faculdade tecsoma curso de fisioterapia fernanda cristiny
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FACULDADE TECSOMA
Curso de Fisioterapia
Fernanda Cristiny Ribeiro Martins Souto
OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NA LOMBALGIA GESTACIONAL:
estudo de caso.
Paracatu
2013
Fernanda Cristiny Ribeiro Martins Souto
OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NA LOMBALGIA GESTACIONAL:
estudo de caso.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentando a
Faculdade TECSOMA como requisito parcial a
obtenção título Bacharel em Fisioterapia.
Orientadoras:
Profª M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento
Profª M Sc. Michelle Faria Lima
Paracatu
2013
Souto, Fernanda Cristiny Ribeiro Martins
Os benefícios da fisioterapia na lombalgia gestacional: estudo de caso. /
Fernanda Cristiny Ribeiro Martins Souto.Paracatu, 2013.
57f.
Orientadora: Michelle Faria Lima
Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Graduação em
Fisioterapia.
1. Lombalgia 2.Gestação . 3. Cinesioterapia. I. Lima, Michelle Faria. II.
Faculdade Tecsoma. III. Título.
CDU: 615.85:612.63
Fernanda Cristiny Ribeiro Martins Souto
OS BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NA LOMBALGIA GESTACIONAL:
estudo de caso.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentando ao
Curso de Fisioterapia da a Faculdade TECSOMA-
Paracatu/MG, como requisito parcial a obtenção
título Bacharel em Fisioterapia.
Banca Examinadora:
______________________________________________________________________
M Sc. Michelle Faria Lima (Orientadora Geral) - Faculdade Tecsoma
______________________________________________________________________
M Sc Cecília Maria Dias Nascimento (Orientadora Metodológica) - Faculdade Tecsoma
Paracatu-MG, 25 de Outubro, 2013
Dedico este trabalho a minha mãe Iris, que nunca
mediu esforços para me ajudar a realizar meus
sonhos, que sempre esteve ao meu lado, que é um
presente que Deus me deu.
AGRADECIMENTOS
Já dizia Henry Ford “Quem avança em direção de seus sonhos e se empenha em viver
a vida que imaginou, encontra sucesso em seu dia a dia”, hoje eu realizo um sonho, sonho
esse que não é só meu, no qual devo agradecer imensamente as pessoas maravilhosas que
vivem a minha volta.
Primeiramente agradeço ao superior de todos, o professor, mestre, doutor, e além de
tudo o melhor pai que alguém poderia ter : Deus, que a mim atribuiu alma e missões pelas
quais já sabia que eu iria batalhar e vencer, agradecer é pouco. Ele guia meus passos, conduz
minha vida, e a luz do Divino Espírito Santo renova todos os dias minha fé, e minhas forças.
Por isso lutar, conquistar, vencer e até mesmo cair e perder, e o principal, viver é o meu modo
de agradecer sempre a Ele que tanto olha por mim.
Agradeço a minha vida, meu amor, minha amiga, minha companheira, minha paixão,
meu chão, minha Mãe, que está presente em minha vida em todos os momentos, que sonha
comigo e que ajuda a tornar todos os meus sonhos em realidade.
Ao meu pai, herói, homem sereno, calmo, a quem tenho um apreço imenso, um amor
de filha inigualável, diante de todo esse sonho nunca se opôs a ajudar a realiza-lo.
Ao meu Irmãozinho, e meu afilhado Dudu que são meus companheiros, que amo de
paixão, amor que não se mede, sou capaz de enfrentar dragões por vocês.
A meu vovô Adão, e a minha vovó Crioula, que muito me ajudaram durante meus 21
anos de idade, meus xodós, meus exemplos, me espelho nesse lindo casal que é a maior prova
que o amor existe, sou imensamente grata a vocês meus amores.
Ao Rafael meu príncipe encantado, meu amigo para todas as horas, aprendi muito,
cresci e amadureci com ele, nunca mediu esforços para sempre atender meus pedidos durante
8 anos da minha vida, e por me proporcionar a alegria de conviver com duas pessoas pelo
qual tenho um imenso respeito, admiração e carinho, Ademar e Ana Lúcia minha segunda
família.
As minhas dindinhas e dindinho, tias e tios de sangue e coração por sempre torcerem
por mim e se preocuparem comigo.
As minhas colegas de república, por sempre participar dos momentos mais difíceis ao
meu lado, aos meus colegas de Faculdade por proporcionar a mim momentos inesquecíveis.
A minha paciente e ao seu bebê, pela determinação, a força de vontade e a gratidão
que teve por mim e pelo trabalho que realizamos.
A minhas orientadoras Michelle e Cecília, pela paciência, conhecimento,
profissionalismo, passado a todos nós.
A todos meus amigos e familiares no qual tenho os melhores, pelo carinho que tem por
mim.
Meu muito obrigada de coração, por ajudar a tornar esse sonho realidade.
Essa vitória é nossa!
O meu escudo é Deus, Ele salva os que têm coração reto (Sl. 7,8,11).
RESUMO
A lombalgia caracteriza-se por fraqueza muscular, particularmente nas regiões abdominal e
lombar inferior. Durante o período gestacional, o corpo da mulher passa por diferentes
mudanças, necessárias para adaptação física, desenvolvimento e crescimento fetal, em
algumas gestantes essas mudanças podem causar grandes dores, desconfortos e até limitações
em suas atividades de vida diária. O objetivo deste estudo foi demonstrar a eficácia da
cinesioterapia na lombalgia gestacional, verificar se houve diminuição do quadro álgico na
coluna lombar da gestante e analisar a melhora da sua qualidade de vida, após o tratamento
fisioterapêutico. A avaliação foi realizada no primeiro dia de tratamento, e a reavaliação no
último dia de tratamento. Após a intervenção fisioterapêutica, observou-se a diminuição do
quadro álgico, melhorando assim a qualidade de vida da gestante. A aplicação do protocolo
fisioterapêutico trouxe benefícios à paciente, através da melhora dos desconfortos causados
pela lombalgia.
Palavras chaves: Lombalgia. Gestação. Cinesioterapia.
ABSTRACT
The back pain is characterized by muscle weakness, particularly on the abdomen and lower
lombar parts. During the pregnancy period, the woman´s body goes throw different changes,
which are necessary for the physical adaptation, developmentand and growing fetal, on some
pregnents these chenges can cause huge pains, discomfort and even limitations on their daily
lives. The aim of this study was to demonstrate the effectiveness of the Cinesiotherapy on the
pregnancy back pain, to check if there was a decrease on the back lombar pain of the
pregnants, to analyse the improvement of their live´s quality after the physiotherapy
treatment. The evaluation was done on the teatment´s first Day, and the revaluation on the last
Day. After the physiotherapy intervention, there could be noticed the decrease of the pain,
there for the pregnant had a better life quality. The use of the physiotherapy treatment broght
benefits to the pregnant, throght the improvement of the discomfort caused by the back pain.
Key words: Back pain. Pregnancy. Cinesiotherapy.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Resultados obtidos na avalição e reavaliação através da aplicação de um
questionário.......................................................................................................33
FIGURA 2 - Dados comparativos da Escala Visual Analógica da Dor realizada na primeira
avaliação, e na reavaliação.........................................................................37
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AVD’S – Atividade de Vida Diárias
Bpm – batimentos por minuto
Hrs – horas
Kg – Quilograma
mmhg – milímetro de mercúrio
PA – Pressão Arterial
SUS – Sistema Único de Saúde
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 17
3 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 18
3.1 Objetivo Geral .................................................................................................................... 18
3.2 Objetivos específicos .......................................................................................................... 18
4 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................. 19
4.1 Estrutura óssea vertebral ..................................................................................................... 19
4.2 Estrutura articular vertebral ................................................................................................ 19
4.3 Estrutura muscular da coluna vertebral .............................................................................. 20
4.3.1 Grupo anterior ................................................................................................................. 20
4.3.2 Grupo posterior ................................................................................................................ 21
4.4 Curvaturas normais da coluna. ........................................................................................... 22
4.5 Influências da gravidez no sistema músculo esquelético. .................................................. 22
4.6 Dor ...................................................................................................................................... 24
4.7 Lombalgia ........................................................................................................................... 24
4.8 Fisioterapia na gestação ...................................................................................................... 25
4.8.1 Cinesioterapia na gestação............................................................................................... 26
4.8.1.1 Aquecimento ................................................................................................................. 27
4.8.1.2 Fortalecimento .............................................................................................................. 28
4.8.1.3 Alongamento ................................................................................................................ 29
4.8.1.4 Relaxamento ................................................................................................................. 30
4.8.1.4.1 Drenagem linfática .................................................................................................... 30
5 METODOLOGIA .................................................................................................................. 32
5.1 Descrição da paciente ......................................................................................................... 32
5.2 Métodos .............................................................................................................................. 32
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 34
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 41
APÊNDICE A - PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ........................................................... 45
APÊNDICE B - ENTREVISTA INICIAL ............................................................................... 46
APÊNDICE C - ENTREVISTA FINAL .................................................................................. 47
APÊNDICE D- DESCRIÇÃO DAS SESSÕES ....................................................................... 48
ANEXO A - TERMO LIVRE E ESCLARECIDO DE CONSENTIMENTO ......................... 53 ANEXO B - FICHA DE AVALIAÇÃO .................................................................................. 55
ANEXO C - ESCALA ANALÓGICA DE DOR ..................................................................... 57
15
1 INTRODUÇÃO
McArdle, e colaboradores (2003), falam que a lombalgia caracteriza-se por fraqueza
muscular, particularmente nas regiões abdominal e lombar inferior, a instabilidade da coluna
lombar e a flexibilidade articular precária nas costas e nas pernas apresentam fatores externos
e primários relacionado a lombalgia, Teixeira (2006), completa que os relatos da lombalgia se
dá com frequência em gestantes e atletas, mas nem sempre pode-se considerar variações de
normalidade, os exames que apresentam anormalidades nem sempre são as verdadeiras causas
da lombalgia.
