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FITOTERÁPICOS (FARMÁCIA VIVA)

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Page 1: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

FITOTERÁPICOS (FARMÁCIA VIVA)

Page 2: Fitoterápicos (Farmácia Viva)
Page 3: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

SUMÁRIO

Introdução 03

Os chás 03

Processo mais comuns para utilização das plantas 04

Técnicas de Colheita 07

Alecrim (Rosmarinus officinalis ) 08

Arruda (Ruta gravelolens) 09

Babosa (Aloe vera) 10

Boldo do Chile (Peumus boldus) 11

Capim Santo (Cymbopogon citratus) 12

Endro (Anethum graveolens) 13

Erva Cidreira (Melissa officinalis) 14

Erva Doce (Pimpinella anisum) 15

Hortelã da folha grande (Plectranthus amboinicus) 16

Hortelã da folha miúda (Mentha piperita) 17

Mastruz (Chenopodium ambrosioides) 18

Saião (Kalanchoe brasiliensis) 19

Referências Bibliográficas 20

Page 4: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

Página 3

INTRODUÇÃO

Há séculos é transmitido de geração em geração o

poder medicinal das plantas, tornando-se cada vez mais

comum o uso das mesmas para o tratamento de diversas

doenças. Tanto é que o Brasil desde 2007 o Ministério da

Saúde tornou disponível a utilização dos fitoterápicos na

saúde pública, divulgando em janeiro de 2009 uma lista

contendo mais de 70 tipos de plantas que podem se utilizadas

como medicamentos e em 2011 está lista foi ampliada com

divulgação do formulário de fitoterápicos (Farmacopéia

Brasileira) 1ª edição, (Brasil, 2011).

OS CHÁS

Atualmente, cerca de três mil produtos levam o nome

de chás, mas, na verdade, podem ser considerado chás

mesmo, somente aqueles que tenham em sua composição a

planta Camellia sinensis. Ou seja, aqueles que nós chamamos

de chá de Hortelã, Erva cidreira, e outros são, para sermos

mais corretos, tisanas ou infusões.

Instruir no preparo de um chá pode parecer

desnecessário, pois parte-se do princípio que qualquer pessoa

seja hábil a preparar uma bebida com um punhado de ervas

frescas ou secas e água. Para Conservar o aroma e o sabor

dessa bebida, algumas orientações devem ser observadas:

tipo de recipiente para preparo, que deve ser de

cerâmica3inox ou vidro e procedimentos como infusão,

decocção e maceração (BORNHAUSEN, 1995).

Page 5: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

Página 4

PROCESSO MAIS COMUNS PARA A UTILIZAÇÃO DAS

PLANTAS

INFUSÃO

A preparação da bebida por infusão utiliza as partes

mais delicadas da planta, ou seja, as flores e as folhas, nas

quais o princípio ativo é mais facilmente liberado. O

procedimento é simples e rápido: despejar água quente sobre

as ervas secas ou frescas numa relação de 1 a 2 colheres

pequenas para cada xícara de água; tampar bem o recipiente

e deixar repousar de 5 a 10 minutos; coar e está pronto para

beber. Caso desejar usar as partes mais duras das plantas

como caule, as cascas e as raízes o procedimento de ser

aumentado para 20 a 30 minutos e as partes devem ser

previamente cortadas. (BONTEMPO, 2000).

DECOCÇÃO

O processo de decocção é utilizado para as partes

mais rígidas da planta: talos, cascas, raízes e sementes. O

procedimento não é difícil: basta colocar em um recipiente as

ervas secas ou frescas em água a temperatura ambiente, na

proporção de 1 a 2 colheres pequenas de ervas para cada

xícara de água; levar ao fogo brando deixar cozinhar por 20 a

30 minutos, coar e beber. Se desejar utilizar as partes mais

tenras da planta o tempo de cozimento deve ser diminuído ou

se quiser utilizar ambas as partes o cozimento de ser

realizado separadamente (RIBEIRO e DINIZ, 2008).

Page 6: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

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MACERAÇÃO

O método de maceração é o mais lento dos

procedimentos. O processo de marcar consiste em

primeiramente triturar a parte desejada da planta utilizando

grão e pistilo, depois de macerada a planta deve ser deixada

imersa em água na temperatura ambiente por 12 a 18 horas,

para as partes tenras e de 18 a 24 horas para as partes duras;

por último aquecer tudo levemente, coar e está pronto para

beber (SOARES, 2007).

Vale destacar que como em qualquer bebida, o

açúcar altera o sabor se houver necessidade de adoçar o

chá recomenda-se o mel por interferir menos no sabor

(SENA, 2010).

TINTURA

Usa-se de 25% a 80% de ervas e completa-se com

álcool de cereais com maior ou menor graduação.

Observação: usa-se mais ou menos álcool conforme a planta,

pois, algumas liberam suas propriedades com mais facilidade

que as outras.

