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^*jSV»*.¦ * .-¦¦',¦¦¦- -"«fi-v.^-r-'".'.'. ANNO XIII RIO DE JANEIRO, 30 DE ABRIL DE 1910 NUM. 1230 (H) - crlodlco humorístico IUnsIrado. bl-Homniial ^r fclkCW^p' Redacçao k Escmptorio ^;&^-f?aa da Alfândega—iX5 vsOrüGlGã 1'oinada milagrosa para darthros vciemis empingens. etc. ' *WK' O MARIDO QES60NFIAD0 a¦ L-Z, | —Que diabo de eosbureira é essa, que para ir experimentar um vestido a senhora precisa se aaseíar tanto? Quer-me pare- cer que a senhora vae mais é ter com algum amante... —Oh, homem! Pois você imagina isso? —Naturalmente! A senhora anda agora com umas limpezas que me fazem desconfiar com toda a razão. Para que esses luxos? Eu nilo vivo perfeitamente sem lavar os pés ? ELIXIR DE NOGUEIRA Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias C 1*1 m *i3 •W do piiaumacf.ütico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA Grande Deparativo do Sangue Único rqne cura a^Syphilis ___) Fabrica - PELOTAS - Rio Grande do Sul ¦btyy

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^*jSV»*.¦ *.-¦¦',¦¦¦- -"«fi-v.^-r-'".'.'.

ANNO XIII RIO DE JANEIRO, 30 DE ABRIL DE 1910 NUM. 1230

(H) -crlodlco humorísticoIUnsIrado. bl-Homniial

^rfclkCW^p' Redacçao k Escmptorio

^;&^-f?aa da Alfândega—iX5

vsOrüGlGã 1'oinada milagrosa para darthrosvciemis empingens. etc. '

*WK'O MARIDO QES60NFIAD0

¦ L-Z , |—Que diabo de eosbureira é essa, que para ir experimentar um vestido a senhora precisa se aaseíar tanto? Quer-me pare-cer que a senhora vae mais é ter com algum amante...—Oh, homem! Pois você imagina isso?—Naturalmente! A senhora anda agora com umas limpezas que me fazem desconfiar com toda a razão. Para que esses luxos?Eu nilo vivo perfeitamente sem lavar os pés ?

ELIXIR DE NOGUEIRAVende-se em todas as Pharmacias e Drogarias C

1*1

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do piiaumacf.ütico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA

Grande Deparativo do Sangue — Único rqne cura a^Syphilis

___) Fabrica - PELOTAS - Rio Grande do Sul

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O RIO NU—30 DE ABRIL DE 1910

EXPEDIENTEASSIONAUlRAS

Anno... lltOOÕ | | Semestre... 71001Exterior, «mio SÕfOOO

Jfumer* avulso, 100 ríitNos Estadoê e no Interior, tOO rèit

Os Agentes do Correio ou qualquer pessoa que nos ¦enviar S assignatnras com pagamento adeantado, gintlemdescontar ->&% dc c«amti»si\o.

Todm a correspondência, seja de que espécie fôr, deveter dirigida ao gerente desta folha.

' SernanafograptyoE' na verdade um grande desastrado

O Miguelinho Brás IE no falar, entfto, tem cada umaDe põr um cidadão embatucado!Pois, sempre, de propósito elle fazPor dizer uma asneira e tem, em summa,

O gosto extravugauteDe vêr cõrnr, ou homem on mulherQue porventura junto a elle esteja IE nfto lhe custa muito, ê um instante;De modo que o Miguel, onde estiver,Aquillo jâ se sabe: nfto bocejaPara soltar uma chalaça forte,Um dito mais ou menos cahelludo.,.Que as vezes faz sorrir, dâ muita sorte,Mas, que outras vezes escangalha tudo;

Porquanto, n niaganftoQuer entre os homens, ou mulheres mesmo,Sem respeitar sequer 11 occasifto,Asneir* grossa vae dizendo a esmo,..Mas díl-a de tal modo, com tal chisteQue, embora sendo aa vezes bem pesada.,.Ninguém jamais resisteE tudo cae na grande gargalhada.

Ora, uma vez, estava o nosso BrazDe visita na casa de um amigoQue o conhecendo bem, logo lhe faz

Seiente do perigoQue havia, na terrível liberdadeQue elle tinha, de andar âs tres por duasDizendo certas coutas muito cruas,..Porquanto tinha irmãs e, na verdade,Era preeiso Ler moita cautela

No modo de falar...Para que elle, por fim, toda a estrumellaNao fosse ali, sem mais, escangalhar.

De posse desse aviso,PrometLe o Braz iniver-se com cuidadoE de portar-se Ui com lodo o sisn.E assim, fts moças foi apresentado.

Durante o dia a cousa correu bem;E o Braz, que na verdade tinha graça,Sem oííeiider ninguém,Soltava quando em quando unia chalaçaE provocava o riso francamenteDas quatro inníls e iiiaia elos pães do amigoQue, dentre todos era o mais contentePor vêr que o Braz portava-se direito,Evitando uma phrase de perigo,Mantendo sempre a linha do respeito.

A' hora do jantar(Que porsignal era um jantar e tanto)Ao Braz foi designado por logarA cabeça da mesa, mas ao canto;

De modo que uma peruaDa dita mesa, elástica, moderna,Ficava justamente oollocuda

Entre us duas do Braz,Que mal aecommodado ali se achavaE entfto, por isso, nao comia nada,Notando uma das moças que o rapnz

Nem mesmo petiscava, .Pergunta-lhe:

—«Seu Braz, entfto, nfto come ?Acaso nfto tem fome?»

O pobre do Miguel perdendo a linhaNílo se poude conterE em phrases nada ternas

Retruca:—«Diga 15, dona Rosinha

Como é que hei de ter geito p'ra comerCom um páo entre as peruas? »

Fhei Bimbas.

Commentarios/final o Congresso votou e quasi unam*-fl memente o tratado diplomático em que o

tç; Brazil da a Republica do Uruguay o di-d reito de entrar pela nossa lagoa Mirim

quando multo bem quizer.Chttina-ae u Isso em diplomacia—«condomínio...Agora resta quo os uruguayof, em signa! de

gratidão, nos oíTereçam também o coudomiuio sobreus uruguayas, que sfto bonitas como todoa osdiabos.

Xtteratura JCronicaFrahcisco Fokatè. — . Versos

Velhos». Livraria Amor e Canna—Porto Alegre.

