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EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE

FLORESTA PARA TODOS

QUALIFICAÇÃO DE EXTRATIVISTAS

MÓDULO I

LICENCIAMENTO PARA EXPLORAÇÃO DE MADEIRANA AMAZÔNIA

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Elaboração:Aurisa Pereira PaivaAdvogada - OAB/AC 816.

Desenhos:Ayisa Rodrigues de Oliveira

Ficha Catalográfica

Paiva, Aurisa Pereira. Licenciamento para exploração de madeira na Amazônia. Qualificação de Extrativistas. Módulo I. Apoio do Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos. Governo Federal. Rio Branco, Acre. 2004.Palavras chave: Áreas protegidas, licenciamento ambiental, exploração de madeira, manejo florestal de uso múltiplo.

Tiragem: 500 exemplaresPermitida reprodução total ou parcial desde que citada a fonte.

Material elaborado e publicado em acordo com o que estabelece o projeto EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE, selecionado e apoiado no âmbito do Ministério da Justiça, Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, CFDD.

EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE

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MUITO PRAZER, EU SOU O MANEJADOR FLORESTAL, AQUELE EXTRATIVISTA QUE FOI QUALIFICADO NO MANEJO FLORESTAL DE USO MÚLTIPLO.

VOU EXPLICAR PARA TODO MUNDO COMO É SIMPLES ESSE NEGÓCIO.

PRÁ COMEÇAR VAMOS VER O QUE DIZ A LEI

Rio Branco, Acre.Julho de 2004

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EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE

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PRÁ COMEÇAR

Essa cartilha faz parte de um conjunto de três módulos de material didático destinado à qualificação de produtores extrativistas no âmbito do projeto Exploração ilegal de madeira em áreas protegidas do Acre, que visa a preparação dos extrativistas para:

&ACESSAR O RECURSO FLORESTAL EXISTENTE EM SUA COLOCAÇÃO; e

&AUXILIAR NA INIBIÇÃO DA EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS.

Estão previstos a realização de doze cursos de qualificação distribuídos nos temas da legislação, gerenciamento e manejo, considerados os mais carentes na formação do extrativista. Esta cartilha, de apoio ao primeiro módulo, pretende sensibilizar, conscientizar e instrumentalizar os extrativistas para lidarem com as normativas para exploração madeireira atualmente vigentes, incluindo o processo de licenciamento ambiental. O módulo tem duração de 8 horas e também inclui uma coletânea das normas ambientais atuais, inseridas em anexo, ao final da cartilha.

O ator principal do processo de qualificação, que aparecerá em todo material didático de apoio, é o Manejador Florestal, aquele extrativista que já foi qualificado e agora fala aos outros, acerca da importância da floresta e de seu potencial para gerar riqueza na colocação.

Com o slogan FLORESTA PARA TODOS, as instituições envolvidas no projeto esperam poder discutir a importância do manejo florestal de uso múltiplo e a necessidade urgente de se coibir a prática da extração ilegal de madeira em áreas protegidas, com o agente social, paradoxalmente, mais atingido e beneficiado: o Manejador Florestal.

Essa cartilha esta divida em três partes: a primeira trata da contextualização do ambientalismo até se chegar às exigências do licenciamento, a segunda discute a gestão ambiental no Acre e, por fim, a terceira apresenta os vários tipos e procedimentos para licenciamento ambiental da exploração de madeira.

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Os mais de 180 países signatários do sistema das nações unidas chegaram, em 1972 na cidade de Es toco lmo, pa ra p a r t i c i p a r e m d a primeira conferência internacional de meio ambiente e desenvol-v imen to , com a

certeza de que o modelo de desenvolvimento assumido pela humani-dade, que tinha no industrialismo e na revolução verde seus principais alicerces, apesar de haver proporcionado crescimento econômico nunca visto, começava a apresentar algumas fragilidades.

Tragédias ambientais alertaram para o esgotamento da capacidade de suporte dos ecossistemas para manterem o ritmo de crescimento observado. O famoso relatório intitulado "Nosso Futuro Comum" fez um chamamento aos países para que revisassem seus processos internos de desenvolvimento confrontando-os com suas implicações internacionais. O lema era pensar globalmente e agir localmente.

Nesse período o Brasil vivia o conhecido "milagre brasileiro" com relativo crescimento econômico e possibilidades de investimentos em grandes obras de infra-estrutura.

A Amazônia, por sua vez, convivia com intenso processo de ocupação. Essa abundância de recursos financeiros permitiu iniciar a ocupação produtiva a qualquer custo por meio da agricultura e

ONDE NOSSA HISTÓRIA TEM INÍCIO

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pecuária, com o objetivo estratégico maior de ampliar a presença brasileira na região e assim consolidar sua soberania.

A construção da rodovia transamazônica possibilitou o aprofunda-mento da ocupação floresta adentro. Com terras fartas, facilidades de crédito e todo um aparato institucional favorável estabeleceram-se os projetos de colonização e de assentamento dirigido, no intuito de levar a agropecuária para a região.

Mas foi também na década de 1970 que a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia, Sudam, por meio de seu Departamento de Recursos Naturais realizaria seus pioneiros e importantíssimos estudos, destinados a comprovar a viabilidade da atividade florestal na várzea e na terra firme.

Naquela época acreditava-se que a exploração madeireira somente seria possível na várzea devido o auxílio dos fluxos de água para redução dos custos de carregamento e transporte.

Mas a Sudam provou ser possível a exploração em terra firme e sugeriu que a atividade florestal poderia ser tão eficiente economica-mente quanto a agropecuária no processo de ocupação.

No entanto, enquanto os estudos da Sudam eram realizados o processo de ocupação se intensificava. Chegou-se ao final dos anos 1980 com taxas de desmatamento e queimadas na região considera-das alarmantes. As previsões de um impacto planetário sem preceden-tes a serem mantidas essas taxas fizeram com que os países desenvol-vidos do hemisfério norte, começassem a exigir maior responsabili-dade e providências do governo brasileiro.

Ocorre que no período pós-reunião de Estocolmo, o processo internacional de discussão do binômio meio ambiente x desenvolvi-mento foi intensificado.

Houve várias reuniões voltadas à apreciação de um elevado leque de temáticas. Ou seja, o mundo de maneira geral continuava preocu-pado com os comprometimentos ecológicos do modelo de desenvol-vimento.

