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FALHAS DA
RAQUIANESTESIA
O QUE FAZER?
Dra. Suzana Aura Ferreira BessaEspecialista em Anestesiologia e Reanimação , Directora do Serviço de Anestesiologia e Bloco Operatorio do Hospital Josina MachelPos Graduação em A. Locoregional
FALHAS DA RAQUIANESTESIA O QUE
FAZER?
Sumário
•Introdução
•Falhas de raquianestesia
•Fases da raquianestesia
•Características das falhas
•Prevenção das falhas
•Conduta perante falhas
•Mudança de técnica
•Conclusões
•Recomendações
INTRODUÇÃO
Considera-se falha de raquianestesia sempre que a deposição do A.
local no espaço subaracnoídeo devidamente confirmado com refluxo
liquórico for necessário Anestesia Geral, ou outra para permitir que
se realize o procedimento cirúrgico, independentemente de ela ser
uma Falha Total , Bloqueio Parcial , Nível Insuficiente , excluindo
as situações nas quais é necessário uma sedação leve, com opioides
ou benzodiazepinas , para dar conforto a um paciente responsivo à
instruções verbais.
Ano Autor Tipo Incidência(%)
1968 Moore Retrospectivo 0,46%
1980 Moore Prospectivo 14-16
1982 Moore Prospectivo 10,6
1982 Bridenbaugh Prospectivo 5
1985 Levy Retrospectivo 17
1986 Smith Retrospectivo 5- com ADR/35 sem
ADR
1987 Manchikanti Retrospectivo 3
1988 Munnhal Prospectivo 4
1991 Tarkkila Prospectivo 3,1
1995 Imbelloni Prospectivo 8,3
2000 Fortis Prospectivo 1,3
2009 Sng Prospectivo O,5-4
Fonte :Carraretto António Roberto. 2015
FALHAS DA RAQUIANESTESIA
FALHAS DA RAQUIANESTESIA
• O QUE FAZER ?
• Foram feitos estudos Retrospectivos ,realizados por vários
autores ,em 1968 a 1985;1986 , 1987,em Relação às Falhas de
Raquianestesia totalizando 60.46%
• Outros Autores fizeram um estudo Prospectivo de 1980, 1982,
1988 , 1991, 1995 ,2000 e2009 com 66% de Falhas.
FASES DA RAQUIANESTESIA
• Escolha do Fármaco(adjuvante ou não)
• Punção Lombar
• Injecção da solução anestésica
• Dispersão do anestésico local no LCR
• Acção do fármaco nas raízes nervosas espinhais
• Controle do paciente
FÁRMACO CORRECTO
DOSE CORRECTA-LOCAL CORRETO
CAUSAS DE FALHA EM
RAQUIANESTESIA
FACTORES RELACIONADOS COM A OU ( O )
• Técnica
• Paciente
• Anestésico Local
FACTORES RELACIONADOS COM A TÉCNICA
• Sedação/comunicação
• Posicionamento após bloqueio
• Infiltração adequada
FACTORES RELACIONADOS COM A
TÉCNICA
• Ângulo de inserção
• Falso diagnóstico
• Falso diagnóstico de Punção Liquórica
• Uso excessivo de AL na infiltração
• Agulha obstruída( sem mandril )
ERROS TÉCNICOS
ERROS NA INJECÇÃO DA SOLUÇÃO ANESTÉSICA
• Dose inadequada
• Perda de AL na injecção (Parte do bisel entre a dura e
aracnoide)
• Deslocamento da agulha ( remoção da agulha do espaço
• Tipo de agulha ( calibre da agulha)
• Nível de punção (PL em espaços mais baixos)
FACTORES RELACIONADOS COM O
PACIENTE
ALTERAÇÕES ANATÓMICAS
RESISTÊNCIA AO AL
ALTERAÇÕES ANATÓMICAS
Dispersão inadequada do anestésico local
• Obesidade
• Cirurgias prévias
• Cifose
• Escoliose
• Conecções da aracnoide com a pia-máter
DISPERSÃO INADEQUADA DO AL
• Calcificações
• Quistos extradurais: Sinovial ,Gangliônico ,Aracnoide, Dermoide,
Quisto de Tarlov ,Neuroma quiástico
• Trabéculas no espaço subaracnoídeo
• Ectasia dural
• Canal espinhal lombar muito longo
• Quistos subcutâneos
• Volume do LCR lombar acima do habitual