E por falar nisso. Aconteceu ha pouco tempocousa semelhante com um patrício de frei Iguucio,um professor da Faculdade de Medicina da Bahia.

Esse professor, homem serio como um burro,apezar de seu muito saber, escreveu e publicouimportante livro sobre moléstias nervosas, e no finalda obra, expondo os perigos a que fica sujeito oenfermo, terminou o livro assim:—«E abi esta, meus senhores, a que fica sujeitoo doente: - a passar a vida entre duas muletas».

Mas o compositor enganou-se, o revisor distra-hiu-se e a phrase sahiu publicada assim:—«E ahi está, meus senhores, a que fica sujeitoo doente: — npassar a vida entre duas mulatas*.Ahi esta outro soffrimento a que me sujeitarei

de bom grado.

Agora o ministro que mais está apanhando dosjornaes é o dr. Bodolpho de Miranda.

Porque ? Nao ae sabe, mas o caso é que ellesestão dando sovas ile criar bicho.O que,porêm,nem se comprehende é que s. ex.ature tudo isso sem reagir. Eu cá, no logar d'elle,como ministro ela Agrioultura, mandava-os plantarbatatas ou offerecia-lhes uma... bauana.

Mas a uoticia mais espantosa da semana ê a"do projecto de elevaçfto do cambio.Eu cá nfto entendo muito de finanças, massympathisei com o projecto porque propõe a ele-vaç&o.Quando as cousas levantam é bom sign.il.

E dizem que se o governo levar o cambio a 1Gdará 110 20, porque com essa medida tudo ficarámais barato.Assim seja. *- Afirmam especialmente que vae baratear tudo

quanto vem da Europa.De modo que us francezas e us hespauholastambém vao ficar mais em oonta,Boa idéia í

£é Fideus.

Scenas de jÇIcovaEste empolgante folhetim, cuja publicaçãoestava suspensa por se terem extraviado alguns ori-

ginaes indispensáveis a sua regularidade, reappa-recerá no nosso próximo numero, visto o seu autorler conseguido reatar o fio da sua interessante nar-rativa. .

mPerdfto I Eu falei ali acima em diabo, mas foi

por distracçfto. Esqueci-me das prohlbiçOes de freiIgnacio.

Emfim... pequei. Mea culpa/ Aqui estou con-tricto, sem me rir e sem ohorar, prompto n mesubmetter a qualquer penitencia.Se frei Ignacio quizer, eu me sujeitarei at6 aficar crucificado nos braços... de alguma mulatada terra de s. ex. reverendissima.

Onino se deve classificai', um sujeito !que fazuato" '

bl'in,3uedos. Pi°es, o diabo a«Belchior» da iudustria.Ub.nl... Nfto me cheira bem essa clnssifi-cação... Choiram-me melhor os deliciosos cifrar-

. riuhos Gavroche, que uso ha muito tempo nara meinspirar. x

.Agna Japonesa—Nfto ha outra quetorne a pelle muis macia. Dá ao cabello a côr quese deseja. E'tônico, faz crescer o —' "a caspa. Rua dos Andradas n. 95.

UI justamente aborrecido cora a circularioslahca dl) Superior doB Correios o

, _ muito xatolisBiBsImo e reverendisaimo freiiSrúZlS Quiucas PoBta, pedi demissão do cargo(aliás bem penoso) de kritico literário deste«Grande Orgfto Livro da Imprensa C»rioca».

Nilo porque temessB ns fúrias ou fogueirasInqnisitoriaes de frei Quiticus Posta, mas única-mente para nfto lhe introduzir na RepartiçãoCentral, um grandíssimo canudo de fumo em rololevando dentro do dito-cujo... uma banana dáterra.,. descascado.

Mas agora, quando o frei Ignacio reconheceuque: —« Cft nós,ou com nós, e* no duro! — » Volto acarga cerrada, por riba dos vaticos... de.arribaçftoobtusa.

Virando, mexendo, revirando e remexendo a«Posta Restante de Abortadelas Literárias», con-¦egui cavar nm» que era digna do beneplácitopostal. E' essa a obra-prinia-avd, o livro de poesiasdo sr. Francisco Furaté:—«Versos Velhos»assim se intitula hacalhoada — digo — bersalhada.

Uns panuinhos de amostra:

Ah I Como hoje está tudo para mim '

Mudado I Mas 6 lei do fado meu...»E' bonito, nfto resta duvida ; mas... um boca-dinho triste... por demais. A meu fraquissimo

entender, essa poesia deveria ser assim, ou assado :.— Ai!... Como alguém hoje comeu capimMelado ?,.. E nem a mim nenhum me deu ?...Para que o «pio leitor» melhor aprecie o ta-lento_ mágico peregriuo/e xatholíco elo grande «var-dico»", ahi vne uma boa';., transcripçsto:

Meus versos sfto velhos, velhos,Como a mantilha da avó

Da minha ínfte.Que morreu..,Mas lambem

A culpa nfto tive-a eu...»

Pois eu muito menos, seu Furatê.Aceite um amistoso conselho: — Limpe o...sim senhor uo seu livro e entre... ou faça com quefaçam entrar para membro do Circulo da Ca-tolice.

J. nos Diabos.

O Rio Nu declara, para todos os effeitos, que,apezar da circular absurda do director dos Correios,continua a mandar entregar í repartição postal osexemplares destinados aos seus agentes e assignau-tes nos Estudos, protestando, com., protestará emjuizo, contra a- perdas e damuos que lhe causar aimpertiueutiia do santíssimo sr. Tosca.

Oastellõee, os mais afamudos cigarros deS. Paulo, esta... & venda no Rio na Confeitaria Cas-telloes, Charutaria Paris, Tabacaria de Londrea eCharutaria do Bar da Brahma.

faz crescer o cabello e extirpa

jVtaximas mais que catholicas(COM O BENEPLÁCITO POSTAL)

XXIO Deus Supremo, ou autea — « Jehová ( poralcunha antiga o Padre Eterno)» conforme GuerraJunqueira escreveu —nao tendo nada feito, duranteseis dias, e sim—mandado fazer—deveria, nosétimo dia de... descanso, ao etnvez do quebrarpedras, fazer um frade... postal.

XXIISe frei Postn fosse pae de todas as filhas dasirmfts dn Caridade, no Mosteiro Postal uao se en-contraria um sú funeciouario... e sim mnumerasfuncoioiiaiias... tostaes.

