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FDV FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA – 6ª OLIMPÍADA JURÍDICA ESCOLAR 2018 QUESTÕES DE DESEMPATE – 02 – 04 - 19
Leia com atenção o texto a seguir: A maioridade penal a partir dos 18 anos está estabelecida na Constituição de 1988, no artigo 228, ele afirma que os
menores de idade são inimputáveis e estão sujeitos a norma especial. Mas por que 18 anos, e não qualquer outra
idade? Isso tem a ver com a chamada doutrina da proteção integral, uma diretriz internacional criada a partir da
Convenção Internacional dos Direitos da Criança, adotada pela Organização das Nações Unidas em 1989.
Apesar de que a convenção não determina qual idade deve ser escolhida para a maioridade penal, ela define como
criança todo ser humano com menos de 18 anos de idade. O Brasil e quase todos os países do mundo são signatários
desse tratado e grande parte deles baseia seu sistema penal para jovens a partir dessa convenção.
(Disponível em: http://www.politize.com.br/maioridade-penal/ acesso 02/04/2018) No Brasil, a norma especial citada no texto acima é o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), que tem
caráter protetivo e pedagógico. Uma das diferenças entre o ECA e o Código Penal, que se aplica aos adultos,
está na forma como trata os indivíduos que não cumprem as leis. Sobre a forma como as normas citadas
tratam os menores, pode-se afirmar que:
(a) para o ECA, os infratores passam por medidas socioeducativas, já que o caráter é protetivo e pedagógico.
(b) o código penal tem caráter protetivo por isso apresenta medidas socioeducativa para adolescentes
criminosos.
(c) segundo o ECA, os infratores deverão cumprir pena de reclusão em penitenciária pública em caso de
crime contra a vida.
(d) o código penal apresenta todas as condições de tratamento diferenciado para infratores crianças e
adolescentes, caso seja necessário.
(e) o caráter pedagógico do ECA se expressa na punição do criminoso por meio de reclusão.
QUESTÃO 01:
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Leia com atenção os textos a seguir:
TEXTO I:
LEI Nº 11.662, DE 24 DE ABRIL DE 2008.
Art. 1º Esta Lei altera as alíneas “b” e “c” e revoga a alínea “d” do art. 2º do Decreto no 2.784, de 18 de junho de 1913,
a fim de modificar os fusos horários do Estado do Acre e de parte do Estado do Amazonas do fuso horário Greenwich
“menos cinco horas” para o fuso horário Greenwich “menos quatro horas”, e da parte ocidental do Estado do Pará do
fuso horário Greenwich “menos quatro horas” para o fuso horário Greenwich “menos três horas”. (Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11662.htm acesso dia 02/04/2018)
TEXTO II:
LEI Nº 12.876, DE 30 DE OUTUBRO DE 2013.
Art. 1º [...]
e) o quarto fuso, caracterizado pela hora de Greenwich ‘menos cinco horas’, compreende:
1. o Estado do Acre;
2. a parte do Estado do Amazonas que fica a oeste da linha fixada na alínea ‘c’.” (NR)
Art. 2º Revoga-se a Lei no 11.662, de 24 de abril de 2008. (Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/L12876.htm acesso dia 02/04/2018)
A análise dos textos nos permite afirmar, corretamente, que:
(a) entre 2008 e 2013 o Brasil passou a ter apenas dois fusos horários, sendo um deles o do Acre, cinco
horas a menos que o horário de Greenwich.
(b) após o tramite no Congresso Nacional, em 2013, o fuso horário brasileiro retorna exatamente aos
mesmos padrões estabelecidos no decreto 2.784 de junho de 1913, data em que se determina os cinco fuso
horários brasileiros.
(c) a lei nº 12.876 de 30 de outubro de 2013 revoga a lei nº 11.662 de 24 de abril de 2008 e estabelece o
retorno do quarto fuso horário brasileiro, que determina a hora para o estado do Acre e parte oeste do estado
do Amazonas.
