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FACULDADE INTEGRADA A VEZ DO MESTRE
A TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO COM ÊNFASE NAS
EMPRESA DE MÉDIO PORTE
Jorge Luiz Canuto dos Anjos Faculdade A Vez do Mestre (AVM-RJ)
Orientadora
Professora – Gisele Leite
Faculdade A Vez do Mestre (AVM-RJ)
RIO DE JANEIRO/RJ 2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
RESUMO O objetivo deste trabalho é desenvolver um breve relato sobre as vantagens de uma empresa
que opta pela tributação baseada no Lucro Presumido. Através de um bom planejamento
tributário, visa-se à minimização dos impostos, o que deverá refletir positivamente nos
resultados da empresa. Este estudo irá demonstrar e comprovar os benefícios que um correto
enquadramento no regime tributário pode representar em uma gestão empresarial. Observa-se
um enorme desconhecimento por parte de empresários e até mesmo dos próprios contadores
frente à legislação tributária, o que acaba por causar erros na definição da escolha tributária,
gerando assim valores desnecessários e estes por sua vez, podem colocar em risco a própria
existência da empresa. Nesse contexto, um estudo sobre Planejamento Tributário, visa
promover a difusão de procedimentos amparados por lei, que venham a auxiliar os
profissionais a ampliar suas possibilidades de redução no recolhimento de seus impostos,
através de informações teóricas confiáveis e finalmente com um modelo aplicado em uma
situação real, o que irá nos garantir uma visão do todo, observando assim possibilidades
perfeitamente aplicáveis e que mostrarão os benefícios oferecidos pela tributação com base no
Lucro Presumido.
Palavras chaves: Tributos. Planejamento tributário. Lucro Presumido.
Área Temática: Contabilidade Tributária
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------04
2 DESENVOLVIMENTO ---------------------------------------------------------------------05
2.1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO LUCRO PRESUMIDO --------------------05
2.2 REGIME TRIBUTÁRIO LUCRO PRESUMIDO E SUAS PARTICULARIDADES
------------------------------------------------------------------------------------------------06 A 09
2.3 DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO – ASPECTO GERAL ----- 09 A 13
2.4 EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA --------------------------------------------14
2.5 REDUÇÃO DO PERCENTUAL DE 32% PARA 16% -------------------------14 A 15
2.6 ACRÉSCIMOS. À BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA E DO
ADICIONAL -------------------------------------------------------------------------------15 A 17
2.7 VALORES RESTITUÍDOS À PESSOA JURÍDICA, POR FORÇA DE SENTENÇA
JUDICIAL EM AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO --------------------------17 A 19
2.8 GANHOS DE CAPITAL -------------------------------------------------------------19 A 20
2.9 DEDUÇÕES E COMPENSAÇÕES DO IRPJ DEVIDO ------------------------ 20 A 22
2.10 LUCRO PRESUMIDO – DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS COM BASE EM
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL -------------------------------------------------------- 22 A 23
2.2.1 VANTAGENS -----------------------------------------------------------------------23
2.2.2 DESVANTAGENS -----------------------------------------------------------------23 A 24
2.2.3 OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS PARA O LUCRO PRESUMIDO ----------24
2.2.4 NORMAS E DESCRIÇÕES DE UMA EMPRESA DE MÉDIO PORTE –24 A 25
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO ----------------------25
3.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ----------------------------------------------- 25
3.2 ASPECTOS ECONÔMICOS ------------------------------------------------------ 26 A 29
3.3 A IMPORTÂNCIA E OS BENEFÍCIOS DO LUCRO PRESUMIDO -------29 A 30
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ---------------------------------------------------------30 A 31
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -----------------------------------------------31 A 32
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INTRODUÇÃO
Com o passar dos tempos, a evolução da tecnologia e econômica vêm exigindo cada
vez mais de seus profissionais a minimização dos custos e despesas e consequentemente a
maximização dos lucros. Com isso, o planejamento tributário caracteriza-se como um dos
principais agentes para o sucesso ou não de uma empresa, pois a carga tributária no Brasil
representa um significativo montante financeiro, o qual interfere diretamente no resultado
econômico da empresa.
O planejamento tributário tornou-se indispensável, pois a legislação tributária
brasileira é muito complexa, com inúmeras leis e constantes alterações, o que dificulta a
interpretação dos empresários, assim como em se manterem atualizados em virtude dos
diversos influenciadores na gestão empresarial.
Especificamente, este estudo tem o objetivo de avaliar os regimes de tributação,
buscando a melhor opção para o enquadramento, minimizando a incidência dos impostos e
alcançando assim melhores resultados econômicos. Para o embasamento teórico, buscou-se
analisar a importância de um bom planejamento tributário, enfatizando a sua importância
econômica dentro do resultado da empresa. Em seguida, aborda-se a importância da tributação
baseada no Lucro Presumido. Busca-se também verificar os demais regimes tributários e sua
importância dentro das sociedades em que se enquadram.
A partir desta assertiva, uma questão é levantada: é possível, através de um bom planejamento tributário, minimizar o pagamento de impostos federais se uma empresa optar pela tributação com base no lucro Presumido?
Para viabilizar a delimitação do tema e sua aplicabilidade prática, esta pesquisa irá se
limitar, de acordo com o enquadramento no regime de lucro real, aos tributos federais
incidentes a este enquadramento e as possibilidades de promoção de um planejamento
tributário significativo e mais viável para essas empresas. Com isso, o objetivo central desse
trabalho é promover uma pesquisa frente ao Planejamento Tributário, identificando os
benefícios oferecidos pela tributação baseada no Lucro Presumido e a possível minimização
da carga tributária dentro das determinações legais.
Para atingir essa meta, outros objetivos são propostos secundariamente:
1. Promover uma pesquisa sobre Planejamento Tributário e analisar os tipos de
Regimes Tributários incidentes nas empresas brasileiras;
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2. Identificar, de acordo com o Planejamento Tributário, como uma empresa pode
obter melhores resultados econômicos e minimizar o recolhimento de seus Tributos
Federais;
3. Demonstrar a importância do Lucro Presumido e seus benefícios em uma
empresa optante por esse regime.
