festival silÊncio 2016: programaÇÃo
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O Festival Silêncio é a celebração da palavra enquanto unidade criativa, veículo do pensamento e da criação. O Festival tem lugar no Cais do Sodré (eixo da Rua de São Paulo), entre os dias 30 de Junho e 3 de Julho é um convite aberto à participação, transdisciplinaridade, inovação, experimentação e criação. Tendo como premissa o diálogo entre diferentes expressões e saberes, o Festival Silêncio é a celebração da palavra como unidade criativa: a palavra como ponto de partida para a criação, como objecto artístico e como veículo para chegar a novas narrativas. O evento volta a ocupar, ao longo de 4 dias, as ruas e os espaços comerciais e culturais do bairro em mais de uma centena de actividades multidisciplinares envolvendo música, performance, conferências e debates, cinema e artes plásticas. O Festival Silêncio é cinema, concertos, conversas, espectáculos, exposições, feiras, intervenções e workshops. É na rua, nas fachadas, nas montras, nas galerias, nos cafés, nos clubes, no museu,TRANSCRIPT
FESTIVAL SILÊNCIO
EDITORIALrefletir sobre fronteiras culturais, fronteiras poéti-
cas, fronteiras territoriais, fronteiras disciplinares.
Com curadoria do poeta, tradutor e ensaísta Ma-
nuel Portela, o ciclo Ana Hatherly: Anagrama da
Escrita celebra a obra da autora enquanto reflete
sobre as possibilidades materiais e conceptuais
da palavra. Fá-lo a partir de uma noção multiforme
de escrita, que interroga a nossa relação com os
signos. Entendendo a criação como ato lúdico de
descoberta e de experimentação, a obra de Ana
Hatherly interpela-nos através da inscrição reitera-
da de inúmeros gestos, atos, signos e formas da
escrita. As iniciativas deste ciclo de programação
constituem um testemunho dessa interpelação.
Bem-vindos à Festa da Palavra!
todos têm uma palavra a dizer. Esta rede de parce-
rias e as sinergias criadas tornam o festival um polo
de visibilidade e dinamização de projetos e ideias
e um ponto de encontro entre todos os participan-
tes, visitantes e curiosos.
A sexta edição do Festival Silêncio volta a celebrar
a transdisciplinaridade da palavra. O Festival volta
a estar na rua, nas fachadas, nas montras, nas ga-
lerias, nos cafés, nos clubes, no teatro, na praça,
no jardim, para revelar a palavra através da músi-
ca, cinema, literatura, exposições, poesia, teatro,
performances, debates, conferências. Em 2016 o
Festival Silêncio apresenta uma novidade no seu
programa, que passa a integrar dois ciclos temáti-
cos, pondo em destaque uma palavra e um autor.
Partindo da palavra-conceito fronteira, o ciclo Fron-
teiras apresenta um conjunto de propostas que re-
fletem sobre as diversas realidades que a própria
palavra aponta. Fronteiras no plural para desdobrar
os vários significados da palavra, para evocar limi-
tes territoriais e simbólicos, para refletir significados
opostos e anexos: limite e transgressão, desloca-
mento e circulação, separação e contacto, distin-
ção e pertença. As iniciativas deste ciclo discutem
o tema através de múltiplos meios e objetos para
O Festival Silêncio assume-se como um evento par-
ticipativo e transdisciplinar que pretende estimular,
inspirar e valorizar a criação artística, a reflexão e
a participação cultural. É um incentivo à abertura a
novas ideias e à imaginação coletiva. Tendo como
premissa o diálogo entre diferentes expressões e
saberes, a programação do festival celebra a pala-
vra como unidade criativa, como ponto de partida
para a criação, como objeto artístico e como veícu-
lo para chegar a novas narrativas.
A palavra como símbolo de comunicação e de
expressão representa também as relações entre
os indivíduos e o mundo, entre a comunidade e
a população em geral. O Festival é também uma
festa local que procura criar pontes de diálogo, de
expressão e de conhecimento entre todos os que
habitam, visitam, se encontram ou simplesmente
passam no bairro do Cais do Sodré.
Por isso, ao mesmo tempo que é concebido e or-
ganizado com uma importante rede de parcerias
de natureza institucional, artística e cultural, a sua
realização só é possível com o envolvimento da co-
munidade e dos espaços habitados do bairro. Só
assim, o Festival cumpre o desígnio de ser a festa
da palavra e de desenvolver um programa em que
O Festival Silêncio é a celebração da palavra!
E Q U I P A F E S T I V A L S I L Ê N C I O 2 0 1 6
Gonçalo Riscado: GESTÃO E PROGRAMAÇÃO | Alexandre Cortez: PROGRAMAÇÃO
Marta Gamito: COORDENAÇÃO DE PROJETO E PROGRAMAÇÃO | Pedro Azevedo: PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Débora Marques: DIREÇÃO DE PRODUÇÃO | Benedita Blattmann, Teresa Pinheiro, Catarina Marques,
Joana Maria Neves, Ana Rosa Figueiredo, Raquel Serra, Vinicius Lade, Sílvia Costa e Mariana Cruz: PRODUÇÃO
Sara Cunha: DIREÇÃO DE COMUNICAÇÃO | Ana Viotti, Beatriz Vasconcelos e Clara Silva: CONTEÚDOS DE COMUNICAÇÃO
03 CICLO ANA HATHERLY:
ANAGRAMAS DA ESCRITA
07 CICLO FRONTEIRAS
11 RESIDÊNCIA ARTÍSTICA
13 EXPOSIÇÃO
15 PERFORMANCES
19 CINEMA
21 CONVERSAS
23 OFICINAS E PASSATEMPOS
25 INFANTIL
27 MÚSICA
Í N D I C E
ANA HATHERLY(1929-2015):ANAGRAMAS DA ESCRITACom curadoria de Manuel Portela, este ciclo de programa-ção pretende celebrar e dar a conhecer a obra de Ana Ha-therly nas suas várias vertentes. Fá-lo a partir de uma noção multiforme de escrita, que interroga a nossa relação com os signos. Entendendo a criação como ato lúdico de descober-ta e de experimentação, a sua obra interpela-nos através da inscrição de inúmeros gestos, atos, signos e formas da escri-ta. A programação deste ciclo pretende ser uma justa teste-munha dessa interpelação.
A MÃOINTELIGENTEDe toda a obra de Ana Hatherly – poesia, ficção, ensaio, tradução, perfor-mance, cinema e artes plásticas – se poderia dizer que manifesta o movi-mento inteligente da mão. O desejo profundo do artista é entregar-se à in-teligência da mão, a esse sistema cognitivo expandido, apenas parcialmente consciente, que o seu corpo explora na relação com a matéria. Com a ma-téria da experiência do mundo e com a matéria dos signos com que tenta dizer a experiência do mundo. Na mútua imbricação da mão e da escrita, a matéria do mundo e a matéria dos signos podem encontrar-se. Através das inscrições da mão, da mecânica fina dos seus movimentos musculares, o sujeito torna-se capaz de enfrentar a linguagem. De inventar-se através do gesto impensado da mão. No traço quase originário – quase fonte da linguagem e quase fonte da poesia – emerge o desenho da escrita. É nessa forja, onde a forma surge a partir do traço da mão, que a sua obra poética e pictórica se situa. Uma e outra parecem nunca abandonar o momento inicial da criação em que o branco e o negro se constituem mutuamen-te. Ao inscrever-se gestual e gestalticamente na superfície do papel, a mão interroga o enigma da escrita. Da escrita que, escrevendo-se, me escreve. A inteligência autocaligráfica da mão dá-nos testemunho da transição entre legível e ilegível, entre visível e invisível. Vemos a palavra tomar forma. Ou-vimo-la. Vemo-nos a ler. “O que é a escrita?”, “O que é a palavra?”, “O que é a leitura?”, perguntam as inscrições iterativamente. A mão sabe sempre mais do que eu. E no excesso significante e silencioso do traço, emerge também o sujeito escondido na escrita. Escondido na pura potencialidade do traço como desejo de ser e de inventar.
MANUEL PORTELA, CURADOR
02 03
REANAGRAMASEXPOSIÇÃO
Artistas e poetas recriam obras de Ana Hatherly em resposta ao desafio lançado pelo Festival Silêncio. O resultado, em vários suportes e técnicas, está reunido na exposição colectiva “ReAnagramas” que, tal como num anagrama, subverte o seu trabalho e interpreta-o de diferentes maneiras.
30 DE JUNHO A 22 DE JULHO, DAS 14H00 ÀS 20H00, NA GALERIA BOAVISTA (RUA DA BOAVISTA, 50) INAUGURAÇÃO NA QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 19H00
Uma página trabalhada visualmente pode ser poesia? Um áudio ou um ví-deo podem ser poesia? Será também poesia o que é reproduzido por um gerador automático de texto? Não ler é ler? Várias questões se colocam nesta instalação de Bruno Ministro e Liliana Vasques, do projeto Candon-ga, que parte da releitura e reinvenção da poesia de Ana Hatherly em su-portes que vão do papel ao digital.
30 DE JUNHO A 22 DE JULHO, DAS 14H00 ÀS 20H00, NA GALERIA BOAVISTA (RUA DA BOAVISTA, 50 INAUGURAÇÃO NA QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 19H00
PINTURA DESIGNOS
EXPOSIÇÃO
As várias facetas da obra de Ana Hatherly, da literária à fílmica, são ex-ploradas em “Pintura de Signos”, com curadoria do artista plástico e poeta Fernando Aguiar. A exposição é composta por uma mostra bibliográfica de Hatherly, para quem a escrita era uma “pintura de signos”, acompanha-da por uma seleção de desenhos, textos visuais e por filmes da sua autoria.
30 DE JUNHO A 15 DE OUTUBRO, NA SALA DOS CORREIOS DA FUNDAÇÃO PORTUGUESA DAS COMUNICAÇÕES (RUA DO INSTITUTO INDUSTRIAL, 16) · DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 10H00 ÀS 20H00, SÁBADOS E DOMINGOS DAS 14H00 ÀS 20H00 · INAUGURAÇÃO NA QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 18H00
CURADORIA FERNANDO AGUIAR
ARTISTA ANA HATHERLY
CURADORIA FERNANDO AGUIAR
ARTISTAS EMERENCIANO, HUGO PONTES, ANTÓNIO BARROS, JOSÉ OLIVEIRA,
BRUNO NEIVA, ANTERO DE ALDA, IRENE BUARQUE, RUI TORRES, JOSÉ-ALBERTO
MARQUES, ALMEIDA E SOUSA, TIAGO GOMES, ANTÓNIO DANTAS, ANTÓNIO NELOS,
JORGE DOS REIS, AVELINO ROCHA, FERNANDO AGUIAR, PABLO DEL BARCO
RE-AHLEITURA DE REINVENÇÃO OU
A RELEITURA DA INVENÇÃO
EXPOSIÇÃO . INSTALAÇÃO
AUTORIA PROJECTO CANDONGA ARTISTAS BRUNO MINISTRO E LILIANA VASQUES
a n a g r a m a s d a e s c r i t a
C I C L O A N A H A T H E R L Y :
A MÃO
INTELIGENTECINEMA . DOCUMENTÁRIO
AUTORIA LUÍS ALVES DE MATOS
O documentário de 2002, da autoria de Luís Alves de Matos, percorre, ao longo de 50 minutos, os 40 anos da obra visual de Ana Hatherly, da poesia à pintura, do desenho ao cinema. No filme, a própria artista revisita o seu per-curso criativo. A sessão inaugural será apresentada pelo próprio realizador.
SÁBADO, 02 DE JULHO, COM APRESENTAÇÃO DO REALIZADOR, ÀS 15H00 E DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 17H00 SALA POLIVALENTE DA FUNDAÇÃO PORTUGUESA DAS COMUNICAÇÕES (RUA DO INSTITUTO INDUSTRIAL, 16) DURAÇÃO 50 MINUTOS
ANA HATHERLY:
CALCULADORA DEIMPROBABILIDADES
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 18H30, NA SALA POLIVALENTE DA FUNDAÇÃO PORTUGUESA DAS COMUNICAÇÕES (RUA DO INSTITUTO INDUSTRIAL, 16) · DURAÇÃO 120 MINUTOS
CONVERSA
AUTORIA SANDRA GUERREIRO DIAS, JORGE DOS REIS, FERNANDO AGUIAR,
MARIA DO CARMO SEQUEIRA MODERADOR RUI TORRES
Ana Hatherly descrevia o artista como um “calculador de improbabilida-des”, alguém que inventa formas inesperadas e não redundantes e que vê a descoberta como uma das finalidades da experimentação artística. Nes-ta mesa-redonda, que conta com a participação de Sandra Guerreiro Dias, Jorge dos Reis, Fernando Aguiar e Maria do Carmo Sequeira, reflete-se so-bre a improbabilidade e singularidade da sua obra, em articulação com os vários meios e formas: palavra e imagem, escrita e desenho, pintura e lite-ratura, escrita e cinema, teoria e criação, poesia e ensaio, poesia e narrativa, poesia e performance.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 17H30, NA RUA DAS GAIVOTAS 6 DURAÇÃO 25 MINUTOS
ANAPERFORMANCE
AUTORIA SUSANA MENDES SILVA
“Ana” é uma performance que parte de objetos pessoais que Ana Hatherly ofereceu a Susana Mendes Silva. Estes não são apenas “coisas” mas antes veículos para ligações improváveis à volta da obra e da personalidade fascinante e misteriosa de Hatherly.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 17H00, NA RUA DAS GAIVOTAS 6 DURAÇÃO 25 MINUTOS
ACTO DE ESCREVER
PERFORMANCE
AUTORIA ANDRÉ GOMES
“Acto de Escrever” é uma performance que surge das Tisanas de Ana Hatherly para trans-formar o texto num ato poético.
O CORPO COMO SUPORTE: LEITURAS DE ANA HATHERLY
A prática sígnica que carateriza o ato de escrita na obra de Ana Hatherly estende-se à linguagem da arte da performance. O texto torna-se operação: voz, gesto, movimento, corpo, objeto, luz, espaço, tempo, coreografia. Partindo da obra de Ana Hatherly e da ideia do corpo como suporte, esta sessão integra duas performances da autoria dos artistas André Gomes e Susana Mendes Silva.
a n a g r a m a s d a e s c r i t a
C I C L O A N A H A T H E R L Y :
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a n d a r
[CAIS DO SODRÉ]PERFORMANCE . DANÇA
COORDENAÇÃO ARTÍSTICA ALDARA BIZARRO | ESPETÁCULO COMUNITÁRIO
a n d a r [cais do sodré] é uma iniciativa do Festival Silêncio que reúne a coreografia e a poesia procurando uma relação de proximidade entre o trabalho de Ana Hatherly e os habitantes do Cais do Sodré. O ponto de partida: Ana Hatherly, a poesia das palavras, poesia das ideias e a poesia do andar. Ao longo de duas semanas, a comunidade do Cais do Sodré e da freguesia da Misericórdia, em conjunto com artistas profissionais e com a coreógrafa, foram desafiados a criarem uma obra com identidade pró-pria. O resultado: uma performance que explora novas semânticas para as palavras. Este é um espetáculo comunitário com a participação dos habi-tantes e comunidade local e teve o apoio da Junta de Freguesia local. A coordenação artística do espetáculo é da coreógrafa Aldara Bizarro, em colaboração com a artista plástica Leonor Pêgo e o músico Nuno Cintrão.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 17H00 E DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 15H00, NA SALA DOS AZULEJOS DA FUNDAÇÃO PORTUGUESA DAS COMUNICAÇÕES (RUA DO INSTITUTO INDUSTRIAL, 16) · DURAÇÃO 50 MINUTOS
A EXPERIÊNCIA
DO PRODÍGIO:LEITURAS DE ANA HATHERLY
PERFORMANCE
AUTORIA AMÉRICO RODRIGUES E JOSÉ NEVES
Américo Rodrigues e José Neves protagonizam este jogo de leituras a duas vozes de diferentes textos de Ana Hatherly. Muitos deles colocam desafios à própria leitura, obrigando-nos a decifrar os percursos labirínti-cos e enigmáticos da escrita para além da transparência das convenções. A tensão entre visibilidade e legibilidade, essencial para a dinâmica dos seus textos caligráficos, é uma das operações materiais que torna possível experimentar o prodígio da leitura.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 16H00, NA GALERIA BOAVISTA (RUA DA BOAVISTA, 50) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
C I C L O A N A H A T H E R L Y :
a n a g r a m a s d a e s c r i t a
FRONTEIRAS
GLOBAIS E LOCAIS:DA GUERRA À PAZ E RETORNO?
CONVERSAS . CONFERÊNCIA
POR ÉTIENNE BALIBAR APRESENTAÇÃO JOSÉ NEVES
Aqui, em Lisboa, estamos numa das fronteiras históricas e culturais da Europa, onde espaços, pessoas e culturas se movimentaram para dentro e para fora, se misturaram, se confrontaram, inventaram as suas formas ao longo dos anos. Mas o significado de “fronteira” está a passar por uma transformação radical, que destabiliza as nossas representações do mundo, a nossa perceção de identidade, a nossa definição de paz e conflito. Com a ajuda de alguns mapas e narrativas e pondo em destaque, alternadamente, o local (europeu) e o global (e globalizado), esta conferência tenta mostrar o que as fronteiras eram e no que se estão a tornar para aqueles que vivem dentro e entre elas. Conferência organizada com a parceria do Grupo LOCUS, do Centro de Estudos Comparatistas (Universidade de Lisboa).
SÁBADO, 02 DE JULHO, 18H30, NO LARGO DE SÃO PAULO · DURAÇÃO 90 MINUTOS
OSMOSECONVERSAS . CONFERÊNCIA
POR CHUS PATO
A escritora e ativista galega Chus Pato, uma das principais vozes da poesia contemporânea in-ternacional, é a protagonista de uma conferên-cia que relaciona o seu trabalho com a temática Fronteiras. Sem recorrer às fórmulas líricas con-vencionais, Chus Pato traz uma poesia inovado-ra que aqui se divide também em seis frontei-ras e em seis poemas que serão declamados: o paraíso; significante / significação; voz/ o que é mudo; os que têm nome / os que carecem dele; a melodia / o conceito e, por fim, a pele. Con-ferência organizada com a parceria do Grupo LOCUS, do Centro de Estudos Comparatistas (Universidade de Lisboa).
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 18H30, NO LARGO DE SÃO PAULO DURAÇÃO 90 MINUTOS
CICLO FRONTEIRASO ciclo Fronteiras parte do conceito de fronteira, para apresentar um conjunto de propostas que desafiam as diversas realidades que a própria palavra aponta, evocando os limites territoriais e simbólicos; reflectindo sobre significados opostos e anexos: limite e transgressão, deslocamento e circulação, separação e contato, distinção e pertença.
C I C L O D E C O N F E R Ê N C I A S
CONVERSAS . CONFERÊNCIA
POR JOSÉ GOULÃO
Uma reflexão sobre a palavra fronteiras, uma palavra que não cabe no dicionário de qual-quer língua, tantos são os significados; palavra que não se confina aos quatro elementos nem às três dimensões, mate-rial e imaterial; abunda em nós mesmos, na re-
lação com o outro: iguais na diversidade, diferentes na igualdade; palavra que separa o finito do infinito, aparta a primeira de todas as fronteiras, a da vida, da última, a da morte. Fronteiras que tanto podem abrir espaço de li-berdade quando são eliminadas, como podem significar privação de liberdade e o convívio desesperado com a morte ao banir a sua criação.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 18H30, NO LARGO DE SÃO PAULO · DURAÇÃO 90 MINUTOS
FRONTEIRAS,UMA PALAVRA VALE MAIS
QUE MIL IMAGENS
será o sol xirando no meu peito
todo un sistema de galaxias no corazón
levarei a túa capa de azucena
silvestre, de martagón
de lirio silvestre
e dime agora, onde está Kiel?
a miña viaxe
co sangue xa sabes qué facer, non vaia ser que
a ganancia sexa a eternidade ao prezo de
Creón, é dicir, da beira masculina da estirpe,
ou que enlees para sempre o corpo en
adiviñas que sexan destrución para a cidade
–unha destrución que nin sequera te
pertence–. Sitúate máis ben na beira
escura, da que non brilla no solsticio.
(De M-TALÁ)
06 07
COMPOTA
FRONTEIRASFLASH PERFORMANCES
PERFORMANCE . DANÇA
AUTORIA PROJETO COMPOTA
O projeto Compota, que cruza dança, música, vídeo, cenografia, artes circenses e até gastro-nomia, organiza uma open-call no âmbito do Festival Silêncio. A audição, aberta ao público, desafia os candidatos a apresentarem um set de, no máximo, três minutos, subordinado ao tema Fronteiras. No fim deste espetáculo in-formal, a plateia também é convidada a trocar ideias sobre o tema. Compota® é um projeto de improvisação multidisciplinar cujos objeti-vos são o contínuo cruzamento de diferentes disciplinas artísticas, o trabalho colaborativo e a estimulação multissensorial para todos os participantes, promovido pela sentidosilimita-dos, com direção artística de Paula Pinto.
CABARET
VOLTAGEMPERFORMANCE
AUTORIA BRUNO MINISTRO, NUNO MIGUEL NEVES E
TIAGO SCHWÄBL
A efeméride dos cem anos do Cabaret Volta-gem é apenas um dos pretextos para este fes-tejo retro-gagá, que resulta de uma residência artística no Salão Brazil, em Coimbra, entre janeiro e março deste ano, e que chega ao Si-lêncio numa segunda versão da performance, reformulada e recriada. O evento conta com a presença do poeta Borg, um convidado es-pacial, até porque é aqui que o ar se cobre de nuvens de… falta de ar. Microfonices e freaka-lhices poéticas em declarada homenagem e deturpação do sinal.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 21H00, NA RUA DAS GAIVOTAS 6 DURAÇÃO 90 MINUTOS
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 22H30, N’O BOM, O MAU E O VILÃO (RUA DO ALECRIM, 21) · DURAÇÃO 40 MINUTOS
CICLO DOCUMENTOSCINEMA . DOCUMENTÁRIO
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 16H00, N’O BOM, O MAU E O VILÃO (RUA DO ALECRIM, 21) · DURAÇÃO 98 MINUTOS
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 16H00, N’O BOM, O MAU E O VILÃO (RUA DO ALECRIM, 21) · DURAÇÃO 105 MINUTOS
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 16H00, N’O BOM, O MAU E O VILÃO (RUA DO ALECRIM, 21) · DURAÇÃO 130 MINUTOS
“PÁRA-ME DE REPENTE
O PENSAMENTO” (2014)
de Jorge Pelicano
As fronteiras dentro de nós partindo da mais incerta e também a mais volátil, entre a lu-cidez e a loucura. O ator vivendo em ambos os lados, lúcido como homem, louco como personagem, a indefinição sobre a realidade do seu estado.
“LISBOETAS” (2006)
de Sérgio Tréfaut
As fronteiras em carne viva, o encontro entre os que vêm do lado de lá das fronteiras físicas com os que estão do lado de cá e como essas fronteiras se desenvolvem em muitas outras – língua, cultura, hábitos, religiões, preconceitos, cor da pele – antes de eventualmente começa-rem a desvanecer-se, caminho que tem a dúvi-da sempre como fronteira.
“AR(T)MENIANS” (2014)
de Ricardo Espírito Santo
A diáspora e as suas muitas fronteiras emergin-do do banimento de fronteiras nacionais. O genocídio arménio às mãos de turcos, evocado num tempo em que a ameaça paira sobre co-munidades curdas, às mesmas mãos, ou ferin-do palestinianos e saharaui, respetivamente às mãos de israelitas e marroquinos.
CURADORIA JOSÉ GOULÃO
Este ciclo é o resultado de um desafio que o Festival Silêncio propôs a José Goulão: selecionar três documentários que abordassem a temática Frontei-ras. Os três filmes selecionados - “Pára-me de repente o pensamento” (2014), “Lisboetas” (2006) e “Ar(t)menians”(2014) - são o ponto de partida para a conferência “Fronteiras: uma palavra vale mais que mil imagens” (página 7).
© A
BU
SC
KA
C I C L O F R O N T E I R A S
VIAGEMSEM FRONTEIRAS
MÚSICA
ARTISTA MALENGA
Música e gastronomia unem-se para uma viagem
longínqua onde não vai precisar de passaporte. Na
petiscaria A Viagem, o menu exótico acompanha o
desafio lançado aos músicos e passa por vários con-
tinentes e sonoridades, de África à América Latina, da
Grécia à Ásia, como nos tempos em que ao Cais do
Sodré chegavam marinheiros vindos de portos espa-
lhados pelo mundo.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 20H00 N’A VIAGEM – PETISCARIA E BAR (TRAVESSA DA RIBEIRA NOVA, 30)
ENTRE GUERRASEXPOSIÇÕES . INSTALAÇÃO
AUTORIA VIOLETA SANTOS-MOURA
“Entre Guerras” é o nome da série de imagens captadas pela fotojornalista portuguesa Violeta Santos-Moura no enclave Palestiniano da Faixa de Gaza, um pequeno território encurralado entre consecutivas ofensivas militares israelitas. O cerco israelita ao enclave dura há nove anos e os habitantes de Gaza já sobreviveram a três guerras num espaço de seis anos. Em 2014, a última ofensiva militar israelita contra o Hamas foi a mais sangrenta, fazendo 2200 mortos, a maior parte civis palestinianos. Esta instalação de vídeo com imagens em loop captadas pela fotojornalista freelancer retrata a paisagem física e humana em Gaza, nos períodos de tempo de uma calma relativa, entre a última guerra e a próxima.
QUINTA, 30 DE JUNHO A DOMINGO, 03 DE JULHO, DAS 14H00 ÀS 20H00, NO BV90 (RUA DA BOAVISTA, 90) INAUGURAÇÃO NA QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 18H00
IN VITROEXPOSIÇÕES . ILUSTRAÇÃO
AUTORIA COLETIVO DE ILUSTRADORES DA
ESCOLA MART COORDENAÇÃO NUNO SARAIVA
Dos Jogos Sem Fronteiras de Eládio Clímaco e Ana Zannati, às fronteiras invisíveis do Ti-bete, do drama dos refugiados às divisórias da paixão, o coletivo de ilustradores composto por alunos e professores da escola MArt, coor-denado por Nuno Saraiva, ocupa as montras de lojas, bares e restaurantes da Praça de São Paulo na quinta, 30 de junho, para uma insta-lação coletiva que parte de várias ideias à vol-ta do conceito de fronteira. Apoio à produção de Reymon / Uniball Portugal.
INTERVENÇÕES NA QUINTA, 30 DE JUNHO, DAS 12H00 ÀS 19H00, MONTRAS DO LARGO DE SÃO PAULO QUINTA, 30 DE JUNHO A DOMINGO, 03 DE JULHO, EXPOSIÇÃO EM PERMANÊNCIA NAS MONTRAS DO LARGO DE SÃO PAULOAPARTAMENTOS
EXPOSIÇÕES . FOTOGRAFIA . POESIA
QUINTA, 30 DE JUNHO A DOMINGO, 03 DE JULHO, DAS 14H00 ÀS 20H00, NO BV90 (RUA DA BOAVISTA, 90) INAUGURAÇÃO NA QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 18H00
CURADORIA ÁGATA XAVIER E DIOGO VAZ PINTO
FOTÓGRAFOS ÁGATA XAVIER, BRUNO SIMÕES CASTANHEIRAS, CÉU GUARDA, HELENA GONÇALVES, LUÍS
MILEU, LUÍSA FERREIRA, MARTIM RAMOS, PAULIANA VALENTE PIMENTEL, RODRIGO CABRITA E VERA MARMELO
POETAS ANDREIA FARIA, ANTÓNIO AMARAL TAVARES, DIOGO VAZ PINTO, ELISABETE MARQUES, GOLGONA
ANGHEL, JÚLIA DE CARVALHO HANSEN, LAURA LIUZZI, MIGUEL ALEXANDRE MARQUEZ, NUNES DA ROCHA E
PÁDUA FERNANDES
A palavra apartamento fala à distância que se cria num espaço comum impondo um corte, uma fron-teira entre intimidades. O apartamento é um espaço isolado e pessoal, mas numa vizinhança que for-ma um todo. Vinte pessoas avizinham-se nesta exposição. Aos pares, dez fotógrafos e dez poetas tro-cam senhas, partilham o elevador, traduzem o olhar por palavras num e noutro sentido, cruzando o Silêncio e as Fronteiras. O nosso convite é uma chave que garante a entrada numa reunião de condó-minos única e irrepetível.
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C I C L O F R O N T E I R A S
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CONTOS
SEM FRONTEIRASPERFORMANCE . CONTOS
POR CONTABANDISTAS DE ESTÓRIAS
As histórias dão a volta ao mundo e, nas marés dessas muitas viagens, vão ga-nhando novas roupagens, ao sabor das origens de cada versão e da voz que as conta. No final da viagem sabemos que, independentemente de tudo, partilhamos o mundo, encontramos conexões e mitos comuns, partilhamos ansiedades e alegrias. Porque uma boa história aproxima-nos, mais do que nos separa, envolvendo-nos na partilha, no encontro das semelhanças e na vontade de aprender. Nesta performance a única fronteira é a da imagina-ção, explorada, alimentada e partilhada até ao limite pelas vozes dos Conta-bandistas de Estórias. As histórias não sabem o que são fronteiras!
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 22H00, NO CAFÉ TATI (RUA DA RIBEIRA NOVA, 36)
O CONTEMPORÂNEO
VIVE NASFRONTEIRAS
CONVERSAS
AUTORIA RAQUEL RIBEIRO, SANTIAGO PÉREZ ISASI, SÍLVIA QUINTEIRO,
RITA BALEIRO E PAOLA D’AGOSTINO MODERADORA SUSANA ARAÚJO
“O contemporâneo vive nas fronteiras”, diz a escritora Chus Pato, e é a par-tir desta frase que vários investigadores do Grupo LOCUS, do Centro de Estudos Comparatistas (Universidade de Lisboa), se reúnem para debater o conceito de fronteira, física ou psicológica, geográfica ou ideológica. Dis-cute-se também o impacto de processos fronteiriços passados nos dias que correm e a criação de fronteiras futuras.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 16H30, NA BIBLIOTECA DA ORDEM DOS ARQUITETOS (TRAVESSA DO CARVALHO, 23)
POESIA DAS
FRONTEIRASPERFORMANCE . SPOKEN WORD
ARTISTAS FRANCISCO ROSA, PAULA CORTES, LUÍS SERRA SANTOS, FILIPE HOMEM
FONSECA, DOMINGOS GOMES, JOAQUIM PAULO NOGUEIRA, CATARINA AIDOS,
DANIEL DA ROCHA LEITE, ISABEL NOGUEIRA, JOANA AVI-LORIE, LEO LEONEL,
LUÍS CARMELO, MANUEL CINTRA, MC SANTIAGO, NUNO MIGUEL GUEDES, PAOLA
D’AGOSTINO, RINI LUYKS, JOAQUIM PAULO NOGUEIRA
Na abertura do ciclo Poesia e Música, o Festival Silêncio traz ao palco da Rua Cor de Rosa, 20 declamadores, poetas, performers e amantes da pala-vra dita para poemas que se relacionem com o tema “Fronteiras”.
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 18H30, NO PALCO RUA ROSA
ISTO NÃO É UM FILME (2011), de e Jafar Panahi e Motjaba Mirtahmasb
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 15H00, NO POLO CULTURAL GAIVOTAS | BOAVISTA (RUA DAS GAIVOTAS, 8) DURAÇÃO 75 MINUTOS
BRANCA DE NEVE (2000), de João César Monteiro
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 15H00, NO POLO CULTURAL GAIVOTAS | BOAVISTA (RUA DAS GAIVOTAS, 8) DURAÇÃO 75 MINUTOS
ODETE (2005), de João Pedro Rodrigues
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 15H00, NO POLO CULTURAL GAIVOTAS | BOAVISTA (RUA DAS GAIVOTAS, 8) DURAÇÃO 97 MINUTOS
O TIO BOONMEE QUE SE LEMBRA
DAS SUAS VIDAS ANTERIORES (2010), de Apichatpong Weerasethakul
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 15H00, NO POLO CULTURAL GAIVOTAS | BOAVISTA (RUA DAS GAIVOTAS, 8) DURAÇÃO 114 MINUTOS
CURADORIA AMÂNDIO REIS, FILIPA ROSÁRIO,
JOSÉ BÉRTOLO, RITA BENIS
Este ciclo reúne quatro filmes que se enquadram na ideia de fronteira. Fronteiras que ou delimitam espaços físicos e imate-riais ou que estabelecem limiares, por exemplo, entre as ima-gens e a palavra, entre a vida e a morte. É transversal a todos eles a ideia da instabilidade que leva à transgressão dos limites convencionais e de que, afinal, uma fronteira pode unir mais do que separar. O ciclo insere-se na investigação desenvolvida no âmbito do projeto “O Cinema e o Mundo – Estudos Sobre Espaço e Cinema”, um projeto de investigação sedeado no Cen-tro de Estudos Comparatistas (grupo THELEME), dedicado à relação entre o cinema e o espaço nas suas dimensões estética, filosófica, histórica e política.
CINEMA
CICLO
AS FRONTEIRASDO CINEMA
SESSÕES
C I C L O F R O N T E I R A S
DANIEL JONAS
Literatura, poesia
“Nó”, editado em 2014 pela Assírio & Alvim,
valeu a Daniel Jonas o Grande Prémio de
Poesia Teixeira de Pascoaes. O poeta, tra-
dutor e dramaturgo do Porto já tinha sido
premiado com o Prémio PEN de Poesia
por outro livro de sonetos, “Sonótono”, de
2007. É mestre em Teoria da Literatura pela
Universidade de Lisboa, com uma disserta-
ção sobre o poeta inglês John Milton, da
qual resultou a tradução de “Paradise Lost
– Paraíso Perdido”, em 2006. Em 2013 foi
um dos sete candidatos ao Poeta Europeu
da Liberdade, atribuído de dois em dois
anos no Festival de Poesia de Gdansk.
MARTA BERNARDES
Artes Visuais, performance, sound
art, poesia experimental, teoria
Nasceu no Porto e licenciou-se em Artes
Plásticas na Faculdade de Belas Artes do
Porto, onde chegou a dar aulas, entre 2010
e 2012. Aprofundou os seus estudos de
artes visuais e multimédia na École Supé-
rieure de Beaux-Arts de Paris e, em 2008,
completou um mestrado em Psicanálise e
Filosofia da Cultura, na Universidad Com-
plutense de Madrid. Desde 2005 que apre-
senta um trabalho plástico e audiovisual,
por exemplo, com peças de carácter perfor-
mativo teatro-musicais, tanto a solo como
de forma colaborativa.
MIGUEL BONNEVILLE
Artes Visuais, Performance
Quer através de performances, desenhos,
fotografias, música ou livros de artista, Mi-
guel Bonneville, natural do Porto, apresen-
ta-nos histórias autobiográficas, focadas na
desconstrução e reconstrução da identida-
de. Alguns dos seus trabalhos, como o pro-
jeto de performance homónimo ou como “A
Importância de Ser…”, foram apresentados
em várias partes do mundo. O ano passa-
do, foi distinguido com o prémio da rede Ex
Aequo, pelas performances “Medo e Femi-
nismos”, em colaboração com Maria Gil, e
“A Importância de ser Simone de Beauvoir”.
RUI SILVEIRA
Design, videoarte
De Campo Maior, Rui Silveira completou
o mestrado em Design de Comunicação
e Novos Media na Faculdade de Belas
Artes, em Lisboa, onde também frequen-
tou a Maumaus - Escola de Artes Visuais.
Exerce actividade como designer e rea-
lizador. Os seus trabalhos exploram o
modo como o espaço construído afecta
o comportamento do homem e chegaram
ao festival Doclisboa, Les Rencontres In-
ternationales, em Paris, e à Semana da
Crítica, em Cannes.
ARTISTAS EMRESIDÊNCIA
Olhemos para a relação entre linguagem e pensamento. “As palavras”, escreve Bachelard em A Poética do Espaço – são casas “com porão e sótão. O sentido comum reside no rés-do-chão, sempre pronto para o ‘comércio exterior’, no mesmo nível do outro, desse transeunte que nunca é um sonhador”. A linguagem é, de facto, dupla, e a palavra comércio é aqui relevante. Há, sem dúvida, palavras de que necessitamos para um comércio exterior, de sobrevivência, comércio de cidade. A Bachelard agrada a imagem das palavras enquanto casas, com vários pisos: “Subir a escada na casa da palavra é, de degrau em degrau, abstrair. Descer ao porão é sonhar.”
O tratamento da linguagem - ou do raciocínio - deve considerar o desnivelamento do corpo (do utilizador da linguagem). Devemos olhar para a linguagem como se olha para um objecto – para uma mesa, por exemplo - e ver, por vezes, a linguagem de baixo para cima, de modo respeitoso, de cima para baixo, de modo altivo; observar depois um perfil da palavra, depois o outro; ver os sapatos da palavra e o seu chapéu, a sua nuca e o seu rosto. Porque pensar também é mudar de posição relativamente à própria linguagem. Não olhar sempre da mesma maneira para as palavras.
TAVARES, GONÇALO M. 2013. “Atlas do Corpo e da Imaginação”, LISBOA: CAMINHO, 45
O Festival Silêncio, em parceria com a Casa Fernando Pessoa e a Fundação José Saramago, lan-çou a proposta a um grupo de quatro artistas e intérpretes de diferentes disciplinas artísticas: habitarem um apartamento durante duas semanas e transformá-lo em casa-palavra, uma resi-dência multidisciplinar, uma casa partilhada que convida à colaboração e ao diálogo artístico. Daniel Jonas, Marta Bernardes, Miguel Bonneville e Rui Silveira aceitaram o desafio. Tendo como ponto de partida o fragmento “casa-palavra” do escritor Gonçalo M. Tavares, a casa, em pleno Cais do Sodré, torna-se espaço comum desencadeador de processos e exercí-cios criativos imprevistos. Pretende-se potenciar um trabalho de reflexão colaborativa que resulte na criação de uma obra ou de um espetáculo original, individual ou coletivo. Da Residência Casa-Palavra sairá um livro de artista a quatro mãos, que será simultanea-mente um objeto artístico e um registo gráfico do processo de pesquisa e de criação comum. Durante o festival, entre os dias 1 e 3 de julho, os artistas abrem a casa ao público. Estamos todos convidados para visitarmos os artistas em casa e para assistirmos a apresentações e a encontros informais que são parte de processos criativos em curso. O que nos espera na casa-palavra só saberemos quando entrarmos no 3º D do nº 46 da Rua da Boavista. Não é preciso bater à porta. A Residência Casa-Palavra tem o apoio do Polo Cultural Gaivotas | Boavista.
CASA-PALAVRA
DURANTE O FESTIVAL, ENTRE SEXTA, 01 DE JULHO, E DOMINGO, 03 DE JULHO, DAS 17H00 ÀS 18H00, A “CASA-PALAVRA” ESTARÁ ABERTA AO PÚBLICO NA RUA DA BOAVISTA, 46, 3ºD
RESIDÊNCIA
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PALAVRASÀ JANELA
EXPOSIÇÃO . INSTALAÇÃO
AUTORES MORADORES CAIS DO SODRÉ
Palavras à Janela é uma instalação participativa em que todos têm uma palavra a dizer. Palavras penduradas nas janelas, nas varandas e varandins do Cais do Sodré transformam-se numa obra coletiva, cujo impacto é uma manifestação narrativa e visual das ideias, pensamentos, gostos e imaginário coletivo do Cais do Sodré.Nas janelas pendura-se roupa a secar. Há quem tenha vasos de flores. Mas janelas e varandas são também telas em branco para a expressão. Este ano, o Festival Silêncio voltou a lançar o desafio aos moradores e habitantes do Cais do Sodré para ocupa-rem as suas janelas com palavras e frases. A comunidade aceitou o convite e, du-rante os quatro dias de festival, janelas, varandas e varandins do bairro apresentam uma instalação que parte da partilha, da vontade e do diálogo entre os moradores e a cidade. Instalações isoladas ou obras do esforço dos inquilinos do prédio cons-troem um percurso pelas ideias, pensamentos, gostos e imaginário da freguesia.
EM PERMANÊNCIA, NAS JANELAS E VARANDAS DO CAIS DO SODRÉ
Troca, tira, põe e faz o texto crescer. Completar é uma história em cons-trução. Se quem conta um conto acrescenta um ponto, aqui quem acres-centa um ponto conta um novo conto. O átrio da cafetaria da Fundação Portuguesa das Comunicações trans-forma-se num caderno de linhas suspenso onde as histórias são escritas por todos os que tiverem uma ideia para acrescentar... ou editar. O texto é livre, o tema é livre, as possibilidades são infinitas. Mas há uma regra: só podemos usar certas palavras: as palavras preferidas dos habitantes e visitantes do Cais do Sodré.
EM PERMANÊNCIA, NA FUNDAÇÃO PORTUGUESA DAS COMUNICAÇÕES (RUA DO INDUSTRIAL, 16) QUINTA, 30 DE JUNHO E SEXTA 01 DE JULHO, DAS 10H00 ÀS 22H00 SÁBADO, 02 DE JULHO E DOMINGO, 03 DE JULHO, DAS 14H00 ÀS 22H00
EXPOSIÇÃO . INSTALAÇÃO
PARTICIPANTES INSTALAÇÃO COLETIVA, ABERTA À PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO
CONFESSIONÁRIO
Entre amigos não há segredos, diz o provérbio, mas e se desta vez desabafar com desconheci-dos? No Confessionário, uma instalação em construção que convida todos os que passam a entrar e partilhar, de forma anónima, as suas confissões, contam-se os maiores segredos a es-tranhos. Imaginam-se histórias através dos rela-
tos e, às tantas, o segredo, de tanto ser lido, já vai andar nas bocas do mundo e as paredes do espaço transformam-se em páginas ampliadas de um diário coletivo. O Confessionário resulta de uma parceria entre o Silêncio e a associação sem fins lucrativos Arquivo dos Diários, com sede na Biblioteca de São Lázaro.
EXPOSIÇÃO . INSTALAÇÃO
ORGANIZAÇÃO ARQUIVO DOS DIÁRIOS | INSTALAÇÃO COLETIVA, ABERTA À PARTICIPAÇÃO DO PÚBLICO
EM PERMANÊNCIA, DAS 14H00 ÀS 22H00, NA TRAVESSA DA RIBEIRA NOVA, 3
COMPLETAR
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A exposição de André Chiote é uma aborda-gem da arquitetura enquanto ícone, na qual as imagens criadas procuram simultaneamente sublinhar o caráter excecional e emblemático de cada edifício e trabalhar uma composição gráfica cuja identidade se constrói para além do edifício de que se partiu.
ILUSTRAÇÃO DE
ARQUITETURA
EM PERMANÊNCIA, DAS 11H30 ÀS 20H00, NO VERSO BRANCO (RUA DA BOAVISTA, 132-134) · INAUGURAÇÃO QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 18H00
PORTA POESIA:POESIA VISUAL TEMPORÁRIA
EM PERMANÊNCIA, NO EIXO TERRITORIAL RUA DE SÃO PAULO - RUA DA BOAVISTA
Corta, cria e cola. Jornais antigos, folhas escritas, panfletos rasgados, listas de compras já feitas, cartas de amor fora do prazo… Nesta exposição a céu aberto reciclaram-se palavras já usadas noutros contextos para se fazer poesia. Poemas, versos e palavras soltas ganham nova vida nas paredes do Cais do Sodré e surpreendem quem passa... Celebramos a poesia na rua, em família com um amigo ou vizinho, rea-proveitando palavras que acabam esquecidas. Um trabalho original da artista Marta Rêgo, realizado em colaboração com a comunidade do Cais do Sodré, a Associação Girassol, a Mais Skillz e o Centro Paroquial de São Paulo.
EXPOSIÇÃO . INSTALAÇÃO
COORDENAÇÃO MARTA REGO PARTICIPAÇÃO COMUNIDADE LOCAL, CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE SÃO
PAULO, PROJETO MAIS SKILLZ E ASSOCIAÇÃO GIRASSOL SOLIDÁRIO
A PALAVRA AO DESAFIO
EM PERMANÊNCIA, DAS 10H00 ÀS 01H00, NO CAFÉ TATI (RUA DA RIBEIRA NOVA, 36)
EXPOSIÇÃO . FOTOGRAFIA
AUTORES ANGELA ALEGRIA E SANDRA LOURENÇO
Dando seguimento ao projeto “A Imagem Ao Desafio”, apresentado na edição passada do Festival Si-lêncio, as fotógrafas Angela Alegria e Sandra Lourenço propõem reinventar a sua dinâmica de traba-lho, baseada no conceito do Cadáver Esquisito. Usando um único rolo de 12 fotogramas carregado numa câmara de médio formato, uma delas produz uma imagem e passa uma informação textual para outra, que por sua vez, produz a imagem seguinte. “A Palavra Ao Desafio” é o resultado deste diálogo.
EM PERMANÊNCIA, NA GIVLOWE, (LARGO DE SÃO PAULO, 13-15) QUINTA, 30 DE JUNHO, DAS 12H00 ÀS 00H00, SEXTA, 01 DE JULHO E SÁBADO, 02 DE JULHO, DAS 12H00 ÀS 02H00
MEMORABILIA
AUTORES YURI PIRONDI, INÊS VON
BONHORST, PAULO ZERBINI, MARTA
ANGELOZZI E EDGAR OLIVEIRA
EXPOSIÇÃO . INSTALAÇÃOFOTOGRAFIA
Memorabilia traz à memória o passado de qua-tro artistas, Yuri Pirondi, Inês von Bonhorst, Paulo Zerbini, Marta Angelozzi e Edgar de Oli-veira, que revisitaram um lugar íntimo da sua infância para explorar a ambivalência da memó-ria: esquecida, mas depois lembrada. Esta expo-sição, com fotografia e instalação, surge depois de um ano de pesquisa entre memórias nebulo-sas e apresenta-se em forma de parques de diver-sões, paisagens brumosas e lugares escondidos.
EXPOSIÇÃO . ILUSTRAÇÃO
AUTOR ANDRÉ CHIOTE
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NORMA D’ALMA
A poesia de João Vasco Henriques, sobre os acasos
da rotina e da vida quotidiana, une-se à música de
Miguel Lardosa (baixo e trompete) e de Pedro Faria
(guitarra elétrica) para ditar esta Norma D’Alma.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 18H00 , NO PALCO RUA ROSA (RUA NOVA DO CARVALHO) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
NÓDOA
“Porque no melhor texto cai a Nódoa”, dizem eles,
Paula Cortes, João Morales, Diogo Picão e Filipe Ho-
mem Fonseca prometem “deixar marcas na palavra
imaculada”. O coletivo junta poesia e música de ins-
trumentos como a guitarra ou o saxofone para home-
nagear textos de grandes autores.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 19H00, NO PALCO RUA ROSA (RUA NOVA DO CARVALHO) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
BURGUESES FAMINTOS
Os Burgueses Famintos nasceram de forma quase
acidental, sem que se precisasse de fazer luz numa
noite perdida e enterrada de 2014. Os burgueses são
Manuel Molarinho (baixo, pedais e loopstation) e João
Silveira (voz e texto), famintos e entregues a um delí-
rio textual e sónico captado ao primeiro e único take.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 17H00, NO PALCO RUA ROSA (RUA NOVA DO CARVALHO) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
CORDAS VOCAIS
Cordais Vocais é um projeto pensado de propósito
para o Festival Silêncio e que junta um quarteto de
cordas (Francisco Ramos, Tiago Rosa, Fernando Sá e
João Paulo Gaspar) e quatro poetas escritores (Valé-
rio Romão, Vasco Gato, Raquel Nobre Guerra e Joana
Bértholo) para um espetáculo em que textos e poe-
mas são ilustrados com música de alguns composito-
res de música clássica.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 19H00, NO PALCO RUA ROSA (RUA NOVA DO CARVALHO) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
DEAD FLOWERS
Quem nunca deitou flores mortas entre páginas para
lhes dar mais vidas? Luís Carvalho, Pedro Oliveira
(guitarra) e João Guimarães (poesia e voz) são os
Dead Flowers, música que se junta a poesia, poesia
que se junta a música ou “a parte musical de um livro
por publicar”.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 18H00, NO PALCO RUA ROSA (RUA NOVA DO CARVALHO) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
LACÓNICO
Nascido de um “puro improviso entre dois desconhe-
cidos”, o projeto Lacónico viaja pela divagação interior
da slammer e performer Li Alves e do músico e ator
Cristovão Campo. Uma ideia musical feita de palavras
que pode ser considerada “electronic spoken word”.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 18H00, NO PALCO RUA ROSA (RUA NOVA DO CARVALHO) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
NO PRECIPÍCIO
ERA O VERBO
Carlos Barretto (músico e compositor), António de
Castro Caeiro (filósofo e tradutor), André Gago (ator
e escritor) e José Anjos (músico e poeta) atiram-se de
cabeça para o precipício enquanto exercício de con-
templação e linguagem. Com textos, poemas e tradu-
ções acompanhadas pela música de Carlos Barretto,
No Precipício Era o Verbo junta quatro talentos “na
sincronia do poema que ainda não existe”.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 19H00, NO PALCO RUA ROSA (RUA NOVA DO CARVALHO) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
POESIA E MÚSICA
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P E R F O R M A N C E S
POESIA E CLASSICISMO
DISEURS ANTÓNIO POPPE, GUSTAVO RUBIM,
LUÍS SERPA MÚSICO JOÃO PAULO GASPAR
Foi o tempo em que a poesia era salva em mar alto,
poesia dos heróis, dos modernos, poesia que imagina
a ponte entre o antes e um império inteiro por haver.
É a poesia como a única linguagem possível.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 19H00, NO TOKYO (RUA NOVA DO CARVALHO, 12) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
POESIA E ROMANTISMO
DISEURS RAQUEL MARINHO, CLÁUDIO HENRIQUES,
ANDRÉ GAGO MÚSICO JOÃO PAULO GASPAR
Houve o tempo em que a poesia teve de entender e
cantar o amor. Instrumentalizou-se a palavra em prol
do poeta, descobriu-se que a palavra não existia lon-
ge do eu. Foi o tempo das questões e não das res-
postas. Verbalizou-se a dúvida, poetizou-se o que era
até então indizível.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 21H00, NO TOKYO (RUA NOVA DO CARVALHO, 12)
POESIA E REALISMO
DISEURS MARIA COUTINHO, SARA FELÍCIO, NUNO
MIGUEL GUEDES MÚSICO FILIPE VALENTIM
Com o fim do séc. XIX o escritor percebeu que a
escrita é uma arma com poderosas consequências.
Percebeu a responsabilidade da palavra escrita, en-
tendeu a sociedade como mutante e complexa. Foi
o tempo em que a poesia teve consciência de si, da
sua força no mundo enquanto pertença.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 16H00, NO TOKYO (RUA NOVA DO CARVALHO, 12) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
POESIA E MODERNISMO
DISEURS ANA BRANDÃO, ANA ROCHA,
PATRÍCIA PORTELA MÚSICO FILIPE VALENTIM
Poesia autónoma, artística, cubista, futurista, liber-
tadora, maquinal, moderna, fragmentária, metálica,
violenta, simbolista, sonora, vibrante, suicida, irreve-
rente, indiferente, fraturante, alucinante, modernista.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 18H00, NO TOKYO (RUA NOVA DO CARVALHO, 12) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
POESIA E SURREALISMO
DISEURS JOANA BERTHOLO, MARGARIDA FERRA,
CLAUDIA SAMPAIO MÚSICO LUÍS BASTOS
Como nos disse António Maria Lisboa: “A atividade
surrealista não é uma simples purga seguida de um
dia de descanso a caldos de galinha, mas revolta
permanente contra a estabilidade e cristalização das
coisas.” Ao que poderia ter respondido Cesariny: “Eu
acho que se se é surrealista, não é porque se pinta
uma ave, ou um porco de pernas para o ar. É-se sur-
realista porque se é surrealista!”
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 16H00, NO TOKYO (RUA NOVA DO CARVALHO, 12) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
NOVÍSSIMA POESIA
DISEURS MARTA ELIAS, INÊS LAGO, RAQUEL NOBRE
GUERRA MÚSICO LUÍS BASTOS
Veio o tempo dos poetas. Sem escola, com a origina-
lidade possível, na procura da palavra exata na frase
fragmentada. Uma poesia que chegou a todos, a lu-
gares improváveis da cidade. E quando os poemas
cobrem a cidade, os Poetas do Povo procuram neles
a palavra exata para a reproduzirem no último dia do
Festival Silêncio, oferecendo a palavra aos seus ouvin-
tes e dando aos leitores o espaço absoluto da poesia.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 18H00, NO TOKYO (RUA NOVA DO CARVALHO, 12) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
SLAM LXPERFORMANCE . POETRY SLAM
PARTICIPANTES RICARDO BLAYER, SALOMÉ ABREU, CARÓ LAGO, MIA
QUADROS + DOIS FINALISTAS DO TORNEIO RESULTANTE DO WORKSHOP
DE POETRY SLAM REALIZADO NO ÂMBITO DO FESTIVAL
MESTRE DE CERIMÓNIAS NUNO MIGUEL GUEDES
Pensar a palavra como performance, a poesia como ato de exploração linguística e a sintaxe como instrumento musical são alguns dos de-safios colocados pelo Poetry Slam, uma competição que transforma a palavra – dita e escrita – em matéria-prima para uma autêntica revo-lução da linguagem. A matemática é aplicada ao Slam Lx, o torneio que reúne um conjunto de slammers num frente a frente do qual apenas um pode sair vencedor.
CICLO
O MUNDO NÃO SE FEZ
PARA PENSARMOS NELE
SESSÕES
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 18H00, NO VIKING (RUA NOVA DO CARVALHO, 7)
Houve sempre poesia. Dentro de todos os sécu-los e todas as idades. E a poesia foi sempre es-crita na razão de cada poeta mas junto de ou-tros poetas. Em diferentes tempos e diferentes idades houve diferentes poesias, por razões que tanto eram pessoais como universais. Assim se foi fazendo, por aqui, a nossa história.Porque o mundo não se fez para pensarmos nele, mas sim para o escrevermos e lermos, va-mos agora percorrer quatro séculos de poesia e perceber que ideias havia para serem ditas e li-das e cantadas, por tantos poetas, em tantos ver-sos, em tão bela e única história poética.
POESIA . MÚSICA
CURADORIA ROSA AZEVEDO
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P E R F O R M A N C E S
APRESENTAÇÃO
POETRY SLAMPERFORMANCE . POETRY SLAM
PARTICIPANTES FREQUENTADORES DO WORKSHOP
DE POETRY SLAM MESTRE DE CERIMÓNIAS NUNO
MIGUEL GUEDES
Os participantes do workshop de poetry slam serão colocados a concurso em duas elimina-tórias e uma final. São estes os ingredientes para cozinhar a segunda sessão de Slam Lx. Os concorrentes têm apenas três minutos no pal-co para mostrar o que valem com uma perfor-mance poética. No público, um júri escolhido aleatoriamente elege o vencedor.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 21H00, NO VIKING (RUA NOVA DO CARVALHO, 7)
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SEM TÍTULOPROVISÓRIO
PERFORMANCE . TEATRO
AUTORIA PUF COLECTIVO
Sem Título Provisório surge do convite feito a duas atrizes para que reflitam sobre a duração e a repe-tição de um mito. Elas encontram-se, vivem-se. A imperfeição é o caminho para o amor e o belo não pode ser destruído. Um acumular de retratos; uma experimentação entre o corpo, a imagem e a voz, que passo a passo segue o formato de um diário. Duas figuras duplicam lógicas e sensações entre fron-teiras construídas por corpos-objetos-palavras.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 21H00, NO PRIMEIROS SINTOMAS (RUA DA RIBEIRA NOVA, 44) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
A HISTÓRIA TRÁGICA
DE VIDA E MORTE
DO DOUTOR FAUSTODE CHRISTOPHER MARLOWE
PERFORMANCE . TEATRO
AUTORIA PRIMEIROS SINTOMAS
Doutor Fausto, cansado da vida que leva, desiste de
todo o conhecimento que acumulou ao longo dos
anos, do Direito à Teologia, para se dedicar à magia
e às artes ocultas. É então que, depois de invocar o
Diabo, recebe a visita do enviado especial Mefistó-
feles, que o irá acompanhar numa viagem que acaba
de forma trágica. O espetáculo, que marca o encer-
ramento do curso Oficina Teatro do grupo Primeiros
Sintomas, está em cena na Ribeira entre 25 de junho
e 2 de julho. A encenação é de Bruno Bravo, a partir
da obra com o mesmo nome de Christopher Marlowe.
QUINTA, 30 DE JUNHO, SEXTA, 01 DE JULHO, E SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 21H30, NO PRIMEIROS SINTOMAS (RUA DA RIBEIRA NOVA, 44)
GUERRA E PAZPERFORMANCE
AUTORIA PRIMEIROS SINTOMAS
Onde estão os direitos das crianças, dos jovens e dos
homens? Onde está a paz? Onde está a dignidade?
Estamos onde? Guerra e Paz é um alerta para o mundo
que nos rodeia que parte de uma performance inter-
geracional feita de imagens, fotografias, textos, pala-
vras, colagens, pintura, dança e movimento. O espetá-
culo tem a participação de jovens, idosos e alunos de
dança do centro social e paroquial de São Paulo.
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 16H30, NO LARGO DE SÃO PAULO DURAÇÃO 30 MINUTOS
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CONTOS DO
TRABALHOPERFORMANCE . CONTOS
AUTORIA CONTABANDISTAS DE ESTÓRIAS
Os mercados sempre foram, e ainda vão sendo, locais de encontro e de muitas histórias parti-lhadas, que, no aviar da farinha, do feijão e do açúcar, transformam momentos de pausa em vários dedos de conversa! António Gouveia e Cláudia Fonseca, dos Con-tabandistas de Estórias, trazem as memórias e histórias colectivas do Bairro para os palcos in-formais do Festival Silêncio.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 11H00, NA BOUTIQUE DA FRUTA (RUA DE SÃO PAULO, 188) E NA HERDADE DO FREIXO DO MEIO/MERCADO DA RIBEIRA (AVENIDA 24 DE JULHO, 49) · DURAÇÃO 120 MINUTOS
STRIP
POETRYPERFORMANCEPOESIA E DANÇA
ARTISTAS NUNO MIGUEL GUEDES E MÓNICA MARQUES
A poesia nãoé sagrada nemsequer uma religião
É algo que tem a ver com as pulsões da vida, com o
mundo de todos os dias. É o ser-se humano. Nesta
edição, o Festival Silêncio mostra como as palavras
podem ser e são sensuais, arriscadas e mesmo eró-
ticas. Poesia para gente despida de preconceitos,
com a participação de Mónica Marques e Nuno Mi-
guel Guedes.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 00H00, NO MÉNAGE STRIP CLUB (RUA NOVA DO CARVALHO, 33) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
OS POETAS E O SILÊNCIO
PERFORMANCE . TEATRO
CONCEITO, DRAMATURGIA E PRODUÇÃO PUF COLECTIVO INTERPRETAÇÃO LUÍS
LOBO PIMENTA E SOFIA VALADAS VOZ OFF DIANA MAR E PEDRO BETTENCOURT
Um texto surrealista e desconexo que ganha forma e sentidono decorrer da ação.
Os Poetas, a primeira criação do PUF Coletivo, nasce de uma recolha de frases e conversas casuais ou filosóficas ouvidas em qualquer lugar de Lis-boa – na rua, no café, no metro, em casa – que origina o texto deste espe-táculo. Um texto surrealista e desconexo que ganha forma e sentido no decorrer da ação. Numa espiral de acontecimentos dois intérpretes criam quadros singulares, desenham uma linha (des)contínua, num tempo, es-paço e linguagem comuns. Os Poetas evocam momentos triviais e quo-tidianos que procuram a beleza, a profundidade, o grotesco, o humor na metáfora de uma sociedade fugaz: a poesia do vulgar.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 22H30, N’O BOM, O MAU E O VILÃO (RUA DO ALECRIM, 21) · DURAÇÃO 50 MINUTOS
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POETRY FILM: MOSTRA COMPETITIVA
CINEMA . POETRY FILM
O Festival Silêncio convidou poetry filmmakers de todo o mundo a inscreverem os seus filmes numa competição internacional que irá selecionar o melhor poetry film. Dos mais de 50 filmes em concurso, 12 serão exibidos em duas mostras, na sexta e no sábado, e no domingo o júri selecionará os vencedores.
MOSTRA I SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 19H00, NO ROTERDÃO (RUA NOVA DO CARVALHO, 28-30) · DURAÇÃO 45 MINUTOS
MOSTRA II SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 19H00, NO ROTERDÃO (RUA NOVA DO CARVALHO, 28-30) · DURAÇÃO 45 MINUTOS
MOSTRA III DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 21H00, NO ROTERDÃO (RUA NOVA DO CARVALHO, 28-30) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
LUGAR NÃO LUGAR
CINEMA . PERFORMANCE
AUTORIA ALEXANDRE BRAGA E JOSÉ ANJOS
uma casa morre dentro e outra nasceuma casa por morrer é um delta na cidade
Este poetry film de Alexandre Braga interligado com a performance ao vivo de José Anjos coloca-nos diante da casa, das paredes, destas coisas invisíveis, convidando o espectador a seguir pelas suas pare-des, ruas e margens.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 21H00, NO ROTERDÃO (RUA NOVA DO CARVALHO, 28-30) · DURAÇÃO 15 MINUTOS
O MUNDO À NOSSA VOLTA
CINEMA . MOSTRA
AUTORIA FILHOS DO LUMIÈRE NO CONTEXTO DAS
OFICINAS DE CINEMA FILMAR
O Mundo à Nossa Volta é uma mostra de filmes, para adultos e crianças do bairro da Misericórdia, que resulta do trabalho feito pela associação Os Filhos do Lumière, no contexto das oficinas de cinema FILMAR. Quatro filmes que partilham a mesma unidade temática: “filmar o bairro da Misericórdia”. Um projeto que resulta como testemunho dos diferentes olhares da juventude sobre o seu bairro. A mostra será completada com uma breve conversa em torno dos temas e visões levantados pelas películas.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 22H00, NO POLO CULTURAL GAIVOTAS | BOAVISTA (RUA DAS GAIVOTAS, 8) · DURAÇÃO 90 MINUTOS
ISTO NÃO É UM FILME.
É UM POEMACINEMA . POETRY FILM
CURADORIA ALEXANDRE BRAGA
O poetry film deve ser livre e conseguir transportar-nos para dentro do poema, vivenciá-lo a partir de imagens e sons que sejam parte de uma experiência ou peça audiovisual. É a partir deste universo poético que surge o ciclo “Isto Não É Um Filme. É Um Poema”, que pretende levar o espectador a experiências únicas de absorção da poesia através de outros sentidos. Dando seguimento ao trabalho do ano passado, e percebendo que a poesia vai além da língua, o ciclo elege os melhores filmes dos últimos anos num desafio à imaginação e explora a capacidade que o cinema dá para viver sonhos e viagens incríveis. Ciclo de poetry film com curadoria de Alexandre Braga.
MOSTRA I
Fifth Avenue, de Sofian Khan (3’47’’)
Shop, de Lucy English, Cherly Gross (1’43’’)
God’s Dilemma, de Cindy St. Onge (1’36’’)
Instrucciones para cantar, de Adrián Suarez (58’’)
Long Rong Song, de Ottaras (Ottar Ormstad
& Taras Mashtalir) + Alexander Vojjov (5’25’’)
Platillo Puro, de Bruno Teixidor (2’31’’)
J’ai tant rêvé de toi, de Emma Vakarelova (3’03’’)
The hero is light, de Eduardo Yague (4’22’’)
Dictionary Illustrations, de Marie Craven (2’13’’)
Falling Lessons: Erasure One, de Anh Vu (2’21’’)
SEXTA E DOMINGO, 01 E 03 DE JULHO, ÀS 19H00, NO ROTERDÃO (RUA NOVA DO CARVALHO, 28-30) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
MOSTRA II
The Mother Warns the Tornado, de Isaac Ravshankara (4’12’’)
American House Fire, de David Campos (1’38’’)
Apocalypse Rhyme, de Oliver Harrison (3’21’’)
A painting, de Amabel Stokes(2’51’’)
Crow, de Yoav Segal (4’37’’)
Creased Map of the Underworld,
de Thomas Bryan Michurski (3’51’’)
Dog, de Kate Jessop (1’55’’)
Raven Spell, de John Lavin (2’16’’)
Pomegranate, de Karen Mary Beer (2’33’’)
Steel and Air, de Chris and Nick Libbey (3’33’’)
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 19H00, DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 20H00, NO ROTERDÃO (RUA NOVA DO CARVALHO, 28-30) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
C O N V E R S A S
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CONVERSASDO SILÊNCIO: 3 CONVERSAS VIRTUAIS
CONVERSAS
CURADORIA JOANA EMÍDIO MARQUES
Algo novo está em curso: estamos a mudar-nos do espaço real para o espaço virtual. A vida migrou para dentro dos ecrãs e, a reboque das novas tecnologias da comunicação, toda a Cultura se desloca também para um espaço novo. Dentro dos ecrãs proliferam vertiginosamente as palavras e as imagens num caos veloz que faz com que nada permaneça mais do que uns breves instantes. Esta revolução tecnológica que estamos a viver está a alterar profundamente a produção e a difusão cultural, os pro-cessos de comunicação e logo as ligações humanas.Procurando dar alguns passos em volta deste tema vamos procurar perceber, em três conversas, que novo mundo é este que se nos afigura quando todos queremos ser emissores e ninguém quer ser re-cetor, quando o espaço público político migrou para as redes sociais, mas continua a não haver uma opinião pública coesa e atuante e, por fim, será que as imagens estão a obliterar as palavras? As conversas serão conduzidas por Joana Emídio Marques.
“QUANDO TODOS QUEREMOS FALAR, AINDA HÁ AÍ ALGUÉM PARA OUVIR?”
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 18H30, NA PENSÃO AMOR (RUA DO ALECRIM, 19) DURAÇÃO 50 MINUTOS
“PROLETÁRIOS DE TODOS OS ECRÃS, UNI-VOS!” COM JORGE SILVA MELO
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 18H30, NA PENSÃO AMOR (RUA DO ALECRIM, 19)
DURAÇÃO 50 MINUTOS
“NARCISO AFOGOU-SE NO MO-NITOR DO IPHONE” COM JOSÉ
BRAGANÇA DE MIRANDA”
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 18H30, NA PENSÃO AMOR (RUA DO ALECRIM, 19) DURAÇÃO 50 MINUTOS
LANÇAMENTOSCONCEITO E PRODUÇÃO DOUDA CORRERIA
“Olho do Tu”, de Rui Nuno Vaz Tomé. É o livro de estreia de Rui Nuno Vaz Tomé e será lido e apre-sentado pelo próprio e por Joana Morais Varela, Nuno Moura e Joana Bagulho. SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 21H30, NA GIVLOWE (LARGO DE SÃO PAULO, 13-15)
“Carne de Leviatã”, de Chus Pato. O livro será lido e apresentado por João Paulo Esteves da Silva, Nuno Moura e Chus Pato. Este é o primeiro livro da autora galega traduzido para português, por João Paulo Esteves da Silva.SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 21H30, NA GIVLOWE (LARGO DE SÃO PAULO, 13-15)
“Cartas Contra o Firmamento”, de Sean Bonney. O livro, o primeiro do autor publicado em Por-tugal e traduzido do inglês por Miguel Cardoso, será lido e apresentado por Sean Bonney, Miguel Cardoso e Nuno Moura.DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 23H00, NA GIVLOWE (LARGO DE SÃO PAULO, 13-15)
CONVERSAS
DE LISBOAORGANIZAÇÃO ARQUIVO 237
As Conversas de Lisboa apresentam no Fes-tival Silêncio quatro Conversas dedicadas ao diálogo sobre “o poder criativo da palavra dita, escrita, cantada ou silenciada”. Em cada Conversa, num ambiente informal como nas habituais sessões que acontecem desde 2012 às quartas-feiras, três conversadores partilham ideias e projetos. A escolha dos conversadores ficou a cargo de antigos participantes das Con-versas. A série Conversas de Lisboa é organiza-da pelo Arquivo 237.
CONVERSA I ORGANIZADORES AGORA, IRREPETÍVEL
com:
ÁLVARO TRABANCO
Sharing «Greed» Economy
LEONARDO SILVA
M/18: juventude, sexo e preconceito
PISTOL SHRIMP
Net Label?
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 19H30, NA GIVLOWE (LARGO DE SÃO PAULO, 13-15) · DURAÇÃO 90 MINUTOS
CONVERSA I I ORGANIZADORES NARIZ ENTUPIDO
com:
ANTÓNIO BRITO GUTERRES
Centro de Estudos Dinamia
RUI EDUARDO PAIS
Crítico Musical e Escritor
TRAVASSOS
Shhpuma
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 19H30, NA HOUSE OF CORTO MALTESE (RUA DA BOAVISTA, 118 · DURAÇÃO 90 MINUTOS
CONVERSA I I IORGANIZADORES
ANDREIA GARCIA & DIOGO AGUIAR
com:
MARTA NUNES
As fronteiras na arquitetura
PEDRO CAMPOS COSTA
Narrativas urbanas
PAULO HENRIQUE DURÃO (FRONTEIRAS)
O homem duplicado
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 17H00, N’A VIAGEM (TRAVESSA RIBEIRA NOVA, 30) · DURAÇÃO 90 MINUTOS
CONVERSA IV ORGANIZADORES
GONÇALO PENA & MANUEL TAINHA
com:
ANTÓNIO POPPE
Ordet
JAIME SOUSA
Net
JOSÉ LOUREIRO
Conversa sobre o nada
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 17H00, NO CASTRO BEER (RUA DE SÃO PAULO, 121) · DURAÇÃO 90 MINUTOS
© E
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SUPERCONTINENTEDE EDITORESINDEPENDENTES
2—3/JUL.
Organização: Em parceria com:
PANGEIA
ESPAÇO ATMOSFERAS — ETIC — Rua da Boavista Nº67, Lisboa
14:00 / 21:00
O F I C I N A S E P A S S A T E M P O S
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DE BOCA EM BOCAPASSATEMPO
CONCEITO E PRODUÇÃO ARQUIVO 237
No último mês, um grupo de jovens do Arquivo 237 colecionou histórias, memó-
rias e objetos curiosos do passado e presente do Cais do Sodré. O resultado é
um gabinete de curiosidades de rua, onde toda a gente pode entrar. Quem passa
será convidado a partilhar, imaginar, criar e encenar histórias do passado e do
futuro deste lugar.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 11H00, NO LARGO DE SÃO PAULO
FLORESDE PAPEL E JARDIM DE POESIA
WORKSHOP
CONCEITO E PRODUÇÃO A AVÓ VEIO TRABALHAR
Flores e cores que as avós querem fazer perdurar na memóriade todos os “netos”
Em tempo de temperaturas altas, os jardins são espaços primeiros para a conversa,
o encontro e a confraternização. Flores e cores que as avós querem fazer perdurar
na memória de todos os “netos” que se deixarem levar pela curiosidade e vontade
de fazer durar o Verão até aos meses mais tardios do ano. Pelas mãos da Avó Veio
Trabalhar, e das suas extraordinárias professoras, este workshop é ponto de partida
para a descoberta de histórias e aprendizagens que, por certo, vão colorir a memó-
ria de todos os curiosos que por lá passem.
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 16H00, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 120 MINUTOS
OFICINA DESUSSURRADORESE TEXTOS PARA SUSSURRAR
WORKSHOP
CONCEITO E PRODUÇÃO CONTABANDISTAS DE ESTÓRIAS
À distância, os sussurradores são longos tubos de cartão, decorados com pinturas
ou colagens, através dos quais uma pessoa emite uma mensagem sonora destinada
a uma outra pessoa. À distância, é mesmo difícil imaginar esse trânsito de palavras,
essa imprevisível e quase-concreta viagem para parte incerta, que um longo tubo de
cartão decorado com pinturas ou colagens proporciona. Contrariando a “poluição
sonora” que ocupa o espaço público, os Contabandistas de Estórias desafiam-nos
transformar a audição numa autoestrada para a imaginação, à boleia de contos e
poemas. Por isso… o melhor é experimentar!
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 16H30, NA LARGO DE SÃO PAULO · DURAÇÃO 120 MINUTOS
POETRY-SLAMWORKSHOP
AUTORIA NUNO MIGUEL GUEDES
O objetivo deste workshop é desenvolver aptidões na escrita para performance
(Poetry Slam), ao mesmo tempo em que se aprofundam técnicas de declamação de
poesia em público e estimula os formandos no campo da expressão estética, alian-
do dados técnicos, empíricos e de natureza especificamente literária. O workshop
termina com um torneio de Poetry Slam com os inscritos. Os dois finalistas participam
no Slam LX (página 17).
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 18H00, NO VIKING (RUA NOVA DO CARVALHO, 7)
O F I C I N A S E P A S S A T E M P O S
TOALHA DE PETISCO
E CONVERSASPASSATEMPO
CONCEITO E PRODUÇÃO A AVÓ VEIO TRABALHAR
E se não existisse Internet, seria possível pensarmos em novas formas de estarmos
ligados em comunidade? As toalhas de petisco e conversas são mais do que uma
instalação. São um espaço de encontro em pleno Jardim D. Luís que convida os visi-
tantes a trocarem o descanso pelo convívio e a usarem as toalhas para partilharem
vivências e a merenda. As toalhas foram criadas e produzidas pela associação A Avó
Veio Trabalhar.
EM PERMANÊNCIA, NO JARDIM DOM LUÍS
LIVROS
D’ESQUINAPASSATEMPO
AUTORIA MAIS SKILLZ
Três mini bibliotecas estão a funcionar na Praça de São Paulo, no Jardim D. Luís e no Polo Cultural Gaivotas | Boavis-
ta. São pequenas casinhas de livros que parecem caixas do correio e que vão poder ser usadas por toda a gente,
24 horas por dia. As caixas de livros são um convite à leitura, à troca e partilha de livros na comunidade e foram
pensadas pelo projeto Mais Skillz, um projeto social de apoio local a jovens da Freguesia da Misericórdia.
EM PERMANÊNCIA, NO JARDIM DOM LUÍS, NO LARGO DE SÃO PAULO E NO POLO CULTURAL GAIVOTAS | BOAVISTA (RUA DAS GAIVOTAS, 8)
CONVERSADEIRASPASSATEMPO
CONCEITO E PRODUÇÃO ARQUIVO 237 E MARTINHO PITA
Em parceria com o artista Martinho Pita, o Arquivo 237 criou o conceito de conversadeiras para estimular a partilha
de livros e histórias. São peças de mobiliário urbano efémero que vão estar instaladas no Largo de São Paulo e no
Jardim D. Luís durante o festival a convidar à partilha de um objeto que, em silêncio, tem um mundo para nos contar.
Histórias escritas e contadas, opiniões e visões pessoais ganham aqui um lugar próprio.
EM PERMANÊNCIA NO JARDIM DOM LUÍS E NO LARGO DE SÃO PAULO
JOGOS À MESAPASSATEMPO
A…B…C… Stop! Há quanto tempo não joga ao Stop e inventa o nome de uma cidade
que não existe? No Cais do Sodré, e durante os quatro dias de festival, os cafés da
zona trocam os jogos de cartas por jogos de Scrabble, Stop, e tudo o que envolva
palavras – esta é a única regra deste desafio – para tardes que prometem ser de
convívio e, talvez, de alguma batotice.
Jogos disponíveis: Scrable, Pictionary, Stop, Quem sou eu?
EM PERMANÊNCIA EM: ARCO DA VELHA, PASTELARIA DA BICA, PASTELARIA 4 ESTAÇÕES, CASTRO BEER, CAFÉ DA ORDEM DOS ARQUITECTOS
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LISBOAEM VOO DE PEIXE E POESIA PARA CRIANÇAS
MÚSICA . POESIA
CONCEITO E PRODUÇÃO DOUDA CORRERIA/MIASOVE ARTISTAS DANIEL SCHEVETZ, BEATRIZ BAGULHO, JOANA
BAGULHO, BEATRIZ BAGULHO E ANA DIREITO
Lisboa em voo de peixe. A Beatriz deambula pela cidade de Lisboa. Apanha uma linha do elétrico e em acrobacias e pinotes atravessa a cidade. Um corvo de Lisboa leva-a até à outra colina. Brinca no cipreste do jardim do Príncipe Real. Encontra a enchente de turistas à beira rio com as suas câmaras e diversões. Depois disso cavalga o peixe volante de Hieronymus Bosch e entra no mundo de Bosch nas tentações de Santo Antão. Uma árvore entrega-lhe a bola vermelha que a transporta para o mundo da calçada e do azulejo. Entra no mundo do cravo e cai nos braços do grande compositor Scarlatti. E é na grande festa dos Lisboetas que um cardume de peixes dirigido pelo Padre António Vieira a leva de regresso a casa onde dança com o compositor Daniel e a cravista Joana. Na segunda parte do concerto haverá uma sessão de poesia de Nuno Moura.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 11H30, NA GIVLOWE (LARGO DE SÃO PAULO, 13-15) · DURAÇÃO 45 MINUTOS
CROKORÓCÓDILOPERFORMANCE . TEATRO DE MARIONETAS
CONCEITO E PRODUÇÃO ALGAZARRA MARIONETAS
Crokorócódilo conta a história de um crocodilo que está num dilema: ou perde um dos amigos ou perdem-no a ele... Um crocodilo e uma lição de vida: é assim este espetáculo de marionetas para maio-res de 4 anos, apresentado pela associação cultural Marionetas em Algazarra. Um dia o crocodilo des-cobre que se não comer um dos seus amiguinhos para se alimentar, pode perder a vida pois está cada vez mais magro e fraco. Mas se optar pela sobrevivência, acaba por perder um dos seus grandes amigos. O que fazer? Tentado pela serpente, acaba por abandonar a selva e dirige-se para a cidade. Mas o que ele estava longe de imaginar é que uma criança a sonhar é algo impossível de mastigar. Uma produção: Algazarra Marionetas.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 15H00, NO MUSICBOX (RUA NOVA DO CARVALHO, 24) · DURAÇÃO 30 MINUTOS
ÉMEPARACRIANÇAS
MÚSICA
“Alô crianças, daqui fala o Éme. Os vossos pais e
irmãos/irmãs mais velhos/as talvez saibam melhor
quem eu sou. Tenho feito sempre concertos para
eles (apesar de algumas músicas serem para todos).