FACTORES RELACIONADOS COM O
PACIENTE
FACTORES RELACIONADOS COM O AL
DISPERSÃO INADEQUADA
Densidade da solução/Gravidade
ACÇÃO INADEQUADA DO AL
•Injecção do fármaco errado
•Incompatibilidade química entre diferentes fármacos
•Perda da actividade do AL
•Baricidade ,Dose ,Adição de ADR
RESISTÊNCIA AO AL-ANORMALIDADE GENÈTICA
DOS CANAIS SÓDIO
TESTE DO BLOQUEIO
• Não chame a atenção do doente
• Não teste o bloqueio precocemente
• Teste o bloqueio sensorial com toque, frio ou picada de agulha,
iniciando pelos segmentos mais baixos
• Teste o bloqueio motor pedindo ao paciente que levante os membros
inferiores
• Após testes iniciais o cirurgião testará com pinça de dissecção, antes
da cirurgia
FALHAS EM RAQUIANESTESIA
Falha Parcial
•Ansiedade
•Interpretação de sensação tátil como dolorosa
•Nível insuficiente
•Impossibilidade de realização do procedimento
Falha Total
•Ausência total de anestesia na área destinada ao procedimento,
incapacidade de realização do acto cirúrgico
CARACTERÍSTICAS DAS FALHAS
•Ausência de bloqueio
•Nível insuficiente
•Bloqueio unilateral
•Bloqueio com nível, intensidade sensitiva ou motora
insuficiente para procedimento cirúrgico
PREVENÇÃO DAS FALHAS
•Avaliação pré-anestésica
•Não introduzir a agulha sem ter o mandril posicionado
•Conecção correta da agulha à seringa
•Cuidado com o deslocamento anterior ou posterior da agulha
•Aspiração de LCR para confirmar posicionamento
•Os adjuvantes melhoram a qualidade e duração do bloqueio
• História de falha ,deve ser conduzida por anestesiólogo
experiente
PREVENÇÃO DE FALHAS
•Dúvida de localização da agulha /não injecte AL
•Fixe adequadamente o cateter
•Teste o bloqueio antes do início da cirurgia
QUAL SERÁ O MOMENTO DO DIAGNÓSTICO ?
•Antes do início da cirurgia
•Após o inicio da cirurgia
CONDUTA PERANTE FALHA
MANOBRAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DO
BLOQUEIO
•Flexione os quadris e os joelhos do paciente
•Altere a posição da mesa
•Se foi utilizado AL isobárico(levemente hipobárico)sente a
paciente com os devidos cuidados
NÃO MELHOROU A QUALIDADE DO BLOQUEIO?
•Há bloqueio parcial?
•Há bloqueio total ?
•O que fazer ?
O QUE FAZER PERANTE FALHA?
SE CIRURGIA NAÕ INICIADA
•Repetir a raquianestesia com doses menores
•Raqui-peridural combinada
•Anestesia geral
•Anestesia epidural contínua
SE CIRURGIA JÁ INICIADA
•Sedação e/ ou analgesia cuidadosas
•Anestesia geral
•Infiltração com AL pelo cirurgião
APÓS REPETIR O BLOQUEIO O QUE
FAZER?
•Esperar o tempo necessário para instalação
•Não adicionar ADR ou opioides
•Utilizar doses pequenas de AL
•Bloqueio combinado Raqui –Epidural em espaço diferente da
raqui.
CONCLUSÕES
•Conhecer a técnica e os Factores
•Escolher o Anestésico Local e adição de ADR
•Determinar a dose e baricidade
•Depositar no local certo( Selecção da posição e nível de punção)
•Trabalhar com os Factores
•Selecção da técnica: Simples X Contínua
RECOMENDAÇÕES
•Observação do fluxo de LCR
•Selecção do espaço adequado
•Posicionamento adequado do paciente
•Ultrassonografia da coluna
•Tempo diagnóstico de falha completa de 20 min
•Repetir a técnica sem aditivos ou opioides
•PL um espaço acima
•Anestesia combinada em outro espaço
REVISÃO BIBLIOGRAFICA
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MUITO OBRIGADA