farmacologia - 2.farmacocinÉtica

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FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA Faculdade de Odontologia Faculdade de Odontologia Disciplina de Farmacologia e Terapêutica Medicamentosa Disciplina de Farmacologia e Terapêutica Medicamentosa Prof. Dr. Claudio Maranhão Pereira Prof. Dr. Claudio Maranhão Pereira

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  • FARMACOCINTICAFaculdade de OdontologiaDisciplina de Farmacologia e Teraputica MedicamentosaProf. Dr. Claudio Maranho Pereira

  • FARMACOCINTICA

    Estuda o caminho percorrido pelo medicamento no organismo, desde a sua administrao at a sua eliminao.

    Pode ser definida como o estudo quantitativo dos processos de absoro, distribuio, biotransformao e eliminao dos frmacos ou dos seus metablitos.

  • FARMACODINMICA X FARMACOCINTICA

  • FARMACOCINTICAVias de AdministraoAbsoroDistribuioBiotransformaoExcreo

  • ABSORO DAS DROGAS

  • TRANSPORTE DE FRMACOS ATRAVS DASMEMBRANAS

    A capacidade da droga em atravessar as paredes capilares, membranas celulares e outras barreiras, para circular livremente, depende do tamanho e forma moleculares e da sua solubilidade em meios aquosos e lipdicos.Membrana Plasmtica Celular: barreira comum aos frmacos.Processos passivos: difuso passivaMecanismos ativos dos componentes membrnicos: canais de seletividade

  • Difuso atravs de lipdiosDifuso Passiva das DrogasSubstncias na forma no carregada (no-ionizada ou no-polares) atravessam membranas mais facilmente atravs de difuso passiva.Dois fatores fsico-qumicos contribuem para a permeabilidade (solubilidade) na membrana:Coeficiente de partio SOLUBILIDADECoeficiente de difuso DIFUSIBILIDADE (medida da mobilidade das molculas no interior do lipdio).

  • DIFUSO PASSIVA DAS DROGASHidrossolveis:Depende do tamanho molecular da droga.Lipossolveis:Principal mecanismo de transporte dos frmacos. A velocidade de difuso depende dos seguintes fatores:Concentrao da drogaCoeficiente de partio leo/guaConcentrao de prtons (pH)rea para difuso da droga

  • Transporte mediado por transportadoresMuitas membranas celulares possuem mecanismos de transporte especializados, que regulam a entrada e a sada de molculas fisiologicamente importantes como carboidratos, aminocidos, neurotransmissores e ons de metais.Molcula transportadora = PROTENA TRANSMEMBRANA.Normalmente h gasto de energia transporte ativo

  • O transporte mediado por transportadores, por envolver uma etapa de ligao, apresenta caracterstica de SATURAO, com stios transportadores tornando-se saturados com altas concentraes de ligante, e a velocidade de transporte no aumenta alm deste ponto.Pode ainda ocorrer INIBIO COMPETITIVA do transporte se houver um segundo ligante que se liga ao transportador.

  • ABSORO DE DROGAS a transferncia de um frmaco desde o seu local de administrao at a corrente circulatria.A rapidez de ao da droga depende da velocidade de absoro.Velocidade de absoro varia com as formas:SoluesSuspensesPCpsulaComprimidoDrgea

  • A absoro influencia o incio e a magnitude do efeito farmacolgico e um dos determinantes de escolha de vias de administrao e doses.

    Quando um frmaco inadequadamente absorvido, seus efeitos sistmicos inexistem

  • FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSOROpH do local no qual a droga desintegra-se e dissolve-se, determina a frao da mesma na forma no ionizada que pode se difundir atravs das membranas celulares.As drogas cidas so crescentemente ionizadas com o aumento do pH, ou seja, em locais bsicos; enquanto as drogas bsicas tornam-se crescentemente ionizadas com a diminuio do pH, em locais cidos.

  • FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSORO

    Solubilidade do frmaco (coeficiente de partio)Velocidade de dissoluoCondies do local de absoroConcentrao do frmacoCirculao no local de absororea de superfcie absortiva (associado via de administrao)

  • ABSORO VIAS DE ABSORO:Gastrointestinal: bucal, gstrica, intestinal, retalRespiratria: brnquica, alveolar, nasal, traquealSubcutneaIntramuscularCutneaConjuntivalPeritonealGenitourinria: vaginal, uretral, vesical.

