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FACULDADE ASSIS GURGACZ
EMANUEL PRONER KALVIN FELIPE NEVES
MARCOS ROGERIO CAMATTI PAULO HENRIQUE PIMENTEL
VIABILIDADE FINANCEIRA PARA INSTALAÇÃO DE UM CAMPO SINTÉTICO PARA FUTEBOL
CASCAVEL 2011
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EMANUEL PRONER KALVIN FELIPE NEVES
MARCOS ROGERIO CAMATTI PAULO HENRIQUE PIMENTEL
VIABILIDADE FINANCEIRA PARA INSTALAÇÃO DE UM CAMPO SINTÉTICO PARA FUTEBOL
Trabalho de curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração da Faculdade Assis Gurgacz. Professora Orientadora: Luciana Maria Santos Ferraz
CASCAVEL 2011
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FACULDADE ASSIS GURGACZ
EMANUEL PRONER KALVIN FELIPE NEVES
MARCOS ROGERIO CAMATTI PAULO HENRIQUE PIMENTEL
VIABILIDADE FINANCEIRA PARA INSTALAÇÃO DE UM CAMPO SINTÉTICO PARA FUTEBOL
Trabalho apresentado no Curso de Administração, da FAG, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração, sob a orientação da Professora Luciana Maria Santos Ferraz.
BANCA EXAMINADORA
____________________________ Professora orientadora Luciana Maria Santos Ferraz
FAG – Faculdade Assis Gurgacz Especialista
____________________________ FAG – Faculdade Assis Gurgacz
Sandra Mara Vasata Especialista
______________________________ FAG – Faculdade Assis Gurgacz
Mario Hermoso Mestre
Cascavel, Dezembro de 2011
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DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho especialmente aos
nossos pais, irmãos, familiares e amigos pelo apoio e
por estarem sempre presente em todos os momentos
de nossas vidas.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus pela perseverança e sabedoria nos concedida para
conclusão deste projeto.
Agradecemos ao esforço e colaboração concedido pela nossa orientadora e
professora Luciana Maria Santos Ferraz, sem a qual não seria possível a conclusão
deste.
Agradecemos a todos nossos familiares por entenderem a nossa ausência e
nos apoiarem neste projeto.
Agradecemos todo corpo docente da instituição de ensino pelo apoio nos
concedido, em especial aos nossos professores que estiveram conosco nesta
caminhada.
Agradecemos também todos nossos colegas e amigos de classe pelas horas
boas que vivenciamos.
Enfim, agradecemos todos que junto a nos fizeram com que este trabalho
fosse desenvolvido.
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RESUMO
Observando o crescimento da economia no Brasil, aliado ao apelo existente pela prática de exercícios em prol de uma vida mais saudável, e incentivados pelo espírito empreendedor que o meio acadêmico promove, foi realizado um estudo com o objetivo de analisar a viabilidade financeira para abertura de um campo sintético para futebol, com local de instalação na cidade de Cascavel no Paraná. Com este objetivo traçado, iniciaram-se as etapas necessárias para concretização desta pesquisa, com estudos em busca de embasamento bibliográfico para este trabalho, fazendo uso de publicações nas áreas de administração, administração financeira, contabilidade, metodologia de pesquisa, empreendedorismo, marketing, estatística dentre outros livros de diversos autores, além da utilização de métodos de pesquisa exploratória, documental e de campo, com aplicação de questionário a pessoas com idade entre 14 e 49 anos, e entrevista com fornecedores e concorrentes já instalados na cidade de Cascavel, onde reunimos informações de suma importância para o desenvolvimento e estruturação deste trabalho trazendo uma visão realista sobre tal empreendimento, com identificação de itens que vem compor a estruturação do ambiente, mensuração de investimento inicial, custos fixos e custos variáveis, além de uma projeção de retorno. Após concluído o estudo, ficou provado que é viável.
Palavras-chave: Viabilidade Financeira; Campo Sintético; Futebol.
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 - Estado civil........................................................................................ 48
Gráfico 02 - Praticam futebol................................................................................. 49
Gráfico 03 - Preferência de campo....................................................................... 51
Gráfico 04 - Encontram dificuldades para agendar horário................................... 52
Gráfico 05 - O que influencia na escolha do campo?............................................ 53
Gráfico 06 - Qual horário de preferência............................................................... 54
Gráfico 07 - Renda média mensal......................................................................... 56
Gráfico 08 - Com que frequência pratica futebol?................................................ 57
Gráfico 09 - Consumo médio por partida.............................................................. 58
Gráfico 10 - Faixa etária........................................................................................ 59
Gráfico 11 - Dias de preferência........................................................................... 60
Gráfico 12 - Dificuldade para agendar horário dos que praticam futebol sintético................................................................................................................. 61
Gráfico 13 - Preferência de dias da semana para os que responderam que preferem o horário: 18:00hs às 22:00hs............................................................. 62
Gráfico 14 - Horário de preferência para quem encontra dificuldades em agendar horário de campo................................................................................................... 63
Gráfico 15 - Dia preferido para quem encontra dificuldades em agendar horário de campo.................................................................................................................... 64
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Levantamento de custos para estruturação de um campo de grama sintética pra futebol com (A= 924m²)..................................................................... 65
Tabela 2 – Apuração de custos de itens utilizados para prática de futebol........... 66
Tabela 3 – Identificação de custos para estruturação de uma lanchonete........... 66
Tabela 4 – Orçamento de itens utilizados na área de atendimento...................... 67
Tabela 5 – Investimento inicial.............................................................................. 67
Tabela 6 – Projeção de preço de custo e preço de venda para bebidas.............. 68
Tabela 7 – Projeção de preço de custo e preço de venda para salgados............. 68
Tabela 8 – Encargos salário auxiliar...................................................................... 69
Tabela 9 – Encargos Gerente................................................................................ 69
Tabela 10 – Custos fixos....................................................................................... 70
Tabela 11 – Custos variáveis................................................................................ 70
Tabela 12 – Projeção de receitas bruta mensal................................................... 71
Tabela 13 – Projeção de custos mensal.............................................................. 71
Tabela 14 – Projeção Receita Líquida................................................................. 71
Tabela 15 – Projeção de fluxo de caixa 5 anos................................................... 72
Tabela 16 – Indicadores de Payback, VPL e TIR................................................ 72
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ....................................................................... 12
1.2 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 12
1.2.1 Objetivos Específicos ........................................................................................ 12
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 12
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO ............................................................................. 14
2.1 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................... 14
3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 15
3.1 ADMINISTRAÇÃO .............................................................................................. 15
3.2 IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO NOS DIAS DE HOJE ............................ 16
3.3 EMPREENDEDORISMO .................................................................................... 17
3.3.1 Plano de Negócios ............................................................................................ 17
3.4 ASPECTOS DE MARKETING ............................................................................ 18
3.4.1 Marketing de Serviços ...................................................................................... 19
3.4.2 Análise de Mercado .......................................................................................... 19
3.4.3 Mercado Consumidor ........................................................................................ 20
3.4.4 Concorrentes .................................................................................................... 21
3.4.5 Fornecedor........................................................................................................ 22
3.4.6 Análise S.W.O.T ............................................................................................... 22
3.5 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ....................................................................... 23
3.5.1 Análise e Planejamento Financeiro ................................................................... 24
3.5.2 Orçamento de Capital ....................................................................................... 24
3.5.3 Custo de Capital ou de Oportunidade ............................................................... 25
3.5.4 Fluxos Relevantes ............................................................................................ 26
3.5.5 Investimento Inicial ........................................................................................... 26
3.5.6 Capital de Giro .................................................................................................. 27
3.5.7 Fluxo de Caixa Operacional .............................................................................. 28
3.5.8 Receita .............................................................................................................. 29
3.5.9 Custos ............................................................................................................... 29
3.5.9.1 Custos Fixos ................................................................................................. 30
3.5.9.2 Custos Variáveis ........................................................................................... 31
10
3.6 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO .................................................. 31
3.6.1 VPL ................................................................................................................... 32
3.6.2 TIR .................................................................................................................... 33
3.6.3 Payback ............................................................................................................ 34
4 METODOLOGIA ................................................................................................... 36
4.1 TIPOS DE PESQUISAS...................................................................................... 36
4.1.1 Pesquisa exploratória ....................................................................................... 36
4.2 MÉTODOS DE PESQUISA ................................................................................. 37
4.2.1 Pesquisa Bibliográfica ....................................................................................... 37
4.2.2 Pesquisa documental ........................................................................................ 38
4.2.3 Pesquisa de Campo .......................................................................................... 38
4.3 ABORDAGENS DA PESQUISA ......................................................................... 39
4.3.1 Qualitativa ......................................................................................................... 39
4.3.2 Quantitativa ....................................................................................................... 40
4.4 DADOS DA PESQUISA ...................................................................................... 41
4.4.1 Dados Primários ............................................................................................... 41
4.4.2 Dados Secundários ........................................................................................... 41
4.5 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS .................................................... 42
4.5.1 Questionários .................................................................................................... 42
4.6 POPULAÇÃO A AMOSTRA ................................................................................ 43
4.6.1 Tipos de Amostras ............................................................................................ 43
4.6.2 Amostragem probabilística ............................................................................... 44
4.6.3 Cálculo da Amostra ........................................................................................... 44
4.7 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ............................................................................. 45
4.7.1 Quanto à área da empresa/setor/filial ............................................................... 45
4.7.2 Quanto às disciplinas de administração pesquisada ........................................ 45
4.7.3 Quanto ao tempo da pesquisa (corte transversal) ............................................ 46
4.8 LIMITAÇÃO DO ESTUDO .................................................................................. 46
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ....................................................... 47
5.1 ANÁLISES DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS ............................................. 48
5.2 ANÁLISE FINANCEIRA ...................................................................................... 65
5.2.1 Cálculo do Investimento Inicial.......................................................................... 65
5.2.2 Projeção De Receita ......................................................................................... 71
11
5.3 PLANO DE NEGÓCIO ........................................................................................ 73
5.3.1 Missão .............................................................................................................. 73
5.3.2 Visão ................................................................................................................. 73
5.3.3 Valores .............................................................................................................. 73
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 74
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 75
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS ................................ 79
ANEXO A – DOCUMENTO DISPONIBILIZADO POR FORNECEDOR .................... 81
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1 INTRODUÇÃO
Analisando o crescimento da economia no Brasil e o apelo à prática de
exercícios, vislumbra-se que existe um mercado com grande potencial para a
implantação de um campo de futebol sintético. Mas para a implantação deste,
faz-se necessário um planejamento minucioso das premissas visando obter
êxito no seu desenvolvimento, já que um grande fator de insucesso é a falta
deste.
Um importante aliado para o sucesso é o planejamento financeiro, que
vem para responder uma pergunta muito importante, sendo ela: É viável ou não
a abertura deste campo? Para responder esta pergunta, é extremamente
importante avaliar o mercado fazendo pesquisas com consumidores,
concorrentes e fornecedores.
Após a análise de mercado, são necessários conhecimento e
discernimento suficiente para analisar os resultados. A informação não tem
valor nenhum se não souber avaliá-la. Nada melhor do que o conhecimento em
bibliografias e sala de aula para auxiliar neste momento.
Com o projeto foi possível identificar que a demanda por campos
sintéticos é grande e que a oferta de serviço atual deixa a desejar, onde a
pesquisa com o público alvo apontou as reais insatisfações e gargalos deste
mercado.