Para a estruturação desse trabalho, iniciou-se o estudo através de pesquisa
bibliográfica, analisando livros, instituições governamentais, coletas de dados em empresas,
revistas e textos que tratam do planejamento e minimização de cargas tributárias nas
empresas. A pesquisa se complementará com um estudo de caso, identificando através de
documentos comprobatórios a ocorrência dos fatos, possibilitando assim elaborar sugestões
acerca da situação atual e da projeção frente às possibilidades de enquadramento tributário.
Com base na problemática abordada, utilizou-se uma pesquisa qualitativa explicativa visando
apurar os dados de forma a compará-los frente à real situação da empresa e aquela que foi
planejada. A pesquisa qualitativa tem o ambiente de trabalho como fonte direta de dados e o
pesquisador como instrumento chave. Ao final são apresentadas as considerações a respeito
da pesquisa, as quais nos mostram a importância da abordagem do tema proposto, e que é
possível reduzir notavelmente a carga tributária de uma empresa se ela realizar um bom
planejamento tributário e optar pelo regime de apuração baseado no Lucro Presumido.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NO LUCRO PRESUMIDO
O conceito de tributos pode ser definido como uma prestação pecuniária entre dois
polos um ativo e o outro passivo decorrente de uma relação jurídica.
Um tributo é formalizado pelos seguintes elementos: Fato Gerador, Contribuinte ou
Responsável e a Base de Cálculo. Para que possa existir uma obrigação tributária, é preciso
que se tenha um vínculo jurídico entre um credor e um devedor, pelo qual o Estado de direito,
com base na legislação tributária vigente, possa exigir uma prestação tributária positiva ou
negativa.
Planejamento tributário sem dúvida nenhuma deve ser confundido com sonegação
fiscal. Planejar é escolher, entre duas ou mais opções lícitas, aquela que possa dar resultados
satisfatórios para a empresa. Enquanto sonegar, é utilizar-se de meios ilegais para deixar de
recolher um tributo ou contribuição que é devido, assim como a fraude, a simulação ou a
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dissimulação, sendo o uso destas considerado como omissão dolosa tendente a impedir ou
retardar o conhecimento do fato gerador da obrigação fiscal, da autoridade fazendária.
2.2. REGIME TRIBUTÁRIO LUCRO PRESUMIDO E SUAS PARTICULARIDADES
O sistema de tributação denominado Lucro Presumido, é uma das modalidades mais
utilizadas para pagamento do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) devido ao método de cálculo e escrituração
comercial mais simplificadas dos que utilizados no regime de tributação do Lucro Real.
A tributação pautada no lucro presumido consiste na determinação trimestral de um
resultado, através da aplicação de percentuais sobre a receita bruta auferida pela empresa
nesse período, determinando-se, dessa forma, um montante presumido a ser tributado, o qual
não representa o lucro efetivamente que a empresa obteve.
É denominado lucro presumido, pois presume-se a margem de lucro por ramos de
atividades conforme tabela abaixo, sem levar em consideração as despesas e custos que a
empresa teve para implantar o seu empreendimento. Sobre a receita bruta trimestral são
aplicados percentuais que, somados às demais receitas da empresa, formam a base de cálculo
para a tributação do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro.
Tabela 01: Percentuais de Presunção do Lucro
Atividades Percentuais (%)
Atividades em geral (RIR/1999, art. 518) 8,0
Revenda de combustíveis 1,6
Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,0
Serviços de transporte de cargas 8,0
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32,0
Serviços hospitalares 8,0
Intermediação de negócios 32,0
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Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis)
32,0
Fonte: RFB em
http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dipj2014/capitulo_XIII_IRPJ_LucroPresumido2014.pdf
acesso em 15.01.2016.
Tabela 02: Alíquotas dos Tributos para Empresas de Prestação de Serviços
sujeitas a Tributação com base no Lucro Presumido
Imposto Base de Cálculo Alíquota Alíquota Direta IR 32% x Receita Bruta 15,00% 4,80% CSLL 32% x Receita Bruta 9,00% 2,88% PIS Receita Bruta 0,65% 0,65% COFINS Receita Bruta 3,00% 3,00% ISS Receita Bruta (Serviços) 5,00% 5,00% Total 16,33%
Fonte: RFB em http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/perguntao/dipj2014/capitulo_XIII_IRPJ_LucroPresumido2014.pdf
acesso em 15.01.2016.
O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro, devido ao sistema de bases
correntes, são apurados através do denominado lançamento por homologação, este, previsto
no CTN (Código Tributário Nacional), art.150, (Jurisprudência TRF-3-Apelação Cível AC
4251 SP 0004251-92.2007.4.03.6112 site jus Brasil publicado em 26/02/2015) e caracterizado
pela antecipação do pagamento sem, contudo, o prévio exame da autoridade fiscal.
Devido ao fato de a apuração dos valores devidos ser efetuada sobre um lucro
presumido, com base na receita bruta e seus acréscimos, nada impede que a pessoa jurídica
optante pelo lucro presumido faça os pagamentos mensais, com o código de presumido
(2089), ao invés da apuração trimestral mais, no entanto, o ajuste deverá ser realizado no
último mês do trimestre.
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Vale a pena ressaltar que, no caso da pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu
patrimônio absorvido em virtude de incorporação, fusão ou cisão, mesmo que tributada pelo
lucro presumido, deverá levantar balanço específico na data desse evento. No entanto,
opcionalmente, na hipótese de o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) ou CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) ser superior a R$ 2.000,00, poderá ser pago em
até três quotas iguais, mensais e sucessivas, no valor mínimo de R$ 1.000,00, vencíveis no
último dia útil dos três meses subsequentes ao do encerramento do período de apuração a que
corresponder, lembrando-se que:
a) A 1ª quota é sem acréscimo (valor original);
b) A 2ª quota terá juros de 1%;
c) Para a 3ª quota será aplicada a taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e
Custódia) do mês anterior + 1%.
A opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na
determinação da base de cálculo dos tributos seguindo o regime de competência. A partir do
ano-calendário de 2011, o direito de optar pelo regime de competência somente poderá ser
exercido no mês de janeiro ou no mês do início de atividades e esta opção também deverá ser
comunicada à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) por intermédio da Declaração de
Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) relativa ao mês de adoção do regime.
Adotada a opção pelo regime de competência, o direito de sua alteração para o regime
de caixa no decorrer do ano-calendário, é restrito nos casos em que ocorra elevada oscilação
da taxa de câmbio comunicada mediante a edição de Portaria do Ministro de Estado da
Fazenda. E a alteração deverá ser informada à RFB (Receita Federal do Brasil) por intermédio
da DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais) relativa ao mês subsequente
ao da publicação da Portaria Ministerial que comunicar a oscilação da taxa de câmbio.
