramentoperfeitoparaapercopeem tela). Seria a colocao desta percope alternadamente nestes dois contextos um indcio de que os copistas perceberam a semelhana e dependncia entre Joo e Lucas? 12 Kmmel, Werner Georg. Introduo ao Novo Testamento. Edies Paulinas. So Paulo, SP, 1982 p. 253-254 13 Mazzarolo, Isidoro. Nem aqui, nem em Jerusalm. Rio de janeiro. Mazzarolo Editor, 2001. p 10-11. 14 Op. Cit. p.11 15 Op. Cit. p.13 com ref. a Mazzarolo, Isidoro. Lucas em Joo, uma nova leitura dos evangelhos. Porto Alegre, Mazzarolo, I. 2000 11Mazzarolo16encontraoutroparalelo,associandoapercopedeJoocomsua correspondente em Lucas 7:36-50. Ambas as percopes, dentro da tradio judaica, tm o mesmo pr-texto, a saber: a) o tratamento dispensado pela lei mulher dentro da viso farisaica, a partir de Esdras para frente (Esd 9:10). b) A forma interpretativa da lei e da profeciapelosfariseus,osquaisnoreconhecemCristo.Emambososrelatoshum contraste entre a atitude da mulher e do fariseu (ou escriba) diante de Cristo. Em ambos, Jesus apresentado como Rabi e tratado pelos seus opositores como tal, sendo que em ambos Jesus assume claramente a postura corporal e as atitudes sociais de um rabi. Em ambos,fala-sedoperdoconcedido.Porfim,emambososrelatosamulhernotem nome. Quantoquestodaautoriadapercope,noh,diantedasconclusesdaCrtica textual,comodetermin-la,jqueaprpriaautoriadoQuartoEvangelhoobjetode tantasteoriasdiferentes17.NoentantoapercopedeJootemcaractersticas marcadamenteLucanas18,poisaatitudedeJesusnapercopecombinamaiscomos apoftemas sinticos do que com os longos discursos e reflexes caractersticos de Joo. 4.2.Autenticidade da percope. Parececlaro,diantedoexpostoqueapercopenopertenciaoriginalmenteaoIVEvangelhoequeparecetersidoumatradioindependentequefoiencaixadapelos copistas em vrios lugares tanto no Evangelho de Joo como no de Lucas.19 Noentanto,orelatotemumsabordeautenticidadeinegvel,tantoquefoipreservado comoumautnticorelatocondizente com a posturadeJesusemrelaomulher,aos fariseuseescribas.Suaternuraparacomospecadoreseparacomosmenores.Uma postura no indulgente para com o pecado, mas uma atitude de acolhida em relao ao pecador.Oambientejudaico-palestinenseestpresentetantonaposturadeJesus ensinandocomoumrabiqueseassentacomautoridadeparaensinar20.Enfim,embora de origem aparentemente lucana, esta passagem encaixa-se bem neste contexto de Joo e as razes histricas deste relato parecem se encaixar no estilo, personalidade, misso e atitudes atribudas a Jesus tanto nos sinticos como no prprio evangelho de Joo. 16 Mazzarolo, Isidoro. Lucas em Joo, uma nova leitura dos evangelhos. Porto Alegre, Mazzarolo, I. 2000 p.177 ss 17 Para discusses acerca da autoria veja Vielhauer, Philipp. Histria da Literatura Crist primitiva. Santo Andr. SP. Editora Academia Crist Ltda, 2005 p. 481-488 etKmmel, Werner Georg. Introduo ao Novo Testamento. Edies Paulinas. So Paulo, SP, 1982 p. 298-314. 18 Mazzarolo, Isidoro. Lucas em Joo, uma nova leitura dos evangelhos. Porto Alegre, Mazzarolo, I. 2000 p.181. 19 Kmmel, Werner Georg. Introduo ao Novo Testamento. Edies Paulinas. So Paulo, SP, 1982 p.262 etLpple, Alfred. Bblia, interpretao atualizada e Catequese. Vol. 4. So Paulo. SP. Edies Paulinas. P.176. 20 Mazzarolo, Isidoro. Lucas em Joo, uma nova leitura dos evangelhos. Porto Alegre, Mazzarolo, I. 2000 p.181 125. Exegese 5.1.Anlise Morfolgica e Lexicogrfica dos termos principais. 