XXIIIBocage (o grande «amigalbao-da fradalhada»)se vivo fosae, escreveria:

—«Entre um burro e eutre um fradeHa tamanha afinidade,Que —ou o frade S pae elo burroOu director doa Correios...Nfto rima, mas ê verdade.»

FüEi Tostitick.

0Í ;KfM|i ;*l"k- SfMW»*

O RIO NU—30 DE ABRIL DE 1910

ÇWTl

Çamb/arrasjjO que Be sabe, a estréa da companhia do[^1] theatro D. Amellu, prestes u chegar, serfl

com '

o drama de Bernsteiu, «O Ludrflo».Sabe-se tambem que, por um requinte

de gentileza, o actor Augusto Rosa cedera oprotagO'nisto, ao emprezarlo Cllistrino, que o faz a primor!.».

Até A ultima hora nflo havia sido preso o actorGrijó, o covarde assassino do pobre, perdão, do ricoCampnnez Lindoberer.

JÒeciaidamente nflo ha policia nesta terra 1

Foram concedidos mais quinze dias de des-canço fl «grande actriz» Dina Ferreira.

Coitadiuha, tem trabalhado tanto...

Ai, que se o Galhardo fosse assistir ao desem"penho du «Viuva Alegre» pelos marionettes dafamília Saliei, uo Recreio .. convencia-se de que asua 6 que é uma fantochuda!

A Carolina Baptif-ta tem agora um verdadeirodilúvio de «chaleiras»..,

Ah ! mus nenhum leva as lampas ao Manoel-zinho !

Mais uma vez acaba de revelar-se o PintoBamos .

Que bem que elle faz aqut Ile parvo do Vicente,do itCuiiiponez Alegre»!

Tanto tem a Marianna lucrado a tuniar oElixir de Nogueira, do cbimioo Silveira, que até jatem preteueOerf a ser aitista.

Que progifSfeO "...

seOs senhores jS viram algum «leitão assado»

coustipar-se?Pois olhem, o ponto Reis aflirma por experi-

encia própria que 6'poseivel !

seParticipa-nos a corlslu Lolu, nfto estar ainda

tomando lições de v.olvuo com o maestro Gomes.Quando começar, diz ellu, tomara logo tres pordiu...

Bom proveito lhe faça 1...

Daqui pura o lutnro o GrijO fará o possivel parametter na eacholu todo o «A. B. Ç.»

Ora graças, que vae fazer couai que preste!

Bem riizflo lem o Armandinho em andarsempre com as orelhas a arder.

E nfto 6 paru menos, com o dilúvio de «cousasbonitas» que o Manuel Chaleira leva a dizerdeile 1. ..

asA Maria Amélia tambem- andara a ver se

amacia o veliudo ?Já lhe pede pura levar as cartas ao Correio,

etc, etc.,• . 5E-

O' sôr Olympio, os «guordas-campestres», naAllemanhu vestem fatoa de soldado e trazem espa-dagflo ?

E... tambem andarão aos guinchos ?...¦ 5e

DIsBo-nos o Mattos, corlsta, que o Filho esta aprecisar de entrar em uso tta A Saúde da Mui/ter...

Oh ! Essa é forte I

A Iguez Ramos esteve quasi a rescindir ocontrocto com u empreza, sO porque o compadrenflo lhe arranjou, nem mesmo uma rabulazinha,no «Camponês Alegre».

Tflo reconhecido ficou o poputarissimo collega doDanilo, que abi fez estoirar chumpugne para amenina Lauriudu, para Maria Emilia a maifo«doitor».

Depois... li estava o 301 ÍB ordens...

No Apollo, uapremi/re do Camponez:Babes que a Assumpçao estí agora eslu-

dando IE-tS nto dando 11... Vou pedir-lho.,.Nao é isso, homem 1 Digo-te que ella faz um

estudante, nu peça.Poie, si ella quizer isto dar commigo,..

Mala de respostasOlympio — Agora, ature-a alô ao fira,Auzenda — Veja Ia se se desmancha toda em

scena, heiu !Galhardo — Va ao Recreio e diga-nos depois se

a «Viuva» de IS nfto esta trinta furos acima.Grifo — Soletra-se assim: e-u ua, c-o co, c-u...

rabo.' As demais liçfles terá do as pngar.Cremuda — Parabéns. Desta vez fez uma bronca

a valer.O FORA.

Au Bijou de Ia Mode- Grande depo-"sito de calça-

dos. por atacaco e a varejo. Calçado nacional e es-trãiigeho para homens, senhoras e crianças. Prejosoyrstissimu.s. rua da Carioca n. 80,

BIBLIOTHECA D'"0 RIO NU"

Acham-so á venda cm nnxso escriptorio 08seijiàntes romances;

Uma VitEii Amorosa — Historia deuniu imilht-r de sdii^uh queiitw, em que sãock<hi!ripiH* ai^ims tia uinif) n-qmntada luxa-nu, Hci>m|ií:nhH'.ae de Huggtí*Uv»8 gr.tvuni8.lJnç.. IS1100. Pelo Correi., 1SÕO0.

O lioiiy.«"i —Aventuras du mu mciço aca-nhaíio e que aa ci^;^metnllciHl, üzerani ointiiir couquistudur do Ilin. iíst" livro (inatatmlo Kamtf n rr. Preço 1S0O0. feleCorreio18000.

Ceia Alegre — Engriiç-iilmiiuados Cardcaes, eiu versoarti-peitaveis pHtlrt.s omitam

ânus aventurHs «üiurotias, uuma HiiçtiHgemde alciiva, st-ni i)eia6... Preço 501) réis.Pelo Correio 800 réis.

Uniparodia á Cci'brejeiros. Tres

a A. VELLGSQ — Alfândega 1

Na quartfj-feira próxima passada deu-se umcaso interessante ria ponte du Cantareira:

A' proporção que vinham chegando os passa-geiros da barca «Visconde de Moraes», que que-brárn uni eixono meio da bahia, ia-se sentindoum obeirozinho bem pronunciado de... da pbrasede Cambrone.

Houve uma devassa por todos os cantos daponte e nao se encontrou a menor explicação parasemelhante phenomeuo.

Só depois que se retirou o ultimo passageiro e*que a cousa foi melhorando um pouco, deixandouma atmosphera mais suppoitavel.