De acordo com Baracho (2007), durante o período gestacional, o corpo da mulher
passa por diferentes mudanças necessárias, para adaptação física, desenvolvimento e
crescimento fetal, em algumas gestantes essas mudanças podem causar grandes dores,
desconfortos e até limitações em suas atividades de vida diária; de acordo com estudos
realizados 24 a 90% das queixas realizadas neste período se dá as mudanças que ocorrem na
coluna lombar e na cintura pélvica.
Segundo Polden e Mantle (2005), um grande número de mulheres grávidas sentem
dores nas costas ou dores associadas às suas articulações pélvicas, em alguma etapa da sua
gravidez. A intensidade e a duração da dor podem flutuar através da gravidez, e geralmente,
de uma gravidez para a outra na mesma mulher.
A fisioterapia obstétrica é uma das especialidades da área de saúde que pode contribuir
para o alívio das lombalgias que surgem nesse período, utilizando recursos variados como
forma de tratamento (PANTOJA; SOUSA, 2013). Oliveira e Maggi (2009), também afirmam
que a fisioterapia neste caso de lombalgia é uma alternativa que busca amenizar as
complicações ocasionadas pela gravidez, melhorando a capacidade funcional da mulher,
aumentando seu nível de independência, fazendo com que a mesma seja capaz de realizar suas
atividades de vida diária da melhor maneira, e consequentemente melhorando sua qualidade
de vida.
De acordo com Polden e Mantle (2005), o fisioterapeuta se envolve diretamente
quando há influências da gravidez no sistema musculoesquelético; primeiramente para tentar
evitar distúrbios resultantes e depois onde os problemas podem surgir, para tratá-los.
O presente estudo tem como objetivo mostrar a importância da fisioterapia no
tratamento da lombalgia em gestantes, utilizando como recurso a cinesioterapia, composta por
aquecimento, fortalecimento muscular, alongamento e relaxamento. As disfunções
decorrentes de doenças crônico-degenerativas, prevenção de condições físicas e funcionais
16
desfavoráveis podem ser tratadas através da fisioterapia proporcionando mais qualidade de
vida às pessoas. A cinesioterapia é a terapia mais utilizada, sendo importante por estar ligada
a todas às outras formas de terapias físicas e tem como objetivo prevenir, eliminar ou diminuir
os distúrbios do movimento e função que visam a reabilitação funcional através da realização
de movimentos ativos e passivos.
17
2 JUSTIFICATIVA
Durante a gestação ocorrem muitas mudanças com a finalidade de pleno
desenvolvimento fetal, sendo elas hormonais e biomecânicas. Nesse período a mulher lida
com diversas alterações em sua anatomia e fisiologia. Dentre estas temos as
musculooesqueléticas, cujo seu centro de gravidade se modifica e começa a surgir as
compensações, ocorrendo automaticamente a mudança de sua anatomia para se adaptar a essa
nova etapa.
A lombalgia gestacional é uma dessas alterações, na qual ocorre o aumento da lordose
lombar, forçando assim toda a musculatura posterior do tronco. A lombalgia irá incomodar e
limitar a gestante em suas atividades de vida diária, e atividades de vida prática.
A fisioterapia em obstetrícia contém diversos recursos terapêuticos, dentre eles a
cinesioterapia, que trabalha através do exercício, utilizando este como protocolo de
aquecimento no qual se subdivide em: aquecimento durante 5 minutos, exercícios de
fortalecimento muscular isotônico ou isométrico, em cadeia cinética aberta e fechada,
alongamento da musculatura afetada e relaxamento.
Este protocolo como tratamento fisioterapêutico, possui um baixo custo, pois podemos
utilizar diversos materiais e a criatividade do terapeuta, além disso, irá proporcionar para a
gestante, o alívio da dor, a melhor funcionalidade, qualidade de vida e autoestima, fazendo
com que na sua gestação não ocorra intercorrências agravantes.
18
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Demonstrar a eficácia da cinesioterapia na lombalgia, e verificar se houve melhora na
qualidade de vida de uma gestante do terceiro trimestre, sem patologias associadas.
3.2 Objetivos específicos
Verificar se houve diminuição do quadro álgico na coluna lombar da gestante
submetida ao tratamento.
Analisar a melhora da qualidade de vida da paciente, após o tratamento
fisioterapêutico.
Verificar se com a diminuição da dor lombar haverá melhora na realização das
AVD’s.
Incentivar a gestante a praticar atividade física.
19
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Estrutura óssea vertebral
A coluna vertebral é formada por um conjunto de vértebras, que consiste em 7
cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais, e 4 coccígenas, que totalizam 33 vertébras.
Erhart (1992), afirma que as vértebras cervicais tem como característica o forame no
processo transverso, a primeira vértebra é denominada atlas, que se articula com o occipital, a
segunda é a áxis, representa o eixo ao redor do qual gira a cabeça; a sétima é a mais
proeminente por ter seu processo espinhoso bastante saliente, as torácicas possuem corpos e
processos transversos, e se articulam com as costelas pelas facetas articulares, as vértebras
lombares possuem os maiores corpos dentre todas as vértebras, onde também encontramos o
processo espinhoso e os transversos, as sacrais são fundidas entre si onde denominam como
osso sacro, e as coccígenas são atróficas e geralmente são também fundidas entre si.
4.2 Estrutura articular vertebral
Morre e Dalley (2001), subdividem as articulações da coluna vertebral entre:
articulações dos corpos vertebrais, que são cartilagíneas secundárias projetadas para
suportar peso e resistência, as faces articulares das vértebras adjacentes são
conectadas pelos discos intervertebrais e ligamentos, os discos intervertebrais
proporcionam fixações resistentes entre os corpos vertebrais, eles atuam como
absorvedores de choque, e suas formas variadas produzem as curvas secundárias da
coluna vertebral.
articulações dos arcos vertebrais, que são articulações dos processos articulares que
podem ser chamadas de articulações das facetas abreviar, são sinoviais planas entre os
processos articulares superior e inferior, essas articulações são envolvidas por uma
fina cápsula articular frouxa, elas tem função de permitir movimentos de deslizamento
entre as vértebras.
articulações atlantoaxiais; existem três dessa articulações, duas laterais e uma
mediana, estão entre as faces articulares inferiores das massas laterais da primeira
cervical e dos processos articulares superiores da segunda cervical e entre o dente da
20
segunda cervical e o arco anterior do atlas, o movimento em todas as três articulações
atlantoaxiais permite que a cabeça seja inclinada lateralmente.
articulações atlantooccipitais, estão situadas entre as massas laterais do atlas e os
côndilos occipitais, que permitem a flexão, extensão do pescoço e inclinação lateral,
elas são articulações sinoviais do tipo condilóide.
articulações costovertebrais, são divididas em articulações da cabeça das costelas, e
articulações costotransversárias, o qual as primeiras articulam-se com semifacetas ou
fóveas costais das duas vértebras torácicas adjacentes e com o disco entre elas. A
segunda são articulações sinoviais com cápsulas articulares finas que se fixam nas
bordas das facetas articulares.
articulações sacroilíacas, são fortes articulações sinoviais que suportam peso entre as
faces aurículas dos ossos sacro e ílio, o movimento dessas articulações é limitado em
razão da junção dos ossos da articulação e dos espessos ligamentos sacroilíacos.
4.3 Estrutura muscular da coluna vertebral
A coluna vertebral tem importantes componentes, para a estabilidade e funcionalidade
da sua musculatura. Cada grupo muscular tem sua forma específica de atuar de acordo com
suas funções (OLIVEIRA; MAGGI, 2009).
Dângelo e Fattini (2005), afirmam que os músculos tem como funções, participar do
equilíbrio da temperatura corporal, e assegurar a dinâmica e estática do corpo humano.
Os principais músculos da região dorsal estão divididos em duas categorias: anteriores
e posteriores, onde podem e funcionam de modo independente. Os da categoria anterior
realizam flexão da coluna vertebral, enquanto os da posterior realizam a extensão (RASCH,
1991).
4.3.1 Grupo anterior
De acordo com Smith e colaboradores (1997), os flexores cervicais são compostos por
dois curtos músculos: reto anterior da cabeça e reto lateral da cabeça, esses possuem suas
inserções proximais ao longo da extensão dos processos transversos do atlas. O longo da
cabeça possui sua inserção nos processos transversos das vértebras cervicais 3 a 6, eles
produzem a flexão da cabeça e coluna cervical superior, já o longo do pescoço é um músculo
complexo com três partes cobrindo a superfície ântero-lateral das vértebras desde o arco do
21
atlas até a terceira vértebra torácica, que também produz a flexão da coluna cervical.
