FAMÍLIA GARANTE SEGURANÇA ALIMENTAR E MELHORIA NA RENDA COM PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº 1769

Maio/2014

Sítio do Quinto-Ba

Na comunidade Cascalheira, município de

Sítio do Quinto - BA, a família de Dona Maria Elenilde,

conhecida como Lila, e Seu José Raimundo, conhecido

como Pretinho, transformar sua realidade ao

conquistar uma tecnologia de água para produção, a

cisterna-enxurrada que capta água da chuva,

possibilitado a produção de alimentos de forma

agroecológia, garantido segurança alimentar e

nutricional para família, além da geração de renda

com a comercialização do excedente da produção.

A família conta, que despertou para o plantio

de hortaliças quando viu um canteiro na casa de

um vizinho, ela conta que começou a plantar

hortaliças quando recebeu a primeira água,

aproveitando a unidade ao redor da cisterna de

consumo e percebeu que dava certo.

Há cerca de seis meses, a família conquistou uma cisterna de produção e iniciou o plantio de hortaliças e fruteiras de forma agroecológica, logo após a primeira chuva a cisterna captou muita água e já começaram a produzir nos canteiros econômicos. Dona Lila sempre se refere a participação nos cursos de GAPA-Capacitação de Famílias em Gestão de Água para Produção de Alimentos e SISMA- Capacitação em Sistema Simplificado de Manejo de Água para Produção. Para ela, as capacitações foram momentos importantes para sua aprendizagem.

‘Eu disse, Pretinho vamos fazer um desse, para fazer um experimento e não é que deu certo’.

‘Comecei a plantar ao redor da cisterna para pegar a fresca das pedras e deu certo, agente comeu que abusou, todo mundo da família comeu,

só acabou no verão’, Dona Lila.

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Bahia

Para seu Pretinho, foi uma bênção de Deus,

ressaltando que ele mesmo construiu mais seis (6)

canteiros, sem precisar pagar pedreiro, com o objetivo

de aumentar a produção.

A gente perdia por lêndia, por lagarta e depois dos

cursos os couves estão com as folhas bonita. Meu marido

dizia, não desista não, ele faz comigo e faz com gosto.

As pessoa criticam, mas eu quero mostrar o valor da

terra. Dona Lila.

A família cultiva uma variedade de hortaliças, fruteiras e ervas medicinais (alface, couve, pimenta, coentro, cebola, cebolinhas, pimentão, batata doce, bananeira, maracujá, arruda entre outras) com uso de adubação orgânica como esterco de ovinos, galinha e de gado, além de restos de cultura. O controle de pragas é realizada com defensivos naturais a base de calda de fumo e urina de vaca, onde a calda é feita com duas gotas de calda de fumo, 200 ml de urina de vaca e 10 litros de água, porém a família relata que as culturas tem sido pouco atacadas, visto que faz uma boa adubação e planta arruda e outras plantas para defender.

O trabalho na propriedade é conjunto, ela relata que o esposo ajuda na horta e ela ajuda na roça, na água do gado no que precisar.

A produção de hortaliças da família tem garantido mesa farta, além de renda com a comercialização do excedente da produção. A venda é feita na sede da cidade de casa em casa. Ela conta que a primeira vez só fez 7,00 reais. “Minha filha disse que era pouco, mas foi se t r a n s f o r m a n d o e v a i f i c a n d o c o n h e c i d o ” . Atualmente, todas as quintas- feiras eles levam seus

produtos à cidade e entregam de casa em casa, conseguindo uma renda de aproximadamente 80,00 reais semanal.

Quem vai deixar de comprar um maracujá desse para compra na feira, ai é dado pela natureza. Seu

Pretinho.

Quando eu quero compra uma sandália eu compro, antes eu comprava mais era mais apertado. Dona Lila.

Além das hortaliças, a família também planta de feijão, milho e cria galinha, porco e gado.

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