7:53, 8:1 . :e.u ca| Verbo Indicativo aoristo passivo 3 p plural de :e.u eat. :e.u verbo indicativo aoristo passivo 3 p. singular de :e.u eat Aparece 3 vezes nesta percope: em 7:53, 8:1 e 811.1) conduzir, transportar, transferir1a) persistir na jornada iniciada, continuar a prpria jornada1b) partir desta vida1c) seguir algum, isto , tornar-se seu adepto1c1) achar o caminho ou ordenar a prpria vida 8:2 sat ca, Verbo Particpio Aoristo ativo nominativo masculino singularde sat,.1) fazer sentar1a) colocar, apontar, conferir um reino a algum2) intransitivamente2a) sentar-se2b) sentar2b1) ter residncia de algum fixa2b2) permanecer, assentar, estabelecer-se Neste texto tem o sentido de sentar com autoridade para ensinar. . et eacs.| verbo indicativo imperfeito ativo 3 p singular deetea cs. 1) ensinar1a) conversar com outros a fim de instruir-los, pronunciar discursos didticos1b) ser um professor1c) desempenhar o ofcio de professor, conduzir-se como um professor2) ensinar algum2a) dar instruo2b) instilar doutrina em algum2c) algo ensinado ou prescrito2d) explicar ou expor algo2f) ensinar algo a algum 8:3 A,euct| verbo indicativo presente ativo 3p plural de a ,. 1) guiar, conduzir1a) conduzir segurando com as mos, levando deste modo ao destino final: de um animal1b) seguir acompanhando at um lugar131c)comandarcomapersonalidadedealgum,nomearalgumcomoum ajudante1d) conduzir, trazer1e) levar para a corte de justia, magistrado, etc.2) guiar, conduzir2a) conduzir, guiar, dirigir2b) guiar atravs, conduzir para algo2c) mover, impelir: pela fora e influncia da mente3) passar um dia, guardar ou celebrar uma festa, etc.4) ir, partir et,.t aSubstantivo dativo feminino singular de et,.ta1) adultrio sa.t. ||verboparticpioperfeitopassivoacusativofemininosingularde saaaa |. aparece em 8:3 e 8:4. 1) obter, tornar prprio1a)dominaraopontodeincorporarcomoseu,obter,alcanar,tornarprprio, tomar para si mesmo, apropriar-se1b) apoderar-se de, tomar posse de1b1)demalesqueassolamsurpresivamente,doltimodiasurpreendendoo perverso com destruio, de um demnio pronto para atormentar algum1b2)numbomsentido,deCristoquepeloseusantopodereinfluncia apropria-se da mente e vontade humana, a fim de ajud-la e govern-la1c) detectar, capturar1d) capturar com a mente1d1) entender, perceber, aprender, compreender c ca|., verbo particpio aoristo ativo nominativo masculino plural de tct 1) causar ou fazer ficar de p, colocar, pr, estabelecer1a) ordenar ficar de p, [levantar-se]1a1) na presena de outros, no meio, diante de juzes, diante dos membros do Sindrio;1a2) colocar1b) tornar firme, fixar, estabelecer1b1) fazer uma pessoa ou algo manter o seu lugar1b2)permanecer,sermantidontegro(defamlia,umreino),escaparem segurana1b3)estabeleceralgo,faz-lopermanecer1b31)segurarousustentara autoridade ou a fora de algo1c) colocar ou pr numa balana1c1) pesar: dinheiro para algum (porque antigamente, antes da introduo da moeda, era costume pesar os metais)2) permanecer2a) ficar de p ou prximo2a1) parar, permanecer tranqilo, permanecer imvel, permanecer firme2a1a) da fundao de uma construo2b) permanecer2b1)continuarseguroeso,permanecerileso,permanecerprontoou preparado142b2) ser de uma mente firme2b3) de qualidade, algum que no hesita, que no desiste 8:4 etea csa. Substantivo vocativo masculino singular de etea csae,1) professor2) no NT, algum que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem1a) algum que qualificado para ensinar, ou que pensa desta maneira1b) os mestres da religio judaica1c) daqueles que pelo seu imenso poder como mestres atraem multides, i.e., Joo Batista, Jesus1d)pelasuaautoridade,usadoporJesusparareferir-seasimesmocomo aquele que mostrou aos homens o caminho da salvao1e) dos apstolos e de