(d) até 2008 o Brasil possuía três fusos horários, sendo eles: 1º a hora oficial do Brasil (hora de Brasília)
menos três horas em relação a Greenwich, 2º a hora da Amazônia, menos quatro horas de Greenwich, e o
3º hora do Acre, menos cinco horas em relação a hora de Greenwich.
(e) a lei nº 11.662 de 24 de abril de 2008 foi revogada pois não passou pelo tramite legal no congresso
nacional, sendo considerada, então, inconstitucional.
QUESTÃO 02:
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TEXTO I
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998.
Dos Crimes contra a Fauna
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a
devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção
de seis meses a um ano, e multa.
(Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm acessado em 29/03/2018)
Sobre o artigo 29 da lei dos crimes ambientais, é correto afirmar:
(a) É atenuante de pena a infração cometida contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção.
(b) O emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa da fauna de uma
região pode ser considerado fatores culturais que atenuam a pena, neste caso.
(c) Incorre nas mesmas penas citada no texto quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro
natural.
(d) A caça profissional é considerada segura, portanto, não é considerada como crime contra a fauna em
nenhuma hipótese.
(e) As disposições deste artigo se aplicam integralmente aos atos de pesca.
QUESTÃO 03:
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TEXTO I:
(Disponível em: http://www.agenda2030.com.br/ods/6/ acessado em 23/03/2018)
TEXTO II:
QUESTÃO 04:
FDV FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA – 6ª OLIMPÍADA JURÍDICA ESCOLAR 2018 Sobre a ODS (Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável) e seus resultados a cerca da água potável e
saneamento básico é correto afirmar que:
(a) no Brasil, a universalização do tratamento de esgoto está próxima de ocorrer.
(b) sendo o Brasil um país rico em recursos hídricos, o acesso à água tratada não é problema no país.
(c) assegurar a disponibilidade de água tratada e coleta de esgoto para toda a população, além de objetivo
da ONU, é uma questão de saúde pública.
(d) o saneamento básico refere-se à coleta e tratamento de esgoto, apenas, água tratada é um acréscimo
dos objetivos da ONU.
(e) os objetivos propostos pela ONU não têm caráter de obrigatoriedade por parte dos países membros, não
apresentando prazos ou metas a serem cumpridas.
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TEXTO I
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Acesso 01/04/2018.
Neste ano, a Constituição Federal está completando 30 anos. Neste tempo aconteceram muitas mudanças
políticas, sociais e econômicas no país, que está diferente do Brasil de 1988. Sobre a Constituição de 1988
e sua história nos últimos 30 anos é correto afirmar que:
(a) o texto base da Constituição de 1988 foi estabelecido a partir do texto da Constituição de 1964, sendo
estabelecido como objetivo apenas atualização das normativas predispostas no documento.
(b) os críticos da Constituição de 1988 dizem, entre outros pontos, que faltou o reconhecimento da
importância da biodiversidade e do Meio Ambiente, já que o texto da constituição não apresenta o tema.
(c) desde sua promulgação, a Constituição Federal de 1988 não sofreu qualquer alteração nem revisão em
seu texto original, sendo ainda hoje uma constituição atualizada, moderna e sem emendas.
(d) a elaboração do texto constitucional e das ideias base foi redigida por um grupo de 25 deputados e 10
senadores indicados pelo presidente José Sarney, sem a participação popular.
(e) a Constituição, promulgada em 5 de outubro de 1988, tornou-se o principal símbolo do processo de
redemocratização nacional, após o regime militar, a sociedade brasileira recebia uma Constituição que
assegurava a liberdade de pensamento.
QUESTÃO 05:
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TEXTO I:
A palavra direito se origina do latim directum, que significa o que está conforme à regra. Vem dos romanos antigos e é
a soma da palavra DIS (muito) + RECTUM (reto, justo, certo). Trata-se, na verdade, de um conjunto de regras
obrigatórias que garante a convivência social, que regula a conduta do homem na sociedade, que coloca um mínimo
de regra ou de norma a ser seguida pela sociedade.