  • Fatores que influenciam a Absoro de Frmacos

  • BIODISPONIBILIDADE expressa como a frao do frmaco administrado que tem acesso a circulao sistmica na forma quimicamente inalterada.Quantidade de frmaco disponvel no organismo para utilizao.Absoro adequada no garante biodisponibilidade, devido alguns frmacos serem biotransformados, no fgado, antes de atingirem a circulao geral. (Metabolismo de primeira passagem).Influencia: Resposta clnica, escolha de doses e vias de administrao.

  • FATORES QUE INTERFEREM NA BIODISPONIBILIDADE:Metabolismo heptico de primeira passagem;Solubilidade do frmaco;Instabilidade qumica;Natureza da formulao do medicamento;

  • BIOEQUIVALNCIA:Dois frmacos correlatos (com mesmos ingredientes ativos) so considerados bioequivalentes se apresentam biodisponibilidades comparveis e tempos para alcanar picos de concentrao sangunea semelhantes.Quando ocorre diferena significativa na biodisponibilidade so chamados de no-bioequivalentes.

  • Partindo destes conceitos, podemos entender a definio de medicamentos genricos, tendo em vista que no basta que a frmula seja similar, preciso que haja uma bioequivalncia, de modo a permitir efeitos tambm equivalentes entre os produtos, o que significa reas sob a curva concentrao versus tempo equivalente e picos plasmticos tambm (Biodisponibilidades e tempos para alcanar picos de concentrao sangunea semelhantes).

  • EQUIVALNCIA TERAPUTICA:

    Dois frmacos similares so terapeuticamente equivalentes se apresentarem eficcia e segurana comparveis.

  • DISTRIBUIOAlm destes processos que controlam o transporte de molculas de frmacos atravs das barreiras entre diferentes compartimentos aquosos, dois outros fatores exercem importante influncia na distribuio e eliminao de drogas:

    LIGAO A PROTENAS PLASMTICAS;DISTRIBUIO NO TECIDO ADIPOSO E EM OUTROS TECIDOS DO CORPO.

  • Ligao a Protenas Plasmticas e TeciduaisFORMA LIVRE (forma ativa)FORMA LIGADA Albumina / Alfa-1 glicoprotena cida. REVERSIBILIDADE.ALBUMINA: protena plasmtica mais importante, se liga pp/ a drogas cidas (p.ex. varfarina, AINE, sulfonamidas) e menos a drogas bsicas (p.ex. antidepressivos tricclicos, clorpromazina)

  • A quantidade de frmaco que se liga a protenas plasmticas depende de trs fatores:

    A concentrao de frmaco livre;Sua afinidade pelos stios de ligao;A concentrao da protena.

    Frao livre aumenta com: Hipoalbuminemia ( cirrose, sndrome nefrtica, desnutrio grave e uremia) Velhice (capacidade de ligao) Gestao (hemodiluio)

  • Ligao de frmacos a albumina:

  • DISTRIBUIOFRMACOAdministrao Direta

  • DISTRIBUIOTecidos Suscetveis: aqueles que sofrem ao farmacolgica.Tecidos Ativos: aqueles que metabolizam o frmaco.Tecidos Indiferentes: funcionam como reservatrio temporrio.Emunctrios: aqueles que eliminam o frmaco.

  • A VELOCIDADE E EXTENSO DE DISTRIBUIO DEPENDEM:Fluxo sanguneo tecidual;Propriedades fsico-qumicas;Caractersticas da membrana de transporte;Ligao a protenas plasmticas.

  • NATUREZA QUMICA DOS FRMACOSFrmacos lipossolveis atravessam FACILMENTE a membrana endotelial e quanto MAIOR a taxa de perfuso MAIOR a velocidade de distribuio. FrmacosLipossolveis

  • NATUREZA QUMICA DOS FRMACOSFrmacos polares e de alto peso molecular DIFICILMENTE atravessam a membrana endotelial e a velocidade de distribuio limitada pela taxa de difuso.

  • DISTRIBUIOPassagem da droga da circulao para os tecidos onde exerce seus efeitos.FATORES QUE INFLUENCIAM:Dose e nvel sanguneo da drogaLigao com protenas plasmticasPermeabilidade capilarBiodisponibilidadeBioequivalnciaBarreiras orgnicas

  • DISTRIBUIOTECIDOS SUSCEPTVEISTECIDOS ATIVOS: Metabolizam a droga, no sofrem ao desta (fgado/intestino/rim).INDIFERENTES (Reservatrio)ENUNCTRIOS (Excreo): rim, pulmes, fezes, secreo biliar, suor, lgrimas, saliva e leite materno.