Paulo1f) daqueles que, nas assemblias religiosas dos cristos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Esprito1g) de falsos mestres entre os cristos au e|. .adjectivo normal dativo neutro singular de au e |.e, 1) no ato2) pegar no ato do roubo3) pegar no ato de perpetuar qualquer outro crime et,.ue. |verboparticpiopresentepassivonominativofemininosingularde et,.u .1) cometer adultrio1a) ser um adltero1b) cometer adultrio com, ter relao ilcita com a mulher de outro1c) da mulher: permitir adultrio, ser devassa1d) Uma expresso idiomtica hebraica, a palavra usada daqueles que, pela solicitaodeumamulher,solevados\aidolatria,i.e.,acomerdecoisas sacrificadas a dolos 8:5 . |..t ae verbo indicativo aoristo mdio 3 p singular de .|.eat1) ordernar, mandar que seja feito, encarregar Notexto,temosentidodeummandamento,umaordemdadaporDeus atravs de Moiss. etaua, adjetivo demonstrativo acusativo feminino plural de eteu e,1) como esse, desta espcie ou tipo. Parece indicar um profundo desprezo pela mulher. ta,.t| verbo infinitivo presente ativo de ta ,.1) matar por apedrejamento, apedrejar2) atirar pedras em algum 8:6 :.ta ,e|.,verboparticpiopresenteativonominativomasculinopluralde :.ta ,. 151) tentar para ver se algo pode ser feito1a) tentar, esforar-se2)tentar,fazerumaexperinciacom,teste:comopropsitodeapurarsua quantidade, ou o que ele pensa, ou como ele se comportar2a) num bom sentido2b)nummausentido,testaralgummaliciosamente;pr\aprovaseus sentimentos ou julgamentos com astcia2c) tentar ou testar a f de algum, virtude, carter, pela incitao ao pecado2c1) instigar ao pecado, tentar1c1a) das tentaes do diabo2d) o uso do AT2d1)deDeus:infligirmalessobrealgumafimdeprovarseucarterea firmeza de sua f2d2)oshomenstentamaDeusquandomostramdesconfiana,comose quisessem testar se ele realmente confivel2d3)pelacondutampiaoum,testarajustiaeapacinciadeDeuse desafi-lo, como se tivesse que dar prova de sua perfeio. sa,e.t | verbo infinitivo presente ativo de sa,e. . 1) acusar1a) diante de um juiz: fazer uma acusao1b) de uma acusao extra-judicial sua, verbo particpio aoristo ativo nominativo masculino singular de su:.1) inclinar-se, curvar, curvar a cabea sa. ,a|.| verbo indicativo imperfeito ativo 3p singular de saa,a |.1) escrever, com referncia \a forma das letras1a)delinear(ouformar)letrasnumatabuleta,pergaminho,papel,ououtro material2) escrever, com referncia ao contedo do escrito2a) expressar em caracteres escritos2b)comprometer-seaescrever(coisasquenopodemseresquecidas), anotar, registrar2c) usado em referncia \aquelas coisas que esto escritas nos livros sagrados (do AT)2d)escreverparaalgum,i.e.darinformaoouinstruesporescrito(em uma carta)3) preencher com a escrita4) esboar atravs da escrita, compor 8:7 a|.su.| verbo indicativo aoristo ativo 3p singular dea |asu :.1) levantar ou erguer-se1a) o prprio corpo1b) a prpria alma1b1) ser elevado ou exaltado a |aa e,adjectivenormalnominativemasculinesingularnodegreefrom a |aa e, 1) sem pecado161a) de algum que no tem pecado1b) de algum que no pode pecar a.. verb imperative aorist active 3rd person singular from a .1) lanar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai1a) espalhar, lanar, arremessar1b) entregar ao cuidado de algum no sabendo qual ser o resultado1c) de fluidos1c1) verter, lanar aos rios1c2) despejar2) meter, inserir 8:10 e 8:11 sa. st|.