O Brasil havia sido escolhido como sede da segunda conferencia ambiental da ONU realizada em 1992 no Rio. O governo brasileiro, a

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fim de dar uma resposta às preocupações mundiais e demonstrando ao mesmo tempo capacidade para sediar a conferência, editou em 1988 o Programa Nossa Natureza. O objetivo era a realização de uma série de ações na Amazônia, voltadas a coibir o desmatamento e as queimadas. Foi através desse programa que se criaram, por exemplo, o Ibama e as primeira unidades de Reservas Extrativistas.

Em 1992, durante a conferência, o desenvolvimento sustentável deixou de ser um conceito abstrato para concretizar-se em um enorme conjunto de convenções, tratados e outros compromissos internacio-nais.

O tema da conservação da floresta na Amazônia foi tratado como prioridade na maioria dos instrumentos firmados pelos países. A título de destaque a Convenção do Clima que originou posteriormente o Protocolo de Quioto, coloca a formação de florestas como um dos mecanismos mais importantes e eficientes para retirada de carbono da atmosfera e conseqüente minimização do efeito estufa.

Já a Convenção da Diversidade Biológica CDB, ressalta a impor-tância dos países priorizarem a criação de instrumentos econômicos que permitam a valoração econômica dos ecossistemas, no intuito de ampliar-lhes a competitividade frente a outras formas de uso da terra.

E a Agenda 21, em seu Capítulo 11, insta os países a promoverem programas nacionais de formação de povoamentos florestais, na condição de medida apropriada para se evitar desertificação e desflo-restamento. Por sinal os documentos brasileiros, publicados pelo Ministério do Meio Ambiente, preparatórios para subsidiar a elabo-ração da Agenda 21 Nacional, na área de ciência e tecnologia definia como prioritária a:

... implementação de pesquisas e estudos para aumentar o conhecimento sobre biodiversidade dando prioridades aos programas de inventários, de forma e função ecossistêmica, de técnicas de silvicultura e manejo florestal, monitoramento sobre espécies comerciais e não-comerciais, solo, biota, clima e características biofísico-químicas; desenvolvimento e disseminação da capacidade de manejar o uso sustentável da biodiversidade.

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Nesse período também surgem um variado leque de experiências destinadas a demonstrar a sustentabilidade da produção florestal na Amazônia. A rigor, essas experiências possuem na sua concepção e operacionalização algo de alternativa e afirmação. Alternativa na medida em que se colocam como possibilidade concreta de ocupação social e econômica da Amazônia com potencial para geração de riqueza igual e até superior a da agricultura e pecuária. Afirmação porque reforçam os ideários de desenvolvimento sustentável preconizados internacionalmente. Isto é, trata-se de uma atividade produtiva com todos ingredientes de sustentabilidade requeridos para a Amazônia.

Um fato novo, que chama atenção é o surgimento vigoroso da sociedade, em especial das entidades consideradas do terceiro setor ou denominadas de organizações da sociedade civil e ainda de organizações não governamentais, que no decorrer dos anos 1990 se colocam como principais agentes executores de experiências de uso sustentáveis de recursos florestais na Amazônia. Por várias razões essas entidades demonstraram possuir ousadia e espírito empreendedor, para executar uma série de experiências consideradas pioneiras.

Destaca-se também o papel singular do Ministério do Meio Ambiente, MMA (em especial da Secretaria de Coordenação da Amazônia), na condição de provedor de recursos financeiros para realização da maioria das experiências. Em conjunto com outros doadores ou como único patrocinador, o MMA foi o grande responsável pela existência desses importantes projetos que hoje servem de referência para definição de uma série de políticas públicas. Seguramente, se esse esforço institucional fosse seguido por outras instancias públicas, o efeito multiplicador desses projetos teriam maior visibilidade.

Conquistas do movimento social acreano

Nos idos da década de 1970, sobretudo no auge do incentivo ao processo de ocupação do Acre, por meio da expansão agropecuária, muitos hectares de terras foram, quase que gratuitamente, entregues aos empresários das regiões sul e sudeste do país, os chamados

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"paulistas": aqueles se dispusessem ao desafio de conquistar, à época, o denominado imenso "vazio demográfico".

No entanto, a realidade mostrou que haviam produtores ocupando aquelas terras e, o que é mais grave, que o tão falado vazio não existia. Os seringueiros, que para todos os efeitos haviam sido extintos, com o fim oficial do extrativismo da borracha decretado na década de 1960, surgiam como maior empecilho à instalação dos plantios de capim para criação de boi. A pecuária bovina transformava a paisagem da região, trazendo um rastro de impactos sociais e ambientais nunca dantes observados.

O movimento dos seringueiros, que teve no líder sindical Chico Mendes sua maior expressão internacional, conseguiu apoio no movimento ambientalista, que lhe permitiram realizar diversos "empates" com bons resultados, inclusive o da pavimentação da BR 364 no sentido Porto Velho x Rio Branco.

Todavia frear os desmatamentos com os empates era uma estratégia importante mas se demonstrou limitada. Faltava oferecer outra alternativa de ocupação produtiva para a região.

Áreas protegidas do Acre

Tendo as Terras Indígenas como referência, o movimento dos seringueiros concebeu e levou ao conhecimento público, o que chamou de uma reforma agrária ideal à realidade social e florestal da Amazônia e do Acre.

A proposta baseava-se na criação, num primeiro momento, dos Projetos de Assentamentos Extrativistas - PAE, inseridos no âmbito do Programa Nacional de Reforma Agrária, e, num segundo momento, das conhecidas Reservas Extrativistas, inseridas no âmbito do sistema nacional de unidades de conservação.

As Reservas Extrativistas, em conjunto com as áreas já existentes como: Floresta Nacional do Macauã, Floresta Estadual do Antimary, Estação Ecológica do Alto Rio Acre e o Parque Nacional da Serra do Divisor formam o conjunto de ÁREAS PROTEGIDAS do Acre. Some-se ainda, as 25 Terras Indígenas e as áreas dos PAEs e, mais recentemente, dos Assentamentos Florestais, PAF.

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&EM TODAS ESSAS áREAS A IMPLANTAçãO DA PECUáRIA é RESTRINGIDA POR LEI.

&EM TODAS ESSAS ÁREAS A IMPLANTAÇÃO DO MANEJO FLORESTAL DE USO MÚLTIPLO É GARANTIDA POR LEI.

Dilapidação do patrimônio florestal nas ÁREAS PROTEGIDAS

Com o tempo e com a desvalorização da borracha, produto mais importante do extrativismo, a pressão antrópica sobre essas ÁREAS PROTEGIDAS intensificou-se exponencialmente.

