física do ambiente agrícola
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Notas de Aula de Física do Ambiente AgrícolaTRANSCRIPT
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Serra Talhada
Curso: Agronomia
Disciplina: Física do Ambiente Agrícola
Professor: Mário Oliveira
Data: 15 /08/2011
1
Notas
• Aprovação Qualificada: .
• Aprovação Simples: se , pode-se fazer a final:
• A primeira e a segunda verificação serão divididas em duas partes. A primeira parte com 4,0 pontos e a segunda parte com 6,0 pontos.
• Primeira V.A. : 09/05/2011 e 12/05/2011• Segunda V.A.: 16/06/2011 e 20/06/2011• Terceira V.A.: 07/07/2011• V.A. Final: 18/07/2011• Aulas extras: 24/03/2011 (Sala 01 Bloco 03 08:00-10:00), 14/04/2011 (Sala 01 Bloco 03 08:00-
10:00), 19/05/2011 (Sala 02 Bloco 03 08:00-10:00), 26/05/2011 (Sala 01 Bloco 03 08:00-10:00), 02/06/2011(Sala 01 Bloco 03 08:00-10:00)
0,7..3..2..12
1
5/35/25/35/2
AVAVAV aaa
0,3..3..2..12
1 AVAVAV aaa
0,5....3..2..12
1
2
1
FinalAVAVAVAV aaa
2
Faltas
• 25% é o limite máximo.• O número máximo de faltas é 19.
Listas de Exercícios
https://sites.google.com/site/ensinodefisicanauast/home/listas-de-exercicios
Gabaritos
https://sites.google.com/site/ensinodefisicanauast/home/gabaritos
3
Bibliografia
• Fundamentos de Física I,II, IV Halliday e Resnick. Editora L.T.C., 2009, 8a ed..
• Física I, Sears e Zemansky, Addison Wesley, 2006, 10a ed.
• Física, Volume 1, Paul A. Tipler, Gene Mosca, Editora L.T.C., 2006, 5a ed.
4
Física do Ambiente Agrícola
Turma: SA3Código da Disciplina: FISC5002
5
Movimento Retilíneo
Unidade I
6
Movimento
• Quando um objeto ocupa lugares diferentes em tempos diferentes, dizemos que ele está em movimento.
• O movimento mais simples é aquele que acontece sobre uma linha reta. Para simplificar ainda mais, vamos considerar o objeto como um ponto: ponto material (ponto dotado de massa).
• O movimento retilíneo (sobre uma linha reta) é o que vamos tratar no início.
7
Posição e Deslocamento
• Posição é uma coordenada do referencial do observador, representada por um vetor que aponta da origem (onde está o observador) até o objeto que estamos estudando (partícula).
• É a trilha deixada pela partícula quando se move de uma posição para outra.
• Sua unidade no S.I. é o metro.
12 xxx Deslocamento 1-D
12 rrr Deslocamento 2-D ou 3-D
8
Exemplo 4-1
9
Solução
10
Exemplo 4-2
11
Solução
12
13
(b) Podemos obter as seguintes coordenadas para x e y nos seguintes tempos:
Tempo (s) Coordenada x (m) Coordenada y (m)
0 28 30
5 56,25 -10
10 69 -39
15 66,25 -57
20 48 -64
25 14,25 -60
x
y
Velocidade Média
• Velocidade média é a medida da rapidez de uma partícula em um intervalo de tempo. É obtida através da inclinação da secante que une dois pontos no gráfico da posição em função do tempo. Unidade do S.I.: m/s.
passadofuturo
passadofuturomédia tt
xx
t
xv
Velocidade média 1-D
passadofuturo
passadofuturomédia tt
rr
t
rv
Velocidade média 2-D ou 3-D14
x
tt1 t2
x1
x2
médiavtan
A velocidade média faz parte da secante à trajetória da partícula.
15
Velocidade Escalar Média
• A velocidade escalar média mede a rapidez, mas sem considerar o sentido ou a direção do deslocamento.
• É definida com a razão entre a distância percorrida pelo intervalo de tempo gasto no percurso:
t
percorridaDistânciasmédia
16
Exemplo 2-1• Você dirige uma picape ao longo de uma estrada retilínea por 8,4 km a 70
km/h, quando ela para por falta de gasolina. Nos próximos 30 minutos, você caminha ao longo da estrada na direção de um posto de gasolina.
• (a) Qual o deslocamento desde do início da viagem até a chegada ao posto de gasolina?
• (b) Qual é o intervalo de tempo desde do início da viagem até a chegada ao posto de gasolina?
• (c) Qual é a velocidade média do começo da viagem até a chegada ao posto de gasolina? Encontre-a numericamente e graficamente.
• (d) Suponha que para pegar a gasolina, pagar e voltar até o carro; você gaste 45 minutos. Qual é a velocidade escalar média desde do começo da viagem até a volta até o carro
17
Solução
18
19
8,4
10,4
Velocidade instantânea
• Quando desejamos analisar a rapidez em um instante de tempo, usamos a velocidade instantânea. Ela é dada pela derivada da posição em relação ao tempo ou pela inclinação da tangente no gráfico da posição em função do tempo. Unidade do S.I.: m/s.
t
x
dt
dxv
t
0lim
Velocidade instantânea 1-D
jdt
dyi
dt
dx
t
r
dt
rdv
tˆˆlim
0
Velocidade instantânea 2-D
20
x
tt1t2
x2
x1
α
Tan(α)=v
A velocidade instantânea faz parte da tangente à trajetória da partícula.
21
Velocidade Escalar
• A velocidade escalar instantânea é o módulo da velocidade instantânea:
vs
22
Exemplo 2-3
• A posição de uma partícula se movendo em um eixo x é dada por:
• x=7,8+9,2t-2,1t3
• Com x em metros e t em segundos. Qual é a velocidade em t= 3,5 s? A velocidade é constante ou está variando continuamente?
23
Solução
24
Exemplo 4-3
• Para o coelho do Exemplo 4-2, encontre a velocidade no tempo t=15 s.
25
Solução
26
Aceleração• A aceleração média mede o avanço ou recuo da velocidade em um intervalo de tempo. É dada pela inclinação da secante em um gráfico de velocidade contra tempo. Unidade do S.I.: m/s2
12
12
tt
vv
t
va
Aceleração média 1-D
jt
vi
t
v
tt
vv
t
va yx ˆˆ
12
12
Aceleração média 2-D
27
t1 t2
v2
v1
α
Tan (α) = amédia
28
Aceleração Instantânea• A aceleração instantânea é a medida do avanço ou do recuo da velocidade em certo instante de tempo. Unidade do S.I.: m/s2
t
v
dt
dva
t
0lim
Aceleração instantânea 1-D
jdt
dvi
dt
dv
t
v
dt
vda yx
tˆˆlim
0
Aceleração instantânea 2-D
29
v
tt1 t2
v2
v1
α
30
Exemplo 2-4
31
Solução
32
Exemplo 4-4
• Para o coelho do Exemplo 4-2 e 4-3, encontre a aceleração do coelho para t=15s.
33
Solução
34
Θ=145o
Aceleração Constante
Posição inicial.Velocidade inicial.
Velocidade inicial.
35
Equação de Torricelli
Velocidade inicialPosição inicial
36
Exemplo 2-5
• A cabeça de um pica-pau está se movendo para frente com uma velocidade de 7,49 m/s até o bico encontrar o tronco da árvore. O bico para depois de penetrar o tronco em 1,87 mm. Assuma que a aceleração é constante, encontre o módulo da aceleração em unidades de g.
37
Solução
38
Exemplo 2-6
• A Figura abaixo mostra o gráfico da velocidade v da partícula contra a posição, quando a partícula se move ao longo do eixo x com aceleração constante. Qual é a velocidade da partícula em x=0?
39
8
20
70 x(m)
v (m/s)
Solução
4050
41
Exemplo 4-5
42
Solução
43
Queda livre
• Queda livre é quando a partícula, que está sendo estudada, se move somente pela influência da gravidade da Terra.
• Supondo o ar rarefeito, podemos considerar o movimento nas proximidades da superfície da Terra com uma queda livre.
• Próximo ao nível do mar e para regiões planas (planícies e planaltos), podemos dizer que a gravidade da Terra impõe que os objetos se movam com aceleração constante para baixo e de módulo constante igual a g=9,8 m/s2.
44
45
Exemplo 2-7• Em 26 de setembro de 1993, Dave Munday foi para o lado canadense das
Cataratas do Niágara equipado com uma bola de aço com um furo de ar para entrada de ar e caiu 48m na direção da água (e das rochas). Assuma que a velocidade inicial foi zero, e despreze a resistência do ar.
• (a) Quanto durou a queda de Munday até atingir a superfície da água?• (b) Munday conseguia contar três segundos até a queda, mas não podia
ver o quanto ele tinha caído a cada segundo. Determine a sua posição no final de cada segundo.
• (c) Qual era a velocidade de Munday quando ele atingiu a superfície da água?
• (d) Qual era a velocidade de Munday no final de cada segundo? Ele podia perceber o aumento da velocidade?
46
Solução
47
48
Tempo(segundo) Posição(metro)
0s 48m
1s 43,1m
2s 28,4m
3s 3,9m
49
50
Tempo (segundo)
Velocidade (m/s)
0 0
1 -9,8
2 -19,6
3 -29,4
proporcionais e é difícil distinguir um do outro.
Exemplo 2-8• Na figura abaixo, um jogador joga uma bola de beisebol para cima com um velocidade de 12 m/s ao longo do eixo y.
• (a) Quanto tempo a bola leva para chegar na sua altura máxima?
51
y
52
(b) Qual é a altura máxima da bola em relação ao seu ponto de partida?
(c) Quanto tempo a bola leva para atingir a altura de 5m em relação ao seu ponto de partida?
Solução
• (a) A altura máxima ocorrerá quando a velocidade da bola for nula, pois ela deve parar de subir. Substituindo essa condição na equação para a velocidade em função do tempo:
• (b) Podemos obter a altura máxima usando a equação da posição em função do tempo:
53
gtvv 0 tsmsm 2/8,9/120 sst 224,18,9
12
54
200 2
tg
tvyy
mssm
ssmy 348,7224,12
/8,9224,1/120 2
2
(c) A equação da posição em função do tempo pode fornecer o tempo necessário para que a bola atinja 5m de altura:
200 2
tg
tvyy 22
2
/8,9/1205 t
smstmm
55
05.
12.
9,42
seg
t
seg
t
segtousegt
segsegt
916,1532,0
.8,9
782,6
8,9
12.
)9,4(2
59,4414412
Movimento em Duas e Três Dimensões
Unidade II
56
Movimento de Projéteis
• Quando lançamos objetos e os deixamos somente sobre a influência da gravidade da Terra, temos um movimento balístico. A partícula estudada é tida como um projétil.