Rasch (1991), descreve o esternocleidomastóideo um músculo superficial de duas
cabeças, que também realiza a flexão da coluna cervical, e atua unilateralmente realizando a
flexão lateral das vértebras cervicais e rotação da cabeça para o lado oposto. Este autor
também afirma que os músculos escalenos anterior, médio e posterior fletem as vértebras
cervicais, e são considerados do grupo anterior, mas na verdade encontra-se mais
lateralmente.
Os flexores lombares também estão presentes no grupo anterior de acordo com Rasch
(1991). São geralmente conhecidos como abdominais esses não possuem uma ligação direta
com a coluna vertebral. Encontramos nesse grupo de flexores lombares anterior, o músculo
reto do abdome, situa-se verticalmente no abdome e suas partes direita e esquerda são
devidamente separadas pela linha branca tendínea, realiza a flexão da coluna vertebral, e
quando ativado somente de um lado realiza a flexão lateral.
O músculo oblíquo externo do abdome possui uma camada superficial da parede
abdominal, está localizado lateralmente ao reto do abdome e cobre as regiões anterior e
lateral, sua contração unilateral produz rotação do tronco para o lado oposto e encurtamento
lateral para o mesmo. O músculo oblíquo interno do abdome, é coberto pelo oblíquo externo,
e pertence à segunda camada da parede abdominal, sua contração unilateral causa
encurtamento lateral e rotação do tronco com o ombro oposto a frente (SMITH et al., 1997).
4.3.2 Grupo posterior
De acordo com Rasch (1991), existem dois grandes grupos musculares que compõem
o grupo posterior da coluna vertebral, que são: o eretor da espinha e o grupo posterior
profundo.
Miranda (2006), elucida o músculo eretor da espinha como a maior massa muscular do
dorso, que se divide na região lombar superior em três colunas musculares verticais, onde
cada uma também é dividida em três porções. O músculo eretor da espinha é composto por:
iliocostal, localizado na região lateral o qual suas três porções são: iliocostal lombar, iliocostal
torácico, e iliocostal cervical; o longuíssimo que também é divido em três porções de acordo
com a região que atravessa, consiste em longuíssimo do tórax, representando a maior parte do
eretor da espinha, longuíssimo intermediária, e por fim o músculo espinhal localizado na
região medial da coluna, raramente é um músculo isolado, é composto por espinha do tórax,
espinha do pescoço e espinha da cabeça.
22
O grupo posterior profundo conforme Smith e colaboradores (1997), é composto pelos
músculos intertransversais, que se fixam entre os processos transversos adjacentes, e os
músculos interespinhas que se inserem entre os processos espinhosos em cada lado dos
ligamentos interespinhais, são múltiplos músculos, que em tração realizam flexão lateral e
extensão do tronco. Os músculos multifídeos têm como característica seu formato pequeno e
situa-se em toda a coluna vertebral, superficialmente aos músculos rotadores, tem como
função realizar a extensão da coluna cervical, flexão lateral para o mesmo lado, rotação do
tronco para o lado oposto, e de estabilização postural.
4.4 Curvaturas normais da coluna.
Em vista posterior, a coluna normal é vertical, seu alinhamento linear permanece
quando existe a flexão do tronco, já lateralmente a coluna possui curvaturas fisiológicas
anteriores e posteriores. Nos primeiros meses de vida a coluna apresenta somente uma
curvatura onde se nota uma convexidade posteriormente, com o desenvolvimento do lactante,
como por exemplo, levantar a cabeça da posição prona e conseguir sentar-se, as vértebras
cervicais passam a serem convexas anteriormente, quando começa a ficar de pé e andar, as
vértebras lombares passam a ter sua convexidade anteriormente, na maioria das vezes por
causa da tensão dos músculos iliopsoas (SMITH et al., 1997). Smith e colaboradores
(1997), afirmam que por cerca de 10 anos de idade, essas curvaturas fisiológicas já estão
parecidas com as de um adulto, pode-se notar 3 curvaturas: cervical que tem formato côncavo
posteriormente, torácica convexa posteriormente, e a lombar evidentemente côncava
posteriormente. Quando a pessoa está em posição ortostática a coluna lombar normalmente
está em uma posição de lordose, quando se senta a pelve e o sacro estão rotados
posteriormente e a curva lombar então diminuí.
Lippert (2003), diz que a forma em que as vértebras estão sobrepostas as outras de
acordo com suas curvaturas fisiológicas, dão a coluna vertebral uma resistência maior do que
se fosse totalmente ereta.
4.5 Influências da gravidez no sistema músculo esquelético.
De acordo com Baracho (2007), durante o período gestacional, o corpo da mulher
passa por diferentes mudanças, necessárias para a adaptação física, desenvolvimento e
crescimento fetal, em algumas gestantes essas mudanças podem causar grandes dores,
23
desconfortos e até limitações em suas atividades de vida de diária; de acordo com estudos
realizados 24 a 90% das queixas realizadas neste período, se dá as mudanças que ocorrem na
coluna lombar e na cintura pélvica.
As alterações posturais são mais evidenciadas a partir da 16ª semana de gestação,
devido ocorrer um aumento do volume abdominal e das mamas, aumentando assim a
curvatura lombar, essas mudanças também podem ser explicadas pelo mal hábito postural
adquirido antes da gestação explica Corrêa (1999).
Kisner e Colby (2005), elucidam que essas alterações posturais que ocorrem no
período gestacional , se dá porque o centro de gravidade desloca-se para frente e para cima,
devido o alargamento do útero e o aumento do tamanho das mamas, tornando a cintura
escapular e a parte superior da coluna curvas, enfatizando a protação escapular, e rotação
interna dos membros superiores, aumentando a curvatura cervical com anteriorização da
cabeça para alinhar aos ombros, e o aumento significativo da curvatura lombar compensando
o desvio do centro de gravidade.
Kisner e Colby (2005), também enfatizam que com o aumento do peso e a
redistribuição da massa corporal fazem com que o mecanismo de compensação haja para
manter o equilíbrio, mudando o jeito de caminhar da mulher, realizando uma maior rotação
externa dos quadris e o aumento da sua base, tornando algumas atividades de vida diária
difíceis de se realizar.
Corrêa (1999), afirma que mesmo o corpo recorrendo ao mecanismo de
compensações, na maioria das vezes não é suficiente para impedir também a instalação de
problemas ortopédicos, como a dor nas sínfises púbicas nas articulações do joelho, dor na
articulação do quadril, seguidos ou não de edemas, associados a dores generalizadas.
Kisner e Colby (2005), evidenciam que o período gestacional dura 40 semanas. Essas
alterações posturais possuem características a cada trimestre, descrevem que no primeiro
trimestre as alterações posturais ainda não são evidentes, porém o tamanho da mama começa
a aumentar e pode ocorrer as alterações emocionais, sentir náuseas, ficar fadigada e começa a
urinar com mais frequência, já no segundo trimestre a gravidez se torna visível, as náuseas
passam e a fadiga desaparece, a sua curvatura lombar começa a aumentar, porém é o período
que a gestante se sente muito bem, no terceiro e último trimestre, o bebê já está grande e
perto do parto, chega a ter 33 a 39 cm de comprimento e aproximadamente 3.400 g, embora
haja variações, a gestante se queixa com frequência de dor lombar, edema nos membros
inferiores, náuseas, fadiga, dor no ligamento redondo, falta de ar, constipação e urina com
mais frequência.
24
4.6 Dor
De acordo com Texeira (2006), a dor é pessoal, cada indivíduo a descreve
particularmente, de acordo com sua experiência prévia, desse modo conceitua-se que a dor
compartilha a participação de mecanismos relacionados aos aspectos discriminativos, as
emoções e as sensações.
Como todas as sensibilidades conscientes, a dor é uma experiência multidimensional
que envolve aspectos: qualitativos, sensitivos e emocionais, para avaliar sua magnitude são
necessários analisar sua intensidade, qualidade, duração e localização da dor, seus fatores de
melhora e piora, suas repercussões sociais, e psicocomportamentais (TEIXEIRA, 2006).
4.7 Lombalgia
McArdle e colaboradores (2003), falam que a lombalgia caracteriza-se por fraqueza
muscular, particularmente nas regiões abdominal e lombar inferior, a instabilidade da coluna
lombar e a flexibilidade articular precária nas costas e nas pernas apresentam fatores externos
e primários relacionado à lombalgia. Teixeira (2006), completa afirmando que os relatos da
lombalgia se dá com frequência em gestantes e atletas, mas nem sempre pode-se considerar
variações de normalidade, os exames que apresentam anormalidades nem sempre são as
verdadeiras causas da lombalgia.
Novaes e colaboradores (2006), asseguram que a lombalgia é toda condição de dor,
dolorimento ou rigidez, localizada na região inferior da coluna vertebral, entre o última
costela e a prega glútea, e ela se torna uma queixa comum entre as gestantes, já é algo
esperado pelos médicos, considerada por eles apenas mais um desconforto que a gravidez
provoca.
A lombalgia mais comum é a simples, que corresponde a dor mecânica de origem
músculo esquelética segundo Teixeira (2006), que acomete as mulheres nessa fase
gestacional.
Polden e Mantle (2005), afirmam que durante a gestação o peso do corpo aumenta
resultando em uma pressão através da coluna, aumentando os esforços de torção nas
articulações. As mulheres ficam desejáveis e inclinadas a tropeçar e cair. Estes fatores
juntamente com a flexibilidade da articulação e fadiga, particularmente no primeiro e terceiro
trimestre, devem tornar as gestantes mais predispostas a danos. A caminhada apresenta mais
benefícios e tem menos riscos do que correr.
