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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS AUDITORIA INTERNA NO PROCESSO DE MELHORIA DO CONTROLE INTERNO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SECAB MARINA DE SOUZA MOTTA CAPIVARI DE BAIXO - SC 2014

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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

AUDITORIA INTERNA NO PROCESSO DE MELHORIA DO

CONTROLE INTERNO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SECAB

MARINA DE SOUZA MOTTA

CAPIVARI DE BAIXO - SC

2014

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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MARINA DE SOUZA MOTTA

AUDITORIA INTERNA NO PROCESSO DE MELHORIA DO

CONTROLE INTERNO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SECAB

Trabalho de Conclusão de curso

submetido ao Curso de Graduação de

Ciências Contábeis da Faculdade

Capivari para a obtenção do título de

Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador (a): Maria Aparecida

Cardozo, Msc.

CAPIVARI DE BAIXO - SC

2014

4

5

Marina de Souza Motta

AUDITORIA INTERNA NO PROCESSO DE MELHORIA DO

CONTROLE INTERNO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SECAB

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para

obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis e aprovado em sua

forma final pela Banca Examinadora.

Capivari de Baixo, 09 de Julho de 2014.

_________________________________

Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo

Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

________________________________

Prof.ª Msc. Maria Aparecida Cardozo

Orientadora

Faculdade Capivari

________________________________

Prof.º Esp. Marcos Danilo Viana

Membro da banca

Faculdade Capivari

________________________________

Profº. Msc. Expedito Michels

Membro da banca

Faculdade Capivari

6

7

DEDICATÓRIA

Dedico aos Meus Avós Mari Silva Marega Motta

e José Emerick Motta e aos Meus pais José Assis

Motta e Maria Aparecida de Souza que com todo

seu amor, apoio, confiança, nunca fizeram desistir

com toda preocupação nos momentos difíceis, devo

todo esse esforço a vocês, obrigada por

acreditarem na realização desse sonho amo muito

vocês.

8

9

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ser a razão de toda minha inspiração, minha força e fortaleza

em toda essa caminhada, por me dar discernimento e conhecimento,

sempre com sua destra me guiando e me fortalecendo;

Aos meus pais, José Assis Motta e Maria Aparecida de Souza, que com

muito amor, carinho, incentivo e compreensão não mediram esforços para

eu alcançar esse objetivo em minha vida;

Às minhas irmãs Mari e Marissol, pelo apoio e paciência e estímulo

durante minha caminhada;

Aos meus avós, Mari Silvia e José, por acreditarem nesse objetivo, por

toda confiança, educação e preocupação em todos os momentos difíceis;

Aos meus professores especialmente ao meu amigo Maicon Correia, que

sempre me apoiaram e nunca me deixaram desanimar;

À minha sobrinha Júlia, que com todo seu amor e, principalmente, carinho

que me motivou a concluir essa jornada;

Ao Diretor Geral - Expedito Michels e a toda equipe da Faculdade

Capivari, por todo apoio e incentivo nas coletas de dados da minha

pesquisa, principalmente nos departamentos financeiros; à Carina

Constantino, que com sua paciência e dedicação, não mediu esforços para

o sucesso desta pesquisa;

Ao pessoal da Vila Real Contabilidade, que me receberam muito bem em

seu escritório, respondendo todas minhas dúvidas, através dos meus

questionamentos;

A minha orientadora amada, Maria Aparecida Cardozo, por toda sua

dedicação, apoio e confiança que orientou minha pesquisa, obrigada pela

realização desse trabalho;

E, por último, a todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente

para a realização deste trabalho.

10

11

” Os sonhos não determinam o lugar onde vocês

vão chegar, mas produzem a força necessária para

tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com

as estrelas para que vocês possam pisar pelo

menos na Lua. Sonhem com a lua para que vocês

possam pisar pelo menos nos altos montes.

Sonhem com os altos montes para que vocês

possam ter dignidade quando atravessarem os

vales das perdas e das frustrações. Bons alunos

aprendem à matemática numérica, alunos

fascinantes vão além, aprendem a matemática da

emoção, que não tem conta exata e que rompe a

regra da lógica. Nessa matemática você só aprende

a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue

ganhar quando aprende a perder, só consegue

receber, quando aprende a se doar."

Augusto Cury

12

13

RESUMO

Com os avanços tecnológicos e o crescimento econômico do mercado, a

necessidade da gestão empresarial induziu que os gestores buscassem

novos métodos de aperfeiçoamento para suas atividades administrativas

com intuito de expandir seus negócios, deixando ainda mais competitivas.

Tiveram, então, que se adaptar às novas circunstâncias relacionadas a seu

ambiente interno. Com o crescimento da empresa, os departamentos

internos tiveram que se dividir e se adaptar às novas mudanças para

melhoria de suas atividades operacionais. Neste sentido, no presente

trabalho, apresenta-se o papel da auditoria interna no processo de

melhoria do controle interno na instituição SECAB. Para tanto, tem-se

como pergunta de pesquisa: qual o papel da auditoria no processo de

melhoria do controle interno na instituição SECAB? Para responder a

pergunta de pesquisa, o objetivo geral é identificar os principais aspectos

da auditoria interna capazes de contribuir para o processo de melhoria do

controle interno. Portanto, os objetivos específicos são: (a) Estudar a

estrutura organizacional da instituição objeto de estudo; (b) identificar a

existência do controle interno, como departamento, setor ou como função;

(c) verificar atribuições e atividades exercidas pelo departamento, setor

ou função, que se caracterize como controle interno; (d) relacionar

procedimentos e métodos de auditoria interna capazes de auxiliar no

processo de melhoria do controle interno. A metodologia utilizada para

descrição do estudo de caso é caracterizada por uma pesquisa exploratória

e qualitativa, através da análise e observância das atividades executadas

nos departamentos específicos da instituição, e identificação dos

procedimentos do controle interno. Ao final, verificou-se que o papel da

auditoria interna é contribuir no processo decisório de melhorias para

instituição. Neste sentido, destaca-se, de acordo com a literatura, que a

auditoria interna pode ser a principal ferramenta de gestão empresarial.

Considerando que a SECAB segue os regulamentos do regimento interno,

a proposta de uma auditoria interna seria viável e de grande importância

para instituição, detectando e prevenindo possíveis erros, bem como

avaliando e examinando as atividades desempenhadas pelos setores

financeiros.

Palavras-Chave: Auditoria Interna. Processo de Melhorias. Controle

Interno. Instituição de Ensino.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Alocação do departamento de auditoria interna dentro de

uma organização..............................................................................54

Figura 2- Avaliação do sistema de controle interno e volume de

testes.................................................................................................65

Figura 3- Controles contábeis e controles internos..........................68

Figura 4 - Princípios fundamentais de controle interno...................73

Figura 5 - Organograma Institucional..............................................84

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17

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Características que distinguem as

auditorias..........................................................................................57

Quadro 2 - Técnicas de Auditoria....................................................62

Quadro 3 - Principais Procedimentos e Atividades de acordo com a

Teoria...............................................................................................90

Quadro 4 - Análise de sugestões de melhorias dos departamentos

financeiros.......................................................................................94

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACIT Associação Empresarial de Tubarão – Amurel

AUDIBRA Instituto dos Auditores Internos do Brasil

CFC Conselho Federal de Contabilidade

CRC Conselho Regional de Contabilidade

CVM Comissão de Valores Mobiliários

FUCAP Faculdade Capivari

IBGC Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

MEC Ministério de Educação e Cultura

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PDI Plano de Desenvolvimento Institucional

PPRA Programa de Prevenção de Risco Ambientais

SAE Secretaria de Apoio ao Estudante

SECAB Sociedade Educacional de Capivari de Baixo

20

21

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................ 25

1.1 OBJETIVOS ........................................................................................ 26

1.1.1 Objetivo geral ............................................................................. 26

1.1.2 Objetivos específicos .................................................................. 27

1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA .................................................... 27

1.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ........................................................ 28

1.4 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA ....................................................... 28

2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO: CARACTERIZAÇÃO DO

OBJETO DE ESTUDO ............................................................... 29

2.1 SOCIEDADE EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR

(SECAB) .................................................................................. 29

2.2 VILA REAL CONTABILIDADE ................................................ 30

2.3 DIREÇÃO GERAL ............................................................................... 31

2.4 DIREÇÃO FINANCEIRA .................................................................... 33

2.5 SECRETARIA GERAL ........................................................................ 33

2.6 DIRETORIA ACADÊMICA E DIREÇÃO DE ENSINO .................... 34

2.7 COORDENAÇÃO DE CURSO............................................................ 35

2.8 A CONTROLADORIA DA SECAB .................................................... 36

2.9 DEPARTAMENTO DE PESSOAL...................................................... 36

2.9.1 Funções de funcionários que trabalham na Instituição .......... 38

2.10 TESOURARIA ................................................................................... 38

2.11 SECRETARIA DE APOIO AO ESTUDANTE (SAE) ...................... 41

2.12 BIBLIOTECA ..................................................................................... 41

3 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................... 43

3.1 SURGIMENTO, EVOLUÇÃO E CONCEITO DA

CONTABILIDADE ...................................................................... 43

3.1.1 Finalidades da Contabilidade .................................................... 44

3.1.2 Campos de Aplicação da Contabilidade ................................... 45

3.1.3 Ramos da Contabilidade ............................................................ 46

3.2 SURGIMENTO, ORIGEM E EVOLUÇÃO DA AUDITORIA ........... 47

3.2.1 Conceitos de Auditoria ............................................................... 48

22

3.2.2 Objetivos da auditoria ............................................................... 49

3.2.3 Reflexos da auditoria sobre a riqueza patrimonial ................. 49

3.2.4 Órgãos relacionados à auditoria ............................................... 50

3.2.5 Ética Profissional para auditor ................................................. 51

3.3 AUDITORIA EXTERNA ..................................................................... 52

3.4 AUDITORIA INTERNA ...................................................................... 53

3.4.1 Objetivos da auditoria interna .................................................. 54

3.4.2 Das responsabilidades da auditoria interna ............................ 55

3.5 DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA INTERNA X EXTERNA ........ 56

3.6 NORMAS DE AUDITORIA INTERNA .............................................. 58

3.7 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA INTERNA ................................ 59

3.8 PAPÉIS DE TRABALHO ..................................................................... 60

3.8.1 Aspectos fundamentais dos papéis de trabalho ....................... 60

3.9 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA .............................. 61

3.10 CONTROLE INTERNO ..................................................................... 63

3.10.1 Características do controle interno ........................................ 65

3.10.2 Tipos de Controles: Contábeis e Administrativos ................. 67

3.10.3 A Importância do controle interno ......................................... 68

3.11 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE INTERNO ....... 69

3.12 LEVANTAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE

INTERNO ..................................................................................... 74

3.13 AVALIAÇÃO DO CONTROLE INTERNO ...................................... 76

4 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................... 79

4.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO ......................................... 79

4.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DE DADOS ... 81

5 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS

RESULTADOS ............................................................................ 83

5.1 LEVANTAMENTO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA

SECAB .......................................................................... ................83

5.2 CONTROLE INTERNO, DEPARTAMENTO, SETOR OU

FUNÇÃO ...................................................................................... 85

5.3 ATRIBUIÇÕES E ATIVIDADES ........................................................ 86

5.4 AUDITORIA INTERNA NO PROCESSO DE MELHORIAS DO

CONTROLE INTERNO ............................................................... 88

23

5.5 PROPOSTAS DE MELHORIAS.......................................................... 94

6.1 RECOMENDAÇÃO ............................................................................. 98

24

25

1 INTRODUÇÃO

Cada vez mais as empresas impulsionadas pela globalização

enfrentam constantes mudanças empresariais, tornando seus ambientes

mais competitivos e o mercado mais exigente.

Diante dessa competitividade é necessário que as instituições

busquem novos métodos de aperfeiçoamento que auxiliem na tomada de

decisão para o sucesso empresarial.

Os métodos de aperfeiçoamentos são medidas adotadas pelas

empresas, para o auxílio no processo de melhorias para com a instituição

e, com isso, verifica-se que a Contabilidade tem um papel significativo

dentro do ambiente institucional. Pois, é uma ciência contábil que tem o

objetivo de obter evidências claras ligadas ao patrimônio das entidades,

controlar as operações, atividades financeiras, registros contábeis e,

também, auxiliam a administração na tomada de decisão.

Diante à globalização, avanços tecnológicos e o mercado

competitivo, vários fatores contribuíram para preocupação dos gestores,

um dos fatores que levou os administradores a buscar novos

investimentos, realizou na busca de novos métodos e procedimentos que

auxiliassem na tomada de decisão, para uma organização de sucesso.

Para isso, uma sociedade educacional de ensino superior necessita

da verificação de seu controle interno, para que, através deles, em sua área

administrativa possam-se adotar métodos e procedimentos com objetivo

de verificar erros e melhorar as atividades relacionadas ao controle

interno e proteção do ativo da instituição.

A verificação do controle interno consiste na observância das

funções exercidas pelos departamentos internos da instituição. Constitui

ainda, na conferência de que os funcionários estejam exercendo suas

funções de maneira eficaz, de modo que cumpre as normas estabelecidas

pelo regimento interno e execute suas atividades de forma integra e

comprometimento para com a instituição.

Desta forma, consiste também avaliar os métodos e as normas da

instituição, juntamente com a necessidade de um bom funcionamento do

controle interno para alcançar seus objetivos. Pois, de nada adianta a

instituição ter funções relacionadas ao controle interno, sem que alguém

responsável verifique.

Para tanto, é condição fundamental que os controles internos sejam

eficazes e eficientes e que os gestores tenham responsabilidade, perante a

instituição. É o auxílio diretamente como controle imediato, na avaliação

de suas funções para o cumprimento das metas orçamentárias,

26

estabelecidas através, do regimento interno na comprovação da

legalidade, na avaliação dos resultados e no controle das movimentações

de bens, direitos e obrigações.

Deste modo, a sociedade educacional particular de ensino superior

SECAB, objeto deste estudo, tem uma postura rigorosa na obediência do

seu regimento interno, para, que através deles, possam ser seguidas as

normas, e avaliadas todas as necessidades que a instituição tem para o

cumprimento de seus objetivos.

Com a necessidade de maior observação, referente às atribuições

estabelecidas pelos departamentos e verificação dos controles internos,

verifica-se que a instituição necessita de um departamento que assuma

uma posição de coordenação e responsabilidade por ele, e com isso,

recebe o nome de auditoria interna, a qual tem o papel importante no

processo de melhorias para o controle interno da instituição,

recomendando melhorias através de seus exames de investigações,

voltados para o cumprimento e aprimoramento do seu controle interno.

A auditoria interna trata-se de uma atividade

avaliativa e de assessoramento que tem a

responsabilidade de avaliar o processo de melhoria

para o controle interno e prevenindo de ocorrências

que afetem negativamente o alcance dos objetivos

da Instituição (CREPALDI, 2012 p.134).

Assim, o presente estudo de caso, realizado em uma sociedade

educacional de ensino superior, tem como pergunta de pesquisa: qual o

papel da auditoria interna no processo de melhorias do controle interno

da instituição SECAB?

1.1 OBJETIVOS

Nesta seção, apresentam-se o objetivo geral e os objetivos

específicos que norteiam a pesquisa.

1.1.1 Objetivo geral

O objetivo geral da pesquisa é identificar os principais aspectos da

Auditoria Interna capazes de contribuir para as melhorias no processo do

Controle Interno de uma instituição de ensino superior.

27

1.1.2 Objetivos específicos

Para alcançar o objetivo geral, considera-se como objetivos

específicos: (a) Estudar a estrutura organizacional da instituição objeto de

estudo; (b) identificar a existência de controle interno, nos departamentos,

setores ou como função; (c) verificar atribuições e atividades exercidas

pelos departamentos, setores ou função, que se caracterize como controle

interno; (d) relacionar procedimentos e métodos de auditoria interna

capazes de auxiliar no processo de melhoria do controle interno.

1.2 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Esta pesquisa se justifica tendo em vista a necessidade de estudar

a auditoria Interna no processo de melhorias dos Controles Internos na

Instituição de Ensino SECAB, destacando os métodos e procedimentos

que contribuíram no processo de melhoria do controle interno e no

desempenho das atividades relacionadas aos departamentos.

Considerando que existe um regimento interno na instituição de

ensino, que devem ser seguido e obedecido de forma cautelosa. A

instituição conta com desempenho das atividades dos seus colaboradores

e administradores, que influenciaram no processo do controle interno.

Com isto, pode-se afirmar que a auditoria interna, dentro da

instituição, tem a função de contribuir com melhorias do controle interno,

verificando a sua adequação de forma eficaz e eficiente, auxiliando os

colaboradores e administradores no desempenho de suas atividades.

Sabendo que a instituição tem o objetivo, numa visão sistêmica, o

desejo de crescimento em ser referência de ensino superior, além de um

bom funcionamento do controle interno o que é fundamental, ou seja, é a

peça chave para o crescimento de a instituição. Quanto maior for a

eficiência do controle interno, maior será a contribuição de melhorias e

os objetivos a serem alcançados, garantindo confiabilidade, segurança em

suas informações contábeis, financeiras e administrativas, destacando a

atividade da auditoria interna, como um setor avaliativo e de

assessoramento que contribuirá pelo processo de melhoria dos controles

internos, auxiliando o dono da instituição e administradores na tomada de

decisão.

28

1.3 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

O presente estudo de caso apresenta algumas limitações referentes

à execução da pesquisa.

As coletas de dados são realizadas através do acompanhamento dos

departamentos da sociedade educacional de ensino superior (SECAB),

em um período de um mês de pesquisa presencial, que buscou observar

as funções exercidas por cada departamento. Sendo realizadas em todos

os departamentos, contando com a disponibilidade dos funcionários, para

fornecer dados pertinentes à pesquisa.