• Considere a componente horizontal da posição como x e a componente vertical como y.
• O ângulo da velocidade inicial com o eixo x é o ângulo de lançamento do projétil.
57
x
y
θ0
O movimento horizontal é independente do movimento vertical. O movimento horizontal tem velocidade constante, enquanto oMovimento vertical possui aceleração constante.
58
59
Equação de Torricelli:
02,0
2 2 yygvv yy
Eliminando o tempo através do uso da equação para a componente horizontal da posição, podemos obter a equação que determina a forma geométrica da trajetória:
2
00
0000 cos2
tan
v
xxgxxyy
Percebemos que sem a presença da gravidade da Terra (g=0), o projétil seguiria uma linha reta. Entretanto, a trajetória é parabólica. A parábola possui concavidade para baixo e cresce sua concavidade com o aumento da velocidade inicial e da aceleração da gravidade.
(*)
60
Exemplo 4-6
• Na Figura abaixo, um avião de resgate voa à 198 km/h (=55 m/s) e uma altura constante de 500 m dirigindo-se a um ponto diretamente sobre a vítima, onde uma balsa deve ser lançada.
h
61
62
(a)Qual deve ser o ângulo da linha de visada do piloto até a vítima, onde a balsa deve chegar?
(b)Quando a cápsula atinge a água, qual deve ser sua velocidade em termos de vetores unitários e na notação módulo e ângulo ?
Solução
• (a) O ângulo da linha de visada é oposto ao deslocamento horizontal do avião e adjacente à altura do avião, sua tangente é dada pela razão do deslocamento horizontal pela altura do avião. O deslocamento horizontal pode ser calculado através do uso da equação da componente vertical da posição (para encontrar o tempo) e da componente horizontal (para encontrar o deslocamento):
63
64
2000 2
tg
tsenvyy
22
2
/8,90/555000 t
smsensmm o
sst 101,108,9
000.1
tvxx 000 cos
mssmx o 555,555101,100cos/55
111,1500
555,555tan
m
m
h
x
o48
65
(b) A equação para a velocidade em função do tempo possui duas componentes. A componente horizontal é constante e a componente vertical varia linearmente com o tempo:
smsmvv ox /550cos/55cos 00
tgsenvvy 00
smssmsensmv oy /990,98101,10/8,90/55 2
jsmismv ˆ/990,98ˆ/55
oesmv 943,60/243,113
Exemplo 4-7
66
67
(b) Qual é o alcance máximo das balas de canhão ?
Solução
• (a) Podemos obter o alcance das balas de canhão com o uso combinado das equações para a componente horizontal em função do tempo e da componente vertical em função do tempo. A componente vertical em função do tempo permite obter o tempo de voo da bala de canhão:
68
69
70
Movimento Circular Uniforme
• Quando uma partícula possui um trajetória em forma de círculo dizemos que seu movimento é circular.
• Se o movimento é realizado percorrendo deslocamentos angulares proporcionais aos tempos gastos para realizá-los, temos um movimento circular uniforme.
• O movimento circular é periódico, devido à forma do fechada do círculo.
• O movimento circular sendo não-reto possui aceleração. Apesar disso o M.C.U. (movimento circular uniforme) possui velocidade de módulo constante (e direção, sentido variáveis)
71
x
y
θ
R
Partícula se movendo em movimento circular uniforme.
v
r
72
Para um observador no centro do círculo, temos para um movimento circular uniforme com raio R e período T:
i)Componente x da posição:
ii) Componente y da posição:
T
tRx
2cos
T
tsenRy
2
Esse resultado vem da decomposição do vetor posição em coordenadas cartesianas e da proporção existente entre o ângulo percorrido e o tempogasto para atingir esse ângulo.
73
Para obter a velocidade, basta efetuar a derivada da posição em relação ao tempo.
Componente x da velocidade:
Componente y da velocidade:
Fazendo o produto escalar com o vetor posição, observamos que o mesmo é nulo. Portanto, o vetor posição e a velocidade são perpendiculares. Um resultado esperado, pois a velocidade faz parte da tangente ao círculo. O módulo da velocidade é dado por:
Comprimento do círculo dividido pelo período.
T
tsen
T
Rvx
22
T
t
T
Rvy
2cos
2
,2
T
Rv
74
A aceleração pode ser obtida como derivada da velocidade em relação ao tempo:
Componente x da aceleração:
Componente y da aceleração:
A aceleração é centrípeta (aponta para o centro do círculo):
O módulo é dado por:
T
t
R
vax
2cos
2
T
tsen
R
vay
22
R
r
R
va
2
R
va
2
75
A frequência do movimento circular uniforme é dada por (unidade do S.I. é o hertz):
Tf
1
A velocidade angular do movimento circular uniforme é dada por (unidade do S.I. é rad/s) :
R
vf 2
76
Exemplo 4-10
• Pilotos de caça sempre se preocuparam em fazer uma volta muito fechada. Quando o piloto sofre os efeitos da aceleração centrípeta, com a cabeça ao longo do centro de curvatura, a pressão sanguínea no cérebro decresce, levando à perda das funções cerebrais. Há vários sinais de aviso. Quando a aceleração centrípeta é 2g ou 3g, o piloto se sente pesado.
77
78
Solução
• Como a velocidade muda de sentido durante o loop, temos que o loop corresponde a um semicírculo. Sendo assim, o tempo do loop corresponde a um meio período e o período do M.C.U. é portanto T=48s. Com o período podemos obter o raio da trajetória, mas antes devemos calcular a velocidade escalar:
79
80
Movimento Relativo
• As medidas feitas por um observador são, em princípio, diferentes das realizadas por outro observador.
• Considere a relatividade de Galileu, onde temos observadores que se separam um do outro através de uma velocidade constante.
• Temos o observador A (Alex) em repouso sobre o solo e o referencial B(Bárbara) em movimento com velocidade constante, em linha reta horizontal, em relação à Alex (ou ao solo).
81
Dois Referenciais de Galileu
Alex Bárbara
Objeto
VBA
xOBxOA
82
Transformações de Galileu
OAOB
OABAOAOB
tt
tvxx
Dicionário das posições e tempos
BAOAOB vvv Dicionário de velocidades
83
Invariantes
• Tempo (tempo absoluto).• Aceleração.• Força.• Qualquer lei física, e em especial,as fórmulas que representam a lei física.
Um referencial de Galileu é conhecido como referencial inercial, pois deixa as leis de Newton invariantes.
84
Exemplo 4-11
85
86
Solução
87
88
Relatividade 2-D
OBr
OAr
BAv
Objeto
Alex
Bárbara
89
Transformações de Galileu
OAOB
OABAOAOB
tt
tvrr
Dicionário das posições e tempos.
BAOAOB vvv
Dicionário de velocidades.
Um referencial que não obedece à relatividade de Galileu é conhecido como referencial não-inercial. (Por exemplo, um observador girando em torno de um eixo fixo no espaço).
90
Exemplo 4-12
91
92
N
L
20o
Solução
93
94
Força e Movimento
Unidade III
95
Primeira Lei de Newton
96
• A primeira Lei de Newton supõe que o observador é inercial (obedece à relatividade de Galileu), e portanto, admite que um observador que se move com velocidade constante em relação à ele é equivalente a esse observador em questão.
• Um observador inercial sempre garante que na ausência de forças temos que a partícula observada se move em linha reta com velocidade constante (M.R.U.) ou permanece em repouso.
• Dessa forma, na ausência de forças a partícula está em equilíbrio. Este equilíbrio pode ser estático, se tivermos repouso (ausência de movimento); ou dinâmico, se tivermos um movimento retilíneo uniforme.
• Um corpo em M.R.U. ou repouso está inerte do ponto de vista da dinâmica.• Quanto mais massa (quantidade de matéria) um corpo tiver, maior será a sua
inércia (tendência a permanecer em equilíbrio).• As outras leis de Newton também exigem que o observador seja inercial.• Força é a causa unidimensional do movimento (puxar, empurrar, etc.)• Força resultante é a soma vetorial de todas as forças.• O efeito combinado de um conjunto de forças é dado pela força resultante.
97
Segunda Lei de Newton
A força resultante que age sobre um corpo é dada pelo produto da massa do corpo por sua aceleração.Unidade de Força no S.I.: Newton (N).Unidade de massa no S.I.: quilograma (kg)
98
• Devemos fazer um diagrama de corpo livre isolando as forças que atuam sobre o corpo observado.
• Em seguida, devemos somar as forças que atuam sobre o corpo; obtendo a força resultante.
• Resta obter massa ou aceleração do corpo, em questão, dependendo das medidas feitas ou dos dados fornecidos.
• A segunda lei de Newton propõe que o fator entre força (causa do movimento) e aceleração (efeito do movimento) é a massa. Por isso a massa é conhecida como a inércia do corpo (em coordenadas cartesianas).
• Quanto maior a massa, menor será a aceleração adquirida pelo corpo.• Quanto maior a força, maior será a aceleração adquirida pelo corpo.
99
Exemplo 5-3
100
101
(A) (B) (C)
Solução
102
103
Exemplo 5-2
• Na vista superior da Figura, uma lata de biscoitos de 2kg é acelerada a 3m/s2 na orientação definida por , em uma superfície horizontal sem atrito. A aceleração é causada por três forças horizontais, das quais apenas duas são mostradas; , de módulo 10N e , de módulo 20N. Qual é a terceira força, , em termos dos vetores unitários e na notação módulo-ângulo?
104
a
1F
2F
3F
105
50o
a
2F
1F30o x
y
Solução
• A segunda lei de Newton para o problema diz que a soma das três forças é igual ao produto da massa pela aceleração. Esta equação vetorial corresponde a duas equações escalares:
106
yyyy
xxxx
maFFF
maFFF
,3,2,1
,3,2,1
oy
ox
masenFFsenF
maFF
5030
50cos030cos
,320
1
,30
1
oy
o
ox
o
sens
mkgFNNsen
s
mkgFN
5032203010
50cos3230cos10
2,3
2,3
NF
NF
y
x
4,10
5,12
,3
,3
107
jNiNF ˆ4,10ˆ5,123
Em coordenadas cartesianas, a terceira força vale:
Para obter a força em coordenadas polares, devemos calcular o módulo da força e o ângulo que ela faz com o eixo x:
2,3
2,33 yx FFF NF 163
x
y
F
F
,3
,3tan o40
Força Gravitacional
Terra
108
Força Normal• Esta é a força que aparece devido
ao contanto entre duas superfícies.
• É perpendicular a superfície onde o corpo observado foi posto.
• Surge para impedir que o corpo, ao permanecer sobre a superfície, acabe deformando a superfície em questão.
• Sua ausência indica que o corpo não está mais sobre a superfície.
109
Força Elástica
A força elástica é sempre oposta ao deslocamento, de maneira a garantir o retorno da mola à sua posição de equilíbrio.