Flávia Lages de Castro (2007, p. 2), analisando o conceito de direito, considera que o homem não existe sem o direito
e o direito não existe sem o homem. Observe: “Entende-se, em sentido comum, o Direito como sendo o conjunto de
normas para a aplicação da justiça e a minimização de conflitos de uma dada sociedade. Estas normas, estas regras,
esta sociedade não são possíveis sem o Homem, porque é o Ser Humano quem faz o Direito e é para ele que o Direito
é feito.” Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7231 acesso 09/04/2018.
Sobre o direito e sua história é correto afirmar que:
(a) o direito surge para colocar direção, ordem, regras de conduta para regular o convívio na sociedade, a
fim de conseguir que os homens vivam em harmonia.
(b) as origens do direito situam-se na formação das sociedades e isto remonta a épocas muito anteriores à
escrita, quando os povos já se utilizavam de leis, normas e tribunais com júri pré-estabelecido.
(c) a história do direito descreve e revela a vida jurídica de um povo em todos os seus aspectos, detendo-
se nas fontes e nos costumes que o rege, enfim, em todas as manifestações que resultam do conhecimento
dos fatos ocorridos, as leis deste povo, no entanto, são produzidas, exclusivamente, com base nos
interesses políticos da nação.
(d) o desenvolvimento histórico do direito demonstra que a validação das leis e das normas não podem levar
em conta os costumes e tradições do povo, mas o linear de um padrão estabelecido por seus governantes.
(e) historicamente, a primeira manifestação do direito como ciência é encontrada nos costumes e hábitos do
século XX, convertidos em regras de conduta.
QUESTÃO 06:
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TEXTO I:
Trecho do Tratado de Assunção – Disponível em http://www.mercosur.int/innovaportal/file/2486/1/tratado-de-assuncao_pt.pdf acesso 10/04/2018.
O Tratado de Assunção, assinado em março de 1991, é o marco inicial do Mercado Comum do Sul
(Mercosul). Sobre o tema é correto afirmar:
(a) Tratado de Assunção, instrumento fundacional do MERCOSUL, estabeleceu um modelo de integração
profunda, com a formação de um mercado comum - com livre circulação interna de bens, serviços,
mercadorias e pessoas.
(b) O Protocolo de Ushuaia, assinado em 1991, estabeleceu a estrutura institucional básica do MERCOSUL
e conferiu ao Bloco personalidade jurídica de direito internacional.
(c) Além dos Estados Parte citados no texto, todos os demais países sul-americanos estão vinculados ao
MERCOSUL como Estados Associados, a Venezuela, por sua vez, tem o “status” de Estado Associado em
processo de adesão.
(d) Atualmente está consolidado o Mercado Comum previsto no Tratado de Assunção, em todos os seus
aspectos: a livre circulação de bens, serviços e outros fatores produtivos, incluindo a livre circulação de
pessoas; a plena vigência da TEC e de uma política comercial comum; a coordenação de políticas
macroeconômicas e setoriais; e a convergência das legislações nacionais dos Estados Partes.
(e) A Venezuela aderiu ao Bloco em 2012, mas está suspensa, desde dezembro de 2016, por
descumprimento de seu Protocolo de Adesão e, desde agosto de 2017, por violação da Cláusula
Democrática do Bloco.
QUESTÃO 07:
FDV FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA – 6ª OLIMPÍADA JURÍDICA ESCOLAR 2018
TEXTO I
DECRETO Nº 1, DE 15 DE NOVEMBRO DE 1889. O GOVERNO PROVISÓRIO DA REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL
DECRETA: Art. 1º - Fica proclamada provisoriamente e decretada como a forma de governo da Nação brasileira - a República Federativa. Art. 2º - As Províncias do Brasil, reunidas pelo laço da Federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brasil. Art. 3º - Cada um desses Estados, no exercício de sua legítima soberania, decretará oportunamente a sua constituição definitiva, elegendo os seus corpos deliberantes e os seus Governos locais.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/d0001.htm acesso 01/04/2018.
A Proclamação da República Brasileira aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. Fica marcada a figura
de Marechal Deodoro da Fonseca como responsável pela efetiva proclamação.