  • DISTRIBUIO DAS DROGASFase Inicial de distribuio: fluxo sanguneo regional e dbito cardaco.rgos bem perfundidos: recebem grandes quantidades da droga nos momentos iniciais.Pele, gordura, msculos e algumas vsceras: distribuio mais lenta.

  • SEGUNDA FASE DE DISTRIBUIOLimitada pelo fluxo sanguneo envolvendo uma grande quantidade de massa corporal.Difuso para compartimento intersticial rpida: permeabilidade da membrana do endotlio capilar.Frmacos lipoinsolveis e/ou com ligao a protenas plasmticas sofrem restrio em sua distribuio.Podem se acumular em determinados tecidos (reservatrios): ligao a componentes intracelulares ou relacionada distribuio nos lipdeos.

  • RESERVATRIOS DAS DROGAS Compartimentos orgnicos nos quais os frmacos se acumulam.Equilbrio estvel da quantidade armazenada: concentrao do frmaco no plasma e no local de ao mantida e seus efeitos prolongados.Grande capacidade de encher rapidamente: necessidade de dose inicial maior.

  • LIGAO A PROTENAS PLASMTICAS E TECIDUAISFRMACO

  • FrmacoLivreProtena+ComplexoFrmaco-ProtenaCom aofarmacolgicaFarmacologicamenteInerte

  • Local de AdministraoSangueFrmacoLivreFrmaco ligados protenasplasmticas

  • A soma da FORMA LIGADA com a FORMA LIVRE igual a 1.Quando a FORMA LIVRE for MENOR que 0,1, a intensidade de efeito ser MENOR e a durao, MAIOR.

  • Alta proporo de ligao do frmaco (por ex. 90%) s protenas plasmticas, no significa que somente 10% do frmaco circulante tero acesso aos tecidos, pois quando parte da frao livre abandona o plasma, proporo correspondente se desliga das protenas.O complexo Frmaco-protena age como reservatrio temporrio na c/c.

  • Saturao dos Stiosde ligao Hipoalbuminemia Velhice Gestao Competio entrefrmacosAUMENTODAFORMA LIVRE

  • AINEAnticoagulanteligado s PPAnticoagulantelivreSangueAINE ligados PPAnticoagulanteoral livreHEMORRAGIAS

  • Alter plasma binding of drugs1000 molecules % boundmolecules free99.990.0100 1100-fold increase in free pharmacologically active concentration at site of action.

    Effective TOXIC

  • REDISTRIBUIONormalmente o trmino do efeito do frmaco se d aps a biotransformao e excreo, mas pode tambm resultar da redistribuio do frmaco do seu local de ao para outros tecidos.Principalmente quando se administra rapidamente uma injeo intravenosa ou por inalao de um frmaco altamente lipossolvel que atua no crebro ou sistema cardiovascular.

  • BIOTRANSFORMAO DOS FARMACOSA maioria das drogas metabolizada antes da catabolizao no organismo.Aps as reaes de metabolizao, todos os compostos formados tendem a ser mais hidrossolveis e com menor atividade biolgica.Objetivo: gerar metablitos inativos mais polarizados que sero prontamente excretados pelo organismo.Podem gerar metablitos potencialmente ativos e/ou txicos.

  • REAES DE FUNCIONALIZAO DA FASE IReaes de oxidao, reduo, e hidrlise. Introduzem ou expe um grupo funcional no composto original (aumenta a polaridade da droga) e tambm um stio que utilizado em reaes para o metabolismo de fase 2. O metablito resultante pode ser farmacologicamente inativo, menos ativo ou, s vezes, mais ativo que a molcula original.Quando o prprio metablito a forma ativa, o composto original denominado pr-droga.

  • REAES DE CONJUGAO DA FASE II Conjugao ou reaes sintticas em que um grupamento qumico (polares e inativos) grande ligado molcula. Isto aumenta a solubilidade em gua e facilita a excreo do metablito. O stio para ligao pode decorrer da fase 1 ou a droga pode possu-lo naturalmente (frmaco susceptvel conjugao).Os grupos mais freqentes envolvidos na formao de conjugados so: glicuronil, sulfato, metil, acetil, glicil, e glutamil.Fenmeno de recirculao entero-heptica.

  • Exemplo do cido acetilsaliclico que por hidrlise metabolizado a cido saliclico (que ainda possui atividade farmacolgica) e depois conjugado ao cido glicurnico ou a glicina, gerando, portanto, dois metablitos diferentes, que j no apresentam atividade e so mais hidrossolveis, sendo facilmente excretados pelos rins.