Ao final deste, utilizando os dados do projetos através da VPL, TIR e
Payback é possível chegar ao resultado de sua viabilidade ou não.
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1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
A instalação de um novo campo sintético para futebol na cidade de
Cascavel necessita de um complexo estudo a fim de analisar a real viabilidade
econômica deste projeto. Trata-se de checar economicamente os gastos para
implantação e os possíveis retornos financeiros para este novo
empreendimento. Assim, pergunta-se:
É viável econômica e financeiramente a instalação de um campo
sintético para futebol?
1.2 OBJETIVO GERAL
Analisar a viabilidade econômica e financeira para instalação de um
campo sintético para futebol.
1.2.1 Objetivos Específicos
a) Levantar os custos para instalação do campo sintético
b) Analisar o mercado consumidor, fornecedor e concorrente
c) Projetar receitas e custos para manutenção do campo
d) Calcular a viabilidade econômica e financeira para a implantação do
projeto
1.3 JUSTIFICATIVA
Gitman (2002, p.588) observa que “o planejamento financeiro é um
aspecto importante para o funcionamento e sustentação da empresa, pois
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fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução
de seus objetivos”. Sendo assim, é importante o conhecimento do que são
finanças, de quais ações se devem realizar para garantir a sobrevivência de
uma empresa no mercado.
Assim, este estudo vislumbra mensurar a viabilidade financeira da
instalação de um campo sintético para a prática de futebol, apresentando
informações sobre o mercado, tais como: concorrentes, fornecedores e
consumidores.
Visando a organização das ideias direcionadas para a abertura desta
empresa, analisa-se este a fim de orientar a busca detalhada de informações
sobre este ramo empresarial, seus serviços e produtos a oferecer. Através
deste trabalho, também, poderá ser analisada sua concorrência, o perfil de
seus clientes e principalmente observar seus pontos fortes e fracos,
contribuindo para viabilização destas ideias e de sua gestão empresarial.
Este trabalho justifica-se, no âmbito acadêmico, pelo simples fato de
haver a assimilação das teorias à prática, utilizando-se das mais variadas
ferramentas discutidas em sala de aula.
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2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO
Razão Social: Sintético & Sintético Ltda.
Sócios: Emanuel Proner, Kalvin Felipe Neves, Marcos Rogério Camatti e
Paulo Henrique Pimentel.
Cotas: 25% cada sócio.
Principal Atividade: Atividades Desportivas – CNAE: 92.61-4.
Número de Funcionários: 1 Lanchonete, 1 Serviços Gerais, 1 Atendente.
2.1 LOCALIZAÇÃO
O Campo será instalado na cidade de Cascavel Paraná, no bairro Vila
Tolentino, na esquina entre as ruas Cuiabá e Marechal Candido Rondon.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico tem como finalidade nortear os pesquisadores
sobre o assunto a ser pesquisado, uma vez que apresenta conceitos de vários
autores para ser discutido.
3.1 ADMINISTRAÇÃO
Segundo Hampton (1992), quando as pessoas se acertam para atingir
um objetivo, elas criam uma organização, algo que tem força para realizar mais
que uma pessoa sozinha. O trabalho envolvendo a combinação e direção da
utilização dos recursos necessários para atingir objetivos específicos chama-se
administração. A administração inclui planejamento, organização, direção e
controle.
Administrar consiste em, prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação; organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa; comandar: dirigir e orientar o pessoal; coordenar: ligar, unir harmonizar todos os atos e esforços coletivos; controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com o estabelecido (Fayol apud Faria, 2002, p.39).
Para Chiavenato (1999), a administração compõe a maneira de utilizar
os recursos humanos, materiais, financeiros, de informação e tecnologia, para
alcançar objetivos e atingir elevado desempenho. A administração é o processo
de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos e atingir objetivos
de maneira eficiente e eficaz. Administrar não significa somente executar
tarefas, mas sim fazer com que sejam executadas por outras em paralelo.
Analisando os conceitos administrativos apresentados acima, vê-se a
necessidade de uma administração totalmente eficiente e eficaz, sendo ela
inerente à gestão de qualquer empresa, suas táticas apresentadas pelos
16
autores são ferramentas fundamentais para os gestores planejarem e dirigirem
a empresa.
3.2 IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO NOS DIAS DE HOJE
Amorim (2006) relata que é desafiadora a forma para se administrar
nos dias atuais, isso porque não existe um roteiro para orientar os rumos a
serem seguidos para alcançar o êxito. Um dos assuntos mais publicados são
roteiros focados em como administrar pessoas. O problema é que as
mudanças no universo dos seres humanos não seguem uma ordem previsível,
cada pessoa tem as suas peculiaridades e o profissional de administração não
possui uma forma de prever essas mudanças e resolver problemas de cada
novidade que surge. Portanto, o administrador deve buscar a atualização
constante na forma de gerenciar processos e liderar pessoas.
Chiavenato (2006, p.24) diz que, atualmente, “o administrador precisa
possuir certas competências básicas: relacionamento interpessoal,
comunicação, liderança e resolução de conflitos”. Ele ainda relata que, no
mundo dos negócios, o trabalho em equipe está em alta e que o administrador
deve saber organizar e gerir equipes de trabalho.
Hampton (1992) cita que não existe diferença nítida entre o passado e
o presente, no que tange à teoria e prática administrativa. Ao contrário, o
passado é sombra no presente. Entretanto, a teoria administrativa
contemporânea destaca a natureza das organizações como sistemas, nos
quais tudo está interligado.
É visto que o administrador hoje precisa ter uma visão mais
empreendedora, diferenciando-se de outras empresas, criando uma estratégia
17
para obtenção de mercado, uma vez que o mesmo está cada vez mais
saturado.
3.3 EMPREENDEDORISMO
Segundo Guimarães e Souza (2005), o termo empreendedorismo vem
sendo utilizado de forma abrangente, referindo-se a ações inovadoras e
dinâmicas em busca de resultados concretos em empresa e em outras
organizações, tanto governamentais como não governamentais.
O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais (SCHUMPETER apud DORNELAS, 2001, p.37).
Para Kotler (2003), todos os negócios têm seu inicio com um
empreendedor vislumbrando uma oportunidade. O empreendedor é alguém
com muita paixão e energia para criar algo novo. Ele assume riscos contra
todas as chances. Pensa muito em criar algo inédito, e, quando bem sucedido,
cria empregos e gera renda para mais pessoas.
Uma das ferramentas importantes para que o empreendedor mapeie as
necessidades, investimentos, custos e receitas do seu novo empreendimento, é
o plano de negócios.
3.3.1 Plano de Negócios
Para Dornelas (2001), o plano de negócios é um documento utilizado
para descrever um empreendimento, contemplando todas as informações que
serão necessárias para sustentar a empresa. Para o seu desenvolvimento é
necessário autoconhecimento e aprendizagem. No término e durante o
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desenvolvimento, o empreendedor consegue se situar no seu ambiente de
negócios.
Segundo Salles (2001, p.11), “um plano de negócios é uma maneira
estruturada de realizar projeções de futuro em um empreendimento, que irão se
traduzir em uma série de instrumentos de gerenciamento do negócio”.
Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado. (SEBRAE, 2007).
O mesmo autor relata que o plano de negócios possui 8 passos, sendo:
sumário executivo; análise de mercado; plano de marketing; plano operacional;
plano financeiro; construção de cenários; avaliação estratégica e avaliação do
plano de negócio. O próprio autor possui uma ferramenta para o
desenvolvimento do plano de negócios com todas as etapas e com alguns
exemplos.
A ferramenta de plano de negócios engloba todo o estudo de
viabilidade ou não de um determinado produto ou empresa, e para isso é
necessário que este estudo contemple todas as áreas de marketing.
3.4 ASPECTOS DE MARKETING
Para Kotler apud Andrade (2010, p.17), “o marketing é uma função
organizacional e um conjunto de processos que envolvem a citação, a
comunicação e a entrega de valor para os clientes [...]”.
De acordo com Godri e Manzo apud Cobra e Braga (2004); Os
mesmos descrevem que a atividade de marketing é descobrir, conquistar e
manter clientes. Esta atividade tem intuito de conhecer os desejos e anseios do
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consumidor, avaliar a produção desta necessidade, executar esta produção e
vendê-la ao consumidor, ensinando-o a consumir este produto.
A importância do marketing para o estudo de viabilidade dá ao fato de
que necessitamos conhecer de forma mais detalhada o público alvo do projeto,
afim de adequar as suas necessidades à disponibilização de serviços e
produtos que possam gerar riquezas à empresa.
3.4.1 Marketing de Serviços
Rocha (2001, p.41) traz o seguinte conceito para marketing de
serviços:
O marketing de serviços atua para fazer com que o seu provável usuário possa “enxergar” o resultado do esforço para produzir o serviço, antes mesmo que ele fique pronto. Ele se traduz pela criação e desenvolvimento de estratégias, buscando resultados para algo que não possui propriedades físicas e que possam ser avaliadas pelos clientes antes da compra.
Citam Madruga et al (2004), que o marketing de serviços está em
crescimento, mas que com certeza a principal maneira de utilizá-lo é mantendo
o foco no cliente e em suas necessidades buscando adaptar a oferta de
maneira customizada.
Através do marketing de serviços é possível ter um melhor acesso ao
consumidor, ou seja, facilita o contato empresa cliente, consequentemente
mensura de forma mais íntegra o mercado.
3.4.2 Análise de Mercado
Para Berti (2009), análise de mercado ou estudo detalhado de mercado
de uma empresa deve ser feito de forma ampla, analisando a posição do setor,
20
mercado consumidor, mercado fornecedor e mercado concorrente. Só após
este estudo é possível afirmar se é viável ou não.
Citam Stevens et al (2001), embora as dimensões de uma análise de
mercado possam variar, existem algumas variáveis comuns a todas, sendo
elas: crescimento do mercado; fatores-chave de sucesso; análise de vendas e
análise de custos.
Kotler e Armstrong (1998) relatam que a empresa deve avaliar seus
mercados e ambientes de marketing, no intuito de identificar oportunidades e
evitar ameaças. Deve, também, avaliar suas forças e fraquezas e ações de
mercado atuais e potenciais, para definir que oportunidades devem ser
seguidas.
Uma análise de mercado apresenta números e estatísticas futuras
sobre mercado em que se pretende desbravar, incluindo várias informações
importantes e valiosas sobre o mercado consumidor.
Foi realizado a análise de mercado afim de identificar os potenciais
concorrentes, fornecedores de produtos e materiais e principalmente identificar
as necessidades do público alvo consumidor. Dentre estas pesquisas,
identificamos uma real necessidade da disponibilização de mais campos de
futebol sintéticos na cidade de Cascavel.
3.4.3 Mercado Consumidor
Kotler e Armstrong (2003) ao referir-se sobre mercado consumidor
apontam que, são indivíduos e famílias que compram bens e serviços para o
consumo pessoal.
Las Casas (2010, p. 181), observa que “o objetivo em estudar o
mercado consumidor, esta em verificar as influências e as características do
21
comprador, a fim de obter condições de fazer propostas adequadas de ofertas
de marketing.”
Para Kotler e Armstrong (1998), pode ser muito complicado identificar
as necessidades dos consumidores, pois muitas vezes podem até declarar
seus desejos, entretanto agem de outra maneira. Visto isto, é importante que o
profissional de marketing entenda os desejos, percepções, preferências e até
mesmo o comportamento de seus consumidores.