As empresas de fomento comercial ou factoring para os efeitos da Lei complementar
105/01, art.1º parágrafo 1º, (Jurisprudência TRF-1-Agravo Regimental na Apelação Cível
Agrac00216361220044013300 site Jus Brasil publicado em 13/02/2015) obedecerão às
normas aplicáveis as instituições financeiras. Segundo a Resolução BACEN (Banco Central
do Brasil) 2.144/95, (Jurisprudência TRF-2- Apelação Cível AC 373834 RJ
1998.51.01.031017-5 site Jus Brasil publicado em 10/09/2008) as empresas de factoring não
são instituições financeiras, todavia, se praticarem operação que não se enquadrem no
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conceito legal de factoring e que caracterizem operações privativas de instituições financeira,
na forma do art.17 da Lei 4.595/64, (Jurisprudência TST –Agravo de Instrumento em Recurso
de Revista AIRR5140420105240003 site Jus Brasil publicado em 07/08/2015) constituirão
ilícitos administrativo (Lei 4.595/64) (Jurisprudência TRF-5-AG Agravo de Instrumento AG
1779420144050000 site Jus Brasil publicado em 03/04/2014 e criminal (Lei 7.492/86),
(Jurisprudência STJ-Conflito de Competência CC 108105 SP 2009/0186436-1 site Jus Brasil
publicado em 30/10/2013) além de sujeitar o contribuinte à cobrança dos tributos incidentes
sobre instituições financeiras, como, por exemplo, o imposto sobre operações financeiras
incidente em operação de crédito, como se instituição financeira fosse.
Logo, a pessoa jurídica que não se enquadre em qualquer das situações colocadas
anteriormente, poderá optar pela tributação na forma do lucro presumido.
A pessoa jurídica que houver pago o imposto com base no Lucro Presumido e que, em
relação ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de apuração pelo
lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior,
deverá apurar o IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido) sob o regime de apuração do lucro real trimestral, a partir inclusive,
do trimestre da ocorrência do fato.
2.3. DETERMINAÇÃO DO LUCRO PRESUMIDO – ASPECTO GERAL
Está expressa na Lei 9.430/96, art.25 (Jurisprudência STJ-Agravo Regimental no
Recurso Especial agRg no REsp 1462446 SC 2014/0149865-6 site Jus Brasil publicado em
06/04/2015). A forma de determinação do lucro presumido. O imposto será calculado sobre o
montante formado pela soma das seguintes parcela:
I – O valor resultante da aplicação dos percentuais que variam de 1,6% a32%,
conforme a atividade desempenhada pela empresa, aplicados sobre a receita bruta, conforme
capítulo próprio a seguir;
II – Os ganhos de capital;
III – Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras;
IV – Receita de aluguel, quando esta não for referente ao objeto social da empresa;
V – Demais valores não citados acima, tais como juros sobre o capital próprio,
recuperação de crédito, indenizações, ressarcimentos, entre outros.
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Fonte: Livro Lucro Presumido 12ª Ed. Ano 2012 Lúcia Helena B. Young
Exemplo Prático1 Uma pessoa jurídica cuja atividade seja comercial, cuja margem de lucro Definida em Lei é de 8%, e que no trimestre tenha obtido rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa 20% - aplicação com prazo de 181 até 360 dias), e que tenha vendido um bem de seu ativo imobilizado (isento de PIS e COFINS), obtendo lucro nessa operação.
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Fonte: Livro Lucro Presumido 12ª Ed. Ano 2012 Lúcia Helena B. Young
Dados: Faturamento no trimestre (comércio) R$ 500.000,00
Rendimento de aplicações financeiras R$ 15.000,00
IR-Fonte sobre aplicação R$ 3.000,00
Ganho de capital R$ 20.000,00
IRPJ
R$ 500.000,00 x 8% = R$ 40.000,00
+ R$ 15.000,00
+ R$ 20.000,00
= R$ 75.000,00
R$ 75.000,00 x 15% = R$ 11.250,00
Adicional IRPJ
R$ 75.000,00 - R$ 60.000,00 = R$ 15.000,00 x 10% = R$ 1.500,00
Como o rendimento de aplicação financeira compôs a base de cálculo, o IR-Fonte incidente sobre este rendimento poderá
ser deduzido do imposto de renda, visto ser uma antecipação.
Portanto
R$ 11.250,00 + R$ 1.500,00 ( - ) R$ 3.000,00 = R$ 9.750,00 será o imposto de renda a pagar até o último dia útil do mês
seguinte ao do encerramento do trimestre, em DARF, sob o código 2089.
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Fonte: Livro Lucro Presumido 12ª Ed. Ano 2012 Lúcia Helena B. Young
Exemplo Prático 2
Uma pessoa jurídica cuja atividade seja prestação de serviços (advocacia) cuja margem de lucro definida em Lei é de 32%, e que no trimestre tenha obtido receita de aluguel (a qual não faz parte do objeto social da empresa), e que tenha vendido um bem do seu ativo imobilizado (isento de PIS e COFINS), obtendo lucro nessa operação. Dados: Faturamento no trimestre (prestação de serviços) R$ 1.000.000,00 Receita de aluguel R$ 30.000,00 Ganho de capital R$ 50.000,00 IRPJ R$ 1.000.000,00 x 32% (*) = R$ 320.000,00 +R$ 30.000,00 +R$ 50.000,00 =R$ 400.000,00 (*) O percentual é de 32% com possibilidade de redução para 16% em virtude de se tratar de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada. R$ 400.000,00 x 15% = R$ 60.000,00 Adicional IRPJ R$ 400.000,00 – R$ 60.000,00 = R$ 340.000,00 x 10% = R$ 34.000,00 Portanto: R$ 60.000,00 + R$ 34.000,00 = R$ 94.000,00 será o imposto de renda a pagar até o último dia útil do mês seguinte ao do encerramento do trimestre, em DARF, sob o código 2089.
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Fonte: Livro Lucro Presumido 12ª Ed. Ano 2012 Lúcia Helena B. Young
A base de cálculo do imposto e do adicional em cada trimestre, será determinada
aplicando-se os percentuais enumerados sobre a receita bruta auferida no período de apuração.