25
A mulher quando apresenta queixa antes de engravidar, no período gestacional suas
dores consequentemente aumentarão, porém, esse sintoma pode continuar no período do
puerpério, e continuar intervindo na sua rotina diária e na sua qualidade de vida, afirmam
Martins e Pinto (2005).
A lombalgia é um importante problema de saúde pública afirma Texeira (2006),
McArdle e colaboradores (2003), estimam que a prevenção e a subsequente reabilitação de
uma sobrecarga crônica na coluna lombar utiliza o protocolo de exercícios de fortalecimento
muscular e de flexibilidade articular, esses autores defendem que a continuação das atividades
de vida diária produzirá uma recuperação mais rápida da lombalgia do que se a gestante
ficasse em repouso.
4.8 Fisioterapia na gestação
Pantoja e Sousa (2013), elucidam que a identificação dos fatores que perpetuam e
agravam a dor, incluindo as anormalidades posturais, psicocomportamentais e ambientais é
etapa fundamental no tratamento e na reabilitação. A reabilitação visa à melhora da qualidade
de vida, à readaptação e à reabilitação social e profissional, e não apenas ao alívio da dor. É
essencial o enfoque multifacetário e multimodal na reabilitação da lombalgia gestacional,
deve incluir terapias direcionadas à melhora da auto-eficácia, através de aquisição de
estratégias específicas que compartilhem experiências em grupo e divulguem para as
gestantes a necessidade do conhecimento sobre fisiopatologia, anatomia e natureza.
Diversos estudos verificaram a elevada incidência da lombalgia na gestação, porém
na prática clínica esse sintoma ainda continua sendo muitas vezes ignorado, por se tratar de
uma queixa muito frequente e tolerável para gestante, o que talvez possa justificar o pequeno
número de trabalhos que busquem estabelecer métodos de prevenção e tratamento para esta
manifestação clínica (PANTOJA; SOUSA, 2013).
Mais ou menos desde 1912, o fisioterapeuta vem se tornando membro importante na
equipe de obstetrícia, os interesses especiais no tratamento no pré-natal, parto e puerpério foi
desenvolvido pela terapeuta Mannie Randa junto ao médico obstetra J.S Fairbn, no Hospital
Santo Thomas afirma Polden e Mantle (2005).
A fisioterapia obstétrica é uma das especialidades da área de saúde que pode contribuir
para o alívio das lombalgias que surgem nesse período, utilizando recursos variados como
forma de tratamento (PANTOJA; SOUSA, 2013).
26
O pré-natal conforme Baracho (2007) e Corrêa (1999), quando se há a fecundação até
o momento do parto, o qual ocorre intensas mudanças físicas e psicológicas da mulher,
elucidam que durante o pré-natal a gestante necessita de cuidados preventivos e curativos que
possam garantir a qualidade de vida da mulher na gravidez.
Baracho (2007), enfatiza que a gestação é um período propicio a atuação do
fisioterapeuta, pois estão suscetíveis a receber informações, a fisioterapia durante esse período
tem se mostrado cada vez mais relevante para a saúde da mulher e do seu filho, com o
objetivo de aliviar dores e desconfortos, prevenir disfunções, ou até mesmo com objetivo de
realizar atividades física orientada.
O fisioterapeuta obstetra de acordo com Bim e Perego (2002), não trata apenas
quando for preciso, mas também participa da equipe obstétrica, que procura compreender o
problema, que todas as informações relativas às causas e tratamento de dor nas costas, e leva a
equipe a visar antes de tudo à prevenção e quando essa falha, a conter e diminuir o problema.
Segundo Dalvi e colaboradores (2010), o atendimento fisioterapêutico na fase gestacional,
deve ser o mais rápida possível, através de informações e orientações, preparo físico e
psíquico, com o objetivo de diminuir a ansiedade e o medo, promovendo confiança e saúde
física, psíquica e emocional.
Fonseca e colaboradores (2009), relatam que apesar de alguns estudos comprovarem
os benefícios da fisioterapia pré-natal, ainda existe uma carência muito grande no sentido de
comprovação científica quanto aos seus resultados.
4.8.1 Cinesioterapia na gestação
A cinesioterapia é o uso do movimento ou exercício como formato de tratamento, o
recurso se autodenomina. A cinesioterapia é um método que se baseia nos conceitos de
anatomia, fisiologia e biomecânica, a fim de proporcionar ao paciente um melhor e mais
eficaz trabalho de prevenção, cura e reabilitação (GUIMARÃES; CRUZ, 2003).
Kisner e Colby (2005), afirmam que os exercícios terapêuticos na fase gestacional
quando elaborado de forma individual é um componente fundamental dos serviços de
fisioterapia, o qual se têm os programas de exercícios elaborados para minimizar
comprometimentos e ajudar as mulheres a manter ou recuperar a função enquanto se prepara
para a chegada do bebê.
O exercício terapêutico considerado como geral ou clássico é aquele que vem sendo
adotado há várias anos pela cinesioterapia. Ele possui objetivos de fortalecimento,
27
alongamento e resistência muscular global e sua principal característica é trabalhar o corpo
todo. Dentro dessa corrente, existem profissionais que preferem trabalhar exercícios aeróbios
aos de força ou vice-versa. O importante é ter em mente que os programas tidos como
clássicos possuem uma larga variação de aplicação (PANTOJA; SOUSA, 2013).
De acordo com Melo e Amaral (2009), os benefícios dos exercícios terapêuticos
superam o risco, eles são os: isométricos, isotônicos, aeróbicos ou metabólicos, alongamentos
ativos e ativo-assistido e relaxamentos, todos são adaptados com a necessidade de cada
gestante, e de sua característica física e fisiológica. É importante sempre está associando a
respiração controlada durante todos os exercícios para evitar a pressão intra-abdominal.
A lombalgia pode ser tratada de maneira efetiva com muitos dos exercícios
tradicionais para coluna lombar, uma mecânica corporal adequada, instruções posturais,
melhora das técnicas de trabalho, e aplicação de modalidade físicas superficiais (KISNER;
COLBY, 2005).
Baracho (2007) e Polden e Mantle (2005), afirmam que para proporcionar à gestante
maior tranquilidade de relaxamento muscular é importante associar exercícios de
aquecimento, fortalecimento, alongamento, relaxamento, com exercícios respiratórios,
adotando como padrão a respiração diafragmática, pois a dilatação do útero impedirá a
descida do músculo diafragma.
4.8.1.1 Aquecimento
Bandy e Sanders (2003), afirmam que o aquecimento pode ser uma atividade repetida
por 3 a 5 minutos, como caminhar, uma corrida lenta, bicicleta ergométrica, ou exercícios
ativos de braço.
Fisiologicamente, existe um retrocesso dentre o começo da atividade e os ajustes
corporais necessários para prover os requerimentos físicos do corpo. A finalidade do período
de aquecimento é favorecer os inúmeros ajustes que necessitam acontecer antes da atividade
física, durante este período acontecem as respostas fisiológicas que são: aumento na
temperatura corporal, aumento da necessidade de oxigênio para suprir as demandas de energia
do músculo, dilatação dos capilares previamente em constrição com aumento da circulação,
adaptação na sensibilidade do centro respiratório neural aos vários estimuladores dos
exercícios, aumento no retorno venoso (KISNER; COLBY, 2005).
Abrantes e Miranda (2003), elucidam que a fase do aquecimento se dá em etapas
progressivas começando com exercícios simples aumentando assim gradativamente o nível de
28
dificuldade, Matsudo e Matsudo (2000), também enfatizam que esta fase pode ser indicada
até mesmo para mulher grávida previamente sedentária que realize a fisioterapia ou alguma
atividade física durante a gestação. Para essa mulher o mais indicado é o caminhar, a natação,
a hidroginástica leve e o pedalar na bicicleta ergométrica. A mulher já habituada a correr ou
fazer “jogging” antes da gravidez, pode continuar seu programa modificando a intensidade e
velocidade à medida que a gestação avança. Um programa de atividades aeróbica de baixo
impacto pode ser realizado com as devidas precauções evitando exercícios de super extensão
e atividades em posição de costas.
Kisner e Colby (2005), afirmam que frequência respiratória adapta-se ao exercício
leve, mas não se eleva com exercício moderado e intenso quando comparada com uma mulher
não grávida. A gestante atinge a capacidade máxima de exercício com um nível de trabalho
mais baixo do que a mulher não gestante, em função do aumento na necessidade de oxigênio
pelo exercício.
Não há nenhuma pesquisa em seres humanos que provasse de caráter conclusiva ,que
o feto responda de forma prejudicial aos exercícios materno de intensidade leve ou moderada,
mesmo os exercícios mais pesados não causam danos ao feto (KISNER; COLBY, 2005).
Porém, não se pode exceder os batimentos da gestante a 140 bpm, o qual representa 70% da
zona alvo em qualquer tipo de exercício físico, fazendo com que ocorra uma proteção ao feto,
sendo que seus batimentos mesmo em repouso são duas ou três vezes mais acelerados que os
da mãe (MELO; AMARAL, 2009).
