faculdade de belas-artes · 2018. 10. 31. · anexos - Índice nº 1 relatório do espólio da...
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Faculdade de Belas-Artes Universidade de Lisboa
O DESENHO CARICATURAL DE LEAL DA CÂMARA
NA COLECÇÃO DA CASA MUSEU DA RINCHOA
(1895-1915)
Arminda Bernardino
MESTRADO EM DESENHO
2008
Faculdade de Belas-Artes Universidade de Lisboa
O DESENHO CARICATURAL DE LEAL DA CÂMARA
NA COLECÇÃO DA CASA MUSEU DA RINCHOA
(1895-1915)
ANEXOS
Arminda Bernardino
MESTRADO EM DESENHO
2008
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO ORIENTADA PELA PROFª DOUTORA
MARGARIDA CALADO
ANEXOS - Índice
nº 1 Relatório do espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara, já inventariado
III
nº 2 Painel de azulejos a azul e amarelo do séc XVII, Macacaria IV
nº 3 Pinturas de Bosch exemplificativas da anatomização de objectos e da antropomorfização de animais.
V
nº 4 Excertos de textos de Gil Vicente. VI
nº 5 Desenhos grotescos, de Leonardo da Vinci. VIII
nº 6 Desenhos grotescos de Bernini. IX
nº 7 Desenho de Arcimboldo. X
nº 8 Desenhos de Daumier. XII
nº 9 Desenhos de Leal da Câmara publicados n’ A Corja e na Marselheza – porque estava proibido de representar o rei…
XV
nº10 Desenhos de Gavarni, André Gil e Granville. XVII
nº 11 Desenhos de Toulouse Lautrec. XVIII
nº 12 Capa de A Arte nas escolas industriais. Documento referente a uma conferência de Leal da Câmara.
XIX
nº 13 Páginas da Illustração Portugueza do primeiro decénio do século XX. XX
nº 14 Frontispício de Os Ridículos. XXI
nº 15 Páginas de O Diabo. XXII
nº 16 Rafael Bordalo Pinheiro - Litografia publicada n’ O António Maria. XXIII
nº 17 Desenhos a tinta da china de Leal da Câmara - Figuras de Zé Povinho.
XXIV
nº 18 João Abel Manta, 1970. XXV
nº 19 Rafael Bordalo Pinheiro - O Discurso da Coroa. XXVI
nº 20 Rafael Bordalo Pinheiro desenha-se frente a frente. XXVII
nº 21 Carta ilustrada de Monterroso para Rafael Bordalo Pinheiro. XXVIII
nº 22 Nº 16 da Corja – Leal da Câmara faz caricatura de Rafael Bordalo Pinheiro.
XXIX
nº 23 Desenho de Cristiano de Carvalho. XXX
nº 24 Celso Hermínio. Caricaturas de: Bordalo Pinheiro, do seu filho Manuel Gustavo e do Marquês de Soveral.
XXXI
nº25 Excertos de Conferência no Grémio Alentejano em 1938. XXXII
nº26 Desenhos de Stuart Carvalhais. XXXIV
nº27 Francisco Valença. Esboço publicado no Sempre Fixe. XXXV
nº28 Retrato de Eça de Queirós. XXXVI
nº29 Desenhos publicados no D. Quixote. XXXVII
nº30 Carta de Leal da Câmara a Rafael Bordalo Pinheiro. XXXIX
nº31 Ilustrações da obra de Guerra Junqueiro A Velhice do Padre Eterno. XL
nº32 Mensagem dirigida à Censura, no catálogo da exposição das ilustrações.
XLIV
nº33 Ilustração infantil – alguns exemplos. XLV
nº34 Carta de Leal da Câmara à mãe. XLVI
nº35 Capas de jornais espanhóis XLVII
nº36 Notícia de jornal - El café de la Montanha. XLIX
nº37 Retratos de escritores espanhóis. Pereda e Manuel del Palácio. L
nº38 Capas de jornais franceses da autoria de Leal da Câmara. LI
nº39 Catalogo de exposição – galeria Weil. LII
nº40 Retratos de escritores franceses. LIII
nº41 Páginas da Ilustração Portugueza . LX
nº42 Capas do Le Barbare, da autoria de Leal da Câmara. LXI
Nº43 Desenho de Leal da Câmara em que é notória a influência de Toulouse Lautrec.
LXII
Nº44 Carta a aquilino Ribeiro. LXIII
Nº45 Recortes de Jornais existentes no arquivo da CMLC. LXV
Nº46 Cargos ocupados por LC enquanto professor. LXVI
Nº47 Gravuras de Goya e Granville. LXVII
Nº48 Capa de RBP do António Maria. LXVIII
Nº49 Anexo – Postais -Colecção de 13 exemplares -Colecção de 18 exemplares
LXIX
LXX
LXXIII
Nº50 Anexo – Blocos -Caricaturas -Croquis -Esboços / Polícias -Retratos
LXXVIII LXXIX LXXXV XCI XCV
Nº51
Citações relacionadas com o tema geral da dissertação
XCVII
III
Anexo nº 1
IV
Anexo nº 2
Pormenor de Painel de Azulejos (azul e amarelo) enquadrado nas macacarias, séc. XVII. Palácio Fronteira. Reprodução em postal, existente no Museu do Azulejo - Lisboa.