BANHO

Faz-se uma infusão ou decocção mais concentrada

que deve ser coada e misturada na água do banho. Outra

maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano

firme e deixar boiando na água do banho. Observação: os

banhos podem ser parciais ou de corpo inteiro, e são

normalmente indicados 1 vez por dia.

Page 7: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

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CATAPLASMA

Deve-se amassar as ervas frescas e bem limpas,

aplicar diretamente sobre a parte afetada ou envolvidas em

um pano fino ou gaze. As ervas secas podem ser reduzidas a

pó, misturadas em água, infusões ou outras preparações e

aplicadas envoltas em pano fino ou gaze sobre as partes

afetadas.

GARGAREJO

Usado para combater afecções da garganta,

amigdalites e mau hálito. Faz-se uma infusão concentrada e

gargareja quantas vezes for necessário. Exemplo Sálvia (mau

hálito), aroeira, malva e romã (amigdalites e afecções na

boca).

Page 8: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

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TÉCNICAS DE COLHEITA

O Horário apropriado para a colheita é pela manhã,

após a evaporação total do orvalho;

Em dias muito quentes deve-se fazer a colheita no fim

da tarde;

A planta não deve estar molhada, pois excesso de

umidade retarda a secagem e favorece a

decomposição de substâncias;

Evitar a mistura de ervas durante a colheita e na hora

da secagem, para que assim as plantas possam

manter suas características puras;

Não colher planta que estejam com manchas;

Evitar colher planta que estejam próximas a algum

tipo de poluição, estradas e agrotóxicos;

VEJAMOS AGORA ALGUNS DOS FITOTERÁPICOS MAIS

CONHECIDOS E UTILIZADOS EM NOSSA REGIÃO:

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Nome popular: Alecrim

Nome científico: Rosmarinus officinalis

Família: Lamiaceae

Parte usada: Folha

Modo de Preparo: Prepare uma infusão com as folhas

do alecrim.

Indicação: Muito útil contra a debilidade cardíaca, é

excitante do coração e do estômago, combate a

flatulência, males do fígado, rins e intestinos. O chá é

bom para combater a tosse, asma, gripe. E em banhos

alivia o reumatismo e cura ferida.

Contraindicação: Não usar em pessoas com

gastroenterites e histórico de convulsões. Não utilizar em

gestantes. Doses acima das recomendadas podem

causa nefrite e distúrbios gastrintestinais. Não usar em

pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade do alecrim.

Page 10: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

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Nome popular: Arruda

Nome científico: Ruta graveolens

Família: Rutaceae

Parte usada: Folha e flores

Modo de preparo: Infusão e tintura

Indicações: Estimula a menstruação, combate dores

intestinais, dores reumáticas e é um excelente repelente

natural em hortas e jardins.

Contraindicações: Durante a gravidez, a arruda tem

efeito essencial sobre o útero: ela congestiona esse

órgão, estimula dores musculares, provoca-lhes a

contração, ocasiona uma hemorragia grave, às vezes o

aborto e a morte.

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Nome popular: Babosa

Nome científico: Aloe vera

Família: Asphodelaceae

Parte usada: Folhas, polpa e seiva.

Modo de preparo: Para o alívio de queimaduras aplica-se a

polpa ou a folha cortada em tiras sobre a região queimada; cobrir com papel manteiga ou plástico transparente e enfaixar; depois de uma hora, tirar tudo, lavar e aplicar de novo (repetir o tratamento pelo menos três vezes ao dia). Já como Tônico capilar deve-se diariamente lavar as folhas, remover os espinhos, corta a casca até que apareça a polpa e esfregar a gosma diretamente na cabeça (pode-se também usar a pasta guardada na geladeira), deixando-a no couro cabeludo por mais ou menos uma hora e enxaguando em seguida com água quente ou morna.

Indicações: Alivia queimaduras, atua como tônico

capilar, cicatrizante.

Contraindicações: manter fora do alcance das crianças.

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Nome popular: Boldo-do-chile

Nome científico: Peumus boldus Família: Monimiaceae.

Parte Utilizada: Folhas

Modo de preparo: Infusão

Indicação: Atribuem-se ao boldo, incontáveis virtudes medicinais, tônicas e excitantes, constituem em decocções medicamento especialmente indicado para afecções do fígado e do estômago.

Contraindicação: Tomada em doses maiores que as recomendadas, podem provocar vômitos. O uso é contraindicado para pessoas com cálculos biliares e obstrução dos ductos biliares, doenças hepáticas severas e gestantes.

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Nome popular: Capim-santo, capim-limão

Nome científico: Cymbopogon ciltratus

Família: Gramineae

Parte usada: Folhas e rizomas

Modo de preparo: Infusão. A medicina popular utiliza o

chá ou abafado, preparado a partir de suas folhas

Indicações: Para o tratamento da asma, calmante,

analgésico, em dores abdominais e de cabeça, antifebril,

antirreumático, carminativo, antitussígeno, diurético,

diaforético e em distúrbios digestivos.