Com um estudo aprofundado do mercado consumidor, é possível
mapear as ações a fim de assegurar que o mesmo terá interesse em seu
produto ou serviço. Com este mapeamento e uma correta execução das ações
apontadas, obtém-se valiosas informações que podem ser utilizadas como
diferencial frente aos concorrentes.
3.4.4 Concorrentes
De acordo com Kotler e Armstrong (1998), concorrentes são aqueles
que, na abordagem do mercado, satisfazem a mesma necessidade do
consumidor, entretanto esta necessidade é muito ampla, vindo, assim, a
estimular o planejamento estratégico de mercado em longo prazo.
Já para Las Casas (2010), a concorrência surge no mercado e
desaparece a todo o momento, assim vindo a exigir constante adaptação dos
administradores nas suas táticas de marketing, além de atender às exigências
de seus clientes.
É de fundamental importância o conhecimento de todos os
concorrentes de uma organização, principalmente seus pontos fracos, afim de
trabalhar estes e se ter uma vantagem competitiva frente o público alvo.
22
3.4.5 Fornecedor
Para Silva (1999), os fornecedores, em uma visão financeira,
representam todas as compras a prazo efetuadas para empresa, estas como
mercadorias, matérias-primas e demais componentes utilizados em consumo.
Segundo Las Casas (2010), normalmente se escolhe fornecedores já
conhecidos no mercado e de boa reputação, ainda se faz importante avaliar a
proximidade destes, pois isto pode implicar em redução de custos com
transporte além de facilitar à logística.
Para Etzel, Walker e Stanton (2001), é de suma importância que
empresa estreite seus relacionamentos com os fornecedores, um bom nível de
acordo entre estes é vital para o sucesso, pois a empresa seria incapaz de
produzir ou vender um produto sem seus fornecedores.
Fica evidente que se faz essencial ter o fornecedor como uma fortaleza
na organização, sendo ele uma fraqueza, o seu concorrente pode tê-lo como
fortaleza e terá maior vantagem competitiva, o SWOT esclarece melhor a
importância do mapeamento das fortalezas e fraquezas.
3.4.6 Análise S.W.O.T.1
Silva (2009) descreve que a análise SWOT é uma ferramenta utilizada
para fazer a análise de um cenário, ou de um ambiente, oferecendo alicerce
para o planejamento estratégico e para o gerenciamento de uma empresa. Por
ser muito simples, ela pode ser utilizada por pequenas empresas até grandes
1 S.W.O.T. Segundo Lobato et al (2006, p. 67): “SWOT é a sigla de strenghts, weaknesses, opportunities
and threats (forças, fraquezas, oportunidades, ameaças)”.
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multinacionais. Ela é dividida em duas classes, sendo: ambiente interno –
forças e fraquezas - e ambiente externo – oportunidades e ameaças.
Las Casas (2010, p. 90) relata que “os administradores devem procurar
detectar oportunidades de mercado para aproveitá-las e procurar descobrir
ameaças para minimizá-las ou anulá-las”.
Sebrae (2007) descreve que forças são peculiaridades internas da
empresa ou de seus proprietários que contribuem para atingir os objetivos ou
que apresentam vantagens perante seus concorrentes. Oportunidades são
situações favoráveis do ambiente externo á empresa que fazem com que
alcance seus objetivos e melhorarem seu posicionamento no mercado.
Fraquezas são situações internas da empresa que a prejudicam perante a
concorrência e ameaças são situações externas que estão fora do controle da
empresa e a coloca diante de dificuldades.
A elaboração do S.W.O.T. pode apresentar pontos que devem ser
avaliados com a ótica da administração financeira, que por usa vez irá tratar do
planejamento e estratégias do bom uso do capital.
3.5 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Groppelli e Nikbakht (2002, p.3) citam que, “finanças são a aplicação
de uma série de princípios econômicos e financeiros para maximizar a riqueza
ou valor total do negócio”. Os mesmos trazem, através deste conceito, que
para administrar financeiramente, devem-se usar políticas sólidas de
investimento vindo assim a reduzir o risco.
Gitman (2002) cita que, é fundamental para o administrador financeiro
planejar e projetar as suas finanças estabelecendo assim um controle
24
financeiro em sua totalidade, sendo eles: contas a pagar, a receber, caixa
diário, caixa financeiro, entre outros.
Segue Gitman (2002 p.4), declarando que “a administração financeira,
diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro numa empresa”.
Segundo o mesmo, os administradores financeiros são os responsáveis pelas
atitudes tomadas na empresa tanto financeiras quanto não financeiras, dentre
as quais está inclusa a análise e planejamento financeiro.
3.5.1 Análise e Planejamento Financeiro
Para Groppelli e Nikbakht (2002), o planejamento financeiro deve
projetar as necessidades de caixa, vindo a estabelecer diretrizes para controle
de custos, de vendas futuras e metas, assim decidindo a melhor destinação
dos recursos escassos.
Segundo Padoveze (2005), análise e planejamento financeiro tratam
de um processo de meditação sobre os demonstrativos contábeis, objetivando
uma avaliação da situação da empresa em seus aspectos operacionais,
econômicos, patrimoniais e financeiros.
Com o planejamento financeiro, o gestor financeiro possuirá dados
para utilizar a ferramenta que avalia o orçamento de capital, assim
apresentando os melhores investimentos e empreendimentos, e resultados que
podem ser obtidos com a pesquisa.
3.5.2 Orçamento de Capital
Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002) o orçamento de capital, varia
de setor para setor, e nem todas as empresas utilizam desta ferramenta e,
25
geralmente, são baseadas em fluxos de caixas e seus métodos mais utilizados
são a taxa interna de retorno (TIR) e o valor presente liquido (VPL), muitas
empresas utilizam ambos os métodos.
Para Groppelli e Nikbakht (2002), orçamento de capital é uma
ferramenta gerencial necessária para o gerente financeiro. Através deste, ele
poderá decidir de maneira inteligente como avaliar se os investimentos ou
empreendimentos são valiosos, entre duas ou mais alternativas.
Com a utilização da ferramenta orçamento de capital, o administrador
da empresa tem em mãos indicadores financeiros que auxiliarão na tomada de
decisão. Complementando, Padoveze (2010) relata que todas as atividades
devem ser avaliadas pelo mercado, que representa o custo de oportunidade de
manter determinada atividade.
3.5.3 Custo de Capital ou de Oportunidade
Conforme Garrison apud Padoveze (2010, p.336), “um custo de
oportunidade pode ser definido como o benefício potencial que é perdido ou
sacrificado quando a escolha de um curso de ação faz isso necessário para
adotar um curso de ação competitivo”.
Conforme Guerreiro apud Padoveze (2010, p.336) assim se expressa
sobre o assunto: “em termos práticos, o custo de oportunidade corresponde à
remuneração mínima exigida pelos acionistas sobre o seu investimento na
empresa”.
Segundo Horngren (2000), um custo de oportunidade é a contribuição
máxima disponível de que se abre mão utilizando-se recursos limitados para
um determinado fim. Representa uma alternativa abandonada, de modo que
26
este valor é diferente do tipo comumente encontrado, no sentido de não ser
referente ao de desembolso, normalmente, encontrado e discutido pelos
contadores e administradores.
Ross, Westerfield e Jaffe (1995) afirmam que se uma empresa possui
qualquer ativo e pensa em vendê-lo, arrendá-lo, ou empregar em alguma outra
unidade operacional, ou se ele for utilizado em outro projeto, as receitas
potenciais de usos alternativos serão perdidas. Essas receitas perdidas podem
claramente ser encaradas como custos. São chamados de custos de
oportunidade porque, ao aceitar o projeto, a empresa renuncia a outras
oportunidades de emprego desses ativos.
As análises sobre custo de capital ou de oportunidade têm com
finalidade embasar um bom planejamento da empresa, bem como o correto
mapeamento dos fluxos relevantes.
3.5.4 Fluxos Relevantes
Gitman (2002) destaca que os fluxos de caixa relevantes correspondem
a saída de caixa incremental, após os impostos, e as entradas de caixa
subsequentes sendo elas associadas a um dispêndio de capital próprio. Ainda
são utilizados para se tomarem decisões de orçamento de capital, isto porque
incluem o investimento inicial, as entradas de caixa operacionais e um fluxo de
caixa residual.
3.5.5 Investimento Inicial
27
Para Gitman (2002, p.297), “o investimento inicial é a saída de caixa
relevante ocorrida no instante zero para a implementação do investimento
proposto a longo prazo.”
Gitman (2002), ainda, relata que o investimento inicial é calculado
obtendo-se a diferença entre todas as saídas e entradas que ocorrem no
instante zero (o momento em que o investimento é feito).
Segundo estudos do SENAC (2005), o investimento inicial é o valor que
se precisa investir para abrir um negócio. Alguns gastos são inevitáveis, no
entanto a regra é gastar o mínimo absolutamente necessário, evitando
desperdícios ou gastos supérfluos. Por outro lado, é preciso, também, cuidar da
imagem que será oferecida ao cliente.
O investimento inicial é requisito essencial para a construção de um
projeto de viabilidade, visto que corresponde ao valor que a empresa proposta
deve dispor, inicialmente, para poder começar suas atividades. O mesmo,
ainda, dará informação importante para definir o capital de giro da empresa.
3.5.6 Capital de Giro
Gitman (2002) diz que o capital de giro, conhecido também como
capital circulante líquido, embora na realidade não seja um índice, é
normalmente usado para medir a liquidez global da empresa.
Gitman (2002), ainda, relata que este valor não é muito útil para se
comparar o desempenho de empresas diferentes, mas é bastante útil para
controle interno. Quase sempre, o contrato através do qual se obtém um
empréstimo a longo prazo determina especificamente um nível mínimo de
capital circulante líquido que precisa ser mantido pela empresa. Com essa
28
exigência, pretende-se obrigar a empresa a manter certa liquidez operacional e
ajudar a proteger o credor.
De acordo com Padoveze (2010), em um conceito mais recente, define
capital de giro próprio como uma terminologia para designar os valores
investidos no ativo circulante. Os valores investidos no realizável a longo prazo
não são considerados como capital de giro, tendo em vista sua demorada
realização em dinheiro, dentro de uma óptica puramente financeira.
Com um exemplo prático, Padoveze (2010) diz que o processo de
tomar o dinheiro de caixa ou bancos, comprar estoques de mercadorias,
revender a prazo, emitir duplicatas e, posteriormente, receber, retornando o
dinheiro em caixa, acrescido provavelmente dos lucros, é denominado o giro da
empresa, e os valores aplicados nesses ativos são denominados capital de giro
ou em giro.
3.5.7 Fluxo de Caixa Operacional
Ross, Westerfield e Jaffe (1995) definem fluxo de caixa operacional
como sendo a diferença entre o resultado antes de juros e depreciação menos
impostos, mede o volume de numerário gerado pelas operações, não contando
os investimentos ou os gastos com necessidades de capital de giro. Deve, em
geral, ser positivo; uma empresa estará em dificuldades se o fluxo de caixa das
operações for negativo por longos períodos, pois não estará gerando dinheiro
suficiente para pagar os custos de operação.