V
Anexo nº 3
Hieronimus Bosch, Inferno Musical (pormenor) Madrid, Museu do Prado. In, L’ Opera completa di Bosch. TAV.XXIX.
Hieronimus Bosch, Tentações de S. Antão (pormenor), Museu Nacional de Arte Antiga, Catálogo elaborado por Maria Fernanda Viana, contra-capa.
VI
Como a Alma conta à Igreja no Auto do
seu nome:
«Sou hua alma que pecou
culpas mortaes
contra o Deus que me creou
à sua imagem.
...
E por minha triste sorte
e diabolicas maldades
violentas
estou mais morta que a morte,
...
carregada de vaidades
peçonhentas.
...
Que a mão de Satanaz
me tocou.
Sou a triste, sem mèzinha
pecadora obstinada
porfiosa
...
e deleitosa.»
E no auto da Barca da Glória diz a morte para o diabo:
«... como no me escapa
desde el conde hasta ei papa».
Diz o Diabo para Duque
«Veis aquella puente ardiendo
muy lejos allén dei mar
y unas ruedas volviendo
de navajas e heriendo?
Pues alli habeis de andar siempre jamas.»
Diz o Diabo para Rei:
«Vuesa Alteza vendra aqui
...
sera asado.
Porque fuisteis adorado
sin pensar serdes de tierra;
con los grandes alterado
de los chicos descuidado
fulminando injusta guerra.»
O Diabo nem o Imperador poupa:
«Es verdad
Vuesa Sacra Magestad
entrara neste navio
de muy buena voluntad
porque usastes crueldad
y infinito desvario. »
es
E ao Arcebispo intima: 1h
«Ora, pues, alto embarcar.
...
Señor, habeis de venir
a poblar nuestro lugar.
Vuestra Señoria irá
en cien mil pedazos hecho;
e para siempre estará
en agua que herverá
y nunca sereis deshecho.»
Ao Cardeal anuncia:
« Pues moristeis
Llorando porque no fuisteis
Siquiera dos dias papa
...
Sois perdido.
Oyes aquel gran ruido
Nel lago de los leones?
Despertad bien ei oido
Vos sereis alli comido
de canes y de dragones.»
Anexo nº 4
VII
Anexo nº 5
www.aboutfacesentertainers.com/.../davinci.jpg
Leonardo da Vinci, cinco cabeças caricatura,
c. 1490, caneta e tinta s/papel, 180x120 Gallerie
dell' Accademia, Veneza.
www.aboutfacesentertainers.com/.../davinci.jpg
Extraído de MARTINS, Júlio; MOTA, Jaime - Gil Vicente: Auto da Alma, p. 48, 49 e de REBELLO, Luiz
Francisco - Os Autos das Barcas: Gil Vicente, p.92, 96, 99, 100, 101, 108, 110.
VIII
Desenhos extraídos do livro Os Apontamentos de Leonardo.p.131, 305
IX
Anexo nº 6
Desenhos extraídos do livro de WALLACE, Robert - The World of Bernini, p.90.
Existente no Gabinetto Nazionale delle Stampe, Roma.
Existente no Gabinetto Nazionale d'arte Antica - Roma.
X
Anexo nº 7
Arcimboldo, As quatro estações – c.1573 http://bibliodyssey.blogspot.com/2008/04/gottorp-kunstkammer.html
XI
Anexo nº 8
Daumier, Le Charivari, 13-10-1833 AH! Tu veux te frotter à la presse!! Desenho extraído do livro L’Art du rire et de la caricature, pertencente ao espólio bibliográfico do Museu Rafael Bordalo Pinheiro, p. 30.
Daumier, La Caricature, 15/8/1833 – Sire! Lisbonne est prise. – Aaaah!...aussi j’ai rêvé que je me battais crânement. Desenho extraído do livro L’Art du rire et de la caricature, pertencente ao espólio bibliográfico do Museu Rafael Bordalo Pinheiro, p. 27.
XII
Daumier, Le Charivari. Desenhos extraídos do livro Honore Daumier, edictions Cercle d’ art, pertencente ao espólio bibliográfico do Museu Rafael Bordalo Pinheiro, p. 98, 101, 27, 100, 37, 76.
XIII
Anexo nº 9
Leal da Câmara, desenhos publicados na Corja. Periódicos ainda não inventariados. Caixa nº 1. Pertencentes ao espólio da Casa- Museu de Leal da Câmara.