MARCA REGISTRADA

Quantos casamentos felizes ha por ahi, cujo motor foi o

smartismo com que a venturosa consorte viu pela primeira vez o

moço que mais tarde eeria sou esposo... Ninguém negara" que

muito influe, aos olhos de uma bella, um rapaz bem vestido,

como tambem ninguém negara que para chegar a este resultado,

nfto ha como a Alfaiataria Guanabara que.possue o

mais chie sortimento em casemiros e fazendas para ternos.

Enviam-se instrucçoes e aceitam-se pedidos do interior,dando-ae agencia.

Carta registrada...SEM VALOR DECt,AJtADO

E' mais que extranho o teu pudor,Eugenia!.,. Vaes ficar p'ratia?...Nflo fuçus tal, nflo, minha llor !..,( Mflo grado eu nflo ser directorTostai da «Grande Confraria*)Vou-te explioar o que ê o Amor.Nas quutro letras do alphabeto.

Esse Immortal Eterno AfTectoQue nos legou Nosso Senhor:

O A — quer dizer amarAo maridinho escorreito,,P'ra que elle com... arte e geitoNa alcova nupcial — direitoComsiga emfim penetrar...

O M— A mfle. E' a sograQue faz o «cuido» entornar.E muitas vezes mulograApiacidttra, do lar...

OO — Exprime... Eu nflo digoO que é... Nem A i?/nem O...A's vezes õ um perigo.Mas outruH é um mastigoMais saboroso que angu.

O R — A lettru finalDo terno amor— E*sa exprimeQue um homem, frágil qual vime,Nflo faz dítoso um casal.Além de ser quasi um crime,E' um peccado venial( Que frei Tostflo nflo perdoa )— Casar-se algum «vil pugfloi.Rena ser Senhor duma boa..,E muito firme... razão,

Feia copia

SÁ Crista,

TDlixir cie IHirubi Composto —«Por indicação medica principiei a tomar o Elixirde Turubi Composto, formula do sr. pharraaceu-tico Benjamim dos Reis. (Depositário Eduardo C.Sequeira, Pelotas). Tendo obtido logo melhoras,resolvi continuar a fazer usi) deste remédio depu-rativo, com o qual, depois do algum tempo, tive asatisfação de ficar radicalmente curado. Sao passa-dos dous annos que obtive este resultado e ate* estadata nada mais seuti, nem mesmo dores rheuma-ticas em qualquer parte do corpo, achaudo-me fortee gozando de melhor saúde.»—'Rio Grande, 1 deOutubro de 1900, - Joiqnim UapUsta de 0'iveira.n

Encontra-se .fi venda em todas as pharmaciase drogarias. Deposito; em Pelofen—Eduardo C. Se-queira. Rio, Drogaria Pacheuo, Rua das Àndradas 95...

Conselho jrfuniciposfalDECRETO-A VO

Por informações de fonte limpa —sem reclameaos saborosos cigarros Gavroche — sniibemn-* que napróxima vindoura antepassada. He*sao do CouaelhoMunicipostal, nora nubinetCiiio ao parecer de todosos membros, em exereiuio do suas funcçOes, o ae-guinte

- DECRETO

O Conselho Municipostal, considerando: .— Que a rua, antigamente denominada «Rua

Direita», agora 6 mais torta que uma dita de ca-marões.

—Que o titulo actual da supra-dita-cuja rua eode «Primeiro de Marcou—titulo que liflb querdizer nora sim nem sopaa, pois que em todos osannos do mez de Março nflo deixa de haver um diaprimeiro dos trinta e um do supracitado mez.

—Que na ditu-cuja rua, ja Ia pnr riba abundan-temente citada, ae acha installado o «Mosteiro Tos-ticiauo Bostaln, provisoriamente, emquanto nflo étransferido para a. ilha doa Rutos.

Considerando mais que o Membrfto-MOr doConselho occultu o seu poder e a sua,., razflo (mo-destamente) sob a batina sáòripante..

O Conselho Munioipostal decreta:—«A supra-cuja, dita e referida rua passará a

denominar-se:— Rua Comprida de Frei Joaquim.Revogam-se as indisposições. Muito ao eon-

trario». ¦¦•',-_. ,,

Pela copia infide,Seminarista.

&, ' ir<«*fe**f**-íVíi'

0 RIO NU - 30 DE ABRIL DE roro

MA ALQOVA—rr -. 11 .

i$ Estás vendo, José, como eu estou ficando magro ?Muito, minha querida. Isso ó devido á impureza do- sangue.

Tu precizas tomar o Elixir de Nogueira.

Uma tíida ,amopDE

i.

Ei.i.k Que ¦; que estás fazendo?Kí i.a.—listou esquentando os ferros do frisar cabellos.Ei.li:- -Oh, mulher Pois nem os ferros escapam ' ]Sfto te bastava a lembrança

dlaquella noite om que ma esquentaste o... sangue ~

(*JV1

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERAL

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Fornada Hccíííííyíi de São I.iii-iiro — A única que curatoda a qualquer ferida sem prejudicar o sangue ; allivia qualquerdor com,, a orysipela e o rheumatismo. Conhecida em todo o universo—Rua dos Andradas n 9õ. a_MANOBRAS DE CORPO

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EI.I.Areorganizaçi

¦balho! Tem-EMA

moderno. A;de AdSo e II

agora e que estão bem com a—"Vocês, militares,io do exercito"'"' "'"'; M"" Cl" compensação tomos muito tra->s que estudar as novas manobras, a taotica moderna. .Mao e isso. Eu nào gosto das cousas pelo systemamanobra, antigas, tal como se luzia,,, desde o tami-0va,. desusa o que eu gosto.

1

"lir— rTIM!0A '^í^Í^^míll(fm. P^

saco j.í foi uma grruidoirei Ignacio fala mais

— Kão, coronel. Olho que tíiar o o;ooneeasão. >Se me despiu mais um poucodo quo o preto do leite.

-iintito, qocriõi*»-Nâo nosso, teimo-Tolinha ! P»"^

;-'"'-.'rT..H y-^lF^^i '^T W~Sf^9#?*

O RIO NU - 30 DE ABRIL DE 1910

J-—-- .v—-s. ~~~~ í^«ãnêjra"~de falar ____^

fílOPO-bS quer encommenda, assim como (f^Ê-P-cST llnHI Ifl j^^^^^^W^1^^^, I^W^ã^í "

^íHSi^^v31^1^^

íl»^**/^3^*^ S ^!§lfÍÍÍlllsL ^Isil fü ' %- ? Ei.r.r — K' um monoculo. Eu trazia dois, deixo-te um como recordarão.^FSm -$®F\XF "-— >.—a«5 *£'-" V' vi^ÍLiAK -5 1 « Lü.l.A-Mas parau.ua serve IsU, '.'