De "dentro para fora" ou de "fora para dentro", a exploração ilegal de madeira é uma realidade generalizada. O extrativista não resiste às promessas de infra-estrutura e míseras ofertas financeiras dos vários toureiros que atuam na região. Os órgãos públicos, por usa vez, encontram limites para coibir esse tipo de exploração. A garimpagem de madeira e o depauperamento do ecossistema florestal é facilmente visível, em especial nas bordas da porção florestal que faz fronteira com áreas desmatadas.

Possibilitar, por meio da qualificação, que o extrativista adquira conhecimento suficiente para manejar a floresta parece ser uma saída visível e óbvia. Com uma intensa qualificação o extrativista poderá:

&ACESSAR O RECURSO FLORESTAL EXISTENTE EM SUA COLOCAÇÃO; E

&AUXILIAR NA INIBIÇÃO DA EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS.

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No Acre os movimentos sociais se voltaram para uma reivindicação bem específica, qual seja, a criação de Reservas Extrativistas. O envolvimento nos espaços de definições dos mecanismos de gestão ambiental, como por exemplo, o Conselho Estadual de Meio Ambiente Ciência e Tecnologia, não era prioridade.

Os instrumentos de gestão ambiental no Acre originaram-se, como na maioria dos estados brasileiros, a partir do Sistema Nacional de Meio Ambiente. A Lei que instituiu o Sistema Estadual é de 1992 e foi promulgada como atendimento a uma pressão do governo federal para permitir o acesso indireto aos recursos da União, principalmente aqueles direcionados à infra-estrutura rodoviária.

Para se ter uma idéia, todo o processo de organização social local foi direcionado para reivindicações de solução de conflitos fundiários, que tinham de um lado o seringueiro posseiro e de

E NO ACRE COMO É QUE FICA A GESTÃO

AMBIENTAL

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outro, o proprietário do sul do país, principalmente os chamados "paulistas". As organizações não governamentais, as de representação dos movimentos sociais, as vinculadas à igreja católica e um conjunto de agregados dos funcionários públicos e ambientalistas uniram-se para por fim à violência no campo e empunhar a bandeira das Reservas Extrativistas.

Assim, quando o Sistema foi instituído, já haviam sido criados quase dois milhões de hectares de Reservas Extrativistas, o equivalente a 15% do território estadual. O assassinato de Chico Mendes detonou um processo de atendimento à sua maior demanda, que era a regularização de espaços territoriais como Reservas Extrativistas.

A Lei 1.022 instituiu o Sistema Estadual de Meio Ambiente prevendo a existência de um órgão executivo central, uma estrutura colegiada na forma de conselho, órgãos e instituições de execução secundária e a criação de unidades de conservação. O diferencial que tornou o modelo acreano mais complexo e de difícil operacionalização foi a inclusão do tema Ciência e Tecnologia no âmbito do Sistema. Assim, todo o aparato normativo e institucional inclui os dois temas de forma simbiótica, como tratassem-se ambos de uma mesma coisa. Desta forma, o órgão central é a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente-SECTMA e o órgão colegiado, por sua vez, chama-se Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT.

O sistema estadual também previu a criação de um Fundo Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, a ser abastecido com recursos arrecadados pelo próprio processo de licenciamento, pelo orçamento estadual e por doações.

Sistema Estadual de Meio Ambiente

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A operacionalidade do Sistema

Por muito tempo, discutiu-se de forma ostensiva duas questões que pareciam fundamentais à operacionalidade do CEMACT: sua legitimidade e a paridade de sua composição. A tendência era sempre relacionar paridade com legitimidade, isto é, se o Conselho não era paritário no sentido de possuir o mesmo número de representantes do governo e da sociedade civil, não seria, por conseguinte, legítimo.

Todavia, a dificuldade em se manter uma distribuição matemática que agradasse a todos e significasse um ideal de paridade, associada à pouca competência técnica para fazer o Conselho funcionar, fez com que houvesse um esvaziamento e sua importância - que é real - fosse minimizada.

Não obstante, o Conselho possui um elevado poder de influência no estabelecimento de atividades produtivas no estado, podendo direcioná-las no sentido do desenvolvimento sustentável. Isto lhe confere uma posição estratégica e de tamanha abrangência na definição e execução de políticas públicas de desenvolvimento, que seria insensato desconsiderá-lo. Todavia, salvo raras exceções, foi o que ocorreu.

Em 1997, o CTA apresentou uma proposta de alteração do Regimento Interno do Conselho, com o objetivo de torná-lo mais atraente, e talvez tenha conseguido chegar ao ponto principal do problema: a falta de dinamismo do Conselho. Ou seja, a proposta assumia que antes de qualquer discussão de paridade, legitimidade ou outro assunto de caráter mais complexo, sem dúvida importante para um outro momento, o Conselho precisava ser mais pragmático.

O argumento principal da proposta era que, uma vez funcionando com uma dinâmica mais apropriada, o Conselho aprovaria uma maior quantidade de resoluções, realizaria um número maior de reuniões, teria maior influencia no dia-dia do estado e assim alcançaria o reconhecimento público que precisava. A proposta, grosso modo, apresentou as seguintes e radicais alterações:

&Reconhecimento da figura da Entidade Membro como representação institucional e não o do Conselheiro representante da instituição;

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&Penalização da Entidade Membro e não do conselheiro que a representa;&Exclusão do Conselho da Entidade Membro que tivesse duas faltas consecutivas

às reuniões plenárias do Conselho. A Entidade Membro excluída só poderia solicitar nova inclusão após interstício de dois anos;

&Inclusão de Entidade Membro por solicitação da interessada ou por convite do plenário, aprovado pela maioria absoluta;

&Mandato de dois anos para a Entidade Membro presidente com a realização de eleições diretas para presidência ao final do mandato; e

&Ajuda de custos para as entidades da sociedade civil, exceto para as patronais, equivalente ao salário mínimo de engenheiro.

Infelizmente, nenhuma destas propostas foram compreendidas e aprovadas.

Regulação ambiental

A regulação ambiental no Acre é fundada no princípio do comando/controle. Desde o processo de licenciamento até a definição das diretrizes de ocupação produtiva, os procedimentos são realizados de forma ortodoxa, baseados no imperativo público e no poder exercido pelo executivo estadual.