1.4 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA

O presente estudo foi dividido em 6 capítulos que proporcionam

maior entendimento, de forma clara e objetiva. O primeiro capítulo

demonstra como está sendo realizada a pesquisa, com uma introdução

destacando a pergunta pesquisa, qual o papel da auditoria interna no

processo de melhoria do controle interno da instituição SECAB? destaca-

se também o objetivo geral, objetivos específicos, justificativa no estudo,

limitações da pesquisa e a organização da pesquisa.

No segundo capítulo, é apresentado o relatório do estágio, objeto

do estudo de caso, que é caracterizado pela sociedade educacional de

ensino de Capivari de Baixo.

O terceiro capítulo apresenta a abordagem do referencial teórico

do estudo pesquisado. Que trata dos conceitos de contabilidade, suas

finalidades, conceitos da auditoria, objetivos de auditoria interna, normas,

procedimentos, controle interno, tipos de controles, suas características,

princípios fundamentais do controle interno, entre outros.

No quarto capítulo, é apresentada à metodologia da pesquisa,

baseada em conceitos de alguns autores, podendo ser dividida em

enquadramento metodológico e procedimentos para coleta e análise de

dados.

O quinto capítulo apresenta a análise e discussão dos resultados,

que leva em consideração a disposição dos objetivos específicos da

pesquisa, destacando cada um deles em resposta ao objetivo geral.

E, finalmente, no sexto capítulo, são apresentadas as conclusões e

as recomendação de melhorias para o controle interno da instituição,

seguidos está às referências utilizadas para o estudo de caso, e as consultas

para fundamentação do estudo.

29

2 RELATÓRIO DE ESTÁGIO: CARACTERIZAÇÃO DO

OBJETO DE ESTUDO

O presente estudo de caso caracteriza-se por uma pesquisa

realizada na Sociedade Educacional de Ensino de Capivari de Baixo Ltda.

(SECAB)1.

2.1 SOCIEDADE EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR

(SECAB)

A SECAB é uma sociedade de direito privado com fins lucrativos,

regularizada pelo cartório de registros de títulos e documentos e pessoas

jurídicas da comarca de Capivari de Baixo, Mantenedora da Instituição

Particular de Ensino Superior (FUCAP).

O poder executivo da SECAB é exclusivamente da entidade

Mantenedora, que mantém a instituição particular de ensino superior

Faculdade Capivari (FUCAP), que estabelece por meio de um regimento

interno, e cumprimento de normas e leis rígidas, que devem ser seguidas

e obedecidas. Assim como os atos normativos internos dos seus docentes

e discentes, e as autoridades próprias de seus órgãos deliberativos e

executivos.

A SECAB tem como responsabilidade, perante as autoridades, a

faculdade e o instituto superior de educação Vygotski, prover recursos

necessários para o funcionamento da instituição de ensino superior, É na

Mantenedora que funciona todo o acesso de informações perante o

Ministério de Educação e Cultura (MEC), e as atualizações perante a

legislação vigente.

A missão da SECAB é desenvolver, por meio da educação superior

um ensino de excelência, o potencial realizador das pessoas, contribuindo

para formação de cidadãos sadios, habilitados para a profissão, para vida

profissional e integrados à comunidade.

A Instituição Particular de Ensino Superior FUCAP está localizada

na Avenida Nações Unidas, 500, no bairro: Santo André, no município de

Capivari de Baixo- SC.

1 As informações da caracterização da empresa foram retiradas do regimento

interno e de indagações e observações durante o período de estágio.

30

2.1.1 Departamentos da sociedade educacional superior (SECAB)

Os departamentos estão totalmente divididos e estruturados

segundo o cronograma elaborado pela sociedade educacional (SECAB),

conforme segue:

Mantenedora

Polo EAD

Vila Real Contabilidade

Assessoria Jurídica

Direção Geral

Direção Financeira

Secretaria Geral

Coordenação de Cursos

Direção Acadêmica

Controladoria

Setor de Pessoal

Tesouraria

Secretaria de Apoio Estudantil

Biblioteca

TI

Secretaria PG

Coordenação de Pós-Graduação

2.2 VILA REAL CONTABILIDADE

A empresa Villa Real Contabilidade é uma organização contábil

fundada no ano de 1989 por Eliane e Carlos. Tem seus objetivos claros

de gestão, voltados a serviços contábeis de qualidade, obtendo, assim, a

satisfação do cliente SECAB.

Toda a equipe da Vila Real Contabilidade encontra se envolvida

no processo de atendimento aos clientes e comprometida com a resolução

de problemas, somando ferramentas, como, a informática, a uma

permanente atualização profissional, inclusive os próprios diretores.

O compromisso é uma estrutura para que cada necessidade -

administrativa, contábil, pessoal, jurídica ou fiscal - seja atendida por um

departamento específico. Isso soma maior velocidade no tempo de

resposta a uma grande segurança na obtenção dos dados.

A informática é a ferramenta que se soma ao conhecimento técnico

dos profissionais para dar origem a um serviço de qualidade, com

31

precisão, confiabilidade e no menor prazo, utilizando os recursos da

Internet para pesquisas e da rede local para armazenagem das

informações.

O conhecimento técnico é priorizado na escolha das pessoas que

compõem a equipe. O Escritório de contabilidade Vila Real investe na

atualização permanente dos profissionais, a fim de garantir que o serviço

seja prestado em conformidade com as normas e práticas mais recentes.

Mas há outro atributo ainda mais valioso que é cultivado e

incentivado na postura dos profissionais da empresa: o

comprometimento. Cada um deles busca os resultados que o cliente

necessita, numa parceria estreita e abrangente, com a qual ele pode contar

em qualquer situação. Uma parceria baseada na premissa de que o sucesso

da Villa Real Contabilidade é fruto exclusivo do sucesso dos clientes.

A empresa Vila Real Contabilidade possui um quadro de 11

colaboradores, sendo que um de cada departamento está envolvido na

contabilidade da SECAB. Cinco funcionários com graduação em

Ciências Contábeis, três estão cursando a graduação e dois possuem curso

técnico em contabilidade.

Para execução de um trabalho eficaz e com excelência, a Vila Real

Contabilidade conta com três departamentos que estão divididos em:

departamento pessoal, fiscal e contábil.

O departamento de Pessoal é responsável pela elaboração da folha

de pagamento e demais rotinas pertinentes;

O departamento Fiscal tem a função de lançar documentos fiscais

e respectivas apurações de impostos;

O departamento Contábil é responsável por realizar lançamentos

contábeis e elaboração de balancetes, balanços e busca Informações

acessória a Prefeitura, Receita Federal e demais órgãos, CRC-SC, CFC

quando for solicitado.

2.3 DIREÇÃO GERAL

A Direção Geral da SECAB é o órgão executivo superior de gestão

de todas as atividades acadêmicas e administrativas da instituição.

O Diretor Geral é designado pela Mantenedora SECAB; sendo

assim, são deveres e atribuições a serem seguidos, segundo o regimento

interno institucional:

Ser responsável por representar a

instituição, juntamente com as pessoas ou

instituição pública ou privada, convocando e

32

presidindo reuniões do conselho superior de

educação;

Elaborar o plano de desenvolvimento

institucional, do qual conste a proposta

orçamentária do PDI (Plano de Desenvolvimento

Institucional), homologada pelo Conselho;

Conferir graus acadêmicos, assinar

diplomas, títulos e certificados escolares,

decorrentes das atividades regulares

extracurriculares da faculdade; zelar pela

manutenção da ordem e da disciplina no âmbito da

faculdade, respondendo por abuso ou omissão;

Propor à entidade Mantenedora a

contratação ou dispensa de pessoal docente e

técnico-administrativo da faculdade, na função de

recursos humanos;

Autorizar, previamente as publicações que

envolvam responsabilidades da faculdade,

ouvidoria a entidade Mantenedora;

Propor revisão de matéria objeto de

decisões do Conselho Superior no prazo de 5

(cinco) dias úteis;

Decidir os casos de natureza urgente ou que

impliquem matéria omissa ou duvidosa, neste

Regulamento, “ad refrendum” do Conselho

Superior, submetendo-os a apreciação final do

mesmo Conselho; comunicar à Entidade

Mantenedora os fatos e ocorrências que escapem à

rotina da vida da Faculdade, relativos aos corpos

docentes, discentes, técnico-administrativo e de

apoio, bem, como aos dos órgãos suplementares;

Aplicar as penalidades regimentais de sua

alçada;

Supervisionar as atividades de coordenação

administrativa da Faculdade;

Delegar competência no âmbito de suas

atribuições; cumprir e fazer cumprir as disposições

deste Regimento, da legislação em vigor e as

decisões dos órgãos colegiados da Faculdade;

Efetuar o relacionamento harmônico da

Faculdade com a sua Entidade Mantenedora;

exercer as demais atribuições que lhe sejam

impostas pela lei, neste Regimento e em razão de

normas complementares aprovadas.

33

O Diretor Geral é um representante legal da instituição perante os

órgãos reguladores, os órgãos políticos e sociais.

2.4 DIREÇÃO FINANCEIRA

A Direção Financeira é um dos pontos mais fortes da instituição,

tendo em vista sua responsabilidade e competência em de lidar com

funções de grande importância, como administração pessoal, material,

contabilidade e patrimônio da faculdade, cuidando dos programas de

recebimentos, com o objetivo de controlar os gastos e receitas.

São atribuições e responsabilidades do Diretor Financeiro:

Coordenar os setores;

Fechamentos dos caixas;

Preparar pagamentos;

Supervisionar o desempenho das tarefas administrativas;

Exercer os atos de administração;

Elaborar normas para o funcionamento dos setores, a ele

subordinados e superintender suas atividades, encaminhando para

aprovação do Conselho Superior;

Administrar a execução do orçamento da Faculdade e

encaminhar a Direção Geral à prestação de contas a ser submetido à

Entidade Mantenedora;

Adotar medidas cabíveis para aquisição guarda e fornecimento

de material permanente e de consumo, efetuando o controle qualitativo e

quantitativo;

Participar das reuniões dos conselhos, representar ou substituir o

Diretor Geral nas ausências ou impedimentos eventuais; elaborar, no

prazo de 60 (sessenta) dias após o encerramento do ano letivo, o relatório

anual de trabalho da Faculdade, para depois ser apreciado pelo Conselho

Superior; exercer a função de controladoria, na execução do PDI.

2.5 SECRETARIA GERAL

A Secretaria Geral é órgão de apoio administrativo, que tem a

responsabilidade de exercer as atividades relacionadas ao registro,

controle acadêmico e apoio ao estudante da instituição.

34

Responsável por fiscalizar os registros da vida escolar, a secretaria

geral tem à função, de protocolo de pedidos, produzir documentos, ofertar

os serviços educacionais, além de atender a comunidade externa e interna.

O setor conta com a colaboração de quatro funcionários

responsáveis pela execução de suas atividades de forma produtiva e

eficaz. As funções da secretária estão divididas nas seguintes:

Protocolo: encarregar-se da correspondência, solicitação de

Documentos através de requerimentos devidamente numerados e datados.

ex: atestados de matriculas, e ou frequência, pedidos de provas de

segunda chamada, histórico escolar, entre outros.

Secretaria Acadêmica: faz a organização de arquivos de modo a

assegurar preservação dos documentos. Como exemplo dessas atividades,

cada aluno tem uma pasta individual, mantidas em arquivo de aço,

organizadas por curso e ano, pastas de alunos com matriculas trancadas,

por curso de graduação, técnico ou pós- graduação.

Setor de Informação e Comunicação: tem a função de atender,

prontamente, a qualquer pedido de informação ou esclarecimento de

interessado. Este setor também se prontifica a realizar o marketing da

instituição, realizando propagandas, campanhas de vestibulares,

incentivos, que interessam o público acadêmico, gerando satisfação, e

qualidade de ensino.

Setor de Registro e Expedição: executar os registros de

documentos, como diplomas e certificados.

2.6 DIRETORIA ACADÊMICA E DIREÇÃO DE ENSINO

A Diretoria Acadêmica e a Diretoria da Instituição de Ensino são

órgãos de apoio acadêmico, cuja competência é superintender, orientar,

coordenar e fiscalizar todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão

da Faculdade Capivari e do Instituto Superior, respectivamente.

As funções atribuídas são: orientar, coordenar e fiscalizar as

atividades acadêmicas da Faculdade e do Instituto respectivamente;

coordenar as atividades relacionadas com o funcionamento e

desenvolvimento de pós-graduação; promover mecanismos de

acompanhamento, controle e avaliação sistemáticas da produtividade e

qualidade do ensino, promover o intercâmbio cultural, científico,

tecnológico e artístico com entidades públicas e privadas, nacionais e

internacionais; estudar e propor as políticas de pós-graduação “lato

sensu” e “Strito Sensu”, pesquisa e extensão e coordenar estas atividades;

desenvolver ações que visem participar das reuniões dos conselhos,

representar; ou substituir o diretor geral nas atividades acadêmicas em sua

35

ausência ou impedimentos eventuais; exercer outras atribuições

correlatas, delegadas pelo diretor geral; presidir as reuniões do Instituto

Superior de Educação Vygotski, na ausência de seu presidente.

Na direção acadêmica, as funções das atividades são atribuídas por

quatros funcionários, sendo um bolsista que desenvolve todas as

atividades do setor. Entre elas, contratos de alunos, registros acadêmicos,

notas e frequência, planos de ensinos, relacionamento com professores e

alunos, elaboração de cronogramas de turmas, contratação de professor,

memorando para o pagamento, as formaturas cerimoniais, emissão de

certificados, projetos do curso.

2.7 COORDENAÇÃO DE CURSO

O Colegiado de Curso é a menor unidade da estrutura da Faculdade

para todos os efeitos de organização administrativa, didático-científica e

de recursos humanos.

Constituem cada colegiado os professores das disciplinas que

integram o curso e a um representante do corpo discente, indicado pela

representação estudantil.

Cada Colegiado é responsável pelo planejamento, distribuição e

execução das tarefas que lhe são peculiares, em todos os níveis e para

todos os fins da educação superior, em subordinação aos órgãos

superiores de coordenação do ensino e da pesquisa na forma do

regimento. O colegiado de curso é dirigido por um coordenador,

substituído em suas faltas e impedimentos eventuais por um suplente,

ambos designados pelo Diretor para mandato de 1 (um) ano.

O Colegiado reúne-se, ordinariamente, em datas fixadas no

calendário escolar e, extraordinariamente, quando convocados pelo

coordenador, por iniciativa própria, por solicitação do diretor ou a

requerimento de dois terços de seus membros. Os Coordenadores de

Curso devem:

Representar o Curso junto aos demais órgãos da Faculdade;

Convocar e presidir as reuniões do Colegiado;

Supervisionar e fiscalizar a execução das atividades

programadas, bem como assiduidade dos professores e alunos;

Apreciar sobre o processo de contratação e dispensa dos quadros

de professores e servidores técnico-administrativos e manter, sob sua

responsabilidade, o registro da vida funcional dos mesmos;

36

Apresentar, anualmente, ao Colegiado e à Diretoria, relatório de

suas Atividades;

Opinar sobre o perfil de professores, tutores e monitores a serem

admitidos nos quadros de educação presencial e a distância;

Sugerir a contratação ou dispensa de pessoal.

2.8 A CONTROLADORIA DA SECAB

O setor de Controladoria da Instituição da Faculdade Capivari é

um setor de gestão econômica e financeira, sendo responsável por gerar

informações para auxiliar aos gestores na tomada de decisões, como

também fazer a avaliação do processo organizacional.

As principais atividades exercidas no setor de controladoria são:

Bancos (controles de saldos, entradas e saída);

Contas a pagar (materiais para uso e consumo da empresa, gastos

com energia elétrica, água, investimentos com computadores, livros,

máquinas, Imposto, salário, Encargos Sociais);

Lançamentos e controles internos das despesas;

Negociação e Cobrança;

Elaboração de prestação de contas relacionadas a bolsas de

estudo do artigo 170/171;

Controle de cheques (saídas e devolução de cheques);

Preparação e organização da documentação para enviar a

contabilidade. (Nota fiscal emitidas (receitas), extratos bancários, todas

as despesas pagas).

Neste setor de controladoria são usados vários tipos de relatórios

para o controle interno financeiro, dentre os quais se destacam:

Movimentação por centro de custos e movimentação por planos de

contas.

2.9 DEPARTAMENTO DE PESSOAL

O setor de pessoal é responsável por cuidar, organizar e administrar

todas as rotinas, relacionadas à relação de emprego existente entre

empregado e empregador, como: contratação de funcionários, pagamento

de salários, férias, transporte, 13ºsalário, licença médica, organização dos

horários e outros.

37

Basicamente, o setor de pessoal é constituído pelas atividades:

Admissão, Compensação e Desligamento.

Admissão de Pessoal tem por atribuição cuidar de todo o processo

de integração do indivíduo na empresa, dentro dos critérios

administrativos e jurídicos. Tem início na busca do profissional no

mercado de trabalho, adequar nas funções do cargo e efetuar o registro de

acordo com as conformidades da legislação do trabalho.

Compensação de Pessoal tem por atribuição cuidar de todo

processo de controle de frequência, pagamento de salários e benefícios,

bem como de pagamentos de taxas, impostos e contribuições. A partir da

integração dos empregados na empresa, tem início no controle do fluxo

de frequência ao trabalho, elaboração da folha de pagamento, controle de

benefícios e finaliza em cálculos de tributos.

Desligamento de Pessoal tem por atribuição cuidar de todo

processo de desligamento e quitação do contrato de trabalho, estendendo-

se na representação da empresa junto aos órgãos oficiais (DRT, Sindicato,

Justiça do Trabalho, etc.) e cuidar de toda rotina de fiscalização. Tem

início a partir do desligamento do empregado e termina quando da sua

efetiva quitação do contrato de trabalho.