110
Tensão (Tração)
• Quando prendemos uma corda a um objeto, a corda realiza uma força conhecida como tensão da corda; fazendo o objeto se mover.
• Essa força aponta do objeto para a corda.
111
Resistência do Ar
112
113
Terceira Lei de Newton
Quando dois corpos interagem, as forças que um corpo realiza sobre outro são iguais em módulo e têm sentidos opostos.
A B
114
A terceira lei de Newton nos diz como um sistema mecânico se forma. O sistema se forma aos pares como um corpo agindo (ação) e outro reagindo (reação), com forças opostas.Existem duas versões da terceira lei:
Fraca: o par de forças (ação e reação) são opostos, mas não estão nalinha que une os corpos.Forte: o par de força (ação e reação) são opostos e estão na linha que une os corpos.
A terceira lei de Newton é uma expressão da conservação do momento. Um dos princípios mais queridos da Física.
115
Exemplo 5-4
• A Figura mostra um bloco D (o bloco deslizante) de massa M=3,3 kg. O bloco está livre para se mover ao longo de uma superfície horizontal sem atrito e está ligado, por uma corda que passa por uma polia sem atrito, a um segundo bloco P (o bloco pendente), de massa m=2,1 kg. As massas da corda e da polia podem ser desprezadas em comparação com a massa dos blocos.
116
117
Enquanto o bloco pendente P desce, o bloco deslizante D acelera para a direita. Determine (a) a aceleração do bloco D, (b) a aceleração do bloco P e (c) a tensão na corda.
M
m
Bloco deslizante D
Bloco pendente P
Superfície sem atrito
Solução
• Diagrama de corpo livre para o bloco D:
• Diagrama de corpo livre para o bloco P:
118
T
gF
NF
gF
NF
119
A segunda lei de Newton para o bloco D é dada por (esquecendo o movimento na direção vertical):
A segunda lei de Newton para o bloco P é dada por:
Subtraindo a equação (II) da equação (I), podemos obter o módulo da aceleração dos dois blocos (eles têm o mesmo módulo de aceleração, pois estão unidos por uma corda e perfazem o mesmo deslocamento em um dado intervalo de tempo):
Substituindo na equação (I) obtemos a tensão na corda:
)(IMaT
)(IIammgT
28,3s
mg
mM
ma
gmM
MmT
Exemplo 5-5
• Na Figura, uma corda puxa para cima uma caixa de biscoitos ao longo de um plano inclinado sem atrito cujo ângulo é
A massa da caixa é m=5kg, e o módulo da força exercida pela corda é T=25N. Qual é a componente a da aceleração da caixa ao longo do plano inclinado?
120
o30
121
Corda
θ
Solução
• Diagrama de corpo livre para o bloco:
122
90º-θ
T
gF
x
y
NF
123
O movimento se dá ao longo do eixo x (paralelo ao plano inclinado) a componente da força gravitacional é negativa e tem módulo dado pelo produto do peso pelo seno da inclinação do plano inclinado. Portanto a segunda lei de Newton para este caso é:
mamgsenT gsenm
Ta
Se a tensão da corda estivesse ausente, a inclinação do plano iria reduzir a aceleração do bloco (comparando com uma queda livre) com um fator dado pelo seno da inclinação do plano inclinado. O valor da aceleração é dado por:
21,0s
ma
Portanto o bloco acelera para cima com uma aceleração de módulo baixo. Na ausência da corda cairia com uma aceleração menor em módulo que a aceleração da gravidade.
Exemplo 5-7
• A Figura mostra um arranjo no qual duas forças são aplicadas a um bloco de 4kg em um piso sem atrito, mas apenas a força está indicada. Essa força tem módulo fixo, mas o ângulo θ entre ela e o semi-eixo x positivo pode variar. A força é horizontal e seu módulo é constante. A Figura mostra a aceleração horizontal ax do bloco em função de θ no intervalo . Qual é o valor de ax para θ=180º ?
124
1F
2F
o900
125
θ
1F
0o90o
1
2
3
θ
ax (m/s2)
Solução
• A segunda lei de Newton para o bloco pode ser aplicada apenas para a direção onde ocorre o movimento (eixo x):
• Podemos usar o primeiro ponto do gráfico para obter:
• O segundo ponto do gráfico fornece uma segunda equação:
• Substituindo a segunda equação na primeira equação, obtemos:
126
maFF 21 cos
)(1221 INFF
)(22 IINF
NF 101
127
Portanto a aceleração para um ângulo de 180º será:
A aceleração para esse ângulo vale:
m
F
m
Fax
201 180cos
22s
max
Exemplo 5-9
128
129
AB
Solução
• Diagrama de corpo livre para o bloco A:
130
• Diagrama de corpo livre para o bloco B:
131
132
133
Exemplo 6-5
134
Solução
135
136
Atrito
• Atrito é a resistência que uma superfície impõe a um corpo se movendo sobre ela.
• O atrito é tangencial à superfície envolvida.• O atrito é uma força oposta a força (resultante) que atua sobre um corpo, fazendo
com que ele se mova (ou tenha tendência a se mover) sobre uma superfície.• O atrito passa por três etapas. Primeiro, o atrito equilibra a força resultante que
age sobre corpo sobre a superfície. Segundo, o atrito atinge um valor máximo, na iminência do movimento, de módulo proporcional à força normal que age sobre o corpo. Terceiro, quando o corpo se move o atrito reduz seu valor, mas ainda é proporcional à força normal que a superfície impõe sobre o corpo.
• Juntos, atrito e força normal, representam as forças que uma superfície realiza sobre um corpo em contato com ela. A força normal empurra o corpo para fora da superfície e o atrito impede o movimento do corpo sobre a superfície.
137
Propriedades do Atrito
138
Exemplo 6-1
Se a roda de um carro estiver travada (impedida de girar) durante uma frenagem de emergência, o carro desliza pela pista. Pedaços queimados de pneus e pequenos trechos derretidos da pista formam as marcas de derrapagem. O recorde de marcas de derrapagem que ocorreu em uma via pública aconteceu em 1960 em um Jaguar na rodovia M1 na Inglaterra – as marcas tinha 290m de comprimento!
139
140
v=0
290m
Solução
• Diagrama de corpo livre para o carro:
141
142
Exemplo 6-3
143
144
O bloco desliza sobre uma rampa e está preso por várias cordas (apenas uma é mostrada). A rampa é lubrificada com água para diminuir o coeficiente de atrito estático para 0,4. Assuma atrito desprezível no ponto (lubrificado) onde as cordas passam pelo canto superior da rampa. Se cada homem homem no topo da pirâmide puxa com uma força (razoável) de 686 N , quantos homens são necessários para colocar o bloco na iminência do movimento?
y xθ
Solução
• Diagrama de corpo livre para o bloco:
145
θ
146
Força Centrípeta
147
Exemplo 6-7
• Em um apresentação circense de 1901, Allo “Dare Devil” Diavolo apresentou o desafio de fazer uma bicicleta atravessar um loop (Figura). Assumindo que o loop é um círculo de raio R=2,7m, qual é a menor velocidade que Diavolo deve ter no topo do loop para permanecer em contato com a pista?
148
149
R
Solução
• Diagrama de corpo livre no topo do loop:
150
Direção centrípeta
151
Exemplo 6-8
• Até mesmo os aficionados por montanha-russa se amedrontam quando pensam no Rotor, que é essencialmente um grande cilindro oco que está rodando em torno do seu eixo central. Antes de uma volta começar, o participante entra por uma porta lateral e se apoia em uma parede coberta com uma lona. A porta é fechada e quando o cilindro começa a girar, o participante e a parede giram juntos.
152
153
Solução
• Diagrama de corpo livre para o participante
154
Direção centrípeta
y
sf
gF
NF
155
(a) A segunda lei de Newton possui duas componentes: a centrípeta e a vertical
A força de atrito estática é sempre menor que o produto do coeficiente de atrito estático pelo módulo da força normal:
Portanto a velocidade mínima será dada por:
R
vmF
Ff
N
gs2
0
sss
sN
Rgv
Rgf
m
RF
m
Rv
,2
smsmmRg
vs
/17,74,0
/8,91,2 2
min
156
(b) O módulo da força centrípeta é dado pela componente centrípeta da segunda lei de Newton:
N
m
smkg
R
vmFN 200.1
1,2
/17,749
22
Energia Cinética e Trabalho
Unidade IV
157
6.4 Energia Cinética
158
Exemplo 7-1
• Em 1896 em Waco, Texas, William Crush estacionou duas locomotivas em lados opostos de um ferrovia de 6,4km de comprimento, e as permitiu colidir na velocidade máxima na frente de 30.000 espectadores. Assumindo que cada locomotiva pesava 1,2x106N e que a aceleração foi constante e igual à 0,26 m/s2, qual era a energia cinética total das duas locomotivas imediatamente antes da colisão?
159
Solução
• Podemos usar a Equação de Toriccelli para obter a velocidade das duas locomotivas no instante da colisão:
• A massa de cada locomotiva é dada por:
• A energia cinética total das duas locomotivas é dada por:
160
smvmsmxavv /8,40,102,3/26,0202 32220
2
kgsm
N
g
Pm 5
2
6
1022,1/8,9
102,1
JsmkgmvK 8252 102/8,401022,12
12
Trabalho de uma força constante e de uma força variável
yFxFW yx
161
cosFdW
Trabalho (conceito)
• O trabalho é a quantidade de energia necessária para fazer a partícula romper com seu estado de equilíbrio.
• Somente as componentes da força paralelas ao deslocamento contribuem para o trabalho.
• Energia é a capacidade de um sistema físico de mudar ao longo do tempo.
162
163
Exemplo 7-2• Dois espiões industriais estão deslizando um cofre de massa 225kg,
inicialmente estacionário, de um deslocamento de módulo 8,5m ao longo da horizontal, indo na direção do caminhão deles. O empurrão do espião 001 faz um ângulo de 30o com a horizontal e aponta para baixo e tem módulo 12N; o empurrão do espião 002 tem módulo 10N e faz um ângulo de 40o com a horizontal e aponta para cima. O módulo e a direção das forças não mudam quando o cofre é deslocado horizontalmente, e o atrito entre o cofre e o piso é desprezível.
• (a) Qual o trabalho total feito pelos dois espiões durante o deslocamento do cofre?
• (b) Durante o deslocamento, qual é o trabalho da força gravitacional sobre o cofre e qual o trabalho da força normal do piso sobre o cofre?
• (c) O cofre está inicialmente em repouso, qual é a velocidade final do cofre após do deslocamento?
164
Solução
• (a) O trabalho realizado pelo espião 001 é dado por:
• O trabalho realizado pelo espião 002 é dado por:
• O trabalho total é a soma do trabalho dos dois espiões:
165
JmNdFdFW 33,8830cos5,812cos 0111
JmNdFW o 11,6540cos5,81022
JWWW 4,15321
166
(b) O trabalho da força gravitacional é dado por:
O trabalho da força normal é dado por:
Ambos trabalhos são nulos, pois as forças gravitacional e normal são perpendiculares ao deslocamento!
(c) O trabalho total é portanto dado pela soma do trabalho dos dois espiões e é igual a variação da energia cinética (teorema do trabalho e energia cinética):
A velocidade final é dada por:
090cos 0 dFW gg
090cos 0 dFW N
m
WvmmvKW ff
2,0
2
1
2
1 222
sm
kg
J
m
Wv f /17,1
225
4,15322
Trabalho realizado pela força gravitacional
• Como a força gravitacional aponta na direção vertical e é constante, temos:
• A massa da partícula é m, o módulo da aceleração da gravidade é g e y é a altura do objeto.
finalinicialg yygmW
167
Exemplo 7-6
• Um elevador de massa m=500kg está descendo com velocidade ,quando o cabo de sustentação começa a deslizar fazendo com que o elevador caia com aceleração
• (a) Durante a queda de 12m, qual é o trabalho da força gravitacional sobre o elevador?
• (b) Durante a queda de 12m, qual é o trabalho sobre o elevador realizado pela tensão no cabo de sustentação?
• (c) Qual é o trabalho resultante sobre o elevador durante a queda?
• (d)Qual é a energia cinética do elevador no fim da queda de 12m?
168
smvi /4
5
ga
Solução
• (a) O trabalho da força gravitacional é dado por:
• (b) Para obter o trabalho da tensão no cabo, considere a segunda lei de Newton:
• O trabalho da tensão na corda será dado por:
169
JmsmkgygmWg42 1088,512/8,9500
gmTg
mmgTamFT g
5
4,
5,
JmsmkgmgdTdWT420 107,412/8,9500
5
4
5
4180cos
170
(c) O trabalho total é a soma dos trabalhos da força gravitacional e da tensão no cabo:
(d) A energia cinética final pode ser obtida através do teorema do trabalho e energia cinética, utilizando o trabalho total e a velocidade inicial:
JWWW gT41018,1
if KKKW
JJsmkgWmvK if4422 1058,11018,1/4500
2
1
2
1
Trabalho da força elástica
• A força elástica é diretamente oposta ao sentido do deslocamento da mola, portanto é uma força variável. Seu trabalho é dado por:
• A constante de mola é k e x é o deslocamento da mola.
22
2
1
2
1finaliniciale xkxkW
171
Exemplo 7-8
• Na Figura, um pote de cominho de massa m=0,4kg desliza sobre uma superfície horizontal sem atrito com uma velocidade v=0,5m/s. Então atinge uma mola de constante elástica k=750N/m e a comprime. Quando o pote é parado momentaneamente pela mola, de que distância d a mola é comprimida?
172
173
Sem atrito
mvk
Solução
• O trabalho da força elástica é dado por:
• A variação da energia cinética é dada por:
• O teorema do trabalho e energia cinética diz que:
174
22222
2
1
2
10
2
1
2
1
2
1kddkkkxkxW fi
22222
2
1
2
10
2
1
2
1
2
1mvmvmmvmvK if
cmmsmmN
kgv
k
mdmvkd 2,1102,1/5,0
/750
4,0,
2
1
2
1 222
Potência
• A potência média de uma força, atuando durante um intervalo de tempo Δt, é dada pelo razão do trabalho realizado pela força pelo intervalo de tempo:
• A potência instantânea é dada pela derivada do trabalho realizado pela força em relação ao tempo:
• A unidade de potência no S.I. é o Watt (W).
t
WPmédia
dt
dWP
175
Podemos relacionar a potência média com a força média atuando sobre a partícula e a velocidade média:
Também podemos relacionar a potência instantânea diretamente com a força aplicada sobre a partícula, e a sua velocidade instantânea:
Durante o movimento de uma máquina mecânica (por exemplo, um carro), somente a energia dissipada para o ambiente não é utilizada pela máquina. Podemos definir o rendimento da máquina, η, como a razão entre a potência utilizada, Pu , e a potência total fornecida à máquina, que é soma da potência utilizada com a potência dissipada, Pt = Pu + Pd . Sendo assim,
médiamédiamédiamédiamédia vFvFP
cosFvvFP
t
u
P
P
176
Exemplo 7-11
• Duas forças constantes agindo sobre uma caixa quando a caixa se desloca para a direita sobre um piso sem atrito. A primeira força é horizontal e aponta no sentido oposto ao da velocidade, com módulo 12N; a segunda força faz um ângulo de 60o com o piso e tem módulo 4N. A velocidade da caixa em certo instante é 3 m/s. Qual é a potência devida à cada força naquele instante e qual a potência resultante? O trabalho total está variando naquele instante?
177
Solução
• A potência da primeira força é dada por:
• A potência da segunda força é dada por:
• A potência resultante é dada pela soma das duas potências:
• Como a potência é a derivada do trabalho em relação ao tempo, temos que o trabalho não está variando naquele instante.
178
WsmNvFvFP 65,0/3460cos 0222
WsmNvFvFP o 61/32180cos111
0P
Energia Potencial e Conservação de Energia
Unidade IV
179
Energia Potencial
180
•O valor numérico da energia potencial depende de um valor de referência escolhido pelo observador. Geralmente o valor da energia potencial na origem (onde está o observador), ou no infinito (muito distante do observador).•Este valor de referência é, geralmente, o número zero.•A energia potencial, assim, se torna uma função da posição atribuindo valores em energia para a possibilidade da partícula passar por a posição observada.•O trabalho é realizado através da extração da energia potencial do sistema; transformando potencial em energia cinética, fazendo a partícula sair de uma posição para outra.
181
A força aplicada sobre a partícula pode ser obtida a partir da energia potencial:
Um mínimo na energia potencial corresponde a um ponto de equilíbrio estável (onde a força sobre a partícula é nula, sem causas para se mover naquele ponto).
Um máximo na energia potencial corresponde a um ponto de equilíbrio instável (onde a força sobre a partícula é nula, sem causas para se mover naquele ponto).
dx
dUF
U
x
U
x182
Exemplo 8-2
• Uma preguiça repousa sobre um galho colocado a 5m acima do solo.
• (a) Qual é a energia potencial gravitacional U do sistema Terra-preguiça se o ponto de referência y=0 é escolhido como sendo (1) o solo, (2) um balcão três metros acima do solo, (3) no galho, (4) 1 m acima do galho? Considere a energia potencial gravitacional como sendo nula em y=0.
• (b) A preguiça desce até o chão. Em cada situação qual á a variação da energia potencial gravitacional do sistema Terra-preguiça durante a descida?
183
Solução
• (a) (1) Tomando o solo como ponto de referência, temos para a energia potencial gravitacional:
• (2) Considerando o balcão como ponto de referência, a altura da preguiça vale 2m, portanto:
• (3) Tomando o galho como ponto de referência, a altura da preguiça vale 0, portanto:
184
JmsmkgmgyU 985/8,92 2
JmsmkgmgyU 2,392/8,92 2
JsmkgmgyU 00/8,92 2
185
(4) Escolhendo o ponto de referência como estando a um 1m acima do galho, a altura da preguiça vale -1m, portanto:
(b) Para todos os pontos de referência observa-se que a variação na altura da preguiça foi -5m, portanto a variação na energia potencial será a mesma nas quatro situações:
JmsmkgmgyU 6,191/8,92 2
JmsmkgymgU 985/8,92 2
Força conservativa e força dissipativa
• Força conservativa é aquela em que o trabalho em uma trajetória fechada é nulo. Com isso o trabalho da força conservativa independe do caminho. Exemplo: força gravitacional e força elástica.
• Força dissipativa é aquela em que o trabalho em uma trajetória fechada é diferente de zero. Exemplo: força de atrito.
186
Energia Mecânica
• A energia mecânica é a soma da energia cinética com a energia potencial:
• Para partículas submetidas à uma força conservativa, temos um dos princípios mais queridos da Física: a conservação da energia (mecânica)! A energia mecânica não muda com o passar do tempo.
UKEmecânica
finalinicial EE
187
•No caso de forças dissipativas, a energia mecânica não é conservada. Neste caso, ela se transforma em outras formas de energia: calor, som, etc. Sendo assim, a energia mecânica acaba diminuindo, enquanto a energia do ambiente (onde a partícula se encontra) acaba aumentando; através da injeção de energia devida ao trabalho das forças dissipativas.• O trabalho das forças dissipativas é igual a variação da energia mecânica do sistema:
•Apesar da energia mecânica não ser conservada, a energia do sistema : ambiente mais partícula é conservada. Sendo assim, podemos garantir que a energia (total) ainda é conservada.
mecânicaasdissipativ EW
188
Exemplo 8-3
• Uma criança de massa m desce até o solo através de um toboágua à uma altura de 8,5m acima do solo. Assumindo que o toboágua é uma superfície sem atrito devido à água contida nele, obtenha a velocidade da criança quando ela chega ao solo.
189
Solução
• Como não existe atrito no toboágua, a energia mecânica é conservada durante o deslocamento da criança. No alto do toboágua a sua energia mecânica é devida à energia potencial:
• Quando chega no solo, a energia mecânica da criança é devida somente a energia cinética:
190
mghEtopo
2
2
1mvEsolo
191
Como a energia mecânica se conserva, temos a seguinte equação:
solotopo EE
2
2
1mvmgh
smmsmghv /135,8/8,922 2
Exemplo 8-7
• Na Figura, um pacote de pamonha desliza sobre um piso com velocidade . Ele atinge, então, uma mola; comprimindo-a até parar momentaneamente. O caminho até a mola, inicialmente relaxada, é sem atrito, mas a partir do instante em que o pacote começa a comprimir a mola, uma força de atrito de módulo 15N atua sobre o pacote. Se k=10.000 N/m, de que distância d a mola é comprimida pelo pacote?
192
smvi /4
193
Pacote de Pamonha
iv
k
Solução
• Como existe atrito durante a compressão da mola, não podemos assumir que a energia mecânica se conserva. Neste caso o trabalho da força de atrito será igual a variação na energia mecânica. A energia mecânica inicial era devida à energia cinética do pacote:
• A energia mecânica final é devida à energia potencial elástica da mola:
194
2
2
1ii mvE
22
1dkE f
195
O trabalho da força de atrito será dado por:
Este trabalho será igual a variação na energia mecânica:
A equação anterior pode ser escrita na seguinte forma:
Cuja solução será:
A solução negativa foi esquecida pois seria uma solução inválida, pois apontaria uma distensão da mola e não uma compressão. Substituindo os valores:
dfdfW kk
if EEEW
02
1
2
1 22 ik mvdfkd
k
kmvffd ikk
22
cmm
mN
smkgmNNNd 5,5055,0
/000.10
/42)/000.10()15(15 22
Exemplo 8-8
• A figura mostra uma encosta montanhosa e um vale aonde um deslizamento acontece. As rochas tem uma massa total m, caem de uma altura y=H, movem-se de uma distância d1 ao longo de uma encosta de inclinação θ=450 , e depois movem de uma distância d2 ao longo de um vale plano. Qual é a razão , se o coeficiente de atrito cinético tem um valor razoável de 0,6?
196
H
d2
197
y=0
y=HRochas
Vale
d1
d2θ
Solução
• A energia mecânica no início deslizamento é devida apenas a energia potencial gravitacional das rochas:
• A energia mecânica final é nula:
• Para obter a força de atrito na encosta considere o diagrama de corpo livre:
198
mgHEi
0fE
199
NF
gF
kf
θθ
x
y
A segunda Lei de Newton para a componente y é dada por:
De maneira que a força de atrito cinética será dada por:0cos mgFN
cos1, mgf kk
200
Para obter a força de atrito cinético no vale, vamos utilizar o seguinte diagrama de corpo livre:
NF
gF
kfx
y
A segunda Lei de Newton para a componente y é dada por:
Portanto a força de atrito cinético no vale será:
O trabalho da força de atrito será dado por:
0 mgFN
mgf kk 2,
2122,11, cos mgdmgddfdfW kkkk
201
A distância d1 pode ser obtida em termos da altura da encosta, H, através do uso da trigonometria:
De maneira que o trabalho da força de atrito é dado por:
O trabalho da força de atrito é igual a variação na energia mecânica:
Resolvendo a equação anterior para d2/H, nós obtemos:
sen
Hd
d
Hsen 1
1
,
2tan
dH
mgW k
mgHdH
mgEW k
2tan
,
67,045tan
1
6,0
1
tan
110
2 kH
d
Centro de Massa e Momento Linear
Unidade V
202
Centro de Massa
• O centro de massa é a partícula equivalente que substitui todas as partículas de um sistema, possuindo a massa total do sistema de partículas.
• O centro de massa é a média ponderada das posições das partículas, com a massa de cada partícula sendo o peso associado à cada posição da partícula:
n
ii
n
iii
CMn
ii
n
iii
CMn
ii
n
iii
CM
m
zmz
m
ymy
m
xmx
1
1
1
1
1
1 ,,
203
Exemplo 9-1
• Três partículas de massa m1=1,2kg, m2=2,5kg e m3=3,4kg formam um triângulo equilátero de lado a=140 cm. Qual é o centro de massa do sistema?
204
y
x
aa
a
m1 m2
m3
Solução
• As posições das partículas são dadas por:
• Componente x do centro de massa:
205
Partícula Componente x da posição
Componente y da posição
1 0 0
2 a=140cm 0
3 a/2=70cm cma 1202
3
cmkgkgkg
cmkgcmkgkg
mmm
xmxmxmxCM 83
4,35,22,1
704,31405,202,1
321
332211
206
Componente y do centro de massa:
cmkgkgkg
cmkgkgkg
mmm
ymymymyCM 58
4,35,22,1
1204,305,202,1
321
332211
Para o caso de um corpo contínuo, devemos trocar a soma por um integral e as massas pela densidade (“derivada” da massa em relação ao comprimento, área e volume do corpo).
Unidimensional:
Bidimensional:
Tridimensional:
M
dlzz
M
dlyy
M
dlxx CMCMCM
,,
M
dAzz
M
dAyy
M
dAxx CMCMCM
,,
M
dVzz
M
dVyy
M
dVxx CMCMCM
,,
207
Exemplo 9-2
• A Figura mostra um disco de densidade superficial de massa uniforme de raio 2R em que um buraco de raio R foi feito em uma linha de montagem. Utilizando o sistema de coordenadas xy mostrado, encontre a posição do centro de massa do disco.
208
209
x
y
Solução
• Primeiro devemos encontrar o centro de massa de um disco homogêneo. Como a densidade superficial de massa é constante, apenas devemos buscar o centróide (centro geométrico) do disco:
• Portanto o centróide se localiza no centro do disco!
210
0,0
cos
20
2
02
0
2
0
R
drrdrsen
yR
drrdr
x
R
CM
R
CM
211
O centro de massa da placa poderá ser obtido através do centro de massa do disco completo, para isso considere o disco sendo composta pelo disco com o buraco, S, e o buraco, B, D=S+B. Sendo o disco composto por essas duas partículas, nós obtemos a seguinte equação:
Resolvendo as duas equações, nós encontramos a posição do disco com o buraco:
02
)0(2
02
)(2
2
222
2
222
R
RyRRy
R
RRxRRx
SD
SD
03
s
s
y
Rx
A força que atua sobre a partícula equivalente, o centro de massa é a força resultante que atua no sistema de partículas (ou corpo contínuo). A massa do centro de massa é a massa total do sistema de partículas, M; sua aceleração é a derivada segunda da posição do centro de massa em relação ao tempo.
A segunda lei de Newton para o centro de massa é dada por:
onde
,,, ,,,,,, zCMzresyCMyresxCMxres aMFaMFaMF
2
2
,2
2
,2
2
,
1
,,
,
dt
zda
dt
yda
dt
xda
mM
CMzCM
CMyCM
CMxCM
n
ii
212
Exemplo 9-3
• As três partículas na Figura estão inicialmente em repouso. Cada uma experimenta forças devidas às partículas fora do sistema. As direções estão indicadas, e os módulos são F1 = 6N, F2=12N e F3=14N. Qual a aceleração do centro de massa do sistema, e em que direção ele se move?
213
214
θ=45o
8kg4kg
4kg
x
y
Solução
215
216
Momento linear
• O momento é relacionado com a capacidade de um ente físico mudar de um lugar para outro (no espaço).
• Para uma partícula pontual (ponto dotado de massa), o momento linear (em um sistema coordenadas cartesiano, referencial de Galileu) é dado por:
vmp
217
Momento linear do C.M.
• Para um sistema de partículas, o momento do sistema de partículas é o momento do centro de massa (momento da partícula equivalente)
• O momento do centro de massa é a soma dos momentos de cada partícula:
• Para o caso contínuo, o momento do centro de massa (momento do corpo) é dado em termos da densidade de massa:
dt
rdMPvmP CM
CM
n
iiiCM
,1
dVvP
218
Impulso• O impulso, J, de uma força mede o quanto a força (efetivamente) contribuiu para produzir movimento sobre a partícula em um intervalo de tempo:
• Através da segunda lei de Newton, podemos obter o teorema do impulso momento-linear:
tFdtFJ média
iCMfCMresifres PPJpppJ ,,,
219
Exemplo 9-5
• Colisão contra o muro de carros de corrida. A Figura é uma vista superior da trajetória de um carro de corrida quando entra em rota de colisão com um muro de proteção. Imediatamente antes da colisão, ele está trafegando com uma velocidade vi=70m/s ao longo de uma linha reta fazendo um ângulo de 30º com o muro. Imediatamente depois da colisão a velocidade era vf=50m/s e fazia um ângulo de 10º
com o muro. A massa do piloto é m=80kg.• (a) Qual é o impulso sobre o piloto devido à colisão?• (b) A colisão dura 14ms. Qual é o módulo da força média que
age sobre o piloto durante a colisão?
220
Solução
221
222
O impulso faz com que a conservação do momento seja quebrada. Sendo assim, somente a presença da força durante aquele intervalo de tempo impede a conservação do momento.
Tipo de Choque Conservação Condição do sistema de partículas
Elástico. Energia Cinética.Momento Linear.
Isolado.Sem forças internas.
Inelástico. Momento Linear. Isolado.Com forças internas.
Choques Mecânicos
223
Conservação do momento linear
• Se as forças externas que atuam sobre um sistema possuem uma resultante nula, o momento linear é conservado.
• Isto se deve à forma geral da segunda lei de Newton (que admite a mudança da massa com o decorrer do tempo):
finalinicial PP
dt
dt
pdF CM
resres
,
224
Exemplo 9-6
• Explosão unidimensional. Uma urna de votação de massa m=6kg desliza com velocidade v=4 m/s em um piso sem atrito no sentido positivo de um eixo x. A urna explode em dois pedaços. Um pedaço, de massa m1=2kg, se move no sentido positivo do eixo x com velocidade v1=8 m/s. Qual é a velocidade do segundo pedaço, de massa m2?
225
Solução
226
227
Exemplo 9-8
228
229
50o
80o
x
y
A
B
C
Solução
230
231
Exemplo 9-9
• O pêndulo balístico era usado para medir a velocidade de projéteis antes que os dispositivos eletrônicos fossem inventados. A versão mostrada na Figura era composta por um grande bloco de madeira de massa M=5,4kg, pendurado por duas cordas compridas. Uma bala de massa m=9,5g é disparada contra o bloco e sua velocidade se anula rapidamente. O sistema bloco-bala oscila para cima, com o centro de massa subindo a uma distância h=6,3 cm antes de o pêndulo parar momentaneamente no final da trajetória em arco de circunferência. Qual é a velocidade da bala antes da colisão?
232
233
h
M
m
Solução
• Como a velocidade da bala se anula rapidamente, forças internas agem dentro do sistema. Entretanto, as forças externas durante o impacto são nulas (a força gravitacional e a tensão na corda se anulam). Dessa forma, o momento linear é conservado e a energia cinética não é conservada, ou seja, a colisão é inelástica.
234
235
236
Exemplo 9-11
• Duas esferas metálicas, inicialmente suspensas por cordas verticais, apenas se tocam, como mostra a Figura. A esfera 1, de massa m1=30g, é puxada para a esquerda até a altura h1=8cm e liberada a partir do repouso. Na parte mais baixa da trajetória ela sofre uma colisão elástica com a esfera 2, cuja massa é m2=75g. Qual é a velocidade v1f da esfera 1 imediatamente após a colisão?
237
238
1
m1
2
m2
h1
Solução
239
240
241
Rotação
Unidade VI
242
Cinemática da rotação• Uma rotação é um movimento que efetua arcos de círculo em torno de um eixo (fixo) no espaço. Para estudar uma rotação devemos utilizar as coordenadas cilíndricas (raio, ângulo e coordenada cartesiana ao longo do eixo). Se durante a trajetória, a partícula mantém seu raio fixo e o plano de rotação também, podemos determinar a posição da partícula através de um ângulo (unidade do S.I. é radiano).
