felipe starling apresentação sustentar 23.08.2011 v2 felipe
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As ferramentas do setor público na gestão dos resíduos sólidos
1. O lugar dos resíduos sólidos nos serviços públicos
2. Os tipos de resíduos sólidos e sua responsabilização
3. Como os resíduos sólidos urbanos foram tratados pelo Poder
Público nos últimos anos?
4. Panorama da disposição final de resíduos sólidos em Minas
Gerais
5. Como o Poder Público pode atuar na gestão dos resíduos
sólidos urbanos?
6. O que é uma concessão?
7. O primeiro projeto de PPP para a destinação final de resíduos
sólidos urbanos
Agenda
O lugar dos resíduos sólidos no serviço público
•Serviços privados fiscalização e controle pelo poder de polícia
•Serviços privados de interesse público regulação estatal
•Serviços públicos
•Serviços que satisfazem a coletividade em geral considerados relevantes
•Serviços “assumidos” pelo Estado por questões sociológicas e de interesse
público – o titular do serviço é o Estado
•“Cada povo diz o que é serviço público”, através de Constituição, de Leis, de
costumes ou decisões judiciais
•Deve ser prestado diretamente pelo Estado ou sob o regime de
concessão/permissão
Saneamento básico é um serviço público
O lugar dos resíduos sólidos no serviço público
• Saneamento básico é um serviço público constitucional– Abastecimento de água potável
– Esgotamento sanitário
– Drenagem e manejo de águas pluviais urbanas
– Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
Lei Federal 11.445/07
• Resíduos sólidos material, substância, objeto ou bem descartado resultantes de atividades humanas em sociedades
– Titularidade municipal
– Responsabilidade compartilhada: acordos setoriais com fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes
– Logística reversa: conjunto de ações destinadas a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial
Lei Federal 12.305/10
Os tipos de resíduos sólidos e sua responsabilização
Lei do saneamento: serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos é o conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas
Serviços de saúde
Construção civil
Industriais
Regime especial
Atividades relacionadas à gestão dos resíduos sólidos urbanos
Coleta Destinação final
Como os resíduos sólidos urbanos foram tratados pelo Poder Público nos últimos anos?
Lixão Matozinhos
Lixão Esmeraldas
Aterro controlado – Mateus Leme
Como os resíduos sólidos urbanos foram tratados pelo Poder Público nos últimos anos?
Aterro sanitário - Sabará UTC – São Joaquim de Bicas
Panorama da disposição final de resíduos sólidos em Minas Gerais Fonte: FEAM 2009
Fonte: FEAM 2010
Panorama da disposição final de resíduos sólidos em Minas Gerais
• Situação Atual do Estado por número de municípios:
– 45% dos municípios do Estado dispõem seus resíduos em lixões
– 27% dos municípios do Estado dispõem seus resíduos em aterros controlados
– 72% dos municípios do Estado dispõem seus resíduos sólidos de maneira incorreta
Concentração de RSUFonte: FEAM 2009
Como o Poder Público pode atuar na gestão dos resíduos sólidos urbanos?
Terceirização das atividades
Ex. Betim Ex. Contagem Ex. BH
Porque o município de Belo Horizonte realizou uma uma concessão?
O que é uma concessão? Concessão
Transferência de um direito – poder subjetivo de fazer alguma coisa
Único titular para conceder: Poder Público
Particularidades das concessões quando comparadas aos demais contratos públicos:
Investimento inicial privado na infraestrutura
Liberdade para organizar a atividade econômica – montagem, organização e exploração
Remuneração privada proveniente dos usuários do serviço ou obra
Usuário => cidadão comum
Usuário => poder público (PPP)
Alternativas Tecnológicas Descrição da Tecnologia Experiencia Tamanho do
móduloMass Burn - Water Wall
Queima em caldeira tubular (parede de água) com geração de vapor . Geração de energia
Método predominante. Diversas plantas em operação comercial há décadas em diversos países
750 t/dia
Mass Burn – Modular
Queima em câmaras refratárias com ausência de oxigênio e recuperação de calor para geração energia
Técnica presente em diversos países (mais na Europa) com escala comercial
150 t/dia
Digestão Anaeróbica
Processamento da fração orgânica dos resíduos pré processados com geração de biogás que pode ser usado para geração de energia
Dezenas de planta em operação na Europa
300 t/dia
CDR - Caldeira Dedicada
Pré processamento dos resíduos , com separação de produtos (metais, papéis, plásticos, orgânicos, etc.). Aproveitamento de plástico e papéis como combustível em caldeira.