Os principais serviços utilizados no setor de pessoal são:

Controle ponto dos funcionários;

Coleta e conferência de dados da folha de pagamento, antes

mesmo de enviar à contabilidade;

Com relação ao corpo docente, a cada semestre tem o controle

da quantidade de créditos a serem pagos. Ex: a cada semestre pode

diminuir a disciplina para cada professor;

Conferências de planos de saúde dos funcionários;

Empréstimo consignado, cartão utilcard da Associação

empresarial de Tubarão (ACIT) cartão benefício, controle.

Controle do mérito acadêmico: existe um controle de artigos,

revistas publicações de professores que ganham um percentual em cima

do salário;

Controle da orientação do TCC, controlando quais os professores

e alunos a serem orientados;

Segurança do Trabalho, responsável pelo acompanhamento e

Programa de Controle Médico de Saúde (PCMSO) e Programa de

Prevenção de Risco Ambiental (PPRA);

Desligamento responsável pela rescisão de contrato de trabalho;

38

Controle atualizado de documentação dos professores,

principalmente as titulações;

Controle de Professor Horista: é aquele professor que ministra a

aula só um dia da semana;

Controle de Professor parcial: é aquele professor que ministra

suas aulas três vezes ou mais por semana;

Controle de Professor Integral: Neste caso são os coordenadores

de cursos que trabalham em período integral.

2.9.1 Funções de funcionários que trabalham na Instituição

As funções da Instituição de ensino estão divididas nas seguintes:

Auxiliar Administrativo;

Assistente Administrativo;

Bibliotecária;

Serviços Gerais I e II;

Vigia;

Gerente de TI;

Secretária Geral;

Professor;

Assistência Social;

Estagiários;

Assistentes de Secretaria.

2.10 TESOURARIA

A Tesouraria é um setor de grande importância. Os responsáveis

por esse setor exercem suas principais atividades através do controle e

conferência de débitos dos alunos e recebimentos das mensalidades dos

cursos de graduação, pós-graduação e cursos técnicos. Emitem

documentos financeiros e boletos conforme as necessidades de cada

aluno, lançamento e baixa de taxas de documentação acadêmica de

acordo com requerimento encaminhado pela secretaria Geral.

A Tesouraria desenvolve importante trabalho, no controle eficaz

de conferência, das informações e movimentação financeiras de todos os

departamentos da instituição. Além de proporcionar esses serviços, é na

Tesouraria que os alunos buscam informação sobre bolsas de estudos,

financiamentos estudantis e descontos. Importante setor que faz a ligação

direta de todos os pontos estratégicos e decisórios da organização.

39

A Tesouraria desenvolve suas atividades através do manual de

procedimento interno que auxilia no seu desempenho. As atribuições do

seu departamento são:

Atendimento ao público em geral;

Informações de cursos, valores de mensalidades, bolsas de

estudos, descontos, financiamentos estudantil;

Controlar e planificar a posição de débitos de alunos para

liberação da renovação de matrículas;

Controlar e conferir todos os recebimentos e mensalidades que

foram efetivados na tesouraria de todos os cursos de graduação,

pós- graduação, cursos técnicos e outros;

Garantir a cobrança e registrar todos os recebimentos efetuados

sendo em dinheiro, cheque, cartão de débito ou crédito e depósito

bancário;

Emitir, conferir e encaminhar relatórios de arquivos de retorno

de banco (mensalidades pagas/ creditadas em banco pelos

alunos) para o responsável pelo departamento administrativo

financeiro;

Emitir, conferir e encaminhar relatórios financeiros sobre

situação de pendências/ débitos dos alunos inadimplentes, para o

responsável do setor de negociação, visando ao cumprimento das

obrigações financeiras dos alunos e o recebimento dos créditos

da instituição de ensino;

Gerar, alterar, estornar, cancelar mensalidades quando houver

necessidade;

Registrar e retirar mensalidades pendentes de protestos (SPC,

jurídicos, SERASA), quando autorizado pelo responsável do

setor de negociação;

Conferir e baixar depósitos bancários;

Elaborar planilha de valores de mensalidades dos cursos

conforme reajuste anual;

Registrar cheques à vista e pré-datados no sistema;

Negociar mensalidades pendentes dos alunos, quando houver

autorização;

Emitir boletos bancários dos cursos e o recibo, conforme pedido

do aluno;

40

Emitir extrato financeiro total do aluno para o imposto de renda

e para pedido de colação de grau, conforme solicitação na

secretaria acadêmica pelo aluno;

Gerar e baixar taxas de atestados e declarações, cursos diversos,

documentação acadêmica, conforme solicitação através de

requerimento de fins diversos, na secretaria acadêmica pelo

aluno;

Controlar e conferir situação financeira de alunos desistentes

para o cancelamento do mesmo;

Controlar pedido de trancamento de alunos, conferir a situação

financeira e dar andamento no processo de trancamento;

Abertura e fechamento de caixa tesouraria;

Emitir e encaminhar relatórios de resumo de caixa no final do

expediente para conferência de entradas e saídas de valores,

(dinheiro, cheques, cartão de débito e crédito) e registros de

mensalidades para o responsável pelo departamento

administrativo financeiro. 2

Devido à parceria e convênio com o banco Caixa Econômica

Federal, a Tesouraria da instituição é correspondente do Caixa Aqui:

1. Atendimento ao público em geral;

2. Saques e depósitos;

3. Recebimentos de boletos e faturas;

4. Pagamentos diversos (INSS, FGTS, PIS, Seguro-desemprego);

5. Saldos e extratos;

6. Transferências;

7. Recarga de pré-pago.

8. Abertura e fechamento de caixa;

9. Emitir e conferir relatório de saldo do convênio e transações

diárias, encaminhar para o departamento administrativo financeiro;

10. Emitir e conferir relatório de saldo do convênio e prestação de

contas, encaminhando para o departamento administrativo financeiro.

2 Caixa Aqui são correspondentes da Caixa Econômica Federal, estão espalhados por todo Brasil, com objetivo de levar os serviços e produtos da empresa até mesmo em locais de difícil acesso, onde não existe agências bancárias.

41

2.11 SECRETARIA DE APOIO AO ESTUDANTE (SAE)

A Secretaria de Apoio ao Estudante na FUCAP, é um setor voltado

inteiramente aos acadêmicos, com objetivo de ser um apoio

psicopedagógico, orientando no que diz respeito a suas dificuldades

pessoais e educativas, dando oportunidade ao acadêmico no

desenvolvimento de atividades profissionais capaz de contribuir

positivamente com sua aprendizagem social, profissional e cultural.

Além disso, a secretaria de apoio ao estudante tem a obrigação de

assessorar as empresas em relação à pré-seleção de candidatos, a

renovação e ou substituição do compromisso de estágio.

2.12 BIBLIOTECA

A biblioteca da instituição de ensino superior FUCAP é um setor

responsável pela prestação de serviços e atendimento aos usuários

acadêmicos, docentes e o público externo, com intuito de orientar da

melhor forma possível em suas pesquisas bibliográficas.

Com mais de 12.042 livros, 138 obras raras, 35 títulos de

periódicas e diversas obras de referências, é um setor que se preocupa

com a qualidade do seu serviço, em prestar atendimento exclusivo no

auxílio de aprendizagem educacional. Para isso, o acervo bibliográfico é

atualizado constantemente, por indicação dos professores e por

solicitação do profissional bibliotecário, em razão de novas edições ou

para atualização dos temas objeto de estudos, além de publicações

destinadas a subsidiar planejamentos e projetos de pesquisa e extensão,

bem como o enriquecimento constante por meio de doações da

comunidade.

A biblioteca possui um acervo periódico técnico nacional

adequado às funções. Para tanto, mantém assinaturas correntes de

periódicos, constantemente ampliadas de acordo com as indicações dos

coordenadores e docentes e levam em conta os projetos de ensino,

pesquisa e extensão.

Além do acervo específico de livros e periódicos, a FUCAP possui

o acervo audiovisual com diversos assuntos e títulos, material operacional

de apoio para consulta de alunos e professores, que tem como objetivo

atualizar e dinamizar as aulas, assim como os trabalhos realizados por

alunos. Faz parte do acervo audiovisual fitas VHS, didáticas e CDs, com

diversos assuntos e títulos.

42

A biblioteca está aberta ao público acadêmico, para consultas de

acervos e permite o empréstimo domiciliar aos usuários, vinculados à

faculdade (alunos, professores, e o público externo), que terão um prazo

de sete dias, para a devolução dos acervos bibliográficos dentro da

instituição, não é permitida a saída de acervos para os usuários externos.

43

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo são apresentadas fontes do conteúdo bibliográfico,

com objetivo de fornecer maiores informações sobre o referencial teórico

da pesquisa. Fundamenta-se através da conceituação de diversos autores

em relação ao surgimento da contabilidade, conceito, finalidade e

ramificações.

Num segundo momento, apresenta-se a origem da auditoria, sua

evolução, seus conceitos e objetivos, os tipos de auditoria, interna e

auditoria externa, as diferenças entre auditoria externa e interna, as

normas de auditoria, os papéis de trabalho, os procedimentos de auditoria,

e a auditoria no processo de melhoria do controle interno.

Em um terceiro momento, o referencial teórico relata e aborda os

conceitos de controle interno, os tipos de controles administrativos e

contábeis, a importância do controle interno, os princípios fundamentais

do controle interno, o levantamento do sistema de controle interno e a

avaliação do controle interno.

3.1 SURGIMENTO, EVOLUÇÃO E CONCEITO DA

CONTABILIDADE

A Contabilidade é tão antiga quanto à própria história da

civilização. Iudícibus (2009) afirma que a contabilidade já existia desde

os tempos dos povos primitivo, em função da necessidade de controlar,

medir e preservar o patrimônio familiar e, até mesmo, em função de trocar

bens para maior satisfação das pessoas.

Segundo Ribeiro (2011) a origem dos procedimentos contábeis

como mecanismo de controle de operações econômico relativo às

compras, às vendas e aos investimentos realizados pelo homem se perde

no tempo. Entretanto, a Contabilidade se firmou como ciência das

partidas dobradas no final do século XV. Os métodos de partidas dobradas

fundamentam-se na relação de débito/crédito, tendo sido criado pelo frade

franciscano Luca Paccioli e apresentado no seu livro sobre geometria

aritmética, na cidade de Veneza, na Itália.

A Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio e suas

variações. Moura (2002, p. 33) define que “A contabilidade é uma ciência

que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do

patrimônio da empresa”. O autor destaca ainda que o objetivo da

44

contabilidade é permitir um controle dos fatos decorrentes da gestão do

patrimônio das entidades econômico- administrativas.

Franco (2006), caracteriza a contabilidade como ciência que estuda

os fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro,

a classificação, a demonstração expositiva, a análise e a interpretação

desses fatos, com o fim de oferecer informações e orientações necessárias

à tomada de decisões sobre a composição do patrimônio líquido, suas

variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza

patrimonial.

Pode-se dizer, então, que a contabilidade é um instrumento que

fornece o máximo de informações necessárias que auxiliam as pessoas

em uma entidade, no processo de tomada de decisão de seus

administradores.

Iudícibus (2009), define que o objetivo da contabilidade como

sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica,

financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos

usuários internos e externos à entidade objeto da Contabilidade.

Para Franco (1999), a contabilidade tem a função de registrar,

classificar, demonstrar, auditar e analisar todos os fenômenos que

ocorrerem no patrimônio líquido das entidades, com o objetivo de

fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição e

as variações na tomada de decisão.

Esse mecanismo contábil passou a ser utilizado universalmente,

chegando até nossos dias como eficiente instrumento de controle que

pode ser aplicado tanto aos patrimônios de pessoa física como de pessoas

jurídicas, tenham finalidades lucrativas ou não.

3.1.1 Finalidades da Contabilidade

As principais finalidades da Contabilidade é fornecer informações

de ordem econômica e financeira do patrimônio, para facilitar nas

tomadas de decisões por parte dos seus usuários.

A Contabilidade tem a finalidade de controlar a entidade, ou seja,

ter o controle do que está acontecendo no patrimônio da empresa, com

intuito de seguir regras estabelecidas através da política da administração,

registrando os fatos a fim de produzir informações necessárias, que

possibilitem ao titular do patrimônio o planejamento e o Controle para

tomadas as decisões com objetivo a ser almejado.

Gonçalves (2007) define técnica como um conjunto de métodos

organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em execução

com o propósito de ser alcançar determinado fim. O autor ainda destaca

45

que para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza das seguintes

técnicas contábeis:

Escrituração: é a técnica que oferece os meios e métodos

utilizados nos registros dos fatos contábeis relacionados com o

patrimônio. A escrituração deve ser mantida em registros permanentes e

ainda obedecer aos preceitos da legislação comercial e da lei 6404/76.

Demonstrações Contábeis: é a técnica que se encarrega de expor

os fatos contábeis, através de relatórios visando facilitar a interpretação

da composição dos fatos que afetam o patrimônio. ex: Balanço

Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Fluxo de Caixa,

etc.

Análise de Balanço: é a técnica especializada que oferece os

métodos de decomposição, comparação e interpretação das

Demonstrações Contábeis, visando estudar o Patrimônio. O Patrimônio é

definido como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma

entidade.

Auditoria Contábil: consiste no exame de documentos, livros e

registros, com a finalidade de verificar se os registros e as demonstrações

Contábeis representam a posição real e se estão de acordo com os

princípios de contabilidade geralmente aceitos. É a técnica que confirma

a exatidão dos registros e das Demonstrações Contábeis.

Consolidação de Balanço: unificação das demonstrações

Contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando

apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se

fosse uma única empresa.

3.1.2 Campos de Aplicação da Contabilidade

Ribeiro (2010) ressalta que o campo de aplicação da Contabilidade

abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as

pessoas físicas e as pessoas jurídicas de direito público, como a União, os

Estados, os Municípios, as Autarquias etc.

Entidades econômico-administrativas: são organizações que

reúnem os seguintes elementos: pessoas, patrimônio, titular, ação

administrativa e fim determinado. Quanto ao fim a que se destinam as

entidades econômico-administrativas podem ser: Entidades com fins

econômicos - são as empresas que visam lucro para preservar e/ou

aumentar o patrimônio líquido. Ex.: empresas comerciais, industriais,

agrícolas, etc. Entidades com fim socioeconômico - intituladas

instituições que visam lucro que reverterá em benefício de seus

46

integrantes. (Ex: associações, clubes sociais, etc.) Entidades com fins

sociais - também chamadas instituições, têm por obrigação atender às

necessidades da coletividade a que pertencem. Ex.: hospitais.

Embora o campo de aplicação da Contabilidade seja nas entidades,

ela se faz presente na vida cotidiana da sociedade.

3.1.3 Ramos da Contabilidade

De acordo com o ramo de atividade desenvolvido pela entidade,

haverá também o ramo da contabilidade específico que pode ser aplicado

em cada setor. Iudícibus, (2009, p.24) explica detalhadamente as

ramificações que podem ser classificadas por:

Contabilidade Pública: é o ramo da contabilidade que estuda, orienta,

controla e demonstra a organização e execução da Fazenda Pública; o

patrimônio público e suas variações. Pode se conceituar contabilidade

pública como aplicação de recursos, planejamentos e confirmações que

têm como objetivo controlar o patrimônio público, fornece informações

sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária,

econômica, financeira e física do Patrimônio da entidade do setor público

e suas mutações.

Contabilidade Financeira: conceitua contabilidade financeira como

elemento que cuida das elaborações e divulgações das informações

contábeis de uma entidade, diretamente relacionadas a usuários externos

os quais são acionistas, governo, bancos e credores, potenciais

investidores e o fisco.

Contabilidade de Custos: a contabilidade de custos, é o ramo que se

destina a contabilidade para aspectos gerenciais de uma entidade, como

auxílio às funções para desempenho, planejamento e controle nas tomadas

de decisões da empresa.

Contabilidade Gerencial: voltada para fins internos, procura suprir os

gestores de um elenco maior de informações, exclusivamente para a

tomada de decisões. Diferencia-se dos tipos de Contabilidades já

abordadas, pois não se pretende aos Princípios Fundamentais da

Contabilidade. Nela o profissional exerce uma função de Controller. Contabilidade Tributária: a contabilidade tributária é o ramo da

Contabilidade responsável pela apuração dos fatos geradores de

informações e pagamentos de tributos.

47

3.2 SURGIMENTO, ORIGEM E EVOLUÇÃO DA AUDITORIA

De acordo com Attie (1998), o surgimento da auditoria está

ancorado na necessidade de confirmação por parte dos investidores e

proprietários quanto à realidade econômico-financeira espelhada no

patrimônio das empresas investidas e, principalmente, em virtude do

aparecimento de grandes empresas multi geograficamente distribuídas e

simultâneas ao desenvolvimento econômico que propiciou participação

acionária na formação do capital de muitas empresas.

Para Almeida (2010), a auditoria surgiu como parte da evolução

do sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e pertenciam

a grupos familiares. Com a expansão do mercado e o acirramento da

concorrência, houve a necessidade de a empresa ampliar suas instalações

fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e

aprimorar os controles e procedimentos internos em geral, principalmente

visando à redução de custo e, portanto, tornando mais competitivos seus

produtos e serviços no mercado.

De acordo com Sá (2002, p. 21),

A revolução industrial, operada na segunda metade

do século XVII, imprimiu novas diretrizes às

técnicas contábeis e especialmente às de auditoria,

visando atender as necessidades criadas com o

aparecimento de grandes empresas em que tal

natureza de serviço é praticamente obrigatória.

Para Mello (2011), o grande salto da auditoria acorreu no século

XX após a crise econômica americana de 1929, formalmente organizada

em 26 de março de 1957 quando formado o Instituto de Contadores

Públicos do Brasil e oficialmente reconhecida apenas em 1968 em São

Paulo, por ato do Banco Central do Brasil. Porém, o fortalecimento da

atividade ocorreu em 1972, por regulamentação do Banco Central do

Brasil, Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pela formação de um

órgão nacional para congregação e disciplina dos profissionais,

denominado Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, o chamado (IBRACON).