He '%ll§b'*-

> A ^ ' -•''¦"• ¦'"' . -í .lííii --Í = "S ELL1! f,!t0 " l'al'a I""'1'' ¦ "os "lh03-

$£ P^ i-¦¦'¦' FFmFF^^-^ F^&^ yy w-*-LTi"»*<Mí»^ p»*^./ yi W* y^:;--:...-':v-:: ;i;::;. -'"> %r^Sí^^^fe^s£

^^^»™^*!Pr^^^^^íw^^v'''^ KLL b:—Ora, Si ha ! Tii bem saltes que digo nos «í/i..-,s, para ovitar protestos dc Irei Ignacio.

F ^" F¦¦'¦¦¦ '•-'¦F^^^^^^è^m^^^^"' " Porém, o mais uurrecto seria dizer :- nu olha.. r—-—— - >-als-y"' —— -—~r»v

ueriàttjha 1 Que é que estás esperando ? Cae na águai0. Tenho medo de ir até o íunclo.

i poisquando agente vae ate o fundo é que u bom

Poi:- sim ! O primo Antônio também dizia que _ó rpioria me dar uma beijoin. Eil iacililei e elle deu-me duas... namesma noite 1

1-LA—I-ai agora yinto-me forte aadia, ate es-tou augmentando de volume.

El.I.E— M,ih não deves esquocer que tudo íaaoé devido ao Peitoral dr Angico Fclotense.

•"'"' ¦- .*'*'*C',

O RIO NU—30 DE ABRIL DE 1910

—í:, „, i i- , i,, i-^,^..),j,-i„7,-.Ti-.i>y. ,{-i-.[. ,--——:-;: _ '..¦ . '¦

mée** yi* ;*# ^*xV^i!^*k.,i^^'¦t

s ainda ha quem negue as influencias daelectricidade alheia.

Por mim, nunca as neguei. Ao contra-1 rio, tenho notado muitas vezes que certasmulheres me dao sorte; emquanto sou amado porellas, tudo me corre bem, todos oa meus negóciosdao bom resultado, nunca me falta dinheiro. Outras-creaturas têm o dom de complicar toda a minhavida, enchendo-a de diffiouldades e dissabores.

Com o Samuel a influencia prodigiosa masclara, evidente, partia de outro homem,.. Verdadeseja que, ainda aeblm, o caso redundava em mu-lheres,

O homem, que influía na vida de Samuel, erao Henrique, que lhe davu sorte em amor,

Imaginem que, durante toda a sua mocidade,o Samuel aõ teve aventuraa com as amantes de aeuamigo Henrique. Era um caso singular. Dir-se-hiaque o facto de pertencer a Henrique dava a qual-quer mulher uma curiosidade irresistível de conhe-cer o Samuel na mais completa intimidade.

Porque ? Nflo se sabe. Era uma d'essas influ-enciaa mysteriosas, que escapam a comprehensaohumana.

Ainda ae Henrique fosse um monstro e Samuelum Adonis, poder-se-hia imaginar que, veudo ume outro, as mulheres eram levadas a ae consolar dafeialdade de um com a belleza do outro.

Mas dava-se o contrario. Henrique era umbello rapaz, robusto e de espirito, rico, generoso...e todas as auas amantes, sem excepçao, cabiamnos braços de Samuel, que era pintor mediocre,franzino, pobre e de aspecto insignificaute.

Isso começou quando ambos estavam ainda nocollegio.

Samuel foi passar uns dias era casa do pae deHenrique. Tinha elle então 14 annos. Logo na pri--meira noite que passou naquella casa, uma cri adi-ilha muito galante veiu bater á porta de seu quarto.Samuel era ainda completamente ingênuo; a cria-dinha, com fucr-irice e ardor, roubou-lbe este ultimoattributo da infância.

No dia seguinte, Samuel orgulhosamente con-tou a aventura a Henrique, que ficou muito pallldo,porque, havia já um mez. julgava-se único possui-dor dos encantos da criadiuha.

Passaram-3e alguns annos e Henrique seduziu,ou antes, foi seduzido por uma senhora de quarentaannos robustos e appetitosos. Esquecido do caso dacriadinha, convidou o amigo para ir tomar chá emcasa da tal senhora.

Samuel foi e, cinco minutos depois, ella o bo-linava por baixo da mesa.

Depois, foi com uma actriz. Henrique, sempredespreoccupado, levou Samuel â caixa, para apre-sental-o. Antes de terminado o espectaculo, a actrizmettia, disfarçadaineute, na mao de Samuel, umcartão com seu endereço e hora marcada para odia seguinte.

D'esta vez, o rapaz teve a curiosidade de per-guntar: Que ê que tem o Henrique ? E' bruto ?Nflo; muito gentil até.Será fraco,.. do peito ?Quem ? Eüe? E' um hércules !Será sovina ?

Ef generoso como um príncipe.Eutflo porque ?.,.Ora, sei lá —disse a actriz. — Logo que tevi, fiquei mesmo doidinha por ti.

Henrique, com a vaidade natural dos homens,consolava-se da frieza com que as amantes o trata-vam, ao fim de pouco tempo, dizendo:Eu cá aó dou para conquistar. Uma vez deposse da mulher desejada, deixo do me interessarpor ella.

Quanto a Samuel, era o mais feliz dos amigos.Sô tiuha a parte boa di« aventuras. Heuríque é quetinha o trabalho de se atirar, de desalojar os aman-tes anteriores, ou ainansar os maridos desconfiados;cabia a elle o trabalho de namorar, seguir pelasruas, esperar á esquina, escrever as primeiras cartas,sempre perigosas e difliceis...

Quando o negocio estava prompto, Samuelaproveitava o serviço feito e, muitas vezes, entravaua praça antes mesmo da victoria de Henrique.O rapaz ucostumou-se a isso e tratou de apro-veitar as faculdades conquisladoras do amigo parasuas preferencias. Quando desejava uma creatura,animava o Henrique para que se mirasse a ella.

Henrique dava o assalto, gastava dinheiro, mnn-dava flores e cartas... Quando a creatura resolviaentregar-te, Samuel upparecia e... aquillo era tiroe queda. Pela certa.

