exercÍcios gÊneros literÁrios

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EXERCCIOS GNEROS LITERRIOS

Gnero dramtico aquele em que o artista usa como intermediria entre si e o pblico a representao. A palavra vem do grego drao (fazer) e quer dizer ao. A pea teatral , pois, uma composio literria destinada apresentao por atores em um palco, atuando e dialogando entre si. O texto dramtico complementado pela atuao dos atores no espetculo teatral e possui uma estrutura especfica, caracterizada: 1) pela presena de personagens que devem estar ligados com lgica uns aos outros e ao; 2) pela ao dramtica (trama, enredo), que o conjunto de atos dramticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas unidade do efeito e segundo uma ordem composta de exposio, conflito, complicao, clmax e desfecho; 3) pela situao ou ambiente, que o conjunto de circunstncias fsicas, sociais, espirituais em que se situa a ao; 4) pelo tema, ou seja, a ideia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretao real por meio da representao.

COUTINHO, A. Notas de teoria literria. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1973. (Adaptado.)1- Considerando o texto e analisando os elementos que constituem um espetculo teatral, conclui-se que:

a) a criao do espetculo teatral apresenta-se como um fenmeno de ordem individual, pois no possvel sua concepo de forma coletiva.b) o cenrio onde se desenrola a ao cnica concebido e construdo pelo cengrafo de modo autnomo e independente do tema da pea e do trabalho interpretativo dos atores.c) o texto cnico pode originar-se dos mais variados gneros textuais, como contos, lendas, romances, poesias, crnicas, notcias, imagens e fragmentos textuais, entre outros.d) o corpo do ator na cena tem pouca importncia na comunicao teatral, visto que o mais importante a expresso verbal, base da comunicao cnica em toda a trajetria do teatro at os dias atuais.e) a iluminao e o som de um espetculo cnico independem do processo de produo/recepo do espetculo teatral, j que se trata de linguagens artsticas diferentes, agregadas posteriormente cena teatral.

2- A que gnero literrio pertence o poema abaixo? Justifique sua resposta.

A rua dos cataventosDa vez primeira em que me assassinaram,Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.Depois, a cada vez que me mataram,Foram levando qualquer coisa minha.Hoje, dos meus cadveres eu souO mais desnudo, o que no tem mais nada.Arde um toco de Vela amarelada,Como nico bem que me ficou.Vinde! Corvos, chacais, ladres de estrada!Pois dessa mo avaramente aduncaNo havero de arrancar a luz sagrada!Aves da noite! Asas do horror! Voejai!Que a luz trmula e triste como um ai,A luz de um morto no se apaga nunca!(Mrio Quintana)

3- (UCS) Leia o poema Cano excntrica, de Ceclia Meireles.

Ando procura de espaopara o desenho da vida.Em nmeros me embaraoe perco sempre a medida.Se penso encontrar sada,em vez de abrir um compasso,projeto-me num abraoe gero uma despedida.Se volto sobre o meu passo, j distncia perdida.Meu corao, coisa de ao,comea a achar um cansaoesta procura de espaopara o desenho da vida.J por exausta e descridano me animo a um breve trao: saudosa do que no fao, do que fao, arrependida.

MEIRELES, Ceclia. Flor de poemas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003, p. 80.

Em relao ao poema transcrito, analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das proposies abaixo.( ) Em sua busca de um espao para o "desenho da vida", o eu-potico sente-se desmotivado.( ) O ttulo Cano excntrica aponta para a incapacidade de o sujeito lrico centrar-se, encontrando a si mesmo.( ) O sujeito potico expressa um sentimento de insatisfao em relao s coisas que faz e s que deixa de fazer. Assinale a alternativa que preenche corretamente os parnteses, de cima para baixo.a) V F Fb) V F Vc) V V Vd) F F Ve) F F F

4- (PUC-RS) INSTRUO: Para responder questo seguinte, leia o fragmento de Machado de Assis, de 1866, e o poema de Mario Quintana, de 1940, e analise as afirmativas.

TEXTO A

A explicao da minha recusa e do desamor com que eu via a minha prima estava no meu gnio solitrio e contemplativo. At aos quinze anos fui tido por idiota; dos quinze aos vinte chamavam-me poeta; e, se as palavras eram diferentes, o sentido que a minha famlia lhes dava era o mesmo. Era pouco de ser estimado um moo que no comungava nos mesmos passatempos da casa e via correr as horas na leitura e nas digresses pelo mato.