Sendo assim, a regulação ambiental não é direcionada para a indução de atividades econômicas coerentes com a realidade ecossistêmica local. Geralmente, as fragilidades técnicas dos órgãos públicos associadas às antigas e eternas relações de vizinhança, muito fortes nos Estados, fazem com que as opções sejam escolhidas da maneira mais corriqueira possível. A regulação ambiental funciona como mero ingrediente de atendimento às exigências legais, para não comprometer ninguém, de tal forma que o pagamento das taxas e as fiscalizações atendem aos interesses de todos.

A discussão acerca de instrumentos econômicos e de mercado para regulação ambiental, não existe. Esses instrumentos, baseados no princípio do poluidor/pagador, apresentam resultados mais eficientes na promoção da atividade florestal.

O processo de licenciamento é semelhante ao do Ibama, porém, com menos rigor técnico. O empreendedor solicita uma Licença Prévia, o órgão ambiental analisa a necessidade de estudo ambiental e escolhe, dentre os vários existentes, qual irá solicitar. A opção pela

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exigência de um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental-RIMA ou um Plano de Controle Ambiental ou ainda um Diagnóstico Ambiental Expedito ou outros é realizada sob a influência do empreendedor e a vontade dos dirigentes.

Um caso típico que exemplifica a forma arbitrária como essas decisões são tomadas, foi a exigência em 1996, para o licenciamento do asfaltamento da BR 364, de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, de um Relatório de Ausência de Impacto Ambiental Significativo RAIAS, já assumindo-se que em uma obra de elevada importância como aquela, não havia necessidade de estudos mais apurados, pois os impactos que porventura ocorressem eram em sua maioria positivos, ao crescimento do estado, é óbvio.

O Conselho Estadual de Meio Ambiente, em nenhum momento, até hoje, foi provocado para se pronunciar acerca do processo de licenciamento, nem que fosse para corroborar a decisão do Presidente do órgão.

A ausência de um espaço, regimentalmente constituído, no interior do próprio órgão responsável pelas decisões, para deliberação técnica, das quais os dirigentes não tivessem prerrogativas de recorrer, faz com que a equipe seja sempre precária, desanimada e pouco formada.

Os órgãos ambientais - a quem foi dada uma responsabilidade enorme no licenciamento - em sua maioria são frágeis no domínio das características técnicas inerentes ao empreendimento, tampouco, o que é pior, os elementos de gestão ambiental inseridos na lógica do licenciamento. A rigor, ocorre uma confusão de papéis entre o empreendedor e o órgão, que acaba por defender o empreendimento mais que o próprio interessado.

Um fato importante é que o Pacto Federativo, em execução nos estados, permite a transferência de responsabilidades do órgão federal, o Ibama, aos órgãos estaduais. No caso específico do Acre, o Ibama licencia desmatamento e queimadas de áreas inferiores a 50 hectares e o órgão estadual, o Imac, licencia em áreas superiores a 50 hectares. Em que pese a incompreensão da lógica que orientou esta distribuição, o fato é que a descentralização que, sem dúvida, é

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importante para a responsabilização de quem está em contato direto com os problemas nos estados - pode vir a se configurar em um grave problema, se não vier acompanhada de determinadas exigências de procedimento.

O órgão ambiental estadual sofre maior pressão para atender as solicitações dos interessados que o órgão federal. Os governos, geralmente são os maiores empreendedores e possuem total controle sobre o órgão estadual de sua alçada. Sendo assim, o Ibama deveria exigir um rol de procedimentos para os licenciamentos, como condição à efetivação do Pacto Federativo, direcionando estes procedimentos para a neutralização do poder arbitrário dos dirigentes dos órgão estaduais de meio ambiente, através, principalmente, da criação de espaços regimentais coletivos de decisão interna do órgão e de um maior envolvimento da sociedade com caráter deliberativo.

Instrumentos Econômicos possíveis na Gestão Ambiental no Acre

LICENCIAMENTO E TAXAS

As taxas podem ser instrumentos econômicos coercitivos de determinada atividade que se deseja inibir, em benefício daquelas que são conduzidas com menor impacto ao ambiente ou que possuam um caráter social.

Considerando-se que a atividade florestal na Amazônia, atualmente, compete com a atividade agrícola, poder-se-ia fazer uso desse instrumento, cobrando-se uma taxa ambiental para as atividades agrícolas (incluindo a silvicultura e suas variações) que convertessem áreas de floresta em plantios. Seu valor, obrigatoriamente, seria um percentual da taxa interna de retorno da atividade a ser implantada, tornando-a menor que a taxa interna de retorno da atividade com base no manejo florestal.

CERTIFICAÇÃO FLORESTAL

A certificação florestal consolida-se como um instrumento de mercado de grande importância para a adoção do manejo florestal na Amazônia. Há uma tendência clara dos mercados europeu, norte-

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americano e asiático em só consumir produtos de madeira tropical certificados.

O selo do FSC (Forest Stewardship Council) é o que atualmente possui maior credibilidade nesses mercados. O FSC é um conselho independente formado por três câmaras - social, ambiental e econômica - e que congrega instituições e indivíduos de todo o mundo, não permitindo a participação de instituições governamentais. Independentemente da quantidade de membros de cada câmara, elas possuem peso igual nas decisões. Entre as principais atribuições do Conselho estão a definição de princípios e critérios de utilização dos recursos florestais nas diversas regiões do mundo, tanto para florestas nativas como plantadas; o credenciamento de instituições privadas (com ou sem fins lucrativos) para a promoção da certificação por intermédio de auditorias nas atividades; e ainda o acompanhamento do processo de certificação realizado pelas entidades credenciadas.

No Acre, desde 1998, após iniciativa de diversas instituições da sociedade civil, foram estabelecidos princípios e critérios para a atividade florestal. Esses princípios já foram aprovados junto ao Conselho Estadual do Meio Ambiente, que, por sua vez, funcionaria como órgão credenciador de instituições que desejem emitir um selo local denominado de "Semblante do Acre".

PAUTA DE ICMS

Utilizando-se do mesmo princípio do ICMS Verde, a pauta de ICMS teria como objetivo destinar parte da arrecadação do imposto para aplicação direta em um Fundo de Desenvolvimento Florestal, que apoiaria projetos de manejo florestal comunitário. Esses projetos seriam apresentados a um comitê - composto por membros de governo e da sociedade civil - e implantados em áreas de Unidades de Conservação de Uso Sustentável (Lei do SNUC). Para a operacionalização do Comitê e monitoramento e avaliação dos projetos, seria destinada uma pequena parcela dos recursos.