No tocante à receita bruta, esta compreende o montante obtido na venda de bens nas
operações de conta própria e na prestação de serviços, e o resultado auferido nas operações de
conta alheia, conforme a Lei 8.981/95, art.31 (Jurisprudência STJ-Inteiro Teor. Agravo
Exemplo Prático 3 Uma pessoa jurídica, cuja atividade seja mista: comércio e prestação de serviços, cuja margem de lucro definida em Lei é de
8% e 32%, respectivamente, sem, contudo, obter qualquer outro rendimento.
Dados:
Faturamento no trimestre (comércio) R$ 15.000,00
Faturamento no trimestre (prestação de serviços) R$ 45.000,00
Faturamento total R$ 60.000,00
IRPJ
R$ 15.000,00 x 8% = R$ 1.200,00
R$ 45.000,00 x 32% = R$ 14.400,00
R$ 1.200,00 + R$ 14.400,00 = R$ 15.600,00
R$ 15.600,00 x 15% = R$ 2.340,00
Adicional IRPJ = não haverá adicional do IRPJ, visto que não houve excedente ao valor limite de R$ 60.000,00 no trimestre.
Portanto:
R$ 2.340,00 será o imposto de renda a pagar até o último dia útil do mês seguinte ao encerramento do trimestre, em DARF,
sob o código 2089.
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Regimental no Recurso Especial: AgRg no REsp 1420119 PR 2013/0387904-5 no site Jus
Brasil publicado em 23/04/2014).
2.4. EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA
Na receita bruta não são computadas:
I – As vendas canceladas;
II – Os descontos incondicionais concedidos;
III – Os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou
contratante dos quais o vendedor ou prestador dos serviços seja mero depositário;
Dessa forma, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) devido
pela pessoa jurídica como contribuinte não deve ser excluído da receita bruta. Porém, o ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado do adquirente como
substituição tributária não deve integrar a receita bruta.
IV – As devoluções de vendas;
V – As saídas que não decorram de vendas, a exemplo das transferências de
mercadorias para outros estabelecimentos da mesma empresa.
Ressaltando, que não integram a receita bruta os valores recebidos por empresas
concessionárias ou permissionárias de serviço público de transporte urbano de passageiros
que devam ser repassados a outras empresas do mesmo ramo, por meio de fundo de
compensação. No entanto, as empresas concessionárias ou permissionárias que receberem o
repasse dos fundos de compensação criados ou aprovados pelo poder público concedente ou
permissionário deverão incluir os valores na receita bruta.
2.5. REDUÇÃO DO PERCENTUAL DE 32% PARA 16%
As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja receita
bruta anual seja de até R$ 120.000,00, poderão utilizar, para determinação da base de
cálculo do imposto de renda, o percentual de 16%, conforme menciona a Lei 9.250/95, em seu
art.40, (Jurisprudência TRF-Apelação Cível AC 6689 SP 0006689-88.2011.4.03.6100 site Jus
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Brasil publicado em 24/04/2014) desde que não estejam caracterizadas como profissão
legalmente regulamentada.
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% para o pagamento
trimestral do imposto, cuja receita bruta acumulada até determinado período do ano-
calendário exceder o limite de R$ 120.000,00, ficará sujeita ao pagamento da diferença do
imposto postergado, apurada em relação a cada trimestre transcorrido.
Essa diferença deverá ser paga até o último dia útil do período subsequente aquele em
que ocorrer o excesso, em quota única, sem atualização (Instrução Normativa SRF (Secretaria
Receita Fazenda) 93/97, art.36, parágrafo 6ª). Observe-se que não há divulgação de um
código específico de recolhimento desta diferença, portanto, recolhe-se no código 2089,
juntamente com o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) do trimestre.
2.6. ACRÉSCIMOS. À BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA E
ADICIONAL
Sobre o faturamento trimestral das empresas são aplicados percentuais já vistos
anteriormente, para fins de determinação da base de cálculo. Apurada esta base de cálculo,
serão acrescidas algumas parcelas, para cálculo do imposto de renda e do respectivo adicional.
I- Os ganhos de capital nas alienações de bens e direitos, inclusive de aplicações
em ouro não caracterizado como ativo financeiro;
II- Os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias
permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações
societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-
calendário seguinte ao de suas aquisições;
III- Os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos;
IV- Os rendimentos auferidos em operações de mútuo realizadas entre pessoas
jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se
mutuaria for instituição autorizada a funcionar pelo BACEN (Banco Central do
Brasil);
V- Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas
de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
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VI- A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa
jurídica, já deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
VII- Os juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e
Custódia – SELIC, para títulos federais acumulada mensalmente, relativos a
impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
VIII- Os juros de descontos financeiros obtidos;
IX- Os juros ativos, não decorrentes de aplicações financeiras;
X- As variações monetárias ativas;
XI- Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda
fixa e renda variável;
XII- Os juros sobre o capital próprio auferidos;
XIII- 3/120, no mínimo, do saldo do lucro inflacionário acumulado existente ao final
do período de apuração anterior, caso a pessoa jurídica já estivesse apurado o
imposto com base no lucro presumido no ano-calendário de 1996;
XIV- Os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com
perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não ter
deduzido em período anterior no qual tenha submetido ao regime de tributação
com base no lucro real ou tenha optado pela tributação na forma do art.1º da
Lei 2.397/87 (Jurisprudência TRF-3-Apelação Cível AC 40773 SP 0040773-
24.1988.4.03.6100 NO SITE Jus Brasil publicado em 13/09/2013) ou que se
refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base
no lucro presumido ou arbitrado;
XV- O valor dos encargos suportados pelas mutuaria que exceder o limite calculado
com base na taxa libor, para depósitos em dólares dos Estados Unidos da
América, pelo prazo de 6 meses, acrescido de 3% anuais a título de spread,
proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros, quando
pagos ou creditados a pessoas vinculadas no exterior e o contrato não for
registrado no BACEN (Banco Central do Brasil) (Lei 9.430/96, art.22,
parágrafo 3º, (Jurisprudência STJ-Agravo Regimental no Recurso Especial
AgRg no REsp 1462446 SC 2014/0149865-6 site Jus Brasil publicado em
06/04/2015), IN SRF (Instrução Normativa da Secretaria Recita Fazenda) 93/97
art.36, VIII e parágrafo 11);
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XVI- A diferença de receita correspondente ao valor calculado com base na taxa a
que se refere o inciso anterior e o valor contratado, quando este for inferior,
caso consisto, não registrado no BACEN (Banco Central do Brasil), seja
realizado com mutuaria definida como pessoa vinculada domiciliada no
exterior (Lei 9.430/96, art.22, parágrafo 3º, e IN SRF (Instrução Normativa da
Secretaria Recita Fazenda) 93/97, art.36 IX, e parágrafo 11);
XVII- As multas ou qualquer outra vantagem, inclusive indenização, paga ou
creditada por rescisão de contrato (Lei 9.430/96, art.70 e parágrafo 3º)
(Jurisprudência TRF-3-Agravo de Instrumento AI 2531 SP 0002531-
20.2012.4.03.0000 no site Jus Brasil publicado em 06/11/2014);
XVIII- A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos
de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro
ou o valor dos bens e direitos entregue para a formação do referido patrimônio;
XIX- Os valores pendentes de tributação na parte “B” do Lalur, inclusive o saldo de
lucro inflacionário das empresas que até o ano-calendário anterior, também sido
tributadas pelo lucro real;
XX- O valor resultante de acréscimos decorrentes da aplicação das normas de
controle fiscal dos preços de transferências no caso de exportações às pessoas
vinculadas ou aos países com tributação favorecida, que exceder ao valor já
apropriado na escrituração da empresa, na forma do IN SRF (Instrução
Normativa da Secretaria Recita Fazenda) 243/02.