  • LOCAL DE BIOTRANSFORMAO Localizam no fgado, embora todo tecido tenha atividade metablica (natureza enzimtica).Rins, trato gastro-intestinal, pele e pulmes.Metabolismo de primeira passagem: reduz significantemente a disponibilidade das drogas.Famlia da enzima citocromo P450 o principal catalisador das reaes de biotransformao (no retculo endoplasmtico heptico).

  • FATORES QUE AFETAM A BIOTRANSFORMAO DOS FRMACOS Fatores genticos, ambientais e fisiolgicos.polimorfismos geneticamente determinados nas oxidaes e conjugaes de frmacos. o uso concomitante de outras drogas.a exposio a poluentes ambientais e substncias qumicas industriais.doena, o estado clnico e a idade.Responsveis pela menor eficcia, prolongamento dos efeitos e toxicidade.

  • INDUO ENZIMTICAExposio a certos frmacos e a poluentes industriais que podem levar ao aumento da sntese enzimas envolvidas na biotransformao de drogas. Centenas de drogas, inclusive analgsicos, anticonvulsivantes, hipoglicemiantes orais, sedativos e tranqilizantes alm de hidrocarbonetos da fumaa de cigarro e ingesto crnica e excessiva de etanol estimulam a sua prpria biotransformao e a de outras drogas.

  • INDUO ENZIMTICAAumenta a velocidade de biotransformao heptica da droga.- Aumenta a velocidade de produo dos metablitos.- Aumenta a depurao heptica da droga.- Diminui a meia-vida srica da droga.- Diminui as concentraes sricas da droga livre e total.- Diminui os efeitos farmacolgicos se os metablitos forem inativos.

  • INIBIO ENZIMTICAResulta em nveis elevados de frmacos originais, efeitos farmacolgicos prolongados e maior incidncia de toxicidade da droga.Competio entre dois frmacos pelo local ativo da mesma enzima pode diminuir o metabolismo de um desses agentes, dependendo das concentraes relativas de cada substrato e de suas afinidades pela enzima.

  • INIBIO ENZIMTICAA inibio das enzimas microssomais:- Diminui a velocidade de produo de metablitos.- Diminui a depurao total.- Aumenta a meia vida da droga no soro.- Aumenta as concentraes sricas da droga livre e total.- Aumenta os efeitos farmacolgicos se os metablitos forem inativos.

  • INIBIO ENZIMTICAOs inibidores clinicamente importantes da biotransformao de drogas incluem: Exposio aguda ao etanol. Cloranfenicol e alguns outros antibiticos. Cimetidina. Dissulfiram. Propoxifeno. Metronidazol.

  • POLIMORFISMO GENTICO

    Diferenas genticas na capacidade da pessoa em metabolizar um determinado frmaco.Metabolizadores rpidos e lentos: diferenas fenotpicas na quantidade de drogas excretada atravs de uma via excretora polimorficamente controlada.So herdadas como trao autossmico recessivo.Associa-se a grande incidncia dos efeitos adversos em uma determinada populao.

  • DOENA:Alterao da funo heptica normal por qualquer enfermidade pode levar a alteraes da biotransformao no fgado.IDADE E SEXO:Desde o desenvolvimento fetal j possvel detectar taxas de enzimas funcionais.Os sistemas enzimticos de fase I e fase II comeam a amadurecer gradativamente depois das duas primeiras semanas de vida, embora o padro de desenvolvimento seja varivel para as diferentes enzimas.Idosos: diminuio da massa, fluxo sanguneo, capacidade enzimtica e funcional do fgado diminuio da biotransformao.Mulheres: menor capacidade de biotransformao de alguns frmacos (oxidao de estrgenos)???

  • INTERAES METABLICAS ENTRE FRMACOSAdministrao conjunta de um ou mais frmacos: alterao na absoro, na ligao a protenas e na excreo urinria de algum(s) deles.Efeito na biotransformao mais acentuado que nas outras fases.Competio pelo stio de ligao enzimtico de uma mesma enzima na fase I de biotransformao, diminuindo o metabolismo destas drogas (diminuio dos efeitos).

