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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA

Título: Dificuldades de Aprendizagens Existentes nas Escolas do Ensino Fundamental e as Implicações para Professores, Diretores, Equipe Pedagógica, Funcionários e Pais.

Autor Suelia Pinheiro de Oliveira

Escola de Atuação Colégio Estadual Parigot de Souza Ens.Fund. Médio e Profissionalizante.

Município da escola Mandaguaçu

Núcleo Regional de Educação Maringá

Orientador Solange Ramos de Andrade

Instituição de Ensino Superior UEM

Disciplina/Área (entrada no PDE) História

Produção Didático-pedagógica Caderno Temático

Relação Interdisciplinar Material Para Estudo P/ Professores de Todas as Disciplinas.

Público Alvo Professores, diretores, equipe pedagógica, funcionários e pais.

Localização Colégio Estadual Parigot de Souza – Rua Antonio Batista Ribas n.585.

Apresentação:

Os Distúrbios e as Dificuldades de Aprendizagem no contexto escolar tem aumentado nos últimos anos levando a sérias implicações nas escolas do Ensino Fundamental e Médio, dentre os quais o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ( TDAH). Por esse motivo pretendemos analisar historicamente o TDAH e suas situação atual nas escola públicas do Paraná. O Projeto será implementado por meio de leituras de artigos, reportagens, livros e revistas com os seguintes temas: As novas famílias e o Impacto da Sociedade Contemporânea sobre a Criança e o Adolescente; Educação Especial, o deficiente e o contexto inclusivo;Educação para

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todos: Reflexões sobre o Currículo na escola inclusiva; Hiperatividade como um desafio educacional no ensino fundamental e médio; A família de Portadores de TDAH.

Palavras-chave TDAH; ESCOLA; PROFESSORES E PAIS.

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1- Introdução

"Como professores temos que acreditar na mudança, temos que saber que é possível, do contrário não estariamos ensinando, pois a educação é um constante processo de modificações”.

Leo Buscaglia

Os distúrbios e as dificuldades de aprendizagens tem aumentado muito no contexto escolar

nos últimos anos, levando a sérias implicações na Escola doa Ensino Fundamental e Médio,

entre os quais o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade ( TDAH), sendo um

assunto que merece destaque a partir do século XIX, devido a gravidade do problema no

espaço escolar e na família.

Como podemos lidar com essa criança que esta inserida no meio escolar?

Para poder atender essas crianças temos que conhecê-la, e para isso o professor tem que se

atualizar, e para tanto deverá haver as relações de poder que deverão ser partilhadas,

favorecendo e apoiando a mudança da reflexão sobre o papel da escola e do professor na

perspectiva do desenvolvimento de uma prática de transformação da ação pedagógica, criar

condições para que os envolvidos no espaço escolar possa refletir sobre suas práticas e

passem adequa-las para atender o portador de TDAH e, outras dificuldades.

Temos que acreditar que podemos renovar nossa prática fundamentada em uma pedagogia

inclusiva para poder proporcionar um espaço escolar voltado para todo e qualquer aluno que

necessite de atendimento especializado ou não.

Por sabermos da importância do professor ter conhecimento sobre Déficit de Atenção e

Hiperatividade é que elaboramos esse “Caderno Temático” para que o professor reflita como

tem trabalhado com o portador de TDAH e outras necessidades especiais em nossa Rede

Estadual de Ensino; quais as adaptações pedagógicas que foram realizadas para que o

portador de TDAH e o portador de necessidades especais consiga avançar com sucesso na

aprendizagem?

Para poder proporcionar uma reflexão sobre o tema em questão organizamos esse Caderno

Temático com cinco temas.

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“Os educadores experientes não são aqueles que estimulam a transpor as barreiras exteriores, más os obstáculos secretos. Não são aqueles que transformam seus filhos e alunos em depósitos de informações. Más os que estimulam seu apetite intelectual e os animam a digerir informações”.

Augusto Cury.

2- Apresentação

A elaboração desde Caderno Temático que trata da temática “ Dificuldades e Distúrbios de

Aprendizagem existentes nas Escolas do Ensino Fundamental e Médio e as Implicações para

professores, diretores, equipe pedagógica, funcionários e pais, tem sua proposta respaldada

pela Lei complementar nº 103, de 15/03/2004, que criou o Plano de Carreira do Magistério,

implantado pelo Decreto nº 4482, de 14/03/2005 e Resolução de Abril de 2007 que normatiza

a operacionalização do Programa de Desenvolvimento Educacional.

Faz-se necessário a melhoria de condições de trabalho dos profissionais da educação. Para

que melhore a prática é preciso saber o que acontece em nossa própria prática, para que

possamos entender o que mudar, para transformar. Para isso temos que formar grupos que

estejam abertos para transformações.

O Programa de Desenvolvimento Educacional ( PDE), é uma política pública do Estado do

Paraná que estabelece o diálogo entre os professores da Educação Superior e os da Educação

Básica, através de Estudos Orientados, Orientação de Trabalhos em Rede, Elaboração de

Material Didático, Intervenção na Rede escolar e a produção de um Artigo sobre a temática

em questão.

O programa tem como objetivo, ampliar os conhecimentos e provocar mudanças qualitativas

na prática escolar da Escola Pública Paranaense.

Os professores participantes do PDE elaboram um Plano de Trabalho e apresentam

individualmente a temática estudada. Primeiro elabora-se uma intenção de pesquisa, depois

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transformam essa intenção em um projeto, em seguida há a construção do caderno Temático

como produção de Material Didático Pedagógico do professor PDE, com orientação e aval do

professor orientador, IES e a colaboração do grupo de Trabalho em rede.