| verb indicative aorist active 3rd person singular from saast |. saast|. verb indicative present active 1st person singular from saast|.1) emitir julgamento contra, julgar digno de punio1a) condenar1b) pelo bom exemplo, tornar a maldade de outro mais evidente e censurvel a a a|. verb imperative present active 2nd person singular from a aa |.1) no ter parte em2) errar o alvo3) errar, estar errado4) errar ou desviar-se do caminho da retido e honra, fazer ou andar no erro5) desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado 175.2. Principais ensinamentos. Teologia 5.2.1. O interprete da Lei. JesusseapresentanestetextocomooMestreporexcelncia.Nosomenteassumea postura de um Rabi, que segundo o costume e os textos do Evangelhos, se assenta21 para ensinarcomoofazemosmestres,estnotemplo,cercadodediscpulosetratado pelosescribasefariseuscomotal,aindaqueironicamente.Almdistosolicitadoa fazerumainterpretaodalei.OsprpriosinimigosaotrataremironicamenteJesus como um intrprete autorizado da lei, armam para si mesmos uma armadilha fatal. Jesus se apresenta aqui como o interprete da lei e neste sentido h paralelo com outras passagens de Lucas e Joo tais como: Lc. 3:12; 7:40; 9:38; 10:25; 11:45; 12:13; 18:18; 19:39; 20:21, 28, 39; 21:7; Jo. 1:38; 8:4; 20:16. interessantenotarqueJesusnodesautorizaaleideMoiss,eleaconfirma.Sua interpretao,noentantonofarisaica. Aatitudedosfariseus,emboraparecesseser zelosa para com a lei, na verdade era uma desculpa para burl-la. Onde estava o homem com quem esta mulher estava adulterando?Seu julgamento parcial e distorcido. Jesus,noentanto,aplicaaleiporinteiroeafazatingirosprpriosacusadoresquese sentemacusadospelaprpriaconscinciaenosocapazesdelevaradianteoseu intento. Aoserconvocadocomointerpretedalei,eleainterpretaeaplica,aoserinterpelado como juiz,ele julga e aplica a si mesmo uma prerrogativa que s a Deus pertence: Ele a absolve e no a condena, embora, ela fosse, de fato culpada. Aquientraemcena,outroaspectodaatuaomessinicadeCristo:Omessiastem status real e como tal, tem a prerrogativa de julgar.Jesus apresenta-se tambm como o novo Moiss, pois ele vem do monte das Oliveiras, como Moiss que subiu ao monte para receber de Deus a lei, ao chegar ao templo ele se assenta e assentado ensina, decide, julga e absolve. 5.2.2.A atitude de Jesus para com os pequeninos A mulher aqui, como em Lucas 7:36 ss uma representante de um grupo de pessoas por quem Jesus tem uma ateno muito especial. So os deixados de lado. Em Joo, comoemLucas,asmulheres,osestrangeiros,osquesoabandonadosbeiradotanque,os cegos e esquecidos so objeto especial da ateno do mestre, que veio buscar e salvar o perdido. 22Em Joo, especialmente, as mulheres so inseridas no Ministrio de Jesus e participamdeledeumamaneiraespecial. Assim,umamulhersamaritanaaprimeira dentreossamaritanosabeberdaguavivaquejorraparaavidaeternaesetornaa primeiraevangelistadaquelaregio23.SoasirmsdeLzaroquemerecemdeJesus umviagemperigosa,arriscando-seasermortopelosjudeus,apenaspararestauraro irmo s irms Marta e Maria24. Uma mulher o unge e a nica dentre os discpulos que percebeosegredomessinico,ungindo-oparaasuamorte,queseaproximava, enquantoeleservidoporumadiaconiza25,Marta.MariaMadalenaaprimeira 21 Mateus 23:2 diz: Na cadeira de Moiss, se assentaram os escribas e os fariseus. O termo grego o mesmo. 22 Lucas 19:10 23 Joo 4. 