figuras de linguagem
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Explicação de Onomatopeia, Aliteração, Elipse e ZeugmaTRANSCRIPT
Figuras de Linguagem
Gabriel Bonfim, Hugo, Shinnayder e Carlos
OnomatopeiaÉ uma figura de linguagem na qual se reproduz(imita) um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopéias.Geralmente, são usadas em histórias em quadrinhos, muitas dessas onomatopeias são derivadas de verbos da língua inglesa.Nos mangás, as onomatopeias ou giseigos 擬声語 (giseigo)
fazem parte da arte, no Brasil as editoras brasileiras deixam as onomatopeias ou em Hiragana e Katakana e no rodapé da página colocam legendas com a tradução. Nos EUA, a Shonen Jump local adapta essa onomatopeias.
Onomatopeia na Música
Também na música existem figuras ou trechos chamadas onomatopeia, que imitam o som de fenômenos fora da música. Exemplos:Johann Sebastian Bach: O grito do galo na Paixão de São Mateus (com as palavras "krähete der Hahn").Johann Sebastian Bach: O rasgar da cortina do templo e o terremoto na hora da morte de Jesus na Paixão de São Mateus.Heinrich Ignaz von Biber: A battaglia (Música largamente onomatopaica).
ExemplosAaai! – grito de dorAh! – grito de surpresa, dor, medo, pavor ou descoberta Ah! Ah! Ah! – risada ou gargalhada Bah! – desagrado Bang! – tiro Baw! ou buá! – choro Bash! ou bow – queda Bbrrzz! – sintonia de rádio Brrr booom! – trovão Buow! – choro Burp! – arroto Buzzz! bzzz! – abelha voando; cochicho Chomp! nhoc! nhac! nhec!- mastigar Chop! tchap! tchape! tchope! – chapinhar, patinar, chafurdar na lama Crash! Praaa! – objeto grande se chocando com outro; estouro Ding! dim! plim! trim! – campainha
Dzzzt! bzzzt! – vôo curto de abelha; rápido cochicho; ruído no processo da solda elétrica Glub! glub! Glub! blub! glug! – líquido sendo engolido; beber água Grrr! – animal ou pessoa grunhindo Gulp! glup! – engasgo Ha! Ah! Ah! – riso de satisfação, gargalhada Hã? Huh? hein? – interrogação He! he! he! eh! eh! rê! rê! – risinho de satisfação Hmmm hum... – reflexão Honk! fom! fom! – buzina Ka-boom! ta-bum! – bomba Klunk! clunc! plunc! tlunc! – ruído surdo de objeto caindo Knock! Knock! toc! toc! – batida Meow! miau! – miado de felino Mmm! huuum! – satisfação; reflexão; espanto, dúvida; mente trabalhandoMooo! muuu! – mugido de búfalo Poof! puf! – cansaço
Aliteração
Aliteração é uma figura de linguagem que consiste em repetir sons consonantais idênticos ou semelhantes em um verso ou em uma frase (especialmente as sílabas tônicas) de forma a obter um efeito expressivo. Quando usada sabiamente, a aliteração ajuda a criar uma musicalidade que valoriza o texto literário. Mas não se trata de simples sonoridades destituídas de conteúdo. Geralmente, a aliteração sublinha (ou introduz) determinados valores expressivos.A aliteração é largamente utilizada em poesias mas também pode ser empregada em prosas, especialmente em frases curtas.
Versos que compõe a coletânea “Ou isto ou aquilo”, de Cecília Meireles:“Olha a bolha d’água
no galho!Olha o orvalho!”
Nesses versos, a repetição é do fonema constritivo palatal /lh/. Essa figura de linguagem é bastante utilizado por Cecília como recurso para alfabetização. Os poemas, vistos como uma brincadeira, despertam, através do efeito lúdico da arte, o poder intelectual da criança.
(Fernando Pessoa)“Em horas inda louras, lindasClorindas e Belindas, brandas
Brincam nos tempos das BerlindasAs vindas vendo das varandas.”
Esta estrofe de Pessoa é um exemplo soberbo do uso expressivo da aliteração. aliteração do "l“ ; aliteração do "d“ ; aliteração do "b“ ; aliteração do "v"Neste caso, a acumulação aliterativa cria um efeito musical tão intenso que nos leva a colocar num plano secundário o conteúdo. No entanto, em condições normais a aliteração põe em evidência as palavras afetadas e, portanto, sublinha o seu valor expressivo. Por vezes, permite mesmo estabelecer associações pouco evidentes entre palavras.Frequentemente a aliteração aparece associada à assonância (neste exemplo, "i/in" e "a/an").
Tanta Tinta – Cecília Meireles
“Ah! Menina tonta,toda suja de tinta
mal o céu desponta!(Sentou-se na ponte,
muito desatenta…E agora se espanta:
Quem é que a ponte pintacom tanta tinta?…)
A ponte apontae se desaponta.A tontinha tenta
limpar tinta,ponto por ponto
e pinta por pinta…Ah! a menina tonta!
Não viu a tinta da ponte!Neste caso, Cecília apropriou-se da consoante linguodental /t/ e da bilabial /p/ para
compor esse poema.
Elipse
Elipse é a supressão de uma palavra facilmente subentendida. Consiste da omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase com a intenção de tornar o texto mais conciso e elegante. Ocorre quando um termo não é realmente necessário.
Exemplos"No mar, tanta tormenta e tanto dano." (em "Os Lusíadas" de Camões) - se omite o verbo "haver", ainda que seja óbvia a intenção do autor."Na sala, apenas quatro ou cinco convidados" (Machado de Assis)Quanta maldade na Terra. (Quanta maldade há na Terra) Na oralidade, quando alguém serve chá pode perguntar "com ou sem açúcar?" - ainda que a frase não explicite que se está a referir ao chá, o próprio contexto serve para esclarecer o seu sentido."Risco de vida" expressão comumente usada para se referir ao "risco de perder a vida"
A elipse também pode ocorrer com palavras de várias classificações como verbos, advérbios e conjunções (nas conjunções a elipse é chamada de Sindética):
Ontem, nebulosidade, hoje, sol e amanhã, chuva.Ontem tinha nebulosidade, hoje tem sol e amanhã terá
chuva.Na árvore, flores e frutos.
Na árvore existe flores e frutos. Ela fazia anos de idade.
Ela fazia muitos anos de idade.Fizesse frio eu colocava um agasalho.
Se fizesse frio eu colocava um agasalho. Irei ao cinema, à loja, ao mercado, ao bar.
Irei ao cinema, à loja, ao mercado e ao bar.
O que não é ElipseObserve este trecho do hino do Brasil:
"...Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada..."
Como podemos observar, o sujeito nada mais é do que Terra adorada. Observe que não ocorre nenhum tipo de elipse, pois não podemos colocar o termo Terra adorada em nenhum dos versos, a não ser que colocássemos outros termos. Exemplo:
...A Terra adorada é gigante pela própria natureza,
A Terra adorada és bela, a Terra adorada és forte, impávido colosso,E o tseu futuro, Terra adorada, espelha essa grandeza.
...Teríamos que anexar vírgulas, artigos, verbos de ligação, alterar a flexão verbal e ainda alterar o gênero do adjetivo, pois na versão original ocorre a Silepse, ou seja, isso não se trata de elipse.
Zeugma
Existe um caso especial de Elipse chamado de:
que é bastante comum. Pode também ser considerada um termo
não expresso.
A Zeugma que é muito comum é a elipse de um termo já expresso:Daniele queria balas e também doces.
Daniele queria balas e também queria doces.Contrata-se funcionários, de preferência com experiência.
Contrata-se funcionários, de preferência funcionários com experiência.
O Amigo-secreto começou com Silvana, foi para Pedro, depois para Gabriel, Geovane, Beatriz, e seguiu.
O Amigo-secreto começou com Silvana, foi para Pedro, depois foi para Gabriel, depois foi para Geovane, depois foi para Beatriz, e seguiu.
Obrigado! & De nada!