4.8.1.2 Fortalecimento
Exercícios de fortalecimento muscular devem ser praticados com intenção de
fortalecer a musculatura, através de sua contração.
Guirro e Guirro (2004), classificam a contração muscular em isotônica o qual ocorre
um movimento da articulação em questão, e isométrica, não ocorrendo o movimento da
articulação. Existe uma subdivisão na contração isotônica sendo: concêntrica, quando existe a
aproximação da origem e da inserção do músculo, e a excêntrica, quando a um distanciamento
da origem e da inserção muscular.
Martin e Ainhagne (2009), afirmam que durante a gestação a prática do exercício de
fortalecimento possui pontos chave, onde se deve estar atento às respostas maternas como as
fetais, sabendo que a gestação não é um período para aumento do condicionamento muscular,
ou inicio de um programa de exercício intenso, seu objetivo é manter a forma física, diminuir
29
dores e boas condições de saúde para as gestantes. São extensos os benefícios dos programas
de fortalecimento muscular utilizados pela fisioterapia, resultam da necessidade de se
estabelecer as funções de um músculo quando expõe sua força diminuída de acordo com
Guirro e Guirro (2004).
Guirro e Guirro (2004), falam que o exercício resistido é uma forma de exercício ativo
no qual uma contração muscular isotônica ou isométrica é resistida por uma força externa,
Abrantes e Miranda (2003), completam afirmando que durante a fase de fortalecimento
podemos utilizar como acessórios, o bastão, barra e peso com apoio, o inicio deste trabalho
muscular visa principalmente àqueles músculos mais solicitados e sobrecarregados durante o
período gestacional.
Matsudo e Matsudo (2000), elucidam que durante o fortalecimento muscular a mulher
encontrar-se mais apta para tolerar seu peso corporal, alterar o centro de gravidade, realizar as
atividades do dia a dia, melhorar a postura e impedir uma das queixas da gravidez: a
lombalgia. Assim, como alguns autores desaconselham a gestante que nunca fez treinamento
de peso a começar durante a gravidez, outros sugerem o treinamento específico da força com
pesos livres ou máquinas de peso (pesos de 1,5-2,5kg), com estimulação de 10-15 grupos
musculares, com 10 repetições, exercitando um minuto cada grupo muscular, duas vezes por
semana, devem ser evitadas altas intensidades, cargas máximas e a manobra de Valsava
(apneia inspiratória).
Segundo Kisner e Colby (2005), os exercícios de fortalecimento favorecem o
desempenho muscular, restauram, melhoram e mantêm a força, potência e resistência
muscular à fadiga. Contribuem para o aumento da densidade óssea, diminuem a sobrecarga
articular durante as AVD’s, reduzindo os riscos de lesões, melhora do equilíbrio, a percepção
corporal e promovem bem-estar físico.
4.8.1.3 Alongamento
Bandy e Sanders (2003), caracterizam o alongamento como um método pelo qual o
músculo é alongado lentamente até o tolerado, onde tenha que ser confortável e sem dor, e a
posição mantida com o músculo nesse comprimento máximo tolerado, afirmam também que
um alongamento lento e prolongado é utilizado para reduzir a contração reflexa do fuso
muscular.
De acordo com o estudo de Martins e Pinto (2005), o tratamento da lombalgia e dor
pélvica posterior na gestação por um método de exercícios de alongamentos excêntricos, vem
30
sendo uma das alternativas eficientes para a diminuição da dor lombar, e contribuem para o
aumento do comprimento das fibras musculares e diminuição de sua tensão, promovendo bem
estar às gestantes.
Batista e colaboradores (2003), afirmam que os exercícios de alongamento são
indicados por todas as literaturas que abordam este tema, durante toda a gestação, mas com
ênfase maior no último mês de gestação. No entanto, podem ser utilizados durante toda a
gestação para a melhoria de dores musculares geradas pelo aumento do peso e por alterações
posturais.
Em estudo realizado por Martins e Pinto (2005), foi relatado que em manifestação
individual das gestantes submetidas aos alongamentos, a maioria relatou a diminuição da dor
ou até mesmo que ela cessou após os exercícios, que muitas concordaram ser relaxante,
melhorando também sua consciência corporal, o que permitiu que recorressem menos à
ingestão de analgésicos, proporcionando mais confiança para a realização das atividades de
rotina diária.
4.8.1.4 Relaxamento
A fase do relaxamento pode consistir de exercícios respiratórios, massagens e da
drenagem linfática, de acordo com a necessidade da gestante.
4.8.1.4.1 Drenagem linfática
Cassar (2001), define a drenagem linfática como forma criada para alívio de edema, a
ponto de o tratamento, com frequência, ser diferenciada da massagem convencional, e
praticado como uma terapia completamente individual, porém a massagem também exerce
um papel significativo no tratamento do edema, já que a maior parte das manobras tem
alguma influência sobre o fluxo de linfa.
Guirro e Guirro (2004), afirmam que dentre os trabalhos consultados, eles relatam que
a massagem aumenta o fluxo da linfa, e para que isso ocorra o terapeuta precisa ter
conhecimento do sistema linfático no corpo humano, a pressão exercida pela mão do
terapeuta elimina o excesso de líquido e diminui a probabilidade de fibrose, expulsando o
líquido no meio tissular. Entre estas maneiras, a técnica manual é a mais eficiente no
tratamento de estética em gestantes. Durante o período gestacional, ocorrem alguns problemas
31
circulatórios no organismo da mulher, entre elas, podemos incluir o edema, principalmente de
membros inferiores e as varizes (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Segundo Fonseca e colaboradores (2009), a drenagem linfática é um dos tratamentos
mais indicado para a gestante, ela ajuda a reduzir a retenção de líquido no corpo, a melhora da
oxigenação das células musculares e a diminuição dos inchaços típicos da gravidez, que
aparecem principalmente no primeiro e no último trimestre. A drenagem ativa a circulação,
que fica mais lenta por causa do aumento de sangue no corpo da gestante.
Silva e Brongholi (2013), realizaram uma pesquisa utilizando a técnica de drenagem
linfática manual em duas gestantes no qual, alcançaram seus objetivos, tendo os benefícios da
técnica de drenagem linfática manual no tratamento do edema gestacional, promovendo,
através de técnica específica, um melhor funcionamento linfático, facilitação do retorno
circulatório, com consequente redução do edema e relaxamento corporal.
32
5 METODOLOGIA
5.1 Descrição da paciente
Paciente objeto da pesquisa é do sexo feminino, apresenta quadro clínico de lombalgia
gestacional. Tal paciente procurou a clínica escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma com
encaminhamento da obstetra para realização da fisioterapia para o pré-parto.
5.2 Métodos
Trata-se de um trabalho de caráter quali/quantitativo, sendo um estudo de caso, que se
menciona o levantamento com mais profundidade de um determinado caso ou grupo humano,
sob todos os seus aspectos e alia o maior número de informações detalhadas visando aprender
uma determinada situação e descrever a complexidade de um fato (MARCONI; LAKATOS
2006).
A pesquisa bibliográfica teve início no mês de fevereiro do corrente ano e
desenvolveu-se até o mês de outubro. Nos meses de março e abril foi realizado o pré-projeto
de pesquisa, sendo definidos os objetivos e a metodologia utilizados.
O termo de consentimento livre e esclarecido (anexo B), foi elaborado conforme o
Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96 (BRASIL, 2012). Esse termo foi lido e
explicado à paciente de forma que todas as suas dúvidas a respeito do presente termo e do
protocolo de tratamento utilizados foram esclarecidas. O termo esclareceu e conscientizou a
paciente de que o tratamento é gratuito e que ela poderia desistir do mesmo a qualquer
momento sem nenhum prejuízo a sua saúde ou à sua moralidade, nesse âmbito a paciente
assinou o mesmo.
O critério de inclusão empregado para escolha do objeto de pesquisa, baseou-se em a
paciente apresentar quadro clínico de lombalgia gestacional, ser encaminhada a fisioterapia
por um médico do SUS, e ter idade gestacional de 33 semanas.
Os critérios de exclusão utilizados constituíram em a paciente não possuir patologia
associada a lombalgia gestacional, e sua gravidez não ser de risco.
A avaliação e a reavaliação da paciente foi realizada através de uma ficha de avalição
ginecologia e obstétrica (anexo C), uma entrevista final e inicial utilizada pela autora Krein
(2004), em versão adaptada (apêndice B e C), e Escala de Visual Analógica da dor (anexo
D), que identificam as dores da paciente, e limitações que esta dor provoca durante seu dia-a-
33
dia, limitando assim suas atividades de vida diária. O protocolo de atendimento compreendeu
a realização de cinesioterapia com exercícios de aquecimento utilizando bicicleta ergométrica
VITALLY, alongamentos passivos e ativos, exercícios ativos livres e resistidos utilizando
como auxílio halters FISIOMEDBRASIL 0,5 kg, tornozeleiras FISIOMEDBRASIL 0,5 kg,
bastão de 1 m, bola DENTE DE LEITE, faixa elástica THERA-BAND, e técnica de
relaxamento (apêndice A).
A aplicação do protocolo de tratamento iniciou-se no mês de abril e continuou até o
mês de junho; as sessões foram realizadas na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade
Tecsoma de Paracatu/MG, que fica situada à Rua Eugênica Martins de Souza- nº 15- Alto do
Córrego, nas segundas e quartas-feiras no horário de 14:30 as 15:20, com duração de 60
minutos cada sessão.