A respeito da Proclamação da República Brasileira e suas consequências é correto afirmar:
(a) A República favorecia os mais pobres, pois estes tiveram participação efetiva na derrubada da monarquia
e na escolha do governo provisório.
(b) Nomeado pelo próprio Imperador Dom Pedro II, o Marechal Deodoro da Fonseca estabeleceu-se como
primeiro Presidente da República brasileira em um governo provisório de 1889 a 1891.
(c) A filosofia Patrística de Padre Agostinho esteve presente principalmente na construção dos símbolos da
República, a produção da Bandeira Republicana com sua frase que transborda a essência da filosofia
patrística “Ordem e Progresso”.
(d) Não houve uma revolução, ou mesmo grandes mudanças com a Proclamação da República, nem mesmo
houve mudanças na pirâmide econômica, onde se agrupam na base o motor da economia, e onde estavam
presentes os extratos mais pobres da sociedade, constituída principalmente por ex-escravizados e seus
descendentes.
(e) Os agricultores, na sua maioria monarquistas, revoltaram-se contra o governo provisório estabelecido
por militares, já que as intensões primeiras do novo governo era voltar-se para o processo de modernização
e industrialização da nova república.
QUESTÃO 08:
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TEXTO I
LEI Nº 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964.
Da Reforma Agrária
CAPÍTULO I
Dos Objetivos e dos Meios de Acesso à Propriedade Rural
Art. 16. A Reforma Agrária visa a estabelecer um sistema de relações entre o homem, a propriedade rural e o uso da
terra, capaz de promover a justiça social, o progresso e o bem-estar do trabalhador rural e o desenvolvimento
econômico do país, com a gradual extinção do minifúndio e do latifúndio.
Parágrafo único. O Instituto Brasileiro de Reforma Agrária será o órgão competente para promover e coordenar a
execução dessa reforma, observadas as normas gerais da presente Lei e do seu regulamento. STEDILE, J. P. (org.) A questão agrária no Brasil – programas de reforma agrária 1946 – 2003. 1ª ed. São Paulo, SP: Expressão Popular, 2005 p.126 - 127.
A partir da análise do texto proposto e seus conhecimentos sobre o tema da Reforma Agrária no Brasil,
podemos afirmar corretamente que:
(a) A concentração das terras agricultáveis no Brasil foi amenizada com a promulgação da lei 601 de 1850,
a chamada Lei de Terras, que permitia que os imigrantes recém chegados ao país ocupassem uma porção
de terra referente ao módulo rural.
(b) A realização da reforma agrária no Brasil é um processo rápido, já que conta com o apoio dos grandes
proprietários rurais (latifundiários) e com a agilidade da justiça nos tramites regulatórios.
(c) O INCRA, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, é o atual responsável por julgar a
procedência dos pedidos de desapropriação de terras no país.
(d) A reforma agrária é realizada em nosso país dentro das leis vigentes, respeitando a propriedade privada
e os direitos constituídos e não visa apenas distribuir terras, mas sim garantir, aos pequenos agricultores,
condições de desenvolvimento agrário e produtividade, gerando renda e melhores condições de vidas para
as famílias assentadas.
(e) Em se tratando de redistribuição de terras agricultáveis, os dois últimos anos, 2016 e 2017, segundo o
INCRA, foram recorde em número de famílias assentadas, somente no mandato do presidente Michel
Temer, mais de 500.000 famílias participaram do programa de reforma agrária.
QUESTÃO 09:
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TEXTO I:
LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Seção I
Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente
Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda
da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
[...]
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
IMAGENS:
IMAGEM I
IMAGEM II
Analisando o texto apresentado e observando as imagens, é possível afirmar que os locais apresentados
em relação à lei ambiental:
(a) nas duas imagens observa-se o cumprimento integral da lei ambiental.
(b) imagem I está em desacordo com a lei apresentada, pois não possui margens preservadas.
(c) a imagem II respeita a distância mínima exigida em lei para cursos d’água em áreas urbanas.
(d) a imagem I apresenta preservação da largura mínima exigida pela lei.