XIV
Leal da Câmara, desenho reproduzido em postal 150x105. 95/POS/2003 e publicado no semanário Marselheza, Ano 1 – nº 8 de 16 de Janeiro de 1898. Periódicos ainda não inventariados. Caixa nº 4. Pertencentes ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
XV
Leal da Câmara. Reprodução de original publicado em folha interior, no semanário A Corja, Ano 1 - nº 17 de 16 de Outubro de 1898. Periódicos ainda não inventariados. Caixa nº 1. Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
Leal da Câmara. Desenho publicado no semanário Marselheza, Ano 1 – nº 2 (10), p.3 de 10 de Fevereiro de 1898. Periódicos ainda não inventariados. Caixa nº 4. Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
XVI
Anexo nº 10
Gavarni - O Atelier do Litógrafo. Comme
c'est leger. ca. 155x240. Paris, Imp. d.Aubert & Cie. ca., 1850. L
Reprodução de litografia. Cena caricatural no interior de uma loja
de arte, representando um cliente a comprar uma pedra litográfica em vez de
uma litografia.
Gavarni-Les artistes-chibouk et cigare www.museedufumeur.net/expos/expo-4.html
XVII
Granville – O Lobo e o Cão.
André Gill - La Petite Lune, n° 1, 14/6/1878.
Assieds-toi dessus un bon coup - et que ça finisse !
www.caricaturesetcaricature.com/article-10320717.html
XVIII
Anexo nº 11
Toulouse Lautrec, Redoute ao Molin Rouge, litografia de 1894-297x460- Albi, Musée. Reprodução extraída de, LASSAIGNE, Jacques - Toulouse Lautrec e la Parigi dei cabarets, p.72.
Toulouse Lautrec - Réjane y Galipaux en Madame Sens-Gène. Reprodução extraída de Raymond Gogniat - Lautrec, p.22.
XIX
Anexo nº 12
Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara em reserva. Estante LC caixa nº 2.
XX
Anexo nº 13
Anexo nº 14
Anexo nº 15
http://observatoriodaimprensa.pt/jornais/main.php?g2_itemId=22218 6/7/2008
Páginas da Illustração Portugueza do primeiro decénio do século XX.
XXI
Anexo nº 14
Leal da Câmara. Desenho publicado a 1 de Setembro de 1897. Periódicos ainda não inventariados. Caixa nº 6. Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
XXII
Anexo nº 15
Anexo nº 16
Leal da Câmara. Página de rosto do semanário O Diabo, nº 1, 2ª série, 1º Ano, de 6 de Agosto de 1899 e página central do mesmo título, nº 3, 2ª série, de 27 de Agosto de 1899. Caixa nº 1. Periódicos não inventariados pertencentes ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
XXIII
Anexo nº 16
Rafael Bordalo Pinheiro - Depois das eleições. Litografia a preto e branco, folha de rosto de O António Maria, publicado em 09.09.1880. Existente no Museu Rafael Bordalo Pinheiro
XXIV
Anexo nº 17
91/PIN/1995 Tinta da china s/papel, 450x315
125/PIN/1995 Tinta da china s/papel, 290x185
7/DES/1994 Tinta da china e lápis s/papel, 392x285
Leal da Câmara. Originais em exposição permanente na Casa-Museu de Leal da Câmara.
XXV
Anexo nº 18
João Abel Manta. Reprodução extraída de - João Abel Manta: Obra Gráfica, C.M.L. Lisboa, 1992, p.198.
XXVI
Anexo nº 19
Rafael Bordalo Pinheiro - O Discurso da Coroa - 300x440, publicado no António Maria de 1898. Caricatura do discurso do rei D. Luís na abertura do parlamento em Janeiro de 1898. Desenho pertencente ao espólio do Museu Rafael Bordalo Pinheiro. DES 2004.
XXVII
Anexo nº 20
Rafael Bordalo Pinheiro, esboço original a cor, de 1903. Reprodução
extraída do Catálogo de Exposição Raphael Bordallo Pinheiro aos
quadradinhos, em comemoração do 150º aniversário do nascimento de
Bordallo (1846-1905), C.M.L. - Bedeteca de Lisboa, Dezembro 1996 e
Janeiro de 1997, ISBN 972-97204-0-1, p.20. Pertencente ao espólio
bibliográfico do Museu Rafael Bordalo Pinheiro e reproduzido com
linguagem gráfica nivelada numa página central d’ A Paródia, nº 22 de
11 de Junho - 1º ano, 1903.
XXVIII
Anexo nº 21
Manuel Monterroso - Carta ilustrada enviada a R.B.P. em 20-7-1904. Desenho a tinta da china sobre papel. Pertencente ao espólio do Museu Rafael Bordalo Pinheiro. DES 2004
XXIX
Anexo nº 22
Leal da Câmara – Folha de rosto do jornal A Corja com auto- caricatura de Leal da Câmara, pertencente ao espólio do Museu Rafael Bordalo Pinheiro. Litografia. 395x290. MRBP. GRA. 1515.
XXX
Anexo nº 23
Cristiano de Carvalho - Desenho a tinta da china, s.d., extraído do livro 150 Anos de Caricatura em Portugal, p. 33.
XXXI
Anexo nº 24
Celso Hermínio. Caricaturas de Bordalo Pinheiro, do seu filho Manuel Gustavo e do Marquês de Soveral, desenho que viria a ser publicado no A Paródia em 31-1-1900. Tinta da china s/cartão, 160x200. Reprodução de original pertencente ao espólio do MRBP, MRBP. DES. 2108.