Em síntese, a causa da evolução da auditoria foi a do

desenvolvimento econômico dos países, do crescimento das empresas e

48

expansão das atividades produtoras, gerando crescente complexidade na

administração dos negócios e de práticas financeiras.

De acordo com Crepaldi (2012), a auditoria no Brasil teve início

com desenvolvimento da indústria e do comércio. Verificou-se que os

auditores internos, na realidade, de suas funções mais amplas, além da

conferência de valores e documentos, transformando-se, de meros

conferentes e revisores, em olhos e ouvidos da Administração, de força

atuante para obter controles funcionais, nas análises de contas de despesas

e rendas, e hoje até colaborando no setor de produção, junto com a

administração para melhoria dos setores da entidade.

Diante disso Almeida (2012), afirma que para atender à

Administração da empresa, seria necessária uma auditoria mais periódica,

com maior grau de profundidade e visando também a outras áreas não

relacionadas com contabilidade, sistema de controle de qualidade,

administração de pessoal. Portanto, surgiu o auditor interno como uma

ramificação da profissão de auditor externo, e consequentemente, do

contador.

Franco e Marra (1991) afirmam que à auditoria vale-se, portanto,

de todos os meios de prova ao seu alcance, para apurar a veracidade dos

registros, mesmo que tenha de recorrer às provas extras contábeis, ou

mesmo fora da empresa auditada.

3.2.1 Conceitos de Auditoria

Segundo Attie (1998, p.25), “a auditoria é uma especialização

contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial

implantado com objetivo de expressar uma opinião sobre determinado

dado”.

Crepaldi (2012, p.3) define auditoria como sendo “o levantamento,

estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações,

rotinas e demonstrações financeiras de uma entidade”.

Para Sá (2002), a auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao

sistemático exame de registros, demonstrações e de quaisquer informes

ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões,

conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos

patrimoniais da riqueza azienda, pública ou privada, quer ocorridos, quer

por ocorrer ou prospectados e diagnosticados.

Já para Franco e Marra (2001), a auditoria compreendem em

exame dos documentos, livros, registros, inspeções e obtenção de

informações e confirmação, internas e externas, relacionada com

49

patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das

demonstrações contábeis deles decorrentes.

No entanto, as definições podem ser entendidas de várias maneiras,

mas principalmente, entende-se por auditoria como um conjunto de

estudos e procedimentos técnicos, com objetivo de expressar opinião

sobre as demonstrações financeiras de uma entidade a ser auditada.

Para Attie (1998), os exames de auditoria obedecem às normas de

auditoria e incluem procedimentos de comprovação dos dados em estudo

caracterizados por uma atitude de reflexão competente e independente.

Os exames compreendem aos procedimentos que os auditores

utilizam, para emitir sua opinião, através das investigações, para obter

elementos necessários de suas comprovações.

3.2.2 Objetivos da auditoria

O objetivo da Auditoria, segundo Attie (2011) é expressar uma

opinião sobre as demonstrações contábeis, e assegurar que elas

representem, em seu conjunto, adequadamente, a posição patrimonial e

financeira, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio

líquido e os demais demonstrativos correspondentes aos períodos em

exames, de acordo com as práticas contábeis no Brasil.

Para Franco & Marra (2001), o objetivo da auditoria é verificar se

as demonstrações contábeis representam adequadamente a situação nelas

demonstradas, de acordo com princípios fundamentais e normas de

contabilidade, aplicadas de maneira uniforme.

Dessa forma, o objetivo principal da auditoria é expressar uma

opinião sobre as demonstrações contábeis, e verificar se elas representam

adequadamente a verdadeira situação demonstrada pela empresa que está

sendo auditada.

3.2.3 Reflexos da auditoria sobre a riqueza patrimonial

Segundo Crepaldi (2012, p.5), a proteção que a auditoria oferece à

riqueza patrimonial, dando maior segurança e garantia administradores,

proprietários, fiscos e financiadores do patrimônio, apresenta os seguintes

aspectos:

Sob o Aspecto Administrativo: contribui para redução de

ineficiência, negligência, incapacidade e improbidade de empregados e

administradores;

Sob o Aspecto Patrimonial: possibilita melhor Controle dos bens,

direitos e obrigações que constituem o patrimônio;

50

Sob o Aspecto Fiscal: é o fator mais rígido no comprimento das

obrigações fiscais, resguardando o patrimônio contra multas, o

proprietário contra penalidades decorrentes da lei de sonegação de fiscal

e o fisco contra sonegação de imposto;

Sob Aspecto Técnico: contribui para a mais adequada utilização

das Contas, maior eficiência dos serviços contábeis, maior precisão das

informações e garantia de que a escrituração e as demonstrações contábeis

foram elaboradas de acordo com princípios de Contabilidade;

Sob Aspecto Financeiro: resguardar créditos de terceiros-

fornecedores e financiadores, contra possíveis fraudes e delapidações do

patrimônio, permitindo maior controle dos recursos para fazer em face de

esses compromissos;

Sob Aspecto Econômico: assegurar maior exatidão dos custos e

veracidade dos resultados, na defesa do interesse dos investidores e

titulares do patrimônio.

3.2.4 Órgãos relacionados à auditoria

De acordo com Almeida (2010, p.6), os órgãos relacionados com

a auditoria interna são os seguintes:

3.2.4.1 Comissões de Valores Mobiliários (CVM)

A comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada pela lei nº

6.385/76, é uma entidade autárquica e vinculada ao ministério da fazenda.

Representa como um órgão fiscalizador no mercado de capitais no Brasil.

3.2.4.2 Institutos dos Auditores Independentes do Brasil

(IBRACON)

O instituto dos Auditores Independentes do Brasil surgiu com o

objetivo de concentrar em um único órgão, todas as representatividades

dos profissionais, auditores e contadores. É reconhecido pelos órgãos

reguladores pela seriedade no trabalho, além de cuidar de todos os

interesses da área contábil.

3.2.4.3 Conselho Federal e regional de Contabilidade (CFC e CRCs)

O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de

Contabilidade (CFC e CRCs) foram criados pelo Decreto-lei nº9295, de

51

27-05-1946. Esses são os conselhos responsáveis pelos registros e

fiscalização do exercício da profissão contábil.

3.2.4.4 Institutos dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA)

O Instituto dos Auditores Internos do Brasil, fundado em 20-11-

1960, é uma sociedade civil de direito privado e não tem fins lucrativos.

Seu principal objetivo é promover o desenvolvimento da auditoria

interna, mediante os intercâmbios de ideias, reuniões, conferências,

intercâmbio com outras instituições, congressos, publicações de livros e

revistas e divulgação da importância da auditoria interna junto a terceiros.

3.2.5 Ética Profissional para auditor

O caráter de um auditor está relacionado à execução dos seus

trabalhos, com toda credibilidade, possíveis de certezas em suas

confirmações, podendo ser estruturadas com maior integridade e eficácia.

É extremamente importante que o auditor siga os princípios éticos

profissionais, no qual se relaciona através de sua conduta com maior

credibilidade.

Desta forma, Franco e Marra (2001, p.185) destacam que a ética

profissional não permite que o auditor procure obter clientes através de

propaganda comercial, de autoelogios, de oferecimento de baixos

honorários, de pagamento de comissão por agenciamento de serviços ou

de qualquer outra forma de exercer influência sobre o cliente.

Attie (2011, p. 14) descreve as principais posturas que um auditor

deva ter:

Integridade: a integridade estabelece crédito de conduta, além de

fornecer a base de confiabilidade atribuída a seus julgamentos;

Objetividade: os auditores internos exibem o mais alto grau de

objetividade profissional na coleta, avaliação e comunicação de

informações sobre a atividade ou processo examinado. Os auditores

internos efetuam uma avaliação equilibrada de todos os auditores

internos. Os auditores internos efetuam uma avaliação equilibrada de

todas as circunstâncias relevantes e não são indevidamente influenciados

pelos interesses próprios ou de terceiros na formulação dos julgamentos;

Confidencialidade: o trabalho da auditoria permite que a pessoa

do auditor e os assistentes designados para o trabalho tenham livres e

irrestrito acesso às informações estratégicas importantes, assim como as

características de produção, distribuição etc.; Estes são os elementos de

significativa importância uma vez que também permite conhecer os

52

elementos patrimoniais e o resultado não só nas operações em curso, mas

nas estratégicas montadas pela organização;

Competência: os auditores internos aplicam o conhecimento,

habilidades e experiências necessárias na execução dos serviços da

auditoria interna;

Independência: manter uma atitude de independência com relação

ao agente controlado, de modo a assegurar imparcialidade no seu

trabalho, bem como nos demais aspectos relacionados com sua atividade

profissional;

Cautela e zelo profissional: agir com prudência, habilidade e

atenção de modo a reduzir ao mínimo a margem de erro e acatar as normas

de ética profissional, o bom senso e seus atos e recomendações, o

cumprimento das normas gerais de controle interno e o adequado

emprego dos procedimentos de aplicação geral ou específica;

Comportamento ético: deve ter sempre presente que, como

servidor público, se obriga a proteger os interesses da sociedade e

respeitar as normas de conduta que regem os servidores públicos, não

podendo valer-se da função em benefício próprio ou de terceiros, ficando,

ainda, obrigado a guardar confidencial idade das informações obtidas, não

devendo revelá-las a terceiros, sem autorização específica, salvo se

houver obrigação legal ou profissional de assim proceder.

3.3 AUDITORIA EXTERNA

Por se tratar de uma auditoria com maior independência, na

emissão dos seus pareceres, podendo usufruir de suas opiniões, sobre as

Demonstrações Contábeis e financeiras, além de investigar as situações

que encontram o patrimônio da empresa, com intuito de estabelecer

métodos e medidas, surge então à figura do auditor independente

Crepaldi (2012), compreende que a auditoria externa é o conjunto

de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão do parecer

sobre a adequação com que estes representam à posição patrimonial e

financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido,

a demonstração do fluxo de caixa, e a demonstração do valor adicionado

da entidade auditada consoante às normas Brasileiras de Contabilidade.

O auditor externo pela relevância do seu trabalho perante o

público, dado a credibilidade que oferece ao mercado, se constitui numa

figura ímpar que presta inestimáveis serviços ao acionista, aos

banqueiros, aos órgãos do governo e ao público geral.

De acordo com Attie, (1998) o auditor externo deve estar

absolutamente independente e imparcial da interpretação de tudo que for

53

apresentado, atestando a cada dado um pronunciamento conclusivo. A

independência necessita orientar o trabalho do auditor no sentido da

verdade, evitando interesses, conflitos, vantagens, sendo factual em suas

afirmações. Seu trabalho precisa ser encaminhado com observância às

normas de auditoria e aos padrões e técnicas aplicáveis aos exercícios de

sua função, valendo-se, for o caso, de opiniões de outras profissões

técnicas quando o momento assim exigir.

A competência profissional do auditor externo deve estar

comprometida na função da credibilidade das demonstrações auditadas,

de acordo com as normas de auditoria e os princípios contábeis,

estabelecendo suas responsabilidades e comprometimento profissional,

justamente por ser esse profissional ter um grau de independência e

especialização. É necessário que ele cumpra os prazos de seu trabalho até

o último dia do encerramento do seu contrato.

3.4 AUDITORIA INTERNA

Com a expansão dos negócios financeiros e o crescimento da

empresa a administração da empresa, sentiu a necessidade do

acompanhamento dos sócios administradores. Com isso os proprietários

não poderiam supervisionar pessoalmente as atividades dos setores,

sentiram-se na obrigação de procurar novos procedimentos para

auxiliarem na tomada de decisões internas da empresa, ligadas as normas

e procedimentos internos.

Segundo Mello (2011), a auditoria interna é uma atividade de

avaliação independente e de assessoramento da administração, voltada

para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas

de controle interno, bem como da qualidade do desempenho das áreas,

em relação às atribuições e os planos, às metas, aos objetivos e às políticas

definidos para as mesmas.

Para Crepaldi (2002), a auditoria interna compreende os exames,

análises, avaliações, levantamentos e comprovações metodologicamente

estruturados para avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência

e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e controles

internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vista

à administração da entidade no cumprimento dos seus objetivos.

A Auditoria Interna é de grande importância dentro do ambiente

empresarial, pois é uma análise que compreende um conjunto de

procedimentos e atividades, que tem por finalidade examinar a

integridade e eficácia dos controles internos, e das informações físicas

contábeis, financeiras e operacionais da entidade, prestando um excelente

54

desempenho de suas atividades, que poderão ser analisadas e distribuídas

para os diretores e administradores, podendo assim chegar à conclusões

exatas para a melhoria da entidade.

De acordo com Almeida (2010), o auditor interno é um empregado

da empresa, e dentro de uma organização ele não deve estar subordinado

àquele cujo trabalho examina. Além disso, o auditor não deve desenvolver

atividades que ele possa vir um dia examinar (como, por exemplo,

elaborar lançamentos contábeis), para que não interfira em sua

independência.

Para Franco e Marra (2001), a auditoria interna é aquela exercida

por funcionários da própria empresa, em caráter permanente. Apesar de

seu vínculo à empresa, o auditor interno deve exercer sua função com

absoluta independência profissional, preenchendo todas as condições

necessárias ao auditor externo, mas também exigindo da empresa o

cumprimento daquele que lhe cabem.

A título de um exemplo, em uma estrutura organizacional, o

departamento de auditoria interna ficaria situado da seguinte forma,

conforme mostra a figura 1:

Figura 1: Alocação do Departamento de Auditoria interno dentro de uma

organização. Fonte: Almeida (2010, p.5).

3.4.1 Objetivos da auditoria interna

Segundo Almeida (2010), o auditor interno interessa-se por

qualquer fase das atividades dos negócios em que possa ser útil à

administração. Isso pressupõe sua incursão em campos além de

contabilidade e finanças, a fim de obter uma visão completa das operações

PRESIDÊNCIA

Departamento de

Auditoria Interna

Diretoria

Técnica

Diretoria

Financeira

Diretoria

Administrativa

55

submetidas a exame. Testa a qualidade do trabalho, revisa, recomenda;

enfim, assiste à administração e lhe fornece informações periódicas,

principalmente no que tange:

À aplicabilidade e à adequação de controles internos, financeiros

e operacionais; revisando e avaliando a correção, adequando e aplicando

os controles contábeis, financeiros e outros de natureza operacional,

proporcionando controles eficazes a um custo variável;

À extensão do cumprimento das diretrizes, planos e

procedimentos, determinando o grau de atendimento;

À salvaguarda dos ativos, quanto à escrituração, guarda de perdas

de todas as espécies, determinando o grau de controle dos ativos da

empresa quanto à proteção contra perdas de qualquer tipo;

À avaliação da qualidade de desempenho na execução das

responsabilidades delegadas, determinando a fidelidade dos dados

administrativos originados da empresa;

À recomendação de Melhorias operacionais.

3.4.2 Das responsabilidades da auditoria interna

A responsabilidade da auditoria interna é assessorar a organização

de modo condizente com as normas para o exercício profissional da

auditoria interna (Normas Brasileiras para a Auditoria Interna, publicadas

pelo Instituto dos Auditores internos do Brasil, em 11/92 e pelas Normas

Profissionais do Auditor Interno- NBC PI 01.

A NBC PI 01 é uma norma brasileira de contabilidade intitulada

normas profissionais de auditor interno. Estas normas estabelecem as

condições de competência técnico-profissional, de independência e

responsabilidade na execução dos trabalhos, da guarda de documentação

e sigilo, de cooperação com o auditor independente e utilização do

trabalho de especialista.

De acordo com Crepaldi (2012), as responsabilidades da auditoria

interna na organização, devem ser claramente determinadas pelas

políticas da empresa. A autoridade correspondente deve propiciar ao

auditor interno livre acesso a todos os registros, propriedades e pessoal da

empresa que possam vir a ter importância para o assunto em exame. O

auditor interno deve sentir-se à vontade para revisar as diretrizes, planos,

procedimentos e registros.

As responsabilidades do auditor interno devem ser:

56

Informar e assessorar a administração e desincumbir-se das

responsabilidades de maneira condizente com o Código de Ética do

Instituto dos Auditores Internos;

Coordenar suas atividades com a de outros, de modo a atingir

com mais facilidade os objetivos da auditoria em benefício das atividades

da empresa.

Para Attie (1998) a auditoria interna tem a responsabilidade de

desenvolver suas tarefas em todas as empresas associadas, de caráter

permanente, e em todos os locais aplicáveis, analisando as políticas,

procedimentos, usos e costumes, documentação, sistemas e métodos, para

buscar a eficiência, o aprimoramento e a padronização dos controles

aplicáveis às operações e atividades pertinentes da empresa.

Portanto, os auditores precisam contar com o apoio dos

administradores, para execução de suas atividades, de forma que possa ter

livre acesso de interferência e colaboração dos departamentos envolvidos,

submisso ao exame de auditoria interna.

3.5 DIFERENÇAS ENTRE AUDITORIA INTERNA X EXTERNA

Crepaldi (2012, p.43) enfatiza que mesmo que identificado o

interesse comum no trabalho do auditor interno e do auditor externo,

deve-se salientar que existem diferenças fundamentais, sendo as

principais:

Extensão dos Trabalhos: o escopo dos trabalhos feitos pelo

auditor interno normalmente é determinado pela gerência, enquanto as

extensões de exame do auditor externo são determinadas pelas normas

usuais reconhecidas no país ou requeridas por legislação específica;

Direção: o auditor interno dirige seus trabalhos para assegurar que

o sistema contábil e de controle interno funcionam eficientemente, a fim

de que os dados contábeis fornecidos à gerência apresentem os fatos com

exatidão. Os trabalhos do auditor externo, entretanto, são demonstrações

contábeis a serem apresentadas à terceiros, como por exemplo, aos

acionistas, investidores, fornecedores, à fiscalização, reflitam com

propriedade a situação contábil de uma empresa em certa data, e os

resultados das operações do período examinado.

