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UNDERSTANDING THE HCV LIFE CYCLE/MONITORING TOOLS/RESISTANCE Fernando Gonçales Jr Professor Associado do Departamento de Clinica Médica da FCM-UNICAMP Coordenador do Grupo de Hepatites da FCM-UNICAMP

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UNDERSTANDING THE HCV LIFE CYCLE/MONITORING TOOLS/RESISTANCE

Fernando Gonçales Jr Professor Associado do Departamento de

Clinica Médica da FCM-UNICAMP Coordenador do Grupo de Hepatites da FCM-UNICAMP

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Conflito de interesses • Fernando Lopes Gonçales Junior é Coordenador do Grupo

de Hepatites da Disciplina de Infectologia da Faculdade de

Ciencias Médicas da Universidade Estadual de Campinas ,

tendo já participado de estudos clínicos de fase III,

patrocinados pelos laboratórios ROCHE, SCHERING-

PLOUGH,GSK,JANSEN e BRISTOL MYERS SQUIBB.

Participou de palestras , congressos e eventos médicos

patrocinados por laboratórios farmacêuticos.

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Proteinas envelope E1 e E2

Envelope lipídeo (derivado da cel hospedeira)

Ácido nucleíco (RNA)

Proteinas do núcleo-capsídeo viral (Core)

VHC : antigenos virais RNA virus da familia Flaviridae , classificado como genero separado (Hepacivirus)

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Visualização do VHC

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Virus da hepatite C

Região hipervariável HVR1 (27 aa)

(muitas mutações)

capsideo proteína

do envelope

protease helicase

RNA dependente

RNA polimerase

c22

5’

core E1 E2 NS2 NS3

33c

NS4

c-100

NS5

3’

• Região estrutural : proteina do core (C) + 2 glicoproteinas do envelope (E1 e E2)

• Proteina E2 com uma porção de 27 amino-ácidos : região hipervariável 1 (HVR1) • A região NS inclui várias proteinas : P7, NS2, NS3, NS4A, NS4B, NS5A, NS5B

Protease (NS2, NS3 e NS4A) Helicase (NS3)

RNA- polimerase (NS5B)

Farci P. SEMINARS IN LIVER DISEASE; 31, 4:356-374, 2011

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Genoma do VHC e proteinas

C E1 E2 p7 NS2 NS3 NS4A NS4B NS5A NS5B

Protease

Kwong A, et al. Beyond interferon and ribavirin: Antiviral therapies for hepatitis C virus.

Drug Discovery Today: Therapeutic Strategies 2006;3:211-220.

Genoma VHC ≈ 9.6 kb, possui uma open reading frame (ORF) que codifica uma proteina precursora de ≈ 3.000 aa com as regiões do VHC que é clivada em proteinas simples pelas

proteases celulares e virais.

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As proteases clivam a poliproteina do VHC iniciando a replicação viral

NS3/4A Protease

NS4B

NS5A

NS5B

NS2 P7

E2

E1

C

Clivagem

Kwong A, et al. Beyond interferon and ribavirin: Antiviral therapies for hepatitis C virus.

Drug Discovery Today: Therapeutic Strategies 2006;3:211-220.

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Inibindo a protease a droga impede a clivagem da cadeia de poliproteinas bloqueando a replicação

Inibidor de Protease se liga à protease A clivagem proteica

não se processa

Protease

Kwong A, et al. Beyond interferon and ribavirin: Antiviral therapies for hepatitis C virus.

Drug Discovery Today: Therapeutic Strategies 2006;3:211-220.