Ao fim do tratamento proposto, os dados obtidos foram analisados e comparados com
outros estudos já realizados com intuito de averiguar se os métodos e técnicas utilizados no
tratamento das sintomatologias da lombalgia gestacional foram eficazes ou não.
34
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram realizadas dez sessões de fisioterapia, no período de abril a junho do presente
ano, com duração de sessenta minutos cada sessão, duas vezes por semana. As avaliações
foram acopladas dentre as dez sessões. Foi escolhido como protocolo de tratamento a
cinesioterapia, que foi dividida em quatro etapas : aquecimento, fortalecimento, alongamento,
e relaxamento.
Figura 1 - Entrevista adaptada aplicada antes e após a realização das 10 sessões de
fisioterapia em uma gestante com lombalgia.
Questionamentos Antes do tratamento Após o tratamento
Defina sua dor? Fisgada Ausência da dor
Em que momento sua dor
piora?
Ao final da tarde Ausência da dor
A dor atrapalha em suas
AVD’s?
Sim Não
Realiza atividade física? Não Sim
Fonte: dados da pesquisa.
A figura 1 apresentada acima, possuí dados que foram coletados pela autora através de
uma entrevista aplicada ao início e após o tratamento.
Quando foi questionado à gestante como poderia definir sua dor, a mesma relatou que
antes da aplicação do protocolo cinesioterapêutico, a dor se caracterizava como uma fisgada
em região lombar, e após o tratamento houve a ausência da dor.
Em um estudo realizado por Krein (2004), foi aplicado a cinesioterapia como
protocolo de tratamento em cinco gestantes durante dez sessões. Para coleta de dados a autora
utilizou um questionário, que foi aplicado a este grupo a fim de coletar dados do benefício
desse tratamento. Foi questionado as participantes qual era a característica da dor. Duas
gestantes definiam a dor como sendo ardência, e três como pontada. Após o término da
aplicação do protocolo, duas definiram a dor como ardência, duas como pontada e uma não
sentia mais dores. Pode-se concluir que a aplicação do protocolo cinesioterapêutico nas
gestantes participantes do estudo não foi eficaz, visto que mais de 50% das gestantes
submetidas ao tratamento não obteve melhora da dor lombar, o que não condiz com o estudo
aqui apresentado, sendo que este obteve melhora no quadro álgico da gestante participante do
35
estudo.
Dalvi e colaboradores (2010), realizaram um estudo no qual empregaram a
cinesioterapia como tratamento fisioterapêutico em um grupo de cinco gestantes, durante dez
sessões. Foi aplicado um questionário ás participantes do estudo a fim de coletar relatos,
dentre os questionamentos as gestantes responderam como eram as suas dores. Relataram que:
40% de suas dores eram algias em membros inferiores associada à tensão na musculatura
dorsal; 40% algia em região de cinturão pélvico e 20% algia e parestesia em região da
articulação de punho. Após o tratamento 100% relataram melhora na parestesia e na algia em
punhos, 100% melhora na dor em membros inferiores, 80% melhora em dores lombares, em
cinturão pélvico e em tensão muscular em região dorsal. Concluindo assim, que a aplicação
do protocolo cinesioterapêutico em gestantes com lombalgia gestacional é capaz de
proporcionar a diminuição de suas algias, concordando assim com o presente estudo.
Assias e Tibúrcio (2004), realizaram um estudo com sessenta e sete gestantes
assistidas na Maternidade Dona Íris de Goiânia, através de uma entrevista aplicada a fim de
coletar dados. Foi questionado às gestantes como eram suas dores. Os resultados foram:
40,4% das participantes do estudo caracterizaram a dor como pontada, seguida da dor em
aperto 28,8%, 17,3% em queimação, sendo que 13,5% não souberam identificar o tipo da dor.
De acordo com Teixeira (2006), a dor é pessoal cada indivíduo a descreve
particularmente de acordo com sua experiência prévia. Desse modo conceitua-se que a dor
compartilha a participação de mecanismos relacionados aos aspectos discriminativos, as
emoções e as sensações, o que explica as variações das características da dor lombar.
Na entrevista aplicada à voluntária do presente estudo, questionou-se em que momento
sua dor piorava. A gestante relatou que a dor piorava ao final da tarde devido estar em posição
ortostática durante o dia todo. Após a aplicação do protocolo a gestante relatou ausência da
dor.
Em estudo realizado por Krein (2004), no qual foi realizado um protocolo
cinesioterapêutico em cinco gestantes durante dez sessões. Foi aplicado um questionário as
participantes do estudo, sendo indagado quando as dores das participantes pioravam, três
relataram que a dor piorava em posição ortostática, e duas em decúbito dorsal. Após as dez
sessões do tratamento, duas gestantes referiram que dor piorava em posição ortostática, duas
em decúbito dorsal e uma relatou não sentir mais dor. Concluindo assim que o tratamento não
obteve resultados positivos significantes, devido não obter melhora da dor lombar em mais de
50% das gestantes submetidas à aplicação do protocolo, o que não concorda com o estudo
aqui apresentando, que obteve melhora na dor lombar da voluntária após a aplicação das 10
36
sessões do protocolo cinesioterapêutico.
Santos e Gallo (2010), realizaram um estudo com quarenta e cinco gestantes com a
finalidade de obter informações do grupo assistido sobre sinais, sintomas e prevalência da
lombalgia durante a fase gestacional, aplicaram uma entrevista as participantes e verificaram
que: em 40% das gestantes o sintoma ocorria diariamente e apenas em 15% a dor foi
considerada rara. A dor era sentida principalmente no período da tarde em 67% dessas
gestantes, com agravo dos sintomas à noite em 64%. Conclui-se que a posição ortostática
durante muito tempo agrava a sintomatologia da dor. Isso condiz com o estudo aqui
apresentado.
Polden e Mantle (2005), justificam que as alterações que acarretam as dores lombares
em gestantes ocorrem pelas modificações músculo-esqueléticas em decorrência as adequações
posturais compensatórias, surgindo às queixas de desconforto, comuns ao ciclo gravídico-
puerperal.
No presente estudo ao questionar a participante, se a dor lombar atrapalhava em suas
AVD’s, a mesma afirmou que sim. Após a realização das dez sessões de cinesioterapia, a
participante relatou não sentir mais dores ao realizar suas AVD’s. Pode-se concluir que as
dores limitavam a gestante a realizar suas AVD’s e o programa cinesioterapêutico amenizou
essas dores, melhorando assim sua a qualidade de vida.
Em um estudo realizado por Santos e Gallo (2010), com quarenta e cinco gestantes na
qual a finalidade era obter informações do grupo assistido sobre sinais, sintomas e prevalência
da lombalgia durante a fase gestacional, em relação a dor e atividades de vida diária. Foi
questionado às participantes, se a dor lombar prejudicava a realização de atividades de vida
diária. Tiveram como informações do grupo assistido tais resultados: 55% das gestantes
relataram que a dor era insuportável e que não puderam executar atividades domésticas, tais
como varrer casa, lavar e passar roupa, ou até mesmo ir ao trabalho; já 45% relataram que
não havia piora da dor ao executar atividades domésticas. Pode-se concluir que mais da
metade do grupo assistido eram prejudicadas pela dor lombar, ao realizar suas AVD’s,
condizendo com o estudo aqui apresentado.
Em estudo realizado por Assias e Tibúrcio (2004), com sessenta e sete gestantes
assistidas na Maternidade Dona Íris de Goiânia, através de uma entrevista aplicada, foi
indagado se a lombalgia impedia as gestantes de realizar suas AVD’s. Tiveram como
resultado da pesquisa que: 55,8% de gestantes relataram que sim, suas atividades domésticas
já tinham sido impedidas em algum momento pela lombalgia, e 44,2 % não souberam relatar.
Concluindo que a lombalgia gestacional impede a maioria das gestantes de realizar suas
37
atividades de vida diária normalmente.
Pantoja e Sousa (2013), elucidam que a identificação dos fatores que perpetuam e
agravam a dor, incluindo as anormalidades posturais, psicocomportamentais e ambientais é
etapa fundamental no tratamento e na reabilitação. A reabilitação visa à melhora da qualidade
de vida, à readaptação e à reabilitação social e profissional, e não apenas ao alívio da dor.
No presente estudo, quando foi perguntado à participante se realizava atividade física,
a mesma relatou que antes do tratamento fisioterapêutico não realizava essa prática, após o
início da aplicação do protocolo realizava caminhadas nos dias em que não participava do
tratamento. Pode-se concluir que o tratamento fisioterapêutico estimulou essa gestante a
praticar atividades físicas, saindo assim do sedentarismo.
Centofani e colaboradores (2003), realizaram um estudo a fim de coletar dados para
traçar um perfil das gestantes que participam do serviço de atendimento interdisciplinar em
um Centro de Atendimento. Foi aplicado um questionário para um grupo de quinze gestantes,
no qual foi perguntado a elas sobre a prática de atividade física durante a gestação, 73%
responderam que não praticavam atividade física sendo consideradas sedentárias. Os autores
concluíram que mais da metade do grupo assistido eram sedentárias, notaram que orientar e
conscientizar as gestantes sobre os benefícios do exercício físico no período grávido puerperal
é extremamente importante, para o seu bem estar.