Dezenas de unidades em operação desde a década de 70
750 t/dia
Gaseificação Queima de resíduos em ambiente controlado de oxigênio, visando produção de gás sintético para produção energia
2 plantas no Japão (desde 1998) e 10 pequenas unidades na Europa e Ásia
300 t/dia
Arco de Plasma Queima de resíduos em alta temperatura (sem oxigênio) com geração de gás combustível para geração de energia
2 plantas pilotos em Japão (desde 1999) e em alguns países europeus
200 t/dia ou menos
Pirolise Queima de resíduos em ambiente livre de oxigênio e recuperação de calor para geração de energia
1 planta piloto nos EUA em funcionamento há 2 anos. Tecnologia em desenvolvimento na China
50 t/dia (piloto)
Hidrólise Química
Processamento dos resíduos em reatores com solução ácida. Recuperação de celulignina para uso como combustível limpo (biomassa)
Não há planta em operação ?
Mistura - Compostagem
Processamento aeróbico dos resíduos orgânicos para aproveitamento como fertilizantes. Restrições de aplicação do composto devido presença de metais pesados
Centenas de pequenas plantas em operação na Europa. Processo abandonado no Brasil
250 t/dia
Tecnologias para disposição final de RSU
A evolução do tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos
A evolução recente do tratamento da disposição final de RSU
O próximo passo da evolução no tratamento da disposição final de RSU
Premissas
Um único instrumento para todos os municípios envolvidos no Programa
Um único contrato com a iniciativa privada
Resultados
Maior escalaMaior economia aos cofres públicos municipais
Melhor fiscalização e regulação da atividade
O primeiro projeto de PPP do Governo Estadual para destinação final de resíduos sólidos urbanos
O primeiro projeto de PPP do Governo Estadual para destinação final de resíduos sólidos urbanos
Projeção para geração de resíduos sólidos em 2011 (toneladas/dia)
Custo total ao mês (R$ 60,00/t)
Município de Belo Horizonte
2.502,98 R$ 4.505.364,00
RMBH 5.048,37 R$ 9.087.066,00
RMBH (sem BH) – Cenário 01
2.545,38 R$ 4.581.684,00
RMBH + Colar Metropolitano
5.565,89 R$ 10.018.602,00
RMBH + Colar (sem BH) – Cenário 02
3.062,90 R$ 5.513.220,00
RMBH + Colar + 15 municípios
5.597,74 R$ 10.075.932,00
RMBH + Colar + 15 municípios (sem BH) – Cenário 03
3.094,75 R$ 5.570.550,00
O primeiro projeto de PPP do Governo Estadual para destinação final de resíduos sólidos urbanos
Projeção de geração de resíduos sólidos urbanos em toneladas/dia para a Região Metropolitana e Colar Metropolitano incluindo Belo Horizonte (2011-2040)
Fonte: Adaptado dos estudos técnicos do IBGE (2010) /CETEC (2010)
Estrutura de Governança do Projeto
Estrutura de Governança do Contrato de PPP
Convênio: obrigações dos entes federados envolvidos
Contrato de concessão
Municípios da RMBH
Concessionária
Premissas importantes
• Regionalização da disposição final proporciona ganhos em escala, que por sua vez possibilitam redução dos custos de disposição final.
• Enorme dificuldade dos municípios em tratarem a questão dos resíduos sólidos sem o apoio do Estado e da União.
• Envolvimento das tecnologias e recursos financeiros do setor privado pode ajudar na solução.
• Busca por fontes alternativas de receitas pode ajudar a reduzir os custos de disposição final. Como exemplo, a reciclagem e o aproveitamento energético.
Motivação para o Programa Metropolitano de resíduos sólidos: moção apresentada pela AMM
• PEDIDO:
o Atual incapacidade financeira dos
municípios em custear a implantação e
também a operação dos serviços de tratamento
e disposição final de resíduos sólidos urbanos,
principalmente os municípios de menor porte
cuja receitas se sustentam no Fundo de
Participação dos Municípios – FPM.
o A necessidade de participação do Governo do
Estado de Minas Gerais na solução integrada
de disposição final de resíduos sólidos urbanos
de todos os 853 municípios mineiros, através
de uma solução em conjunto do governo
estadual com as prefeituras municipais;
• Situação Atual da RMBH e Colar Metropolitano por número de municípios: – 37,5% dos municípios da RMBH e Colar dispõem seus resíduos
em lixões– 29,17% dos municípios do RMBH e Colar dispõem seus
resíduos em aterros controlados
– 66,7% dos municípios da RMBH e Colar Metropolitano dispõem seus resíduos sólidos de maneira incorreta
Concentração de RSU na RMBHFonte: FEAM 2009
Obrigado!
Felipe StarlingNúcleo de Infraestrutura e Parcerias Público-Privadas
Secretaria de Estado de Gestão Metropolitana
31-39156869