XXXII
Anexo nº 25
A sua actividade artística espalhou-se por publicações literárias e artísticas como o
“Branco e Negro” de José Sarmento – Domingos Guimarães, pelo “Suplemento Ilustrado
do Universal”, pelo Diário de Notícias” no tempo da direcção do Dr. Alfredo da Cunha, da
“Carantonha” e de várias outras publicações mas deve destacar-se na sua obra de
grande jornalista do traço, os croquis que executou para o poema de Guerra Junqueiro “A
Pátria”, e os desenhos de carácter panfletário que publicou no semanário “O Berro” com
a colaboração brilhantíssima de João Chagas.
...A obra de Celso Hermínio não é contudo limitada à sua produção jornalística. As sua s
faculdades de sensibilidade e de observação, faziam dele um verdadeiro pintor.
...Influenciado talvez pela beleza simples mas cheia de tradição e de encanto, daqueles
artistas artífices populares que por Viana do Castelo, por Braga, Barcelos, esgravatavam
a madeira produzindo aquelas maravilhosas obras de arte rústica que são as cangas
minhotas, Celso Hermínio transplantava para as suas decorações, o simbolismo dos
mesmos corações atravessados por uma seta, aquelas estrelas, as luas e o sol que
formam os ornatos dos jugos nortenhos.
...Havia nas páginas de Celso Hermínio um misto de idealismo e de tragédia, como
acontece nos caprichos de Goya mas, dos seus desenhos evolava-se sempre, uma
impressão de encanto, de firmeza, de expressão e de maestria.
Foram essas qualidades, esse intelectualismo, que o aproximaram dos representantes da
literatura nova de então, do poema dos Oaristas, de Eugénio de Castro, de Justino de
Montalvão, de Raul Brandão, de Antóniuo Patrício e de Malheiro Dias, dos quais o mais
precioso dos colaboradores artísticos.
O seu talento, facultou-lhe o convite para ir desenhar para o Brasil, num grande
quotidiano do Rio,de Janeiro que se chamava o “Jornal do Brasil” e onde produziu uma
obra notável. ...
In, Leal da Câmara, excertos de Conferência no Grémio Alentejano em 1938
XXXIII
Anexo nº 26
Stuart, Último dia de carnaval, amanhã lá volta a gente a mascarar-se. 1927- desenho a tinta da china extraído do catálogo Stuart.
Imagem extraída de DVD - STUART. Ed. Zplin Films, 2006. Lisboa. Bibioteca da FBAUL –DVD 55.
XXXIV
Anexo nº 26
Stuart de Carvalhais – Desenho a tinta da china s/cartolina. 107x178, s/d. Original pertencente ao espólio do MRBP.
XXXV
Anexo nº 27
Francisco Valença –- Esboço publicado no Sempre Fixe de 2-2-1928. Carvão, tinta da china e pastel s/ papel 326x310. Original pertencente ao espólio do MRBP.
XXXVI
Anexo nº 28
Leal da Câmara – Eça de Queirós. Tinta da china e guache branco s/ papel. Reprodução de original de 1898, 180x233. Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara. 168/PIN/1993.
XXXVII
Anexo nº 29
Leal da Câmara – recorte de página do jornal D. Quixote, Nº 3, de 18-7-1896. Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
Leal da Câmara – recorte de página do jornal D. Quixote, Nº 10, de 31-1-1897. Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
XXXVIII
Anexo nº 30
Carta de Leal da Câmara para Rafael Bordalo Pinheiro, de 30-11-1898. Tinta permanente s/ papel. 175x115. Pertencente ao espólio do MRBP- (Esp. Doc. 559). (cont. na página seguinte).
XXXIX
XL
Anexo nº 31
Leal da Câmara - Reprodução de Ilustrações da obra de Guerra Junqueiro A Velhice do Padre Eterno. 1912. Aguarela e tinta da china sobre cartolina. Pertencentes ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
XLI
Anexo nº 32
XLII
XLIII
XLIV
XLV
Anexo nº 33
A Casa de Meu Pai Dez anõezinhos
Esperteza do Sacristão A Princesa Muda
Leal da Câmara - Páginas ilustradas, de livros infantis. Em exposição permanente na Casa-Museu de Leal da Câmara
XLVI
Anexo nº 34
A mamã mortifica-se sem ter grandes razões para isso. Que a vida vai torta, olha a
novidade! Mas o facto de ir torta só deve meter-se em linha de conta para a
necessidade de estar amanhã direita e concorrer-mos para tal estado com unhas e
dentes. Não é a fortuna que vem ter com as pessoas, mas as pessoas que hão-de
procurá-la e, se a virem de relance, saltar-lhe em cima, forçando-a e agarrando-a
pelos cabelos, se tanto for necessário. Quer ver como eu penso? Hoje estou mal,
acabou-se estou mal. Tenho disso uma ideia clara. O mais certo é continuar amanhã a
estar mal, perspectiva esta que não me agrada nada de nada, que no entanto me obrigo
a entrever. Mas depois de amanhã hei-de conseguir estar bem, lá isso hei-de! Nem que
o Diabo dê estoiro! Desgraçado, Mamã...?!Abrenúncio! Não, não me hei-de deitar a
perder e muito menos hei-de deitar a perder a minha querida Mamã. Confie que tudo se
há-de arranjar pelo melhor.