2.7. VALORES RSTITUÍDOS À PESSOA JURÍDICA, POR FORÇA DE
SENTENÇA JUDICIAL EM AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO
Os valores restituídos a título de tributo pago indevidamente serão tributados pelo
Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e pela Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL), se, em períodos anteriores, tiverem sido computados como despesas
dedutíveis do lucro real e da base de cálculo da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido).
Não há incidência da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
(COFINS) e da contribuição para o PIS/PASEP (Programa da Integração Social e Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público respectivamente) sobre os valores
18
recuperados a título de tributo pago indevidamente. Os juros incidentes sobre o indébito
tributário recuperado são receita nova e sobre ela incidem o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa
Jurídica) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
No caso de reconhecimento das receitas pelo regime de caixa, o indébito e os juros
passam a ser receita tributável do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) no momento do pagamento do precatório.
Pelo regime de competência, o indébito passa a ser receita tributável do IRPJ (Imposto
de Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) no trânsito
em julgado da sentença judicial que já define o valor a ser restituído e no caso de a sentença
condenatória não definir o valor a ser restituído, o indébito passa a ser receita tributável pelo
IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e pela CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido):
I- Na data do trânsito em julgado da sentença que julgar os embargos à execução,
fundamentos no processo de execução (CPC - Comitê dos Pronunciamentos
Contábeis, art.741, inc. V) (Jurisprudência TJ-RJ – Recurso Inominado RI
0152945-81.2011.8.19.0001); ou
II- Na data da expedição do precatório, quando a Fazenda Pública deixar de
oferecer embargos à execução.
A receita decorrente dos juros de mora devidos sobre o indébito deve com as bases
tributáveis do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido) observando o seguinte:
I- Se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito já definir o valor a ser
restituído, é, o seu trânsito em julgado, que passam a ser receita tributável os
juros de mora ocorridos até aquela data e, a partir dali os juros ocorridos em
cada mês deverão ser reconhecidos pelo regime de competência como receita
tributável do respectivo mês;
II- Se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito não definir o valor a
ser restituído, é, no trânsito em julgado da sentença dos embargos à execução
fundamentados em processo de execução (CPC - Comitê dos Pronunciamentos
Contábeis art.741, inc. V) (Jurisprudência TJ-RJ – Recurso Inominado RI
0152945-81.2011.8.19.0001), que passam a ser receita tributável os juros de
mora ocorridos até aquela data e, a partir dali os juros ocorridos em cada mês
19
deverão ser reconhecidos pelo regime de competência como receita tributável
do respectivo mês;
III- Se a sentença que julgar a ação de repetição de indébito não definir o valor a
ser restituído e a Fazenda Pública não apresentar embargos à execução, os
juros de mora sobre o indébito passam a ser receita tributável na data da
expedição do precatório.
2.8. GANHO DE CAPITAL
O ganho de capital auferido na venda de bens do ativo investimentos, imobilizado e
intangível para recebimento do preço, no todo ou em parte, após o término do ano-calendário
seguinte ao de contratação, deverá integrar a base de cálculo do imposto de renda pelo lucro
presumido.
O ganho de capital, nas alienações de bens do ativo imobilizado e ativo intangível e de
ouro não considerado ativo financeiro, corresponderá à diferença positiva verificada entre o
valor da alienação e o respectivo valor contábil.
A baixa de investimento influente em sociedade coligada ou controlada deve ser
precedida de avaliação pelo valor de patrimônio líquido, com base em balanço patrimonial ou
balancete de verificação da coligada ou controlada, levantado na data da alienação ou
liquidação ou até 30 dias, no máximo, antes dessa data. Nas hipóteses mencionadas, a não
compensação dos custos pela pessoa jurídica implicará adição da receita à base de cálculo da
CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e do imposto de renda.
Na apuração de ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de reavaliação
somente poderão ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos bens e
direitos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na
determinação da base de cálculo do imposto do período da reavaliação.
A partir de 01.01.2008, a Reserva de Reavaliação foi extinta, por força da Lei
11.638/07. Com a publicação da Lei 11.638/07(Jurisprudência TRF-1-Agravo Regimental no
Agravo de Instrumento: AGA 35771 no site Jus Brasil publicado em 25/02/2009), não mais se
apresenta a figura da reavaliação de bens, em virtude da revogação do dispositivo legal que
autoriza a sua reavaliação (Lei 6.404/76, art.187, parágrafo 2º) (Jurisprudência STJ-Inteiro
Teor. Recurso Especial REsp 514245 RJ 2003/0047676-6 no site Jus Brasil publicado em
26/10/2006), o qual traz em seu lugar, a Redução ao Valor Recuperável de Ativos
20
(Impairment), aprovada pela Deliberação CVM (Comissão de Valores Mobiliários) 527/07,
oriunda do Pronunciamento Técnico CPC (Comitê dos Pronunciamentos Contábeis) 01.