Desta vez é diferente, é para vocês, só! Claro, vão
ter de lhes pedir para vos levarem, pode ser que
não se oponham, mas não é para eles, não é para
toda a família, é para crianças mesmo, ainda por
cima é à hora dos desenhos animados. Mas não
fiquem tristes, os desenhos animados da televisão
são sempre iguais e eu também vou ter lobisomens,
fantasmas e histórias estranhas para vos contar. Vão
poder cantar comigo se quiserem, dançar, correr, fi-
car a ouvir, chorar, podem fazer o que vos apetecer
e ao contrário dos desenhos animados, eu também
vou estar lá.
Vou tocar músicas minhas (as que vos divirtam
mais), músicas de amigos (claro, os amigos têm de
ajudar) e músicas muito velhas e vou tentar juntar
tudo isso numa boa história. Nunca cantei para pes-
soas como vocês mas espero que gostem tanto de
ouvir as minhas histórias como eu sei que vou gos-
tar de vos contar.”
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 10H00, NO JARDIM DOM LUÍS
I N F A N T I L
RIMAS DE BRINCARTROVAS DE ENCANTAR, HISTÓRIAS PARA CONTAR
MÚSICA
ARTISTAS COUPLE COFFEE
Recicladores do cancioneiro nacional, contadores de história natos, os Couple Coffee têm recolhido a admiração e elogio da crítica e do público nacional. De Zeca Afonso à Bossa Nova, o duo baixo e voz habituou-nos a surpreender com a sensibilidade de ouvir coisas que ainda não estavam lá. Foi com esse desafio em mente que o Festival Silêncio desafiou Luanda e Norton para recuperarem can-tigas de roda tradicionais brasileiras misturadas com rimas de brincas e trovas de encantar para criar um espetáculo infantil.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 10H00, NO JARDIM DOM LUÍS
BIBLIOTECA ITINERANTE
ENSAIOS E DIÁLOGOS INFANTIL . VÁRIAS
Com a intenção de promover o desenvolvimento humano e a revitalização de espaços sociais, a Biblio-teca Itinerante - Ensaios e Diálogos surge como um ponto de encontro entre as diferentes gerações. Sozinhas ou acompanhadas, as crianças entram no universo de exploração da palavra através de livros, jogos e de brincadeiras. Tiram-se livros das estantes, sentam-se para sessões de leitura, põem mãos à obra e os ouvidos à escuta. Histórias e contos são partilhados, a imaginação é estimulada e, no fim, novos contos vão surgir destes pequenos autores.
Biblioteca Itinerante
PROGRAMAÇÃO
LARGO DE SÃO PAULO
SÁBADO
11h00: Abertura Espaço de leitura/ Mesas de jogos/ Bebeteca Itinerante
14h30: Momento dos Pequeninos Sessão de contos seguida de atividades “Histórias aos Retalhos”Joana Rita
16h00: Arte com Criatividade Atividades manuais para miúdos e graúdos. “Catavento e Girassol”, Inês Martins
17h30: Brinquedoteca Hora de jogos e brincadeiras Big Scrabble Especial Silêncio, Xana Banana
19h00: Contos e Muito Mais Sessão de contos para toda a família! “Histórias de Cordel”,Thomas Bakk
21h00: Encerramento
DOMINGO
11h00: Abertura Espaço de leitura/ Mesas de jogos/ Bebeteca Itinerante
14h30: Momento dos Pequeninos Sessão de contos seguida de atividades. “Estórias como Mundo lá Dentro”, Joana Maurício
16h00: Arte com Criatividade Atividades manuais para miúdose graúdos. “Catavento e Girassol”,Inês Martins
17h30: Jogos e Brincadeiras Hora de jogos e brincadeiras Peddy Paper nos Livros (Caça ao Tesouro), Xana Banana
19h00: Contos e Muito Mais Sessão de contos e escrita criativa para toda a família! “Quem conta um conto”, Leonor Tenreiro
21h00: Encerramento
TORMENTASFILHO DA MÃE& RICARDO MARTINS + MIGUEL BORGES
Juntos, criaram um álbum que pouco tem de silencioso
Em 2015, Filho da Mãe (Rui Carvalho) e Ricardo Martins juntaram-se para fazer melodias. Juntos, criaram um álbum instrumental que pouco tem de silencioso, a começar pelo nome: “Tormenta”. O Festival Silêncio desafiou os músicos a juntarem palavras aos sons de “Tormenta”. Serão poemas atormentados que pela voz de Miguel Borges cruzam a música com o texto de alguns poetas nacionais.
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 22H00, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
BRUTACONCEITO E PRODUÇÃO DOUDA CORRERIA/MIASOVE
“Bruta”, álbum que pede o nome emprestado a um poema de Sylvia Plath, resulta da colaboração entre Ana Deus (Osso Vaidoso e Três Tristes Tigres) e Nicolas Tricot e foi inspirado pela vida do poeta portuense Ân-gelo de Lima, que acabou internado num hospital psiquiátrico. O disco, editado no ano passado numa par-ceria entre o Festival Silêncio e a editora Mia Soave, pode ser visto como uma ode à loucura e propõe uma viagem por dez textos de poetas internados em hospitais psiquiátricos, como Stela do Patrocínio, António Gancho, Mário de Sá Carneiro, Sylvia Plath, António Joaquim Lança ou António Maria Lisboa.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 20H00, NA RUA DAS GAIVOTAS 6
SOPRO, CORDAS E VIDAOS SONS DASMARIONETASORGANIZAÇÃO MUSEU DA MARIONETA
ARTISTAS PEDRO SALVADOR, JOANA GUERRA, YAW
TEMBE E EMANUEL SOARES
A marioneta é mais do que um simples brinquedo.
Pode assumir-se como referência cultural de um
lugar específico ou como objeto de arte, comum a
várias civilizações. Partindo desta ideia, e tendo por
base o percurso do Museu da Marioneta, Pedro Sal-
vador (guitarra e voz), Joana Guerra (violoncelo e
voz), Yaw Tembe (trompete) e Emanuel Soares (acor-
deão) juntaram-se num projeto musical e performa-
tivo original e inédito. A proposta traz o Museu da
Marioneta até à rua, numa performance que cruza
videoarte e música, apontando, assim, a uma expe-
riência sensorial que desafiará todos a conhecerem
algumas das peças mais emblemáticas do museu.
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 19H00, NO VIKING (RUA NOVA DO CARVALHO, 7)
ROGÉRIOCARDOSO PIRESEsta é a estreia a solo do guitarrista Rogério Cardoso Pi-
res, que ao longo do seu percurso musical tem tocado
com músicos como João Afonso, Michel (do projeto Ca-
dernos de Viagens) ou Zeca Medeiros. Um espetáculo
intimista que parte das composições do seu primeiro
disco, “Bagatelas”, uma expressão autobiográfica.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 17H30, NO JARDIM DOM LUÍS DURAÇÃO 50 MINUTOS
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JOANABARRA VAZ“Demora” é o novo single de Joana Barra Vaz, uma
autodidata da guitarra, com formação em piano clás-
sico. Depois do EP “Passeio pelo Trilho”, Joana pre-
para-se para editar o primeiro longa-duração, “Mer-
gulho em Loba”, com data prevista para Setembro. É
ela também uma das mentoras do projeto “A Música
Portuguesa a Gostar Dela Própria”, um repositório
essencial para tudo o que de bom se tem feito por
terras lusas.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 18H30, NO JARDIM DOM LUÍS DURAÇÃO 50 MINUTOS
M Ú S I C A
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M Ú S I C A
BATE PAPODIEGO ARMÉS + DUQUESA //L-ALI + MIKE EL NITE
CONCERTO
Para bom entendedor meia palavra basta, mas aqui é preciso uma canção inteira para se fazer ouvir. Tal como noutras edições, o Festival Silêncio junta dois artistas em palco para bater um papo como se estivessem numa mesa de café. Palavra puxa palavra, conversa puxa conversa, e é despreo-cupadamente que o diálogo musical vai surgindo à nossa frente - só não queremos respostas curtas. Ao todo são quatro os tête-à-tête, que não são mais que música para os nossos ouvidos. A abrir os concertos em forma de diálogo, Diego Armés e Duquesa confrontam-se no palco do Musicbox para um despique à moda antiga: Guitarra e palavra afinadas, na ponta do dedo, na ponta da língua. O encontro não tem barreiras de género, idioma ou vontade, ficando a cargo do coração a resposta-canção que lhes parecer mais adequada (Sexta, 1 de julho, às 23h00 no Musicbox). Segunda noite de conversas, com L-Ali e Mike El Nite, e a incursão necessária na nova música de poesia rimada, a olhar a sociedade, as vontades e ideias da nova geração do hip-hop nacional (Sábado, 2 de julho, às 23h00 no Musicbox).
SEXTA, 01 DE JULHO, NO MUSICBOX, ÀS 23H00 · DURAÇÃO 50 MINUTOS SÁBADO, 02 DE JULHO, NO MUSICBOX, ÀS 23H00 · DURAÇÃO 50 MINUTOS
BATATASPARVASCONCEITO E PRODUÇÃO DOUDA CORRERIA/MIASOVE
ARTISTAS NUNO MOURA E GHUNA X
Ninguém melhor que os Batatas Parvas (Nuno Moura e Ghuna X) para descrever
a sua música: “Hiper noise redux, até porque isto ninguém disse.” No concerto do
Festival Silêncio trazem surpresas no saco (de batatas, claro), e acrescentam que
têm “mães para alimentar”. Um improviso entre manipulação low-fi e voz, ao qual
chamam, em letras grandes, LOW-INFIDELITY-POETRY.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 20H00, NA GIV LOWE (LARGO DE SÃO PAULO, 13-15)
© P
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RIC
K M
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VOZ SOB DO
AMOR ASASCONCEITO E PRODUÇÃO DOUDA CORRERIA/MIASOVE
ARTISTAS SÓNIA BAPTISTA, MARIA DO MAR E JOANA BAGULHO
A voz não segura o cravo, não segura o violino, não pede a mão. A mão faz amor
com o cravo, com o violino. A mão tapa a boca mas não tapa a voz. A voz existe no
silêncio. A mão escreveu palavras, dá-as ao violino, ao cravo, à voz. Joana Bagulho
no cravo, Maria do Mar no violino e Sónia Baptista na voz encontram-se para tocar e
cantar canções de Purcell e outras da autoria da própria Sónia Baptista.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 20H00, NA GIV LOWE (LARGO DE SÃO PAULO, 13-15) · DURAÇÃO 60 MINUTOS
PIANOA 4 MÃOSARTISTAS MARLENE TAVARES E OLESYA KYBA
São precisas quatro mãos, as das pianistas Marlene Tavares e Olesya Kyba, para to-
car “Danças Húngaras”, de Brahms, “Ma Mére l’Oye”, de Ravel e as Marchas Militares
de Schubert. O recital de 40 minutos, sem gravatas nem formalidades e acessível a
todos, ajuda a quebrar preconceitos de que a música erudita é só para uma elite.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 19H00, NO PIANO AQUÁRIO (RUA DA RIBEIRA NOVA, 14) · DURAÇÃO 40 MINUTOS
LAVOISIERNa fronteira entre a tradição e o progressismo, a dupla Lavoisier reinventa, sem
ordem ou regras, os sons tradicionais e costumeiros da música portuguesa. E
se na natureza nada se inventa, tudo se transforma, no palco, Patrícia Relvas e
Roberto Afonso tornam inevitável o retorno à simplicidade, à música-canção sim-
ples, despojada de enfeites. Sob influências do tropicalismo e do modernismo
antropofágico brasileiros mostram como se reescreve, reinterpreta e realumia a
música tradicional, num exercício de degustação que dá renovados sabores a
coisas de sempre.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 20H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
M Ú S I C A
LOS NEGROSEm Los Negros, a actriz e cantora Sara Ribeiro junta Gil Dionísio (Pás de Problè-
me, Criatura), Alexandre Bernardo (Laia, Criatura), Márcio Pinto (Terrakota, Olive Tree
Dance) e Hernani Faustino (Red Trio, Rodrigo Amado Wire Quartet) para dar vida ao
que chama de “lirismo de guerra”, uma poesia transformada em canções, encenada
em palco por João Garcia Miguel, que ora fala de amor, de medo ou da vontade
de dançar, ora percorre os abismos de olharmos para nós mesmos. O primeiro EP,
“Amor Nos Cornos”, com o single “Comei-vos uns aos outros”, foi lançado em Março.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 19H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
IZZY BUNNYCanções sobre deuses, desenhos animados, fantasmas, pedras e bicicletas, assim
se faz “Izzy Bunny is easy listening”, o seu primeiro EP, gravado em 2013 num quarto
bolorento das Caldas da Rainha em 2013. “Esta bike não tem mudanças”, “joelhos
esfolados” e “e agora sem mãos!” fazem parte da sua coletânea digital “Três Músicas
Para Ouvir a Pedalar”. Izzy Bunny (Isabelle Coelho) editou o single “Beijinhos na boca
dos mestres” pela editora portuense Gentle Records e apresentou-se ao vivo na
primeira edição do Festival da Canção Gentle, em 2014, em Aveiro.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 18H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
MAZENo ano em que os Dealema, um dos mais raros casos de longevidade no hip-hop
português, comemoram o seu vigésimo aniversário, Maze, o MC do coletivo estreia-se
no formato longa-duração com um álbum homónimo editado de forma repentina em
Maio e apresentado em Lisboa no Festival Silêncio. Quinze temas com produções de
nomes da cena rap como Ace (Mind da Gap), Mundo Segundo, Sam the Kid, Tombo,
Raez, DJ Suprhyme, Reis, Sair e Virtus. Uma viagem ao seu âmago que ao mesmo tem-
po que interpreta a condição humana quer injetar esperança nos que o acompanham.