(e) a imagem II, por se tratar de assentamento urbano subnormal, não refere-se a área indicada na lei citada.
QUESTÃO 10:
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TEXTO I
O decreto nº 4887 de 2003 regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação
e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4887.htm acesso 11/04/2018.
TEXTO II
O termo “quilombo” deriva do kimbundu língua africana que pertence à família linguística Bantu, relativa à atual região
de Angola. Em África a expressão designava algo próximo a um grupo de pessoas em deslocamento, muito geralmente
fazendo referência a disputas guerreiras. No Brasil a palavra foi reapropriada ou ressemantizada tendo em vista o uso
dos aparelhos repressivos destinados a capturar pessoas ou grupos em fuga da escravidão. Assim, na legislação
colonial, era chamado de quilombo qualquer grupo de mais de cinco pessoas negras encontradas juntas e alocadas
em qualquer sítio que dispusesse de um pilão (o que indicava autonomia de subsistência) e que não comprovassem
sua situação de livres ou libertos. Disponível em: http://www.oieduca.com.br/artigos/convivendo-com-a-diferenca/o-que-sao-os-quilombolas.html acesso 11/04/2018.
Os quilombolas e os quilombos são parte importante da cultura brasileira e por vezes desconhecidos de
muitas pessoas. Talvez por isso, apesar da riqueza cultural, as dificuldades enfrentadas para preservação
são imensas. Sobre o tema é correto afirmar:
(a) Compete ao Ministério do Desenvolvimento Social, por meio do Instituto Nacional de Comunicação,
Relocação e Administração - INCRA, a identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação
das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades dos quilombos.
(b) O decreto nº 4887 foi um marco na questão quilombola, uma nova configuração no plano nacional, com
a expansão das políticas públicas para quilombolas e da intensificação da mobilização de comunidades
remanescentes.
(c) Quilombolas é o termo que nomeia os escravos refugiados em quilombos, hoje em dia o termo está em
desuso por não ter este significado, já que não vivemos mais em um Estado escravocrata.
(d) Os primeiros quilombos tinham uma organização parecida com as aldeias africanas, de onde os
quilombolas eram originários, havia uma divisão de tarefas e todos trabalhavam no processo de fabricação
de bens de consumo aos moldes Taylorista.
(e) Os chamados de quilombos remanescentes não são mais habitados, pois uma das principais lutas dos
quilombolas era pela posse da terra, já que não encontravam na legislação meio para fazê-lo.
QUESTÃO 11:
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TEXTO I
Nós Atenienses somos capazes de opinar sobre todos os temas, e, ao invés de encararmos as discussões como um
obstáculo para a ação, nós as consideramos como a preliminar indispensável para qualquer ação prudente e sábia. (Trecho do discurso de Péricles em homenagem aos guerreiros mortos na primeira batalha da guerra do Peloponeso em: Chauí, M. & Oliveira, P.
S. Filosofia e Sociologia – Novo Ensino Médio. 1ª ed. São Paulo SP – Ática, 2010 p. 80 e 81)
“ A era de Péricles”, Phillipp von Foltz, 1853
A história da democracia ateniense pode ser compreendida à luz de uma série de transformações sofridas
pela sociedade e economia de Atenas. Sobre o tema é correto afirmar:
(a) a partir da democracia ateniense criou-se a tradição democrática como instituição de três direitos
fundamentais que definiam o cidadão: igualdade, liberdade e participação no poder.
(b) até os séculos XVII e XVIII, o poder político ateniense era controlado por uma elite aristocrática detentora
das terras férteis de Atenas: os eupátridas ou “bem nascidos”.
(c) a democracia ateniense era inclusiva, já que homens e mulheres livres, de pai e mãe ateniense, maiores
de 18 anos e nascidos na cidade, além dos escravos maiores de 18 anos, eram considerados cidadãos.
(d) a democracia ateniense era representativa, ou seja, os cidadãos escolhiam seus representantes que
tinham poder de voto e participavam das decisões, diferente da democracia moderna que é direta.