2.9. DEDUÇÕES E COMPENSAÇÕES DO IRPJ DEVIDO
Deduções
Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir o imposto devido no
período de apuração, o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integraram
a base de cálculo do imposto devido, inclusive de aplicações, vedada qualquer dedução a
título de incentivo fiscal. No caso em que o imposto retido na fonte ou pago seja superior ao
devido, a diferença poderá ser compensada com o imposto a pagar relativo aos períodos de
apuração subsequentes e nota-se que essas compensações devem ser formalizadas mediante o
preenchimento e envio da PER/DCOMP (Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou
Restituição e Declaração de Compensação).
Compensações
De acordo a IN SRF (Instrução Normativa da Secretaria Receita da Fazenda) 93/97,
art.38, parágrafo 2º, III, com o valor do imposto devido em cada trimestre, poderão ser
compensados os valores a seguir relacionados, devendo essas compensações serem
informadas na DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais).
Compensações de Prejuízos Fiscais
A pessoa jurídica optante pela tributação na forma do lucro presumido não poderá
compensar prejuízos fiscais apurados em anos anteriores, quando esteve sendo tributada pelo
lucro real. Porém, na hipótese de retornar à tributação pelo lucro real poderá compensar tais
prejuízos, na forma estatuída pela Lei.
A determinação da base de cálculo do imposto de renda (IRPJ), e da contribuição
social (CSLL) que tenham faturado menor ou igual a R$ 78 milhões anuais, das pessoas
jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano calendário, à apuração do Lucro Real, sendo
apurados trimestralmente. O regime de tributação do Lucro Presumido tem esse nome pois,
dependendo da atividade da empresa, ela tem o seu Lucro Presumido por um percentual
aplicado sobre a receita bruta. Ou seja, independente qual foi o resultado real da empresa, o
21
Fisco presumirá que o lucro foi de um percentual fixo da receita bruta, variando de acordo
com a atividade da empresa e esse lucro servirá como base de cálculo do IRPJ (Imposto de
Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).
Qualquer empresa do Lucro Presumido, independentemente de sua atividade, pagará
15% de IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e 9% de CSLL (Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido), ambos calculados sobre o Lucro Presumido. Por exemplo, se uma empresa
com “comércio e indústria” faturou R$ 100 mil, será presumido que ela teve um lucro de R$ 8
mil (8% de acordo com a tabela de atividades). A partir desse lucro, será calculado 15% para
IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) (R$ 1.2 mil) e 9% para CSLL (Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido) (R$ 720).
E ao contrário dos demais impostos, que são mensais, CSLL (Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido) e IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) tem um prazo diferenciado
de apuração:
• 1º trimestre – 31/03 de cada ano
• 2º trimestre – 30/06 de cada ano
• 3º trimestre – 30/09 de cada ano
• 4º trimestre – 31/12 de cada ano
Por fim, empresas que tenham o Lucro Presumido superior a R$ 60 mil por trimestre
(R$ 240 mil no ano) devem pagar um percentual de 10% sobre o valor excedente e tal
recolhimento é denominado como adicional do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica).
Foi longa a teimosia da equipe econômica do Governo Federal em manter
desatualizados os valores pertinentes à Legislação do Imposto de Renda que vinha
prejudicando não somente as contribuintes pessoas físicas, mas influenciando em muito a
pesada carga tributária suportada pelos contribuintes pessoa jurídica, especialmente os
optantes pelo Lucro Presumido.
É de conhecimento geral que as empresas gastam em média 2.600 horas anuais para
cumprimento das obrigações tributárias, sendo que o Brasil ocupa o 1º lugar em pesquisa
envolvendo 183 países, quase o dobro de horas do segundo colocado, Camarões, com 1400
horas.
Voltando ao tema LUCRO PRESMIDO, enquanto a RFB (Receita Federal do Brasil)
atualiza os débitos dos contribuintes que se encontram em aberto em seus arquivos pela
SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que de janeiro 2002 a outubro 2011 já
estava num percentual de 135,45%, o mesmo órgão se omite em corrigir valores que, de
22
alguma forma, possam facilitar ou beneficiar o universo de contribuintes. Enquanto a
legislação é estática e a economia dinâmica, com o passar dos anos e com a ocorrência do
fenômeno inflacionário, embora, menor e ainda tolerável desde a implantação do REAL, fez
com que se tornasse defasado o conteúdo legislativo que regre o IRPJ (Imposto de Renda da
Pessoa Jurídica), tanto no tempo como sua ineficácia para a consecução de seus objetivos,
trazendo em consequência prejuízos para vários setores da nossa economia, principalmente as
empresas.
É recorrente que o sistema Lucro Presumido é mais viável para os pequenos negócios,
tanto pela menor burocracia quanto pela operacionalidade por parte dos Contabilistas e
Empresários, aliviando os custos administrativos das empresas, tornando-as mais competitiva
no mercado, principalmente se as comparamos com o que ocorre na globalização vivenciada
pela economia mundial.
Com o aumento do limite do faturamento anual para as empresas do regime Lucro
Presumido, trará ganhos tanto para a economia, tais como o crescimento das pequenas
empresas em época de crise mundial e aumento da oferta de postos de trabalho formalizados
como no incremento de tributação, está em consequência da simplificação da fiscalização por
parte da SRF (Secretaria de Receita da Fazenda) que, forçosamente, vai liberar um bom
número de técnicos e auditores fiscais para estarem à disposição para a fiscalização de
grandes contribuintes ou para prevenir sonegação, tanto dos contribuintes do IRPJ (Imposto
de Renda da Pessoa Jurídica) Lucro Reais como dos CPF’s dos donos das grandes receitas em
suas contas bancárias pessoa física, gerando em consequência aumento da arrecadação e
dando ao Governo condições de se fazer uma melhoria e justa distribuição de renda, tão
necessária à população brasileira que certamente, com o maior poder de compra, irá fomentar
crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto), com benefícios para todos como o Povo,
Governo e os Empresários.
2.10. LUCRO PRESUMIDO – DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS COM BASE EM
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
Inicialmente, por oportuno, vale ressaltar que para as empresas tributadas com base no
Lucro Presumido, a partir do ano-calendário 2014, caso distribuam lucros apurados com base
na escrituração contábil, superior ao lucro determinado pelas regras fiscais, foi instituída uma
nova obrigação acessória, a apresentação da escrituração contábil digital e esta obrigação
23
deverá ser cumprida, pela primeira vez, com o envio do arquivo eletrônico ao SPED (Sistema
Público de Escrituração Digital), em junho de 2015.