Responsabilidade: a responsabilidade do auditor interno é para com a gerência, ao passo que a responsabilidade do auditor externo

geralmente é mais ampla. É evidente que o auditor interno, sendo

funcionário da empresa, não tem a condição de total independência que

possui o auditor externo;

57

Métodos: não obstante as diferenças apontadas, os trabalhos de

ambos são efetuados em geral por métodos idênticos. O auditor interno

segue mais as rotinas de cunho interno, ou seja, observa o cumprimento

rígido das normas internas, pois ele tem domínio da cultura da empresa,

enquanto o auditor externo observa mais o cumprimento das normas

associadas às leis de forma bem ampla. Ele tem melhor domínio dos

aspectos de interesse coletivo.

De forma geral, ambas as Auditorias são parecidas em relação ao

trabalho executado, utilizando-se dos mesmos procedimentos técnicos, e

grande observância na verificação dos controles internos, formulando

sugestões de melhorias para as deficiências encontradas, modifica a

extensão dos trabalhos de acordo com a eficiência dos sistemas contábeis

e dos controles internos existentes.

Assim, Crepaldi (2012, p.45) destaca as diferenças entre Auditoria

Externa e Interna conforme destaca o quadro 1 que trata das característica

que distinguem as auditorias.

Quadro 1- Características que distinguem as auditorias.

Elementos Auditoria Externa Auditoria Interna

Sujeito Profissional

Independente

Auditor Interno

(funcionário da

empresa).

Ação e Objeto Exame das

demonstrações

financeiras

Exames dos controles

operacionais.

Finalidade Opinar sobre as

demonstrações

financeiras

Promover melhorias

nos controles

operacionais.

Relatório Principal Parecer

Recomendações do

controle interno e

eficiências

administrativas.

Grau de Independência Mais amplo Menos amplo

Interessados no

Trabalho

A empresa e o público

em geral

A empresa

Responsabilidade Profissional, Civil e

Criminal.

Trabalhista

Números de áreas

cobertas pelos exames

durante um período

Menor Maior

Intensidade dos

trabalhos em cada área

Menor Maior

58

Continuidade do

trabalho

Periódico Contínuo

Fonte: Crepaldi, 2012, p.45.

3.6 NORMAS DE AUDITORIA INTERNA

Franco e Marra (2001) afirmam que as normas de auditoria são

entendidas como as regras estabelecidas pelos órgãos reguladores da

profissão contábil, em todos os países, com o objetivo de regularização e

diretrizes a serem seguidas por esses profissionais no exercício de suas

funções. Elas estabelecem conceitos básicos sobre as exigências em

relação à pessoa do auditor, à execução de seus trabalhos e o parecer que

deverá ser emitido.

As normas de auditoria são medidas de orientação, qualidade e

execução, no parecer dos auditores, porém se diferenciam dos

procedimentos usados pela auditoria, pois eles se relacionam com as

ações a serem praticadas no processo da auditoria. As normas são

responsáveis pelas as medidas e providência de qualidade no trabalho de

execução das ações, e dos objetivos à serem alcançados através dos

procedimentos, que poderão influenciar no processo da sua alta avaliação

pessoal através de sua capacitação nos relatórios a serem emitidos.

Para Attie (1998), os auditores internos devem ter a

responsabilidade de observar e seguir estas normas pré-estabelecidas,

mantendo sempre um alto padrão de honestidade, objetividade, diligência

e lealdade.

Segundo o CFC (2003), as Normas Brasileiras de Contabilidade,

tem a função de agir como instrumentos de órgãos reguladores na

realização dos trabalhos de auditoria interna, portanto os auditores que

prestam os serviços de auditoria devem estar atualizados para atender as

normas vigentes e o comprometimento na realização do seu trabalho de

forma eficaz.

Deste modo a NBC PI 01 – Normas Profissionais do Auditor

Interno afirma que: o contador, na função de Auditor Interno, deve manter

o seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado das

Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis,

especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação aplicável à Entidade;

desse modo, o Código de Ética do instituto de Auditores Internos

estabelece normas para a prática da profissão de auditor interno.

59

3.7 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA INTERNA

Antes de realizar o trabalho de uma auditoria interna, o auditor

deve planejar seu trabalho, com intuito de estabelecer métodos de forma

que atinja seu objetivo e cumpra suas obrigações, reduzindo no decorrer

do seu trabalho os erros, aumentando o grau de seus testes em seus

exames, possibilitando um trabalho de auditoria eficaz.

Desse modo, Attie (1998) afirma que o planejamento é o alicerce

sobre o qual todo trabalho deve ser fundamentado e funciona como um

mapa estrategicamente montado para atingir o alvo. A montagem do

planejamento objetiva percorre uma estrada predeterminada, num rumo

identificado, estabelecido e analisado.

Para Crepaldi (2012), o auditor deve documentar seu planejamento

geral e preparar programa de trabalho por escrito, detalhando o que for

necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em

termos de natureza, oportunidade e extensão.

De acordo com a NBC TI 01, relata no item 12.2.1.2 para elaborar

um planejamento da Auditoria Interna devem-se considerar os fatores

relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

a) Conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de

gestão de riscos das entidades;

b) O conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos

sistemas contábil e de controles internos e seu grau de

confiabilidade da entidade;

c) A natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de

Auditoria Interna a serem aplicados, alinhados com a política

de gestão de riscos da entidade;

d) A existência de entidades associadas, filiais e partes

relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria

interna;

e) O uso do trabalho de especialistas;

f) Os riscos de auditoria querem pelo volume ou pela

complexidade das transações e operações;

g) O conhecimento do resultado e das providências tomadas em

relação aos trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados;

h) As orientações e as explicativas externadas pela administração

aos auditores internos e;

i) O conhecimento da missão e objetivo estratégicos da entidade.

60

Diante, das considerações citadas, pode se observar que o

planejamento adequado é à base de um trabalho eficiente de um programa

de auditoria interna bem definida.

3.8 PAPÉIS DE TRABALHO

Attie (1998, p. 157), diz que “os papéis de trabalho são espelhos

da pessoa do auditor que os preparou, colocando, de forma escrita, seus

sentimentos e pontos de vista acerca da matéria examinada”.

Consideram-se papéis de trabalho todos os documentos

comprobatórios suficientes, com o objetivo de estabelecer procedimentos

e apoiar o parecer adotado pelo auditor, onde que o mesmo possa registrar

e ordenar suas informações de forma clara, que contribui para o subsídio

no processo de formulação do parecer.

Para Almeida (2010), Os principais objetivos dos papéis de

trabalho são os seguintes:

Atender às normas de auditoria geralmente aceitas;

Acumular as provas necessárias para suportar o parecer do

auditor;

Auxiliar o auditor durante a execução de seu trabalho;

Facilitar a revisão por parte do auditor responsável, para que ele

se assegure de que o serviço foi efetuado de forma correta;

Servir como base para avaliação dos auditores;

Ajudar no trabalho da próxima auditoria (um conjunto de papéis

de trabalho bem preparados serve de guia na auditoria do outro exercício

social, concorrendo para que ela seja conduzida de forma mais eficiente):

Representar na justiça (no caso de ser movida uma ação contra o

auditor ou a firma de auditoria) as evidências do trabalho executado.

3.8.1 Aspectos fundamentais dos papéis de trabalho

Trata-se de aspectos fundamentais dos papéis de trabalhos, todos

os exames de auditoria, propiciando um registro escrito, que pode ser

obtido de forma permanente, referente às informações obtidas e registrado

em relatos padronizados para melhor entendimento e julgamento do

profissional auditor, podendo assim executar seu trabalho de forma clara

e objetiva.

Para Attie (1998, p. 157), os aspectos fundamentais dos papéis de

trabalho, podem-se destacar os seguintes:

61

Completabilidade: os papéis de trabalho necessitam serem

completos por si sós. Eles precisam relatar o começo, meio e fim do

trabalho praticado;

Objetividade: os papéis de trabalho necessitam ser objetivos e

demonstrar os caminhos trilhados pelo auditor para a condução de seus

intentos;

Concisão: o papel de trabalho precisa expor ideias, ser ociosos,

de forma clara e auto-sulfiente;

Lógica: os papéis de trabalho devem ser elaborados segundo o

raciocínio lógico, apresentando a sequência natural dos fatos e objetivo a

ser atingido;

Limpeza: aos papéis de trabalho é necessário esmero na sua

preparação, eliminando-se todas e quaisquer imperfeições e incorreções.

3.9 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA INTERNA

Segundo Almeida (2010, p.34),” os procedimentos de auditoria

representam um conjunto de técnicas que o auditor utiliza para colher as

evidências sobre as informações das demonstrações financeiras”.

Para Attie (2008), a aplicação dos procedimentos de auditoria deve

ser realizada através de provas seletivas, testes e amostragens, em razão

da complexidade e volume das operações, cabendo ao auditor, com base

na análise de riscos de auditoria e outros elementos de dispuser,

determinar a amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos

de convicção que sejam válidos para todos.

É importante que as entidades utilizem os procedimentos de

auditoria, pois é através dessa ferramenta de trabalho que possibilita que

o auditor busque evidências necessárias para alcançar os objetivos, com

intuito de realizar uma auditoria satisfatória.

Dessa forma, a utilização dos procedimentos de auditoria requer um

cuidado imediato no processo de aplicação dos métodos de trabalho,

podendo buscar, através de subsídios, os fundamentos necessários para se

chegar a um determinado objetivo.

De acordo no que consta a Resolução CFC (2003) na relação dos

procedimentos de auditoria, no item 12.2.3.1 os procedimentos da

auditoria interna constituem em exames e investigações, incluindo teste de observância e teste substantivos que permitem ao auditor interno, obter

subsídios, suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações

à administração da entidade.

62

Diante disto, Attie (1998) afirma que os procedimentos de

auditoria são as ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para a

realização de seu trabalho, consistindo na reunião das informações

possíveis e necessárias e avaliação das informações obtidas, para a

formação de sua opinião imparcial.

Deste modo, faz-se necessário, demonstrar as ferramentas de

trabalho utilizadas pelos auditores que possibilita a formação da sua

opinião, logo abaixo no quadro 2 apresenta as técnicas de auditoria e a

descrição de cada uma delas abordadas por Attie (1992).

Quadro 2- Procedimentos usuais da Auditoria

Técnicas de Procedimentos Descrição das Técnicas de

Auditoria

Exame Físico – proporciona ao

auditor a formação de opinião

quanto à existência física do

objeto ou item examinado.

Contagem de Caixa

Contagem de duplicatas das

contas a receber/ a pagar.

Confirmação – implica a

obtenção de declaração formal e

imparcial de pessoas

independentes à empresa que

estejam habilitadas a confirmar.

Confirmação de contas a

receber;

Confirmação de bancos conta

movimento;

Confirmação das pessoas

autorizadas a assinar pela

empresa. Exame de Documentos

Originais- é o procedimento de

auditoria voltado para exames

de documentos que comprovem

transações comerciais ou de

controle.

Documentação de vendas

realizadas;

Documentação de serviços

adquiridos ou vendidos.

Conferência de Cálculos – é o

procedimento voltado para a

constatação da adequação das

operações aritméticas.

Soma do razão auxiliar de

clientes/ fornecedores;

Cálculo dos juros a

receber/pagar. Exame de Escrituração - é a

técnica utilizada para a

constatação de veracidade das

informações obtida, entre

outras.

Análise de contas a receber

diversas;

Análise de conta razão de

caixa;

Conciliação bancária. Investigação Minuciosa- é o

exame em profundidade da

matéria auditada, que pode ser

um documento, uma análise,

Exame minucioso de

razoabilidade da provisão

para devedores duvidosos;

63

uma informação obtida, entre

outras. Exame detalhado da

documentação de compras/ vendas;

Exame minucioso dos

pagamentos realizados. Inquérito- consiste na

formulação de perguntas na

obtenção de respostas

satisfatórias.

Inquérito acerca do aumento

das vendas do período;

Inquérito sobre a existência

de duplicatas a receber em

atraso; e

Inquérito sobre controles

internos existentes. Exame dos Registros

auxiliares- é o suporte de

autenticidade dos registros

principais examinados.

Exame de registro auxiliar de

contas a receber/ a pagar;

Exame de registro auxiliar de

vendas;

Exame de registro auxiliar de

recebimentos e pagamentos. Correlação das informações

Obtidas- é o relacionamento

harmônico do sistema contábil

de partidas dobradas.

Correlação do recebimento

de duplicatas a receber;

Correlação dos pagamentos a

fornecedores que afetam as

contas a pagar do disponível;

Constituição da provisão

para devedores duvidosos

que afeta o resultado e as

contas a receber. Observação – é a técnica

indispensável à auditoria, pode

revelar problemas ou

deficiências através de exames.

Observação quanto à

uniformidade de obediência

aos princípios de

contabilidade;

Observação de passivos não

registrados.

Fonte: adaptado de Attie (1992).

3.10 CONTROLE INTERNO

Para entender a definição de controle interno, em uma instituição ou empresa, é preciso atribuir às funções, ou seja, projetar o que deve ser

feito em cada departamento, em um plano organizacional estruturado em

conjunto, integrado, por métodos e procedimentos adotados pela empresa,

com o intuito de proteção do seu patrimônio.

64

“O controle interno compreende o plano de

organização e o conjunto de coordenação dos

métodos e medidas, adotadas pelas empresas, para

proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a

fidedignidade de seus dados contábeis, promover a

eficiência operacional e encorajar a adesão à

política traçada pela administração” (ATTIE, 1998

p.110).

Quando se aplica, os controles internos em uma Instituição, o que

deverá ser levado em consideração, com maior êxodo, e uniformidade,

são os procedimentos que são os métodos e medidas realizadas por

funcionários, e a observância da estrutura organizacional dos controles e

à sua execução, no processo de avaliação.

De acordo com Attie (1998), o controle tem um significado de

relevância somente quando é concebido para garantir o cumprimento de

um objetivo definido, quer seja administrativo, ou gerencial, dessa forma

o controle não é algo sem face ou sem forma, mas um dado físico que

avalia uma função observável.

Diante dessa avaliação é preciso considerar vários pontos que

poderão ser examinados através da organização do controle e à sua

execução diante o processo da auditoria, outro fato relevante é a relação

da auditoria com o controle interno.

Crepaldi, (2012) relata que é preciso que se distinga que o termo

controle interno não tem os mesmo significado de auditoria interna. A

auditoria interna equivale a um trabalho organizado de revisão e

apreciação do trabalho, normalmente é executado por um departamento

especializado, ao passo que o controle interno refere-se aos

procedimentos e à organização adotada como planos permanentes da

empresa.

Assim, o controle interno facilitou o trabalho dos auditores, vistos

que a avaliação dos relatórios emitidos pela empresa se tornam mais

confiáveis em seus dados, e seguros, devido à aplicação do controle

interno de qualidade.

Segundo Crepaldi, (2012), as normas de auditoria geralmente aceitas, referentes ao trabalho no campo, estabelecem que os auditor deve

avaliar o sistema de controle interno da empresa auditada, a fim de

determinar a natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria.

65

Figura 2 - Avaliação do Sistema de Controle Interno e Volume de Testes. Fonte: Crepaldi, 2012, p. 419.

Na figura 2, é dado um exemplo ilustrativo da relação da avaliação

do controle interno com o volume de testes de auditoria. Nessa figura, a

nota 0 (zero) significa que não existe controle, e a nota 8 (máxima)

significa que o controle interno é excelente.

3.10.1 Características do controle interno

De acordo com Attie (2008, p.111), o controle não é algo sem face

ou sem forma, mas um dado físico que avalia uma função observável.

Pode se observar a existência de vários fatores que necessitam ser claro e

objetivamente exposto:

a) Plano de Organização: o objetivo do plano de organização é

prestar um serviço de forma clara, com responsabilidade e ligação direta

com as autoridades. Trata-se da organização de um sistema, no qual são

totalmente estruturados de forma independente, através de suas divisões

adequadas e balanceados de uma maneira que os registros já existentes

sejam verificados seus controles internos com exatidão e clareza, dentro

de cada atividade dos departamentos. É importante que o plano de

organização tenha independência estrutural, nas funções e suas operações,

custódia, contabilidade e auditoria interna. b) Métodos e medidas: a empresa pode ser caracterizada por

vários métodos e medidas para a conjunção de vários subsistemas que

compõem à cadeia de procedimentos destinados à gerarem e registrar

informações finais, promovendo o controle interno sobre as operações e

66

as atividades de preferência formalizadas através de métodos e medidas

que ajudaram o auditor a chegar ao resultado final.

c) Proteção do Patrimônio: compreende como salvaguarda dos

interesses da empresa, ou seja, protegendo contra quaisquer perdas e

riscos, devidos a erros e irregularidade; a proteção do patrimônio refere-

se aos bens, direitos e obrigações que se encontram divididos em diversos

departamentos. É responsável por seu controle, exemplo:

O almoxarifado: é responsável pelo material de estocagem e

requer manutenção, guarda e distribuição;

A tesouraria: por sua vez controla os saldos bancários, entradas e

saídas de numerário e assim por diante;

O setor pessoal: é responsável pelo cálculo e controle da folha de

pagamento, assim como recolhimento de encargos sociais.

