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Universidade Federal de Santa Catarina 11, 12 e 13 de Abril de 2012 II COLÓQUIO ANTROPOLOGIAS EM PERFORMANCE [email protected] Contato Entrada Livre grupo de estudos em oralidade e performance gesto Realização Apoio Instituto Nacional de Pesquisa BRASIL PLURAL Local: CTC/UFSC Auditório Prof. João Ernesto Castro Dept. de Engenharia de Produção (prédio em frente à lanchonete do CTC) PPGAS - CFH - CTC - UFSC O II Colóquio Antropologias em Performance movimenta-se através das articulações entre antropologia e performance – que não se reduzem a uma ‘antropologia da performance’ e muito menos a uma ‘performance’ da antropologia. No seu refletor aparecem processos coreográficos, narrativos ou sonoro-imagéticos liminares, aqueles que transitam em direção a um outro e perpassam fronteiras disciplinares. Eles desenham trajetórias que não se completam em si mesmas e que, nessa medida, evocam a figura da articulação, a qual, por sua vez, já desde sua etimologia sugere uma relação de parte a parte. Articu- lações implicam menos uma separação a ser atravessada e mais uma tessitura intersticial a ser tensionada – assim como a cartilagem e ligamentos na juntura dos ossos ou o plasma multissensorial e sinestético da experiência. Podemos igualmente apelar a articulações sonoras: longe de se reduzir a uma oposição entre articulações musicais e aquelas da linguagem (ou linguagem/corpo), a articulação de som, sentido e sentimento é capaz de acontecer por meio da voz. É igualmente por meio dessa e outras maté- rias ressoantes que se dá voz tanto à musicalidade da linguagem quanto à linguagem da musica. A voz, por sua vez, dá corpo às palavras que enuncia e às histórias que conta, assim como estas palavras narradas articulam o sentido do mundo com o mundo dos sentidos. Se as narrativas assim articuladas nos levam para longe de meras distinções entre fato e ficção, realidade e imaginário, elas também reverberaram com percepções de que o encenado, imaginado, ficcionalizado, carrega em si uma concretude. Entre diversas formas de transação, o conceito de articu- lação introduz então novos sentidos, ressonâncias, flexões e (dis)junções políticas, cuja proliferação por meios (inerentemente?) indisciplinados aqui se procura rastrear. II COLÓQUIO ANTROPOLOGIAS EM PERFORMANCE

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Page 1: folder coloquio verso · O II Colóquio Antropologias em Performance movimenta-se através das articulações entre antropologia e performance – que não se reduzem a uma ‘antropologia

Universidade Federal de Santa Catarina

11, 12 e 13de Abril de 2012

II COLÓQUIOANTROPOLOGIAS

EM PERFORMANCE

[email protected]

Entrada Livre

grupo de estudos em oralidade e performance

gestoRealização

Apoio

Instituto Nacional de Pesquisa

BRASIL PLURAL

Local:

CTC/UFSCAuditório Prof. João Ernesto

CastroDept. de Engenharia de Produção

(prédio em frente àlanchonete do CTC)

PPGAS - CFH - CTC - UFSC

O II Colóquio Antropologias em Performance movimenta-se através das articulações entre antropologia e performance – que não se reduzem a uma ‘antropologia da performance’ e muito menos a uma ‘performance’ da antropologia. No seu re�etor aparecem processos coreográ�cos, narrativos ou sonoro-imagéticos liminares, aqueles que transitam em direção a um outro e perpassam fronteiras disciplinares. Eles desenham trajetórias que não se completam em si mesmas e que, nessa medida, evocam a �gura da articulação, a qual, por sua vez, já desde sua etimologia sugere uma relação de parte a parte. Articu-lações implicam menos uma separação a ser atravessada e mais uma tessitura intersticial a ser tensionada – assim como a cartilagem e ligamentos na juntura dos ossos ou o plasma multissensorial e sinestético da experiência.

Podemos igualmente apelar a articulações sonoras: longe de se reduzir a uma oposição entre articulações musicais e aquelas da linguagem (ou linguagem/corpo), a articulação de som, sentido e sentimento é capaz de acontecer por meio da voz. É igualmente por meio dessa e outras maté-rias ressoantes que se dá voz tanto à musicalidade da linguagem quanto à linguagem da musica.

A voz, por sua vez, dá corpo às palavras que enuncia e às histórias que conta, assim como estas palavras narradas articulam o sentido do mundo com o mundo dos sentidos. Se as narrativas assim articuladas nos levam para longe de meras distinções entre fato e �cção, realidade e imaginário, elas também reverberaram com percepções de que o encenado, imaginado, �ccionalizado, carrega em si uma concretude.

Entre diversas formas de transação, o conceito de articu-lação introduz então novos sentidos, ressonâncias, �exões e (dis)junções políticas, cuja proliferação por meios (inerentemente?) indisciplinados aqui se procura rastrear.

II COLÓQUIOANTROPOLOGIASEM PERFORMANCE