(e) para Aristóteles a primeira tarefa da justiça era ‘igualar os desiguais’, no entanto, a democracia ateniense
não era igualitária já que os cidadãos não tinham os mesmos direitos e não eram tratados da mesma
maneira.
QUESTÃO 12:
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TEXTO I
Para que esta argumentação leve a um entendimento real entre os indivíduos, é necessário que o dialogo seja livre,
sem constrangimentos de qualquer ordem e que o convencimento se dê a partir de argumentos válidos e coerentes
[...] a grande questão que permanece quanto a essa proposta ética é quanto a condição de realização de um diálogo
livre e igualitário na sociedade de hoje, marcada pela desigualdade e constrangimento. Cotrim, G. Fundamentos da Filosofia – História e grandes temas. 17ª ed. São Paulo SP: Saraiva, 2013 p. 246.
Ao evocar a necessidade de um dialogo livre e igualitário, o texto apresenta características da ética:
(a) antropocêntrica, já que discute questões de direitos humanos.
(b) do dever de Kant, pois aponta a razão humana como uma razão legisladora.
(c) discursiva de Habermas, fundada no dialogo e consenso entre os sujeitos.
(d) fundamentada na ideologia marxista, uma vez que trata da desigualdade social.
(e) augustiana, que introduz a ideia de liberdade como livre-arbítrio.
QUESTÃO 13:
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TEXTO I
CAPÍTULO IV
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os seguintes instrumentos:
I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;
II – debates, audiências e consultas públicas;
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
Art. 44. No âmbito municipal, a gestão orçamentária participativa de que trata a alínea f do inciso III do art. 4º desta Lei
(gestão orçamentária participativa) incluirá a realização de debates, audiências e consultas públicas sobre as propostas
do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, como condição obrigatória para sua
aprovação pela Câmara Municipal.
Art. 45. Os organismos gestores das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas incluirão obrigatória e significativa
participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade, de modo a garantir
o controle direto de suas atividades e o pleno exercício da cidadania. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm Acesso 03/04/2018.
O Estatuto da Cidade é a denominação oficial da lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001, que regulamenta o
capítulo "Política Urbana" da Constituição brasileira. Seus princípios básicos são o planejamento
participativo e a função social da propriedade.
A partir da análise do trecho da lei citada acima, para garantir a gestão democrática da cidade deve-se:
(a) elaborar um orçamento participativo a partir da análise dos representantes do legislativo municipal, os
vereadores, pois estes são os representantes de vários segmentos da sociedade.
(b) orientar que as propostas de projetos de desenvolvimento urbano sejam apresentadas somente por
iniciativa do executivo municipal.
(c) apresentar um orçamento municipal pronto, por parte da prefeitura, dentro das regras de
responsabilidade fiscal para a apreciação dos munícipes.
(d) incluir no debate orçamentário e de projetos a opinião dos mais variados setores representativos da
sociedade municipal em forma de debates, audiências e consultas públicas.
(e) aprovar o orçamento municipal na câmara de vereadores, sem a necessidade de participação popular,
já que a representatividade foi estabelecida na eleição.
QUESTÃO 14:
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TEXTO I
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação,
rege-se por este Código.
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos,
conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9503.htm acesso 23/04/2018
Sobre o que está colocado na lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o código de trânsito
brasileiro, a respeito de educação para o trânsito é correto afirmar:
(a) é obrigatória, somente no ensino primário, a adoção de conteúdos multidisciplinares sobre conduta no
trânsito.
(b) as publicidades e propagandas de veículos divulgadas pelos meios de comunicação social, poderão
servir de meio informativo de educação para o trânsito, se assim aceitar a indústria automobilística.
(c) a educação para o trânsito deve ser promovida em todos os níveis de ensino por ações coordenadas
entre entidades de trânsito e educacionais.
(d) com o intuito de diminuição do número de acidentes de trânsito, as escolas de nível fundamental de
ensino, devem promover campanhas sobre os efeitos do álcool no organismo humano.
(e) a educação para o trânsito é direito de todo cidadão e dever do poder executivo, por intermédio do
Ministério da Educação.
