fichamento "tenho um aluno surdo"

3
7/23/2019 Fichamento "Tenho Um Aluno Surdo" http://slidepdf.com/reader/full/fichamento-tenho-um-aluno-surdo 1/3 Educação inclusiva para surdos no Brasil CAMPOS, Mariana de Lima I. L. Educação inclusiva para surdos e as políticas vientes. I!" LACE#$A, Cristina B. %. de& SA!'OS, Lara %erreira dos. (ors.). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução * LIB#AS e educação de surdos. Santa Catarina" E$+%SCA#, pp.- /0. O tema da educação inclusiva no Brasil 1 preocupante e era muitas controv1rsias, a começar so2re o local onde devem ser inseridos os alunos surdos, em escolas reulares ou em escolas com metodoloia a eles especialmente diriida.  A 3uestão da inclusão de surdos nas escolas teve início com a Educação Especial, 3ue se dava de 4orma especiali5ada e clínica, daí passando pela educação interadora e pelos atuais decretos e leis de acessi2ilidade. A princípio, eram as crianças surdas diriidas a escolas especiais e as ouvintes, a escolas reulares.  Outros pontos importantes a destacar seriam as 4iloso4ias adotadas 3uanto * educação dos surdos e 3ue em2asariam cada uma das correntes de educação 3ue se desenvolveram no país. São elas" o oralismo, 3ue se desenvolveu ap6s o Conresso de Milão, no s1culo 7I7, e 3ue pre5ava por uma 8normali5ação 8 das crianças surdas, tratando9as somente como de4icientes& a 4iloso4ia da comunicação total, 3ue viria a pre5ar tam21m por essa 8normali5ação:, mas utili5ando9se, para isso, da línua de sinais& al1m do 2ilinuismo, corrente mais atual, e 3ue pre5a por um recon;ecimento da línua de sinais como línua natural do surdo e deste como um su<eito cultural.  $estas correntes, desenvolvem9se m1todos educacionais pr6prios, a começar pela educação tradicional ou moderna, 3ue atentava a uma uni4ormi5ação da cultura, inserindo os alunos surdos em escolas especiais, mas sem atentar para seu car=ter de su<eito cultural, de4enestrando mesmo uma línua de sinais. A educação para a diversidade, por sua ve5, admitia o surdo como di4erente, mas 2uscava ainda assim so2repor a sua cultura a cultura dos ouvintes, tornando9o um >su2alterno?. Por 4im, a educação cultural admite o surdo como di4erente e recon;ece sua cultura, permitindo sua interação por meio do tra2al;o dos int1rpretes da línua de sinais, e daí a 4ormação de sua su2<etividade de uma maneira mais apropriada. @ a c;amada inclusão 2ilínue.  Os avanços na leislação tam21m re4letem essa evolução na 4iloso4ia, em2ora o 3ue 1 aplicado em maior escala continue a ser uma 4iloso4ia da diversidade e não da inclusão e4etiva, por conta muita ve5es da impossi2ilidade de maiores investimentos em um país de proporçes continentais como o Brasil. $esta3uem9se a pr6pria Constituição da #ep2lica, a $eclaração de Salamanca, a lei 0.D/ e o decreto 3ue a reulamentou, estes ltimos com propostas mais voltadas ao 2ilinuismo, 3ue 1 aplicado em escala ainda mínima.  $estaca9se ainda, por 4im, o papel do int1rprete e da sociali5ação da criança, de 4orma a 3ue ela possa de comunicar e4etivamente, o 3ue se con4iura essencial para

Upload: luiseduardo

Post on 18-Feb-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Fichamento "Tenho Um Aluno Surdo"

7/23/2019 Fichamento "Tenho Um Aluno Surdo"

http://slidepdf.com/reader/full/fichamento-tenho-um-aluno-surdo 1/3

Educação inclusiva para surdos no Brasil

CAMPOS, Mariana de Lima I. L. Educação inclusiva para surdos e as políticasvientes. I!" LACE#$A, Cristina B. %. de& SA!'OS, Lara %erreira dos. (ors.). Tenho

um aluno surdo, e agora?  Introdução * LIB#AS e educação de surdos. SantaCatarina" E$+%SCA#, pp.- /0.

O tema da educação inclusiva no Brasil 1 preocupante e era muitascontrov1rsias, a começar so2re o local onde devem ser inseridos os alunos surdos,em escolas reulares ou em escolas com metodoloia a eles especialmente diriida.  A 3uestão da inclusão de surdos nas escolas teve início com a EducaçãoEspecial, 3ue se dava de 4orma especiali5ada e clínica, daí passando pela educação

interadora e pelos atuais decretos e leis de acessi2ilidade. A princípio, eram ascrianças surdas diriidas a escolas especiais e as ouvintes, a escolas reulares.  Outros pontos importantes a destacar seriam as 4iloso4ias adotadas 3uanto *educação dos surdos e 3ue em2asariam cada uma das correntes de educação 3uese desenvolveram no país. São elas" o oralismo, 3ue se desenvolveu ap6s oConresso de Milão, no s1culo 7I7, e 3ue pre5ava por uma 8normali5ação 8 dascrianças surdas, tratando9as somente como de4icientes& a 4iloso4ia da comunicaçãototal, 3ue viria a pre5ar tam21m por essa 8normali5ação:, mas utili5ando9se, paraisso, da línua de sinais& al1m do 2ilinuismo, corrente mais atual, e 3ue pre5a por 