Aquilino Ribeiro - Leal da Câmara, Vida e Obra, p. 13
XLVII
Anexo nº 35
Leal da Câmara. Madrid, 27 de Janeiro de 1900, nº 41, 266x195
Leal da Câmara. Madrid, 10 de Agosto de 1899, nº 31, 304x214.
Periódicos não inventariados, pertencentes ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
XLVIII
Anexo nº 36
El café de la Montaña
Por aquella época, Madrid se movía al ritmo de los tranvías, una ciudad donde las noticias perdían
su interés antes de que se secara la tinta de los periódicos, porque la gente de la calle aún se sentía
estafada por la pérdida de Cuba y prefería hablar de la última tarde de toros o del estreno de una
revista en El Kursal. Así estaban las cosas en una ciudad que estaba creciendo a golpe de café.
Todavía no se hablaba de la generación del 98, bohemios y noctámbulos, que escribían sobre
mármol y otros que simplemente se dedicaban a dar sablazos a la espera de un editor que nunca
llegaba.
Era allí donde se debatían las noticias o en su defecto se inventaban, auténticos editoriales de la
actualidad que variaban, como si se tratara de un diario, dependiendo del local donde se
escucharan.
El Gato Negro de la calle del Príncipe era la sede de la tertulia especializada, como ninguna otra,
en teatro, y donde se podía ver a Ramón del Valle-Inclán y a Jacinto Benavente acompañados
por un joven, recién llegado a la capital, llamado Juan Ramón Jiménez. Por aquel entonces,
cambiar de café era como cambiar de canal para ver el informativo.
Según Valle-Inclán, El café de Levante ha aportado más a la cultura española que todas las
universidades. Así, la lista de las tertulias madrileñas se hace interminable, el café de Correos, el
Colonial, el Universal, el Lion d´Or, el Suizo, el café de la Columnas, el café Ingles, el Negresco,
La Granja de Henar, el café del Prado... Todos ellos fueron protagonistas, en mayor o menor
medida, de una parte importante de la historia y la cultura de la ciudad.
Fue una tarde, en el céntrico Nuevo Café de la Montaña, situado en los bajos del Hotel París de la
Puerta del Sol, cuando llegó hasta su tertulia el mayor de los polemistas, Valle-Inclán. Pidió un
café con leche y una botella de agua y se sentó a la mesa, donde la conversación ya estaba bastante
animada, en la que se encontraban el editor Ruíz Castillo, el cronista Manuel Bueno y el pintor
Paco Sancha. Allí se discutía sobre un tema de rabiosa actualidad, el duelo que se iba a celebrar en
pocos días entre un joven aristócrata andaluz y el artista portugés Leal da Cámara, que noches
atrás habían tenido sus diferencias en el Paseo de la Castellana sobre el valor personal de lusos e
hispanos.
El tema del honor hace que Valle se excite durante la conversación y su voz destaque, como casi
siempre, por encima de las de los demás. Manuel Bueno, que ha permanecido en silencio, alza la
voz.
_ ¡Señores, todo lo que ustedes están diciendo carece de validez! ¡Leal da Cámara es menor de
edad y por lo tanto no podrá batirse!
Valle-Inclán se siente dolido por el comentario de su amigo, se da cuenta que ese dato puede
acabar con la conversación de su tema favorito durante los próximos días.
- ¿Y usted qué sabe de eso, majadero?
Manuel Bueno, ante el insulto, se levanta cogiendo su bastón y amenaza con él a Valle, que
contraataca con su botella de agua.
- ¡Majadero! ¡Majadero!
Se produce un gran revuelo en el café, y ante el temor de Bueno de recibir un botellazo del escritor,
mueve con fuerza el bastón, al intentar esquivarlo, Valle recibe un golpe en la muñeca.
Parte del grupo se lleva a Bueno por la Carrera de San Jerónimo mientras Sancha y Castillo
acompañan a Ramón por la Calle de Alcalá, donde a la luz de un farol recién encendido examinan
la herida sin importancia del escritor. En la Casa se Socorro lo dejarán como nuevo y
santaspascuas.
XLIX
A los pocos días, el dolor, que había ido en aumento en su mano izquierda, ya presentaba signos de
gangrena, debido a la infección producida al incrustarse el gemelo de su camisa y a la chapucera
cura de urgencia.
El doctor Barragán fue el encargado de la amputación y su amigo Jacinto Benavente lo
acompañó en el quirófano. Valle se despertó antes de terminar y se fumó un habano observando
como el doctor terminaba su trabajo.
- ¡Uf, cómo me duele el brazo! - Le dijo a su amigo Jacinto.
- ¡Cá, Ramón! Ése ya no te dolerá nunca más.
El suceso fue primera plana durante semanas en las tertulias de los cafés de Madrid, que se
dividieron en dos bandos, los valleinclanistas y los buenistas, y del duelo entre Leal da Cámara y
el marqués de Cabriñana nunca más se supo.