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOSO alimento pode causar alteraes farmacocinticas ou no efeito farmacolgico do frmaco e este, por sua vez, pode modificar a utilizao do nutriente, com implicaes clnicas tanto na eficcia teraputica medicamentosa como na manuteno do estado nutricional.Pouco ao nvel da boca, garganta e esfago, maior no estmago e intensa durante a passagem pelo intestino.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOSAs interaes so dependentes de: Natureza dos nutrientes. Elementos que compem o alimento. Caractersticas do frmaco. Tempo de trnsito nos diferentes segmentos do tubo digestivo (freqncia de contato com as vilosidades intestinais). Mecanismos de absoro intestinal.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOSCaractersticas do alimento > tempo de esvaziamento gastrointestinal e as condies de solubilizao (formao de complexos) > absoro de frmacos.Frmaco > motilidade gastrointestinal, pH intra-lumenal, a morfologia celular da mucosa, a atividade de enzimas intestinais, a flora bacteriana > formando complexos mais ou menos insolveis > alteram a solubilizao e a absoro de nutrientes.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOSABSOROOs alimentos no intestino > estimulam secreo da bile > aumenta a dissoluo e favorecem a absoro de nutrientes e de frmacos.Aumento da absoro de certos frmacos lipossolveis quando administrados durante uma refeio gordurosa.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOSMETABOLISMOO estado nutricional > aumenta ou retarda as funes digestivas, hepticas e pancreticas > influenciando o metabolismo ou a biotransformao tanto na mucosa intestinal, como no fgado. Desta forma, a meia-vida plasmtica de muitos frmacos pode ser reduzida quando dietas forem predominantes proticas ou aumentado com dietas ricas em acares e gordurasAminocidos aumentam a atuao enzimtica do sistema citocromo P450 heptico, enquanto os glicdios e cidos graxos exercem efeitos opostos.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOSImportncia clnica:diminuio da eficcia teraputica. aumento de efeitos txicos.m absoro e utilizao incompleta de nutrientes.comprometendo o estado nutricional ou acentuando a desnutrio j existente.pacientes com idade avanada, devido presena muitas vezes de doenas crnicas e utilizao de mltiplos medicamentos.

  • Exemplos de interaes entre alimentos e medicamentos- Medicamentos cidos fracos:Como cido acetilsaliclico,penicilinas, sulfonamidas, podem ter sua excreo aumentada por dietas predominantemente alcalinas, devido alcalinizao da urina pelos resduos alcalinos dos alimentos.- Bases fracas:Anfetamina podem ter sua excreo aumentada por dietas predominante cida ou que gerem metablitos cidos (como a ameixa, carnes, frutos do mar, pes, biscoitos, bolachas) devido acidificao da urina.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM ALIMENTOSDe maneira geral:Medicamentos de difcil absoro gastrointestinal ou instveis em meio cido devem ser administrados longe das refeies.Os medicamentos que causam efeitos irritativos sobre a mucosa gastrointestinal como os Antiinflamatrios no esterides (AINE) devem ser administrados junto com as refeies.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM LCOOLEtanol um depressor do sistema nervoso central Alguns efeitos farmacolgicos:Doses moderadas de etanol provocam vasodilatao perifrica com ruborizao e perda de calor, acarretando a instalao de hipotermia, que pode levar morte, dependendo das condies climticas. Estimulam as secrees gstricas e salivares.Efeito diurtico, pois inibe a liberao do hormnio antidiurtico pela hipfise posterior.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM LCOOL- Ingesto aguda de lcool concomitante com medicamentos: O etanol estimula a secreo cida, desnatura certos frmacos, retarda o esvaziamento gstrico e facilita a dissoluo de substncias lipossolveis, causando, ocasionalmente, a absoro de substncias que, em outras circunstncias, no seriam absorvidas. Na presena de etanol no organismo, o metabolismo de muitas drogas como benzodiazepnicos, barbitricos, tetraciclinas, antidepressivos, hipoglicemiantes orais, etc. esto com o seu metabolismo diminudo, podendo exacerbar seus efeitos.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM LCOOLPotencializao do efeito depressor do SNC do lcool por ansiolticos, hipnticos e sedativos. A depresso resultante desta interao bem maior que a simples soma dos efeitos, consistindo grave ameaa vida. Nessas circunstncias, a morte pode advir por falncia cardiovascular, depresso respiratria ou grave hipotermia.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM LCOOLIngesto crnica de lcool podem causar mudanas bioqumicas e fisiolgicas e alteram a ao dos medicamentos.Consumo excessivo de etanol interfere com a absoro de nutrientes essenciais, levando a deficincias minerais e vitamnicas.cido acetilsaliclico pode causar hemorragia gastrointestinal devido a seu efeito aditivo de irritao gstrica.