É consabido que o Lucro Presumido, segundo a legislação de regência, pode ser
determinado com base no regime de caixa ou de competência, ao tolante do contribuinte,
ocorre que a opção por uma dessas alternativas pode trazer, por consequência, em situações
idênticas, resultados diferentes no quantum apurado do lucro. Outrossim, quando o valor
distribuído é o encontrado na escrituração contábil, mesmo sendo superior ao valor apurado
com base nas regras fiscais, não incide tributos nessa distribuição.
Observar que a distribuição de lucros pode ter tratamento tributário diferente para as
pessoas jurídicas tributadas com base no regime do Lucro Presumido, caso tenham ou não
escrituração contábil. Atente-se para quando inexiste escrituração contábil e nesse caso, o
valor do lucro passível de distribuição, com isenção do imposto de renda, será o valor da base
de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita a
pessoa jurídica.
2.2.1. VANTAGENS
• Bem mais simples de se trabalhar do que a tributação por Lucro Real;
• Se a empresa lucrar mais do que a média das empresas que prestam a mesma
atividade, você vai pagar o imposto apenas em cima da alíquota pré-fixada e se a
tributação fosse do tipo lucro real, provavelmente pagaria mais impostos;
• As alíquotas de PIS (Programa da Integração Social) e COFINS (Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social) são menores que as praticadas no
lucro real, mais não é possível abater nenhum crédito fiscal em sua base de
cálculo. Especialmente interessante para empresas que não tenham muitos créditos
a serem abatidos;
• Quando optantes pelo regime de tributação Lucro Presumido, o fisco dispensa as
empresas de obrigações acessórias desde que seja mantido um livro caixa.
2.2.2. DESVANTAGENS
Se a empresa lucrar menos do que a média das empresas que prestam a mesma
atividade, você vai pagar o imposto em cima da alíquota pré-fixada. Sendo que pagaria menos
(por lucrar menos) se o regime de tributação fosse do lucro real;
24
As alíquotas de PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social) são menores que praticadas no lucro real, mais
não é possível abater nenhum crédito fiscal em sua base de cálculo. Se a empresa tiver
montantes altos de créditos a serem abatidos desses dois impostos, talvez seja interessante
pensar se vale a pena mudar para o lucro real, pois pode causar perdas consideráveis.
2.2.3. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS PARA O LUCRO PRESUMIDO
A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base no Lucro
Presumido deverá manter (Lei 8.981/1995 art.45) (Jurisprudência TRF-2 –Inteiro Teor.
APELRE – Apelação/Reexame necessário -: REEX 200851010102630 no site Jus Brasil
publicado em 29/04/2013):
I – Livro caixa, no qual deverá estar escriturado toda a movimentação financeira,
inclusive bancária, ou escrituração contábil nos termos da legislação comercial;
II – Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques
existentes no término do ano-calendário;
III – Em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não
prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de
escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica, bem como os documentos
e demais papéis que serviram de base para a escrituração comercial e fiscal. O
prazo de decadência do imposto de renda é de 5 (cinco) anos.
2.2.4. NORMAS E DESCRIÇÕES DE UMA EMPRESA DE MÉDIO PORTE
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) emite suas normas, interpretações e
comunicados técnicos de forma convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade
emitida pela IASB (International Accounting Standards Board) e promoção do uso dessas
normas em demonstrações contábeis para fins gerais no Brasil e outros relatórios financeiros.
As normas, interpretações e comunicados técnicos definem as exigências de reconhecimento,
mensuração, apresentação e divulgação relacionados a transações e outros eventos e
condições que são importantes em demonstrações contábeis para fins gerais.
As empresas tanto de pequeno como de médio porte, não tem obrigação pública de
prestação de contas e elaboram demonstrações contábeis para fins gerais e para usuários
externos. O objetivo das demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas é oferecer
25
informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o desempenho (resultado e
resultado abrangente) e fluxos de caixa da entidade.
A informação apresentada em demonstrações contábeis deve ser apresentada de modo
a torná-la compreensível por usuários que tenham algum conhecimento razoável de negócios
e de atividades econômicas e de contabilidade, e a disposição de estudar a informação com
razoável diligência.
Portanto no Brasil as sociedades por ações, fechadas (sem negociação de suas ações ou
outros instrumentos patrimoniais ou de dívida no mercado e que não possuam ativos em
condição fiduciária perante um grupo de terceiros), mesmo que obrigadas à publicação de
suas demonstrações contábeis, são tidas, para fins desta norma, como pequenas e médias
empresas, desde que não enquadradas pela Lei nº 11.638/07 (Jurisprudência STJ-Inteiro Teor.
Recurso Especial: REsp 1325709 RJ 2012/0110520-7 no site Jus Brasil publicado em
20/05/2014) como sociedades de grande porte. As sociedades limitadas e demais sociedades
de grande porte, também são tidas, para fins dessas normas, como pequenas e médias
empresas.
Contador deve adotar uma série de procedimentos corriqueiros no ambiente
profissional, como a rigorosa observância aos princípios contábeis, constituição de provisões
necessárias, completa escrituração fiscal e contábil, preparação das demonstrações contábeis
(Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, Balancetes) e livros
(Livro de Entrada e Saída e Livro Registro de Inventário).
3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DO ESTUDO DE CASO O estudo foi realizado em uma empresa prestadora de serviços de eletricidade.
3.1 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
• RAZÃO SOCIAL: Força e Luz de Urussanga Ltda.
• CNPJ: 86.531.175/0001-40
• FUNDAÇÃO: 17/08/1944
• INSCRIÇÃO ESTADUAL: 251040593
• ENDEREÇO: Rua Siqueira Campos, nº 254, Centro – Urussanga – SC.
26
• RAMO DE ATIVIDADE: Serviços relacionados a Distribuição de Energia
Elétrica.
• TOTAL DE FUNCIONÁRIOS: 46
3.2 ASPECTOS ECONÔMICOS
Demonstrações Contábeis
Balanço Patrimonial
Empresa Força e Luz de Urussanga Ltda.