Muy poco tiempo después, Valle citó a Bueno en el Café de la Montaña y tuteándolo por primera
vez, dijo.
- Mira, Bueno, lo pasado, pasado está. Aún me queda la mano derecha para estrechar la tuya.
Todos los bohemios de la ciudad se rascaron los bolsillos para acudir a la función benéfica que se
organizó una gélida noche de diciembre en el Teatro Lara, para poder comprar entre todos un
brazo ortopédico al escritor. Aquella fue una noche de teatro que hizo historia durante muchos
meses en los cafés de Madrid.
José Cabanach
http://www.archimadrid.es/deleju/caliban/revistas/2001/may05/pag17/01.html-
L
Anexo nº 37
Anexo nº 38
Anexo nº 38
Leal da Câmara - Pereda, óleo s/contraplacado, 565x965. Madrid, 1900. Em reserva na Casa- Museu de Leal da Câmara. 116/PIN/1993
Leal da Câmara - Manuel del Palacio, óleo s/ contraplacado 455x71, Madrid, 1900. Em exposição permanente na Casa-Museu de Leal da Câmara. 119/PIN/1993.
LI
Anexo nº 38
Leal da Câmara – frontispícios de jornais franceses. Em exposição permanente na Casa-Museu de Leal da Câmara.
LII
Anexo nº 39
.
Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara em reserva. Estante LC caixa nº 3.
LIII
Anexo nº 40
Leal da Câmara - Anatole France, escritor . Guache s/cartão, 374x430, 1912 . Em exposição permanente na Casa Museu de Leal da Câmara.
Leal da Câmara - Clémenceau, escritor, Guache s/cartão, 700x980, 1905. Em exposição permanente na Casa-Museu de Leal da Câmara.
LIV
Anexo nº 41
Página da Ilustração Portugueza de Agosto de 1911, relativa à exposição no
Teatro Nacional D. Maria, pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
LV
LVI
LVII
LVIII
LIX
LX
Página da Ilustração Portugueza de Julho de 1912. Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
LXI
Anexo nº 42
Paris, 1914. 382x278. Em exposição permanente na Casa-Museu de Leal da Câmara. .
LXII
Anexo nº 43
Leal da Câmara . Desenho de [1910]. Carvão e pastel s/papel. 179x264. Pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara. 16/ DES/1994.
LXIII
Anexo nº 44
(…) Ainda lhe escrevo de Madrid, mas partirei na segunda feira sem falta, nem que inche
o Manzanares, leve as pontes e a Gare do Norte. Recebi os magros capitais da Atlântida,
com a defluente massinha da sua algibeira. Por esta gentileza, gracias. Quanto ao que
perora àcerca dos meus esbanjamentos e das contas que bota aos meus ganhos, perdoe,
mas V. está errado. Até se me afigurou que V. não recebeu, no decorrer da existência, o
banho de vida cheia, vida levada dum canudo, que se acompanha da noção relativa de
cada coisa e de cada contingente.
Que um contabilista do Grandela me julque no dever ou na possibilidade de capitalizar
pesetas, francos ou reis, porque me veja aplaudido em Madrid e dirigindo gazetas em
Portugal, parte de uma noção errada, mas em suma, desculpa-se; agora que V. querido
amigo caia em semelhante baboseira não tem perdão e protesto…pateio.
Para lhe mostrar como os seus cálculos sobre as minhas dissipações são erróneos basta
que lhe diga o seguinte: V. já recebeu os direitos de autor das crónicas que publicou no
Miau; eu ainda não recebi um chavo galego dos meus honorários de director. Já vê que o
próprio Harum-Al-Raschid, o magnífico, não poderia concluir com mais opípara justiça.
Mas tudo isto não tem importância perante o Escurial, o Goya e S. Magestade Afonso XIII
bocejando no Palácio do Oriente. O pior é que realmente, trabalhando como trabalho e
multiplicando-me como V. reconhece, continue às do chão e pobre como Job. È isto que
me aborrece e naturalmente também a V. Mas haja saúde e pentes de Sevilha nas
cantadeiras de habaneras.
Aquilino Ribeiro - Leal da Câmara, Vida e Obra, p.74.
LXIV
Anexo nº 45
Correio da Estremadura – Santarém - 15-11-1913.
Jornal, Século – 29-1-1913.
LXV
Torres Novas- 12 de Novembro de 1913.
Jornal, El Pais, Madrid – 1916.
Jornal, La Tribunea - 18 abril, 1916.
Mundo, Santarém, 9-11-1913.
Recortes de jornais pertencentes ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara, caixa nº 10.
LXVI
Anexo nº 46
Tomaz Leal da Câmara Professor efectivo da Escola Industrial de Fonseca Benevides
( 2 anos de tirocinante)
Membro de um Conselho Superior do Ensino Industrial.
Membro da Comissão Organizadora da Exposição das Escolas Industriais.
Membro da Comissão de Programas do Ensino Técnico Profissional.
Autor do Relatório que foi presente ao Congresso do Ensino Técnico de
Barcelona.