Esse Caderno Temático elaborado acerca da temática do Transtorno do Déficit de Atenção e

Hiperatividade ( TDAH), foi elaborado com o objetivo de promover uma reflexão, tendo

como público-alvo membros da comunidade escolar visando apresentar o TDAH, a partir da

sua historicidade, complexidade e possibilidades de intervenção didático-pedagógico,

estimulando o debate e a reflexão sobre o papel da escola e do professor para que possa haver

uma transformação pedagógica.

A partir da reflexão desse caderno temático esperamos que a comunidade escolar possa

mudar sua prática pedagógica em relação ao Transtorno do Déficit de Atenção e

Hiperatividade e a inclusão de todo Portador de Necessidades Educacionais Especiais,

envolvendo-se nos desafios e mobilizando-se para inovar sua prática, rompendo com o

tradicionalismo e acreditando que todos podem aprender, como diz Paulo Freire “ Não existe

saber mais ou menos, há saberes diferentes”.

Tema I

As novas famílias e o Impacto da Sociedade Contemporânea sobre a Criança e o

Adolescente.

Estudando esse tema abordaremos a fragilidade dos laços familiares, o qual reproduzem hoje

a insegurança na sociedade, uma sociedade que corrompeu seu caráter, o que afeta a formação

moral da criança e do adolescente.

Estudando esse tema iremos refletir sobre:

- a valorização social do prazer na formação das famílias atuais;

- a infância, como realidade social e, a qualidade de vida apresentada nas aspirações sociais

coletivas;

- a aprendizagem tradicional substituída pela escola.

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A sociedade contemporânea passa a julgar que a responsabilidade da criança é dever do

Estado. A criança deixa de ser educada no contexto familiar e os pais assumem a

responsabilidade de enviá-los a escola onde lhes são incutidas as lições moralistas.

“A partir desse momento, a criança passa a ser considerado um ser inacabado, objeto de normas submetida a uma hierarquia rigorosa a fim de se tornar, amanhã, um adulto completo e bem conformado”. “Passou-se a admitir que a criança não estava madura para a vida, e que era preciso submetê-la a um regime especial, e uma espécie de quarentena antes de deixá-la unir-se aos adultos”. (ARIÈS, 1988, p. 277).

Segundo VILHENA (1992), esta concepção de criança permanece viva na atualidade e

permeia as teorias psicológicas, pedagógicas, educacionais entre outras, que subsidiam as

políticas, projetos e ações governamentais em nossas sociedades ocidentais.

De acordo com QVORTRUP (1992), os historiadores e observadores contemporâneos vêem

as crianças como vítimas inocentes e indefesas de forças que elas não entendem e sobre as

quais não tem a menor influência. Às vezes ainda às descrevem como instrumentos de forças

políticas, econômicas e sociais incontroladas, que abusam das crianças por problemas de

adultos (desde o simples abandono, passando pela prostituição, trabalho infantil, entre outros,

até formar grupos revolucionários ativos com armas nas mãos). Perante esta combinação, de

vulnerabilidade e exploração, é compreensível que os movimentos e organizações políticas e

humanitárias tenham se comprometido com uma causa e um denominador comum: a proteção

das crianças.

Sendo assim a escola substituiu a aprendizagem como meio de educação, deixando a criança

de ser único e exclusivamente responsabilidade dos pais, havendo um movimento de

moralização dos homens promovido pelos reformadores católicos ou protestantes ligados à

Igreja ou ao Estado.

A família tornou-se o lugar de uma afeição necessária entre os cônjuges e entre pais e filhos,

algo que ela não era antes. Essa afeição se exprimiu, sobretudo através da importância que se

passou a atribuir a educação. (ARIÉS. Philippe, 1978,p 5).

Passando o Estado a determinar, portanto, que cada época corresponderia a uma idade

havendo assim uma periodização da vida humana. Levando em consideração que a

“juventude” foi à idade privilegiada do séc. XVII, a “Infância” no século XIX, e a

adolescência no século XX.

A partir do século XVIII, houve então o desdobramento da paternidade moderna.

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As possibilidades abertas pelas tecnologias médicas, a emancipação da mulher, a

reivindicação de homossexuais e de lésbicas aos direitos de família, entre outros fatores,

modificaram as formas de relacionamento entre casais e entre pais e filhos.

Ao mesmo tempo, as crianças e os jovens se tornaram mais permeáveis e outras fontes de

pedagogização que não dependem sequer dos adultos. A mídia, somada à cultura de consumo,

inverte os padrões tradicionais de ser criança e de ser jovem.

A escola deverá estar aberta a essas transformações, passando a incluí-las em sua prática

pedagógica diferenciada levando em conta o contexto histórico que estamos vivendo.

“Ser-pai ganhou um novo estatuto, sendo aquele que agora deveria ter papéis a cumprir e

tarefas a realizar”. (JULIEN, 1997.p.43).

Na transformação da sociedade contemporânea devemos nos ater as transformações políticas

e econômicas incluindo a Revolução Francesa como um marco histórico para a mudança do

comportamento social além de fatores como a ciência ocupando lugar da religião na tarefa de

organizar a sociedade.

Parar pensar e comentar...

Historicamente como a figura paterna perdeu sua representatividade de autoridade perante os

filhos?

Nos dias atuais porque os pais deixam seus filhos expostos a autoridades de outros? Como

envolver os pais, mesmo com todas as dificuldades a participar do desempenho de seus

filhos?

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Tema II

Educação Especial, o Deficiente e o Contexto Inclusivo.

Com esse tema faremos uma reflexão sobre a educação inclusiva que é uma educação voltada

de todos para todos onde os ditos “normais” e os portadores de alguma necessidade especial

possam aprender uns com os outros. A educação inclusiva no Brasil é um desafio a todos os

profissionais da educação por isso iremos refletir sobre:

- o conceito da inclusão;

- a criança especial e a escola normal;

- a legislação que garante ao portador de necessidades especiais o acesso ao ensino regular.