CNPJ no 86.531.175/0001-40
Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e 2010
(Valores expressos em milhares de reais)
Legislação Societária
2011 2010
ATIVO
12.308,79
11.174,69
Circulante
5.479,07
4.579,00
Numerário disponível
305,65
529,16
Aplicações no mercado aberto 0,00 0,00
Consumidores, concessionárias e permissionárias
4.108,21
2.623,26
Rendas a receber 0,00 0,00
Devedores diversos
85,44
26,19
Depósitos judiciais 0,00 0,00
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (146,30) (144,70)
Serviços em curso 0,00 0,00
27
Conta de resultado a compensar 0,00 0,00
Títulos e valores mobiliários 0,00 0,00
Tributos a compensar
541,72
471,26
Estoque 67,02 62,35
Imposto de renda e contribuição social diferidos 0,00 0,00
Despesas pagas antecipadamente
409,83
710,37
Outros créditos 107,50 301,11
Ativo Não-Circulante
6.829,72
6.595,69
Realizável a Longo Prazo
5.108,08
4.554,42
Coligadas, controladas e controladoras 0,00 0,00
Títulos e valores mobiliários 32,85 46,92
Tributos a compensar
783,53
826,64
Imposto de renda e contribuição social diferidos 0,00 0,00
Depósitos judiciais 22,85 22,85
Ativo Financeiro
3.743,62
3.266,46
Outros créditos
525,23
391,55
Investimentos 0,00 0,00
Imobilizado
658,68
775,99
Intangível
1.062,96
1.265,28
PASSIVO
12.308,79
11.174,69
28
Circulante
7.396,82
6.861,78
Fornecedores
4.107,39
3.790,43
Folha de pagamento 44,94 35,29
Encargos de dívidas 0,00 0,00
Empréstimos e financiamentos 0,00 187,50
Taxas regulamentares 211,43 128,96
Entidade de previdência privada 0,00 0,00
Tributos e Contribuições sociais
1.090,47
1.061,59
Passivos regulatórios
608,89
199,47
Credores diversos 791,04 580,11
Dividendos e juros sobre o capital próprio 4,50 40,00
Obrigações estimadas 352,56 325,18
Provisões para contingências 0,00 0,00
Pesquisa & Desenvolvimento 7,99 157,51
Programa de Eficiência Energética 177,61 355,74
Outras contas a pagar 0,00 0,00
Passivo Não-Circulante
3.208,81
2.726,93
Passivo Exigível a Longo Prazo
3.208,81
2.726,93
Empréstimos e financiamentos 0,00 0,00
Entidade de previdência privada 0,00 0,00
Tributos e Contribuições sociais
656,22
1.004,24
Imposto de renda e contribuição social diferidos 0,00 0,00
Provisões para contingências 649,78 0,00
Outras contas a pagar
1.902,81
1.722,69
29
Patrimônio Líquido
1.703,16
1.585,98
Capital social
1.240,00
1.240,00
Ajuste de avaliação patrimonial 0,00 0,00
Reservas de capital
100,05
100,05
Reservas de lucros 0,00 0,00
Lucros (prejuízos) acumulados
363,11
245,93
Recursos destinados a aumento de capital 0,00 0,00
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis.
-
-
Fonte: EFLUL em http://www.eflul.com.br/files/files/demonstracao_contabil.pdf acesso em 02.02.2016
3.3. A IMPORTÂNCIA E OS BENEFÍCIOS DO LUCRO PRESUMIDO
Como mencionado anteriormente, o Lucro Presumido é uma forma de regime de
tributação que toma como base de cálculo a presunção de um lucro contábil de uma empresa.
Ele é de suma importância para as empresas, principalmente para empresas prestadoras de
serviços, que para obter o seu lucro faz um cálculo presumido e daí apura os seus impostos
diminuindo assim a carga tributária da empresa. Com a apuração dos resultados teve-se a
constatação de que, quando se opta pelo regime tributário adequado, a influência na apuração
dos resultados pode representar montantes bastante significativos, de forma a garantir assim,
em muitos casos, a própria manutenção, ou até mesmo a sua continuidade.
Através do balanço patrimonial apurado da empresa acima, é possível visualizar as
diferenças entre os valores apurados a partir da aplicação da legislação pertinente ao Lucro
Presumido. Observa-se que o total de impostos a recolher e contribuições sociais no de 2010 é
de R$ 1.061,59 e no ano de 2011 foi de R$ 1.090,47, o que representa aproximadamente 35%
a mais do montante recolhido pela empresa.
30
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente o mercado de trabalho, além de ser extremamente competitivo e dinâmico,
tem um custo muito elevado, principalmente para as empresas brasileiras.
No Brasil, a carga tributária é bastante alta, o que faz com que as empresas paguem
um montante significativo de impostos sobre as suas receitas. Em função disso, os
empresários e profissionais envolvidos, necessitam de alternativas rápidas e precisas para a
redução de seus custos. Para que obtenham sucesso em suas buscas, é necessário que sejam
feitos diversos estudos e análises das informações contábeis disponíveis nas empresas,
visando assim encontrar alternativas legais que venham maximizar seus lucros.
Com a devida apuração dos resultados e a constatação de que, quando se opta pelo
regime tributário correto, obedecendo sempre os princípios e as determinações da legislação
tributária, a minimização e a influência desses resultados se dão de forma bastante
significativa, e em muitos casos resulta na própria manutenção e permanência da empresa no
mercado de trabalho.
Verificou-se que, independentemente do tamanho da empresa, pequeno, médio ou
grande porte, um bom Planejamento Tributário é essencial para se obter sucesso nos negócios,
além de proporcionar uma apuração de resultado mais precisa e confiável.
Percebeu-se também que, apesar de pouco conhecido e utilizado, o Lucro Presumido
vem se mostrando uma das melhores alternativas na hora de se apurar os impostos, pois, além
de exigir uma escrituração contábil mais correta e exata, permitindo ao empresário visualizar
a verdadeira situação em que a empresa se encontra para tomada de decisões.
31
Comprovou-se, através de um estudo de caso, o quanto a carga tributária se minimiza
quando se opta por esse regime, finalizando assim as considerações feitas a respeito da
pesquisa e respondendo à questão feita no início desse trabalho, pois provou-se que é possível
sim, através de um bom planejamento reduzir o pagamento de impostos federais se uma
empresa optar pela tributação baseada no Lucro Presumido.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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