Um dia, Henrique chegou ao atelier de Samuel,com ar do grande u.ysterio.Alguma intriga nova? —perguntou o pintor,já interessado.

Sim. Mas d'e&ta vez 0 um cano sério. E'uma hespanhoia, tao apaixonada por mim, que atéde meus amigos tem ciúme. Nflo quer que eu andeeom pessoa alguma.

Ora — retrucou Samuel.— Eu queria co-nheeel-a.

Mas a rapariga nflo quer quo eu metta nin-guem no nosso idylllu...

Podemos tingir que nos encontrámos poracaso — propoz Samuel.

O outro, com o desejo quu tem todo o amantefeliz de mostrar a amante, acceitou a proposta.

Estavam no Carnaval. Combinaram um en-contro, por acaso, uo baile do theatro S. Pedro.

A hespanhoia, langorosa e duleute, nem sedignou a olhar para n iuiponuno.Esta miserável vae me cortar a sorte — pen-aou Samuel, gelado de «urpiez..

Esteve qua&i a recu-ar o convite que Henriquelhe fez para que ae sentasse a mui mesa. Atinai sen-tou-se. A hespanhoia fechou a cara e nflo quiz maiscomer sandwiches. E como o amaine insiatis&e, elladeclarou com máo modo:No quieto mas. Estoy aburrida. A mi me gus-tan estar a dos o a cuatro, peto a tra*, no !

A costureira estava no «atelier» de Samuel e muitopouco vestida.

Traga champagne ! — disse Henrique aogarçon, para animar a situi.çfw.,

A mulher acceitou uma taça. Mas ahi foi Sa-muel que recusou, dizendo ao amigo:Tu bem sabes que eu nao.gu.-to d'isso.Beba!—ordenou a hespanhoia, filando-ocom olhos iuiscautes, como se julga=se a recusauma desfeita.

Nao gosto— respondeu o pintor seccainenle,O olhar da hespanhoia fez-se curioso e meigo.Porque nflo bebe ? Está zangado '?

Champagne faz-me dor de cabeça — pre-textou o rapaz.Mas se eu lhe pedir ?Nflo, nflo posso.Nem assim ? — perguntou a hespanhoia.

E tomando um gole de champagne, ergueu-secom impeto e collou a bocea aos lábios de Samuel,fazetido-o engolir o vinho capitu.-o d'es3e modo'capitosissimo.Oh, Lola!—observou Henrique, eacauda-lisado.

Mas Lola desandou-lhe unia tremenda deanom-postura em andaluz, chamando-o de perro tontodesejando que o touro o apanhasse por traz... Éfallaudo assim, passava a mao nervosa no rosto' doSamuel e palpitava toda.

Henrique pagou a deapeza e sahiu furioso.Mas a ultima prova foi com uma costureira

que Henrique seduziu com grande mysterio, guar-

dando rigoroso silencio. Pois, um bello dia, indo aoatelier de Samuel, que nao procurava havia ummez, encontrou Ia a costureira tao pouco vestida,como Be nunca tivesse entendido de costuras.

D'esta vez os dois amigos quasi brigaram. Mas,passado o raucor, Henrique resolveu a situação.— Sabes que mais, meu caro ? — disse elle aSamuel — essa vida nao é vida. As mulheres quo sodeixam seduzir sao tiniam, mais ou menos, vaga-bundas. Vou tomar juizo. Vou para S. Paulo e lfitratarei de me caBar com uma filha de fazendeirorioo.

D'esaa epocha em diante Samuel passou a tera existência triste.Abandoimdo pela costureira, privado da pre-sença de Henrique, tentou em vao reatar relações

com suas antigas amantes; depois, esfoiçou-ae poroperar sozinho, iniciando novas conquistas porcouta própria.Pois sim ! Nao conseguiu uma sô victoria. 8óencontrava complacência, pagando por hora, como

os cairos de praça... E como o dinheiro nao abun- .dava em suas algilieiras, o pobre Samuel começoua conhecer a peíor de todas as fomea. Fome deamor.

Andava jâ desanimado, quando, um bello dia,um acoideute provocou uma aventura romanesca

. em seu favor.Foi á noiiinba, próximo ü sua casa. Um auto-movei pequeno e fechado foi de encontro a umbonde, ao qual arrancou quasi todo o esirib» e feriulevemente um passageiro.-O ohauffeur, vendo o estrago que fizera, nfloesteve com meias medidas, disparou. Samuel, quea tudo assistira, ouviu um grito feminino dentro

do automóvel; precipitou-se, abriu a portiiihola elá de dentro atirou-se a seu pescoço uma mulherainda moça, vestida com ee. ta elegância e que,apenas se viu nos braços do pintor, desmaiou.

Havia uma phar...acia quasi eu. frente. Samuelcarregou-a pura lá. Um pouco de etlier e ella vol-toua^i.Era linda, com rosto virgiual, que ainda tor-

liava mais excitante sua plástica opulenta e solida.Muito nervosa, a joven senhora, voltando a si,teve unia criso de lagrimas e apertou o braço de

Samuel, repeliu.!..:Que honor 1 Foi o senhor quem me salvou...Devo-lhe a vida...

O phur.nucmitieo nffereceu-se pata mandarbuscar uni carro.Nflo, Lflo — protestou a joven penhora, me-

drosa — eu moro no Hotel Avenida. Nao é possívelir nté Ia a pé?Era possível. A Avenida nao ficava muito dis-tan te.Cabia a Samuel offerecer-.e para acompauhal-a.

Ella acceitou, com um olhar cheio de gratidão.Seguiram de vagar, pela calçada. Ella pesavano braço d'elle, com um movimento de abandonoe confiança, juulando-se tanto a elle que o rapazsentia-lhe o calor r.U carne perfumada.Pura conversar, para ouvir lhe a voz, o pintorfalou-lhe de si, di.-se que morava naquella rua, queiam passar por sua casa.Imiiiediatamente a senhora bonita e nervosamostrou-se tao can.-adu, tao tremula, que Samuel

propuz-llie entrar um pouco «para descansar umbocadinho".Entraram e a scena foi rápida. Ella pousou acabeça sobre o hnnibio d'c-lle, elle beijou-a, eula-

çou-a...Depois, ellaso retirou sozinha e lí sem medo,fazendo-o jurur que uao a seguiria.No dia seguinte Snmuei tevé"a"siirpreza"deuma visita dc Henrique:— Sim, sou eu, meu velho! Vim ao Rio a ne-gocio, cheguei hontem de manha e sô agora possovir dar-te este abraço. Eslou casado, trouxe minhamulher e tu logo vaes juntar comnosco.Samuel foi Mas entrando nos aposentos deHenrique, no Hotel Avenida, sentiu gelar-se-lho ocoração quando o amiao lhe apresentou «sua mu- •lher.., a tal, a mesma do automóvel, dc. susto edo... resto.Sumuel eornu, empullideceu, : mas Henriqueattribuiu tudo isso a timidez, porque a mulher nempestanejou.Apeuas sorriu.