A empresa se dispõe de diversas atividades que requer

conhecimento amplo de cada setor de forma que seja conduzida, e

resolvida dentro dos padrões adequados, minimizando os erros e riscos.

d) Exatidão e Fidedignidade dos dados contábeis: compreende

à uma adequada precisão e confiabilidade, referente aos dados contábeis,

como relatórios contábeis, financeiros e operacionais, que necessitam de

informações adequadas e oportunas para o gerenciamento da

administração da empresa.Com isso, é necessário classificar os dados

dentro de uma estrutura de um plano de contas, pois facilita o registro

contábil, ajuda na preparação do documento e a contabilização em tempo

hábil. A contabilidade controla os fatos, porém não faz o levantamento do

balancete diário à cada fato ocorrido, um exemplo é o pedido de vendas e

compras, colocado no controle, mas não contabilizado, até que haja

documentação necessária para fazê-lo. A empresa necessita de

informações que possa auxiliar na administração de negócios e que

possibilitam entendimento uniforme das informações, pois só terá

validade a partir do momento que ela for exata, confiável e oportuna,

dessa forma precisa basear-se em dados verídicos, informados

tempestivamente.

e) Eficiência Operacional: compreendem em um conhecimento,

aplicação e ação tempestiva e uniforme, por meios necessários de saber a

condução de tarefas à serem praticadas pela empresa. Uma empresa

necessita de uma linha de mestra de raciocínio e conduta. Cada um dos

seguimentos tem sua particularidade e cada indivíduo precisa conhecer

sua tarefa. A empresa se dispõe de políticas que estabelecem

procedimento, assim como a observação das normas salutares no

cumprimento dos deveres e funções, com a existência de pessoal

67

qualificado, treinado para desenvolver suas atividades e adequadamente

supervisionado por seus responsáveis, tendem a programar a desejada

eficiência das operações.

f) Políticas Administrativas: assegura os desejos e objetivos da

administração, definidos através de política e indicados por meio de

procedimentos. Trata-se de um sistema de regras relativas à direção dos

negócios e a pratica dos princípios, normas e funções destinadas à um

resultado final.

Os fatores citados acima são essenciais para um controle interno

de qualidade, qualquer grave deficiência, implicará irá ao funcionamento

do sistema do controle, por isso é necessário o uso de todos esses

elementos para um bom resultado.

3.10.2 Tipos de Controles: Contábeis e Administrativos

Segundo Crepaldi (2012 p.423), os controles contábeis

compreendem o plano de organização e todos os métodos e

procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade

dos itens que o compõem. Compreendidos por:

Segregação de funções: cria independência entre as funções de

execução operacional, custódia dos bens patrimoniais e sua

contabilização;

Sistema de autorização: controla as operações através de

métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e riscos

envolvidos;

Sistema de registro: compreende a classificação dos dados

dentro de uma estrutura formal de contas, existência de um plano de

contas que facilita o registro e preparação das demonstrações contábeis, e

a utilização de um manual descritivo.

Já os controles administrativos compreendem o plano de

organização e todos os métodos e procedimentos utilizados para

proporcionar eficiência às operações, dar ênfase à política de negócios da

empresa, bem como a seus registros financeiros. Compreendidos por:

Normas salutares, que observam práticas saudáveis aos interesses

da empresa no cumprimento dos deveres e funções;

Pessoal qualificado, que esteja apto a desenvolver suas atividades

bem instruídas e supervisionadas por seus responsáveis.

Podem-se resumir, em uma figura abaixo, os controles internos em

relação aos procedimentos administrativos e o sistema contábil.

68

Figura 3 - Sistemas contábeis e de controles internos.

Fonte: Oliveira; Diniz, 2001, p. 142.

3.10.3 A Importância do controle interno

A importância do Controle interno é suportar propriamente a

gestão patrimonial da empresa, buscando a manutenção do resultado

satisfatório. A importância do controle interno fica patente a

partir do momento em que se torna impossível

conceber uma empresa que não disponha de

controles que possam garantir a continuidade do

fluxo de operações e informações proposto

(ATTIE, 1998, p.112).

Para verificar a importância do Controle Interno é necessário

analisar o crescimento e a diversificação da empresa que é dividido por

suas fases.

De acordo com Attie (1998, p.113), a fase inicial do Controle

interno é verificar-se de que o dono é o ponto referencial do controle. É

ele que analisa e controla praticamente todos os segmentos da empresa,

Procedimentos

Administrativos

Sistema Contábil

Manual de normas e

procedimentos

Segregação das

funções

Atribuição de

responsabilidade

Adequada delegação

de funções

Organograma bem

definido e

transparente

Correta situação

financeira e

patrimonial

Informações

gerenciais,

conforme as

necessidades dos

usuários.

Sistema de

avaliação de

desempenho

69

verifica-se a pontualidade dos funcionários, a observação da produção, do

crescimento das vendas, os padrões de qualidade dos produtos, o prazo de

entrega das mercadorias, os recebimentos delas, pedidos, e analisados no

seu balanço as contas à pagar para seus fornecedores e as contas a receber.

Para Crepaldi (2012), por controles internos entende-se que são

todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização

e verificação administrativa, que permite prever, observar, dirigir e

governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que

produzem reflexos em seu patrimônio.

Complementando as informações, Almeida (2010, p.5) enfatiza

que “com a expansão dos negócios, sentiu a necessidade de dar maior

ênfase ás normas ou procedimentos internos, devido ao fato de que o

administrador, ou, em alguns casos, o proprietário da empresa não poderia

supervisionar pessoalmente todas as suas atividades”.

Assim, o controle interno assegura que os funcionários cumpram

as normas e medidas adotadas pela empresa, com objetivo de controlar, e

obter maior segurança nas demonstrações contábeis, detectando erros,

irregularidades e eventos que podem ocasionar em prejuízos ao

patrimônio da empresa.

A administração da empresa é responsável pelo estabelecimento

do sistema de controle interno, pela verificação do cumprimento das

normas estabelecidas pela empresa, se estão sendo obedecidas pelos

funcionários e, por modificação, no sentido de adaptá-las às novas regras.

Crepaldi (2012, p.425), complementando as informações, “não

adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem

que alguém verifique periodicamente”.

3.11 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE INTERNO

Responsabilidade

As atribuições dos funcionários ou setores internos da empresa

devem ser claramente definidas e limitadas, de preferência por inscritos,

mediante o estabelecimento de manuais internos da organização.

Segundo Almeida (2010, p.43), “a administração da empresa é

responsável pelo estabelecimento do sistema de controle interno, e a

verificação de que se está sendo seguido pelos funcionários, e por sua

modificação, no sentido de adaptá-lo às novas circunstâncias

É importante assegurar que todos os procedimentos da empresa

estão sendo realizados de forma eficaz, evitar e detectar possíveis erros,

assim a administração com setores internos torna-se responsável pelo

70

planejamento, instalação e supervisão do controle interno de qualidade,

podendo ser verificado através do auditor interno (ALMEIDA, 2010).

Rotinas internas

A empresa deve definir no manual de organização todas as suas

rotinas internas. Deste modo, Almeida (2010), diz que as rotinas internas

compreendem aos formulários internos e externos, como por exemplo:

Requisição de aquisição de material ou serviços;

Formulário de cotação de preços (para solicitar preços aos

fornecedores);

Mapa de solicitação (para selecionar o fornecedor que ofereceu

as melhores condições comerciais);

Ordem de compra (para formalizar a compra junto ao

fornecedor);

Aviso de recebimento de material (evidência do recebimento de

bens comprados);

Mapa de controle de programação financeira;

Fichas de lançamentos contábeis;

Boletim de fundo fixo (para fins de prestação de contas dos

valores pagos através do caixa).

Acesso aos ativos

A empresa deve limitar o acesso dos funcionários a seus ativos e

estabelecer controles físicos sobre esses. O acesso aos ativos da empresa

representa:

Manuseio de numerário recebido antes de ser depositada em

conta corrente bancária;

Emissão de cheque sozinho (única assinatura);

Manuseio de cheque assinados;

Manuseio de envelopes de dinheiro de salários;

Custódia de ativos (dinheiro em caixa, cautela de títulos,

estoques, imobilizado, etc.).

71

Segregação de funções

A segregação de função consiste na separação entre as funções de

autorização, aprovações de operações, execução, controle e

contabilização, estabelecem que uma mesma pessoa não tenha acesso aos

ativos e os registros contábeis, que não detenha dos poderes e atribuições

em desacordo contra os princípios do controle, devido ao fato de funções

serem incompatíveis dentro do sistema de controle interno (ALMEIDA,

2010).

Os registros contábeis compreendem o razão geral e os registros

inicial, intermediário e final. O acesso a esses registros representa as

pessoas que preparam ou manuseiam informações que servem de base

para sua elaboração, em circunstâncias que lhes permitem modificar os

dados desses registros. Por exemplo, caso o funcionário tivesse acesso aos

ativos e registro contábil, ele poderia desviar fisicamente o ativo e baixá-

lo contabilmente para as despesas, o que levaria a ocultar

permanentemente essa transação.

Confronto dos ativos com os registros

A empresa deve estabelecer procedimentos de forma que seus

ativos, sob as responsabilidades de alguns funcionários, sejam

periodicamente confrontados com os registros da contabilidade. O

objetivo desse procedimento é detectar desfalques de bens ou até mesmo

registro contábil inadequado de ativos.

São exemplos desse confronto:

Contagem de caixa e com comparação com saldo do razão geral;

Contagem física de títulos e comparação com o saldo do razão

geral;

Conciliações bancárias (reconciliação, em determinada data-

base, do saldo da conta corrente bancária segundo o razão da

contabilidade, com o saldo pelo extrato enviado pelo banco);

Inventário físico dos bens do estoque e do ativo imobilizado

confrontando com os registros individuais e comparação do somatório

dos saldos desses registros com saldo da respectiva conta do razão geral.

Se as empresas não adotarem os procedimentos de comparar os

ativos com os registros contábeis, fica em aberto a possibilidade de o

funcionário custo diante apoderar-se indevidamente do ativo sem que esse

fato seja por muito tempo.

72

Amarração do sistema

De acordo com Crepaldi (2012), o sistema de controle interno deve

ser conhecido de maneira que sejam registradas apenas as transações

autorizadas, por seus valores corretos e dentro do período de competência.

Esse fato exige uma série de providências, tais como:

Conferência independente do registro as transações contábeis;

Conferência independente dos cálculos;

Conferência da classificação contábil de todos os registros finais

(ficha de lançamento ou voucher) por um contador experiente;

Estabelecimento de Controles sequenciais sobre as compras e

vendas de forma que assegura as transações a serem contabilizadas na

época devida;

As rotinas internas de controle devem ser determinadas de modo

que uma área de controle a outra.

Custo de controle x benefício

Devido à necessidade das empresas, não atingir os lucros propostos

e o confronto com as grandes concorrências em meio à globalização no

mercado de trabalho, surge a necessidade de estudar meios que possam

auxiliar as empresas a obter um controle mais preciso sobre seus custos.

Segundo Almeida (2010, p.49),

O custo do controle interno não deve exceder os

benefícios que dele se espera obter. Isso quer dizer

que os controles mais sofisticados (normalmente

mais onerosos) devem ser estabelecidos para

transações de valores relevantes, enquanto os

controles menos rígidos devem ser implantados

para as transações menos importantes.

Os custos em uma organização representam os gastos relativos que

foram utilizados no ambiente de produção de outros bens e serviços;

podem-se considerar gastos como, por exemplo: matérias-primas,

embalagens, mão de obra fabril, aluguéis da fábrica, etc. De acordo com Attie (2008), a implantação dos próprios

procedimentos de controle precisa levar em conta o custo de implantação

e o benefício que pode trazer. Embora o cálculo no benefício apresente

dificuldades práticas de aplicação, devido ao fato de que nem sempre é

possível estimar os benefícios que o controle propiciará no futuro, é

73

preciso levá-lo em consideração principalmente nos casos em que a

implantação de novos controles pode ter efeito relevante sobre o custo da

empresa.

Para compreender o que o autor diz acima, imagine uma empresa,

tendo suas instalações físicas, contando com o crescimento da empresa

através de seus colaboradores, podendo ser divididos através de setores

os quais: administrativos, setor de compra e venda de seus produtos, setor

de produção, comercial e direção geral. Nesses setores, trabalham pessoas

que geram um tipo de gastos, podendo ser identificados como

investimento que geram gastos que são ativados do balanço patrimonial

da empresa, e ficam parados até o momento de ser utilizados ou

consumidos, recebendo uma classificação entre gastos e despesas. Um

exemplo a ser citado é a aquisição de matéria-prima, no momento de sua

aquisição, estará contabilizada no estoque de mercadoria, sendo um ativo

registrado pela empresa em valor gerando em benefícios futuros.

Figura 4- Princípios fundamentais de controle interno

Fonte: Mello, 2011, p.63

Princípios

Fundamentais

do Controle

Interno

Confronto

dos ativos

com registros Amarração

do sistema

Auditoria

Interna

Custo x

Benefício

Limitação

do Controle

Interno

Segregação

de funções

Acesso aos

Ativos

Rotinas

Internas

Objetivo

Responsabilidade

74

Limitação do Controle Interno

Segundo Crepaldi (2012, p. 432), as limitações do controle interno

são, principalmente, com relação a:

Conluio de funcionários na apropriação de bens da empresa;

Instrução inadequada dos funcionários com relação ás normas

interna;

Negligência dos funcionários na execução de suas tarefas diárias.

Em virtude dos pontos acima relatados, mesmo no caso de a

empresa ter um excelente sistema de controle interno, o auditor deve

executar procedimentos mínimos de auditoria.

3.12 LEVANTAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

De acordo com Almeida (2010), as informações sobre o sistema de

controle interno são obtidas das seguintes formas:

Leitura dos manuais internos de organização e procedimentos;

Conversa com funcionários da empresa;

Inspeção física desde o início da operação (compra, venda

pagamento, etc.) até o registro no razão geral.

Complementando, Attie (1998, p.214) especifica cada uma das três

formas utilizadas para o registro dos procedimentos de controles internos:

Método Descritivo: consistem na descrição detalhada das

características do sistema que está conhecendo, considerando explicações

referentes às funções, aos procedimentos, registros, impressos, arquivos,

empregados e departamentos envolvidos no sistema.

Método Fluxograma: a utilização de fluxogramas é aplicável a

todos os trabalhos e tende a facilitar a compreensão da matéria em exame,

sendo a descritiva mais aplicada onde a utilização de fluxogramas é

antieconômica ou em controles que estão sendo modificados.

Os fluxogramas têm sido utilizados como instrumentos de

documentação de controle interno. Permitem representar graficamente os

ciclos operacionais e oferecem as seguintes vantagens.

Efetuar o levantamento numa sequência lógica e ordenada;

Visualizar, num lance de olhos, as áreas em conjunto, o que não

se pode obter com uso de questionário, normalmente divididos em seções

e, muito menos, com método descritivo;

75

Evitar a duplicidade de descrições que quase sempre exigem e

uso de formulários quando várias áreas são alcançadas por determinada

operação;

Facilitar a identificação de deficiência de controle interno em

especial, pois evidenciam aspectos relacionados com a eficiência de

operacional, que podem passar despercebidos quando se empregam

questionários (por exemplo, a duplicidade de trabalhos ou trabalhos

desnecessários);

Evitar problemas de semântica, que ocorrem na utilização de

métodos narrativas, desde que a simbologia utilizada seja perfeitamente

definida e não suscite dúvidas.

Método de questionário: esse método baseia-se na utilização de

lista de perguntas referentes a aspectos básicos do sistema. Os

questionários utilizados são padronizados e contêm pergunta úteis em

toda auditoria e visa fornecer ao auditor independente, além de um

conhecimento genérico, uma avaliação global quanto ao funcionamento

do sistema.

Existem diversos tipos de questionários, a saber:

Alguns exigem respostas em forma narrativa;

Outros pedem respostas simples: “sim”, “não” ou “não

aplicável”. Normalmente, as perguntas são feitas de modo que uma

resposta negativa denote, em princípio, deficiência;

Outros, ainda, cujas respostas devem ser uma combinação de

ambos os tipos.

Entre as vantagens que os questionários apresentam sobre os

métodos anteriormente expostos, citam-se as seguintes:

Caso o auditor tenha muitas tarefas semelhantes, permitem

redução dos custos;

Facilitam a administração do trabalho, por sistematizarem os

exames;

Orientam o auditor na tarefa de conhecimento e avaliação de

sistemas simples e podem evitar omissões na consideração de algum

aspecto do sistema;

Quando as perguntas devem ser respondidas com “sim”, “não”

ou “não aplicável”, facilitam a identificação de deficiências.

76

3.13 AVALIAÇÃO DO CONTROLE INTERNO

Segundo Crepaldi (2012), a avaliação do controle interno consiste

ao auditor aplicar medida significativa na consideração de transição

relevante e ativa correlatados envolvidos na auditoria, tendo como

finalidade principal detectar erros e irregularidades materiais nas

demonstrações financeiras. O interesse do auditor em relação ao Controle

Interno é de caráter Analítico, sendo capaz de determinar até onde seu

programa de auditoria deve ser reduzido ou estendido, em virtude da

eficiência dos controles usados pela empresa, como por exemplo, uma

extensão de exames finais de balanços, tendo como finalidade de

determinar a natureza, profundidade e sugerir assim o aprimoramento em

relatório específico.

Para Sá (2002, p. 106), “avaliação do controle interno é, pois, o

processo auxiliar da auditoria através do qual mede a capacidade dos

meios utilizados por uma empresa ou instituição para proteger seu

patrimônio e os objetivos destes”.

Attie (1998, p.219), afirma que “a avaliação adequada de um

sistema de controle interno requer conhecimento e entendimento dos

procedimentos e métodos prescritos, assim como um grau de certeza do

que eles estão sendo aplicados e funcionam conforme os planos”.

De acordo com Almeida (2010), a avaliação do controle interno

compreende:

Determinar os erros ou irregularidades que poderiam acontecer;

Verificar se o sistema atual de controles detectaria de imediato

esses erros e irregularidades;

Analisar as fraquezas ou falta de controle, que possibilitam a

existência de erros ou irregularidades, a fim de determinar natureza, data

e extensão dos procedimentos de auditoria;

Emitir relatórios- comentário dando sugestões para o

aprimoramento do sistema de controle interno na empresa.

