fichamento as regras do metodo sociologico

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Jessica Amaral 1º Semestre Geografia Matutino/2012 Docente Nivaldo - DURKHEIM, Émile. “As Regras do Método Sociológico” (pág. 73-83). IN: Volume Durkhein da coleção Os Pensadores, 2ª Ed, 1983. Primeiramente, para entender Durkheim e suas obras, é preciso analisar a sua base na qual esta a sua realidade, ou seja, o seu contexto. As principais obras de Durkheim estão entre os anos de 1880 e 1917. Portanto, suas obras estão concentradas na Belle Epoque, um período de relativa paz na Europa após vários processos revolucionários da França, no qual houve a sua busca de informação intelectual. Com isso, o autor procurou, com este livro, traçar a primeira metodologia unificada para o rcém-fundado campo de investigação cientfico-sociologico. Seu primeiro passo então seria reconhecer que um apresenta ciência da sociedade deveria ir além dos preconceitos tradicionais, da opinião do senso comum, “pois o objeto de toda ciência é fazer descobertas, e toda descoberta desconcerta mais ou menos as opiniões aceitas” e “maneiras de pensar mais costumeiras são antes contrarias do que favorável ao estudo cientifica dos fenômenos sociais”. Do desenvolvimento desta idéia surge uma das primeiras normas e percepções de seu método. Durkheim diz que o individuo é fruto da sociedade, ou seja, suas idéias, concepções, valores e padrões são definidos pela sociedade. Isso é mais bem explicado no conceito de fato social, que é “toda maneira de fazer sentir, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o individuo uma coerção exterior; ou ainda toda maneira de fazer que seja geral na extensão de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independente de suas manifestações individuais” O fato social utiliza de duas formas para a sua força coercitiva, a força moral e a força jurídica, lembrando que

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Page 1: Fichamento as regras do metodo sociologico

Jessica Amaral1º Semestre Geografia Matutino/2012Docente Nivaldo

- DURKHEIM, Émile. “As Regras do Método Sociológico” (pág. 73-83). IN: Volume Durkhein da coleção Os Pensadores, 2ª Ed, 1983.

Primeiramente, para entender Durkheim e suas obras, é preciso analisar a sua base na qual esta a sua realidade, ou seja, o seu contexto. As principais obras de Durkheim estão entre os anos de 1880 e 1917. Portanto, suas obras estão concentradas na Belle Epoque, um período de relativa paz na Europa após vários processos revolucionários da França, no qual houve a sua busca de informação intelectual.

Com isso, o autor procurou, com este livro, traçar a primeira metodologia unificada para o rcém-fundado campo de investigação cientfico-sociologico. Seu primeiro passo então seria reconhecer que um apresenta ciência da sociedade deveria ir além dos preconceitos tradicionais, da opinião do senso comum, “pois o objeto de toda ciência é fazer descobertas, e toda descoberta desconcerta mais ou menos as opiniões aceitas” e “maneiras de pensar mais costumeiras são antes contrarias do que favorável ao estudo cientifica dos fenômenos sociais”. Do desenvolvimento desta idéia surge uma das primeiras normas e percepções de seu método.

Durkheim diz que o individuo é fruto da sociedade, ou seja, suas idéias, concepções, valores e padrões são definidos pela sociedade. Isso é mais bem explicado no conceito de fato social, que é “toda maneira de fazer sentir, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o individuo uma coerção exterior; ou ainda toda maneira de fazer que seja geral na extensão de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independente de suas manifestações individuais”

O fato social utiliza de duas formas para a sua força coercitiva, a força moral e a força jurídica, lembrando que esta vem de uma força inicialmente moral. Portanto, é a partir desses elementos que a sociedade impõe sobre o individuo um padrão de comportamento. O autor analisa também a educação como um dos fatores importantes para a coerção do individuo com uma função de transformação social.

Na conclusão da obra, fica óbvio que a ciência social deve existir “independente da filosofia. [...] Tudo que ele pede que lhe concedam é que o principio de causalidade se aplique aos fenômenos sociais. [...] A sociologia, portanto, não é o anexo de nenhuma outra ciência; ela própria é uma ciência distinta e autônoma, e o sentimento a especificidade da realidade social é inclusive tão necessário ao sociólogo, que somente uma cultura especificamente sociológica é capaz de prepará-lo para a compreensão dos fatos sociais”