Em estudo realizado por Vieira e colaboradores (2013), foram convidadas a participar
desse estudo um grupo de seis gestantes, os autores tinham como objetivo coletar dados desse
grupo aplicando um questionário. Neste questionário foi perguntado as gestantes se elas
realizavam atividade física. O resultado obtido foi que apenas uma delas realizava atividade
física, sendo essa prática a caminhada, as outras cinco não realizavam nenhum tipo de
atividade física, porém relataram que gostariam de praticar. Os autores concluíram que o
grupo de gestantes apresenta características de sedentarismo, e é necessário uma
conscientização dos benefícios que a atividade física leva a saúde da gestante.
Lamezon e Patriota (2005), afirma que a atividade física programada de intensidade
leve à moderada proporciona benefícios à gestante, como melhora na eficiência cardíaca e
pulmonar, manutenção do peso e composição corpórea em níveis adequados, melhora da
força e/ou resistência muscular, melhora da elasticidade muscular, aumento da resistência
óssea, prevenção de problemas posturais e redução do estresse.
38
Figura 2 – Escala Analógica da Dor
Fonte: dados do estudo
Na figura 2 acima, pode-se analisar a Escala Analógica da Dor, que foi aplicado a
gestante participante do estudo aqui apresentado. Foi relatado pela mesma que antes do
tratamento sentia dor grau 8, sendo considerada dor tolerável, porém intensa e após o
tratamento passou a sentir grau 0, equivalente a ausência de dor. Concluindo assim que a
cinesioterapia é eficaz na melhora da lombalgia gestacional.
Sposito (2013), realizou um estudo com doze gestantes, no qual foram submetidas ao
protocolo cinesioterapêutico durante dez sessões. O autor aplicou a Escala Analógica da Dor
ao grupo participante antes e após o tratamento, o resultado foi que as mesmas sentiam grau 7
antes do tratamento e após o tratamento passaram a sentir grau 5 a 4. É possível concluir que
houve melhora estatisticamente significativa da dor lombar, o que condiz com o estudo aqui
apresentado.
Krein (2004), realizou um estudo no qual utilizou como protocolo de tratamento a
cinesioterapia durante dez sessões, a autora aplicou uma Escala Analógica da Dor em um
grupo de cinco gestantes antes e após o tratamento, as mesmas relataram que antes da
aplicação do protocolo, a média de dor era de 3, 5 a 3,64, e após o tratamento a dor regrediu
para 1,66 a 1,37. O autor concluiu que houve uma diminuição da dor apesar da não
significância estatística dos resultados obtidos, o que condiz com o estudo aqui apresentado
Como todas as sensibilidades conscientes, a dor é uma experiência multidimensional
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1ª avaliação 2ª avaliação
39
que envolve aspectos: qualitativos, sensitivos e emocionais. Para avaliar sua magnitude são
necessários analisar sua intensidade, qualidade, duração e localização da dor, seus fatores de
melhora e piora, suas repercussões sociais, e psicocomportamentais (TEIXEIRA, 2006).
40
7 CONCLUSÃO
A aplicação do protocolo cinesioterapêutico na lombalgia gestacional é de grande
relevância, visto que ameniza os desconfortos provocados pela dor, e melhora a qualidade de
vida da gestante.
Pode-se concluir que o tratamento fisioterapêutico proporciona a gestante uma
melhora significativa em seus desconfortos, e que a fisioterapia aplicada a obstetrícia é de
suma importância, tanto na prevenção, reabilitação, preparação para o parto, e pós parto.
REFERÊNCIAS
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Gestação: um estudo entre gestantes assistidas no Programa de pré-natal da
maternidade Dona íris em goiânia. Monografia-conclusão de curso. Universidade Católica
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BANDY, W. D; SANDERS, B. Exercício terapêutico: Tecnicas para intervenção. 4 ed.
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APÊNDICE A - PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
O protocolo de atendimento será cinesioterapêutico que consiste em quatro fases:
Exercícios de aquecimento de 5 minutos, na bicicleta ergométrica VITAL.
Exercícios de fortalecimento, para membros superiores e membros inferiores, e
períneo com auxílio de Halters de meio kg, tornozeleiras de meio kg, bastão, e bola
dente de leite, faixa elástica THERA-BAND.
Exercícios de alongamentos de bíceps, tríceps, trapézio, flexores e extensores de
punho e mão, iliocostais, oblíquos, eretores da espinha, rotadores, multifídeos,
longuíssimo do dorso, quadríceps, isquiostibiais, e tríceps sural.
Relaxamento com drenagem linfática em membro inferior associada à respiração
utilizando óleo de amêndoas durante 10 minutos.
APÊNDICE B - ENTREVISTA INICIAL
Nome:
Idade:
Data da Avaliação:
1. Quando iniciaram os sintomas?
2. Duração dos sintomas?
3. Em que momentos a dor piora?
4. Como é a sua dor?
5. Estás fazendo acompanhamento médico para a dor lombar?
6. Tratamento para os sintomas atuais:
7. Usa algum medicamento?
8. Tem alguma outra doença associada? Qual?
9. A dor atrapalha em suas AVD’s:
10. Realiza atividade física? Há quanto tempo? Qual?
11. Como você vê o seu corpo agora antes de participar do programa de fisioterapia?
APÊNDICE C - ENTREVISTA FINAL
Nome:
Idade:
Data da Avaliação:
1. Possui dor atualmente?
2. Com que frequência?
3. Duração dos sintomas?
4. Em que momentos a dor piora?
5. Como é a sua dor?
6. Necessitaste manter acompanhamento médico para dor?
7. Sua atrapalha em suas atividades de vida diária?
8. Realiza atividade física?
9. Como você vê o seu corpo depois da participação do programa de fisioterapia
APÊNDICE D- DESCRIÇÃO DAS SESSÕES
1ª sessão dia 28/04/2013
Avaliação inicial, entrevista inicial e conduta fisioterapêutica.
PA: 110x80 mmHg inicial.
Paciente compareceu a Clínica Escola ofegante, e cansada devido a mesma ter se
locomovido a pé, optou-se por não realizar aquecimento na clínica pois sua caminhada foi
intensa, iniciou-se a sessão com exercícios ativos contra a resistência da gravidade de: flexão
e extensão de joelho com auxílio de bastão, adução e abdução de quadril com auxílio do
bastão (3x10), flexão e extensão de cotovelo com flexão em 90º de ombro com auxílio do
bastão, exercícios de fortalecimento de períneo com auxílio de bola suíça, e bola de leite,
alongamento ativo de esternocleidomastóideo, bíceps, tríceps, flexores e extensores de punho
e mão, oblíquos, multifideos e extensores da espinha (3x20), alongamento passivo de
isquiostíbiais, tríceps sural, porém foi realizado com dificuldade devido estar encurtado
(3x10), durante os exercícios foi passado orientações sobre respiração correta necessária para
um bom resultado no tratamento.
A sessão foi finalizada com relaxamento utilizando a técnica de drenagem linfática, e
foi encerrada sem nenhuma intercorrência.
PA : 110 x 60 mmHg final.
3 ª sessão dia 30/04/2013
PA: 120x70 mmHg inicial.
Paciente compareceu a Clínica Escola disposta e relaxada, relatando uma significativa
melhora no desconforto e da dor lombar, a sessão iniciou com aquecimento na bicicleta
ergométrica durante 5 minutos, associados a respiração, logo após foi realizado fortalecimento
de deltoide, bíceps, tríceps, manguito rotador, com auxílio de halters de 0,5 kg (3x10)
associados a respiração, fortalecimento de quadríceps, com auxílio da caneleira de 0,5 kg com
a paciente sentada (3x10), exercícios ativos contra a gravidade para glúteo máximo,
abdutores, e adutores em decúbito lateral (3x10), exercícios de dissociação de cinturas ativo-
assistido (3x10), exercícios de retorno venoso (3x10), logo após foi realizado alongamento de
bíceps, tríceps, extensores e flexores de punho e mão, esternocleidomastóideo, trapézio,
oblíquos, eretores da espinha, mutifídeos, quadríceps, tríceps sural, isquitibiais (3x20).
Exercícios de fortalecimento de períneo com auxílio de bola e ativos (3x10).
Para finalizar a sessão realizamos relaxamento com drenagem linfática
P.A: 120X 70 mmHg final.
4ª sessão dia 15/05/2013
PA: 120x70 mmHg inicial.
A paciente compareceu a clínica escola, bastante edemaciada e com dores nas pernas
pois viajou durante 2 hora sentada, a sessão foi iniciada com aquecimento na bicicleta
ergométrica durante 5 minutos associado a respiração, logo após foi realizado exercícios de
fortalecimento de peitoral maior, bíceps, com auxílio do bastão com resistência de 0,5 kg
(3x10), fortalecimento de períneo isométrico com auxílio da bola e thera-band, alongamento
de tríceps, bíceps, esternocleideomastóideo, oblíquos, paravertebrais, eretores da espinha,
multífideos, quadríceps, isquitibiais e tríceps sural (3x 15), exercícios de retorno venoso
(3x10), e dissociação de cinturas (3x10) com auxílio da bola.
Para finalizar a sessão foi realizado relaxamento com a técnica de drenagem linfática
durante 10 minutos em membro inferior.
A sessão encerrou sem nenhuma intercorrência .
P.A: 110X70 mmHg final.
5ª sessão dia 17/05/2013
PA: 130X80 mmHg inicial.