Em seu livro, Princípios de Administração Financeira, Gitman (2002)
define como fluxo de caixa operacional, os fluxos de caixa de entrada e saídas,
diretamente relacionadas à produção e venda dos produtos e serviços da
empresa. Esses fluxos captam a demonstração do resultado e as transações
29
das contas circulantes (excluindo os títulos a pagar) ocorridas durante o
período.
Padoveze (2010), referindo-se à fluxo de caixa operacional, diz que o
segmento das atividades operacionais é composto, em sua totalidade, de
acumulação dos dados de recebimento e pagamento oriundos da
demonstração de resultados. São os gastos e receitas das atividades de
industrialização e comercialização dos produtos ou serviços da empresa. Essas
atividades têm ligação estreita com os elementos do ativo e passivo circulante,
que representam as necessidades líquidas de capital de giro da empresa.
3.5.8 Receita
Segundo Horngren (2000), receitas, em geral, são acréscimos brutos
gerados pela entrega de produtos ou pela prestação de serviços. Para serem
realizadas, as receitas têm que passar por três testes. Em primeiro lugar, os
bens ou serviços têm que ser prestados formalmente. Em segundo, é preciso
que haja uma troca de recursos evidenciada por uma transação de mercado e
em terceiro lugar, é preciso estar razoavelmente certo de que o ativo poderá
ser cobrado.
Chagas (2005) resume o conceito de receita como a entrada de valores
no patrimônio da empresa; renda produzida por um bem, um direito ou uma
venda de mercadorias e outros bens, serviço ou produto; a receita pode
derivar-se, também, de operações de natureza financeira.
3.5.9 Custos
Padoveze (2010, p.320) traz o seguinte conceito para custos:
30
São os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos. Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos produtos, posteriormente ativados quando os produtos objeto desses gastos forem gerados. De modo geral são os gastos ligados à área industrial da empresa.
Para Dutra (2003), o entendimento sobre custo esta em o valor aceito
pelo comprador para adquirir um bem ou é a soma de todos os valores
agregados ao bem desde sua aquisição, até que ele atinja uma situação em
que possa ser comercializado.
Correia apud Berti (2006) explica que a contabilidade de custos é uma
parte da contabilidade financeira voltada para a apuração dos gastos ocorridos,
no sentido de apurar resultados em qualquer atividade física ou mental do
homem, quer com seus recursos pessoais, quer mediante a utilização de outros
meios. Utiliza os mesmos mecanismos da contabilidade financeira, porém dá
ênfase aos problemas de classificação dos custos, bem como, ao seu controle.
Os custos devem ser mensurados e mapeados, levando em
consideração os fixos e variáveis, para correto planejamento.
3.5.9.1 Custos Fixos
De acordo com Machado (2002), custos fixos são aqueles que
permanecem inalterados, independentemente de um maior ou menor volume
de produção. Machado (2002), ainda, cita como exemplo uma empresa que
paga um valor X de aluguel mensal, e não tem este custo alterado pelo seu
volume de produção, e por isso o mesmo sugere que a análise destes custos
fixos deve ser realizada dentro de um período específico, normalmente o
exercício social.
Lins e Silva (2005) apresentam custos fixos como aqueles cujo total
não varia de acordo com volume de produção, e ainda faz uma ressalva,
31
dizendo que custos são fixos em um intervalo de tempo e dentro de
determinada capacidade de produção.
Atkinson et al (2000) afirmam que custos fixos não apresentam baixas
ou altas de acordo com quantidade produzida ou vendida, considerando isto
em um curto período de tempo.
3.5.9.2 Custos Variáveis
Machado (2002) define custos variáveis como aqueles que oscilam
diretamente com a proporção do nível de produção, onde sempre que houver
variação no volume de produção ou vendas, este custo variável seguirá a
mesma tendência.
Segundo Lins e Silva (2005), os custos variáveis têm vínculo direto com
o volume de produção, exemplificando com custos com matéria-prima e mão-
de-obra direta, utilizada na fabricação do produto ou serviço.
De acordo com a definição proposta pelos autores Atkinson et al
(2000), os custos variáveis seguem os fluxos de produção ou de vendas,
variando para cima com o aumento de demanda, ou para baixo com a redução
do processo de produção ou baixa nos níveis de venda.
3.6 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO
Conforme Sanvicente (1987), a análise de investimento pode ser
realizada com base em alguns métodos, podendo se nortear no conceito de
fluxo de caixa descontado, como as metodologias de taxa interna de retorno
(TIR), do valor atual liquido ou valor presente liquido (VPL). Outros métodos
32
como período de recuperação de investimento (payback) e a taxa média de
retorno, não utilizam este conceito.
A compreensão dos métodos de análise de investimento, como valor
presente liquido, taxa interna de retorno e payback, podem ser utilizadas de
forma a ilustrar os resultados almejados, com a pesquisa de viabilidade
financeira.
3.6.1 VPL
Gitman (2002) apresenta a técnica VPL (valor presente líquido) como
sofisticada para análise de orçamentos de capital, pois esta leva em
consideração o valor do dinheiro no tempo. Esta técnica faz descontos nos
fluxos de caixa a uma taxa especificada, onde esta é chamada de taxa de
desconto, custo de oportunidade ou custo de capital. E se refere ao retorno
mínimo que um projeto deve render, a fim de manter inalterado o valor de
mercado da empresa.
Ross, Westerfield e Jaffe (2002) apresentam três atributos do Valor
Presente Liquido que lhe concedem superioridade, sendo que VPL usa fluxos
de caixa, ou seja, estes podem ser utilizados para outros fins, como
pagamentos de dividendos, outros projetos de investimento, ou pagamentos de
juros. Esta técnica usa todos os fluxos de caixa do projeto, outros métodos
ignoram os fluxos de caixa até certa data. VPL desconta os fluxos de caixa
corretamente, onde outros métodos podem até não levar em consideração o
valor do dinheiro no tempo.
O conceito apresentado por Machado (2002) define o VPL como um
método onde a empresa tem que definir uma taxa mínima de retorno, a qual em
grande parte das situações deve corresponder ao seu custo de oportunidade.
33
Assim, ao descontar essa taxa dos valores de fluxo de caixa, o resultado deve
ser maior do que o valor das saídas de caixa.
Segundo Gitman (2002), o cálculo do valor presente liquido segue os
seguintes passos:
Inserir o valor do investimento inicial com CHS g CF0;
Acrescentar o valor do fluxo de caixa do ano 1 com g CFj;
Utilizando o mesmo procedimento para o fluxo dos demais anos;
Informar a taxa de juros na tecla i;
Para obter o resultado, pressionar as teclas f NPV.
Gitman (2002) apresenta como critério de decisão, que quando o VPL
for maior que zero, o projeto é aceito, caso contrário, deve ser rejeitado. Isso
porque quando o VPL for maior que zero, significa que a empresa obterá um
retorno maior, do que o seu custo de capital, com isso, aumentará o valor de
mercado da empresa, e, por conseguinte, a riqueza de seus proprietários.
3.6.2 TIR
Para Gitman (2002), a taxa interna de retorno, ou TIR, apresenta-se
com uma complexidade de cálculo superior à técnica de VPL, porém, também,
pode ser considerada a mais sofisticada forma de se realizar a avaliação de
investimentos. O mesmo autor define a TIR como a taxa de desconto que
iguala o valor presente das entradas de caixa ao investimento inicial referente a
um projeto.
Para Ross, Westerfield, Jaffe (2002), a taxa interna de retorno
representa o mais próximo que se pode chegar do VPL, mesmo não tendo
utilizado um método de VPL. Os mesmos apresentam a existência de uma
34
regra básica para o uso da TIR, aceitar o projeto se a TIR for superior a taxa de
desconto, e não aceitar se esta for inferior a taxa de desconto.
A definição de Machado (2002) para TIR é de um método utilizado para
efetuar o cálculo da taxa de retorno gerada pelo projeto de investimento, onde
este consiste em, uma taxa que faça com que a soma dos valores atualizados
de entradas de caixa sejam exatamente iguais, à soma dos valores atuais das
saídas de caixa, e se a taxa encontrada superar a taxa definida,
correspondente ao custo de oportunidade, o projeto é viável economicamente.
Conforme Gitman (2002), para o cálculo da TIR, após obter o resultado
com o calculo do VPL, pressionar as teclas f IRR, para que seja apresentado o
valor da TIR.
Para Gitman (2002), se a TIR for maior que o custo de capital, aceita-
se o projeto, caso seja menor, rejeita-se. Na comparação entre dois projetos,
melhor será o que proporcionar a maior TIR.
3.6.3 Payback
Gitman (2002) analisa o período de payback como, usualmente,
definido para avaliação de investimentos propostos, ou seja, o tempo
estipulado pela empresa no momento de início do projeto para recuperar o
capital investido mediante as entradas de caixa. Porém, considera esta uma
técnica não-sofisticada de orçamento de capital, pois a mesma não leva em
consideração o valor do dinheiro no tempo.
Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002), o método de payback é muito
utilizado por grandes organizações, a fim de auxiliar na decisão de
investimentos de pequeno porte, porém, este método não deve ser utilizado
apenas por grandes empresas. Uma empresa que identifique uma boa
35
oportunidade pode fazer uso desta. Os mesmos, ainda, citam que este critério
apresenta alguns pontos que favorecem a gestão.
Já para Machado (2002), o período de payback define-se como o tempo
que será necessário para a empresa obter, com os fluxos de caixa, o retorno do
valor empreendido no projeto. O autor, ainda, faz uma consideração quanto ao
tempo definido para este retorno, pois existe uma proporção entre tempo e
risco, onde quanto maior o tempo para empresa reaver seu investimento, maior
será o risco.
Gitman (2002) descreve que existem duas maneiras para calcular
payback, sendo a primeira para fluxo de entrada de caixa anual fixa que é:
Investimento Inicial dividido pela entrada de caixa anual, o resultado
apresentará o período de tempo. A segunda é para fluxo de entrada de caixa
anual misto, em que somam-se os valores acumulados de fluxo de entrada de
caixa anual até que se atinja o valor do investimento inicial.
36
4 METODOLOGIA
Segundo Oliveira (2001), a metodologia visa delimitar um determinado
problema, analisar e desenvolver observações, criticá-los e interpretá-los a
partir das relações de causa e efeito.
A metodologia forneceu um padrão para o desenvolvimento da pesquisa,
com técnicas e métodos de coleta, tabulação e apresentação dos dados.
4.1 TIPOS DE PESQUISAS
De acordo com Cervo e Bervian (1996), o interesse do homem pelo
saber pode ser chamado de pesquisa, e esta possui diversos tipos de
abordagem ou busca, e admite diferentes níveis de aprofundamento e enfoque,
de acordo com o objeto de pesquisa.
Analisando o conceito acima citado, os autores ajudaram na elaboração
deste estudo e sua metodologia apresentou três tipos de pesquisa, sendo elas,
descritiva, experimental e exploratória.
4.1.1 Pesquisa exploratória
Segundo Ruiz (2002, p.50), pesquisa exploratória “constitui, pois, o
primeiro estágio de toda pesquisa científica; não tem por objetivo resolver de
imediato um problema, mas tão somente apanhá-lo, caracterizá-lo.”.
De acordo com Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa exploratória
consiste em ter uma boa formulação do problema e hipóteses, e registrar,
sistematicamente, os dados e analisá-los com maior exatidão possível.