QUESTÃO 15:
FDV FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA – 6ª OLIMPÍADA JURÍDICA ESCOLAR 2018
TEXTO I
Disponível em: https://www.dm.com.br/opiniao/2017/03/o-poder-emana-do-povo-e-ao-povo-deve-servir.html acesso 05/04/2018.
Charles de Montesquieu (1689 – 1755) criou a obra “O Espírito das Leis”. Neste livro, o referido pensador
francês aborda um meio de reformulação das instituições políticas através da chamada “teoria dos três
poderes”. Sobre a divisão política em três poderes é correto afirmar:
(a) No âmbito do poder executivo estão a Presidência da República, ministros, vereadores e prefeitos
municipais.
(b) Composta pela Câmara dos Deputados, pelo Senado, pelas Assembleias legislativas e Câmaras
municipais, o poder legislativo tem a função de fiscalizar e julgar o cumprimento das leis nas várias instâncias
nacionais.
(c) A ideia de Montesquieu, divisão dos três poderes da esfera política, tornou-se a base dos Estados
Totalitários desde o século XVI.
(d) A Constituição Brasileira adotou a Tripartição de Poderes — Legislativo, Executivo e Judiciário —
somente na Constituição de 1988.
(e) No Brasil, o Poder Executivo e o Poder Legislativo são compostos a partir de votação direta, enquanto o
Poder Judiciário, no que tange ao seu órgão máximo, o Supremo Tribunal Federal, é composto por pessoas
indicados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado.
QUESTÃO 16:
FDV FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA – 6ª OLIMPÍADA JURÍDICA ESCOLAR 2018
TEXTO I
DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho, que a este decreto-lei acompanha, com as alterações por
ela introduzidas na legislação vigente. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm acesso 13/04/2018.
No último dia 1º de maio, a Consolidação das Leis do Trabalho completou 75 anos. Na literatura jurídica
mais relevante é consenso geral entre juristas e magistrados que os direitos trabalhistas servem para
equilibrar as posições entre os sujeitos das relações de trabalho. Volta e meia, escutamos legisladores e
outros dizendo que essas leis devem se adequar ao tempo que vivemos, visto que a Consolidação das Leis
de Trabalho (CLT) é antiga – de 1943 – e talvez não leve em consideração todas as mudanças sociais e
econômicas que ocorreram nesse período, no entanto, a base da lei permanece a mesma, demostrando a
vanguarda estabelecida em sua aprovação.
Sobre as atuais propostas e mudanças na lei trabalhista é correto afirmar:
(a) os acordos entre empresas e sindicatos têm poder de lei para negociação salarial, participação nos
lucros, fundo de garantia e valor de salário mínimo.
(b) Não é mais permitida a divisão das férias em três períodos, como acontecia até 2014. Na nova proposta
as férias podem ser divididas em dois períodos de 15 dias cada.
(c) A lei que regulamenta a terceirização foi aprovada em 2017 e permite que ela valha para qualquer função,
exceto para a atividade fim da empresa.
(d) o trabalho intermitente é um tipo de contrato que permitirá a prestação de serviços com interrupções, em
dias alternados ou apenas por algumas horas na semana. O trabalhador tem que ser convocado com, pelo
menos, cinco dias de antecedência.
(e) A jornada diária poderá ser ajustada desde que a compensação aconteça no mesmo mês e se respeite
o limite de oito horas diárias, já previsto na CLT. Para isso é necessário a negociação com o sindicato, não
basta acordo entre patrão e empregado.
QUESTÃO 17:
FDV FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA – 6ª OLIMPÍADA JURÍDICA ESCOLAR 2018
Rui Barbosa
Rui Barbosa, uma das mais importantes figuras na história do Brasil, participou da fundação da Academia
Brasileira de Letras (ABL), do qual foi presidente, após a morte de Machado de Assis. Defensor da liberdade,
ao lado de Joaquim Nabuco, um dos mais importantes abolicionistas, Rui atuou na Campanha Abolicionista
em prol da libertação dos escravos. Além disso, propôs uma reforma eleitoral e no ensino.