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Inibidores de Entrada Ribozymes

Nucleotideos anti-sense

Inibidores de protease

Inibidores de Polimerase

Inibidores de Glucosidase Adaptado de: Pawlotsky et al., Antivir Ther 2006

A protease viral NS3/4 (serina) é a mais bem caracterizada das enzimas do HCV

Contém 3 residuos altamente conservados compreendendo uma triade catalitica

É fundamental para a síntese da poliproteína Viral. A monoterapia inevitavelmente leva ao desenvolvimento de cepas resistentes

Ciclo no citoplasma do hepatócito

VHC replica no citoplasma dos hepatócitos

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A Inibição da Protease NS3/4A do HCV Pode Inibir o Ciclo de Vida do VHC 1,2

1. Adaptação autorizada por MacMillan Publishers Ltd: Manns MP et al. Nat Rev Drug Discov. 2007;6:991–1000. Copyright 2007. 2. Mauss S et al, eds. Hepatology: A Clinical Textbook. 2nd ed. Dusseldorf, Germany: Flying Publisher; 2009. www.hepatologytextbook.com. Acess 24 /5/11

Ligação dos receptores e endocitose

Fusão e desencap-sulamento

Transporte e liberação

(+) RNA

Translação e processamento de poliproteínas Replicação do RNA

Montagem do vírion

Rede membranosa

Lúmen do RE

LD

LD Lúmen do RE

LD

1

2

3

4

5

A protease NS3/4A do HCV é essencial para a replicação do vírus

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Quasispecies do VHC

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O que são quasispecies ?

• Há 30 anos, Domingo descreveu a enorme heterogeneidade genética de uma população de RNA virus;

• O genoma RNA não é único e abriga um enxame de genomas mutantes chamados ‘‘quasispecies’’.

• Quasispecies: conjunto de genomas não identicos correlacionados e submetidos a um contínuo processo de variação genética, competição e seleção.

Farci P. SEMINARS IN LIVER DISEASE; 31, 4:356-374, 2011

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Quasispecies na HVC

Martell et al. J Virol. 1992;66:3225-3236.

Por sua alta taxa de replicação e de mutações o VHC circula in vivo como quasispecies

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Composição das quasispecies

Farci P. SEMINARS IN LIVER DISEASE; 31, 4:356-374, 2011

Sequencia das

quaasispecies

• A sequencia de consenso é definida como a sequencia que

contém os nucleotídeos mais frequentemente detectados em cada

posição entre muitas variantes;

• Em um dado momento a sequencia master pode deixar de ser o

ancestral das sequencias posteriores

• As quasispecies virais consistem de 1 ou mais genomas

masters , que são quantitativamente predominantes e múltiplos

genomas menores em proporções variáveis;

• Sequencias préviamente dominantes podem persistir dentro das

quasispecies em baixa frequencia (‘‘memória’’)

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Como se produz uma quasispecie

sequencia de consenso sequencia mutante

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Como se produz uma quasispecie Sequencia

de consenso

Espectro mutante

Extinção Sobrevida

Fitness

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Representação esquemática da evolução ( mudança na composição) de uma quasispecie viral sem modificação da sequencia de consenso

Domingo E et al. Microbiol. Mol. Biol. Rev. 2012;76:159-216

• Linhas descontínuas: genomas com ≥ 5 mutações (inviável) como template. • Genoma 2 (esquerda) incorpora mutações qdo replica gerando genomas 2 e 3 • Excesso de mutações no genoma 2 na terceira distribuição impede sua replicação • Evolução constante no espectro mutante pode produzir a mesma sequencia de consenso (linha inferior) • Em uma população viral o número de genomas em uma única célula infectada pode chegar a milhares

implicando um espectro mutante altamente dinâmico e indeterminado ou n

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O maior fitness relativo de um genoma mutante altera a dominância na população

Domingo E et al. Microbiol. Mol. Biol. Rev. 2012;76:159-216

• A mutação em asterisco negro no genoma 8 produz vantagem seletiva que resulta em dominância desta mutação após alguns rounds.

• Na evolução ocorre modificação da sequencia de consenso

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Fitness evolution of RNA virus populations.

Domingo E et al. Microbiol. Mol. Biol. Rev. 2012;76:159-216

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Geração e evolução das quasispecies

Farci P. SEMINARS IN LIVER DISEASE; 31, 4:356-374, 2011

• Genomas novos com mutações deletérias para a replicação sofrem forte seleção negativa

• Há seleção positiva dos genomas com vantagens replicativas como as mutações que facilitam o escape do sistema imune e dos anti-virais.

• Qdo um virus está bem adaptado novas mutações tendem a ser deletérias diminui seu fitness.