37
As mesmas, ainda, apontam sobre a pesquisa exploratória, que a coleta
de dados deve utilizar instrumentos adequados, empregando meios mecânicos
a fim de obter maior exatidão na observação humana, e posterior registro e
comprovação dos dados.
Segundo Oliveira (2001), a pesquisa exploratória tem como objetivo a
formulação de um problema mais preciso e, também, auxilia na criação de
hipóteses. Além disso, ele permite ao investigador um levantamento provisório
mais detalhado do que se pretende estudar.
Para este estudo, utilizou-se o tipo de pesquisa exploratória, que nada
mais é do que uma ferramenta para se conhecer mais detalhadamente o objeto
pesquisado, consequentemente, ter melhores resultados no produto final do
estudo.
4.2 MÉTODOS DE PESQUISA
Segundo Santo (1992, p.155), “métodos são técnicas suficientemente
gerais para se tornarem comuns a todas as ciências ou uma significativa parte
delas.”
Com os métodos de pesquisa propostos, pesquisa bibliográfica,
pesquisa documental e pesquisa de campo, foi possível coletar as informações
necessárias dentro desta pesquisa.
4.2.1 Pesquisa Bibliográfica
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p.183), a finalidade da pesquisa
bibliográfica, “é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi
escrito, dito, ou filmado sobre determinado assunto.”
38
Segundo Ruiz (2002, p.58), “bibliografia é o conjunto dos livros escritos
sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou
anônimos, pertencentes a correntes de pensamento diversas entre si, ao longo
da evolução da Humanidade.”
A pesquisa utilizou em seu desenvolvimento, o método bibliográfico,
para adquirir embasamento cientifico com publicações de autores que abordam
o conteúdo almejado.
4.2.2 Pesquisa documental
Para Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa documental é realizada com
base de coleta de dado restrita a documentos escritos ou não, constituindo o
que se denomina de fontes primárias, sendo estas realizadas no momento do
fenômeno, ou não.
Segundo Lopes (2006), pesquisa documental é a realizada com base na
documentação direta (questionários, entrevistas, formulários, entre outros.) ou
indireta (resultante da extração de produtos oriundos de publicações oficiais ou
privadas encontradas nos arquivos) de uma ou várias fontes.
Para o desenvolvimento do projeto, utilizamos os dados levantados na
pesquisa de campo e documentos, tais como, Censo IBGE e de fornecedores.
4.2.3 Pesquisa de Campo
Segundo Oliveira (2001, p.124), a pesquisa de campo “consiste na
observação dos fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados
e no registro de variáveis presumivelmente para posteriores análises”.
39
Segundo Parra Filho e Santos (2001, p.103), “essa forma de consulta,
que pode se dar por meio de questionário ou entrevista junto aos elementos
envolvidos, vai permitir a análise e conclusões, segundo objetivos previamente
estabelecidos”.
Lakatos e Marconi (2001) apresentam a pesquisa de campo como a que
tem por objetivo levantar informações e/ou conhecimentos referentes a
resposta de um determinado problema, ou comprovação de hipóteses, ou
ainda, novos fenômenos.
Os recursos para planejamento do trabalho foram obtidos com a
aplicação de questionários ao publico alvo, e entrevista com os concorrentes,
fornecendo assim dados para análise.
4.3 ABORDAGENS DA PESQUISA
Referindo-se a abordagem de pesquisa no que tange a metodologia,
Oliveira (2001) descreve como objetivo do trabalho científico, a abrangência de
aspectos gerais e amplos de um contexto social, como: salário e consumo,
mão-de-obra ativa, população economicamente ativa, situação social,
econômica e política das minorias e opiniões comunitárias, entre outros.
A abordagem de pesquisa relaciona dois métodos de avaliação. O
método qualitativo, que fornece a visão do contexto do problema, e o método
quantitativo, que enumera os dados de alguma forma.
4.3.1 Qualitativa
Segundo Gurgacz; Nascimento (2007), a pesquisa qualitativa possui
uma relação entre o sujeito e o mundo real, ou seja, um vínculo inseparável
40
entre a objetividade e a subjetividade do sujeito que não é possível transformar
em números. Este método não necessita de técnicas de estatísticas. Ele é
descritivo e os pesquisadores tendem a fazer análises de forma indutiva.
Segundo Malhotra (2001, p.155), “a pesquisa qualitativa proporciona
melhor visão e compreensão do contexto do problema, enquanto a pesquisa
quantitativa procura quantificar os dados e aplica alguma forma da análise
estatística”.
Utilizamos a ferramenta da abordagem qualitativa no estudo para
analisar informações quantitativas colhidas nos questionários de pesquisa
aplicados ao público alvo. Esta análise nos proporciona subsídio parcial para
decidir entre a viabilidade ou não do projeto.
4.3.2 Quantitativa
Segundo Oliveira (2001), pesquisa quantitativa é um método que
quantifica opiniões, dados, nas formas como são coletados, e através do
emprego de recursos e técnicas estatísticas mais simples, como por exemplo:
média, moda, mediana, porcentagem e mais complexas, como coeficiente de
correlação, análise de regressão, entre outros.
Segundo Gurgacz; Nascimento (2007, p.31), pesquisa quantitativa
“considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de
recursos e técnicas estatísticas [...]”
A análise quantitativa obtida na pesquisa de campo do estudo nos dá
informações imprescindíveis para definir posicionamento da empresa em
relação aos assuntos ligados a horários de atendimento, dias da semana entre
outras informações relevantes ao estudo.
41
4.4 DADOS DA PESQUISA
De acordo com Pádua (2002), após coleta dos dados, estes devem ser
filtrados como pertinentes ou relevantes, então se inicia o processo de análise,
classificação e interpretação das informações coletadas, etapa esta de suma
importância para o desenvolvimento do estudo, que deve receber uma atenção
especial, pois é nesta fase que se evidencia o objeto de estudo.
4.4.1 Dados Primários
Segundo Mattar (2001), os dados primários podem ser definidos como
aqueles que não foram antes coletados, que ainda estão em posse dos
pesquisados, e possuem a finalidade de atender às necessidades específicas
da pesquisa em andamento.
Oliveira (2001) referencia fontes primárias como dados históricos,
imagens gravadas, peças de arte, dados bibliográficos, pesquisas, arquivos
pessoais e oficiais, registros, correspondências públicas ou privadas, entre
outros.
Os dados primários são os resultados da pesquisa de campo, ou seja, as
informações levantadas no decorrer do projeto. Estes foram obtidos em
pesquisa de campo, com questionários aplicados ao publico alvo.
4.4.2 Dados Secundários
O conceito apresentado por Mattar (2001) sobre dados secundários
remete ao entendimento que estes são os dados coletados, já tabulados,
ordenados e em alguns casos até analisados. Estes devem estar catalogados e
42
à disposição dos interessados. Apresenta, ainda, que as fontes básicas para os
dados secundários são a própria empresa, publicações, governos, instituições
não governamentais e serviços padronizados de informações de marketing.
Oliveira (2001) apresenta uma ótica que vislumbra os dados secundários
como livros, jornais e revistas.
Foram utilizados nesta pesquisa, dados já coletados como censo do
IBGE, relatórios da prefeitura, relatórios de fornecedores, além de todo o
referencial bibliográfico necessário, como livros, artigos, revistas entre outros.
4.5 INSTRUMENTOS DE COLETAS DE DADOS
Segundo Vergara (2000), o autor deve informar como os dados foram
obtidos, correlacionando os objetivos, meios utilizados e a justificativa para
cada um. Normalmente os dados são obtidos através de observação,
questionário, formulário e entrevista.
[...] chamamos genericamente de instrumentos de coleta de dados a todos os possíveis formulários utilizados para relacionar dados a serem coletados e (ou) registrar dados coletados, utilizando-se de qualquer das possíveis formas de administração (questionário, formulário para anotações de observações, rol de tópicos a serem seguidos durante uma entrevista de grupo focalizada etc.). (MATTAR, 1999, p. 220).
4.5.1 Questionários
Segundo Cervo e Bervian (1996), a aplicação de questionário é a
metodologia mais utilizada para efetuar coleta de dados, pois é possível medir
com melhor exatidão o que deseja. Em geral, refere-se a uma forma de obter
respostas às questões com o preenchimento do próprio pesquisado.
Segundo os mesmos autores, todo o questionário deverá ser de forma
impessoal para garantir uniformidade na avaliação de um caso para o outro.
Uma das vantagens deste método é que os respondentes sentem-se mais a
43
vontade por se tratar de anonimato, o que garante maior realidade se
comparado com a entrevista, que é frente a frente.
Segundo Silva e Menezes (2001), questionário são perguntas que
devem ser respondidas por escrito pelo pesquisado. Ele deve ser objetivo,
limitado e possuir instruções. As instruções têm como obrigação esclarecer o
propósito de sua aplicação, ressaltar a importância e facilitar o preenchimento.
Para a pesquisa foi utilizado o método de questionário com perguntas
fechadas e perguntas de múltipla escolha. Este questionário foi entregue
pessoalmente ao público alvo do estudo.
4.6 POPULAÇÃO A AMOSTRA
Segundo Oliveira (2001), quando se deseja coletar informações de um
grande grupo de pessoas, verifica-se ser praticamente impossível fazer do
todo. Com isso vem a necessidade de utilizar somente uma parte dessas
pessoas, ou seja, uma amostra.
Parra Filho e Santos (2001) citam a impossibilidade de se realizar um
levantamento da população ou do universo que a compõem, diante disto se faz
necessário utilizar uma técnica que defina uma amostra desta população,
limitando assim o universo de estudo.
Para Lakatos e Markoni (2006, p.41), “amostra: é uma porção ou
parcela, convenientemente selecionada do universo (população).
4.6.1 Tipos de Amostras
Segundo Lakatos e Marconi (2006, p.42), “as técnicas de amostragem
probabilísticas, ou aleatórias, ou a ao acaso, desenvolveram-se, sob o aspecto
44
teórico, principalmente a partir da década de 30.”
Mattar (2001) relata que na amostragem aleatória simples cada
elemento da população tem probabilidade conhecida, diferente de zero, e
idêntica à dos outros elementos, de ser selecionado para fazer parte da
amostra.
Para esta pesquisa foi utilizada a amostragem probabilística, ou
aleatória. Foi entregue em mãos o questionário para que cada participante
pudesse responder, sem a interferência do pesquisador.
4.6.2 Amostragem probabilística
Pedro Neto (2002) cita que, uma amostragem é classificada como
probabilística quando todos os elementos da população tiverem probabilidade
conhecida, e diferente de zero.
4.6.3 Cálculo da Amostra
Para esta pesquisa foi utilizado uma população de 82.248 pessoas,
sendo homens da cidade de Cascavel-PR com idade entre 15 a 49 anos. Este
número foi identificado através de dados do IBGE2 sendo: população residente
2 IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, censo demográfico 2010.
45
total de 286.205, sendo estes 139.771 homens, dentre os quais 82.248 tem
entre 14 e 49 anos de idade. Segue cálculo para identificação da amostra com
5% de margem de erro:
n0 = [1/0,05]2
n0 = 400
n = 82.248*400/82.248+400
n = 32899200/82.648
n = 398,06 ~= n = 398
Para desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se o resultado obtido com o
cálculo, o que representa o universo pesquisado.
4.7 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
Para Vergara (2000, p. 30), “Delimitação do estudo é o momento em que
se explicita para o leitor o que fica dentro do estudo e o que fica fora”.