D. ViiiiiAmoE.

EINFALLIVE. flA CURA RÁPIDA uns GON0R-RHEAS AGUDAS E, CHROMCAS AS MAIS RE-BELDES. NÃO MANCHA H ROt/PflieuiTfí COMPIIÇ/ICOES.

LICOR TIBAINAO melhor puriücador flo sangrue

GRANADO â C — Rua I" de Março. 14

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3

^/Va-- zonas..."íTftT"1

M PnlP°a ae aranha tem-se visto a Ambro-•jrnSj ziua Tres Gostos, depois que o «velho»C-*—'£ reaolveu tomar-lhe metade da mobília,tewví Nao fossem umas «bichinhas» que agaja dependurou num «prego», a estas horas estariadespejada .'...

Com a ida da Chica Lacraia para Piedade,aflm d e fortalecer o «barbeiro», ficou a Bella ChinaSecca fazendo as vezes da Maioral.

O mais engraçado, porém, é que o «esqueleto»sempro bo engana na prestação de contas IParece um albergue do «entra e sae», o«Telheiro do Bíide», 010 zona Joaquim Silva, tal onumero de visitantes... que ficam defroute espe-rando a vez...

Diz a Luiaa Lyrio Negro que até ha gentedormindo no chfto!Contou-nos a Adelaide Chúpetu que o seu.menino» quer que ella suba de preço, indo para a

zona chic.O' seu SSBoya, qual ê o «seu» nesse negocio?.,.Afíirtna a Laura Espeto de Carne Assada

que, apezar de saber que a Ritinlia Portuguesatem «rabicho» pelo Delphim, aiuda pretende fazerumas falsidades com o moço.

Se a Rita nao abre o olho (salvo seja!) estároubada!

Foi vista na cidade, com o seu «mariBco» aolado, a Santa Lacraia fingindo tumilia.

VoBinecé estava inchada que nem sapo, heiu,dona aquella!...

Foram taes as scenas que o GuilhermeTanajura fez a Pala Espelho, que esta mandou-oas fuvas.

Nem assim a Maricota se livra das impertinen-ei«s do «fuinha», que esta mesmu precisando tomaro Elixir de Nogueira \

Garuutiu-nos o Jocaufér.que o Didimo aindaacaba atirando-se no Mangue, de cabeça para baixo,por causa da Armiuda. -

Depois, a Gorei ia que o vá salvar !,..Está novamente desenrolando tts suas fitas

pelo «A. B. C.» a Odette Bemgallínha,Com certeza o Porto vae também transferir

para lá as suas «fiscalisaçOes» sem se importar como menino da Ligth.

Com a sua ausência, a Adelaide KevíroscaGrande fez alguém soffrer uma puixonite dos diabost

_íem mesmo o trabalho dos -sapos» na caixaconseguiu fazer voltar a rapariga !

Com grande contentamento da Zeze* Fra-gata, que assim recomeçará os antigos cultivos deroças, u Rosa arribou novamente da"zona Arcospara o «Buraco da Lagartixa».

Quem se móe toda com isto 6 a PrudênciaDreadnougth!

Tem muita graça a Suzana Casaca Branca,quando diz que a «fantasia» com que canta a OttiliaMacaca Chiuupanzé ainda é do tempo em que agaju fazia macanadas para o seu «senhor...

Qual! aquillo com certeza é presente do Macha-dinho I...

Conta a Maioral Luiza Bocea Aberta quereformou tudo na «Bancada Mineira», em vista do«cheirume» lá deixado pela Lola Marreca. Açores-centa a gaja que os bailes continuarão, comod'antes, para apanhar os pacas...

Que mulherzinha esperünba, heiu !...¦— Graças ao Palácio Popular, o grande A. JB.

O. da Aveuida Mèm de B&, acabaram-se os tristese os macapabúzios !

Quem, por mais aborrecido que esteja, lá forpassar umas horas, á noite, é certo: volta satisfeito ealegre I...

—; Até mesmo comprando medicamentos, nfioescaparam do X as fuuccionarlãs Maria Augusta eChica Boi.

Nunca mais a Sinhá Pereréca terá dores degarganta!Com a briga do casal (?) Delphiro-Rita,perdeu a Marocas Cepo de Açougue a mobília doquarto e mais «20 orações» diárias.

Affirma a Garrafiuha que a Maioral aindaacaba mendigando 3... *¦

Tanto a Maricota Sapucaia assigna o pontonos botequins da Lupa, que acaba sempre na «rato-eira» Policial.

Mas, nem assim a bichinha entra no prumo 1—.Para poder agüentar a aborracaçflo do Qui-

ninho, foi a "Roiriiihu Pivete morar na estalagem dazona Moraes e Vuile, onde exerce a «sua profissão»de penteadeira a 1? por freguezà e por semana.

A que híivia de obrigal-a.o gajo !Dizem os sabidos que o Oliveirinha da

Praça Onze anda agora com panes de casamentocom certa morena sua vizinha.

Se a Ernestiua Bull-Dog descobre a marosca,que succes&o!

wO RIO NU—30 DE ABRIL DE 1910

Vendo quo estava sendo muito vaiada, aosgritos de «flolota».a Chica foi pedir providencias noDlstricto respectivo.

Se a fuiicclonaria em vez disso tomasse aA Saúde da Mulher, exculleuto tônico uterino, faziabem melhor IA' vista dos tempos bicudos, a MariettaItaliana vendeu um» «estrella» de brilhantes aLyrio Negro e esta, para sustentar os caprichos e obcantos de um «rouxinol», também a vendeu por suavez.Agora, a Dois de Prata que agüente com obanza, pura nflo ser linguaruda IApôs um iuceiidlo uo «Instituto Flautista»,

044 zona Lapa, a Maria 600 reis, que chegava naoceasião, gritou, correndo entre as machinas dosbombeiros: —«Ai 1 a minha mala!»Tinha mais graça ae ella gritasse:—«Al I meu«navalhinhan, meus mulambo-U

Diz a Adeja Portão Lurgo que, todas asv.izes que briga com o Oscar, se quizer que ellevolte é tió ir ate a Barra do Piraby.