Sobre a contribuição de Rui Barbosa à história brasileira, podemos citar:
(a) Rui Barbosa era bacharel em direito e Jornalismo pela mesma universidade, USP, participou na
elaboração da primeira constituição republicana do Brasil, embora fosse contrário as ideias republicanas.
(b) Em 1893, envolveu-se na Revolução da Armada e acabou exilado. Após ter passado pela Argentina,
Lisboa, Paris e Londres, voltou para o Brasil e foi eleito senador pela Bahia em 1895.
(c) Em 1907, houve a 2ª Conferência da Paz, em Haia onde o papel de Barbosa foi de grande importância,
pois rogava, sobretudo, pela paz e igualdade na América Latina, enfrentando irredutíveis preconceitos das
representações asiáticas.
(d) Rui Barbosa foi ministro das Relações Exteriores de quatro governos: Rodrigues Alves (1902-1906),
Afonso Pena (1906-1909), Nilo Peçanha (1909-1910) e Hermes da Fonseca (1910-1914). Atuou em
negociações de fronteiras com a Argentina, Bolívia, Guiana Francesa e Peru.
(e) Teve importante papel na promoção de fluxos migratórios para o Brasil e foi um importante agente no
processo de estabelecimento da ordem institucional burocrática da Primeira República, com forte presença
na imprensa nacional e grande influência política.
QUESTÃO 18:
FDV FACULDADE DE DIREITO DE VITÓRIA – 6ª OLIMPÍADA JURÍDICA ESCOLAR 2018
TEXTO I
Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000015164811202013480105748802.pdf Acesso 15/04/2018.
Segundo o IBGE, entre 1991 e 2010, a população residente em setores urbanos conhecidos como
aglomerados subnormais aumentou em mais de 60%, passando de pouco menos de sete milhões para 11,4
milhões.
Ao analisarmos o mapa podemos perceber que os estados da região Sudeste apresentam um maior número
de municípios em que parte da população vive nestas áreas. Para classificarmos uma localidade como
assentamento urbano subnormal é necessário percebermos:
(a) a irregularidade das vias e média de renda bruta per capita.
(b) a carência de serviços públicos, a coleta de esgoto e o número de trabalhadores regularizados.
(c) a renda per capita, o número de trabalhadores regularizados e a condição da distribuição elétrica.
(d) a condição do sistema de distribuição elétrico, a carência de vias públicas iluminadas e a coleta de
esgoto.
(e) a irregularidade das vias de circulação e a carência de serviços públicos essenciais.
QUESTÃO 19:
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TEXTO I
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua investigou, em 2016,
informações sobre as atividades econômicas, escolares e domésticas realizadas por crianças entre 5 e 17
anos de idade no país.
Caracteriza-se trabalho infantil aquele realizado por crianças com idade inferior a mínima permitida para
entrada no mercado de trabalho, segundo a legislação em vigor no Brasil. A Constituição Federal de 1988
admite trabalho, em geral, a partir dos 16 anos, exceto nos casos de trabalho noturno, insalubre ou perigoso,
nos quais a idade mínima se dá aos 18 anos. A Constituição admite, também, trabalho a partir dos 14 anos,
mas somente na condição de aprendiz.
Sobre o tema apresentado, analisando o exposto, podemos afirmar corretamente que:
(a) os dados apresentados pelo PNAD sobre Brasil a Constituição Federal não esta sendo ferida, já que
aceita trabalho para menores de 18 anos de idade.
(b) segundo os dados do PNAD, parte dos jovens ocupados entre 14 e 17 anos não possuem rendimentos
e, não têm carteira de trabalho assinada.
(c) entre a população de 14 e 17 anos, a maioria, mais de 60% segundo o PNAD, são empreendedoras, ou
seja, investem em negócios próprios.
(d) o baixo percentual de crianças com 5 a 13 anos em trabalho infantil no país, não preocupa a ONU, já
que está dentro da meta estabelecida pela ODS – Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável.
(e) segundo os dados apresentados, não é possível relacionar a taxa de escolarização com jovens entre 14
e 17 anos ocupados.
QUESTÃO 20: