fichamento pedagogia da cadeira.docx
TRANSCRIPT
SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REV. DENOEL NICODEMOS ELLER
GERSON POUBEL PIMENTA
FICHAMENTOPEDAGOGIA DA CADEIRA
BELO HORIZONTE2015
GERSON POUBEL PIMENTA
FICHAMENTOPEDAGOGIA DA CADEIRA
Trabalho apresentado em cumprimento às exigências do curso de Capelania do Seminário Teológico Presbiteriano RDNE, como trabalho regular do bacharelado em teologia.
Orientador: Prof. Rev. Eliézer Monterio Reis
BELO HORIZONTE2015
Introdução
O autor inicia seu livro mostrando a necessidade de um ombro, de
cuidadado e de abrigo Procura-se um ombro, um lugar para nos sentir seguros
e felizes, onde encontramos apoio espiritual e emocional. Nos tempos de Josué
haviam as cidades refúgio, uma delas se chamava Síquem, que significa:
Ombro. Lá o pecador podia contar a sua história e encontrava abrigo e
compreensão. Precisamos de lugares assim.
Em todas as fases da vida, infância, adolescência adulta, velhice,
precisamos de suporte, de um ombro, mas ele é raro.Assim é a vida: ao nosso
redor existem pessoas que necessitam de ser ouvidas, e de receber nossa
mão estendida, essa é a pedagogia da cadeira.
Capítulo 1 - Pedagogia da Cadeira e Capelania
Pedagogia da Cadeira se refere ao ato de assentar-se e ensinar.
Consiste em dar atenção personalizada a pessoas com necessidades diversas.
Ela é sinônimo de capelania. Significa sentar e ouvir alguém, conquistar sua
confiança, ensinar, consolar, cuidar e auxiliar ao que passa pela dor.
Serve para todos, aplica-se a todas as classes, é uma abordagem
individual. É o conceito teórico da prática do atendimento pessoal e sistemático
àquele que precisa de assistência espiritual e que a capelania é a parte prática.
É algo acessível a todos os cristãos, pois trata-se de seguir o exemplo do
mestre em atender as pessoas e lhes conceder ajuda.
É o trabalho do capelão que sempre deixa disponível uma cadeira vazia
para que a alma necessitada sente-se, exponha-se e receba orientação,
consolo e ensino.
Capítulo 2 - Pedagogia da Cadeira: O aspecto psicopedagógico
A Pedagogia da cadeira é indispensável para intervir na vida das
pessoas de modo produtivo e útil.Para atender as pessoas, é necessário saber
ouvir o que elas têm a dizer. Trata-se de dar atenção buscando a edificação da
pessoa. A ajuda para construção de um futuro melhor. É a dedicação de um
tempo para ajuda individual conforme a demanda.
Aplicando princípios psicopedagógicos à capelania: Trata-se de uma
assistência religiosa que orienta, consola, aconselha e educa pelos valores
cristãos, toda uma coletividade. O capelão conquista pela sua postura,
prestatividade e seriedade, a liberdade de compartilhar sua fé.
O Princípio do Cuidado: A atividade curativa da psicopedagogia
percebe-se de sua propriedade de ajudar alunos com dificuldades de
aprendizagem, e conseqüentemente, de acompanhar o ritmo dos demais
colegas. Está apoiado em dois pilares: a cura e o cuidado.
A psicopedagogia deve-se associar à capelania para curar: enquanto a
primeira ocupa-se em ajudar nas emoções, cognições e psicológicas a
segunda trata do espírito.
O capelão deve ser altruísta, um cuidador: aquele que cuida da dor. Ele
deve estar apto a ministrar atenção e cuidado em qualquer ambiente que
estiver. Na escola a dificuldade pode ser o fracasso, e as diferenças entre
pessoas. No militarismo o perigo, stress e a distancia familiar. No hospital a dor
física, e a separação. Em todos os lugares cabe ao capelão sabedoria para
lidar com o dolorido, ferido, confuso, e carente. Uma cadeira vazia perto de si
faz toda diferença.
O princípio da Afetividade: Um bloqueio com a afetividade em relação
com uma professora pode ser um obstáculo para a aprendizagem. Cabe à
Pedagogia da Cadeira, sentar-se com o aluno, procurar entender seu histórico
afetivo familiar e muitas vezes falar-lhe acerca de amor e perdão. É
exatamente neste ponto que se cruzam os conceitos de capelania e
atendimento psicopedagógico. O capelão possui a solução para tratar da
angústia, uma vez que usa a ferramenta do Espírito, a Palavra de Deus, a qual
afirma: Deus é meu refúgio e fortaleza; socorro bem presente na angústia.