Os recursos do Fundo seriam doados a titulo de doação, na condição de a fundo perdido, e sua aplicação se daria no investimento

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e custeio das atividades de manejo florestal de uso múltiplo, capacitação de pessoal, assistência técnica, beneficiamento, transporte e comercialização de produtos. Os critérios de aplicação e limites de financiamento seriam definidos pelo Comitê.

ITR - CAPOEIRA

Até bem pouco tempo atrás, antes da promulgação da Lei nº 9.393/96, as propriedades privadas rurais localizadas na Amazônia cujas áreas tivessem cobertura florestal pagavam mais imposto territorial rural, já que a área "limpa" de floresta era considerada como benfeitoria. A Lei avançou no sentido de retirar do incremento pecuniário a área de reserva legal, que é instituída pelo Código Florestal (hoje, estipulada em 80% da propriedade, de acordo com medida provisória, enquanto não se chega a um consenso sobre a revisão deste mesmo Código), e que deve ser averbada à margem da inscrição do imóvel, no Registro de Imóveis competente.

A Lei, portanto, já não considera mais a área com floresta nativa como improdutiva, incorporando o conceito dos serviços ambientais prestados pela floresta. Contudo, o que se propõe é ampliar o poder da Lei para incentivar os proprietários que adotarem a manejo florestal como sua atividade econômica, isentando totalmente do ITR as áreas que estiverem sob regime de manejo e que estejam certificadas e, parcialmente, aquelas sem certificação, mas que estejam devidamente licenciadas pelo órgão ambiental.

COMPRAS PÚBLICAS OU AQUISIÇÕES GOVERNAMENTAIS

As compras públicas diferem dos demais instrumentos econômicos implementados através de políticas públicas, e que dependem de legislação específica, que, por sua vez, via de regra, acarreta entraves na burocracia estatal para a sua aprovação.

Este instrumento caracteriza-se mais como um ato administrativo do Poder Executivo. Neste sentido, é mais ágil que os demais, mas, por outro lado, tende a ser mais volúvel e sujeito às mudanças governamentais. Baseia-se no estabelecimento de condutas que privilegiem, por exemplo, a compra de materiais de origem florestal

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provenientes de florestas submetidas ao manejo florestal, ou de produtos que possuam certificação de origem.

Assim, na hipótese de lançamento de um programa habitacional de construção de casas de madeira para famílias de baixa renda, poder-se-á alavancar o setor florestal local, incentivando os empresários do setor a implantarem o manejo, com uma simples medida, qual seja, impor o manejo como condição para a compra da madeira necessária à implantação do programa.

CONCESSÃO DE ÁREAS

A concessão ao particular de áreas de Florestas Públicas - com a precípua finalidade de implantação do manejo florestal para o abastecimento da indústria florestal - surge como um instrumento que alia os benefícios econômicos advindos do não investimento de recursos na aquisição de terras pela iniciativa privada, com a possibilidade de os órgãos ambientais terem maior controle sobre a atividade.

Com efeito, o manejo se desenvolverá dentro de uma área gerenciada pela agência reguladora florestal, que estabelecerá os limites da exploração, baseada em Plano de Manejo por ela monitorado. Por outro lado, a expansão da demanda por produtos florestais estará diretamente vinculada à criação de novas áreas de florestas públicas, possibilitando um melhor ordenamento.

CADASTRO DE INADIMPLENTES - CADIN AMBIENTAL

Assim como ocorre com as pessoas físicas e jurídicas que movimentam contas bancárias, e deixam de cumprir seus compromissos financeiros, fiscais, tributários etc., seria criada a figura do Cadastro de Inadimplentes Ambientais para todas as pessoas jurídicas que apresentam projetos de utilização dos recursos florestais, e deixam de cumprir seus compromissos ambientais. Sendo necessário a emissão de uma certidão negativa ambiental para que elas possam ser beneficiadas com financiamentos.

Esse princípio está de acordo com o Protocolo Verde, que exige

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que toda instituição financeira efetue uma análise ambiental do empreendimento que irá financiar, para que o mesmo seja realizado. No caso específico do manejo florestal, o empreendedor deverá demonstrar que está adimplente com a agência reguladora florestal e que têm desenvolvido suas atividades de forma sustentável.

LICENCIANDO O MANEJO FLORESTAL

Uma relação enorme de atividades produtivas requerem licenciamento ambiental. Na maioria dos casos qualquer atividade produtiva que envolva uso de recursos naturais ou que manipulem produtos com potencial de poluição, devem passar por licenciamento ambiental. A exploração florestal e a instalação de projetos agropecuários não são uma exceção.

O licenciamento ambiental assume como procedimento a liberação condicionada de 3 tipos de licenças: prévia, de instalação e de operação.

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Características da Licença Prévia - LP

&Aprova a localização e concepção do empreendimento;&Atende o princípio da precaução inserido no Artigo 225 da Constituição

Federal;&Aprova a viabilidade ambiental do empreendimento;&Define o tipo de estudo ambiental a ser apresentado;&Define a necessidade ou não de audiência pública; e&Tem prazo de validade de 5 anos. &Características da Licença de Instalação - LI&Concorda com a opção tecnológica assumida;&Aprova a instalação do canteiro de obra;&Aprova as medidas de controle ambiental;&Estabelece condicionantes com prazos para ser atendidas; e&Tem prazo de validade de seis anos.

Características da Licença de Operação - LO

&Autoriza o funcionamento do empreendimento;&Estabelece novas medidas de controle;&Avalia atendimento das condicionantes da LI; e&Tem validade de 10 anos, período no qual o empreendedor deverá operar o

empreendimento.

Atividade produtiva LP LI LO

Empreendimentos Autoriza planejare projetar

Autoriza iníciodas obras

Autoriza funcionamento

do empreendimento

Procedimentos para licenciamento de manejo florestal e projeto agropecuário:

1. Identificar órgão licenciador

O Imac irá licenciar quando:

O Imac irá licenciar quando:

&Envolver mais de um município;&O empreendimento for localizado em áreas florestais; e&Houver delegação do órgão federal.

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O Ibama irá licenciar quando:

&Envolver mais de um país;&A área de influência do empreendimento envolver mais de um Estado;&O empreendimento comprometer ou usas fluxo de água que passam de um

Estado para outro;&Os impactos ultrapassam os limites de um Estado; e&O empreendimento envolver material radioativo.