243
x
y
z
θ
r
Coordenadas cartesianas: (x,y,z)
Coordenadas cilíndricas: (r,θ,z)
Eixo de rotação
244
Deslocamento angular
• Quando a partícula muda de um ângulo para outro, ela deixa um pequeno rastro em forma de arco de círculo; o deslocamento angular:
Unidade do S.I.: radiano (rad)12
245
Velocidade Angular
• A velocidade angular média é a razão entre o deslocamento angular realizado e o intervalo de tempo gasta para efetuá-lo:
• A velocidade angular instantânea é a derivada do ângulo em relação ao tempo:
t
dt
d
246
Aceleração Angular
247
Exemplo 10-1
248
Solução
• (a) Para fazer o gráfico considere a seguinte tabela para a posição angular
249
t(segundos) Θ(radianos)
-3 3,05
0 -1
5,4 3,05
250
251
Considere a seguinte tabela para a dependência da velocidade angular em relação ao tempo
t(segundos) ω(radianos/segundo)
-3 -2,1
6 2,4
252
(d) O movimento se inicia no segundo quadrante com sentido do movimento dado pelo sentido horário. Segue indo para o quarto quadrante e a partir de 1,2 segundos o sentido do movimento muda para o sentido anti-horário atingindo o primeiro quadrante em 2,8 segundos e depois retornando para o segundo quadrante completando uma volta.
Movimento Circular Uniformemente Variado (M.C.U.V.)
253
Exemplo 10-3
254
Solução
255
256
Decomposição em coordenadas polares
257
258
259
Exemplo 10-5
260
261
(a) Que ângulo θP o arco deve subtender para que a seja 4g no ponto P?
(b) Qual é o módulo a da aceleração experimentada pelo passageiro no ponto P e depois de passar pelo ponto P?
P
θP
Ponto de embarque
Solução
262
263
Momento de Inércia
• Assim como modificamos a causa para uma rotação, devemos modificar a inércia para a rotação.
• A inércia da rotação é dada pela distribuição das massas em torno do eixo de rotação (momento de segunda ordem):
• Partícula pontual:
• Sistema de partículas:
• Corpo contínuo:
2rmI
n
iii rmI
1
2
dVrIdArIdlrI 222 ,,
264
Teorema dos Eixos Paralelos
265
Exemplo 10-6
• A Figura mostra um corpo rígido formado por duas partículas de massa m ligadas por uma barra de comprimento L e massa desprezível.
• (a) Qual é o momento de inércia ICM em relação a um eixo passando pelo centro de massa e perpendicular à barra?
• (b) Qual é o momento de inércia I do corpo em relação a um eixo passando pela extremidade esquerda da barra e paralelo ao primeiro eixo?
266
267
L/2L/2
m mCM
Solução
268
Exemplo 10-7
• Considere uma barra fina, uniforme, de massa M e comprimento L, sobre um eixo x cuja origem está no centro da barra.
• (a) Qual é o momento de inércia em relação a um eixo perpendicular à barra passando pelo seu centro?
• (b) Qual é o momento de inércia I da barra em relação a um novo eixo perpendicular à barra passando pela extremidade esquerda?
269
Solução
270
271
Energia Cinética da Rotação
• Uma partícula, sistema de partículas ou corpo contínuo girando em torno de um eixo fixo no espaço possui energia cinética dada por:
• I é o momento de inércia e ω é a velocidade angular.
2
2
1 IK
272
Torque
• Diante de uma rotação, temos que modificar a causa do movimento de uma força (linear, cartesiana) para o torque :
• O torque, definido pelo produto vetorial, aponta na direção do eixo de rotação.
• Somente forças perpendiculares à direção radial são capazes de modificar uma rotação.
• As coordenadas cilíndricas (r,θ e z), possuem uma coordenada reta. Em razão disso, o torque (causa de uma rotação) é um vetor; como a causa de uma translação (força).
Fr
273
r
F
Eixo de rotação.
zyx FFF
zyx
kji ˆˆˆ
FrFrsenFr
θ é o ângulo entre o vetor posição e a força.
é o braço de alavanca.
é a componente tangencial da força.
r
F
274
Segunda Lei de Newton para Rotações
• Com as modificações na inércia e na massa, podemos obter a segunda lei de Newton para rotações:
• Como se vê basta modificar a causa (torque), efeito (aceleração angular) e inércia (momento de inércia).
I
275
Exemplo 11-3
276
277
x
y
z
θ
Solução
278
279
O torque associado à terceira força é dado por:
kmNimN
N
mm
kjiˆ2,5ˆ3
020
5,106,2
ˆˆˆ
3
Exemplo 10-9
• A Figura mostra um disco uniforme com massa M=2,5kg e raio R=20cm, montado em uma eixo fixo horizontal. Um bloco de massa m=1,2kg está pendurado em uma corda sem massa que está enrolada na circunferência do disco. Encontre a aceleração do bloco que cai, a aceleração angular do disco e a tensão na corda. A corda não desliza e não há atrito no eixo de rotação.
280
281
M
m
Solução
• Diagrama de corpo livre para o disco
282
R
T
283
A segunda lei de Newton para rotações diz que o torque deve ser igual ao momento de inércia multiplicado pela aceleração angular. O momento de inércia de um disco (em relação a um eixo passando pelo centro de massa) é dado por:
A segunda lei de Newton é dada por:
Diagrama de corpo livre para o bloco:
22
0 02
2
2
1MRrdrd
R
MrI
R
MaTR
aMRRTIRT
2
1
2
1 2
T
gF
284
Segunda lei de Newton para o bloco:
Reunindo a segunda lei de Newton para o disco e a segunda lei de Newton para o bloco, obtemos:
Portanto, a aceleração do bloco vale
A aceleração angular do disco vale
agmTammgT
gM
m
maagmMa
22
1
228,48,9
25,2
2,1
2,1
s
m
s
mkg
kg
kga
2
2
242,0
8,4
s
rad
msm
R
a
285
A tensão na corda é dada pela segunda lei de Newton para rotações aplicada ao bloco:
Ns
mkgMaT 68,45,2
2
1
2
12
Trabalho e energia cinética da rotação• O trabalho realizado por um torque sobre uma partícula, sistema de partículas ou corpo contínuo é dado por:
• Este trabalho também obedece ao teorema do trabalho e energia cinética:
• A potência de um dado torque é dada por:
2
1
dW
22
2
1
2
1inicialfinal IIKW
PP médiamédiomédia ,
286
Exemplo 10-2
• Uma chaminé cilíndrica começa a tombar quando sua base é danificada. Trate a chaminé como uma barra fina de comprimento L=55m (Figura). Qual é a sua velocidade angular ω no instante em que faz um ângulo θ=35º com a vertical?
287
288
CML
L/2
y
θ
Solução
289
290
Rolamento, Torque e Momento Angular
Unidade VII
291
Rolamento como uma combinação de translação e rotação
292
A Energia Cinética do Rolamento
• Sendo o rolamento a composição de uma translação com uma rotação, a energia cinética do rolamento é composta de duas parcelas (uma para translação e outra para rotação):
22
2
1
2
1CMCM MvIK
293
Forças do Rolamento• Como a força normal e a força gravitacional atuam no centro de massa do corpo, é preciso a presença da força de atrito dinâmica para garantir o corpo movimento.
• Se o corpo está rolando em um plano horizontal:
• Caso o corpo esteja rolando em um plano inclinado:
RaCM
21MRI
gsena
CMCM
294
Exemplo 11-2
• Uma bola uniforme, de massa M=6kg e raio R, rola suavemente, a partir do repouso, descendo uma rampa inclinada de ângulo θ=30º.
• (a) A bola desce uma distância vertical h=1,2m para chegar à base da rampa. Qual é a sua velocidade ao chegar à base da rampa?
• (b) Quais são o módulo e a orientação da força de atrito que age sobre a bola quando ele desce a rampa rolando?
295
Solução
296
297
298
Momento Angular
• Devemos modificar a definição do momento para o caso da rotação:
• O momento angular aponta na direção do eixo de rotação e seu sentido é dado pela regra da mão direita aplicada ao vetor posição e momento linear.
• O momento angular é máximo na situação em que vetor posição e momento linear são perpendiculares (movimento circular).
prL
299
r
p
Eixo de rotação.
L
zyx ppp
zyx
kji ˆˆˆ
prprsenpr
θ é o ângulo entre o vetor posição e o momento.
é a componente do vetor posição perpendicular ao momento.
é a componente tangencial do momento
r
p
300
Exemplo 11-4
301
302
e passará a 4m do ponto O. Quais são o módulo e a orientação do momento angular total em relação ao ponto O do sistema formado pelas duas partículas?L
2p
1p
2r
1r2r
1r
Solução
• Como foram dadas as componentes do vetor posição perpendiculares às direções do momentos das partículas podemos calcular o módulo do momento angular de cada partículas como:
• O momento angular da primeira partícula aponta para fora do plano da figura e o segundo aponta para dentro do plano da figura (regra da mão direita). 303
s
mkg
s
mkgmprl
mkg
s
mkgmprl
2
222
2
111
824
21052
304
Como o momento angular da primeira partícula é maior que o da segunda partícula, o momento angular total aponta para fora do plano da figura. O seu módulo é dado por:
s
mkg
s
mkgL
22
2810
Se o corpo, partícula ou corpo contínuo estiver girando em torno de um eixo fixo com velocidade angular constante, podemos relacionar o momento angular diretamente com o momento de inércia:
IL
305
Segunda Lei de Newton para rotações
• O torque resultante que age sobre a partícula, sistema de partículas ou corpo contínuo é igual à derivada em relação ao tempo do momento angular da partícula, corpo contínuo ou sistema de partículas.
dt
Ldres
306
Exemplo 11-5
• Na Figura um pinguim de massa m cai, sem velocidade inicial, do ponto A, a uma distância horizontal D da origem O de um sistema de coordenadas x,y,z. (O sentido positivo do eixo z é para fora do papel.)
• (a) Qual é o momento angular do pinguim em relação ao ponto O?
• (b) Qual é o torque em torno da origem devido à força gravitacional?
307
l
308
O
D
Solução
309
310
Exemplo 11-6• George Washington Gale Ferris, Jr, um engenheiro civil formado no
Instituto Politécnico Rensselaer, construiu a roda gigante original para a Exposição Mundial de 1893 em Chicago. A roda, uma impressionante construção para a época, tinha 36 carros de madeira, cada um com a capacidade de 60 passageiros, em um círculo de raio 38m. A massa de cada carro ficava em torno de 1,1x104kg. A massa da estrutura da roda vale 6x105kg estava concentrada no aro de metal que sustentava os carros. A roda completava uma volta em 2 minutos.
• (a) Estime o módulo do momento angular da roda, cabines e passageiros quando a roda realizava uma volta completa.
• (b) Se a roda acelerava do repouso até a velocidade desejada em um intervalo de tempo de 5 segundos, estime o módulo do torque resultante que age sobre a roda.