um recon;ecimento da línua de sinais como línua natural do surdo e deste comoum su<eito cultural.  $estas correntes, desenvolvem9se m1todos educacionais pr6prios, a começar pela educação tradicional ou moderna, 3ue atentava a uma uni4ormi5ação da cultura,inserindo os alunos surdos em escolas especiais, mas sem atentar para seu car=ter de su<eito cultural, de4enestrando mesmo uma línua de sinais. A educação para adiversidade, por sua ve5, admitia o surdo como di4erente, mas 2uscava ainda assimso2repor a sua cultura a cultura dos ouvintes, tornando9o um >su2alterno?. Por 4im, aeducação cultural admite o surdo como di4erente e recon;ece sua cultura, permitindosua interação por meio do tra2al;o dos int1rpretes da línua de sinais, e daí a4ormação de sua su2<etividade de uma maneira mais apropriada. @ a c;amadainclusão 2ilínue.  Os avanços na leislação tam21m re4letem essa evolução na 4iloso4ia, em2ora o3ue 1 aplicado em maior escala continue a ser uma 4iloso4ia da diversidade e não dainclusão e4etiva, por conta muita ve5es da impossi2ilidade de maiores investimentosem um país de proporçes continentais como o Brasil. $esta3uem9se a pr6priaConstituição da #ep2lica, a $eclaração de Salamanca, a lei 0.D/ e o decreto 3uea reulamentou, estes ltimos com propostas mais voltadas ao 2ilinuismo, 3ue 1aplicado em escala ainda mínima.

  $estaca9se ainda, por 4im, o papel do int1rprete e da sociali5ação da criança, de4orma a 3ue ela possa de comunicar e4etivamente, o 3ue se con4iura essencial para

Page 2: Fichamento "Tenho Um Aluno Surdo"

7/23/2019 Fichamento "Tenho Um Aluno Surdo"

http://slidepdf.com/reader/full/fichamento-tenho-um-aluno-surdo 2/3

sua 4ormação 3uanto ao con;ecimento e en3uanto pessoa, mas 3ue deve estar sempre aliada a uma metodoloia pr6pria para o aluno surdo, em ra5ão de suasnecessidades voltadas ao espaço visual, o 3ue demanda uma preparaçãodirecionada tam21m dos pro4essores e do am2iente inclusivo escolar.

Metodoloias para ensino de alunos surdos

LACE#$A, Cristina B. %. de, et al. Estrat1ias metodol6icas para o ensino de alunossurdos. I!" LACE#$A, Cristina B. %. de& SA!'OS, Lara %erreira dos. (ors.). Tenho

um aluno surdo, e agora? Introdução * LIB#AS e educação de surdos. SantaCatarina" E$+%SCA#, pp.0F G.

  $iante da necessidade de criar uma metodoloia pr6pria para o ensino de alunossurdos, veri4ica9se o Hm2ito em 3ue isso est= inserido" 1 a sociedade da visualidade.Os alunos surdos, em especial, dependem desses estímulos visuais, ainda mais 3ueos alunos ouvintes, para poder 4a5er as devidas e necess=rias liaçes entre omundo de 4ora e dentro da sala de aula.

Busca9se, então, um estudo da semi6tica de maneira imain1tica, a ser aplicadano Hm2ito da pedaoia visual. Isso se daria por meio do uso da pr6pria línua de

sinais e seu car=ter viso espacial, al1m de outros m1todos 3ue 4acilitem a assimilaçãode contedo pelo aluno surdo, 3ue pode mesmo não ter muita 4amiliaridade com alínua escrita.

Para isso, 2usca9se um a4rouamento do vínculo do m1todo tradicional de ensinoao teto did=tico 3ue se mostra <= pouco produtivo 9, inserindo imaens, vídeos emapas conceituais de 4orma a 4acilitar a assimilação de contedo pelo aluno surdo.Estimula9se, tam21m, o uso de apresentaçes de slides e teatro. +m randepro2lema, entretanto, 1 perce2ido com pes3uisas entre docentes, e di5 respeito *di4iculdade de pr19visuali5ar essas possi2ilidades, pois muito pouco se produ5 noaspecto metodol6ico no campo da psicoloia visual, o 3ue os leva a encarar opro2lema de ter de vivenciar essas situaçes de estarem diante de alunos surdospara daí pensarem no m1todo e4etivo a ser utili5ado no seu ensino.  Outra di4iculdade 3ue muito se encontra di5 respeito * visão 3ue muitospro4essores tJm desenvolvido a respeito dos int1rpretes presentes na sala,perce2endo9os mesmo como avaliadores de seu desempen;o com os alunos. $eve9se, ao rev1s, estimular uma relação de cooperação entre pro4essor e int1rprete,2aseada em plane<amento con<unto das atividades, possi2ilidade de aconsel;amentoe desenvolvimento de estrat1ias con<untas. 'udo isso de modo a contri2uir para 3ueo ensino do aluno surdo se dJ da mel;or maneira possível.

 

Page 3: Fichamento "Tenho Um Aluno Surdo"

7/23/2019 Fichamento "Tenho Um Aluno Surdo"

http://slidepdf.com/reader/full/fichamento-tenho-um-aluno-surdo 3/3