A inclusão educacional vem sendo discutida a quase duas décadas. São travados debates em

práticas através das políticas públicas defendendo o atendimento a diversidade e que a

educação seja um direito de todos.

O Brasil, a partir do final do século XX, redefine a política educacional na perspectiva da

inclusão das minorias lançando, no âmbito da educação especial, o documento, Diretrizes

Nacionais para educação Especial na Educação Básica ( Resolução 02/2001 do Conselho

Nacional da educação) no qual considera:

Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se um processo educacional

definido por uma proposta pedagógica que, assegure recursos, e serviços educacionais

especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em

alguns casos substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação

escolar e promover o desenvolvimento das particularidades dos educandos que apresentam

necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica.

Profissionais da educação acompanham as mudanças decorrentes de um processo social e se

perguntam. Qual será o papel da escola em se reorganizar com atividades voltadas para

pessoas portadoras de necessidades educacionais especais incluídas no ensino básico?

Salamanca em 1994 declarou:

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“No que diz respeito às escolas, a idéia é de que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular e para isto todo o sistema de ensino precisa ser revisto, de modo a atender as demandas individuais de todos os estudantes. O objetivo da inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma diferença ou necessidade especial. Do ponto de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto, com igualdade de oportunidades para todos, respeitando a divisibilidade humana e cultural. No entanto, a inclusão tem encontrado imensa dificuldade de avançar, especialmente devido a resistência por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem integrar as crianças com necessidades educacionais especiais, devido principalmente aos altos custos para se criar as condições adequadas. Além disto, alguns educadores resistem a este novo paradigma, que exige destes uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente de que tem experiência. Durante diversas etapas da história da educação, foram os educadores especiais que defenderam a integração de seus alunos em sistemas regulares, porém, o movimento ganhou corpo quando a educação regular passou a aceitar sua responsabilidade nesse processo, e iniciativas inclusivistas começaram a história da educação inclusiva ao redor do mundo.

A educação especial está voltada para os portadores de necessidades educacionais especiais

sendo uma modalidade que tem por objetivo promover o desenvolvimento das habilidades de

pessoas portadoras de necessidades especiais, condutas típicas ou altas habilidades e, que

abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino.

A educação especial faz parte de “um todo” que é a educação fazendo valer seus direitos

apoiados pela lei de inclusão garantindo que todos tenham seu crescimento e desempenho

educacional satisfatório, porque sabemos que educação inclusiva é uma educação voltada de

“ todos para todos”, sendo a educação inclusiva um desafio a todos os profissionais da

educação.

A Educação Inclusiva é hoje amparada pela legislação em vigor, e determinante das políticas

públicas educacionais que vigoram a nível federal, estadual e municipal.

A nível federal a constituição de 1988, no inciso III do artigo 208, estabelece que o

atendimento educacional aos portadores de necessidades educacionais especiais deve se dar “

preferencialmente na rede regular de ensino”. A Política Nacional de Educação Especial

(MEC/SEESP, 1994), em suas diretrizes, destaca o apoio ao sistema regular de ensino no que

se refere a inserção de portadores de deficiências, dando prioridades aos projetos

institucionais que envolvam ações que priorizem a inclusão.”

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB Lei n° 9.394/96) e nas Diretrizes

Nacionais para educação Especial na Educação Básica (CNE/CEB, 2001). Temos ainda a

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Política Nacional para Integração da pessoa Portadora de Deficiência ( 1999) e O Plano

Nacional de Educação ( Lei nº 10.172/01).

São documentos que devem ser levados em conta para organização do sistema de ensino e

preparação dos profissionais da educação visando a inclusão dos portadores de necessidades

educacionais especiais.

Na Declaração de Salamanca, as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial

( MEC/SEESP, 1998), fica claro que a escola deve adotar uma nova postura, propondo no

projeto político pedagógico, no currículo, na metodologia de ensino, na avaliação e nas

estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e práticas educativas

diferenciadas.

A idéia da inclusão se fundamenta numa filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida

em sociedade. Isto significa garantia de acesso de todos a todas as oportunidades,

independente das peculiaridades de cada individuo no grupo social. ( MENDES, 2002.p.28).

Para que realmente tenhamos uma educação inclusiva temos que elaborar novas propostas

sugerindo mudanças nas práticas pedagógicas visando o benefício de todos colocando em

pratica a inovação que atenda as necessidades específicas de aprendizagens tendo como

referência o sistema educacional e suas possíveis limitações.

“ Não há “ receita de bolo”, modelo pedagógico fechado ou diretriz política que possa dar conta de transformar uma escola tradicional em uma escola democrática, inclusiva e de qualidade. Cada escola, cada classe, cada professor e, sobretudo, cada aluno, representa uma realidade distinta. São os próprios atores diretamente envolvidos no processo cotidiano escolar que determinam, na prática, o caminho a ser seguido” (GLAT, & Oliveira, 2003,p.24).

Para pensar...

Com base no que você acabou de ler e na sua prática no meio escolar. Você acredita que você

esta preparado para a mudança pedagógica pensada para atender a todos?

O que mais lhe aflige com relação a educação inclusiva?

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Tema III

Educação para todos: Reflexões Sobre o Currículo na Escola Inclusiva.

O tema em questão busca analisar as políticas envolvidas no processo inclusivo, buscando

referenciais teóricos para compreender o conceito de adaptações/flexibilização curricular que

abordará o currículo e as transformações da escola numa perspectiva histórica e suas

influências sobre os sistemas educacionais através das seguintes indagações:

- educação especial e o contexto inclusivo acerca das construções sociais que se formam em

torno da nova configuração necessária à escola no momento atual;

-o currículo e suas adaptações pedagógicas para que todos possam aprender;

- papel da escola no processo de inclusão educacional.