O capelão precisa ter empatia: envolver afetividade nos
relacionamentos. É necessário relacionar-se, conquistar a simpatia e gerar
empatia para que a ajuda seja aceita. É notório e inquestionável então, que não
há pedagogia sem envolvimento afetivo, sem relacionamento.
O Princípio da Aproximação Cultural: Muitas dificuldades são geradas no
processo de aprendizagem por causa da distância cultural entre o professor e o
aluno. Tal distanciamento também ocorre entre o conselheiro e o aconselhado,
entre o paciente e o terapeuta, ou entre o capelão e os atendidos. Ao diminuir a
distância cultural os ensinos são melhor assimilados.
Princípio psicopedagógico importante: Quanto mais se compreende os
valores e ambiente cultural do outro, melhor resposta pode-se obter na
aprendizagem. Ao conselheiro cabe conhecer o contexto familiar, os costumes,
os valores da pessoa e de sua família, pois isso cria uma "ponte" que facilita a
intervenção e aproxima o mesmo dos que precisam de ajuda espiritual.
Capítulo 3 - Pedagogia da Cadeira na Igreja: O ponto de vista de quem precisa
dela.
Todos estamos sujeitos a passar por momentos de dificuldades , nos
quais tudo que gostaríamos de ter é um pouco de atenção. As agruras da vida
são excelentes oportunidades para praticarmos a pedagogia da cadeira. É
preciso diminuir a distância cultural entre o púlpito e a cadeira. É preciso
aproximar o mundo do pregador à realidade do ouvinte, pois às vezes parecem
dois mundos tão distantes que acabam parecendo inacessíveis.
Capítulo 4 - Pedagogia da Cadeira: Por que o homem precisa de ajuda?
O homem é limitado, e está se conscientizando disso, por isso clama por
socorro. O mundo está precisando de ajuda. Haverá muito trabalho para
aqueles que abraçarem o aconselhamento como ministério, para os que
levarem a sério o desafio da Pedagogia da Cadeira. Os livros de auto ajuda
prometem solução com a simples frase: eu posso. A psicologia também
promete solução, mas não obtém êxito. Existem necessidades no mais íntimo
do homem, que não podem ser vistas com um olhar superficial. 0 mundo
precisa de gente que se assenta com os pecadores. Esse homem que sofre
angústias, dificuldades e traumas de toda espécie, que vê sua família
desintegrando-se e se frustra com suas incapacidades, precisa de um
semelhante que olhe pra ele, que se compadeça, que lhe fale sobre Deus.
Deus criou os homens com um propósito: eternidade e felicidade.
Mas, o homem usou a sua liberdade para a escolha do pecado e o
resultado disso é o sofrimento. O homem sofre da doença do pecado. Os
cristãos possuem uma mensagem que pode mudar isso, pois anunciam um
Salvador maravilhoso que transforma a vida do homem. Nossa proposta é que
você se assente com essas pessoas e ofereça a verdadeira "ajuda do alto".
O homem precisa de ajuda porque o fardo é pesado.
Quando escolhemos o caminho errado, ou seja, um caminho diferente daquele
que agrada a Deus, tomamos deliberadamente a decisão de carregar um
grande peso e tentamos fazer isso sem a ajuda do Senhor. Essa é a pedagogia
que funciona: assentar-se com o necessitado e ensinar a voltar para o caminho
da luz. O amor de Deus é muito grande! Mas da mesma forma a sua ira contra
a rebeldia e o pecado é muito pesada também. O pecador que esconde seus
pecados, tem que suportar o peso da mão de Deus. É preciso lembrar-se do
peso das consequências, que é demonstrado em várias partes das Escrituras:
"Assim, pois, cada um dará contas de si mesmo a deus." (Romanos 14.12)
A Bíblia afirma que todos têm em si mesmos não somente o potencial
para pecar, mas a natureza do pecado. Estão cansadas de tanto discurso,
querem alguém que se sente com elas (como fazia o Senhor Jesus), que coma
junto, que olhe em seus olhos, que entenda as suas mágoas e lhes aponte o
caminho de Deus. O conselheiro Fiel, reconhece a necessidade profunda que o
homem tem de Deus. A sensação de vazio que o ser humano sente, é na
essência, falta de Jesus. Jamais haverá um púlpito para cada crente, mas
sempre haverá uma cadeira ao seu alcance, para que se assente e compartilhe
a sua fé.
Capítulo 5 - Pedagogia da Cadeira: Remédio para ambições frustradas.
As ambições frustradas podem gerar conflitos familiares, espirituais ou
pessoais. Jesus ensinou como podemos lidar com nossas ambições
irresponsáveis e carnais e que tipo de instrução precisamos quando ficamos
decepcionados com a competitividade encontrada em diversas áreas desse
mundo. A humildade é a ferramenta que destitui nossa vanglória e nos coloca
na posição correta para receber as bênçãos do Senhor.
Jesus é doce ao lidar com pecadores, logo, o capelão deve ser o
mesmo. Jesus preserva o clima de amizade ao adverti-los em suas ambições,
logo, O capelão deve desenvolver um ambiente de amizade, e preservara
privacidade dos atendidos. Jesus é imparcial. Ele não tomava partido, mas
falava a verdade com amor. O capelão precisa ser imparcial. Jesus era Servo.
Seja servo, isso fará toda a diferença. Cabe ao capelão ser humilde servo. Isso
significa prontidão para ajudar, disposição para aprender, satisfação de ser útil
a todos.
Capítulo 6 - Pedagogia da Cadeira: Um Capelão chamado Paulo.
Paulo exerceu um excelente ministério espiritual nas prisões por onde
passou. Ele praticava a metodologia de dar atenção aos homens,
compreendendo que a necessidade prioritária deles era um relacionamento
com Deus, através de Cristo. O Capelão deve manter o controle emocional
diante das circunstâncias diversas. O capelão deve ser honesto e ético. Ser
honesto quando se nos apresenta uma oportunidade de levar alguma
vantagem é uma virtude nobre. Um agente restaurador de vidas, deve ser
ético, calmo, e equilibrado.
A Pedagogia da Cadeira funciona quando aquele que se propõe a nos
ajudar tem um comportamento sério e confiável. Os que sofrem estão
desesperados em busca de pessoas com esse perfil. O capelão deve incentivar
ações positivas que favoreçam uma vida melhor. Seja nas escolas, nos
quartéis, nas prisões, ou nos hospitais, o conselheiro sempre encontrará
pessoas insatisfeitas com suas vidas, prontas para tomar uma decisão errada e
irreversível, mas cabe ao servo do Senhor preservar a vida e incentivar ações
positivas que indiquem um novo começo, uma mudança para melhor.
O capelão nunca deve desperdiçar uma oportunidade de falar do
evangelho. Na Pedagogia da Cadeira, que consiste num atendimento pessoa!
ao ser humano, pode surgir oportunidades de expressar com clareza a sua fé.
Não perca a oportunidade. Somente a fé em Cristo Jesus pode transformar a
vida do pecador perdido. Ele deve crer no Senhor Jesus para ser salvo.
O capelão deve estar pronto para apresentar o único caminho da
salvação e deve ter sensibilidade para falar claramente quando o momento for
propício.
Capítulo 7 - Pedagogia da cadeira num mundo moderno
Pedagogia da cadeira é mais do que um tipo de aconselhamento
psicológico. A proposta do aconselhamento psicológico alia-se com a atenção
e compreensão do atendido. Para criar essa escuta empática mencionada por
Rogers, é preciso assentar-se, conquistar a confiança, estabelecer
relacionamento, aproximar-se. Jesus Cristo estava sempre atento para ouvir e
transformar a vida de pecadores. A velocidade, a intensidade e o volume das
informações fazem com que o ser humano tenha pressa em tudo.
A solidão do Salvador nos faz lembrar que apesar de estar rodeado
pelas multidões quase sempre, ele é único, e de certa forma, permanece
sozinho.Suas palavras eram poderosas, sábias E transformadoras. Até os que
não queriam aprender, emudeciam diante do magnetismo do Salvador. Havia
atratividade nas palavras do Mestre. Eles não sabiam explicar, mas sabiam que
não conseguiriam prendê-lo, a menos que ele mesmo se entregasse.
Aquele que pratica a Pedagogia da Cadeira em benefício do outro,
independentemente se ele recebe o nome de capelão, de conselheiro, de
professor, ou pastor, deve usar a ferramenta da acessibilidade para obter êxito
no aconselhamento. 0 capelão está para o atendido assim como a luva está
para a mão.
Estar disponível é uma das maiores virtudes do capelão, pois sua
acessibilidade é remédio para os que sofrem; Seja uma luva. Esteja no lugar
certo. Há sempre uma mão por perto para buscar a sua ajuda. Jesus consegue
enxergar a necessidade especial de um homem e dirige-se diretamente a ele,
dando-lhe uma atenção personalizada. O ato de assentar favorece a
aproximação. Somente Jesus que conhece os corações, podia antecipar-se a
qualquer dúvida da multidão e simplificar os conteúdos através de histórias
bem contadas.
Ele tratava com a mesma dedicação tanto uma multidão quanto um
indivíduo e muitas vezes deixou-a por um pouco, para atender a um único
pecador. O ato de assentar favorece o contato visual. 0 "assentar-se com",
favorece o contato visual que permite que aquele que fala, veja as reações, as
expressões faciais, o brilho do olhar, o que toma a comunicação mais eficaz e
dá credibilidade.
Um olhar dirigido ao interlocutor permite unir as palavras, as expressões
faciais, os traços do semblante que indicam as reações emocionais sentidas
pela pessoa que nos ouviu, tornando a comunicação mais eficiente.
Capítulo 8 - A Pedagogia da Cadeira exige um mestre surpreendente
Jesus Cristo era um mestre surpreendente não havia dificuldades para ele agir
com surpresa e criatividade. Nunca houve um mestre mais excelente do que
Jesus Cristo. Jesus Dispensava atenção a pecadores. Ele entrava no meio da
multidão, ele habitava no meio do povo cheio de graça e verdade convivia e
demonstrava seu amor e poder.
Ele penetra pensamentos, ele sabe aqueles que lhe procuram com fé.
Ele não condena pecadores desesperados. Um pecador desesperado toma
atitudes inesperadas a fim de buscar a qualquer preço, solução para a sua dor.
Ele está preparado para atender pessoas em necessidades extremas. Ele
aceitava ser interrompido. Ele atendeu a todos com a mesma atenção e com o
mesmo amor. Jesus estava disponível para todos e em todos os momentos!
Ele não fazia publicidade de si mesmo. Ele não importava de ser considerado
ridículo ou estranho. 0 Senhor Jesus surpreendia por suas palavras, em suas
ações, e no seu modo de ver as coisas.
Capítulo Nove - Timóteo e a pedagogia da cadeira.
A admoestação contida na carta ao jovem Timóteo significa uma
abordagem feita em separado esse conceito está contido na pedagogia da
cadeira. Para os judeus, o assentar-se era símbolo da didática usada pelos
rabinos para transmitir as tradições e ensinos de Moisés. 0 próprio Jesus usou
essa figura para advertir os fariseus sobre responsabilidade de conhecer as
leis de Deus e obedecê-las. A palavra admoestação, no entanto, esconde uma
atitude amável, embora firme. Justa, embora contraditória. Educada e
extremamente verdadeira.
Capítulo 10 - Os Três elementos da admoestação
Convicção: Aconselhar é colocar o aconselhando diante do espelho de suas
convicções. Deus também precisa de homens e mulheres que sejam
exatamente do tamanho de suas convicções. Coerência: uma exortação para a
prática de coisas importantes como súplicas, orações, intercessões, pois temos
nisso uma verdade que não podemos omitir: a prática deve vir antes do ensino.
Cooperação: 0 valor da admoestação particular, a qual chamamos aqui de
Pedagogia da Cadeira, não se concentra tanto no conteúdo do que falamos,
mas na maneira como falamos. Por isso, se o Senhor Jesus chamou você para
sentar-se com alguém, coopere com o crescimento do seu irmão e tempere as
suas palavras. Falar a verdade com amor sempre funciona quando a exortação
se fizer necessária.
Capítulo 11 - Por que assentar-se com os pecadores?
O contato pessoal é insubstituível. Jesus praticava a sua abordagem
individual com três objetivos específicos: ele queria revelar a sua glória. Ele
queria demonstrar o seu amor. Ele queria aplicar a Palavra de Deus ao caso
específico de cada um. Revelar sua glória: podemos ver a revelação da glória
de Deus na pessoa de Cristo. Assim, se Cristo revelava a glória de Deus, é fato
também considerar que ele o fazia também através dos seus ensinos. Jesus
tinha um compromisso verbal, mas transmitia uma mensagem não-verbal
através do simples gesto de assentar-se com os pecadores. Essa mensagem
era a verdadeira manifestação da glória de Deus: aceitar pecadores e
comunicar-se com eles. Demonstrar o seu amor: Jesus assentava-se com os
pecadores porque os amava. 0 maravilhoso de tudo isso, é que apesar da
descrença dos homens, Jesus amou-os até o fim (Jo 13.1) e foi esse amor que
levou-o a assentar-se com os pecadores. Aplicar a palavra ao problema
concreto: Somente um mestre extremamente habilidoso e sábio poderia
atender a todas as expectativas dos seus ouvintes.
Capítulo 12 - Pedagogia da Cadeira: Lidando - com as dúvidas.