Membro Organizador de Concurso de Cartazes para a Exposição das Escolas
Industriais.
Metodólogo de Desenho Profissional Feminino.
Professor enviado ao Porto à Escola Industrial Faria Guimarães, para investigar o
valor técnico e profissional das concorrentes ao concurso aberto nessa Escola
para mestres de Vestidos e Roupa Branca.
Autor de várias obras pedagógicas a respeito de Arte nas Escolas Industriais.
Informação obtida a partir de documento não inventariado pertencente ao espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara.
LXVII
Anexo nº 47
Granville - L ’Ordre Règne a Varsovie, ALEXANDRE, Arséne - L’art du Rire et de la Caricature. p.171
Goya -Ya van des plumados. Da série Caprichos, in, L’Art du Rire et de La Caricature, p.143
LXVIII
Anexo nº 48
Rafael Bordalo Pinheiro, frontispício do António Maria, nº197, 21 de Junho de 1883. Pertencente ao espólio do Museu Rafael Bordalo Pinheiro.
ANEXO - Postais
LXIX
Anexo nº 49
POSTAIS Pg. LXX / LXXII Leal da Câmara – Postais, 105X150. Destinados a venda, em tempo de dificuldades. Paris, s.d. Em exposição permanente na Casa Museu Leal da Câmara. Pg. LXXIII / LXXVII Leal da Câmara – Postais, 105X150. Reproduções miniaturizadas de páginas do Assiette au Beurre. Paris, s.d. Pertencentes ao espólio da Casa Museu Leal da Câmara.
ANEXO - Postais
LXX
ANEXO - Postais
LXXI
ANEXO - Postais
LXXII
ANEXO - Postais
LXXIII
ANEXO - Postais
LXXIV
ANEXO - Postais
LXXV
ANEXO - Postais
LXXVI
ANEXO - Postais
LXXVII
ANEXO – Blocos (Caricaturas)
LXXVIII
Anexo nº 50
BLOCOS - Caricaturas
Dos muitos blocos existentes no espólio da Casa-Museu de Leal da Câmara, inventariados em exposição ou em reserva, foram seleccionados alguns desenhos e agrupados por género.
ANEXO – Blocos (Caricaturas)
LXXIX
(caricaturas
ANEXO – Blocos (Caricaturas)
LXXX
ANEXO – Blocos (Caricaturas)
LXXXI
ANEXO – Blocos (Caricaturas)
LXXXII
ANEXO – Blocos (Caricaturas)
LXXXIII
ANEXO – Blocos (Caricaturas)
LXXXIV
ANEXO – Blocos (Esboços/Croquis)
LXXXIV
BLOCOS - Esboços / Croquis
ANEXO – Blocos (Esboços/Croquis)
LXXXV
ANEXO – Blocos (Esboços/Croquis)
LXXXVI
ANEXO – Blocos (Esboços/Croquis)
LXXXVII
ANEXO – Blocos (Esboços/Croquis)
LXXXVIII
ANEXO – Blocos (Esboços/Croquis)
LXXXIX
ANEXO – Blocos (Esboços/Polícias)
XCI
BLOCOS - Polícias
ANEXO – Blocos (Esboços/Polícias)
XCII
ANEXO – Blocos (Esboços/Polícias)
XCIII
ANEXO – Blocos (Esboços/Polícias)
XCIV
ANEXO – Blocos (Retratos)
XCV
BLOCOS - Retratos
ANEXO – Blocos (Retratos)
XCVI
ANEXO - Citações
XCVII
Anexo nº 51
Citações Relacionadas com o Tema Geral da DIssertação
ANEXO - Citações
XCVIII
O RISO
O riso – A alegria dos ímpios e mundanos não pode ser verdadeira, e não é mais
que uma aparência ou figura d’ella. O riso do pecador, se não é animado com a
vida do espírito, é só riso em estátua, frio como mármore; riso não tanto seu como
do mundo, que por elle se ri de si mesmo; porque como diz Santo Agostinho, este
mundo ri-se de todos os que se não riem d’lle.
In, Archivo Pittoresco , nº10 pág. 80, citando Padre Manuel Bernardes (1644-1710)
http://humorgrafe.blogspot.com/2008/01/histria-da-caricatura-em-portugal-parte_07.html
28/5/2008
... O riso não tem maior inimigo que a emoção...desprendamo-nos, assistamos à
vida como espectadores indiferentes. Muitos serão os dramas que se
transformarão em comédias.
In, Henry Bergson , O Riso, p.15
Se bem que pareça coisa frívola e seja frequentemente provocado por farsantes e
mimos, por bobos, enfim, o riso tem uma força - há que reconhecê-lo –
verdadeiramente imperiosa e irresistível. Surge umas vezes, sem que o
queiramos e não se exprime apenas pela fisionomia ou pela voz, mas abala
violentamente todo o nosso corpo. Por outro lado, como já disse, é frequente o
riso transformar a situação em assuntos muito importantes, podendo até, em
muitos casos, quebrar o ódio e a cólera.