2. Solicitar LP por meio de ofício ao órgão licenciador contendo:

&Explicação acerca da competência para licenciar;&Localização do empreendimento;&Opção tecnológica assumida;&Solicitação de definição do estudo ambiental necessário; e

3. Solicitar LI por meio de ofício ao órgão com os seguintes documentos:

&Estudo Ambiental conforme sugerido na LP;&Proposta de cálculo e investimento da compensação ambiental;&Proposta de cálculo da indenização do lucro cessante, quando houver; e&Proposta de realização de audiência pública.

4. Solicitar LO por meio de ofício com os seguintes documentos:

&Relatório de comprovação das medidas mitigadoras;&Comprovação do investimento da compensação ambiental; e&Relatório de comprovação das condicionantes da LP e LI.

4. Estudos Ambientais mais comuns em ordem crescente de detalhamento e custos:

&Relatório ambiental;&Plano e projeto de controle ambiental;&Relatório ambiental preliminar;&Diagnóstico ambiental;&Plano de Manejo;&Plano de recuperação de área degradada;&Análise preliminar de risco; e&EIA/RIMA.

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6. Questões mais comuns na elaboração de estudos ambientais:

&Contratação e operacionalização do trabalho de uma equipe técnica multidisciplinar;

&Escolha e definição das opções tecnológicas apropriadas;&Diagnóstico das condições sociais e ambientais com e sem o empreendimento a

ser construído;&Identificação dos impactos ambientais decorrentes;&Definição de área de influência do empreendimento;&Diagnóstico da bacia hidrográfica a ser afetada; e&Compatibilidade do empreendimento com as políticas governamentais em

execução.

7. Considerações finais:

&Projetos agropecuários superiores a 1.000 hectares exigem EIA/RIMA e podem ser licenciados pelo órgão estadual;

&Áreas inferiores a 1000 hectares precisam ser licenciadas no órgão estadual que exigirá plano de controle ambiental;

&Planos de Manejo já são considerados estudos ambientais e servem para licenciar a exploração florestal; e

&Plano de Manejo e certificação florestal são coisas diferentes e independentes, o primeiro exigido pelo Estado e o segundo pelo mercado.

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COMPENDIO DE NORMATIVAS AMBIENTAIS

&Lei nº 4.771, de 15/09/1965: Institui o Código Florestal.

&Lei nº 6.938 de 31/08/1981: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.

&Lei nº 7.347 de 24/07/1985: Lei dos Interesses Difusos.

&Lei nº 7.735 de 22/02/1989: Dispõe sobre a extinção de órgão e de entidade autárquica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências.

&Lei nº 7.754, de 14/04/1989: Estabelece medidas para proteção das florestas existentes nas nascentes dos rios e dá outras providências.

&Lei nº 7.804, de 18/07/1989: Altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus mecanismos de formulação e aplicação, a Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, a Lei nº 6.803, de 2 de junho de 1980, e dá outras providências.

&Lei nº 9.605, de 12/02/1998: Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

&Lei nº 9.960, de 28/01/2000: Dispõe sobre os custos das licenças e análises ambientais.

&Lei nº 9.984, de 17/07/2000: Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.

&Lei nº 9.985, de 18/07/2000: Regulamenta o art. 225, § 1º, inciso I,II,III e VII da Constituição Federal, Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

&Lei nº 10.165, de 27/12/2000: Altera a Lei nº 6.938/81 e institui a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA).

&Medida Provisória nº 2.166-67, de 24/08/2001: Altera artigos e acresce dispositivo à Lei nº 4.771, de 1965.

&Medida Provisória nº 2.198-5, de 24/08/2001: Cria a câmara de gestão da crise de energia elétrica e determina ao Conama o estabelecimento de procedimentos simplificados de licenciamento ambiental para empreendimentos de geração e transmissão de energia el

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LEIS

MEDIDAS PROVISÓRIAS

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DECRETOS

&Decreto nº 99.274, de 06/06/1990: Regulamenta a Lei nº 6.938, de 1981.

&Decreto n° 750, de 10/02/1993: Dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, e dá outras providências.

RESOLUÇÕES DO CONAMA

&Resolução Conama nº 001, de 23/01/1986: Dispõe sobre o critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental.

&Resolução Conama nº 006, de 24/01/1986: Dispõe sobre a aprovação de modelos para publicação de pedidos de licenciamento.

&Resolução Conama nº 011, de 18/03/1986: Altera o inciso XVI e acrescenta o inciso XVII ao artigo 2º da Resolução Conama nº 001, de 23 de janeiro de 1986.

&Resolução Conama nº 028, de 03/12/1986: Determina a elaboração de EIA/Rima das Usinas Nucleares de Angra II e Angra III.

&Resolução Conama nº 006, de 16/09/1987: Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de grande porte, especialmente as do setor de geração de energia elétrica.

&Resolução Conama nº 009, de 03/12/1987: Dispõe sobre a realização de Audiência Pública.

&Resolução Conama nº 010, de 03/12/1987: Dispõe sobre a implantação de uma estação ecológica pela entidade ou empresa responsável pelo empreendimento, preferencialmente junto à área, decorrentes do licenciamento de obras de grande porte.

&Resolução Conama nº 001, de 16/03/1988: Estabelece critérios e procedimentos básicos para implementação do Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental.

&Resolução Conama nº 005, de 15/06/1988: Regulamenta o licenciamento de obras de saneamento básico.

&Resolução Conama nº 008, de 15/06/1988: Dispõe sobre licenciamento de atividade mineral, o uso do mercúrio metálico e do cianeto em áreas de extração.

&Resolução Conama nº 009, de 06/12/1990: Estabelece normas específicas para o licenciamento ambiental de extração mineral das classes I a IX, exceto a classe II.

&Resolução Conama nº 010, de 06/12/1990: Dispõe sobre normas específicas para o licenciamento ambiental de extração mineral classe II.

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&Resolução Conama nº 013, de 06/12/1990: Estabelece normas referentes ao entorno das Unidades de Conservação.

&Resolução Conama nº 010, de 01/10/1993: Estabelece parâmetros básicos para análise dos estágios de sucessão de mata atlântica.

&Resolução Conama nº 023, de 07/12/1994: Regulamenta o Licenciamento Ambiental das atividades petrolíferas.

&Resolução Conama nº 010, de 24/10/1996: Dispõe sobre o licenciamento ambiental em praias onde ocorre a desova de tartarugas marinhas.

&Resolução Conama nº 237, de 19/12/1997: Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional de Meio Ambiente.