Segundo Crepaldi, (2012 p. 439), tendo documentado o sistema de

controle interno, deve-se proceder a sua avaliação crítica para determinar

sua eficácia e os pontos passíveis de melhoria. Muitas vezes, nessa etapa,

conclui-se que o sistema não é eficaz; sendo assim, não se executarão os

testes de cumprimento, pois ainda que o resultado seja satisfatório, não se

atingirão os objetivos.

77

Durante a fase de avaliação, um aspecto de grande importância é a

identificação dos controles-chave do sistema. O controle chave é aquele

que:

Assegura que um sistema administrativo produza informação

fidedigna; e.

Serve de base para satisfação dos objetivos de auditoria.

Enquanto a administração está interessada em todos os aspectos do

sistema de controle interno, o auditor volta-se para os controles relevantes

à consecução de seus objetivos (controles-chave). Os controles-chave de

um sistema variam em função dos objetivos de auditoria, assim como os

objetivos de auditoria variam de acordo com as necessidades da

administração.

78

79

4 METODOLOGIA DA PESQUISA

Esse capítulo encontra-se dividido, em enquadramento

metodológico e procedimentos para coleta e análise de dados.

4.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO

Esta pesquisa se caracteriza como um estudo de caso, sobre a

natureza do objetivo da pesquisa exploratória, com objetivo de adquirir

conhecimento, aprimorar ideias e descobertas sobre determinados

assunto.

As pesquisas exploratórias, para Gil (2007) têm como objetivo

proporcionar maior familiaridade com problema, com vistas a torná-lo

explícito ou a constituir hipóteses. Pode se dizer que estas pesquisas têm

como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de

intuições.

Assim, o presente estudo permite adquirir conhecimento e

ampliação de uma visão sistêmica, com a oportunidade de verificar

situações que contribuíram para sugestões de melhoria sobre o objeto que

está sendo estudado.

Ao referir à pesquisa exploratória, Andrade (2002) ressalta

algumas finalidades primordiais, como proporcionar maiores

informações sobre o assunto que se vai investigar; facilitar a delimitação

do tema de pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das

hipóteses; ou descobrir um novo tipo de enfoque sobre o assunto.

Diante disso Beuren (2008, p.80) afirma que, à medida que o

estudo integre algumas dessas finalidades, estará caracterizada a pesquisa

exploratória. Dessa forma, para que o estudo na Contabilidade seja

considerado exploratório, deverá concentrar-se em algo que necessita ser

esclarecido ou exploratório nesse campo de conhecimento.

Um exemplo de pesquisa exploratória no presente estudo de casos

é a verificação dos processos de melhoria do controle interno da

instituição.

Gil (1999, p. 73) salienta que,

O estudo de caso é caracterizado pelo estudo

profundo exaustivo de um ou de poucos objetos, de

maneira a permitir conhecimentos amplos e

detalhados dos mesmos, tarefa praticamente

80

impossível mediante os outros tipos de

delineamentos considerados.

De acordo com Beuren (2004), a pesquisa do tipo estudo de caso

caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso.

Esse conteúdo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar

seus conhecimentos em determinados casos específicos.

Cabe destacar ainda que trata de um estudo teórico e prático,

contribuindo através de ideias e descobertas, para de certo modo

contribuir com melhorias relacionadas a este assunto.

A pesquisa é designada pela natureza de um estudo teórico e

prático. Teórico por atribuir valores aos estudos relacionados aos

conceitos de diversos autores, e prático por se tratar de uma investigação

de um estudo de caso, descobertas de métodos e melhorias para o

aprimoramento do assunto. É determinada sobre lógica do método

dedutivo da pesquisa investigatória, com a função explicitar o conteúdo

verdadeiro através da premissa geral, que é identificado como controle

interno, objeto do estudo, com a investigação das seguintes afirmações, a

instituição não tem controle interno, apenas funções do controle interno

exercidas por um departamento no qual é chamado de setor de

controladoria.

Para Marcone e Lakatos (2008, p.64), o método dedutivo tem o

propósito de explicitar o conteúdo das premissas, analisando isso sob

outro enfoque. Dir-se-ia que os argumentos dedutivos ou estão corretos

ou incorretos, ou as premissas sustentam de modo completo a conclusão

ou, quando a forma é logicamente incorreta, não a sustentam de forma

alguma; portanto há graduação intermediária.

As coletas de dados realizadas para o aprimoramento da pesquisa

foram elaboradas através de dados primários e secundários; primárias

pela aplicação de entrevistas semiestruturadas, contato presente, com o

pesquisador e o entrevistador, através de perguntas elaboradas por um

questionário; e dados secundários, pela busca de informações como

documentos, regimento interno, contrato social, entre outros.

De acordo com Beuren (2008), a coleta de dados tem por fim sua

análise e interpretação, visando responder à pergunta de pesquisa. Assim

deve ser evidenciada a forma escolhida para proceder à análise e

interpretação dos dados e, se for o caso, uma explicação para cada tipo de

dados, uma vez que esta pode variar em função de natureza dos dados.

Conforme Triviños (1987), a entrevista semiestruturadas é a parte

de certos questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses, que

interessam à pesquisa, e que, em seguida, adicionam-se a uma grande

81

quantidade de interrogativas, fruto de novas hipóteses que surgem no

decorrer da entrevista. Assim, o informante, seguindo espontaneamente

sua linha de pensamento e suas experiências cotidianas, influencia a

elaboração do conteúdo da pesquisa.

A pesquisa se constitui com abordagem qualitativa.

De acordo com Marcone e Lakatos, (2007), a metodologia

qualitativa preocupa-se analisar e interpretar aspectos mais profundos,

descrevendo a complexidade de comportamento humano. Fornece análise

mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, tendências de

comportamento etc.

A pesquisa qualitativa, conforme Minayo (1996) trabalha com o

universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes,

o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos

e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de

variáveis.

Para Sabino (1966, p. 204), a análise quantitativa se efetua “com

toda informação numérica resultante da investigação”, que se apresentará

com um conjunto de quadros, tabelas e medidas.

Em relação aos resultados alcançados da pesquisa, trata-se de uma

pesquisa qualitativa, por gerar conhecimento, e descobertas do assunto

estudado, sobre procedimentos técnicos, pela busca de pesquisas

bibliográficas, utilizada na contribuição de diversos autores, e outros

métodos como artigos, sites relacionados ao assunto, que aprimoraram,

dando mais credibilidade ao estudo de casos.

4.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DE DADOS

A pesquisa foi elaborada a partir de um estudo de caso, realizado

em uma sociedade educacional de ensino superior, localizado na cidade

de Capivari de baixo - SC.

Os principais passos que levaram a ampliação do estudo foram

analisados a partir dos objetivos específicos; no qual pretendeu em

primeiro lugar levantar a estrutura organizacional da instituição objeto de

estudo, para um segundo momento identificar a existência do controle

interno, como departamento, setor ou como função, posteriormente

verificar atribuições e atividades exercidas pelo departamento, setor ou

função, que se caracterize como controle interno e, finalmente, relacionar

procedimentos e métodos de auditoria interna capazes de auxiliar no

processo de melhoria do controle interno.

O segundo passo foi a coleta de dados primários, pela aplicação de

uma entrevista semiestruturada, direcionada ao setor de contabilidade,

82

controladoria, departamento pessoal e tesouraria, considerando o

organograma institucional. Após as coletas das informações primárias, foi

possível conseguir informações secundárias, como regimento interno,

organograma institucional, contrato social, planilhas de controle de

custos, entre outros, que proporcionaram mais qualidade ao estudo de

caso.

Através do estudo, acrescentou-se mais valor à pesquisa, com uso

de um quadro semiestruturado, através das entrevistas, que buscou

investigar, se os departamentos estavam seguindo seus roteiros interno, e

quais os métodos para se chegar à coleta de dados para contribuição de

melhoria. Com a proposta de um setor de auditoria interna, como um setor

dentro da instituição responsável pelo controle interno, com maior grau

de profundidade da pesquisa, foi possível verificar que não existe um

setor especifico de auditoria interna, mas existem sim funções do controle

interno exercidas por um setor específico.

A partir da caracterização da instituição, foi possível buscar

informações de referências bibliográficas, de diversos tipos de fontes:

livros, artigos, sites relacionado ao assunto que proporcionaram maior

credibilidade ao assunto.

83

5 ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS

RESULTADOS

Neste capítulo são apresentados e detalhados os dados coletados,

através da análise da pesquisa, realizada na Sociedade Educacional de

Capivari de Baixo (SECAB), buscando demonstrar os controles internos

nos setores específicos da instituição, entre eles destacam o setor de

controladoria, tesouraria e departamento pessoal, os quais estão

submissos por uma diretoria financeira. O roteiro deste capítulo leva em

consideração a disposição dos objetivos específicos da pesquisa,

destacando inclusive o Estudo da estrutura organizacional, a existência do

controle interno, como um departamento, setor ou função. Verificam-se

as atribuições e atividades exercidas pelos departamentos, como setor ou

função que caracterize como controle interno e, por último, relacionam-

se os procedimentos e métodos de auditoria interna capazes de auxiliar no

processo de melhoria do controle interno em resposta ao objetivo geral.

5.1 LEVANTAMENTO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA

SECAB

A sociedade educacional particular de ensino superior possui uma

Mantenedora, como primeiro nível administrativo, que é responsável por

tomar medidas necessárias para um bom funcionamento do controle,

respeitando os limites do regimento interno. Verifica-se que subordinadas

a ela existem a assessoria jurídica, a Contabilidade Vila Real, o Polo

EAD, uma secretaria geral, e três diretorias: diretoria geral, diretoria

financeira e diretoria acadêmica.

O departamento que representa o foco principal da pesquisa faz

parte da Diretoria Financeira, no qual é responsável por supervisionar as

atribuições desenvolvidas pelos departamentos que são subordinados a

ela, dentre eles destacam-se: o departamento de controladoria, tesouraria

e departamento pessoal, nos quais possuem uma ligação direta com os

serviços terceirizados, como a contabilidade, que cuida de todo o processo

contábil e fiscal.

O departamento Financeiro possui seis funcionários, que são

distribuídos nas seguintes divisões: divisão de contas a receber, contas a

pagar, divisão de controladoria, divisão de tesouraria e departamento de

pessoal.

84

Figura 5 - Organograma Institucional

Fonte: Regimento Interno da SECAB

Mantenedora

SECAB

Polo EAD

Ass. Jurídica

Vila Real Contabilidade

FUCAP- Diretor Geral

Avaliação- NDE- CPA

Diretor

Financeiro

Secretaria

Geral

Coord. de

Cursos

Graduação

Direção

Acadêmica

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85

5.2 CONTROLE INTERNO, DEPARTAMENTO, SETOR OU

FUNÇÃO

O departamento de Controladoria na SECAB é um setor de gestão

econômica e financeira, sendo responsável por gerar informações para

auxiliarem os gestores na tomada de decisão, como também fazer a

avaliação do processo organizacional. Esse departamento é responsável

por todas as contas a pagar, negociações de cobranças, lançamentos, entre

outros.

Buscando alguns conceitos de Controladoria baseados em alguns

autores, foi possível identificar o setor de controladoria como função do

controle interno.

Segundo Mossimann, Alves e Fisch (1993, p. 14), “a controladoria

consiste em um corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão

econômica”. Pode ser visualizada sob dois enfoques:

a) Como um órgão administrativo com uma missão, função e

princípios norteadores definidos no modelo de gestão do

sistema da empresa;

b) Como uma área do conhecimento humano com fundamentos,

conceitos, princípios e métodos oriundos de outras ciências.

Enquanto órgão administrativo, a controladoria auxilia no processo

de gestão por meio de informações para a tomada de decisão.

Para Caggiano e Figueiredo (2006, p.26), o órgão administrativo

Controladoria “tem por finalidade garantir informações adequadas ao

processo decisório, colaborando com os gestores na busca de eficácia

gerencial”.

Segundo Peleias (1991, p. 95), “a missão da controladoria é dar

suporte à gestão de negócios da empresa, de modo a assegurar que esta

atinja seus objetivos, cumprindo assim, sua missão”.

Para Caggiano e Figueiredo (2006), a missão da controladoria é

zelar pela continuidade da empresa, a fim de atingir o objetivo expresso

pela missão a Controladoria procura definir o modelo de gestão que

conduza aos resultados planejados. O modelo de gestão, ou modo pelo

qual a empresa conduz seus negócios, determina o processo de gestão de

organização definindo a forma como se deve ser operacionalizado nas

suas fases de planejamento, execução e controle.

Deste modo, a missão da controladoria é assegurar a eficácia da

instituição, por meio de resultados.

86

A posição da empresa está fundamentada por valores, crenças,

expectativas dos gestores e administradores, constituindo um conjunto de

regras definidas que compõem as diretrizes institucionais.

Verifica-se que a instituição não tem um departamento de

auditoria, mas sim um departamento de controladoria que exerce as

funções do controle interno.

5.3 ATRIBUIÇÕES E ATIVIDADES

A Contabilidade da Sociedade Educacional de Capivari de Baixo

(SECAB) é realizada por uma empresa contábil terceirizada, que se

chama Escritório de Contabilidade Vila Real Contabilidade, localizado na

cidade de Florianópolis-SC. O escritório contábil, possui um quadro de

11 funcionários e, por três setores: contábil, fiscal e departamento pessoal.

Todos estão envolvidos nos registros e demais atividades da contabilidade

da SECAB.

O departamento Financeiro da SECAB constitui num quadro com

seis funcionários, que são distribuídos nas seguintes divisões: divisão de

contas a receber, contas a pagar, bancos, divisão de controladoria, divisão

de tesouraria e departamento pessoal.

O setor de Controladoria, dentro do departamento financeiro, é

responsável por registrar os lançamentos e controle das movimentações

financeiras da instituição.

A instituição conta com um sistema para os lançamentos e

controles de relatórios e segregações. Todas as movimentações

financeiras são registradas no sistema e exportadas para a contabilidade,

para que a contabilidade no final do mês realize as apurações dos

impostos.

Além do acompanhamento e toda movimentação do sistema e a

exportação das informações, a Contabilidade precisa da colaboração dos

setores financeiros, para emitir as seguintes guias de impostos. Desse

modo os setores financeiros da SECAB encaminham todas as

documentações, como prova de documentos via e-mail, para o escritório

de contabilidade; O setor de Controladoria encaminha os documentos

antes mesmo do dia seis, para o setor contábil. Já os documentos do

departamento pessoal da SECAB, encaminha as informações e os

documentos para a contabilidade até o dia dois. Após a conferência de

todas as transações relacionadas à SECAB, conferência de débitos e

créditos, documentações regulares, a Contabilidade Vila Real, por fim,

encaminha as guias dos Impostos para SECAB, via e-mail.

87

Além disso, a SECAB tem um convênio com a Caixa Econômica

Federal, e os salários são creditados nas contas dos funcionários, até o 5º

dia útil, lembrando que as documentações originais ficam todas

arquivadas, no prazo de um ano.

A descrição das atividades relacionadas que caracterize o controle

interno no departamento financeiro são as seguintes:

Controle Bancário: são os controles de saldos, entradas e saída.

Contas a receber: são aplicados procedimentos adequados para os

atendimentos aos clientes, dos prazos e pagamentos concedidos, evitando

antes mesmo de riscos inerentes que prejudique, antes mesmo que isso

aconteça, são tomadas as providências com relação à cobrança de

mensalidades em atrasos. Esses procedimentos podem ser avaliados no

processo de verificação na área de cobrança da instituição de ensino.

Contas a pagar: materiais para uso e consumo da empresa, gastos com

energia elétrica, água, investimentos com computadores, compras de

livros, máquinas, imposto, salário, encargos sociais.

Lançamentos de controles internos das despesas: são os relatórios para

o controle interno financeiro, nos quais se destacam os relatórios de

movimentação por centro de custo (Analítico e Sintético), e os relatórios

por planos de contas.

Movimentação por centro de custos (analítico e sintético): Nesse

relatório, é possível visualizar as receitas e despesas, de um determinado

centro de custo específico, seja de forma analítica (detalhada) ou de forma

sintética (resumida), podendo ser filtrado o período desejado. Os centros

de custos são centros para determinar as receitas e despesas de

determinadas áreas ou setores da empresa, ou no caso estudado, os cursos

da instituição. Nesse relatório, cada curso de graduação, cada turma de

pós-graduação tem um centro de custo, onde são alocadas as despesas e

receitas provenientes do centro de custo.

Movimentação por planos de contas: Este relatório permite

controlar e verificar todas as movimentações de despesas ou receitas por planos de contas. Exemplo: plano de contas “salários”, podendo ser

visualizado de forma analítica ou sintética, sendo filtrado pelo período

desejado. Os planos de contas são as contas que norteiam os trabalhos

gerenciais e contábeis, possibilitando alocar o tipo de despesas e receitas

88

em determinada conta. Como por exemplo: gastos com energia elétrica

aloca no plano de contas “energia elétrica”, possibilitando uma melhor

organização das informações.

Os tipos de planos de contas, como movimentação por centro de

custos e movimentação por plano de contas, devem adequar-se ao tipo da

necessidade da empresa; dentre eles destacam-se:

Despesas de turmas: relatório que permite selecionar uma

determinada turma de pós-graduação e verificar todas as receitas e

despesas da turma, demonstrando o total de entradas e saídas constituindo

um saldo final. As formas de demonstração de relatórios são de forma

analítica, sintética e gráfica.

Recebimento na data selecionada: este relatório tem a função

de filtrar todas as receitas em determinada data, podendo ser separadas

por cursos, por turma, ou departamentos (graduação, pós, cursos

técnicos).

Carta de Cobrança: permite selecionar um determinado aluno,

filtrando suas mensalidades vencidas, gerando automática uma carta de

cobrança com os dados do aluno.

Extratos de Negociação de Mensalidade: este relatório

apresenta as negociações de mensalidades feitas na instituição, podendo

ser visualizada as negociações de formas separadas (pagas, pendentes,

todas ou vencidas).