Através da delimitação, o leitor consegue distinguir o que foi pesquisado
e o que foi estudado podendo se localizar no estudo.
O primeiro procedimento consiste em delimitar a unidade que constitui o caso em estudo. Este pode ser uma pessoa, uma família, uma comunidade, um conjunto de ralações ou processos (como conflitos do trabalho, segregação racial numa comunidade etc.) ou mesmo uma cultura (Gil, 1996, p.121).
4.7.1 Quanto à área da empresa/setor/filial
Não apresenta uma área específica de empresa, e sim um estudo da
empresa toda.
4.7.2 Quanto às disciplinas de administração pesquisada
46
Trata-se de um estudo de administração financeira para identificar a
viabilidade e um estudo de marketing para análise de mercado.
4.7.3 Quanto ao tempo da pesquisa (corte transversal)
Segundo Richardson (1999), corte transversal é a coleta de dados em
determinado ponto do tempo, com base em amostras que tentam descrever a
realidade da população em determinado momento.
A pesquisa teve como corte transversal (coleta de dados) os meses de
Agosto e Setembro de 2011.
4.8 LIMITAÇÃO DO ESTUDO
O estudo teve algumas limitações no decorrer da construção do projeto
em relação aos fornecedores, no levantamento das informações para a
construção do campo entre outros e também a resistência no repasse de
informações dos concorrentes.
Estas foram algumas limitações que tivemos que consideramos as mais
restritivas. Também tivemos outras limitações que se julgam menos
impactantes que não necessitam ser documentadas.
47
5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Na apresentação e análise dos dados, apresentamos como foram
coletadas as informações com o propósito de identificar de forma clara e
objetiva a resposta para a pergunta referente a viabilidade financeira para a
abertura do campo de futebol sintético.
No questionário desenvolvido e aplicado, há questões de múltipla
escolha que foram construídas com base nos objetivos do projeto e trouxeram
a tona informações quantitativas que foram analisadas qualitativamente afim de
subsidiar informações ao estudo.
48
5.1 ANÁLISES DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS
Gráfico 01 - Estado civil
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico acima representa que a grande maioria dos pesquisados é
solteiro, e apenas 25% são casados. Na pesquisa realizada, dentro da resposta
„Solteiro‟ concentram-se também as pessoas com estado civil: divorciados e
viúvos e para o estado civil „Casado‟ inclui também o: união estável.
A coleta de dados por meio de questionários se deu de forma aleatória,
sendo o mesmo aplicado em diferentes locais como: lanchonetes, faculdades,
calçadão central da cidade, empresas entre outros locais de menor incidência.
25%
75%
Casado
Solteiro
49
Gráfico 02 - Praticam futebol
Fonte: Dados da pesquisa
Independentemente do estado civil dos pesquisados, 69% do público
da pesquisa da cidade de Cascavel – PR responderam que praticam futebol o
que corresponde a aproximadamente 56.751 pessoas.
Esta pesquisa nos mostrou que dentro deste público alvo da pesquisa –
que é de 82.248 mil homens de idade entre 14 e 49 anos – a maior parte, ou
seja, 56.751 pessoas jogam futebol, o que se mostra um número acentuado de
pessoas que se caracterizam como público alvo principal para o projeto da
construção do campo de futebol. Isso não significa que o restante dos
pesquisados não possam se tornar também futuros clientes do
empreendimento.
A informação, à primeira vista, qualifica-se como positiva para a
resposta de viabilidade da abertura do campo, pois traz à tona a informação de
que a grande maioria do público pode se tornar consumidor do serviço de
espaço de campo para futebol.
Para os pesquisados que responderam que não jogam futebol, a coleta
de dados nos mostrou os seus motivos e na maioria o motivo foi a falta de
69%
31%
Sim
Não
50
tempo para a prática do esporte. Também entre as respostas com maior
número ficaram os motivos de falta de habilidade, despreparo físico, problemas
físicos e restrições médicas. Também houve alguns pesquisados que
responderam não gostar da prática de futebol, que praticam outros esporte, que
gostam de apenas ver jogos e ainda, com um número bem reduzido, houveram
pessoas que disseram achar a prática uma perca de tempo e que não gostam
de futebol.
Em resumo, a maioria das respostas negativas não são totalmente
restritivas, ou seja, podem ser convertidas com algumas ações em novos
clientes.
51
Gráfico 03 - Preferência de campo
Fonte: Dados da pesquisa
A pesquisa mostrou que 55%, o que corresponde a 31.213 pessoas
que também responderam praticar futebol, preferem a pratica de futebol em
quadra de grama sintética. Em segundo ficou o futebol de campo e o último
dentre as preferências dos pesquisados foi a quadra de futebol de salão.
Estes dados mostram que, se falando do estudo da viabilidade para a
abertura de um campo de futebol sintético, 45% das pessoas que jogam futebol
não praticam o futebol sintético. Por mais que a maioria, 55% das pessoas,
participam do público alvo da empresa proposta, ainda existe um mercado de
aproximadamente 25.538 mil pessoas do público alvo da pesquisa que não
pratica futebol sintético.
Mesmo tendo um número expressivo de respondentes que não
praticam a modalidade de futebol sintético, estes são alvos fáceis para a
empresa proposta, pois indiferente do tipo de quadra, estes tem o hábito da
prática de futebol.
55% 15%
30%
Futebol Sintético
Futebol de Salão
Futebol de Campo
52
Gráfico 04 - Encontram dificuldades para agendar horário
Fonte: Dados da pesquisa
Este gráfico tem base nos respondentes positivos para o
questionamento sobre a prática de futebol. Percebe-se que a maioria dos
pesquisados confirmaram encontrar dificuldades para agendar horário nas
quadras existentes, o que correspondeu 58% de toda a população pesquisada.
Este dado levantado pela pesquisa demonstra a viabilidade ou
necessidade de se ter um bom plano de marketing para trabalhar a prospecção
desta parcela da população que encontra dificuldades em marcar horários para
jogos.
Outro fator importante a ser observado é o fato de que para os horários
em que a procura é maior, o valor a ser cobrado poderá também aumentar e
gradativamente os horários em que não possui tanto movimento poderão ter
uma redução, menos significativa, no preço da locação.
58%
42% Sim
Não
53
Gráfico 05 - O que influencia na escolha do campo?
Fonte: Dados da Pesquisa
Uma das maiores influências para a escolha do campo segundo a
pesquisa é a qualidade da estrutura. Além da qualidade, em segundo lugar os
pesquisados escolheram a localização do campo. As duas opções que ficaram
em último lugar foram o atendimento e o preço.
Com base neste resultado, observa-se a necessidade de se ter uma
política de qualidade em todos os detalhes da organização, desde a qualidade
do gramado do campo, a diversidade de alimentos, lanches e bebidas, até a
qualidade de uniformes disponibilizados para os jogos, o estacionamento
amplo, qualidade do atendimento entre outros.
Também dentro do mesmo gráfico, há de se observar que a localização
– que é o segundo colocado quanto a influência para a escolha do campo –
também irá determinar a otimização dos resultados da empresa, pois os que
escolheram esta opção representam 22% da população que se enquadra no
público alvo.
16%
22%
28%
16%
18%
Atendimento
Localização
Qualidade
Preço
Disponibilidade de Horário
54
Gráfico 06 - Qual horário de preferência
Fonte: Dados da pesquisa
Quase a maioria dos pesquisados tem como seu horário de preferência
para marcar jogo de futebol o horário das 18:00 às 22:00 horas e o segundo
melhor horário preferido das 14:00 às 18:00 horas.
Percebe-se que horários entre às 00:00 e 12:00 horas, a procura dos
campos é mínima de apenas 5%, o que resulta em duas opções: manter o
campo fechado neste período, que será a opção a ser implantada na empresa
neste projeto e a segunda opção que necessitará de uma pesquisa posterior, é
de utilizar estes horários para a locação do campo para escolinhas de futebol
ou algo do gênero.
Tendo a informação de que os horários de maior preferência são das
18:00 às 00:00hs horas, o campo será aberto ao público nos seguintes
horários:
Segunda, terça e sexta-feira: Das 18:15 às 00:15 horas;
De quarta à sexta-feira: Das 18:15 às 01:15: horas;
Nos sábados: Das 14:15 às 22:15 horas
3% 2%
27%
45%
23% Das 00:00 às 02:00 horas
Das 09:00 às 12:00 horas
Das 14:00 às 18:00 horas
Das 18:00 às 22:00 horas
Das 22:00 às 00:00 horas
55
Domingos: o campo não será aberto neste primeiro momento.
Conforme horários citados acima percebe-se que os horários iniciam
sempre depois dos primeiros 15 minutos de cada hora. Isto se justifica pelo
tempo necessário para os primeiros horários do dia para o deslocamento até o
campo, ou seja, as pessoas que trabalham em horário comercial, até as 18:00
horas, terão 15 minutos até começar o jogo para de deslocarem até o local.
56
Gráfico 07 - Renda média mensal
Fonte: Dados da pesquisa
Na demonstração gráfica acima percebe-se que 88% das pessoas
pesquisadas possuem uma renda média mensal entre 1 a 8 salários mínimos.
O maior número de pesquisadas possuem a renda mensal média de 2 à 4
salários com 40%, em seguida o grupo que recebe de 1 à 2 salários mínimos
com 35% das respostas.
Esta informação tão somente não é uma das mais importantes para a
avaliação da viabilidade ou não, porém vinculada com o valor médio gasto por
partida, se torna imprescindível.
Em um segundo momento, há a possibilidade de se trabalhar melhor o
aumento da disponibilização de uma parcela maior do salário do público alvo
para produtos e/ou serviços agregados aos que serão disponibilizados no
campo.
8%
35%
40%
13%
4%
Até 1 salário mínimo
De 1 à 2 salários mínimos
De 2 à 4 salários mínimos
De 4 à 8 salários mínimos
Acima de 8 salários mínimos
57
Gráfico 08 - Com que freqüência pratica futebol?
Fonte: Dados da pesquisa
Este gráfico trouxe a informação de que a maioria do público da
pesquisa joga futebol ao menos “uma vez por semana”. A surpresa é que a
preferência da opção “a cada duas semanas” somaram apenas 4% dos
pesquisados. Em fim, entre 1 e 3 vezes por semana somaram 53%, ou seja, a
maioria dos pesquisados pratica futebol até 3 vezes na semana.
Em contrapartida a pesquisa informa que 30% dos pesquisados, que
também corresponde uma grande fatia do público pratica futebol menos do que
uma vez por mês.
Estes dados trazem a tona uma necessidade de criar uma fidelização
para os clientes que jogam menos de 1 vez por mês, com o intuito de
maximizar a rotina de pratica de futebol no campo projetado com incentivos
ligados a descontos, tais como: assiduidade, indicações entre outros.
3%
15%
35%
4%
13%
30%
3 vezes por semana
2 vezes por semana
1 vez por semana
A cada 2 semanas
1 vez por mês
Menos que 1 vez por mês
58
Gráfico 09 - Consumo médio por partida
Fonte: Dados da pesquisa
A pesquisa trouxe a informação de que 93% dos pesquisados que
praticam futebol gastam até R$ 30,00. Dentre estes, 50% consomem até R$
10,00 em uma partida de futebol e 28% consomem entre R$ 10,00 e R$ 20,00
em uma partida.