Para refletir sobre o currículo na escola inclusiva iremos destacar passagens do relatório

elaborado por Rosana Glat e Eloiza Silva Gomes de Oliveira, relatório esse que tem como

Título: Adaptação Curricular. Disponível. www.cnotinfor.pt/inclusiva.Acesso em 25 de Julho

de 2011.

A partir da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) onde foram preconizadas as diretrizes

da Educação para todos, que tomaram forças as discussões acerca da Escola Inclusiva. Esta

proposta foi respaldada na Lei. Nº 394/96 – de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que

defini como dever do estado o “atendimento educacional especializado aos educandos com

necessidades educacionais especiais, preferencialmente na rede regular de ensino” (artigo nº

4,III), norteando as políticas educacionais desde então, e oferecendo a base legal a propagação

da educação Inclusiva.

Ressaltamos que o conceito de Escola Inclusiva conforme as Diretrizes Curriculares

Nacionais para Educação Especial (MEC/SEEP, 1998), [...] implica uma nova postura de

escola pedagógica, no currículo, na metodologia de ensino, na avaliação e na atitude dos

educadores, ações que favoreçam a integração social e sua opção por práticas heterogêneas. A

escola capacita seus professores, prepara-se, organiza-se e adapta-se para todos, inclusive os

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educandos com necessidades educacionais especiais [...] Inclusão, portanto, não significa

simplesmente matricular os educandos com necessidades especiais na classe comum,

ignorando suas necessidades específicas, mas significa dar aos professores e à escola o

suporte necessário à sua ação pedagógica, ou seja, a educação Especial já não é mais

concebida como um sistema educacional paralelo ou segredo, mas como um conjunto de

medidas que a escola regular põe ao serviço de uma resposta adaptada à diversidade dos

alunos.

Assim, no Brasil, a necessidade de se pensar um currículo para a escola inclusiva foi

oficializada a partir das medidas desenvolvidas junto à secretaria de Educação Especial do

Ministério da Educação com a criação dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Neste

documento explicita-se o conceito de adaptações curriculares, considerados como:

[...] estratégias e critérios de atuação docente, admitindo decisões que oportunizem adequar a

ação educativa escolar às maneiras peculiares de aprendizagem dos alunos, considerando que

o processo de ensino aprendizagem pressupõe atender à diversificação de necessidades dos

alunos na escola ( MEC/SEESP/SEB,1998,p. 15).

A realização de adaptações curriculares é o caminho para o atendimento às necessidades

específicas de aprendizagem dos alunos. No entanto, identificar essas “ necessidades requer

que os sistemas educacionais modifiquem não apenas as suas atitudes e expectativas em

relação a esses alunos, más que se organize para construir uma real escola para todos, que dê

conta dessas especificidades.

“ Currículo representa muito mais do que um programa de estudos, um texto em sala de aula ou o vocabulário de um curso. Mas do que isso, ele representa a introdução de uma forma particular de vida, ele serve, em parte, para preparar os estudantes para posições dominantes ou subordinadas na sociedade existente. O currículo favorece certas formas de conhecimento sobre outros grupos, com freqüência discriminando certos grupos raciais, de classe ou gênero” ( MACLEREN, 1998,p.116).

A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na classe regular implica no

desenvolvimento de ações adaptativas, visando à flexibilização do currículo, para que ele

possa ser desenvolvido de maneira efetiva em sala de aula, e atender as necessidades

individuais de todos os alunos. De acordo com o MEC/SEESP/SEB( 1998), essas adaptações

curriculares realizam-se em três níveis:

- adaptações no nível do projeto pedagógico (currículo escolar) que devem focalizar,

principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio, propiciando condições

estruturais que possam ocorrer no nível de sala de aula e no nível individual;

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- adaptações relativas ao currículo da classe, que se referem, principalmente, à programação

das atividades elaboradas para sala de aula;

- adaptações individualizadas do currículo, que focalizam a atuação do professor na avaliação

e no atendimento a cada aluno.

A implementação da educação Inclusiva não é tarefa fácil, pois o professor terá que garantir o

aprendizado de alunos com necessidades educacionais diversas e dos demais, no contexto de

suas atividades rotineiras e do planejamento para a turma como um todo. Portanto, a idéia de

uma educação inclusiva plena, que não entre na escola às escondidas, em função da

resistência encontrada por parte dos educadores. Ela será facilmente compreendida no

conceito de currículo, nas experiências relatadas e no grande desafio encontrado nas

instituições educativas: avaliação.

A escola, na perspectiva de construção de cidadania, ao definir seus componentes

curriculares, precisa assumir a valorização da cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo

tempo, buscar ultrapassar seus limites, propiciando às crianças e aos jovens pertencentes aos

diferentes grupos o acesso ao saber, no que diz respeito aos conhecimentos sociais da cultura

brasileira.

As adaptações curriculares devem ser previstas no projeto Político Pedagógico com

adequação de objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, de forma a atender à diversidade

existente na escola.

Baseando-se na adaptação curricular devemos ofertar um ensino de qualidade proporcionando

práticas educativas adequadas às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da

realidade brasileira. Precisamos garantir aprendizagens essenciais para a formação de

cidadãos autônomos, críticos e participativos para atuarem com responsabilidade social no

meio em que vivem.

A educação é um instrumento fundamental para a integração e a participação de qualquer

pessoa, portadora de deficiência ou não, no contexto em que vive.

A Legislação garante condições diferenciadas para a transformação do sistema educacional

brasileiro, em um sistema inclusivo, ou seja, um sistema que reconheça a diversidade e

responda com qualidade, através da conseqüente diversificação das ações pedagógicas.

Podemos encontrar essa legalidade nos seguintes documentos:

- Constituição Federal (1998);

- Declaração de Jom Tiem 1990 – Conferência Mundial de Educação para todos;

- Declaração de Salamanca ( 1994) – Direitos das pessoas com Deficiências:

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- Lei de Diretrizes e Bases da educação ( 1996) – Capitulo V – Da educação Especial;

- PCNs – Adaptações Curriculares ( 1999);

- Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica ( 2001).

Gimeno (1998), “Currículo é o projeto seletivo de cultura; cultural, social, política e

administrativamente condicionado, que precede a atividade escolar e que se torna realidade

escolar e condições da escola tal como ela se encontra configurada”.

“ As questões sobre currículo, como todas as questões em educação, devem permanecer abertas e quaisquer respostas que lhes ofereçamos devem ser reconhecidas como experimentais, hipotéticas e sujeitas a revisão contínua. A teoria do currículo, portanto, deve reconhecer que o desenvolvimento curricular deve constituir um processo contínuo de evolução e planejamento. O conhecimento continua a se desenvolver, a sociedade evoluir, as pessoas se modificam e o currículo precisa acompanhar tudo isso” ( KELLY, 1993, p.15).

O Professor de classes regulares deve ser acolhedor, estar capacitado e apoiado para que a

inclusão seja real, o professor do ensino regular deverá estar sensibilizado e capacitado

(psicologicamente e intelectualmente) para transformar sua prática de forma que atenda as

necessidades de todos os alunos, com dificuldades ou não.

Para Pensar...

Que aspectos dos currículos atuais levam a exclusão?

O currículo é flexível o suficiente para permitir adaptações apropriadas?

Ele aliena certos grupos sociais e culturais?

Ele permite progressão e credenciamento (aprovação) para todos os alunos?

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Tema IV

Hiperatividade como um Desafio Educacional no Ensino Fundamental e Médio.

Toda criança hiperativa, apresenta comportamento desatento, impulsivo, terror da turma,

comprometendo o ambiente escolar em que ele está inserido, por isso oportunizamos nesse

tema sugestões de reflexão.

No estudo desse tema realizaremos reflexões sobre o TDAH na tentativa de encontrar

alternativas metodológicas para garantir ao aluno com TDAH do Ensino Fundamental,

condições para que obtenha sucesso em suas aprendizagens.

Ao estudar esse tema estaremos refletindo sobre:

-a importância do diagnóstico do TDAH para o processo da inclusão educacional;

- entender os problemas associados a hiperatividade e o que se passa em um cérebro de

crianças com TDAH.

- analisar como podemos identificar os portadores de TDAH em nossas salas de aula;

- refletir sobre o processo de diagnóstico e tratamento do TDAH na escola;

- identificar formas de intervenção através de estratégias metodológicas para que haja

melhoria na aprendizagem do TDAH.

A partir do século XIX, ocorreram os primeiros estudos das dificuldades de atenção.

Quando o investigado de atenção mencionou que são classificados de distraídos os sujeitos

que são incapazes de se centrar de uma forma estável passando, insensatamente de uma idéia

para outra ( RANALHO, GARCIA-SENORAN & GONZALES, 2009, p. 370-371).

De acordo com Pascual-Castrovejo ( 2008) O TDAH pode ser definido a partir de três

sintomas fundamentais: a diminuição de atenção, a impulsividade e a hiperatividade, afirma a

limitação da terminologia.

TDAH é um dos distúrbios neuro comportamental mais freqüente diagnosticado na infância,

afetando crianças desde a 1ª infância, passando pelo período escolar e chegando à vida adulta.

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“O TDAH na infância, dos 6 aos 10 anos, em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. Os portadores não conseguem realizar os vários projetos que planejam e são tidos como ‘avoados’, vivendo no ‘mundo da lua’, geralmente ‘estabanado’ e com o ‘bicho carpinteiro’. Muitas crianças tem um comportamento desafiador e positivo associado, não respeitam limites e enfrentam ativamente os adultos.” (ROHDE ET all. 2000, p.2).

Segundo RHODE & BENCZIK, 199, p. 45. Pesquisas apontam três tipos de TDAH:

- TDAH com predomínio de sintomas de desatenção – é mais comum em meninas e esta

associada a maiores dificuldades de aprendizagem;

- TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade – é mais comum em

crianças menores e esse associado a maiores dificuldades de relacionamento com os amigos e

colegas e a mais problemas de comportamento;

- TDAH combinado – está associado a prejuízos globais maiores na vida da criança.

Vários estudos internacionais e alguns recentes no Brasil tem demonstrado que 3 a 6% da

população de crianças de 7 a 14 anos apresentam TDAH.

Meninos apresentam freqüência um pouco maior de TDAH do que meninas.

Em se tratando do TDAH sabemos que segundo SAMPAIO (2004), sua origem é genética e

seus portadores apresentam uma taxa menor de dopamina, um neurotransmissor responsável

pelo controle motor, tendo como conseqüência a falta de concentração, característica

primordial do hiperativo, e o esquecimento daquilo que lhe é pedido.

Já de acordo com CYPEL (2000):

“As crianças hiperativas e desatentas sempre existiram na humanidade sem que constituíssem um grupo reconhecido como apresentando alterações de comportamento. É possível que a educação familiar e os regimes escolares mais severos e rígidos, anteriores a esse século, de alguma forma tenham limitado o aparecimento desses comportamentos ou, então os mantivessem contidos” ( CYPEL, 2000,P.13)

Para CIASCA;

“Quando fazemos um diagnóstico sobre o problema de atenção, devemos levar em consideração três pontos em centrais: intenção, impulsividade e hiperatividade, com critério de exclusão, ausência de retardo mental, desordens sensoriais específicas e distúrbios do desenvolvimento.”( CIASCA, in SCO2,2006,p. 240).

O diagnóstico é de fundamental importância para que o TDAH seja trabalhado de forma que

seu portador tenha uma vida melhor.

AYRES apresenta a seguinte idéia sobre o diagnóstico do TDAH;

O diagnóstico do TDAH depende de nosso conhecimento sobre o assunto e é de grande importância a inclusão de relatos de pessoas inseridas no meio social da criança, pois é o que nos traz informações sobre “ Quem é a

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criança, de que vamos cuidar? Como é descrita pelas pessoas com quem convive? Como descreve a si mesma?”(AYRES, in.SCO2, 2004,p 107).

No diagnóstico tem que se levar em conta a idade da criança ( seu crescimento natural).

Muitos casos são avaliados em diversas idades levando em conta a mudança de

comportamento da criança em cada idade.

Segundo BARROS (2002 p. 30):

“O transtorno é diagnosticado primeiramente nas séries iniciais, quando está comprometido o ajustamento à escola. O diagnóstico em idade precoce deve ser cauteloso, uma vez que crianças menores apresentam uma característica de comportamento mais variado, podendo ser similares aos sintomas do transtorno”

Um diagnóstico, sem as cautelas necessárias pode levar a resultados equivocados levando a

sérias conseqüências. Ex. medicação desnecessária da criança e um “rótulo” desnecessário

que a criança levará para toda vida.

A criança para ser diagnosticada devera ser encaminhada para uma equipe multidisciplinar

que se baseará em informações coletadas pelos pais e professores, e pelas observações dos

profissionais referentes aos sintomas que aparecem freqüentemente na criança.

“O diagnóstico clínico precisa ser detalhado levando em conta o completo histórico do desenvolvimento da criança, com os “ fatores pré e pós-natais, os marcos do desenvolvimento, as alterações comportamentais, as alterações de sono, as dificuldades de seguir regras e limites”. ( BARROS, 2001, p. 31).

BARROS (2002) lembra que os problemas e prejuízos decorrentes dos sintomas precisam estar

presentes em no mínimo dois ambientes freqüentados pela criança, como em casa e na escola.

Para realizar um diagnóstico com uma melhor compreensão podemos ter como referência

(SILVA, 2003, p. 187-189; BARROS, 2002.

1- Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistirem por pelo menos 6 meses

em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:

Desatenção:

a- Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em

atividades escolares, de trabalho ou outras;

b- Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;

c- Parece não ouvir quando se fala com ela;

e- Evita/não gosta da tarefa que lhe é exigido;

f- Freqüentemente perde os objetos necessário de uma atividade;

d- Frustra-se com facilidade;

e- Esquecimento nas atividades diárias.

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2- Seis ( ou méis) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistirem por pelo menos 6

meses em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:

Hiperatividade/impulsividade

a- Freqüentemente agita as mãos ou pés ou se remexe na cadeira;

b- Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se

espera que permaneça sentada;

c- Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;

d- Corre sem destino ou sobre nas coisas;

j- Dificuldade de engajar-se numa atividade silenciosa;

l- Fala excessivamente;

m- Age como se fosse movido a motor;

n- Dificuldade em esperar sua vez, interrompe conversas e se intromete.

ROHDE ( 1999, p. 49) reforça que “ o exame neorológico evolutivo, realizado por

neorologista de crianças, pode indicar dados que fortaleçam o diagnóstico baseado na

pesquisa de sintomas”.

O professor não diagnostica e sim suspeita e encaminha relatório do comportamento da

criança para que uma equipe multidisciplinar possa avaliar e diagnosticar.

O Cérebro com TDAH recebe menos recompensa pelo seu trabalho.

“O transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que acomete 3-5% das crianças e que freqüentemente persiste até a idade adulta, podendo ser considerado um dos mais comuns transtornos neuropsiquiátricos.Um estudo publicado pelo Jornal of the American Medical Associction revela que quem sofre de TDAH apresenta menor atividade em duas das principais regiões relacionadas ao processo de recompensa cerebral, o mesoacumbens e mesencéfalo, regiões fortemente vinculadas ao neurotransmissor dopamina. Essa menor atividade foi demonstrada pela redução de receptores da dopamina D2 e D3 e de proteína de transporte da dopamina através de tomografia por emissão de pósitrons. A dopamina é o principal componente do nosso sistema cerebral de recompensa, sistema ativado toda vez que fazemos algo que da prazer e sinaliza ao cérebro que vale a pena repetir a experiência, já que é prazerosa. A redução dessa atividade do sistema de recompensa esta associada a alguns dos comportamentos característicos do TDAH como dificuldade em postergar uma grafitação e resposta preferencial a pequenas e imediatas recompensas do que a recompensa mais robustas e que demoram mais para chegar. Além disso, esses circuitos cerebrais estão associados à motivação do aprendizado, e não é à toa que quem sofre de TDAH tem mais dificuldade em manter a atenção em atividades repetitivas e desinteressantes. (TEIXEIRA, on line, 2011)”.

Nas escolas muito se tem falado, de falta de atenção e hiperatividade estando ai uma das

dificuldades de professores, diretores e toda uma equipe de apoio de lidar com o problema por

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que muitas vezes falta conhecimento para identificar uma criança com TDAH. Para saber se

uma criança é suspeita de ter o TDAH observe as seguintes características;

A criança:

- não enxerga detalhes ou omite erros por falta de cuidado;

- tem dificuldade de manter atenção;

- parece não ouvir quando se fala com ela;

- tem dificuldade em organizar-se em seu espaço e com os materiais escolares;

- evita tarefas que exigem um esforço mental prolongado;

- perde freqüentemente objetos necessários para realização de atividades;

- distrai-se com facilidade ( parece estar no mundo da lua);

- esquece atividades diárias;

- mexe constantemente, mãos e pés ou se mexe na cadeira;

- tem dificuldade de ficar sentada por muito tempo;

- corre sem destino ou sobe em coisas excessivamente;

- tem dificuldade em engajar-se em atividades silenciosas;

- fala excessivamente;

- responde perguntas antes de serem formuladas;

- age como se fosse movido a motor;

- tem dificuldade de esperar sua vez;

- interrompe conversas, se intromete;

- tem dificuldade em terminar trabalhos;

- fica aborrecida com tarefas não estimulantes e rotineira;

- falta flexibilidade de comportamento;

- não aprende com erros passados;

- percepção sensorial diminuída;

- problema de sono ( inquieto/sonâmbulo);

- difícil de ser agradado;

- agressiva;

- não tem noção de perigo;

- frustra-se com facilidade;

- não reconhece os limites dos outros;

- dificuldade de aprendizagem;

- baixa auto-estima;

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- muda rapidamente de temperamento;

- dificuldade em seguir regras;

- esta sempre atrasado;

- aparência – desarrumado, despenteado, roupa mal fechada.

O professor estando atento a essas observações poderá encaminhar para especialistas como

( psicólogo, psicopedagogo e neurologista) para serem comprovadas a suspeita de TDAH e

seja fechado o diagnóstico.

Partindo do principio que o professor ao ter conhecimento e recebendo o diagnóstico de

crianças com TDAH, passe a ser mais receptivo desenvolvendo atividades direcionadas à

aprendizagem dessas crianças.

Para o tratamento adequado é importante um trabalho multidisciplinar envolvendo pais,

professores e terapeutas. Deverá ser traçado estratégias de como lidar com esta criança em

casa, na escola e na clínica para que não haja distorções na maneira de lidar com ela. Criar

regras, modificar o ambiente tornando-o mais adequado, menos perigoso, flexibilização no

currículo escolar, adequar o tempo, dividindo as atividades em partes, por exemplo, são

algumas das modificações a serem providenciadas.

“Em casos mais graves a psicoterapia sozinha não resolve, sendo indicado o uso de medicamento, porém é totalmente reprovado o uso de automedicação. O medicamente deverá ser indicado pelo médico, mais provavelmente o psiquiatra. Muitos possuem efeitos colaterais, por isso é importante o acompanhamento médico para que ele mude se necessário verificando o mais adequado e o que melhor o paciente de adapta” (SAMPAIO, 2004,p.4).

“A educação é um processo contínuo que dura toda a vida, estrutura e conserva as relações da comunidade que se está inserido. Isto não quer dizer que os pressupostos educacionais não mudem, mas sim que tenham efeitos de larga duração numa determinada sociedade ‘como vivemos, educaremos e conservaremos com o nosso viver’.” (MATURANA, in AYRES, 2004, p. 110).

Ás crianças hiperativas são podem ser negado o direito de desfrutarem daquilo que a escola

pode oferecer e nem serem privadas do acesso ao meio social.

A hiperatividade deve ser vista como um desafio do momento a ser superado.

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Para pensar:

Reflita Sobre as situações que envolvem o TDAH e de sua contribuição de como suas

experiências podem contribuir para a ressignificação dos processos pedagógico?

Tema V

A família de Portadores de TDAH.

Educar um filho com TDA/H não é tarefa fácil. È preciso paciência, firmeza e disciplina. Eles

precisam de suporte para superar as dificuldades, os pais, precisam estabelecer regras claras,

elogiar sempre, valorizar pequenos passos alcançados. Geralmente essas crianças são muito

criticadas, rotuladas de bagunceiros e desobedientes e podem assim frustrarem-se por não

conseguir atender as expectativas. Ofereça sempre carinho e atenção a seu filho. Ensine ele a

cumprir regras. Estabeleça com a escola um laço de confiança. Leve-o a especialista para

receber acompanhamento e tratamento o quanto antes.

Ao estudar esse tema estaremos refletindo sobre:

- o comportamento familiar diante do entendimento do problema TDAH;

- a ação familiar com o filho portador de TDAH;

- compreender quais medidas deverão ser tomadas para auxiliar o filho com TDAH.

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Os distúrbios e as dificuldades de aprendizagens no contexto escolar tem aumentado nos

últimos anos levando a sérias implicações nas escolas do Ensino Fundamental e Médio, dentre

os quais o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade TDAH.

Diante das dificuldades enfrentadas por professores com alunos com as características e até

com diagnóstico de TDAH fomos levados a reflexão sobre essa nova clientela que acaba

sendo desfavorecida pelo espaço escolar, sabendo-se que no Brasil o direito de inclusão de

alunos com necessidades educacionais especiais é real, já que a política regente é de que

tenhamos o objetivo de transformar o mundo em um meio sem exclusão social e

conseqüentemente melhor.

Esperamos que ao desenvolver estudos que envolvam a inclusão tendo como destaque a

Hiperatividade e o Déficit de Atenção, possamos descobrir alternativas que possam interferir

de alguma forma na realidade atual das escolas públicas do Paraná desde que partimos do

princípio de determinados distúrbios se torne mais receptivo à proposição de atividades

direcionadas à aprendizagem ao portador de necessidades educacionais especiais seja ele

portador de TDAH ou de outra síndrome que dificulte seu rendimento escolar.

A criança com TDAH geralmente traz muitos transtornos para a família. Pais de portadores de

TDAH (principalmente sem diagnóstico) podem se sentirem culpados pelo mal

comportamento da criança e o casal começa a culpar-se um ao outro, muitas vezes

culminando em separação. Por isso pais devem ser bem orientados, assim contribuirão muito

para o tratamento da criança com TDAH.