&Resolução Conama nº 279, de 27/06/2001: Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental simplificado para empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental.

&Resolução Conama nº 281, de 12/07/2001: Dispõe sobre o estabelecimentos de modelos simplificados de publicação dos pedidos de licenciamento, sua renovação e concessão pelos órgãos competentes.

&Resolução Conama nº 284 , de 30/08/2001: Dispõe sobre o licenciamento de empreendimentos de irrigação.

&Resolução Conama nº 286, de 30/08/2001: Dispõe sobre o licenciamento ambiental de empreendimentos nas regiões endêmicas de malária.

&Resolução Conama nº 289, de 25/10/2001: Estabelece diretrizes para o Licenciamento Ambiental de Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária.

&Resolução Conama nº 308, de 21/03/2002: Dispõe sobre Licenciamento Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte.

&Resolução Conama nº 305, de 12/06/2002: Dispõe sobre Licenciamento Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental de atividades e empreendimentos com Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados.

&Resolução Conama nº 312, de 10/10/2002: Dispõe sobre licenciamento ambiental dos empreendimentos de carcinicultura na zona costeira.

&Resolução Conama nº 318, de 04/12/2002: Estabelece diretrizes para o Licenciamento Ambiental de Projetos de Assentamentos de Reforma Agrária.

&Resolução Conama nº 334, de 03/04/2003: Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.

&Resolução Conama nº 335, de 03/04/2003: Dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios.

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&Resolução Conama nº 336, de 25/04/2003: Dispõe sobre a revogação das Resoluções Conama nºs. 005, de 9 de outubro de 1995, e 288, de 12 de julho de 2001.

&Lei nº 6.050, de 24/05/1974: Dispõe sobre a fluoretação da água em sistema de abastecimento quando existir estação de tratamento.

&Lei nº 6.437, de 20/08/1977: Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências.

&Lei nº 6.803, de 02/07/1980: Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição e dá outras providências.

&Lei nº 9.966, de 28/04/2000: Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.

&Decreto nº 24.643, de 10/07/1934: Código de Águas.

&Resolução Conama nº 001-A, de 23/01/1986: Estabelece que o transporte de produtos perigosos deverá ser efetuado mediante medidas essenciais complementares às estabelecidas pelo Decreto nº 88.821, de 6 de outubro de1983.

&Resolução Conama nº 018, de 06/05/1986: Institui, em caráter nacional, o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).

&Resolução Conama nº 020, de 18/06/1986: Estabelece a classificação de águas doces, salobras e salinas.

&Resolução Conama nº 006, de 15/06/1988: Dispõe sobre a realização de um inventário dos resíduos industriais gerados e/ou existentes no País.

&Resolução Conama nº 003, de 15/06/1989: Dispõe sobre os níveis de emissão de aldeídos no gás e escapamento de veículos com motor a álcool.

&Resolução Conama nº 005, de 15/06/1989: Institui o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (Pronar).

&Resolução Conama nº 006, de 15/06/1989: Institui o Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA).

&Resolução Conama nº 001, de 08/03/1990: Dispõe sobre a emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política.

&Resolução Conama nº 003, de 28/06/1990: Dispõe sobre padrões de qualidade do ar.

PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL E DE EMISSÃO DE POLUENTES ADOTADOS

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&Resolução Conama nº 008, de 06/12/1990: Estabelece limites máximos de emissão de poluentes do ar.

&Resolução Conama nº 016, de 17/12/1993: Ratifica limites de emissão de poluentes por veículos automotores.

&Resolução Conama nº 014, de 13/12/1995: Regulamenta os limites de emissão de poluentes para veículos automotores leves por 80.000 km

&Resolução Conama nº 017, de 13/12/1995: Ratifica os limites máximos de emissão de ruído por veículos automotores.

&Resolução Conama nº 020, de 24/10/1996: Define os itens de ação indesejável, referente à emissão de ruídos e poluentes atmosféricos.

&Resolução Conama nº 228, de 20/08/1997: Dispõe sobre desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo, da Tarifa Externa Comum (TEC).

&Resolução Conama nº 242, de 30/06/1998: Regulamenta limites máximos de emissão de poluentes.

&Resolução Conama nº 251, de 12/01/1999: Estabelece limites máximos de opacidade de emissão utilizados em programas de I/M, dentre outras.

&Resolução Conama nº 252, de 01/02/1999: Estabelece limites máximos de ruídos de poluentes e ruídos emitidos por veículos automotores.

&Resolução Conama nº 248, de 11/02/1999: Dispõe sobre prazos para o uso de solventes das Substâncias Controladas constantes dos Anexos A e B do Protocolo de Montreal.

&Resolução Conama nº 257, de 30/06/1999: Dispõe sobre os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada para pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos.

&Resolução Conama nº 258, de 26/08/1999: Dispõe sobre a coleta e destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus insensíveis.

&Resolução Conama nº 264, de 26/08/1999: Dispõe sobre o licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para atividades de coprocessamento de resíduos.

&Resolução Conama nº 267, de 14/09/2000: Dispõe sobre a proibição, em todo o território nacional, da utilização de substâncias controladas especificadas nos Anexos A e B do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada de Ozônio.

&Resolução Conama nº 269, de 14/09/2000: Dispõe sobre a obtenção do registro do produto junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para a produção, importação, comercialização e uso de dispersantes químicos para as ações de combate aos derrames de petróleo e seus derivados no mar.

EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE

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&Resolução Conama nº 297, de 26/02/2002: Estabelece os limites para emissões de gases poluentes por ciclomotores, motociclos e veículos similares novos.

&Resolução Conama nº 307, de 05/07/2002: Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

&Resolução Conama nº 310, de 05/07/2002: Dispõe sobre o manejo florestal sustentável da bracatinga (Mimosa scabrella) no Estado de Santa Catarina.

&Resolução Conama nº 316, de 29/10/2002: Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos.

&Resolução Conama nº 317, de 04/12/2002: Dispõe sobre o corte e exploração de espécies ameaçadas de extinção da . ora da Mata Atlântica.

&Resolução Conama nº 319, de 04/12/2002: Dispõe sobre prevenção e controle da poluição em postos de combustíveis e serviços.

&Portaria nº 1.522, de 19/12/1989: Estabelece Lista Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção.

&Portaria nº 1.469-GM, de 29/12/2000: Aprova a Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano, que dispõe sobre procedimentos e responsabilidades inerentes ao controle e à vigilância da qualidade da água para consumo humano, estabelece o padrão de potabilidade da água para consumo humano e dá outras providências.

