exercicio escrito

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 2. Leia o excerto da Portaria seguinte e responda às questões: a) Compare a ARLVT, I.P. com as tradicionais Direções Regionais de Saúde, do ponto de vista da natureza jurídica. As anteriores direcções regionais de saúde eram fenómenos de administração directa do Estado, porque as Direcções Regionais de saúde eram serviços dentro da mesma Pessoa Colectiva que é o Estado, mas de “administração desconcentrada” que “é o sistema de poder decisório repartido entre o superior e um ou vários órgãos subalternos, os quais permanecem em regra, sujeitos ao poder de direcção e superintendência do órgão superior”. Estes serviços eram compostos por vários órgãos, não apenas um, que respondiam, por sua vez, ao Ministério da Saúde. As tradicionais Direcções Regionais de saúde eram, também, do ponto de vista da sua natureza jurídica enquadrada na organização administrativa “Administração periférica”, i.e., eram um conjunto de órgãos e serviços da Pessoa Colectiva Estado, que dispõem de competência limitada a uma área territorial restrita e funcionam sobre a direcção dos correspondentes órgãos centrais, neste caso, o Ministério da Saúde.

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  • ORGANIZAO ADMINISTRATIVA

    2. Leia o excerto da Portaria seguinte e responda s questes:

    a) Compare a ARLVT, I.P. com as tradicionais Direes Regionais de Sade, do ponto de vista da natureza jurdica. As anteriores direces regionais de sade eram fenmenos de administrao directa do Estado, porque as Direces Regionais de sade eram servios dentro da mesma Pessoa Colectiva que o Estado, mas de administrao desconcentrada que o sistema de poder decisrio repartido entre o superior e um ou vrios rgos subalternos, os quais permanecem em regra, sujeitos ao poder de direco e superintendncia do rgo superior. Estes servios eram compostos por vrios rgos, no apenas um, que respondiam, por sua vez, ao Ministrio da Sade. As tradicionais Direces Regionais de sade eram, tambm, do ponto de vista da sua natureza jurdica enquadrada na organizao administrativa Administrao perifrica, i.e., eram um conjunto de rgos e servios da Pessoa Colectiva Estado, que dispem de competncia limitada a uma rea territorial restrita e funcionam sobre a direco dos correspondentes rgos centrais, neste caso, o Ministrio da Sade.

  • Por seu turno, a ARLVT, I.P. um Instituto Pblico que concretiza o conceito de Administrao Estadual Indirecta, da transferncia das atribuies e devoluo dos Poderes do Estado em Pessoas Colectivas, de base institucional, por ele criadas. Os fins do Estado so prosseguidos no por intermdio do mesmo mas atravs de outros entes jurdicos, dotados de personalidade jurdica prpria e de autonomia administrativa e financeira. Os IPs fazem tambm parte do sector pblico administrativo, por oposio s EPEs que pertencem ao sector pblico empresarial. IPs eram designados na doutrina por servios personalizados do Estado e tanto podem ser criaes emanadas por Lei ou Decreto-Lei do Estado, como podem ser criados pelos governos regionais ou municpios. Por fora de serem Entidades criadas pelo Estado por devoluo de poderes do mesmo Estado a entidades terceiras, com personalidade jurdica prpria, para a prossecuo de atribuies prprias do Estado, estas encontra-se sujeitas a poder de tutela, e de superintendncia administrativa cfr. art. 199, d).

    b) Pode o Governo fiscalizar a atividade da ARLVT, I.P.? Em que termos? Pode. O Estado, na figura do seu rgo, Governo, pode fiscalizar a actividade da ARLVT, I.P., por intermdio da tutela administrativa que se concretiza nas seguintes espcies. Tutela de legalidade tal como decorre do art. 242/1; e o Estado pode tambm fiscalizar a actividade da ARLVT, I.P. por intermdio da tutela inspectiva; que conjuntamente com a Tutela Integrativa, Inspectiva, Sancionatria, Revogatria e Substitutiva compe as 5 categorias de tutela a nvel do contedo. A tutela inspectiva consiste no poder de fiscalizao dos rgos, servios, documentos e contas da entidade tutelada, ou mais sinteticamente, consiste no poder de fiscalizao da organizao e funcionamento da entidade tutelada.

    c) Pode o Conselho Diretivo de um determinado Instituto Pblico recusar obedecer a uma

    ordem do Governo? Pode nos fundamentos do art. 133 do CPA, b) Os actos estranhos s atribuies dos ministrios ou das pessoas colectivas referidas no artigo 2. em que o seu autor se integer. Uma ordem vlida num contexto de poder de direo, prprio da administrao directa. Ela invlida e, consequentemente nula nos termos do art. 133, b) do CPA, se for emana fora do mbito de competencias da pessoa colectiva. O Estado s pode exercer poder de tutela e superintendncia sobre a sua administrao indirecta, como o caso, no de direco. Logo pode o Conselho Directivo de um determinado IP recusar obedecer uma ordem do Governo com fundamento na sua ilegalidade formal.

  • I (4x 2,5 valores) Leia atentamente o excerto do Decreto-Regulamentar n. 17/2012, de 31 de Janeiro, que aprovou a Orgnica da Direco-Geral de Poltica do Mar e responda s seguintes perguntas:

    1) D alguns exemplos de pessoas colectivas, rgos e servios a propsito da referida Direco-Geral.

    IPTM, I. P.? No compreendi a pergunta.

    2) Qualifique, do ponto de vista da sua natureza jurdico-administrativa e da sua insero na A.P. portuguesa, as entidades referidas no Prembulo do diploma.

    DGPM, um servio central da administrao directa do Estado dotado de autonomia administrativa .

    3) Caracterize, do ponto de vista da sua natureza jurdico-administrativa, as relaes existentes entre o Director-Geral de Poltica do Mar e as seguintes entidades: Secretrio de Estado do Mar, Instituto Porturio e dos Transportes Martimos, IP, Instituto da gua IP, guas de Portugal, SA. Pode haver delegao de poderes entre eles?

    No compreendi a pergunta.

    4) Do ponto de vista da sua estrutura interna, a Direco-Geral de Poltica do Mar

    organiza-se segundo o modelo matricial?

    No. Apesar de o modelo matricial ser usado para a administrao directa do Estado, em que se enquadra a DGPM, este modelo, cfr. artigo 22. da Lei n. 4/2004, de 15 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n. 105/2007, de 3 de abril) composto por equipas multidisciplinares com base na mobilidade funcional, chefiadas por um chefe de equipa, cujo estatuto remuneratrio equiparado ao de diretor de servios ou ao de chefe de diviso. J o artigo 5.o do Decreto-Regulamentar n. 17/2012, de 31 de Janeiro, sob a epgrafe: Tipo de organizao interna diz que: A organizao interna da DGPM obedece ao modelo de estrutura hierarquizada que cfr. artigo 21. da Lei n. 4/2004, de 15 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n. 105/2007, de 3 de abril) constituda por unidades orgnicas nucleares (direces de servios) e unidades orgnicas flexveis (divises), podendo, ainda, na rea administrativa, dispor de seces.