In, George Minois, História do Riso e do Escárnio, p.102 citando Quintiliano em Instituto Oratoria, VI,3,3.
O Homem morde com o riso [...] e seduz com as lágrimas.
In, George Minois, História do Riso e do Escárnio, p.558 (citando Baudelaire)
ANEXO - Citações
XCIX
Rir é já alguma coisa, mas, fazer rir os outros é mais do que um talento. É quase
uma caridade.
In, Osvaldo Macedo de Sousa, Dos Humoristas Portugueses , p.4
(citando Leal da Câmara)
HUMOR
... O humor é o triunfo da inteligência na comunicação humana, é a vitória do
homem sobre os factos e o imaginário, assenhoreando-se da criação pura. Pelo
humor o homem passa para o outro lado do espelho, podendo-se ver na reflexão,
através de uma dimensão, dita risível, que muitas vezes é mais dramática que
jocosa...
In, Osvaldo Macedo de Sousa, História da arte da Caricatura de imprensa
em Portugal, na Monarquia – 1847/1910
...O Humor deverá nascer do lado poético da vida, do comentário imbuído na
irreverência inteligente, acima de qualquer suspeita, O Humor era a maçã da
árvore proibida, é o grão de divindade que restou no espírito humano. É a
inteligência do saber olharmo-nos no espelho, de olhar a vida e o mundo que nos
rodeia com tolerância e sentido crítico. O Humor é a réstia do sentido de
Democracia que o tempo não matou.
In, Osvaldo de Sousa, 150 Anos da Caricatura em Portugal, p. 6.
CARICATURA
A Caricatura, ó intolerantes, é uma válvula de segurança por onde o excesso de
amargura dos homens se esgota em sorrisos. O SORRIR É DE TODOS, e quem
sorri repousa...
In, Julião Machado, Jornal do Brasil.
ANEXO - Citações
C
...caricature entendue comme la déformation grotesque d’une personne par
l’exagération voulue des traits caractéristiques de son visage ou des proportions
de son corps.
In, L’ art et l’ histoire de la caricature
A caricatura moderna, nasce como instrumento polémico relativamente a uma
pessoa real ou, no máximo a uma categoria social reconhecível, exagera um
aspecto do corpo (geralmente o rosto), para zombar ou denunciar, através de um
defeito físico, um defeito moral.
In, Karl Rosenkranz, Estética do Feio, III (1853)
Qual é o primordial objecto da caricatura? Corrigir, reformar.
...A Política é o maior e mais perigoso mal dos que enfermam a sociedade
portuguesa.
...Logicamente portanto, a questão representa um silogismo: A política é
prejudicial, a Caricatura corrige-a. Logo, deve fazer-se a caricatura política.
...A Caricatura é pois um corolário da política. Vá lá até o gracejo com ar de
paradoxo: Porque “a política é a arte de dirigir os povos”, a política e a caricatura
são artes correlativas.
In, Hipólito Collomb, A República, 1914
A caricatura contemporânea é uma das mais notáveis manifestações do
pensamento moderno, pela superioridade moral das suas intenções, pela
intensidade dramática da expressão, pela força incisiva de demonstração, de
sugestão determinante e imediata. Da caricatura que impressiona mais funda e
duradouramente que as páginas mais brilhantes dos mais ardentes panfletos (...).
A caricatura não é a parte do riso fácil. A caricatura é hoje o arauto da A
ANEXO - Citações
CI
caricatura é hoje o arauto da Emancipação, o grito da Piedade, a voz da Justiça
(...). O riso é a expressão suprema da Força e da Beleza!.
In, Augusto Nascimento, A Individualidade Multiforme de Leal da Câmara, p.44 (citando Joaquim Martins Teixeira de Carvalho, Notas de Ate e Critica, 1926).
... A boa caricatura ... faz com que o elemento de desorganização formal se torne
“orgânico”. Por outras palavras, é uma «bela representação formal» que faz uso
harmónico da deformação.
In, Umberto ECO, A História do Feio, Capítulo V-4, pg.152, 2007 (citando Karl Rosenkranz, Estética do Feio, III (1853))
Não é fácil ser caricaturista, não basta o conhecimento profundo do desenho, das
proporções, o aturado estudo! Para se ser caricaturista é necessário possuir um
temperamento e uma visão muito invulgares, reunir ao conhecimento profissional
do desenho, especiais qualidades de imaginação, de observação, de chiste. Com
pertinaz estudo pode-se vir a ser um desenhador humorista, não um caricaturista.
O caricaturista, na mais alta e mais complexa expressão da sua arte, tem que ser
um sociólogo, moralizador, crítico, sensatamente mordaz, sem nunca deixar de
ser Artista. Alguma coisa complicada e rara.
In, Julieta Ferrão, Rafael Bordalo Pinheiro e a Crítica.
Como caricaturistas podemos englobar todos aqueles que trabalham para a
Imprensa, com trabalhos gráficos onde o espírito de irreverência surja com ironia,
sátira ou humor, onde o traço pertinente comente a vida, os acontecimentos ou
figuras.
In, Osvaldo de Sousa, 150 Anos da Caricatura em Portugal, p.6