PADRÕES DE QUALIDADE AMBIENTAL E DE EMISSÃO DE POLUENTES ADOTADOS

&Lei n° 3.924, de 26/07/1961: Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos.

&Lei n° 5.197, de 03/01/1967: Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras providências.

&Lei nº 5.371, de 05/12/1967: Autoriza a instituição da "Fundação Nacional do Índio" e dá outras providências.

&Lei nº 6.001, de 19/12/1973: Dispõe sobre o Estatuto do Índio.

&Lei nº 6.766, de 19/12/1979: Dispõe sobre o uso e parcelamento do solo.

&Lei nº 6.902, de 27/04/1981: Dispõe sobre a criação de Estação Ecológica.

&Lei nº 7.668, de 22/08/1988: Autoriza o Poder Executivo a constituir a Fundação Cultural Palmares (FCP) e dá outras providências.

&Lei nº 8.617, de 04/01/1993: Dispõe sobre o mar territorial a zona contígua, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental brasileiros e dá outras providências.

EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE

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&Lei nº 8.630, de 25/02/1993: Dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e dá outras providências (LEI DOS PORTOS).

&Lei nº 9.433, de 08/01/1997: Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

&Lei nº 9.432, de 08/01/1997: Dispõe sobre a ordenação do transporte aquaviário e dá outras providências.

&Lei nº 9.537, de 11/12/1997: Dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.

&Lei nº 9.636, de 15/05/1998: Dentre outros aspectos, dispõe sobre a regularização, aforamento e alienação de bens imóveis de domínio da União.

&Decreto lei n° 25, de 30/11/1937: Organiza a proteção ao patrimônio histórico e artístico nacional.

&Decreto lei nº 3.365, de 21/06/1941: Dispõe sobre desapropriação por utilidade pública.

&Decreto lei nº 2.063, de 06/10/1983: Dispõe sobre multas a serem aplicadas por infrações à regulamentação para a execução do serviço de transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos e dá outras providências.

&Decreto nº 92.470, de 18/03/1986: Altera o Estatuto da Fundação Nacional do Índio (Funai), aprovado pelo Decreto nº 89.420, de 8 de março de 1984, e dá outras providências.

&Decreto nº 418, de 10/01/1992: Aprova o Estatuto da Fundação Cultural Palmares (FCP) e dá outras providências.

&Decreto n° 1.467, de 27/04/1995: Cria o Grupo Executivo para Modernização dos Portos.

&Decreto nº 1.141, de 05/05/1994: Dispõe sobre as ações de proteção ambiental, saúde e apoio às atividades produtivas para as comunidades indígenas.

&Decreto nº 1.912, de 21/05/1996: Dispõe sobre o alfandegamento de portos organizados e instalações portuárias de uso público e de uso privativo e dá outras providências,

&Decreto n° 3.551, de 04/08/2000: Institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o programa nacional do patrimônio imaterial e dá outras providências.

&Decreto nº 3.833, de 05/06/2001: Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências.

&Resolução Conama nº 004, de 18/09/1985: Dispõe sobre as Reservas Ecológicas e áreas de preservação permanente.

EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE

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&Resolução Conama nº 021, de 18/09/1986: Determina a elaboração de EIA/Rima das Centrais Termonucleares de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro.

&Resolução Conama nº 002, de 16/03/1988: Estabelece quais as atividades que poderão ser exercidas nas Áreas de Relevante Interesse Ecológico.

&Resolução Conama nº 010, de 14/12/1988: Dispõe sobre as Áreas de Proteção Ambiental - (APA).

&Resolução Conama nº 030, de 07/12/1994: Dispõe sobre a definição de vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica no estado do Mato Grosso do Sul.

&Resolução Conama nº 034, de 07/12/1994: Dispõe sobre a definição de vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica no Estado de Sergipe.

&Resolução Conama nº 002, de 18/04/1996: Dispõe sobre a implantação de Unidades de Conservação como reparação dos danos ambientais.

&Resolução Conama nº 003, de 18/04/1996: Define a abrangência da vegetação remanescente de mata atlântica.

&Resolução Conama nº 009, de 24/10/1996: Dispõe sobre corredor entre remanescentes.

&Resolução Conama nº 261, de 30/06/1999: Aprova parâmetros básicos para análise dos estágios sucessionais de vegetação de restinga para o Estado de Santa Catarina.

&Resolução Conama nº 265, de 27/01/2000: Dispõe sobre a avaliação das ações de controle e prevenção e do processo de licenciamento ambiental das instalações industriais de petróleo e derivados localizadas no território nacional.

&Resolução Conama nº 278, de 24/05/2001: Determina ao Ibama a suspensão das autorizações concedidas por ato próprio ou por delegação aos demais órgãos do Sisnama, para corte e exploração de espécies ameaçadas de extinção, constantes da lista oficial.

&Resolução Conama nº 293, de 12/12/2001: Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo originados em portos organizados, instalações portuárias ou terminais, dutos, plataformas, bem como suas respectivas instalações de apoio, e orienta a sua elaboração.

&Resolução Conama nº 300, de 20/03/2002: Complementa os casos passíveis de autorização de corte previstos no art. 2º da Resolução nº 278, de 24 de maio de 2001.

&Resolução Conama nº 302, de 20/03/2002: Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno.

EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE

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A FLORESTA NOS DÁALIMENTO, AR, ÁGUA,

E TRABALHO...EM TROCA, ELA SÓQUER RESPEITO.

&Resolução Conama nº 303, de 20/03/2002: Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente.

&Resolução Conama nº 306, de 05/07/2002: Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais.

&Resolução Conama nº 313, de 29/10/2002: Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

&Resolução Conama nº 315, de 29/10/2002: Dispõe sobre a nova etapa do Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve).

&Portaria nº 37-N, de 03/04/1992: Reconhece lista de espécies da . ora ameaçadas de extinção.

Fonte: Cartilha de Licenciamento Ambiental. Tribunal de Contas da União, Secretaria de Fiscalização de Obras e Patrimônio da União. Brasília. 2004

EXPLORAÇÃO ILEGAL DE MADEIRA EM ÁREAS PROTEGIDAS DO ACRE

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CONSELHO FEDERALGESTOR DO FUNDO DEDEFESA DE DIREITOS

DIFUSOS

MINISTÉRIO DA JUSTIÇASECRETARIA DE

DIREITO ECONÔMICO

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