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7/29/2019 Ficha-Falacias-Informais.doc

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FALCIAAD HOMINEMOU CONTRA A PESSOA

Este tipo de falcia tende a invalidar os argumentos, desacreditando a

pessoa que os sustenta. Ocorre quando o orador, em vez de apresentar razes

pertinentes contra uma opinio expressa por algum, pretende refutar essa

opinio, censurando ou atacando a pessoa que a defende. Assim, o argumento rejeitado, com base em qualquer dado irrelevante sobre o respectivo autor.

Em tais casos, um ataque pessoal substitui a refutao daquilo que essa

pessoa defende.

Assim:

FALCIA CONTRA A PESSOA: Argumento que pretende mostrar que uma

afirmao falsa, atacando e desacreditando a pessoa que a emite.

A estrutura argumentativa mais ou menos a seguinte:

X afirma A.

X uma pessoa desacreditada.

A falso.

Se algum afirma Roberto disse que amanh no h aulas, mas de

certeza que h porque ele malcriado e um grande preguioso est a

argumentarad hominem, pretendendo provar que a afirmao falsa porque

quem a fez apresenta qualidades negativas.

APELO PIEDADE OU FALCIA AD MISERICORDIAM

Quando o candidato a um emprego tenta convencer a entidadeempregadora a admiti-lo, invocando que tem muitos filhos, a mulher doente e

desempregada e os sogros a seu cargo, est a servir-se do argumento ad

misericordiam. De igual forma, quando o advogado de defesa tenta despertar a

compaixo do juiz para o demover em favor do acusado, est a argumentarad

misericordiam.

FALCIA DA MISERICRDIA: Argumento que consiste em pressionar

psicologicamente o auditrio, desencadeando sentimentos de piedade ou

compaixo.1


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Frequentemente usado em situaes que pretendem ser fortemente

persuasivas, como, por exemplo, julgamentos judiciais, utiliza-se tambm no

relacionamento interpessoal sempre que, por chantagem afectiva, se pretende

atingir determinados fins. o que sucede quando pais, mes ou filhos despertam nos outros

sentimentos de piedade para conseguir o que pretendem: Os sacrifcios que

tenho feito por ti!, O que eu tenho passado por tua causa!, Ds cabo de

mim!.

Pressionando as pessoas por via emocional, impede-se a concretizao

do verdadeiro dilogo argumentativo, que consiste em sustentar crenas eopinies com motivos racionais.

FALCIAAD IGNORANTIAMOUAPELO IGNORNCIA

Ocorre quando algum apela ignorncia, defendendo que determinada

afirmao deve ser verdadeira, s porque no h provas em contrrio; ou o

inverso.

Este argumento muitas vezes usado no mbito de fenmenos psquicos

raros e excepcionais, acerca dos quais difcil apresentar provas para a sua

aceitao. o caso de fenmenos de telepatia, de espiritismo e de

experincias msticas. Fantasmas, bruxas, lobisomens, almas penadas e

espritos do mal, fornecem uma rea de aplicao em que este tipo de

argumentos faz surtir os seus efeitos.

FALCIA DO APELO IGNORNCIA: Argumento que consiste em refutar

um enunciado, s porque ningum provou que verdadeiro, ou em defend-

lo, s porque ningum conseguiu provar que falso.

O esquema lgico deste argumento reveste-se de duas formas:

No se conseguiu provar a verdade de A.

Logo, A falso.

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No se conseguiu provar a falsidade de A.

Logo, A verdadeiro.

FALCIA DE FALSO DILEMA

Um falso dilema ocorre quando uma pessoa usa o seguinte modelo deraciocnio: a propsito de uma dada questo, algum afirma que ou X

verdadeiro ou Y verdadeiro (quando X e Y so ambos falsos).

dado um limitado nmero de opes (na maioria dos casos apenas

duas), quando de facto h mais. O falso dilema um uso ilegtimo do operador

"ou". Pr as questes ou opinies em termos de "ou sim ou sopas" gera, com

frequncia (mas nem sempre), esta falcia.Exemplo:

Das seguintes duas adies uma verdadeira:

1+1=4 ou 1+1=12

Ora, no verdade que 1+1=4.

Logo, 1+1=12.

Outros exemplos de falsos dilemas: Quem no est por mim, est contramim., Um homem ou bom ou mau.

FALCIA DA PETIO DE PRINCPIO OU RACIONCINIO CIRCULAU OU

PETITIO PRINCIPII

Esta falcia tambm conhecida por raciocnio circular e ocorre nos

argumentos cuja concluso j est contida nas premissas.

Se algum diz A porcelana quebra-se facilmente porque frgil, A

gasolina queima-se porque combustvel, Uma pessoa odeia as pessoas de

outra raa porque racista ou A ONU uma organizao prestigiada porque

uma organizao de prestgio est a servir-se das mesmas palavras ou de

palavras com o mesmo significado para designar quer os fenmenos que

pretende explicar, quer as explicaes. Dito de outro modo, a mesma

proposio funciona simultaneamente como premissa e como concluso.

Proceder desta forma incorrer na petio de princpio.

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FALCIA DA PETIO DE PRINCPIO: Um argumento uma falcia da

petio de princpio quando inclui disfaradamente nas premissas o que

deseja concluir.

A frmula desta falcia :

A verdadeiro.

Logo, A verdadeiro.

Em enunciados simples e directos, se se usarem os mesmos termos outermos muito aproximados na premissa e concluso, ningum se deixa iludir.

Porm, quando a premissa e a concluso so formuladas numa linguagem

mais complexa, as pessoas deixam-se induzir em erro. Irving Copi cita, a este

respeito, o exemplo seguinte:

Permitir a todos os homens liberdade de expresso ilimitada deve sersempre vantajoso para o Estado, pois altamente propcio aos interesses da

comunidade que cada indivduo goze de liberdade ilimitada para expressar os

seus sentimentos.

O defeito destes argumentos est em confundir a repetio de uma

afirmao com a sua prova. Trata-se de andar s voltas sem nada clarificar.

FALCIA DA DERRAPAGEM OU EFEITO BOLA DE NEVE

Enunciar certas premissas como provveis e a partir da encadear outras

premissas como provveis.

Exemplo:

Se os jogadores jogarem bem em Melgao podem ir jogar a viana. Sevo e jogam bem em viana, podem ir jogar a lisboa. Se for a lisboa e jogarem

bem, podem ir jogar a nvel europeu. Esse jogarem bem a nvel europeu, 4


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Os pequenos delitos se no forem severamente reprimidos, abrem

caminho aos crimes mais hediondos.

FALCIA DA REGRESSO INFINITA

Explicar uma coisa em funo de outra e essa por sua vez em funo deoutra. Partimos do resultado e dali vamos para um particular, regredindo at s

origens. Desvia o tema.

FALCIA DE APELO AO POVO

Convencer o povo no sentido de apelar os seus sentimentos e virtudes e

convence-los a aderir a causas ou mudanas de opinio.Exemplo:

Querem uma escola melhor? Querem um melhor ensino? Votem na lista

Z.

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