• Virus menos adaptados podem apresentar mutações vantajosas.

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• Na infecção aguda as quasispecies são pouco complexas e mais homogeneas • Na Infecção cronica a complexidade aumenta pois as mutações se acumulam • Imunosuprimido < % mutações/ano que imunocompetentes pela < pressão imune

Quasispecies nas infecções agudas e cronicas

Forns X ,Purcell & Bukh J.Trends in Microbiology ; 7:402-409,1999.

Infecção aguda

Infecção cronica

Hospedeiro 1 Imunosuprimido

Hospedeiro 2 Imunocompetente

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Resposta imune humoral contra proteinas do envelope (E2)

• (a)Ac contra variante predominante (verde) exercem pressão seletiva • (b)Variantes menores emergem e prevalecem ( amarelo) • (c) Variantes recebem nova pressão seletiva do sitema imune

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Tamanho da população pode afetar a evolução posterior

Domingo E et al. Microbiol. Mol. Biol. Rev. 2012;76:159-216

• Resistente a drogas : vermelho,branco e amarelo • Sensível a drogas : azul

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VHC vs

sistema imune

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Sumário dos eventos necessáripos para clarear o virus da hepatite C

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Como se processa o escape viral ?

VHC Sistema imune

Sobrevida do virus

A resposta imune celular tem que ser vigorosa para reconhecer todos os epítopos virais e clarear o VHC

Persistencia da infecção

Patogenicidade da infecção

Progressão da doença

Para escapar do sistema imune celular o VHC alteras seus epítopos que não serão identificados pelas cels T

Petrovic D et al.Eur. J. Immunol.2012;42:17-26

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Mecanismo do escape viral da célula TCD8+

A. Peptídeos derivados do VHC selvagem apresentado pela cels MHC classe I são reconhecidos pelas células TCD8+ levando à ativação celular e funcional.

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Mecanismo do escape viral da célula TCD8+

B. Ausencia da diversidade do TCR (cels T de resposta) leva a falha das cels TCD8+ em reconhecer peptídeos mutantes e se produz o escape viral.

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Mecanismo do escape viral da célula TCD8+

C.Alternativamente a TCR pode ligar o peptídeo mutado mas emite um sinal negativo para as cels T

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Mecanismo do escape viral da célula TCD8+

D.O peptídeo mutado não se adapta a terminação da MHC classe 1 resultando em falha de ligação e ativação das cels T.

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Regras de parada na HC

Courtesy of Christoph Sarrazin, MD.

Quasispecies com dominância de virus selvagem e variantes

pouco resistentes

PegIFN/ RBV

PI + PegIFN/RBV

Baseline

Terapia tripla com IPs

Virus selvagem Resistencia média ( + fitness)

Alta resistencia /sem fitness Resistencia com fitness aumentado

Após ~ 4-24 virus selvagem é eliminado

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Queda da viremia com PEGIFN aumenta com adição de TVR

Mutações de resistencia surgiram no braço TVR monoterapia dentro de 4-7 dias que foram suprimidas por PegIFN/RBV

Kieffer TL, et al. Hepatology. 2007;46:631-639.

1 Análise das sequencias

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Dias

Mud

ança

no

RN

A-V

HC

do

base

line

(log 1

0 IU

/mL)

TVR + PegIFN (n = 8)

TVR (n = 8)

PegIFN + placebo (n = 4)

15

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Resistencia à drogas em BOC e TVR

• Maioria dos isolados de pacientes sem RVS nos estudos de fase III tinham substituições de resistencia ao TVR [1].

• Entre os tratados com BOC sem RVS nos estudos de fase III, 53% tinham ≥ 1 mutações de R [2] .

• Todas estas mutações reduzem a atividade do TVR ou BOC em culturas de células ou testes bioquímicos[1,2]

• Para evitar resistencia é fundamental seguir regras de parada.

1. Telaprevir [package insert]. May 2011. 2. Boceprevir [package insert]. May 2011.

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Regras de parada para Boceprevir ou Telaprevir + PegIFN/RBV

1. Boceprevir [package insert]. May 2011. 2. Ghany MG, et al. Hepatology. 2011;54:1433-1444. 3. Telaprevir [package insert]. May 2011.