  • INTERAES DE MEDICAMENTOS COM LCOOLAcelerao de biotransformao de frmacos, em decorrncia da induo de enzimas hepticas.Os consumidores crnicos de bebidas alcolicas desenvolvem tolerncia ao etanol e a outros frmacos (tolerncia cruzada). Essa tolerncia devida, em parte, adaptao do sistema nervos central (tolerncia farmacodinmica) e induo enzimtica (tolerncia metablica). Frmacos devem ser prescritos em doses maiores para pacientes em fase de recuperao do alcoolismo.

  • EXCREO DOS FARMACOSAs drogas podem ser excretadas por vias incluindo os rins (urina), o trato gastrintestinal (bile e fezes), os pulmes (ar exalado), glndula mamria e suor, sendo as mais comuns a via renal e fecal. A pele e o cabelo no so rgos de excreo, mas servem de depsito para algumas substncias.So eliminados inalterados ou em sua forma metablica.

  • EXCREO DOS FARMACOSDrogas polarizadas so mais eficientemente excretadas (exceto nos pulmes).Drogas lipossolveis no so prontamente eliminadas at serem metabolizadas.Principal via de excreo a renal.Pelas fezes frmacos ingeridos por via oral, em grande parte inabsorvidos ou os metablitos excretados pela bile e no reabsorvidos pelo trato gastrointestinal.

  • EXCREO RENALOs produtos do metabolismo de fase 1 e de fase 2 , so quase sempre eliminados mais rapidamente que o composto original. Envolve trs processos: filtrao glomerular, secreo tubular ativa e reabsoro tubular passiva.Filtrao glomerular: depende da quantidade de frmacos ligado a protenas plasmticas. O processo de filtrao passivo e relativamente lento, e limitado pela velocidade de difuso atravs do filtro e fluxo sangneo.

  • Secreo tubular ativa: As clulas dos tbulos proximais transportam ativamente certas substncias do plasma para a urina tubular. A transferncia das drogas ocorre contra o gradiente de concentrao pois as drogas tornam-se relativamente concentradas no interior da luz tubular.A secreo tubular ativa um processo relativamente rpido, que depura rapidamente toda a droga do sangue.Anions e ctions orgnicos so acrescentados ao filtrado glomerular.

  • Secreo tubular ativa:O processo de transporte ativo caracteriza-se por:Necessidade de energia.Cintica de saturao, ou seja , uma droga precisa de um transportador (protena da membrana celular) para atravessar as membranas (possibilidade de competio).Existe pelo menos dois mecanismos de transporte, um para substncias cidas (sistema que secreta substncias endgenas) e outra para substncias bsicas (sistema separado que secreta colina e histamina).

  • Reabsoro Tubular Passiva:

    Pode ocorrer via transporte ativo principalmente para substncias endgenas como a glicose e cido rico.A maioria da reabsoro um processo de modo PASSIVO. Formas no ionizadas dos cidos e bases fracos. Essas substncias deixam o filtrado para penetrar nas clulas tubulares e devem ser capazes de sair novamente da clula para circular no sangue. Em geral, as molculas com cargas no tm capacidade de atravessar as membranas das clulas epiteliais tubulares e, por isto, so excretadas na urina.

  • PH COMPATVEL COM O DA URINAInfluncia do pH na excreo de drogas:pH final da urina pode variar de 4,5 a 8 de acordo com a acidez ou alcalinidade da urina. se esta estiver cida, teremos reabsoro de cidos fracos (saliclico, sulfonamidas); se estiver bsica, teremos reabsoro de bases fracas (anfetamina).

  • EXCREO DAS DROGASEsses processos decorrem de alteraes na ionizao da droga, modificando consequentemente a sua lipossolubilidade e a sua capacidade de ser reabsorvida no sangue a partir dos tbulos renais aumentado assim a depurao renal da droga.A alterao significativa da eliminao do frmaco por causa de mudana do pH urinrio depende da magnitude e da persistncia dessa mudana.

  • EXCREO BILIAR E FECAL

    Metablitos formados no fgado.Podem ser excretados pelas fezes, mas de maneira geral so reabsorvidos pelo sangue e excretados pela urina.

  • EXCREO POR OUTRAS VIASSuor, saliva e lgrimas: sem importncia quantitativa.Saliva e leite materno: concentraes semelhantes ao do plasma.Cabelos e pele: importncia forense.Pulmonar: importante para gases e vapores anestsicos.