Assim mesmo, nao â preciso ir longe,caramba!Aíiiriim a Carmen Gibi Beiçuda, Maioral

da zona Lapa 051, que todas as suas «alumnas» haode ter o «curso completo» se quizerem ser cons-tantes uo t^eu Collegio.

A Pierina Serviço Completo uprova a resoluçãoda Gibi!...

Num baile do «Americano», a Olga Juritydeolarou ser «mae» da Anuetie,

Só assim o massada arranjava uma irmãpostiça !

Língua de Pkata.

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¦bh__*_?_?^__v?—ÜW. >. __tP»> ¦; i i A,-.. ¦

B_r "t_gE3i_8-rnB_<< 3) yfi\i$ <ü7±A..-j-.-

H_____3__-iiO MOLLE E O DURO

Folgo de ver-te assim:Alegre, sorridente, brincalhona,Como unia rapariga enamorada.

E tu, minha Pim-Pim?Víuvinha apatacada e frescalhona,A vida é para Li uma — alvorada !

Nao ê como presumes ..Já sei:' apaixomle nccommetteu-te

E pensas era casar-te novamente...E esse era que tu resumes

Teus scuhos de volúpia, pureceu-teDigno do teu amor?

— Siuceramente.Nem sei como t'o diga !

E" moço intelligente o nao é feioMas acho-o muito frio para mim...

Homem frio é uma espiga !JA tive ensejo de mostrar-lhe o seio,

Como quem se descuida e... nem assim IEm vez de me cobrir

De beijos e barieias, nesse instante,Como faria um homem de calor,

Elle tentou fugir!Isso é demais I E' vil! E' degradante I

E afinal ?— Conversou, deixei-o ir...

,Eu cá sou mais feliz,Porque basta o Queiroga ver-me os seiosOu ver-me a liga azul prendendo a coxu,

Para que o seu.., nariüCresça de vulto e experimente auceios...

Oh I basta, basta ! Estou ficando roxa IDe noite, te fax frio,

B a colcha curta, ( que o tjuoíroga 0 pobre)Me pOe ambas as pernas nuas, nuas,

Elle, sem dar ura pio,Sofiregniueute e com prazer me cobreUma vez, quando pouco ; fis vezes duas...

¦ . Panoho Tokebo.

LICOR TIBAINAO melhor purificador do sangue

GRANADO i C-R"a 1? de Marco, 14

Cartas da RoçaDE POETO NOVO

Cumpade Fagunde:Sahimo da Prahyba hoje sem non chega na.

Barra pramode que aeu Perêra d'Araujo mandochamS nóis pra fala doi uegoço delle I pidl conseioa nóis, que elle sabe que gente viajada pôde daconseio a todo mundo. Seu Araújo tâ cada veiamais casca seu cumpade. Clieguêtno na hora doarmoço i elle uein non pregunto p'ra nóis se nôiajS tinha armoçado. Elle haverá de esperS nóis naestacou, mais cumo tiulia um fregueis na loja quepercisava de compra uma qualta de mio e ummetro de araorim de forro, elle flcó in casa pra-airvi o fregueis i dexô nóis sana sem fuguete, Bemviva, sem nada 1

Seu Varella qne é home derelto, chego napolia de seu Araújo i dixe pra elle:

O' Casca dexa de só soviua I TJocü mandavim o casS da Prahyba pra ruma nelle umainjecçao de bobage i nem uon vae paga o armoçono bote?

Seu Araújo fico munto inflado 1 arrespondeup'ra seu Varella:

Vae vô se to ali na esquina, anda ! Uocê tafalando de mim, mais se eu quizesse descobri a suacarva ieu dizia que uoce p'ra non gasta carne secc»cum fejao vae todo o dia armoçá cafó cum pflo duroali no tiosque.

Foi seu Zé Fnbella que vinha vindo 1_ debanda de sou Josó d'Alem, torto uma gargaiada i

TJocês son 6 dois' unha de fome I Um tiusando sabugo de mio pra non gasta pape, ôto róeas unha co' dente pia non gasta tisôra. Sabe quemnis? Uoces pode ri um do ôtn, mais (• ri o roto dodiscusido ,' ,

Sua cumade acho graça na historia do sabugode mio i preguntó p'ra seu Araújo:

Mais cumo 6 isso, heiu? O sabugo condo tâxujo uocê bota elle fora ou lava eo' a'ua do rio prabirvi Ma veis? „.,,,„

Doce tft querditaudo nelle, home ? Aquillo 6mintiroso que nem lej&o bichado. Elle, sim, é quebota porvio no cafó pra tingi que toma café cumleite.

Htié!I sabe quem foi que descobriu a vetnoada

delle? Nao-Foi a mulata delle meso, que teve eu elle

uma i.-tiua dnmnada. A mulata que também 6 cafécum leite, dixe que ansim cumo elle luganava nissoitiganavain tudo.

Seu cumpade i amigo,Zeca Gome.

Peitoral de Angico PelotenseRemédio infallivel para a cura da tysica,

bronchites rebeldes, anginas do peito e para exter-minar por completo a tosse, por mais tenaz queella seja — taes sao as prodigiosas virtudes destepreparado que todos os doentes devem experi-mentar. ,_, , ,

Depositários: Edüakdo C. Sequeira, PelotasDrogaria Pacheco, Rio de Janeiro — Baruei,

& C, Sao Paulo e 0rooakia Colombo, Santos.

CAVAÇAOVive nagua, vive em terra,E' deveras perigoso...Dentro d'agua 6 incansável,Mas em terra e" preguiçoso.

52—352 85—6S5 80—280

83-683 26—726 45 — I45Cmoo Ficha.

:"*>'<0 RIO NU - 30 DE ABRIL DE igio.

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=@tr^©:ROMPIMENTO

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K ^W,h^a teus pés, mas agora que tudo Wfrouxo o meuTmorTeSou * ° ° h"™ PMa n°8 "*» uma "«" apertada eu vivi©^^@=

O DONZEL Acha-se a ^a

este empolgante romance em que sâo relatadas com asX «Un». VZ f.eS' aS avsnturas de um conquistador.J,< iti.ru suggestlva e cheia âe peripécias amorosas

Preço i$ooo, pelo Correio 1S500