311
Solução
312
313
Conservação do momento angular
• Na ausência de torques externos, o momento angular de uma partícula, corpo contínuo ou sistema de partículas é conservado ao longo do tempo.
finalinicial LL
314
Exemplo 11-8
• Na Figura, uma barata de massa m caminha sobre um disco de massa 6m e raio R. O disco inicialmente gira com velocidade angular ω=1,5 rad/s no sentido anti-horário. A barata está inicialmente no raio r=0,8R, mas depois caminha até a borda do disco. Trate a barata como uma partícula. Qual é a sua velocidade angular final?
315
316
rR
ωi
Solução
317
318
Fluidos
Unidade VIII
319
Propriedades Básicas dos Fluidos• Um fluido é um objeto sem rigidez, suas partes podem se mover
umas em relação às outras.• Dessa forma, para entender um fluido é preciso estudar
quantidades que mostram a variabilidade das diversas partes de um fluido.
• Uma linha de corrente é a trajetória descrita por um ponto do fluido.
• A seção transversal do fluido é o corte feito por um plano atravessando o fluido.
Linha de corrente.
Seção transversal.
320
Densidade• Para medir a inércia de um fluido devemos utilizar a densidade (e
não a massa) do fluido. A densidade é dada pela derivada da massa (m) em relação ao volume do fluido (V):
• Em geral, a densidade depende de cada parte do fluido. Entretanto, temos o caso de um fluido uniforme com a densidade não apresentando mudança de uma parte para outra do fluido. Neste caso temos a densidade (uniforme) dada pela razão da massa do fluido pelo seu volume:
• Unidade no S.I.: kg/m3
V
mV
0lim
V
m
321
Pressão• Para analisar a causa do movimento devemos utilizar o
conceito de pressão, que é a causa que faz um pequeno elemento da seção transversal do fluido se mover (ΔA). A pressão é a derivada da força (F) em relação à área (A) da seção transversal do fluido:
• A força (F) utilizada para definir a pressão aponta na direção oposta à normal do fluido!
• Para o caso da pressão ser uniforme (não variar ao longo da seção transversal do fluido), a definição de pressão é dada por:
• Unidade do S.I.: Pascal (Pa).
A
Fp
A
0lim
A
Fp
322
Exemplo 14-1
• Uma sala de estar tem as dimensões do piso de 3,5m de largura e 4,2m de espessura e uma altura de 2,4m.
• (a) Quanto o ar dentro da sala pesa se a pressão do ar no sala é 1 atm?
• (b) Qual o módulo da força que o ar exerce no topo da sua cabeça, se você considere que a área correspondente vale 0,04 m2?
323
Solução
324
Hidrostática
• Para um fluido em repouso, sobre a influência da gravidade da Terra; a pressão depende apenas da componente perpendicular à seção transversal do fluido (altura, y, ou profundidade, h) e independe das componentes paralelas à seção transversal do fluido:
• Em termos da profundidade do fluido, temos (p0 é a pressão no topo do fluido):
Princípio de Stevin
2112 yygpp
hgpp 0
325
Exemplo 14-2
• Um mergulhador novato praticando em uma piscina inala ar suficiente do seu tanque até encher os pulmões até mergulhar até uma profundidade L e retornar à superfície. Ele ignora as instruções e não exala o ar durante a subida. Quando ele atinge a superfície, a diferença entre a pressão do ar nos seus pulmões e a pressão atmosférica é 9,3kPa. De que profundidade partiu?
326
Solução
327
Exemplo 14-3
328
329
l
d
Água
óleo
Interface
Solução
330
Princípio de Pascal
• Qualquer variação na pressão nas extremidades do fluido é transmitida a todas as partes do fluido de maneira igual:
• O princípio de Pascal é utilizado no elevador hidráulico, onde aplicamos uma força pequena em uma extremidade para obter uma força grande na outra extremidade:
extpp
11
22 F
A
AF
331
Princípio de Arquimedes
• Quando um objeto está imerso em fluido, aparece uma força que tenta expelir o objeto do fluido. Esta força é o empuxo, que segundo o princípio de Arquimedes é igual ao peso do líquido deslocado (pelo objeto):
deslocadolíquidolíquidodeslocadolíquido VgmgE
E
332
Exemplo 14-4
333
334
y
θ
x
Solução
335
336
O módulo do empuxo é dado pelo peso da água deslocada pela prancha:
As componentes da força de arrasto são dadas por:
O módulo da força de arrasto é dado por:
A direção da força de arrasto é dada pelo seguinte ângulo:
NsmmmkgVgE água22323 10509,28,9105,2024.1
NNsmkgEmgF
NsensmkgmgsenF
ya
xa
5,4539,25030cos8,983cos
7,406308,98302
,
02,
NFFF yaxaa 6092,
2,
11,17,406
5,453tan
,
, N
N
F
F
xa
ya
o48
Flutuação
• Para que um objeto flutue é preciso que a força gravitacional equilibre o empuxo exercido pelo fluido:
• Se a força gravitacional é maior que o empuxo, o objeto afunda dentro do fluido. Caso contrário, o objeto é expelido do fluido!
gFE
E
gF
337
Exemplo 14-5
338
Solução
339
340
Dinâmica dos fluidos
• Supondo que o fluido é incompressível (sua densidade é uniforme e não muda ao longo do tempo) e não possui vazamentos; temos a seguinte equação para a velocidade (da linha de corrente) e área (da seção transversal do fluido):
Equação da Continuidade
2211 vAvA
341
Exemplo 14-6
• A água cai de uma torneira afinando sua seção transversal quando cai. A área da seção transversal na boca da torneira é A0=1,2cm2 e a área da seção transversal na parte de baixo é A=0,35cm2. A boca da torneira e o nível inferior estão separados por uma distância h=45mm. Qual é a vazão volumétrica na boca da torneira?
342
Solução
343
344
Equação de Bernoulli
• Com o fluido se movendo, devemos substituir o princípio de Stevin pela equação de Bernoulli (expressão da conservação de energia):
2222
2111 2
1
2
1vygpvygp
345
Exemplo 14-7
346
Solução
347
348
Exemplo 14-8
• No Velho Oeste, um bandido acerta um tiro em um tanque de água com a tampa aberta, criando um buraco a uma profundidade h abaixo da superfície da água. Qual é a velocidade v da água que está saindo do tanque?
349
Solução
350
Temperatura, Calor e Primeira Lei da Termodinâmica
Unidade IX
351
Introdução
• A termodinâmica trata da dinâmica que um sistema possui ao modificar o arranjo dos seus graus de liberdade internos.
• Para medir a agitação dos graus de liberdade internos, usamos a temperatura. Quente significa que o sistema está muito agitado e frio é a situação oposta.
• O calor é a energia transferida para o sistema que modifica os graus de liberdade internos, sem modificar os graus de liberdades externos; fazendo a temperatura do sistema variar.
• Trabalho é a energia transferida para o sistema capaz de modificar seus graus de liberdade externos.
352
Lei Zero da Termodinâmica
• Se um corpo está em equilíbrio termodinâmico com um certo corpo e também em equilíbrio termodinâmico com um terceiro corpo. Então o segundo e o terceiro corpos mencionados estarão em equilíbrio entre si.
• A temperatura é portanto uma função do estado do sistema!
353
Temperatura
• Existem várias escalas de temperatura, mas três são mais usadas no dia-a-dia.
• A escala Kelvin é a mais utilizada em artigos científicos. Seu zero é a menor temperatura que um sistema pode atingir.
• A escala Celsius é muito utilizada na medicina. Seu zero é o ponto de congelamento da água. O valor de 100 é atribuído para o ponto de ebulição da água.
• A escala Fahrenheit modifica os valores do ponto de congelamento da água para 32 e o ponto de ebulição para 212. Muito utilizada nos Estados Unidos.
354
Escalas de Temperatura
• A relação entre a escala Celsius, Tc, e Kelvin, T; é dada por:
• A relação entre a escala Celsius e Fahrenheit, TF, é dada por:
15,273TTC
CF TT5
932
355
Exemplo 18-1
• Suponha que você encontre velhos notas científicas que descrevem uma escala de temperatura chamada Z em que o ponto de ebulição da água vale é 650Z e o ponto de congelamento é -14oZ. A qual temperatura da escala Fahrenheit uma temperatura de -98oZ irá corresponder? Assuma que a escala Z é linear, ou seja, o valor de um grau na escala Z é o mesmo em todo o intervalo da escala.
356
Solução
357
Dilatação Térmica• Quando um corpo sofre um aumento de temperatura, seu comprimento cresce proporcional ao incremento na temperatura:
• O coeficiente de dilatação linear é α.• O volume do corpo também cresce com o aumento de temperatura:
• O coeficiente de dilatação volumétrica é dado por:
TLL
TVV
3
358
Exemplo 18-2
Em um dia quente em Las Vegas, um caminhão carregou 37.000L de óleo diesel. Ele encontrou tempo frio no caminho até Payson, Utah, onde a temperatura era 23K abaixo da temperatura em Las Vegas, onde ele entregou sua carga completa. Quantos litros ele entregou? O coeficiente de dilatação volumétrica do óleo diesel é 9,5x10-4oC-1, e o coeficiente de dilatação linear do aço do caminhão é 11x10-6oC-1?
359
Solução
360
Capacidade Calorífica
• Quando calor é injetado em um sistema, sua temperatura aumenta. A capacidade calorífica, C, é o fator entre o calor injetado, Q, e a variação de temperatura, ΔT:
• A capacidade calorífica é constante para a maioria dos materiais sólidos e líquidos.
if TTCTCQ
361
Calor Específico
• Para considerar somente a substância, introduzimos o calor específico; que é a razão entre a capacidade calorífica e a massa do material, m:
• O calor específico é constante para os materiais sólidos ou líquidos.
• O calor específico molar é dado em termos da quantidade de moles (número de moléculas dividido pelo número de Avogrado):
• Unidade do S.I.: J/kg K ou J/mol K.
if TTcmTcmQ
TcnQ molar
362
Calor Latente
• Durante uma transição de fases, a temperatura do material não muda até uma fase (sólida, líquida, gasosa, etc.) ter se convertido na outra.
• O calor absorvido,Q, durante a transição é dado por:
• A massa do material é m, enquanto L é o calor latente da substância para a transição considerada (calor de transformação).
• Unidade do S.I.: J/kg.
LmQ
363
Exemplo 18-3
(a) Quanto de calor deve ser absorvido por gelo de massa m=720g à -10oC para se transformar em água líquida a 15oC?
(b) Se você fornecer ao gelo somente 210kJ de energia (em forma de calor), qual é o estado final do gelo e sua temperatura?