Teste deveria ter o menor limite de quantificação do HCV RNA de ≤ 25 IU/mLe um limite de detecção do RNA-VHC de ~ 10-15 IU/mL.

Boceprevir [1,2] .

Tempo Critério Ação

Sem 12 HCV RNA detectável Descontinuar toda a terapia

Sem 24 HCV RNA detectável Descontinuar toda a terapia

Telaprevir[2,3] .

Tempo Critério Ação

Sem 4 ou 12 HCV RNA > 1000 UI/mL Descontinuar toda a terapia

Sem 24 HCV RNA detectável Descontinuar pegIFN/RBV

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Regras de parada : mutaçõe multiplas podem ser mais problemáticas

Perda da resistencia em pacientes com variantes resistentes à terapia com TVR + pegIFN/RBV

V36M sómente* R155K sómente† V36M + R155K % de 1a falha (selvagem: 16%) 10 20 46

Média mensal para perda (95% CI) 6 (4-9) 10 (9-13) 13 (10-13)

Pro

babi

lidad

e

Meses após falha do tratamento

R155K alone (n = 41)

V36M alone (n = 22)

V36M + R155K (n = 124)

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Sullivan J, et al. EASL 2011. Abstract 8.

*Comparison of V36M vs V36M + R155K: P < .0001. †Comparison of R155K vs V36M + R155K: P = .48.

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Perda de resistencia detectada em pacientes que pararam BOC + PegIFN/RBV

• Análise de pacientes com follow-up e variantes de R na falha

Variante HCV resistente Pacientes sem variantes resistentes após follow-up longo (6-14 Mos), %

T54A 94

A156S 88

V55A 86

V36M 75

R155K 68

T54S 68

Barnard RJ, et al. AASLD 2011. Abstract 164.

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Perfil de resistencia dos IPs

*Mutations associated with resistance in vitro only. Halfon P, et al. J Hepatol. 2011;55:192-206. Resistance mutations of NS3 PIs with a ≥ and < 4-fold increase in EC50 shown in red and white, respectively.

V36A/M T54A V55A Q80R/K R155K/T/Q A156S A156V/T D168A/V/T/H V170A

Telaprevir (linear) * *

Boceprevir (linear) *

SCH900518 (linear)

BILN-2061 (macrocyclic)

ITMN191 (macrocyclic) * *

MK7009 (macrocyclic) *

TMC435350 (macrocyclic)

BI-201335 (linear)

MK5172 (macrocyclic)

GS-9256 (macrocyclic)

ABT 450 (macrocyclic)

BMS-791325 (macrocyclic)

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Teste de resistencia do VHC

• Teste comercial disponível para mutações do HCV NS3/4

• Determina sequencias genéticas para proteinas não estruturais das regiões NS3 e NS4A dos genótipos 1a e 1b do VHC

• Papel do teste de resistencia pré-tratamento ainda não definido

• Não há recomendações para testar resistencia para pacientes falhando à terapia

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Parâmetros que contribuem para progressão da doença

Domingo E et al. Microbiol. Mol. Biol. Rev. 2012;76:159-216

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• Variantes resitentes ocorrem naturalmente em 5-7% dos pacientes antes do tratamento (1,2,3)

• Na falencia terapêutica as variantes resistentes diminuem com o tempo, qdo o IP é suspenso , podendo permanecer detectáveis por até 2,5 anos[4,5]

• Genótipo 1a tem < barreira genética para resistencia que o genótipo 1b (número de mutações necessárias para superar a atividade da droga)

• Aderencia às regras de parada são fundamentais 1. Pawlotsky JM. Clin Liver Dis. 2003;7:45-66. 2. Telaprevir [package insert]. May 2011.

3. Boceprevir [package insert]. May 2011. 4. Vierling JM, et al. EASL 2010. Abstract 2016. 5. Sullivan JC, et al. EASL 2011. Abstract 8.

Resumo da resistencia ao VHC com TVR/BOC

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Obrigado