É difícil para a família aceitar o diagnóstico de que seu filho tem TDAH, porque falta

informação sobre o que é o TDAH, más é o entendimento da família que vai ajudar muito a

criança com TDAH.

A família precisa conhecer o distúrbio e suas complicações para compreender o

comportamento de seu filho. Porque a família precisa ser coerente em suas ações e mostrar

apoio a criança, recompensando amplamente o comportamento adequado, pois a criança com

TDAH exige respostas imediatas , é preciso planejar adequadamente as ações de

comportamentos inadequados. Mais ajuda a criança receber, maior será a possibilidade de

levar uma vida positiva e bem sucedida. O quanto antes a escola e a família se unirem para

ajudar a criança com TDAH, melhor será para seu desenvolvimento porque a escola e a

família tem uma enorme influência sobre a forma como a criança cresce.

O apoio da escola e da família refletirá na trajetória de desenvolvimento da criança com

TDAH. Por isso cabe aos responsáveis pela criança, a tarefa de prestar um atendimento

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adequado às necessidades da criança com TDAH, possibilitando efetivamente

aperfeiçoamento de seus processos sensoriais, espaciais, temporais, perceptivos, imaginativos

e emocionais.

Os pais de crianças com TDAH devem:

- compreender que, para poder controlar em casa o comportamento resultante do TDAH, é

preciso ter um conhecimento do TDAH, é preciso ter conhecimento correto do distúrbio e

suas complicações.

- ser coerentes, previsíveis em suas ações e mostrar apoio as crianças em suas intenções

diárias, pois o TDAH não é apenas um problema que pode ser curado. O distúrbio afetará a

criança durante toda sua vida.

- manter-se numa posição de intermediação entre a escola e outros grupos de apoio;

- dar instruções positivas- cuidar para que seus pedidos sejam feitos de maneira positiva ao

invés de negativa;

- recompensar amplamente o comportamento adequado. Crianças com TDAH exigem

respostas imediatas, freqüentes, previsíveis, coerentemente aplicadas ao seu comportamento;

- planejar adequadamente as ações;

- aprender a reagir aos limites de seu filho de maneira positiva e ativa. As regras devem ser

claras e coesivas.

- atividades ou situações nas quais já ocorreram problemas devem ser evitadas;

- punir adequadamente, porém compreender que a punição só trará uma modificação de

comportamento para a criança com TDAH, se acompanhada de uma estratégia de controle.

“ Pais e professores podem, de maneira eficaz, auxiliar na reintegração do indivíduo com TDAH aos grupos sociais e possibilitar a estimulação e valorização de seu aprendizado. Só o médico pode fornecer o diagnóstico definitivo sobre o TDAH. O trabalho entre pais professores, psicólogos e médicos permitirá incluir-se em uma rotina estruturada em seu cotidiano, criando assim possibilidades de desenvolverem uma vida normal (ARAUJO, & SILVA, 2003).

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Para pensar:

Após análise dos textos faça seu comentário sobre o que esse estudo o auxiliará em sua

prática.

Você conhece crianças com TDAH? Já teve contato? Relate algum episódio que tenha

vivenciado com uma criança com TDAH.

Segundo Freire ( 1983, p. 88);

“Necessitamos de uma educação para a decisão, para responsabilidade social e política, onde a escola se torne espaço de reflexão e partida de ações efetivas, pois o que acontece no interior da escola é um reflexo de uma cultura social. A educação deve ser acima de tudo uma tentativa constante de atitude, que leve o homem a uma nova postura diante dos problemas de seu tempo e de seu espaço.”

O professor é que está exposto a novos desafios por isso deve ser o condutor de um novo

propósito pedagógico, aberto, construindo uma relação democrática, que repense o espaço

escolar e o sistema de ensino. O professor deverá estar preparado para a diversidade de sala de

aula, deve ser flexível e buscar novas práticas articulando as mudanças e almejando uma

educação que privilegie o conhecimento, trocas, enriquecimento, interação, entre os

indivíduos.

Cabe a nos educadores estarmos abertos apara pesquisas e estudos, pois a escola é nosso

espaço, é nossa realidade e a educação é “para todos”.

Sabendo disso:

“O professor deverá praticar uma pedagogia diferenciada e fazer com que, quando necessário, cada aluno seja recolocado ou reorientado para uma atividade fecunda para ele. Para chegar a isso, deve-se compreender o que passa em sua mente, ou seja, entrar em relação, instaurar um diálogo sobre o saber e a aprendizagem. Um dispositivo de pedagogia diferenciada aumenta a probabilidade de que cada individuo ou cada grupo encontre, na hora certa, um interlocutor bastante disponível e competente para assumir a situação e reorientar seu trabalho, se possível visando a uma regulação não somente das atividades, mas também dos processos de aprendizagem. O diálogo é o Princípio da observação formativa, da expressão das representações do aprendiz. Da identificação dos obstáculos com os quais se depara e dos erros que comete. Tendo o dispositivo criando condições favoráveis a esse diálogo, a diferenciação depende do talento, da imaginação, da perspicácia e da disponibilidade dos professores. (PERRENOD. 1995, p. 73).

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* DR.RICARDO TEIXEIRA é Doutor em Neurologia pela Unicamp. Atualmente, dirige o Instituto do Cérebro de Brasília (ICB) e dedica-se ao jornalismo científico em saúde. É também titular do Blog “ConsCiência no Dia-a-Dia” http://www.redenoticia.com.br/noticia/2009/o-cerebro-com-tdah-recebe-menos-recompensas-pelo-seu-trabalho/11064