364
Solução
365
366
367
Trabalho
• O trabalho mecânico realizado por um gás é dado pela integral da pressão contra o volume do gás:
• Esta é a energia necessária para modificar o volume de um gás (variável externa).
f
i
V
V
dVpW
368
Primeira Lei da Termodinâmica• A diferença entre o calor introduzido em um sistema e o trabalho
realizado pelo sistema independe do processo pelo qual o sistema passou e é igual a variação da energia interna do sistema (energia devida à agitação dos graus de liberdade internos):
• Para variações diferenciais, temos:
• A energia interna é função do estado do sistema! Mas o calor e o trabalho não são funções do estado do sistema (dependem do processo que o sistema passou)!
if EEWQE int,int,int
dWdQdE int
369
Processos Termodinâmicos
• Processo adiabático: É aquele (tão rápido) em que não há trocas de calor, Q=0.
• Processo isovolumétrico: É aquele em que o volume do sistema é mantido constante. O trabalho realizado pelo sistema é nulo, W=0.
• Processo isobárico: É aquele em que a pressão sobre o sistema é mantida constante. Neste caso
• Processo isotérmico: É aquele em que a temperatura é mantida constante.
VpW
370
Exemplo 18-5
Considere que 1kg de água líquida à 100oC pode ser convertida em vapor à 100oC por evaporação na pressão atmosférica padrão. O volume da água varia de 1x10-3m3 como água líquida para 1,671m3 como gás.(a)Quanto trabalho o sistema faz durante esse processo?(b) Quanto energia é transferida para o sistema em forma de calor durante o processo?(c) Qual é a mudança na energia interna do sistema durante o processo?
371
Solução
372
373
Imagens
Unidade X
374
Dois tipos de imagens
• Imagem Real: É a imagem formada do lado oposto ao que está o objeto, considerando o espelho como origem.
• Imagem Virtual: É a imagem formado do mesmo lado em que está o objeto, considerando o espelho como origem.
375
Leis da reflexão
• Quando a luz incide em um meio, podemos distinguir o ângulo de incidência (com a normal à interface, θi) e o ângulo de reflexão (com a normal à interface, θr).
θi θr
376
• O ângulo de incidência e de reflexão são iguais!
• A imagem pode ser formada pelos raios ou por seus prolongamentos.
• A imagem é real, se é formada do mesmo lado do objeto (com a interface na origem).
• A imagem é virtual, se formada do lado oposto ao objeto (com a interface na origem).
• A imagem pode ser ampliada ou reduzida.• Para obter a imagem fazemos os encontros dos raios que vêm das extremidades do objeto. 377
Espelhos Planos
• Os espelhos são superfícies que refletem a maioria da luz que incidem sobre elas!
• Um espelho plano é um espelho com uma superfície plana.
ObjetoImagem
378
• Em um espelho plano a imagem não apresenta ampliação!
• Em um espelho plano a imagem é virtual!• Em um espelho plano, a distância da imagem até o espelho é a mesma distância do objeto até o espelho!
379
Espelhos Esféricos
• É o espelho cuja superfície é uma porção de uma esfera.
• Pode ser côncavo, quando a superfície refletora é formada pela parte de dentro da esfera.
• Pode ser convexo, quando a superfície refletora é formada pela parte de fora da esfera.
380
• Os espelhos esféricos têm a propriedade de convergir/divergir os raios que vêm do infinito (paralelos entre si) para o foco do espelho.
• No caso do espelho côncavo, o espelho converge os raios para o foco. A distância focal é positiva (foco na frente do espelho).
• No caso do espelho convexo, o espelho diverge os raios do foco. A distância focal é negativa (foco atrás do espelho).
Espelho convexo Espelho côncavo
381
• Considerando a distância do objeto ao espelho como p, a distância da imagem ao objeto como i e a distância focal como f. Temos a seguinte equação para os espelhos esféricos:
• O módulo da distância focal é o metade do raio do espelho:
• A altura da imagem, , e altura do objeto h; estão relacionadas por:
•
fip
111
2
rf
´h
p
i
h
h
´
382
• Em um espelho esférico a imagem pode ser virtual ou real.
• Em um espelho esférico a imagem pode ser reduzida ou ampliada.
• Podemos prever esses comportamentos, localizando a posição da imagem em relação ao foco do espelho e seu centro através do encontro dos raios de luz (ou dos seus prolongamentos).
383
Exemplo 34-1
384
Solução
385
386
Leis da Refração
• A refração acontece quando os raios de luz atravessam de um meio para outro!
• Podemos distinguir o ângulo de incidência, θ1, e o ângulo de refração, θ2.
θ1
θ2
387
Lei de Snell
• O índice de refração é a razão da velocidade da luz no vácuo pela velocidade da luz no meio:
• Os ângulos de incidência e refração são relacionados com os índices de refração do meio 1, n1, e meio 2, n2:
v
cn
2211 sennsenn
388
Exemplo 33-3
(a)Na Figura, um feixe de luz monocromático reflete e refrata no ponto A de uma interface de um material 1 com índice de refração n1=1,33 com um material 2 de índice de refração n2=1,77. O feixe incidente faz um ângulo de 50º com a interface. Qual é o ângulo de reflexão no ponto A? Qual é o ângulo de refração nesse ponto?
389
390
(b) A luz que penetra no material 2 no ponto A atinge o ponto B da interface do material 2 com o material 3, que é o ar, como mostrado na Figura. A interface onde está o ponto B é a paralela à interface onde está o ponto A. Em B, parte da luz reflete e outra parte entra no ar. Qual é o ângulo de reflexão? Qual é o ângulo de refração no ar?
Meio 1
Meio 2
Meio 3
A
B
Solução
391
392
Reflexão Interna Total
• Para ângulos maiores que o ângulo crítico, θc, a luz é totalmente refletida pela interface entre os dois meios. Neste caso a refração não existe, apenas a reflexão! O ângulo crítico é dado por:
1
21
n
nsenC
393
Exemplo 33-5
A proposta de um anel de diamantes, claro, é brilhar. Parte da arte de cortar um diamante é garantir que toda luz incidente sobre essas superfícies é refletida, garantido o brilho do diamante. A figura mostra um corte transversal de um diamante brilhante, com um raio de luz entrando no ponto A da superfície de cima. Neste tipo de corte, as superfícies de cima e de baixo tem normais que fazem um ângulo de 48,84º. No ponto B, pelo menos parte da luz é refletida e retorna para a superfície de cima, mas parte refrata e pode deixar o diamante. Considere um raio de luz incidente com um ângulo θ1=40o em A. A luz escapa se existe ar (n4 =1) sob a superfície de baixo? A luz escapa se uma superfície gordurosa (n4 =1,63) cobre a superfície? O índice de refração do diamante é ndia =2,419.
394
395
θ1
θ2
θ3
θ4
48,84o
Solução
396
397
Superfícies Refratoras Esféricas
• Se a interface entre os dois meios é uma porção de esfera, temos uma superfície refratora esférica.
• Se a superfície é côncava, o raio de curvatura é negativo. Se a superfície é convexa, o raio de curvatura é positivo.
• A superfície refratora esférica pode formar uma imagem de um objeto. A imagem pode ser real, se fica do lado oposto ao objeto (em relação à interface); ou virtual, se fica do mesmo lado do objeto (em relação à interface).
398
• Sendo p, a distância do objeto até a interface, e i, a distância da imagem até a interface; temos:
OI
C
r
nn
i
n
p
n 1221
399
Exemplo 34-2
Um mosquito jurássico foi descoberto dentro de uma pedra de âmbar, que tem índice de refração 1,6. Uma superfície do âmbar é côncava e tem raio de curvatura 3mm. A cabeça do mosquito está no eixo central da pedra de âmbar e, quando vista ao longo do eixo, aparenta estar enterrada a uma distância de 5mm dentro do âmbar. Qual é a verdadeira distância em que o mosquito está enterrado?
400
Solução
Como temos uma superfície refratora côncava, o raio de curvatura é negativo e vale r=-3mm. Foi dada a distância da imagem, que é negativa; já que o mosquito está do mesmo lado que a sua imagem (dentro do âmbar): i=-5mm. Dessa forma, a distância do mosquito até o vértice da superfície refratora esférica é dada através da equação:
401
402
Lentes Delgadas
• Se unirmos duas superfícies refratoras esféricas separadas de uma distância muito pequena, temos uma lente delgada.
• As lentes delgadas podem formar imagens através da convergência dos raios (lente convergente) ou do prolongamento dos raios, ou seja, da divergência dos raios (lente divergente).
403
• Temos a seguinte equação para as imagens das lentes delgadas:
Lente convergente Lente divergente
fip
111
404
Equação do Fabricante de Lentes
• A distância focal da lente é dada por (o meio que envolve a lente é o ar):
• Se a distância focal é positiva, a lente é convergente.; caso contrário, a lente é divergente.
• A ampliação da lente é dada por:
21
111
1
rrn
f
p
i
h
hm
´
405
Exemplo 34-4
Um louva-a-deus está em um eixo central de uma lente delgada simétrica, a 20cm da lente. A ampliação do louva-a-deus vale m=-0,25, e o índice de refração do material da lente é 1,65.(a)Determine o tipo de imagem produzida pela lente, o tipo de lente, se o louva-a-deus está do mesmo lado ou do lado oposto ao ponto focal, de que lado da lente a imagem aparece, e se a imagem é invertida.(b)Quais são os dois raios de curvatura da lente?
406
Solução
407
408
409
Instrumentos Óticos
O olho• O sistema córnea-cristalino dos olhos focaliza a luz sobre a retina, onde
ela é sentida pelos bastonetes e cones que enviam a informação ao longo do nervo ótico para o cérebro.
• Quando o olho está relaxado, o comprimento focal do sistema córnea-cristalino está em torno de 2,5 cm, que é a distância até a retina.
• Quando os objetos são colocados próximos aos olhos o cristalino varia de forma a diminuir o comprimento focal total, de tal modo que a imagem permaneça focalizada pela retina.
• A menor distância para a qual a imagem pode ser focalizada na retina é chamada de ponto próximo, tipicamente em torno de 25 cm.
410
• O tamanho aparente de um objeto depende do tamanho da imagem na retina e, portanto, maior o tamanho aparente do objeto.•Quanto mais próximo o objeto, maior sua imagem na retina e, portanto, maior o tamanho aparente do objeto.
411
Lupa
• Uma lupa simples cria uma imagem virtual cujo tamanho angular é maior do que o tamanho angular θ produzido pelo próprio objeto a uma distância igual a 25 cm , a distância mais próxima do olho para que se tenha um visão confortável.
• A ampliação angular produzida por uma lupa simples é dada pela razão entre o tamanho angular da imagem virtual e o tamanho angular do mesmo objeto nessa distância:
• Para uma lupa simples com distância focal f, obtemos M=(25 cm/f).
M
412
Microscópio Ótico
• No microscópio ótico a lente da objetiva forma uma primeira imagem no tubo do instrumento e a ocular forma uma imagem virtual final, geralmente no infinito, da primeira imagem.
• A ampliação angular é dada em termos das distâncias focais da objetiva, f1 e da ocular f2 e da distância da primeira imagem até a objetiva:
2
1
1
25
f
s
f
cmM
413