A informação mais relevante para estes gráfico é de que dentre todas
as informações, a média de consumo por partida de futebol é de
aproximadamente R$ 13,45. Se para cada partida de futebol 12 pessoas
participarem do pagamento do campo, ter-se-á um valor aproximado de R$
5,83 por pessoa, por conseguinte, subtraindo dos R$ 13,45 o valor médio por
jogador que é de R$ 5,83, ainda restam ainda R$ 7,62 por integrante que serão
gastos com bebidas e alimentos no bar do campo de futebol.
Esta análise se mostra muito positiva em relação aos retornos
financeiros, pois o projeto terá retorno financeiro também em produtos que não
são os ativos principais, que por sinal serão bem vantajosos se comparados os
valores extraídos tão somente com a locação do campo de futebol.
50%
28%
15%
6%
1%
Até R$ 10,00
De R$ 10,00 à R$ 20,00
De R$ 20,00 à R$ 30,00
De R$ 30,00 à R$ 40,00
Acima de R$ 40,00
59
Gráfico 10 - Faixa etária
Fonte: Dados de pesquisa
Dentre os pesquisados 57% destes tem de 21 à 27 anos, 21% de 14 à
20 anos e 15% têm entre 28 à 34 anos. Com idade de 35 à 49 anos somou-se
apenas 7% dos pesquisados.
Apesar de a pesquisa ser aplicada em horários diferenciados e locais
aleatórios, nota-se que a maior parte dos pesquisados que praticam futebol tem
idade entre 21 e 27 anos.
Analisamos também o fato de que na idade de 21 á 27 anos muitas
pessoas que responderam não jogar futebol, foi por motivo de problemas de
saúde e na proporção em que a idade vai aumentando, os problemas
continuam subindo, consequentemente a pratica de futebol começa a diminuir.
21%
57%
15%
4% 3%
De 14 à 20 anos
De 21 à 27 anos
De 28 à 34 anos
De 35 à 41 anos
De 42 à 49 anos
60
Gráfico 11 - Dias de preferência
Fonte: Dados de pesquisa
Para todos os participantes da pesquisa que praticam futebol, a quinta-
feira foi o dia preferido para a prática. Em segundo lugar com 21% e em
terceiro com 16% as preferências ficaram respectivamente para as quartas-
feiras e para os sábados.
Observa-se que do domingo até na quinta-feira há uma crescente na
preferência dos dias para a prática de futebol. Na sexta-feira a preferência
reduz drasticamente e tem um leve aumento novamente no sábado, porém em
horários diferenciados.
Pode-se trabalhar para dias como na sexta-feira também com serviços
diferenciados, como por exemplo, a locação do campo nestes horários para
times de futebol com o objetivo de realizar treinos entre outros.
8%
15%
21%
26%
10%
16%
4% Segunda-feira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Sábado
Domingo
61
Gráfico 12 - Dificuldade para agendar horário dos que praticam futebol sintético
Fonte: Dados de pesquisa
Conforme apresentado em gráficos anteriores, 69% da população
pesquisada praticam futebol. Destes 69%, 55% praticam futebol sintético isso
significa que 38% dos homens de Cascavel-PR com idade entre 14 e 49 anos
praticam futebol sintético.
Analisando o gráfico acima, identificou-se que 49%, aproximadamente
metade das pessoas que praticam futebol sintético, encontram dificuldade em
agendar horário. Isso comprova que existe um gargalo no mercado, ou seja, tem
espaço para mais campos.
Esta é mais uma informação relevante que demonstra positivamente à
pergunta sobre a viabilidade da instalação de um campo de futebol sintético na
cidade de Cascavel no Paraná.
51% 49%
Não Encontram dificuldade
Encontram Dificuldade
62
Gráfico 13 - Preferência de dias da semana para os que responderam que
preferem o horário: 18:00 às 22:00 horas
Fonte: Dados da pesquisa
Neste gráfico, fazendo uma análise de informações do Gráfico 06 (Qual
horário de preferência), percebe-se que para os pesquisados que preferem o
horário das 18:00 às 22:00 horas, 29% responderam que tem preferência de
jogar aos sábados e um pouco menos, 28% destes tem sua preferência de
jogar futebol na quinta-feira.
Com tais informações os horários disponíveis do campo foram
montados justamente para dar suporte às pessoas que tem suas preferências
nos sábados ao final da tarde até o final da noite e nos dias de semana
também nos horários em que mais existe a preferência dos pesquisados.
Também levou-se em consideração o baixo número de respostas de
preferência aos domingos, fazendo com que neste dia o campo ficará fechado
para jogos.
4%
10%
12%
28% 6%
29%
11% Segunda-feira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Sábado
Domingo
63
Gráfico 14 - Horário de preferência para quem encontra dificuldades em
agendar horário de campo
Fonte: Dados de pesquisa
Com base na aplicação dos questionários da pesquisa, para todos os
pesquisados que responderam que jogam futebol e encontram dificuldade para
agendar horário, visualiza-se que o maior número de respostas em relação ao
horário de preferências destes foi das 14:00 às 18:00 horas e ainda, o dia
preferido para os mesmos respondentes foi a quinta-feira.
Com isso, nota-se que na quinta-feira, entre as 14:00 e 18:00 horas, a
possibilidade de se ter uma demanda acentuada é muito maior. Cabe então
uma precaução em relação a este período.
3% 2%
42%
35%
18% Das 00:00 às 02:00 horas
Das 09:00 às 12:00 horas
Das 14:00 às 18:00 horas
Das 18:00 às 22:00 horas
Das 22:00 às 00:00 horas
64
Gráfico 15 - Dia preferido para quem encontra dificuldades em agendar horário
de campo
Fonte: Dados da pesquisa
Este gráfico prova que a maioria dos pesquisados prefere jogar futebol
na quinta-feira. Seguindo de muito perto, em segundo lugar, 24% destes
preferem jogar no sábado e na última posição com 7% a preferência ficou para
a segunda-feira e para o domingo.
Este é outro fator que foi observado para a criação de horários e,
principalmente dias da semana disponíveis para agendar horários. Daí se deu a
opção de abrir em horários mais reduzidos na segunda, terça e sexta-feira,
aumentar os mesmos para a quarta, quinta-feira e no sábado.
7%
12%
16%
25%
9%
24%
7% Segunda-feira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Sábado
Domingo
65
5.2 ANÁLISE FINANCEIRA
De acordo Ross, Westerfield e Jaffe (1995), as demonstrações
financeiras não são suficientes para fornecer as respostas exigidas pelas cinco
medidas de desempenho (solvência de curto prazo, atividade, endividamento,
rentabilidade e valor), porém, para a administração é importante realizar uma
avaliação constante das demonstrações financeiras, pois estas subsidiam
informações úteis.
5.2.1 Cálculo do Investimento Inicial
Tabela 1 – Levantamento de custos para estruturação de um campo de grama sintética pra futebol com (A= 924m²)
Produto Valor
Base de drenagem e asfalto R$ 13.305,01 Instalação, cola, tape e borracha R$ 16.040,64 Grama Sintética R$ 32.986,00 Alambrado Completo R$ 31.242,91 Iluminação Completa R$ 13.029,75 Acessórios R$ 1.801,80 Impostos R$ 8.337,75 Total R$ 116.743,86
Fonte: Dados da pesquisa
Dentre as empresas que foram pesquisadas, uma delas apenas
consegue fornecer todo o equipamento para a estruturação um campo de
futebol sintético, desde a sua base, a instalação, até detalhes como iluminação
e alambrado. E com base nos valores apresentados por esta, identificamos os
valores para cálculo de investimento inicial.
66
Tabela 2 – Apuração de custos de itens utilizados para prática de futebol
Produto Quantidade Empresa A Empresa B Empresa C
Traves + rede 2 R$ 1.260,00 R$ 1.500,00 R$ 2.100,00 Bolas 4 R$ 199,60 R$ 239,60 R$ 199,60 Coletes 180 R$ 718,20 R$ 900,00 R$ 770,40 Placar 1 R$ 135,00 R$ 150,00 R$ 499,00
Fonte: Dados da pesquisa
Houve a necessidade realizar cotação com outros fornecedores, alguns
itens para a composição da estrutura de campo.
Tabela 3 – Identificação de custos para estruturação de uma lanchonete
Produto Quantidade Empresa A Empresa B Empresa C
Freezer Vertical
2 Comodato com fornecedor
Freezer Horizontal
1 R$ 1.569,00 R$ 1.559,00 R$ 1.379,00
Estufa 1 R$ 559,00 R$ 299,00 R$ 495,00 Balcão 1 R$ 900,00 R$ 1.100,00 R$ 1.200,00 Microondas 1 R$ 529,00 R$ 531,00 R$ 599,00 Mesas 1 Comodato com fornecedor Cadeiras 12 Comodato com fornecedor
Fonte: Dados da pesquisa
Identificamos os menores custos para os equipamentos acima, na
maioria, para o fornecedor „A‟. Três equipamentos conseguiremos adquirir com
comodato com os fornecedores, não sendo necessário disponibilizar valores
iniciais para aquisição. Os equipamentos são: Freezer Vertical, Mesas e
Cadeiras. Ambos serão disponibilizados por uma distribuidora de bebidas.
67
Tabela 4 – Orçamento de itens utilizados na área de atendimento
Produto Quantidade Empresa A Empresa B Empresa C
Lavadora de roupas
1 R$ 1.099,00 R$ 1.199,00 R$ 1.089,00
TV LED 42 polegadas
1 R$ 2.899,00 R$ 2.298,00 R$ 2.425,67
Computador 1 R$ 1699,00 R$ 1.800,00 R$ 1.920,00
Fonte: Dados da pesquisa
Esta tabela reúne a cotação de itens acessórios para o campo de
futebol que tiveram fornecedores diferentes para a compra. Para cada um dos
três itens, tivemos um fornecedor distinto que ganhou a cotação por conta do
valor do produtos.
Tabela 5 – Investimento inicial
Montagem do campo R$ 119.056,66 Montagem da lanchonete R$ 3.107,00 Estrutura de atendimento R$ 5.096,00 Estoque inicial R$ 4.000,00 Abertura de empresa R$ 800,00 Necessidade de capital de giro R$ 11.479,81
Total R$ 143.539,47
Fonte: Dados da pesquisa
Nesta tabela contemplamos todo o recurso investido para a
estruturação do campo sintético para futebol, os itens necessários para
montagem da lanchonete e área de atendimento ao público, além dos encargos
para abertura de empresa e valor estimado para aquisição de estoque inicial e
capital de giro.
68
Tabela 6 – Projeção de preço de custo e preço de venda para bebidas
Produto Preço de custo Preço de venda
Brahma 600ml R$ 2,60 R$ 4,50 Sub zero 600ml R$ 1,80 R$ 3,50 Skol 600ml R$ 2,60 R$ 4,50 Powerade R$ 2,15 R$ 4,50 Coca 350ml R$ 0,92 R$ 2,50 Kuat 350ml R$ 0,87 R$ 2,50 Fanta 350ml R$ 0,87 R$ 2,50 Sprite 350ml R$ 0,87 R$ 2,50 Schweppes Citrus R$ 1,00 R$ 2,50 Coca 2 litros R$ 1,95 R$ 5,00 Água sem gás R$ 0,50 R$ 1,20 Água com gás R$ 0,55 R$ 1,20
Fonte: Dados da pesquisa
Após levantamento de valores referente às bebidas, foi possível
identificar como custo médio geral dos produtos, em relação ao preço de
venda, o percentual de 56%.