Contraindicação: Em doses excessivas, pode causar

sonolência, diarreia, hipotensão arterial, fraqueza e

sedação, ataxia, bradipnéia, perda de postura e

sedação. É contra indicado durante a gestação, pois

pode provocar abortos devido ao relaxamento da

musculatura uterina.

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Nome Popular: Endro

Nome científico: Anethum graveolens

Família: Apiaceae

Parte usada: Semente e folhas

Modo de preparo: É utilizada como condimento em

diversos pratos e suas sementes também são utilizadas

por meio de infusão.

Indicações: Usa-se no tratamento de cólicas,

dispepsias, ânsia de vômito, ameniza flatulência,

hiperacidez estomacal, etc.

Contraindicação: O uso interno de óleo essencial deve

ser evitado durante a gravidez

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Nome popular: Erva-cidreira, Melissa, Cidreira,

Cidreira-verdadeira.

Nome científico: Melissa officinalis L.

Família: Labiatae ( Lamiaceae).

Parte usada: Folhas e flores.

Modo de Preparo: Seu chá é preparado por infusão,

adicionando-se água fervente em 1 xícara (de chá)

contendo 1 colher (de sobremesa) de folhas e ramos

frescos ou secos bem picados.

Indicações: Suas folhas e inflorescências (flores) são

empregadas na forma de chá, de preferência com a

planta fresca, como calmante nos casos de insônia e

também como medicação contra dispepsia, estados

gripais, bronquite crônica, cefaléias, enxaqueca, dores

de origem reumática, para normalizar as funções

gastrintestinais e, externamente, no tratamento de

manifestações virais.

Contraindicações: diminuição da frequência cardíaca,

sonolência e abaixa a pressão.

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Nome Popular: Erva-Doce

Nome Científico: Pimpinella ansisum

Família: Apiaceae

Parte utilizada da Planta: Sementes

Modo de Preparo:Infusão

Indicações: Calmante, combate a insônia, náuseas,

cólicas e vômitos. Reestabelece a menstruação e

aumenta o leite materno.

Contraindicação: Deve ser evitado em caso de alergia

á planta.

Page 17: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

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Nome popular: Hortelã de folha graúda ou grande

Nome cientifico: Plectranthus amboinicus (Lour)

Família: Laminaceae

Parte usada: Folhas

Modo de preparo: Infusão

Indicações: São usadas na medicina popular para

tratamento de tosse, bronquite, impingem, coceiras e

feridas na pele, inflamação na boca e garganta, dor de

cabeça, dor de ouvido, além de apresentar atividade

antibacteriana e expectorante.

Contraindicações: Deve ser evitadas por gestantes,

mulheres em fase de amamentação, crianças em fase

de amamentação e portadores de úlcera, gastrite ou

cálculos biliares.

Page 18: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

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Nome popular: Hortelã-da-folha-miúda

Nome científico: Mentha piperita

Família: Lamiaceae

Parte utilizada da Planta: Folhas e sumidades floridas

e ramos.

Modo de preparo: Infusão

Indicações: É usada popularmente como

descongestionante nasal, vermífuga, atonia digestiva e

analgésica, fadiga, cólicas, flatulência, enxaqueca,

tremores, asma, bronquite crônica, vômito na gravidez,

Em algumas regiões também é usada como condimento.

Contraindicações/cuidados: A Hortelã está

contraindicada para grávidas, mulheres a amamentar,

crianças com menos de 5 anos e pacientes com refluxo

ou hérnia de hiato pois diminui a pressão esofageal do

esfíncter.

Page 19: Fitoterápicos (Farmácia Viva)

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Nome popular: Mastruz

Nome científico: Chenopodium Ambrosioides.

Família: Amaranthaceae

Parte usada: folhas, flores e sementes em infusões,

misturado com leite, tintura, xarope, extrato ou essência,

no tratamento de uso interno ou compresso.

Modo de preparo: Infusão

Indicações: O mastruz serve para o tratamento de

rouquidão, circulação, pé de atleta, fraturas, gripes,

varizes, hemorroidas, tuberculose, angina, asma,

parasitas intestinais, repelente de insetos, bronquite,

cãibras, resfriados, contusões.

Contraindicações: O mastruz é contraindicado no caso

de gravidez e em crianças com menos de 2 anos. O

mastruz é uma erva medicinal tóxica e a orientação

médica é necessária para definir a dose recomendada.

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Nome Popular: Saião

Nome Científico: Kalanchoe brasiliensis

Família: Crassulacea

Parte usada: Folhas

Modo de preparo: Suco da folha ou Infusão

Indicações: Emprega-se o suco das folhas,

topicamente, contra aftas, calos, feridas, queimaduras,

tumores, úlceras, verrugas, etc. O suco ou xarope da

planta também é usado, empiricamente, contra a

tuberculose pulmonar. Por meio da infusão combate-se

a tosse e a asma.

Contraindicação: Não foram encontradas

contraindicações na literatura consultada, porém

nenhuma planta deve ser consumida em excesso e

nenhum tratamento deve ser feito sem orientação

médica.

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