É verdade, que pouca atenção é dada ao serviço de assentar-se com
alguém e tirar suas dúvidas, fortalecendo assim a sua fé. Vale lembrar que
despertar a dúvida é um excelente recurso pedagógico, o qual foi muito usado
por Jesus e deveria ser usado pelos cristãos, para criar oportunidades de falar
do amor de Deus e de sua Palavra. A observação cuidadosa sempre pode
resultar em rico material didático.
Assentar-se com a ovelha também significa assentar-se para observar o
que acontece ao redor, pois assim, quem ensina, recebe material contextual
adequado e apropriado para ensinar. É exatamente a amizade e a comunhão
entre discípulo e mestre, entre o conselheiro e o necessitado, entre o médico e
o doente, ou entre o pastor e as ovelhas, que sustentam a abordagem
individual. Por isso, somos desafiados a sentar, dar atenção, aconselhar e
cuidar, em vez de sermos apenas meros homens de discurso.
Capítulo 13 - Pedagogia da Cadeira: Vinculo de amizade e proteção.
Pecadores precisam de amigos. Significa dizer que amigo é aquele que
senta junto. Uma verdade que precisa ser dita é que "assentar-se com alguém"
cria certo vínculo informal. Mais do que nunca em nosso século, precisamos de
líderes que sejam amigos. Isto significará que sempre haverá uma cadeira
disponível ao seu lado, para que ele se assente e instrua você, chorando ou
sorrindo, dependendo do seu momento. Sentar-se com alguém cria esse
vínculo de amizade. A cena deve alertar educadores, líderes, pais, pastores, e
mestres. Um dos objetivos do pastor seria assentar-se no meio das ovelhas
para protegê-las do lobo. Por isso, no tempo em que estava assentado com
elas, dava-lhes total proteção.
Capítulo 14 - Pedagogia da Cadeira: Integração
São as pessoas que procuram a igreja hoje, são aquelas que precisam ser
aceitas, compreendidas e integradas. Integrar pessoas ó uma das coisas que
demanda certa paciência e habilidade. Quando uma pessoa dá os primeiros
passos na vida cristã, precisa ser aceita e integrada ao grupo de cristãos com o
qual se relaciona - a igreja. A integração ocorre quase que inevitavelmente de
forma individual, por isso, não é sem razão que notamos no ministério de Jesus
uma preocupação persistente com indivíduos. Integrar também pode significar
o ato de levar à parte para ocupar o seu lugar no inteiro. Desse conceito surge
a ideia de que sem a parte, o inteiro está incompleto.
A Pedagogia da Cadeira encaixa-se no processo de integração porque a
aproximação é o método mais simples para conduzir pessoas à integridade de
vida. Através da Pedagogia da Cadeira, vamos andar com as pessoas e
influenciá-las a andar com Deus, integrando-as ao grupo que serve ao Deus
vivo, ajudando-as a viver num nível mais elevado. Eis uma verdade importante:
a proximidade cria um ambiente de influência. E esse ato de compartilhar que
integra os que estão do lado de fora e eles dependem de você. Arraste a
cadeira e sente-se com eles. Essa é a pedagogia que os restaura, traga-os
para junto de Deus.
Conclusão
Na conclusão o autor dedica-se a mostrar aos interessados em participar
da pedagogia da cadeira o modo de agir para ser um pedagogo da cadeira.
O primeiro passo é ter iniciativa, para praticar a Pedagogia da Cadeira, deve
seguir o exemplo do Mestre e tomar a iniciativa de conversar com as pessoas.
Compreensão: É preciso compreender a verdadeira necessidade das pessoas
por trás das suas atitudes rotineiras. Foi isso que nosso Mestre fez.
Seja contextualizado: Se você quer mesmo ajudar as pessoas, precisa
ser contextualizado e fazer dos interesses e rotina, verdadeiras oportunidades.
Apresente a fonte inesgotável: mostre que Jesus e o evangelho são a fonte que
nunca se esgota e que Ele é a solução para qualquer problema, inclusive,
aqueles que parecem ter soluções esgotada. Simplifique a linguagem: As
pessoas machucadas compreendem melhor as coisas descomplicadas. |
quando nos sentimos fragilizados que damos valor às coisas simples da vida.
Simplifique a linguagem. Simplifique o caminho. Simplifique a visão. Simplifique
a equação da vida. Seja bíblico, seja compassivo, seja verdadeiro para dizer:
"Não sei". Não perca o foco do verdadeiro problema: Não perca o foco do
verdadeiro problema. Mantenha-se concentrado na dificuldade para enfim
mostrar que Deus já deu a solução que está em Cristo Jesus.