TEXTO B

Eu nada entendo da questo social.Eu fao parte dela, simplesmente...E sei apenas do meu prprio mal,Que no bem o mal de toda a gente,Nem deste Planeta... Por sinalQue o mundo se lhe mostra indiferente!E o meu Anjo da Guarda, ele somente, quem l os meus versos afinal...E enquanto o mundo em torno se esbarronda.Vivo regendo estranhas contradanasNo meu vago Pas de Trebizonda...Entre os Loucos, os Mortos e as Crianas. l que eu canto, numa eterna ronda,Nossos comuns desejos e esperanas!...

I. O uso da primeira pessoa est de acordo com a temtica dos textos, relacionada afirmao da individualidade.II. Os dois autores expressam uma atitude crtica ante os interesses sociais que anulam os valores humanos. III. Em contextos sociais muito distantes no tempo, os autores expressam, em gneros diferentes, seu posicionamento.Pela anlise das afirmativas, conclui-se que est/esto correta(s):a) apenas I.b) apenas II.c) apenas III.d) apenas I e II.e) I, II e III.

5- (Enem) No poema Procura da poesia, Carlos Drummond de Andrade expressa a concepo esttica de se fazer com palavras o que o escultor Michelngelo fazia com mrmore. O fragmento abaixo exemplifica essa afirmao.

()Penetra surdamente no reino das palavras.L esto os poemas que esperam ser escritos.()Chega mais perto e contempla as palavras.Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutrae te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrvel, que lhe deres:trouxeste a chave? ANDRADE, Carlos Drummond de. A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 13-4.Esse fragmento potico ilustra o seguinte tema constante entre autores modernistasa) a nostalgia do passado colonialista revisitado.b) a preocupao com o engajamento poltico e social da literatura.c) o trabalho quase artesanal com as palavras, despertando sentidos novos.d) a produo de sentidos hermticos na busca da perfeio potica.e) a contemplao da natureza brasileira na perspectiva ufanista da ptria.

Aula de portugus A linguagemna ponta da lnguato fcil de falare de entender.A linguagemna superfcie estrelada de letras,sabe l o que quer dizer?Professor Carlos Gis, ele quem sabe,e vai desmatandoo amazonas de minha ignorncia.Figuras de gramtica, esquipticas,atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.J esqueci a lngua em que comia,em que pedia para ir l fora,em que levava e dava pontap,a lngua, breve lngua entrecortadado namoro com a priminha.O portugus so dois; o outro, mistrio.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1979.

6-(Enem) Explorando a funo emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variao de usos da linguagem em:a) situaes formais e informais.b) diferentes regies do pas.c) escolas literrias distintas.d) textos tcnicos e poticos.e) diferentes pocas.

A questo refere-se ao texto seguinte:

Na minha opinio, existe no Brasil, em permanente funcionamento, no fechando nem para o almoo, uma Central Geral de Maracutaia. No possvel que no exista. E, com toda a certeza, uma das organizaes mais perfeitas j constitudas, uma contribuio inestimvel do nosso pas ao patrimnio da raa humana. Nada de novo implantado sem que surja no mesmo instante, s vezes sem intervalo visvel, imediatamente mesmo, um esquema bem montado para fraudar o que l seja que tenha sido criado. [...] Exemplo mais recente ocorreu em So Paulo, mas podia ser em qualquer outra cidade do pas, porque a CGM onipresente, no deixa passar nada, nem discrimina ningum. Segundo me contam aqui, a prefeitura de So Paulo agora fornece caixo e enterro gratuitos para os doadores de rgos, certamente os mais pobres. Basta que a famlia do morto prove que ele doou pelo menos um rgo, para receber o benefcio. Mas claro, isso mesmo, voc adivinhou, ser brasileiro meramente uma questo de prtica. Surgiram indivduos ou organizaes que, mediante uma mdica contraprestao pecuniria, fornecem documentao falsa, provando que o defunto doou rgos, para que o caixo e o enterro sejam pagos com dinheiro pblico.(Joo Ubaldo Ribeiro. O Estado de S. Paulo, 18.9.2005.)

7-(UFSCar-SP) O trecho a CGM onipresente, no deixa passar nada, nem discrimina ningum. pode ser reescrito, sem alterao de sentido, como:

a) a CGM sempre presente, no deixa passar nada, nem inocenta ningum.b) a CGM ubqua, no deixa passar nada, nem absolve ningum.c) a CGM virtual, no deixa passar nada, nem exclui ningum.d) a CGM quase presente, no deixa passar nada, nem distingue ningum.e) a CGM est presente em todo lugar, no deixa passar nada, nem segrega ningum.