Paciente compareceu a Clínica Escola em bom estado geral relatando se sentir melhor,
e menos edemaciada, a sessão iniciou, com aquecimento na bicicleta ergométrica associado a
respiração durante 5 minutos, logo após foi realizado exercícios de fortalecimento (todos
sobre o tablado), bíceps, tríceps, deltoide, subescapular, infraescapular, supraespinhoso, com
resistência de 0,5 kg, e contra a gravidade, fortalecimento de quadríceps, ísquios tibiais com
resistência de 0,5 kg com auxílio da caneleira, fortalecimento de períneo com auxílio da bola,
todos os exercícios em (3x10), em seguida alongamento passivo e ativo, de flexores de
cervical, esternocleidomastóideo, tríceps, e bíceps, oblíquos, multífideos, eretores da espinha
com auxílio do bastão, ísquios tibiais e quadríceps (3x 15), para encerrar a sessão foi
realizado manipulação cervical, e relaxamento com técnica de drenagem linfática para
membros inferiores.
P.A : 110 70 mmHg final.
A sessão foi encerrada sem intercorrências.
6ª sessão dia 22/05/2013
PA: 140x80 mmHg inicial.
Paciente compareceu a Clínica Escola em bom estado geral, relatando que se sente
bem, sem dores nas pernas e na coluna, a sessão iniciou com leve aeróbico de 5 minutos na
bicicleta ergométrica, associada ao controle da respiração, logo após foi realizado o
fortalecimento com exercícios ativos-livre contra a resistência da gravidade, com tais
músculos: deltoide, bíceps, tríceps, pronadores e supinadores de punho, como auxílio do
bastão em posição ortostática, fortalecimento de quadríceps , ísquios tibiais , tríceps sural,
com auxílio do bastão 2x15, em posição sentada fortalecimento de períneo com auxílio da
bola 3x10, em seguida deu-se início ao alongamento de flexores e extensores cervicais,
esternocleidomastóideo, bíceps e tríceps, eretores da espinha múltifídeos, oblíquos internos e
externos, quadríceps, tríceps sural e ísquios tibiais 3x15, com auxílio do bastão e da terapeuta
e ativos, todos os alongamentos foram realizados com a paciente sentada no tablado, pra
finalizar a sessão foi realizado um relaxamento, com mobilização de cervical e drenagem
linfática de MMII durante 10 minutos.
A sessão foi encerrada sem nenhuma intercorrência.
P.A final foi 130 x 60mmHg.
7ª sessão dia 29/05/2013
PA : 140X80 mmHhg inicial.
Paciente compareceu a Clínica Escola em bom estado geral, relatando que seu médico
afirmou que está tudo certo com gestação e o bebê mudou de posição, a sessão iniciou com
exercício aeróbico na bicicleta ergométrica durante 5 minutos, em seguida foi realizado
exercícios de fortalecimento (2x15), de bíceps, tríceps e manguito rotador com auxílio do
bastão e halter de 0,5 kg, fortalecimento também de abdutores de quadril, quadríceps com
caneleira de 0,5 kg, períneo com auxílio da bola (3x10), logo após realizamos alongamento de
bíceps, tríceps, flexores de punho ativamente (3x15), multifídeos, oblíquos, paravertebrais,
eretores da espinha, ativos e ativo assistido (3x15), em sequência para finalizar a sessão foi
realizado relaxamento de 10 minutos com drenagem linfática de MMII.
A sessão foi encerrada sem intercorrências.
P.A: 130X 80 mmHg.
8ª sessão dia 03/06/2013
PA: 130x80 mmHg inicial.
Paciente compareceu a Clínica Escola em bom estado geral, sem se queixar de algia, a
sessão se iniciou com aquecimento de 5 minutos na bicicleta ergométrica, logo em seguida em
posição ortostática foi realizado o fortalecimento com exercícios ativos assistido com auxílio
do bastão de bíceps, tríceps, flexores e extensores de cotovelo, quadríceps, ísquios tibiais, e
tríceps sural (2x10), fortalecimento de períneo com auxílio da bola, sentada (3x10), em
seguida foi realizado alongamento de esternocleidomastodeo, tríceps, bíceps, eretores da
espinha, multifideos, oblíquos, paravertebrais ativos (3x10), e passivamente de ísquios tibiais,
para finalizar a sessão foi realizado o relaxamento durante 10 minutos de MMII com
drenagem linfática.
A sessão foi encerrada sem que haja intercorrências.
P.A 120X 60 mmHg final.
9ª sessão dia 06/06/2013
P.A: 140x 80 mmHg inicial.
Paciente compareceu a Clínica Escola, em bom estado geral sem queixas, a sessão foi
iniciada com aquecimento na bicicleta ergométrica por 5 minutos logo após foi realizado,
exercícios de fortalecimento de bíceps, tríceps, flexores de cotovelo (2x10), em seguida foi
realizado alongamento de bíceps, tríceps, flexores e extensores de cervical, paravertebrais,
multifideos, oblíquos, e eretores, da espinha, ísquiostibiais, quadrícips e períneo (3x10), em
sequencia foi realizado alongamento de esternocleidomastóideo, tríceps, bíceps, eretores da
espinha, multifideos, oblíquos, paravertebrais ativos (3x20), e passivamente de ísquios tibiais,
para finalizar a sessão foi realizado relaxamento com drenagem linfática e mobilização
cervical durante 15 minutos.
Não houve intercorrências durante a sessão.
P.A: 130x80 mmHg final.
10ª sessão dia 08/06/2013
P.A: 150x80 mmHg inicial
Paciente compareceu a clínica escola em bom estado geral, porém cansada pois se
dirigiu até a clínica a pé, foi aferido sua pressão inicial a paciente se manteve em repouso
durante 5 minutos e foi aferido novamente sua P.A que abaixou para 130x80 mmHg, a sessão
iniciou com fortalecimento pois a gestante já havia realizado o aquecimento, foram realizados
exercícios ativos de bíceps, tríceps, e extensores de cotovelo com auxilio do bastão com
resistência de 0,5 kg, (3x10), fortalecimento de tríceps sural, ísquios tibiais, quadríceps,
abdutores e períneo (3x10), em seguida foi realizado alongamentos ativo e ativo assistido de
esternocleideomastóideo, bíceps, tríceps, flexores, e extensores de punho, oblíquos,
multifídeos e eretores da espinha, ísquiostibiais, tríceps sural (3x15).
Em seguida foi realizado o relaxamento com drenagem linfática de MMII por 10
minutos.
Essa sessão totalizou-se em 10, onde foi realizado uma reavaliação de sua perímetra,
alterações nos sistemas, e aplicado a entrevista após o tratamento, então a paciente foi
liberada, pois a todo momento pode entrar em trabalho de parto.
A sessão foi encerrada sem intercorrências e o tratamento finalizado.
P.A 120x60 mmHg final.
ANEXO A - TERMO LIVRE E ESCLARECIDO DE CONSENTIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)
Eu, ___________________________________________________ RG.: ___________,
abaixo qualificada, DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui devidamente
esclarecida sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Os benefícios do tratamento
fisioterapêutico na lombalgia gestacional, desenvolvido pela aluna Fernanda Cristiny
Ribeiro Martins Souto, do curso de Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade Tecsoma,
quanto aos seguintes aspectos:
O pré-natal conforme Baracho (2007) e Corrêa (1999), estendem-se quando se há a
fecundação até o momento do parto, onde ocorre intensas mudanças físicas e psicológicas da
mulher, elucidam que durante o pré-natal a gestante necessita de cuidados preventivos e
curativos que possam garantir a qualidade de vida da mulher na gravidez.
Baracho (2007), enfatiza que a gestação é um período propicio a atuação do
fisioterapeuta, pois estão suscetíveis a receber informações, a fisioterapia durante esse período
tem se mostrado cada vez mais relevante para a saúde da mulher e do seu filho, com o
objetivo de aliviar dores e desconfortos, prevenir disfunções, ou até mesmo com objetivo de
realizar atividades física orientada .
Será realizado pela pesquisadora um programa cinesioterapeutico, duas vezes por
semana no período de abril a maio/2013. Este estudo tem o intuito de analisar os benefícios
desse programa na lombalgia gestacional
O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação em qualquer fase da
pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e cuidado. É garantido o
sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Os dados e
informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de publicação e produção
de trabalho de conclusão de curso para grau de bacharel.
Declaro, outros sim, que depois de esclarecida pela pesquisadora e ter entendido o que
me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.
Paracatu, de de 2013.
QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Objeto da pesquisa
Nome: ......................................................................................................................
RG.: ........................ Data de Nascimento: ......./......./.............. Sexo: M ( ) F ( )
Endereço: ..................................................................................................nº .........
Bairro: ................................................................... Cidade: ....................................
CEP: .......................................................... Tel.: .....................................................
____________________________________________
DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR
DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento
Livre Esclarecido, cumprindo todas as exigências contidas no Capítulo IV da Resolução
196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do
declarante acima qualificado para a realização desta pesquisa.
Paracatu, de de 2013.
__________________________________________
Fernanda Cristiny R. M Souto
ANEXO B - FICHA DE AVALIAÇÃO
Fonte: Faculdade Tecsoma (2013)
ANEXO C - ESCALA ANALÓGICA DE DOR
Fonte: www.eletroterapia.com.br
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