Tabela 7 – Projeção de preço de custo e preço de venda para salgados
Produto Preço de custo Preço de venda
Esfirra R$ 1,10 R$ 2,50 Pastel assado R$ 1,10 R$ 2,50 Enroladinho de salsicha R$ 1,10 R$ 2,50 Croissant R$ 1,25 R$ 3,00
Fonte: Dados da pesquisa
Assim como as bebidas da lanchonete, os salgados também possuem
um custo, em relação ao preço de venda, de 56%. Este custo é uma média de
todos os itens da lanchonete, somados os valores de preço de venda
comparados os valores de preço de custo destas mercadorias.
69
Tabela 8 – Encargos salário auxiliar
INSS (Empresa) R$ 109,00 INSS Sal. Edu. e Sist S. INSS Sat Seg Desemp. (3%) INSS Empregado (8%) FGTS (8,5% depositados) Previsão de Férias (1/12) Previsão 1/3 de Férias (1/12) Previsão 13º Salário (1/12) Vale Transporte
R$ 30,52 R$ 16,35 R$ 43,60 R$ 46,36 R$ 45,42 R$ 15,14 R$ 45,42 R$ 100,00
Total R$ 451,81
Fonte: Dados da pesquisa
Acima, a demonstração de encargos totais para a contratação do
auxiliar de serviços gerais, que será responsável por atividades relacionadas a
disponibilização de coletes para os times, auxílio na lanchonete, organização
do ambiente entre outros.
Percebe-se que os encargos financeiros relacionados ao cargo de
auxiliar representam 82,75% do salário do mesmo cargo.
Tabela 9 – Encargos Gerente
INSS Pró-labore (8%) R$ 48,00
Total R$ 48,00
Fonte: Dados da pesquisa
A equipe de trabalho projetada para exercerem as atividades no campo
de futebol será de apenas 2 pessoas sendo uma delas um dos sócios diretores
da empresa – com o cargo de Gerente – e a outra será uma pessoa contratada
que receberá um salário mínimo para exercer a sua função de Auxiliar de
serviços gerais.
O auxiliar receberá um salário mínimo, R$545,00, mais dois vales
transportes por dia que corresponderá a aproximadamente R$100,00 por mês.
70
As tabelas 8 e 9 apresentam de forma detalhada o cálculo dos
encargos.
Tabela 10 – Custos fixos mensal
Locação R$ 3.800,00 Água R$ 200,00 Luz R$ 900,00 Telefone R$ 40,00 Internet R$ 40,00 TV por assinatura R$ 119,00 Salários auxiliar R$ 545,00 Encargos salário auxiliar R$ 451,81 Pró-Labore gerente R$ 600,00 Encargos Pró-Labore R$ 48,00 Contabilidade R$ 272,50 Material de Limpeza R$ 150,00
Total R$ 7.221,31
Fonte: Dados da pesquisa
É notória a discrepância de valores em relação ao valor de locação do
terreno para as instalações do campo de futebol. Somente a locação
representa 52,62% de todos os custos em relação ao valor total de custos fixos.
Outro item que merece destaque é a conta „Luz‟. Ela representa
12,46% do custo fixo total.
A soma de todas as contas inerentes a pagamento de encargos,
salários e pró-labore é de R$ 1.644,81, representando 22.78% de todo custo
fixo.
Tabela 11 – Custos variáveis mensal
Panfletagem R$ 200,00 ISSQN (5%) R$ 1.323,80 Imposto Simples Nacional (3%) Custo Lanchonete (bebida/alimento) Reserva manutenção empresa (4%)
R$ 794,28 R$ 8.397,76 R$ 1.059,04
Total R$ 11.774,88
Fonte: Dados da pesquisa
71
A empresa terá um valor de R$ 11.774,88 de custos variáveis. Dentre
estes custos, a lanchonete é a responsável pelo maior valor com 71,32%.
Pensando na prevenção de problemas de estrutura, criamos um fundo
de reserva para este fim.
5.2.2 Projeção De Receita
Tabela 12 – Projeção de receitas bruta mensal
Locação campo 164hs a R$ 70,00 R$ 11.480,00 Lanchonete (bebida/alimento) R$ 14.996,00
Total R$ 26.476,00
Fonte: Dados da pesquisa
Tabela 13 – Projeção de custos mensal
Custo fixo R$ 7.221,31 Custo variável R$ 11.774,88
Total R$ 18.996,19
Fonte: Dados da pesquisa
Tabela 14 – Projeção Receita Líquida
(-) Custo fixo R$ 7.221,31 (-) Custo variável (+) Receita Locação campo (+)Receita Lanchonete
R$ 11.774,88 R$ 11.480,00 R$ 14.996,00
Total Receita Líquida R$ 7.479,81
Fonte: Dados da pesquisa
72
Tabela 15 – Projeção de fluxo de caixa 5 anos
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Saldo inicial -R$ 143.539,47
-R$ 53.781,75
R$ 40.463,85
R$ 139.421,74
R$ 243.327,52
Receitas Locação Campo
R$ 137.760,00
R$ 144.648,00
R$ 151.880,40
R$ 159.474,42
R$ 167.448,14
Receitas Lanchonete
R$ 179.952,00
R$ 188.949,60
R$ 198.397,08
R$ 208.316,93
R$ 218.732,78
Custos fixos R$ 86.655,72
R$ 90.988,51
R$ 95.537,93
R$ 100.314,83
R$ 105.330,57
Custos variáveis
R$ 141.298,56
R$ 148.363,49
R$ 155.781,66
R$ 163.570,75
R$ 171.749,28
Lucro Líquido
R$ 89.757,72
R$ 94.245,60
R$ 98.957,89
R$ 103.905,78
R$ 109.101,07
Saldo anual -R$ 53.781,75
R$ 40.463,85
R$ 139.421,74
R$ 243.327,52
R$ 352.428,59
Fonte: Dados da pesquisa
Para o desenvolvimento da projeção de 5 anos, utilizamos um
crescimento de 5% ao ano.
Tabela 16 – Indicadores de Payback, VPL e TIR
Payback 1,57 anos =~ 1 ano e 7 meses VPL TIR
R$ 192.692,28 60%
Fonte: Dados da pesquisa
Analisando a projeção de fluxo de caixa de 5 anos, percebe-se que as
receitas são maiores que as saídas em todo período analisado, ocasionando
um caixa sempre positivo.
Observando todos os cenários é possível visualizar que os resultados
são favoráveis a implantação do negócio. Seu VPL positivo indica que as
entradas trazidas ao presente são maiores que o valor das saídas, sua
confiabilidade é comprovada através do calculo da TIR onde esta foi satisfatória
atingindo a 60%, bem acima que a Taxa mínima de atratividade (TMA)
estipulada de 14%. O retorno do investimento ficou em aproximadamente 1 ano
e 7 meses conforme payback.
73
5.3 PLANO DE NEGÓCIO
5.3.1 Missão
Atuando no seguimento de campos sintéticos para a prática de futebol,
visamos oferecer aos nossos clientes, um ambiente equipado com uma
estrutura de alta qualidade que proporcionem ao seu lazer uma forma segura e
agradável para a prática de esportes tendo como proposta um ambiente
descontraído, uma alternativa ao dia a dia, aliando tecnologia, inovação e o
comprometimento de profissionais que almejam satisfazer os anseios de
nossos clientes.
5.3.2 Visão
Ser reconhecido como referência de qualidade e local de bem estar
para praticantes de futebol sintético na cidade de Cascavel PR.
5.3.3 Valores
“Integridade, respeito, iniciativa e inovação, qualidade e excelência”.
74
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para execução deste estudo foram utilizadas bibliografias sobre
administração, marketing, contabilidade, finanças, entre outros. Além destas
bibliografias, foi executada uma pesquisa de campo junto ao público alvo,
levantamentos de dados junto a fornecedores e informações sobre os
concorrentes.
Após o levantamento de todos os dados foi realizado a análise
minuciosa, a fim de efetuar os cálculos necessários para identificar se viável ou
não sua implantação.
A fim de levantar a confiabilidade deste estudo, buscamos aplicar
formulas de avaliação de investimento tais como: Payback, VPL e TIR, as quais
demostraram um resultado muito satisfatório, sendo assim, foi possível concluir
que a implantação é viável.
75
REFERÊNCIAS
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79
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS
1. Faixa Etária? ( ) Até 13 anos ( ) 14 à 20 anos ( ) 21 à 27 anos ( ) 28 à 34 anos ( ) 35 à 41 anos ( ) 42 à 49 anos ( ) Acima de 49 anos
2. Estado Civil? ( ) Solteiro ( ) Casado
3. Pratica Futebol? ( ) Sim ( ) Não (Caso não, descreva o porquê e não é necessário responder as demais questões) _____________________________________________________________________________________________________________________
4. Renda média mensal (salário mínimo)? ( ) Até 1 ( ) De 1 à 2 ( ) De 2 à 4 ( ) De 4 à 8 ( ) Acima de 8
5. Qual dos tipos de futebol abaixo você mais pratica? ( ) Futebol de Campo ( ) Futebol de Salão ( ) Futebol Sintético
6. Com que freqüência pratica futebol sintético? ( ) 3 vezes por semana ( ) 2 vezes por semana ( ) 1 vez por semana ( ) A cada 2 semanas ( ) 1 vez por mês ( ) Menos que 1 vez por mês
7. Qual o seu consumo médio a cada prática de futebol sintético (campo, lanchonete, etc.)? ( ) Até R$10,00 ( ) De R$10,00 à R$20,00 ( ) De R$20,00 à R$30,00 ( ) De R$30,00 à R$40,00 ( ) Acima de R$40,00
8. Encontra dificuldades para agendar horário? ( ) Sim ( ) Não
9. Quais dias têm preferência? ( ) Segunda-Feira ( ) Terça-Feira ( ) Quarta-Feira ( ) Quinta-Feira ( ) Sexta-Feira ( ) Sábado ( ) Domingo ( ) Indiferente
10. Qual horário de sua preferência ( ) 09:00hs às 12:00hs ( ) 14:00hs às 18:00hs ( ) 18:00hs às 22:00hs ( ) 22:00hs às 00:00hs ( ) 00:00hs às 02:00hs
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11. O que influencia na sua escolha pelo campo? ( ) Localização ( ) Qualidade ( ) Preço ( ) Atendimento ( ) Disponibilidade de horário
12. O que falta nos campos sintéticos atuais? ( ) Não quero opinar ( ) Quero opinar. (Descreva abaixo): ______________________________________________________________________________________________________________________
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ANEXO A – DOCUMENTO DISPONIBILIZADO POR FORNECEDOR
Campo de 924m²
Serviço ou Produto R$ / Total
Base drenante e asfalto: R$ 13.305,01
Instalação, cola, tape e borracha:
R$ 16.040,64
Grama Sintética: R$ 32.986,00
Grama Sintética lateral (Azul): Não solicitado
Logo tecido no campo: Não solicitado
Alambrado Completo: R$ 31.242,91
Iluminação Completa: R$ 13.029,75
Acessórios: R$ 1.801,80
Impostos: R$ 8.337,75
Total R$ 116.744,67
Escritório – Rua Itamarati, 55 – Perdizes – São Paulo – SP – Brasil.
Fone: 55-11-3269-3900 - www.sportbrasil.com.br
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4