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 23H00, NO MUSICBOX (RUA NOVA DO CARVALHO, 24) · DURAÇÃO 50 MINUTOS
SALLIMQuando a palavra ganha outra forma, enche-se de cores, volumes, códigos e paisa-
gens. É neste caldeirão de movimentos e de linguagens, a entrecruzar o estudo e o
trabalho gráfico e plástico, que nasce a música e a escrita de Sallim. Uma das com-
positoras e intérpretes mais promissoras da atualidade, a lisboeta mostra-nos um
universo completamente low-fi, composto por canções gravadas no quarto, debaixo
da luz intimista de quem olha o mundo com todos os sentidos e, assim, lhe encontra
novas linguagens.
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 20H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
LULA PENA É no “Archivo Pittoresco” de Lula Pena, o seu próximo disco, a ser lançado em breve pela editora belga Crammed Discs e a surgir seis anos depois de “Troubador”, que podemos remexer neste concerto ao ar livre. A cantora e guitarrista que reúne seguidores em várias partes do mundo (o “Financial Times” nomeou-a uma das artistas a ter por perto em 2016 e a fazer-nos “com que o coração bata mais forte”) regressa com um álbum com o mes-mo nome de um semanário ilustrado do século 19 e que cruza influências de outros tempos e de outros lugares, do “phado”, como costuma escrever, à bossa nova, do folk blues ao flamenco.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 22H00, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
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LAMA + CRUALAmA é o atual projeto a solo de João Pereira (If Lucy Fell, Riding Pânico), através do
qual se exploram ambientes melódicos delicados e de pendor bucólico. Depois de um
primeiro registo de estúdio, Sono, que contou com 5 temas, está em calha um novo
registo a ser editado via Revolve. Nesta atuação no Festival Silêncio junta-se a Crua.
QUINTA, 30 DE JUNHO, ÀS 23H30, NO SABOTAGE (RUA DE SÃO PAULO, 16) · DURAÇÃO 50 MINUTOS
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M Ú S I C A
OLD JERUSALEMQuatro anos volvidos desde a edição do albúm homónimo, Old Jerusalem, projeto
de Francisco Silva, regressa com “A Rose Is a Rose Is a Rose”. O título, pedido em-
prestado à poetisa norte-americana Gertrude Stein, serve de pretexto para a colabo-
ração com Frederico Melo e abre caminho a músicas mais expansivas. A canção é
aqui o ponto de partida para instrumentações mais complexas e maduras, naquele
que é, sem sombra de dúvidas, o álbum maior da sua carreira, ancorado num univer-
so lírico e poético denso a apontar para a vida de todos os dias.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 20H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
FADISTAS DO POVOO espetáculo Fadistas do Povo é uma síntese pensada para palco que parte do
projeto de residências artísticas de fado que acontece há três anos no Povo e que
tem levado jovens intérpretes a descobrirem a sua personalidade artística e a de-
senvolverem um repertório. Nestas noites especiais, os fadistas estão lado a lado
com músicos de diferentes quadrantes, de forma a partilhar experiências, ideias e
técnicas e a valorizar as letras, a dimensão poética e as histórias contadas nas can-
ções. Durante o Silêncio, os Fadistas do Povo atuam no domingo em vários espaços
do Cais do Sodré.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 17H30, NO CAFÉ TATI (RUA DA RIBEIRA NOVA, 36); ÀS 18H00, NO ARCO DA VELHA (RUA DE SÃO PAULO, 184-186); ÀS 18H30 NO ÂNGULO (RUA DE SÃO PAULO, 79) E, ÀS 19H00, NO CASTRO BEER (RUA DE SÃO PAULO, 123)
THE LOAFING HEROESJoão Tordo (Portugal) no contrabaixo, Giulia Gallina (Itália) na voz, piano e concertina,
Judith Retzlik (Alemanha) no violino, e Jaime McGill (Estados Unidos) no clarinete
baixo são estes heróis improváveis, com um recém-lançado álbum, “The Baron in the
Trees”. Os registos anteriores (“Crossing The Threshold”, “Planets”, “Chula” e “Un-
terwegs”) foram produto dos anos divididos pela banda entre Berlim e Lisboa. As
suas canções falam de viagens por paisagens imaginárias e personagens revolucio-
nárias, de vagabundos a almas que partiram.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 19H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
LANDIMEm 2006, Landim começa a ganhar destaque no movimento do hip-hop português.
Na altura o rapper de origens cabo-verdianas tinha apenas 16 anos, mas desde en-
tão, e até aos dias de hoje, quatro mixtapes já foram editadas. A palavra é o elemen-
to central de músicas que dão um novo rumo à consciência social, ao mesmo tempo
que são o seu meio primordial de defesa e divulgação da cultura crioula.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 18H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
SAMUELÚRIAO Tondela, clube de futebol da terra natal de Samuel Úria, um adepto assu-mido, conseguiu a proeza de não descer de divisão e o músico continua a não descer de nível, disco após disco. No seu último trabalho, “Carga de Ombro”, lançado em Abril, e numa altura em que soma 15 anos de carreira, volta a mos-trar que há poucos como ele a manipular e reinventar as palavras, com letras feitas de trocadilhos e expressões idiomáticas, a competir com alusões políti-cas, literárias ou cinematográficas. Um disco que é “meio homem, meio gospel, mãos de fado e pés de roque enrole”.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 22H00, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
COBRA PRETACobra Preta é um dos padrinhos do rap crioulo em Portugal. Autor das mixtapes
“CobraLogia” e “Nigatividade”, é membro do coletivo de MCs G.U.N.S. (Gz Unidos Na
Street), e soma colaborações com grandes nomes como Valete ou NGA. Tem ainda
uma editora, a Atitude Productions, cujo mote é dar voz a intérpretes que de outra
forma poderiam acabar esquecidos.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 17H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
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M Ú S I C A
ALINEFRAZÃOAs palavras e voz de Aline Frazão são já parte integrante do imaginário do público português. Nascida em Angola, a cantautora tem vindo a apregoar a liberdade e a contestação política quase em paralelis-mo com a forma como se transforma numa das mais interessantes herdeiras e obreiras da música com genética africana a ser produzida em Portugal. Em “Insular”, o seu trabalho mais recente e mais experi-mental, junta Pedro Geraldes (Linda Martini), Capicua, Ana Paula Tavares e Giles Perring. Gravado na ilha de Jura, na Escócia, o disco baseia-se no “Conto da Ilha Desconhecida” de José Saramago.
SÁBADO, 02 DE JULHO, ÀS 20H30, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
CACHUPAPSICADÉLICA:A MODA DO POETA
Aterrar em Lisboa com uma guitarra, o pulmão cheio de palavras e muito palco conquistado de forma natural pode muito bem ser o resumo da vida de Lula, o poeta da Cachupa Psicadélica e um dos novos nomes da música cabo-verdiana de fusão. Em “A moda do poeta”, Lula presta homenagem a vários poetas, de Sophia de Mello Breyner a Ondjaki, passando por Corsino Fortes. Esperam-se também no-vas versões do seu mais recente disco, “O Último Cabo-Verdiano Triste”.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 22H00, NO JARDIM DOM LUÍS · DURAÇÃO 50 MINUTOS
SIESTA FIESTAPirilampo é o responsável por este que é o “DJ set
mais lento do mundo”, com Los Claudios de Colom-
bia, Burt Bacharach, Petula Clark e tantos outros em-
balos, ora raros, ora na biblioteca de avós modernos.
Uma festa de embalar, onde a música toca baixinho,
faz cócegas no pé e cafuné no umbigo.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 14H30, NO JARDIM DOM LUÍS DURAÇÃO 50 MINUTOS
PRIMEIRADAMAPrimeira Dama é o alter-ego de Manuel Lourenço, um
alfacinha com muitas “Histórias por Contar”. Neste
álbum, escreve sobre si próprio e sobre os outros,
através de histórias que mais do que contadas são
cantadas, e que falam sobre as vicissitudes da vida, o
amor e os seus amigos. Um disco com a estrutura de
um livro, onde a simplicidade da pop onírica se une à
voz e aos teclados.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 17H30, NO JARDIM DOM LUÍS DURAÇÃO 50 MINUTOS
ACID ACID+ VIOLETAAZEVEDOO grande desafio de Acid Acid é aliar os sons cósmi-
cos, de ritmos tribais, repetitivos e de viagens trans-
cendentais, com a palavra falada, com os sons desta,
sua fonética e significado, criando uma relação de
proximidade com o significado, para depois partir em
busca de um remoinho de som, em que os sons fa-
lados se entrelaçam com drones, guitarras etéreas e
órgãos cósmicos. A acompanhar estará Violeta Aze-
vedo, na flauta e efeitos, contribuindo, desta forma,
para a criação de sons celestiais de um drone simul-
taneamente planante e hipnótico.
DOMINGO, 03 DE JULHO, ÀS 16H30 NO JARDIM DOM LUÍS DURAÇÃO 50 MINUTOS
FILIPESAMBADO
Depois do trabalho com Cochaise, Filipe Sam-bado lança-se a solo em 2012 com o EP “Isto não é coisa para voltar a acontecer”. Pelos vistos aconteceu e depois de “1234”, surge “Ups... fiz isto outra vez”, ficando completa uma trilogia. A melancolia oferece-se lânguida em canções que foram costuradas para nos atingirem e res-soarem perpetuamente.
SEXTA, 01 DE JULHO, ÀS 19H30, NO JARDIM DOM LUÍS DURAÇÃO 50 MINUTOS
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PARCEIROS DE PROGRAMAÇÃO:
A Avó Veio Trabalhar, A Viagem, Associação Ensaios e Diálogos,
Associação Sentidos Ilimitados, Café Tati, Contabandistas de Estórias,
Conversas de Lisboa / Arquivo 237, Douda Correira / Mia Soave, Pangeia -
Super Continente de Editores Independentes,
Arquivo dos Diários, Lounge, Piano Aquário, Primeiros Sintomas,
Sabotage, Verso Branco, Viking
PARCEIROS DE ACOLHIMENTO:
A Maria não deixa, A Tabacaria, A Viagem, Adelino Costa e Filho, LDA,
Água de Beber, Ângulo, Antiga Mercearia Tejo, Arco da Velha, Arquivo
Geral, Artefab, Atlântica Cafetaria, Atmosferas – Etic, BDO, Boutique da
Fruta, Brilhipotência, Build my Bike, BV90, Café Tati, COA - Café da Ordem
dos Arquitectos, Castro Beer, Etic, Farmácia Central, Filart, Filho da Mãe,
Fundação Portuguesa das Comunicações - Museu das Comunicações,
Galeria Boavista, Gelato Davvero, GivLOWE, Herdade do Freixo do Meio,
House of Corto Maltese, La Puttana, Las Ficheras, Le Frique, Lisbon Bike
Rentals, Loja do Museu do Arroz, Melfa, Mez Cais, Mia Vintage, Musicbox,
Ménage, O Bom, o Mau e o Vilão, Ordem dos Arquitectos - Secção
Regional Sul, Os Leões de São Paulo, Pachamamma, Palácio do Kebab,
Pastelaria 4 Estações, Pastelaria Popular da Bica, Pensão Amor, Povo,
Preto no Branco, Primeiros Sintomas, Pólo Cultural Gaivotas | Boavista,
Quero-te no Cais, Quiosque de Refresco, Restaurante Bacalhau,
Restaurante Água no Bico, Ripompe, Roterdão, Rua das Gaivotas 6,
Sabotage, SAL concept store, Sol e Pesca, Tabernáculo, Taquerya Pistola
y Corazón, The Bistro Chic, Tokyo, Viestil, Viking, Wetani
APOIO À PRODUÇÃO:
Anexo / Arquivo 237, Armazém 42, Associação Cais Sodré,
Associação Mais Cidadania, Finepaper, Lourisom, Mais Skillz, Restart,
Reymon / Uniball Portugal, World Academy
APOIO À DIVULGAÇÃO:
Upstairs, Divide by Two, Aporfest
PARCEIROS MEDIA:
PARCEIROS DE PRODUÇÃO:
PARCEIROS ESTRATÉGICOS:
APOIOS INSTITUCIONAIS:
PROJETO E PRODUÇÃO:
INICIATIVA INSERIDA:
www.ctlisbon.com