Controle de cheques: permite visualizar a situação de cheque

de determinado aluno. (Se está em caixa, se foi para depósito, se foi pago

a terceiros entre outros), podendo ser pesquisado por nome do aluno, ou

dados do cheque.

Controle de cheques: saídas e devolução de cheques.

Preparação de documentação: organização da documentação

para enviar a contabilidade. (Nota Fiscal emitida (receitas), extratos

bancários, enfim, todas as despesas pagas).

5.4 AUDITORIA INTERNA NO PROCESSO DE MELHORIAS DO

CONTROLE INTERNO

Dentro de uma organização estruturada, é fundamental que os

controles internos sejam eficazes e eficientes.

Segundo Almeida (2010), de nada adianta a implantação de um

excelente sistema de controle interno, sem que se tenha um

acompanhamento, no sentido de verificar se estes estão sendo seguidos

pelos empregados da empresa.

89

De acordo com Crepaldi (2012), o controle interno de qualidade é

relevante na garantia de qualidade dos serviços prestados e deve abranger

a totalidade das atividades dos auditores, notadamente, diante da

repercussão que os relatórios de auditoria vêm, interna e exatamente,

afetando a entidade auditada.

Para a solução de problemas na estrutura organizacional da

instituição, é fundamental a aplicação dos controles internos e a

verificação contínua dos processos a serem analisados por uma auditoria

interna.

Deste modo, Crepaldi (2012) enfatiza que a auditoria interna

compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e

comprovações metodologicamente estruturados para avaliação da

integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos

processos, dos sistemas de informações e controles internos integrados ao

ambiente e de gerenciamento de riscos, com vista à administração da

entidade no cumprimento dos seus objetivos.

Segundo Mello (2011), a auditoria interna é uma atividade de

avaliação independente e de assessoramento da administração, voltada

para o exame e avaliação da adequação, eficiência e eficácia dos sistemas

de controle interno, bem como da qualidade do desempenho das áreas,

em relação às atribuições e os planos, às metas, aos objetivos e às políticas

definidos para as mesmas.

De acordo com os conceitos dos autores, a auditoria interna assume

um papel importante no processo de melhoria de controles internos; é uma

atividade independente de assessoramento da administração, para auxiliar

na tomada de decisões da empresa; é voltada para avaliação, eficiência e

eficácia dos sistemas operacionais dos departamentos internos; possibilita

também detectar falhas e erros, e contribuem para a melhoria de cada

departamento, principalmente os específicos, como tesouraria,

controladoria e o departamento pessoal.

Segundo a Resolução do CFC (2003) e a NBC T 12 de (2004), a

atividade da auditoria interna está estruturada em procedimentos, com

enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade

agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o

aperfeiçoamento dos processos da gestão e dos controles internos, por

meio da recomendação de soluções para as não conformidades apontadas

nos relatórios (CFC, 2003; NBC, 2004).

90

Para o processo de auditoria interna dentro de uma instituição, é

essencial o uso de ferramentas de trabalho de auditoria que possibilitem

alcançar os objetivos específicos para cada setor. Com a função de

realização de um serviço satisfatório, os auditores devem estabelecer

métodos e a aplicação de pocedimentos de auditoria intena.

Conforme a Resolução do CFC (2003), em relação aos

procedimentos de auditoria, “constituem exames e investigações,

incluindo testes de obsevância ou testes de controle e teste substantivos

(comprobatórios) ou procedimentos substantivos, que permitem ao

auditor interno obter subsídios sulficientes para fundamentar suas

conclusões e recomendações à administração da entidade”.

No item 12.2.3.2 da Resolução do CFC (2003), os testes de

observância ou testes de controles,visam a obtenção de razoável

segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração

estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento

pelos funcionários e administradores da entidade.Na sua aplicação,

devem ser considerados os seguintes procedimentos:

A)Inspeção: verificação de registros, documentos e ativos

tangiveis;

B) Observação: acompanhamento de processo ou procedimento

quando de sua execução;

C) Investigação e Confirmação: Obtenção de informações, perante

pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações, dentro ou fora

da entidade.

Já no item 12.2.3.3 da Resolução do CFC (2003), os testes

substantivos (comprobatórios) ou procedimentos substantivos, visam à

obtenção de evidência quanto à sulficiência, exatidão e validade dos

dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.

Diante disso, Attie (1992) afirma que os procedimentos de auditoria

são as ferramentas técnicas das quais o auditor se utiliza para a realização

de seu trabalho, consistindo na reunião das informações possíveis e

necessárias e avaliação das informações obtidas, para a formação de sua

opinião imparcial.

Baseados nos conceitos apontados, o quadro 3 apresenta a

comparação entre a fundamentação téorica apresentada dos

procedimentos de auditoria existentes e na relação dos princípios

fundamentais de controle interno, que pretendeu intentificar se os

departamentos estavam seguintes suas normas, de acordo com as funções

do controle interno na Sociedade Educacional de Capivari de Baixo.

91

Quadro 3- Principais Procedimentos e Atividades de acordo com a teoria.

Nº Atividade/Procedimento de acordo

com a teoria Sim

Em

partes Não

1

A administração financeira é responsável

pela supervisão dos setores internos que

envolve as atribuições financeiras ? X

2 As atribuições dos setores internos estão

claramente definidas? X

3 Existem documentos que se caracterizam

como normas internas? X

4 As normas internas estão sendo

cumpridas? X

5 Existe segregação de função entre os

lançamentos e os registros contábeis? X

6 Os acessos aos ativos são limitados às

funções/cargos? X

7

É feito um recrutamento de seleção de

pessoas adequadas para o desempenho de

suas funções? X

8 A contagem física dos caixas é

avaliada/conferida simultaneamente? X

9 É feita a contagem física de títulos e

comparados com saldo razão? X

10 São registrados todos recebimentos na

tesouraria? X

11 A instituição utiliza algum mapa de

controle Financeiro? X

12

É feita a conferência da folha de

pagamento antes de enviar para

contabilidade? X

13

Há conferência da classificação contábil

de todos os registros finais pelo escritório

de contabilidade? X

14

As funções que envolvem o controle

interno,estão sendo aplicadas

adequadamente? X

15

O sistema operacional é amplo, de forma

que facilite o registro das atividades do

funcionário? X

16 Existe controle de entrada e saída de

funcionários? X

Fonte: (ATTIE, 1992; NBC T 12, 2003; ALMEIDA, 2010; CREPALDI, 2012).

92

Deste modo, portanto, foi possível comparar os procedimentos de

auditoria e os princípios fundamentais do controle interno, tirados da

literatura dos autores (ATTIE, 1992; NBC T 12, 2003; ALMEIDA, 2010;

CREPALDI, 2012), e a análise feita através da observância das atividades

dos departamentos financeiros, no qual confirmou por uma investigação

da pesquisa, que os controles internos estavam sendo aplicado de forma

correta. Também foi possível verificar se os funcionários estavam

cumprindo suas atividades e executando suas funções de forma integra e

eficaz. O quadro 4 seguiu um roteiro semiestruturado da seguinte forma:

se existe funções do controle interno; sim, ou não, ou se cumpre em

partes. Quanto às funções existentes do controle interno encontradas no

setor financeiro e comparadas com as teorias dos autores tem os seguintes

resultados:

Quanto à Responsabilidade: a direção financeira é responsável

por elaborar normas, administrar as execuções orçamentárias da

instituição, acompanhar o fechamento do caixa, no departamento da

tesouraria, e na preparação dos documentos, além de supervisionar os

setores financeiros no desempenho de suas tarefas administrativas.

As atribuições dos funcionários ou setores internos

da empresa devem ser claramente definidas e

limitadas, de preferência por inscritos, mediante o

estabelecimento de manuais internos da

organização (ALMEIDA, 2010, p 43).

Em relação às atribuições de funções que caracterize o controle

interno, observou-se que os funcionários estão executando suas funções

de forma correta e eficaz. Na execução das atividades, geralmente a

mesma pessoa que executa as atividades é a mesma que registra os

lançamentos, e conferência dos dados com a diretora financeira

responsável.

Rotinas internas: a instituição possui um regimento interno que

é seguido regularmente, e outras normas internas, como plano de

desenvolvimento institucional (PDI), do qual consta a proposta

orçamentária que submete a aprovação do conselho superior de educação, controle financeiro realizado pelo planejamento de todas as programações

financeiras, através de reuniões, elaboradas pelo diretor geral.

Acesso aos ativos: o acesso aos ativos da instituição é um acesso

limitado por funcionários. Um exemplo verificado de acesso aos ativos

pode-se referir ao departamento de controladoria. Através das atividades

93

exercidas por uma mesma pessoa responsável, é ela que controla as

atividades e ao mesmo tempo registra no sistema operacional, porém é

subordinada pela diretoria financeira que confere suas atividades. No

setor da tesouraria, o acesso é limitado por duas pessoas responsáveis, e

são elas mesmas que executam suas funções e registram no sistema, sendo

supervisionadas pela diretora financeira. O departamento pessoal também

está subordinado à diretoria financeira, que o acompanha em todas suas

execuções e registros.

Segregação de funções adequada: todas as funções dos

departamentos financeiros estão segregadas e separadas adequadamente.

O acesso aos registros é limitado, permite que uma mesma pessoa que

executa suas atividades relacionadas ao ativo, não tenha acesso aos

registros contábeis. Um exemplo observado no setor da controladoria

estabelece ao responsável do setor que cumpra suas obrigações de efetuar

os lançamentos e controles internos financeiros, e todas as informações

registradas em um sistema interno, logo após de toda preparação e

conferência dos dados, o responsável envia toda documentação para o

escritório de contabilidade, que acompanha todas as movimentações de

lançamentos e registro interno financeiro.

Desse modo, a contabilidade efetua os registros, adequadamente, e

confere os lançamentos de débitos e créditos, evitando que o mesmo

funcionário que tenha acesso aos ativos e assim minimiza o risco de

algum ato de irregularidade como, por exemplo, em desviar fisicamente

o ativo e baixa-se as despesas, o que levaria ocultar uma transação se ele

tivesse acesso aos registros contábeis.

Outro exemplo de segregação de função é o recrutamento da

seleção de professores onde fica a cargo da coordenação que seleciona os

profissionais adequados, para o desempenho de suas funções, e

encaminha os dados para o departamento pessoal, que faz todo processo

de admissão pessoal.

Confronto aos ativos: o controle do departamento financeiro

estabelece junto com as rotinas administrativas, e a colaboração de seus

funcionários, maior grau de confiabilidade, e fidelidade nas informações

financeiras, através do comprometimento de suas atividades.

Um exemplo observado sobre o confronto aos ativos é a contagem

de caixa e comparação com saldo do razão em geral; isso ocorre na tesouraria da instituição, a tesouraria possui dois caixas, a contagem física

é efetuada simultaneamente no final do expediente, pela supervisão da

diretoria financeira, junto com seus funcionários. O acesso da contagem

de caixa é restrito.

94

A Tesouraria desenvolve um papel importante na execução, pois

existe controle eficaz de conferência, controle das informações e

movimentações financeiras de todos os departamentos da instituição.

Algumas atribuições das tarefas realizadas na tesouraria são:

Registrar todos os recebimentos efetuados

como dinheiro, cheques, cartões de debito e

créditos e deposito bancário;

Emitir, conferir relatório e encaminhar para

diretora financeira;

Gerar, alterar, estornar mensalidades

quando houver necessidade, quando houver

estorno, alteração é encaminhando um

relatório do motivo que levou a efetuar esse

processo para diretoria financeira, antes

mesmo de acontecer isso a controladoria já

tem um conhecimento sobre determinado

acontecimento.

A controladoria faz a contagem física de títulos e comparação, com

saldo razão, a conciliação bancária (reconciliação, em determinada data

base, do saldo da conta corrente bancária, segundo o razão da

contabilidade, com o saldo pelo extrato bancário enviado pelo banco).

Amarração do sistema de controle interno: registro de

transações somente as autorizadas, por seus dados corretos e dentro do

período de competência. O departamento pessoal é responsável pela

conferência de dados da folha de pagamento. Antes mesmo de enviar para

contabilidade, é feita a conferência dos registros e transações; o controle

sobre o cartão ponto, verificando a entrada e saída de funcionários;

controles de créditos a serem pagos ao corpo docentes, conferência de

plano de saúde, e controles de professores, entre outros.

Todos os departamentos relacionados à diretoria financeira são

responsáveis pelas conferências de registros e transações.

5.5 PROPOSTAS DE MELHORIAS

As análises que foram assinaladas, como não cumpre, ou cumpre

em partes, poderão passar por um processo de sugestões de melhorias.

Observadas, através da auditoria, sentiu-se que os funcionários

necessitavam aprimorar suas funções, para que possam executar ainda

melhor suas atividades.

95

Nos setores financeiros, foram verificadas as seguintes propostas

de melhorias, conforme o quadro 5:

Quadro 4- Análise de sugestões de melhoria dos departamentos Financeiros

Departamentos Financeiros Sugestões de Melhorias

Departamento de

Controladoria

A Controladoria necessita de um

registro de controle das provisões de

contas e compromissos a pagar. Esse

processo facilitará a visualização

informatizada das contas a pagar,

através de relatórios dos compromissos

a pagar em determinado período, antes

mesmos das faturas chegarem no setor.

Ex: as contas de energia elétrica e

água; no momento não há visualização

das contas das despesas a pagar, pois

não existe um registro de

compromisso, se existisse ficaria mais

fácil de identificar os gastos

antecipadamente, e gerar um relatório

geral do total da despesa.

Departamento de Pessoal * Sistema mais amplo que facilite o

registro das atividades dos

funcionários.

* Ponto eletrônico, para facilitar a

entrada e saída de funcionários. Tesouraria A tesouraria acabou de passar por várias

melhorias em seu ambiente interno,

verificou que suas necessidades foram

atendidas, o sistema melhorou,

ampliaram mais o setor, mas foi

possível observar que alguns

funcionários estão sobrecarregados, e

precisam de estagiário para execução de

suas tarefas.

Fonte: elaborada pela autora.

Com a finalidade de contribuir para o processo de melhoria, tendo

como base os dados apresentados no quadro, foram recomendados que a

pesquisa na área financeira fosse contínua.

É indispensável o acompanhamento do controle interno, para que,

através dele, se possam detectar os erros e falhas existentes com objetivo

de constatar a veracidade de todas as operações realizadas.

96

Os principais problemas encontrados se referem à inexistência da

Auditoria Interna, e a fragilidade nos sistemas internos da instituição, em

relação aos controles das contas a pagar. Acredita-se que a principal

deficiência encontrada no setor de controladoria, é relacionada aos

compromissos a pagar, pois não há uma rotina de controle que permita

registrar os compromissos, antes dos documentos e faturas a pagar

chegarem a instituição. Para isso, sugere-se, aprimorar os sistemas

internos informatizados, para atender as necessidades do setor, facilitando

a execução dos trabalhos. E, por último, foi detectado deficiências no

sistema ao departamento pessoal, com a necessidade de obter um sistema

mais amplo, para poder executar suas atividades.

97

6 CONCLUSÃO

Pretendeu-se, com este trabalho, demonstrar o papel da auditoria

interna no processo de melhorias do controle interno em uma Sociedade

Educacional de Capivari de Baixo (SECAB).

Diante de tanta competitividade e um mercado cada vez mais

exigente, as instituições impulsionadas pela globalização enfrentam

constantes mudanças em seus ambientes internos empresariais,

permitindo que os gestores tomem as melhores providências de tomada

de decisão. Deste modo, a auditoria interna se destaca como principal

ferramenta para o sucesso empresarial.

Desta forma, evidencia-se a importância de um departamento de

auditoria interna em uma instituição educacional, a fim de manter os

processos organizacionais eficientes e seguros, detectando os erros e

contribuindo com melhorias. A auditoria interna possibilita um

conhecimento mais abrangente sobre a instituição a ser auditada. É um

processo que estabelece um levantamento de toda a estrutura institucional

e que, através dos procedimentos de observações, possam ser detectados

os erros existentes.

Portanto, de acordo com os procedimentos de observações, foi

possível apresentar que os departamentos deverão passar por um processo

de aprimoramento nas funções que envolvem o controle interno, e a

administração geral estabelecer normas, permitindo que elas sejam

cumpridas sobre responsabilidades de alguns funcionários e observadas

através de um departamento de auditoria interna, que tem o papel de

contribuir para o processo de melhoria do controle interno e o processo

decisório da instituição.

De modo geral, também tem-se como resultado que não existe a

figura do controle interno, porém existem funções que envolvem os

procedimentos aplicáveis ao controle operacional, que são executadas por

funcionários e não reguladas por um sistema formalizado que se

caracterize como um controle interno.

Considerando que o controle interno tem a responsabilidade de

fornecer segurança sobre os objetivos que as instituições pretendem

chegar, avaliando a eficácia e eficiência das atividades operacionais, e que

sua principal função no desempenho das atividades é proteger os ativos

contra possíveis irregularidades cumprindo normas de um regimento

interno e avaliando todo processo que envolve a instituição. Pode-se

chegar a uma afirmação de que esse suposto controle interno, identificado

na empresa estudada, apenas forneça uma segurança razoável e não

98

segurança absoluta para atender todas as necessidades da direção

superior.

6.1 RECOMENDAÇÃO

Portanto, acredita-se que as deficiências encontradas nos

departamentos financeiros, é caracterizada por uma deficiência no contas

a pagar, pois não há uma rotina de controle que permita registrar os

compromissos, antes dos documentos e faturas chegarem à instituição.

Sugere-se também a necessidade de um sistema operacional mais amplo,

e um ponto eletrônico para facilitar os registros de entradas e saídas dos

funcionários.

Para isso, recomenda-se aprimorar os sistemas internos

informatizados, para atender as necessidades do setor, facilitando a

execução dos trabalhos e, o principal para todas recomendações, que o

proprietário possa contribuir com todo processo de melhorias, atendendo

as necessidades dos funcionários e contribuindo para o desenvolvimento

da instituição.

99

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