24 Joo 11 25 sat \aa etse|.t (Joo 12:2) O termo servir o mesmo usado para o ofcio diaconal. Levando-se em conta que o Evangelho de Joo d evidncias de ser tardio em 18testemunhadaressurreioeencarregadadeevangelizarosoutrosdiscpuloscoma declarao central do Evangelho26. Enfim,Jesus,nestapercope,mostraumrelacionamentorestauradordadignidadeda mulher,diantedospreconceitoseatitudesdoambientejudeupalestinenseondea percope ambientada. Seria este um indcio das caractersticas da comunidade a quem apercopesedirige.TeramosaumindicativodoSitzimlebendapercope. Aparentemente, sim. 5.2.3. No julgamento, mas perdo O evangelho de Joo repete a expresso:eu a ningum julgo em duas ocasies. Em8:1527elesecomparaaosfariseus,contrastando-secomeles:Vsjulgaissegundoa carne, eu a ningum julgo., e em 12:4728 Se algum ouvir as minhas palavras e no as guardar, eu no o julgo; porque eu no vim para julgar o mundo, e sim para salv-lo.. NestecontextodateologiadeJoo,apercopedamulheradlteraumailustrao perfeitadamissoqualJesusseprope.Elenoveioparajulgar,nosentidode condenar, mas para salvar! Ao ser confrontado como Juiz, ele, mesmo assim, no julgou. O texto diz: Erguendo-se Jesusenovendoaningummaisalmdamulher, perguntou-lhe: Mulher, onde esto aquelesteusacusadores?Ningumtecondenou?Respondeuela:Ningum,Senhor! Ento,lhedisseJesus:Nemeutampoucotecondeno;vaienopequesmais.29Sua atitude de perdo. E o perdo no destri, restaura, d vida!30 sua composio, bem possvel que para os leitores de Joo, o termo esteja associado ao ofcio diaconal. 26 Joo 20:17,18. 27 BGT Joo 8:15 u.t, saa | casa st|.., .,. eu st|. eue.|a.28 BGT Joo 12:47 sat .a| t, eu aseuc .| a.| sat |ua, .,. eu st|. aue| eu ,a e| t|a st|. e| sece|, a` t|a c.c. e| sece|. 29 Joo 8:10-11 30 Joo 10:10. 196. Concluso Embora esta passagem seja claramente uma interpolao, tanto em Joo como em Lucas, no entanto, a percope nos revela um Jesus inteiramente de acordo com o retrato pintado tanto por Joo, como por Lucas e tambm apresentado nos outros evangelhos. Sua atitude de mestre da lei contrasta com a atitude dos escribas e fariseus para quem a lei pode ser distorcida para servir aos seus propsitos. A atualidade desta percope relaciona-se atitude farisaica que ainda impera em nossas comunidades eclesisticas e socais. O pecado do outro s me interessa medida que eu posso me utilizar dele para os meus propsitos pessoais. Ressaltar o pecado alheio e exp-lo tambm serve para que o meu prprio pecado seja encoberto. O julgamento parcial e interesseiro. No interessa a justia ou o esprito da lei. A punio no visa a correo e sim a interesses escusos, inconfessveis. Para dias assim, as palavras de Jesus, registradas nesta percope so de um impacto e atualidade insuperveis: Aquele que dentre vs estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. Para todos aqueles que se candidatam ao cargo de fariseu, e: ...onde esto aqueles teus acusadores? Ningum te condenou? ... Nem eu tampouco te condeno; vai e no peques mais. Para todos aqueles que so capazes de reconhecer os seus erros e querem viver uma nova vida com Cristo Jesus. 207 .Bibliografia Bruce, F.F. Joo. Introduo e Comentrio. Mundo Cristo. So Paulo. SP, 1987 Hendriksen, William. Joo, Comentrio do Novo Testamento. Editora Cultura Crist. So paulo. SP, 2004UBS4/Nestle-Aland 27th Ed. Greek New Testament (BNT) 1998-1999 BibleWorks, LLC. Bblia Sagrada. Traduo Joo Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada, Sociedade Bblica do Brasil. 2 Ed 1993 Bblia de Jerusalm. Paulus. So Paulo. SP, 2004 METZGER, BRUCE M. Textual Commentary on the Greek New Testament (second edition), by Bruce M. Metzger.Copyright 1994 by Deutsche Bibelgesellschaft (German Bible Society). Kmmel, Werner Georg. Introduo ao Novo Testamento. Edies Paulinas. So Paulo, SP, 1982Mazzarolo, Isidoro. Nem aqui, nem em Jerusalm. Rio de janeiro. Mazzarolo Editor, 2001. Mazzarolo, Isidoro. Lucas em Joo, uma nova leitura dos evangelhos. 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